Estado de Alagoas.

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23/04/2019 Alagoas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Alagoas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alagoas é uma das 27 unidades federativas
Estado de Alagoas
do  Brasil.  Está  situado  no  leste  da  região
Nordeste  e  tem  como  limites  Pernambuco
(N e NO), Sergipe (S), Bahia (SO) e o Oceano
Atlântico  (L).  Ocupa  uma  área  de
27.778,506  km²,  sendo  ligeiramente  maior
que  o  Haiti.  Sua  capital  é  Maceió  e  a  sede
administrativa  é  o  Palácio  República  dos Bandeira Brasão
Palmares. O atual governador é Renan Filho
Lema: Ad bonum et prosperitatem
(MDB).
"Para o bem e para a prosperidade"

Inicialmente,  o  território  alagoano Hino: Hino de Alagoas


constituía  a  parte  sul  da  Capitania  de
Pernambuco,  só  vindo  a  conquistar  sua Gentílico: Alagoano
autonomia em 1817, como punição imposta
por  D.  João  VI  aos  pernambucanos  pela
chamada  "Revolução  Pernambucana",
movimento  separatista. [7]  Sua  ocupação
decorreu da expansão para o sul da lavoura
de  cana­de­açúcar  da  Capitania  de
Pernambuco,  que  necessitava  de  novas
áreas  de  cultivo.  Surgiram,  assim,  Porto
Calvo,  Alagoas  (atual  Marechal  Deodoro)  e
Penedo, núcleos que orientaram, por muito
tempo,  a  colonização  e  a  vida  econômica  e
social  da  região.  A  invasão  holandesa  em
Pernambuco  estendeu­se  a  Alagoas  em
1631. Os invasores foram expulsos em 1645,
depois  de  intensos  combates  em  Porto
Calvo,  deixando  a  economia  local
totalmente  desorganizada.  A  fuga  de
Localização
escravos  negros  durante  a  invasão  ­ Região Nordeste
holandesa criou um sério problema de falta  ­ Estados limítrofes Sergipe, Pernambuco e Bahia
de  mão  de  obra  nas  plantações  de  cana.  ­ Regiões geográficas
Agrupados  em  aldeamentos  denominados
2
intermediárias
quilombos,  os  negros  só  foram  dominados  ­ Regiões geográficas
11
completamente no final do século XVII, com imediatas
a destruição do quilombo mais importante,  ­ Municípios 102
o  de  Palmares.  Durante  o  Império,  a
Capital  Maceió

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Confederação  do  Equador  (1824) Governo


movimento  separatista  e  republicano,  ­ Governador(a) Renan Filho (MDB)
recebeu  o  apoio  de  destacadas  figuras  ­ Vice­governador(a) Luciano Barbosa (MDB)
alagoanas.  Na  década  de  1840,  a  vida  ­ Deputados federais 9
política local foi marcada pelo conflito entre  ­ Deputados
27
os  lisos,  conservadores,  e  os  cabeludos, estaduais
liberais.  No  início  do  século  XX,  o  sertão Fernando Collor (PROS)
alagoano  viveu  a  experiência  pioneira  de  ­ Senadores Renan Calheiros (MDB)
Delmiro  Gouveia,  empresário  cearense  que Rodrigo Cunha (PSDB)
instalou,  em  Pedra  (atualmente,  Delmiro Área  
Gouveia),  a  fábrica  de  linhas  Estrela,  que  ­ Total 27 848,140 km² (25º) [1]
chegou a produzir 200 mil carretéis diários.
Delmiro  Gouveia  foi  assassinado  em População 2018
outubro de 1917 em circunstâncias até hoje
 ­ Estimativa 3 322 820 hab. (16º)[2]
 ­ Densidade 119,32 hab./km² (4º)
não esclarecidas, depois de ser pressionado,
segundo  consta,  a  vender  sua  fábrica  a Economia 2016[3]
firmas concorrentes estrangeiras. Depois de  ­ PIB R$ 49.456.000 (20º)
sua  morte,  suas  máquinas  teriam  sido  ­ PIB per capita R$ 14.723,70 (2016) (25º)
destruídas e atiradas na cachoeira de Paulo
Indicadores 2010/2015[4][5]
Afonso.
 ­ Esper. de vida (2015) 76,2 anos (23º)
Penúltimo  estado  brasileiro  em  área  (mais  ­ Mort. infantil (2015) 14,45‰ nasc. (3º)
extenso  apenas  que  Sergipe)  e  16º  em  ­ Alfabetização (2010) 78,9% (27º)
população, é um dos maiores produtores de
 ­ IDH (2017) 0,683 (27º) – médio [6]
cana­de­açúcar e coco­da­baía do país e tem Fuso horário UTC−03:00
na  agropecuária  a  base  de  sua  economia. Clima Tropical As
Terra  do  sururu,  marisco  das  lagoas  que
Cód. ISO 3166­2 BR­AL
serve  de  alimento  à  população  do  litoral,  e
da  água  de  coco,  Alagoas  possui  também Site governamental http://www.governo.al.gov.br/
um dos folclores mais ricos do país. (http://www.governo.al.gov.b
r/)
O  estado  possui  um  dos  menores  índice de
desenvolvimento humano (IDH) e índice de
alfabetização  do  país,  embora  tenha  se
destacando  cada  vez  mais  para
melhoramento dos índices, como é o caso da
mortalidade  infantil  no  estado,  saindo  do
último lugar para o décimo sexto em todo o
país,  devido  a  políticas  voltadas  a  saúde
dos  recém­nascidos  no  interior  de  Alagoas.
O  estado  ainda  possui  o  maior  índice  de
evasão escolar.

Índice
Etimologia

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23/04/2019 Alagoas – Wikipédia, a enciclopédia livre

História
Descobrimento pelos europeus
A guerra holandesa
Palmares
Criação da comarca
Capitania independente
Mudança da capital
República
Século XXI
Geografia
Demografia
Indicadores
Crescimento populacional
Povos indígenas
Religiões
Subdivisões
Economia
Setor primário
Setor secundário
Setor terciário
Exportações
Infraestrutura
Educação
Segurança pública
Comunicações
Transportes
Energia elétrica
Cultura
Pontos turísticos
Referências
Ver também
Ligações externas

Etimologia
O  latim  lacus,  "tanque,  lago"  é  a  fonte,  no  acervo  vocabular
primitivo, do português, espanhol e italiano lago[8] e do francês
lac;[9]  um  seu  derivado,  o  latim  lacuna,  "fojo,  buraco",  "falta,
carência, omissão", explica o espanhol e italiano  laguna. [10][11]
O  português  "lagoa", [8]  coincidente  com  a  variante  espanhola
lagona  e  o  mirandês  llagona,  supõe  mudança  de  sufixo, [12]
documentada  já  em  938  num  documento  de  Valencia,  sob  a
Vista da capital grafia  lacona, [8]  e  noutro  de  1094,  de  Sahagún,  sob  a  grafia
lagona. [8] Sob a grafia "lagona" (talvez "lagõna"), é documentado
no século XIV, [8]  tendo  alternado  com  a  forma  "lago"  por  longo
tempo. Já a prótese (incorporação do artigo "a", formando "alagoa") ocorreu sobretudo a partir de locuções ("na

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lagoa", "vindo da lagoa")[8] ou por regularização morfológica com os derivados do verbo "alagar" ("alagadiço",
"alagado",  "alagador",  "alagamento"  etc.). [8]  O  dicionário  Aurélio  registra  "alagoa"  como  uma  variação  de
"lagoa". [13]

A forma "alagoa" aparece nos nomes concorrentes das lagoas Manguaba e Mundaú (aquela, "alagoa do sul", e
esta, "alagoa do norte") já no século XVI,  quando  se  fundam,  perto,  os  núcleos  de  povoamento  de  Alagoa  do
Norte e Alagoa do Sul, chamados "as Alagoas", com inclusão dos demais núcleos de povoamento da área. [14]

O  sufixo  do  gentílico  é  o  característico  da  área  gentílica  de  ­ano  do  Brasil  (paraibano,  pernambucano,
alagoano, sergipano, baiano, goiano, a que viria juntar­se acriano). [8]

História
A  costa  do  atual  Estado  de  Alagoas,  reconhecida  desde  as  primeiras  expedições  portuguesas,  desde  cedo
também  foi  visitada  por  embarcações  de  outras  nacionalidades  para  o  escambo  de  pau­brasil  (Caesalpinia
echinata). [15]

Quando da instituição do sistema de Capitanias Hereditárias (1534), integrava a Capitania de Pernambuco, e a
sua ocupação remonta à fundação da vila do Penedo (1545), às margens do rio São Francisco, pelo donatário
Duarte Coelho, que incentivou a fundação de engenhos na região. Palco do naufrágio da nau Nossa Senhora da
Ajuda e do subsequente massacre dos sobreviventes, entre os quais o bispo dom Pero Fernandes Sardinha, pelos
caetés (1556), o episódio serviu de justificativa para a guerra de extermínio movida contra esse grupo indígena
pela Coroa portuguesa. [15]

Ao se iniciar o século XVII, além da lavoura de cana­de­açúcar,  a  região  de  Alagoas  era  expressiva  produtora


regional de farinha de mandioca, tabaco, gado e peixe seco, consumidos na Capitania de Pernambuco. Durante
as invasões  holandesas  do  Brasil  (1630­1654),  o  seu  litoral  se  tornou  palco  de  violentos  combates,  enquanto
que,  nas  serras  de  seu  interior,  se  multiplicaram  os  quilombos,  com  os  africanos  evadidos  dos  engenhos  de
Pernambuco e da Bahia. Palmares, o mais famoso, chegou a contar com vinte mil pessoas no seu apogeu. [15]

Constituiu­se na Comarca de Alagoas em 1711. Foi desmembrado da Capitania de Pernambuco pelo decreto de
16 de setembro de 1817 em consequência da Revolução Pernambucana daquele ano. O seu primeiro governador,
Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, assumiu a função a 22 de janeiro de 1819. [15]

Durante  o  Brasil  Império  (1822­1889),  sofreu  os  reflexos  de  movimentos  como  a  Confederação  do  Equador
(1824) e a Cabanagem (1835­1840). A Lei Provincial de 9 de dezembro de 1839 transferiu a capital da Província
da cidade de Alagoas (hoje Marechal Deodoro), para a vila de Maceió, então elevada a cidade. [15]

A primeira Constituição do Estado foi assinada em 11 de junho de 1891, em meio a graves agitações políticas
que assinalaram o início da vida republicana. Os dois primeiros presidentes da República do Brasil, Deodoro da
Fonseca e Floriano Peixoto, nasceram no estado. [15]

Descobrimento pelos europeus
Barra Grande deve ter sido o primeiro ponto do território das Alagoas visitado pelos descobridores europeus,
por  ocasião  da  viagem  de  Américo Vespúcio em 1501. [16]  Embora  não  haja  referência  àquele  porto,  excelente
para  a  acolhida  de  navios,  como  a  expedição  vinha  do  norte  para  o  sul,  cabe  crer  que  tenha  ocorrido  ali  o
primeiro contato com a terra alagoana. A 29 de setembro, Vespúcio assinalou um rio a que chamou São Miguel,
no  território  percorrido;[17]  a  4  de  outubro  denominou  São  Francisco  o  rio  então  descoberto,  hoje  limite  de

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Vista de Penedo, cuja origem data do governo do primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte
Coelho.

Altar­mor da Igreja de Nossa Senhora da Corrente, Penedo.

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Igreja Santa Maria Madalena e Museu de Arte Sacra do Estado de Alagoas, na cidade de Marechal
Deodoro.

Alagoas com Sergipe. [18]

Sem sombra de dúvida, nas décadas seguintes, os franceses andaram pela costa alagoana, no tráfico do pau­
brasil com os nativos dos arredores. Até hoje, o porto do Francês documenta a presença, ali, daquele povo. [19]

Duarte  Coelho,  primeiro  donatário  da  capitania  de  Pernambuco, [17]  realizou  uma  excursão  ao  sul;  não  há
documentos  que  a  comprove,  mas  há  evidências  de  que  tenha  sido  realizada  em  1545  e  de  que  dela  resulte  a
fundação de Penedo, às margens do rio São Francisco. [20]

Em 1556, voltava da Bahia para Portugal o bispo dom Pero Fernandes Sardinha, quando seu navio naufragou
defronte  da  enseada  do  hoje  pontal  do  Coruripe.  Sardinha  foi  morto  e  devorado  pelos  caetés,  uma  das
numerosas tribos indígenas então existentes na região. [21] Perdura a crença popular de que a ira divina secou e
esterilizou todo o chão manchado pelo sangue do religioso. Para vingá­lo, Jerônimo de Albuquerque comandou
uma expedição guerreira contra os caetés, destruindo­os quase completamente. [22]

Em 1570, uma segunda bandeira enviada por Duarte Coelho, comandada por Cristóvão Lins, explorou o norte
de  Alagoas,  onde  fundou  Porto  Calvo  e  cinco  engenhos,  dos  quais  subsistem  dois,  o  Buenos  Aires  e  o
Escurial. [23] Neste último, repousou, em 1601, o corsário inglês Anthony Knivet, que viajara por terra após fugir
da Bahia, onde estivera prisioneiro dos portugueses. [22]

A guerra holandesa
No  princípio  do  século  XVII,  Penedo,  Porto  Calvo  e  Alagoas  já  eram
freguesias, [24]  admitindo­se  que  tais  títulos  lhes  tivessem  sido  conferidos
ainda no século anterior. Foram vilas, porém, em 1636. [24] Repousando a
economia  regional  na  atividade  açucareira,  tornaram­se  os  engenhos  de
açúcar  os  núcleos  principais  da  ocupação  da  terra. [22]  A  partir  de  1630,
Alagoas,  atingida  pela  invasão  holandesa, [25]  teve  povoados,  igrejas  e
engenhos incendiados e saqueados. [22]

Os portugueses reagiram duramente. [22] Batidos por sucessivos reveses, os
holandeses já desanimavam, pensando em retirar­se, quando para eles se
passa  o  mameluco  Domingos  Fernandes  Calabar,  de  Porto  Calvo. [26]
Grande  conhecedor  do  terreno,  orientou  os  holandeses  em  uma  nova
expedição a Alagoas. [26] Os invasores aportaram à Barra Grande, de onde
Filipe Camarão
passaram a vários pontos, sempre com bom êxito. [22] Em Santa Luzia do
Norte,  a  população,  prevenida,  ofereceu  resistência. [27]  Após  encarniçada
peleja, os holandeses recuaram e retornaram a Recife. Mas, caindo em seu poder o arraial do Bom Jesus, entre
Recife e Olinda, obtiveram várias vitórias. [22]

Alagoas, Penedo e Porto Calvo: eis os pontos principais onde se trava a luta em terras alagoanas. [22] Por fim, os
portugueses retomaram Porto Calvo e aprisionaram Calabar, que morreu na forca em 1635. [26] Clara Camarão,
uma porto­calvense de sangue indígena, também se salientou na luta contra os holandeses. [28] Acompanhou o
marido,  o  índio  Filipe  Camarão,  em  quase  todos  os  lances  e  arregimentou  outras  mulheres,  tomando­lhes  a
frente. [22]

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Palmares
Por  volta  de  1641,  afirmava  um  chefe  holandês estar quase despovoada a
região. [29]  João  Maurício  de  Nassau  pensou  em  repovoá­la, [29]  mas  o
projeto  não  foi  adiante.  Na  época  também  se  produzia  fumo em Alagoas,
considerado  de  excelente  qualidade  o  de  Barra  Grande. [22]  Em  1645,  a
população  participou  da  reação  nacionalista,  integrando­se  na  luta  sob  o
comando  de  Cristóvão  Lins,  neto  e  homônimo  do  primeiro  povoador  de
Porto Calvo.  Expulsos  os  holandeses  do  território  alagoano,  em  setembro
de  1645, [30]  prossegue  a  população  em  sua  luta  contra  eles,  já  agora,
todavia, em território pernambucano. [22]

Em  fins  do  século  XVII,  intensificam­se  as  lutas  contra  os  quilombos
negros  reunidos  nos  Palmares. [31]  Frustradas  as  primeiras  tentativas  de
Zumbi dos Palmares Domingos  Jorge  Velho,  sobretudo  em  1692, [32]  dois  anos  depois  o
quilombo é derrotado, [33] com o ataque simultâneo de três colunas: uma,
dos  paulistas  de  Domingos  Jorge;  outra,  de  pernambucanos,  sob  o
comando de Bernardo Vieira de Melo; e a terceira, de alagoanos, comandados por Sebastião Dias. [22] Palmares
começara a formar­se ainda nos fins do século XVI, e resistiu a sucessivos ataques durante quase um século. [34]

Um dos maiores redutos de escravos foragidos do Brasil colonial, [36]
Palmares  ocupava,  inicialmente,  a  vasta  área  que  se  estendia,
coberta  de  palmeiras,  do  cabo  de  Santo  Agostinho  ao  rio  São
Francisco.  A  superfície  do  quilombo,  progressivamente  reduzida
com o passar do tempo, concentrar­se­ia, em fins do século XVII, na
ainda extensa região delimitada pelas vilas de Una e Serinhaém, em
Pernambuco, e Porto  Calvo,  Alagoas  e  São  Francisco  (Penedo),  em
Alagoas. Os escravos  haviam  organizado  no  reduto  um  verdadeiro
O Quilombo dos Palmares, criado
estado, segundo os moldes africanos, com o quilombo constituído de
em terras do atual município de
povoações  diversas  (mocambos),  pelo  menos  11,  governadas  por
União dos Palmares em Alagoas, é
oligarcas,  sob  a  chefia  suprema  do  rei  Ganga­Zumba.  A  partir  de considerado o berço da capoeira.[35]
1667, amiudaram­se as entradas contra os negros, a princípio com a
finalidade  de  recapturá­los,  em  seguida  com  a  de  conquistar  as
terras  de  que  se  haviam  apoderado. [34]  As  investidas  do  sargento­mor  Manuel  Lopes  (1675)  e  de  Fernão
Carrilho  (1677)[37]  seriam  desastrosas  para  os  quilombolas,  obrigados  a  aceitar  a  paz  em  condições
desfavoráveis. Apesar desse revés, a luta prosseguiria, liderada por Zumbi, sobrinho de Ganga Zumba, contra
cujas hostes aguerridas, em seguida a uma primeira expedição punitiva, em 1679, [22] e a diferentes entradas
sem  maiores  consequências,  se  voltaria  finalmente  o  bandeirante  paulista  Domingos Jorge Velho,  para  tanto
contratado  pelo  governador  de  Pernambuco,  João  da  Cunha  Souto  Maior. [38]  Nos  primeiros  meses  de  1694,
aliado  a  destacamentos  alagoanos  e  pernambucanos,  sob  o  comando,  respectivamente,  de  Sebastião  Dias  e
Bernardo  Vieira  de  Melo,  Velho  liquidaria  a  derradeira  resistência  do  quilombo. [39]  Zumbi  lograria  escapar,
arregimentando novos combatentes, mas, traído, ver­se­ia envolvido por forças inimigas, com cerca de vinte de
seus homens, perecendo em luta, a 20 de novembro de 1695. [40]  Desaparecia,  após  mais  de  sessenta  anos,  o
quilombo dos Palmares, "o maior protesto ao despotismo que uma raça infeliz traçou à face do mundo", no dizer
de Craveiro Costa. [41]

Criação da comarca

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Já  então  apresentavam  as  Alagoas  indícios  de  prosperidade  e


desenvolvimento,  quer  do  ponto  de  vista  econômico,  quer  do
cultural.  Sua  principal  riqueza  era  o  açúcar,  sendo  além  disso
produzidos,  embora  em  menor  escala,  mandioca,  fumo  e  milho;
couros,  peles  e  pau­brasil  eram  exportados.  As  matas  abundantes
forneciam  madeira  para  a  construção  de  naus.  Nos  conventos  de
Penedo  e  das  Alagoas  os  franciscanos  mantinham  cursos  e
publicavam sermões e poesias. [41] Tudo isso justificou o ato régio de
Mapa de Alagoas, c.1903
9  de  outubro  de  1710,  criando  a  comarca  das  Alagoas, [42]  que
somente  se  instalou  em  1711. [43]  Daí  em  diante,  a  organização
judiciária  restringia  o  arbítrio  feudal  dos  senhores,  e  até  o  dos  representantes  da  metrópole.  A  comarca
desenvolvia­se. [41]  Já  em  1730,  o  governador  de  Pernambuco,  propondo  a  el­rei  a  extinção  da  decadente
capitania  da  Paraíba,  assinalava  a  prosperidade  de  Alagoas,  com  seus  quase  cinquenta  engenhos,  dez
freguesias, e apreciável renda para o erário real. [44] Ao lado do açúcar, incrementou­se a cultura do algodão. Seu
cultivo foi introduzido na década de 1770; em 1778, já se exportavam para Lisboa amostras de algodão tecido
nas Alagoas. [41] Em Penedo e Porto Calvo, fabricava­se pano ordinário, para uso, sobretudo, de escravos.  Em
1754, frei João de Santa Ângela publicou, em Lisboa, seu livro de sermões e poesias; é a primeira obra de um
alagoano. [45] A população crescia, distribuindo­se em várias atividades. Um cômputo demográfico mandado
realizar em 1816 pelo ouvidor Antônio Ferreira Batalha registrava uma população de 89 589 pessoas. [41]

Capitania independente
Três  anos  depois,  em  1819,  novo  recenseamento  acusou  uma
população de 111 973 pessoas. [41] Contavam­se, então, na província,
oito vilas. [41] Alagoas já se constituíra capitania independente da de
Pernambuco,  criada  pelo  alvará  de  16  de  setembro  de  1817. [46]  A
repercussão da Revolução Pernambucana desse ano contribuiu para
facilitar  o  processo  de  emancipação.  O  ouvidor  Batalha  foi  o
principal mentor da gente alagoana. Aproveitando­se da situação e
infringindo  as  próprias  leis  régias,  desmembrou  a  comarca  da
jurisdição de Pernambuco e nela constituiu um governo provisório.
Esses  atos  foram  suficientes  para  abrir  caminhos  que  levaram  D.
João  a  sancionar  o  desmembramento. [41]  Sebastião  Francisco  de
Melo e Póvoas, governador nomeado, só assumiu o governo a 22 de
janeiro de 1819. [47]
D. João VI de Portugal
Acentuou­se,  a  partir  de  então,  o  surto  de  prosperidade  de
Alagoas. [41]  Em  17  de  agosto  de  1831,  apareceu  o  Íris  Alagoense,
primeiro jornal publicado na província, assim considerada a partir da independência do Brasil e organização do
império. [48] É certo que os primeiros anos de independência não foram fáceis. Uma sequência de movimentos
abalou a vida provincial: em 1824, a Confederação do Equador; em 1832­1835, a Cabanada; em 1844, a rebelião
conhecida como Lisos e Cabeludos; em 1849, a repercussão da revolução praieira. [41]

Mudança da capital

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Em 1839, a capital, então situada na velha cidade das Alagoas, foi transferida para a vila de Maceió, localizada
à beira­mar, no caminho entre o norte, o centro e o sul da província. [49] No processo de mudança defrontaram­
se  as  duas  facções  políticas  mais  importantes,  uma  chefiada  pelo
mais tarde visconde de Sinimbu, outra pelo juiz Tavares Bastos, [41]
pai do futuro pensador Tavares Bastos, nascido, aliás, nesse ano de
1839. [50]  Naquele  momento,  a  província  possuía  oito  vilas.  Desde
1835 funcionava a assembleia provincial. [41]

No governo da província, sucediam­se os presidentes nomeados pelo
imperador, nem sempre interessados pelos destinos da terra, outras
vezes  envolvidos  por  lutas  partidárias.  A  província,  contudo,
progredia. [41] No campo da economia, vale salientar a fundação, em
1857, da primeira fábrica alagoana de tecidos, a Companhia União
Mercantil,  no  distrito  de  Fernão  Velho. [51]  Idealizou­a  o  barão  de
Jaraguá,  contribuindo  dessa  forma  para  o  fomento  da  economia
regional. [41]  Trinta  anos  mais  tarde,  fundou­se  a  Companhia
Alagoana  de  Fiação  e  Tecidos,  que  em  15  de  outubro  de  1888  se
instalou em Rio Largo. [52]  Seguiu­se  a  esta,  em  30  de  setembro  de
1892,  a  fundação  da  Companhia  Progresso  Alagoano,  em
Cachoeira. [51] Dessa atividade têxtil surgiram, com grande prestígio Visconde de Sinimbu
nacional, as toalhas da Alagoana. [41]

O ensino recebeu incentivo com a instalação em 1849, do Liceu Alagoano, destinado ao nível médio;  é  hoje  o
Colégio Estadual de Alagoas. [51] O ensino primário, já beneficiado em 1864 pelo estabelecimento de uma escola
normal,  hoje  funcionando  sob  a  denominação  de  Instituto  de  Educação,  recebeu  expressivo  impulso  com  a
criação de novas escolas. [41] Com a fundação, em 1869, do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano, hoje
Instituto  Histórico  e  Geográfico  de  Alagoas, [53]  desenvolveram­se  os  estudos  históricos  e  geográficos. [41]  Do
final do império ao início da república, incrementou­se o movimento para a construção de engenhos centrais e
aperfeiçoamento técnico da fabricação de açúcar, o que iria dar origem às usinas, a primeira delas constituída,
todavia, já no período republicano. [54]

Os movimentos abolicionista e republicano dos últimos anos da monarquia atingiriam a província, o primeiro
deles  através  da  Sociedade  Libertadora  Alagoana[54]  e  dos  jornais  Gutenberg  e  Lincoln. [55]  A  campanha
abolicionista  mobilizou  a  intelectualidade  alagoana,  sem  entretanto  chegar  aos  excessos  da  violência.
Professores  e  jornalistas  atraíram  a  mocidade  para  a  campanha,  e  após  a  abolição,  em  1888,  foi  um  mestre
como  Francisco  Domingues  da  Silva  que  teve  a  iniciativa  da  criação  de  um  instituto  de  ensino  profissional,
destinado aos filhos dos ex­escravos. [54]

República
O  movimento  republicano,  intensificado  pela  abolição,  traduziu­se  nas  atividades  da  imprensa  e  clubes  de
propaganda. O mais importante destes foi o Centro Republicano Federalista, também, de certo, o mais antigo;
outros foram o Clube Federal Republicano e o Clube Centro Popular Republicano Maceioense, ambos existentes
na  capital  no  momento  da  proclamação.  No  interior  havia  igualmente  outros  clubes  de  propaganda.  O
Gutenberg era o órgão de imprensa mais veemente na difusão da ideia republicana. [54]

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No mesmo dia em que, no Rio de Janeiro, era proclamada a república, em Maceió assumia a presidência o dr.
Pedro  Ribeiro  Moreira,  último  delegado  do  governo  imperial  para  a  província.  Confirmada  a  mudança  do
regime, organizou­se a princípio uma junta governativa, mas a 19 de novembro o marechal Deodoro designou o
irmão, Pedro Paulino da Fonseca, para governar o novo estado. [54] Foi ele também o primeiro governador eleito
após promulgada a constituição estadual, em 12 de junho de 1891. [56]

Perturbados  e  incertos  decorreram  os  primeiros  dez  anos  de  vida  republicana,  na  província.  Governos  se
sucediam,  nomeados  pelo  poder  central  ou  eleitos  pelo  povo,  mas  quase  sempre  substituídos  ou  depostos.
Constituíram­se  várias  juntas  governativas,  numa  ou  noutra
oportunidade. [54] Somente no fim do século XIX, ou melhor, já nos
primeiros  anos  do  século  XX,  a  situação  se  consolidou  com  os
governos  do  barão  de  Traipu  e  de  Euclides  Malta,  o  primeiro  da
chamada "oligarquia Malta", que se prolongou até 1912. [25] Euclides
governou de 1900 a 1903; sucedeu­lhe o irmão, Joaquim Paulo, no
período de 1903 a 1906; Euclides voltou ao poder de 1906 a 1909, e,
reelegendo­se  nesse  ano,  permaneceu  por  mais  um  triênio,  até
1912. [54]

O alagoano Deodoro da Fonseca foi
o primeiro Presidente da República
do Brasil. Vista de Maceió, 1905. Arquivo
Nacional.
Os 12 primeiros anos do século se assinalaram por lutas partidárias.
Contudo,  não  houve  paralisação  nas  diferentes  atividades  do  estado.  Maceió  ganhou  numerosos  prédios
públicos, como o palácio do governo, inaugurado a 16 de setembro de 1902, o Teatro Deodoro e o edifício  da
municipalidade, ainda hoje existentes. Com a atividade pedagógica de Alfredo Rego, procedeu­se à reforma do
ensino,  atualizando  a  anterior,  ainda  dos  fins  do  império,  orientada  por  Manuel  Baltasar  Pereira  Diegues
Júnior, criador do Instituto de Professores, posteriormente chamado Pedagogium, iniciativa pioneira na época.
Nova remodelação do ensino se fez em 1912­1914, sob a orientação do segundo daqueles educadores. Criou­se o
primeiro grupo escolar. [54]

Em 1912, o Partido Democrata conseguiu derrotar a oligarquia Malta depois de enérgica campanha, em que se
registraram  ferrenhas  lutas  de  rua,  inclusive  com  a  morte  do  poeta  Bráulio  Cavalcanti,  em  praça  pública,
quando  participava  de  um  comício  democrático.  Clodoaldo da Fonseca,  governador  eleito,  embora  não  fosse
alagoano,  ligava­se  ao  estado  através  da  família:  era  sobrinho  de  Deodoro  e  filho  de  Pedro  Paulino  e,  assim,
parente do marechal Hermes, então presidente da república. [54]

As  lutas  contra  os  Malta  envolveram  igualmente  os  grupos  do  culto  afro­brasileiro.  Xangôs  e  candomblés,
diziam os jornais da oposição, tinham o governador Malta como estimulador. [54][57] Entre papéis de orações, de
panos com símbolos desenhados de Ogum, de Ifá, de Exu, foram encontrados retratos dos chefes democratas da
oposição. O grupo que apoiava o governador era chamado de Leba, por alusão a uma das figuras do orixá dos

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xangôs. O que valeu de tudo isso é que o acervo apreendido pela polícia se preservou — peças, objetos, insígnias
e símbolos do culto, conservados no museu  do  Instituto  Histórico  como  uma  das  coleções  mais  preciosas  do
culto afro­brasileiro. [57]

Até  1930,  o  Partido  Democrata  manteve  a  situação,  através  dos


governadores que sucederam a Clodoaldo. Cada um deles deu uma
contribuição  para  o  progresso  do  estado.  Abriram­se  estradas  de
rodagem em direção ao norte e ao centro, e posteriormente o trecho
de  Atalaia  e  a  Palmeira  dos  Índios,  estrada  de  penetração  para  a
zona sertaneja;  construíram­se  grupos  escolares  em  quase  todos  os
municípios; Maceió  renovou­se  com  a  abertura  de  ruas e avenidas;
combateu­se  a  criminalidade,  principalmente  com  o  movimento
contra o banditismo, que culminaria, em 1938, com o extermínio do
grupo  de  Lampião;  promoveram­se  pesquisas  petrolíferas.  As
sucessões  políticas  praticamente  se  fizeram  sem  luta,  pois  quase
sempre  predominava  o  candidato  único,  oriundo  do  Partido
Democrata. [57]

Com  a  vitória  da  revolução  de  outubro  de  1930,  também  sem  luta
armada no estado, iniciou­se o sistema de interventores (com breve
interrupção entre 1935 e 1937) até 1947, quando a redemocratização
Floriano Peixoto, alagoano, foi o
do país propiciou a promulgação de uma nova constituição para o
segundo Presidente da República do
estado.  O  chamado  período  das  interventorias  foi  igualmente
Brasil.
fecundo,  malgrado  a  falta  de  continuidade  nas  administrações,
quase  sempre  de  curtos  períodos.  Nesse  período,  entre  outros  fatos
marcantes destacaram­se os trabalhos de pesquisa do petróleo;[57] a construção do porto de Maceió, inaugurado
em 1940;[58] o incremento das atividades econômicas, sobretudo com a diversificação da produção agrícola e a
implantação  da  indústria  leiteira  em  Jacaré  dos  Homens,  constituindo­se  a  cooperativa  de  laticínios  para  a
produção  de  leite,  manteiga  e  queijo;  o  incremento  do  ensino  rural  e  a  ampliação  do  cooperativismo.  Tal
desenvolvimento  possibilitou  que,  no  período  da  segunda  guerra  mundial,  Alagoas  contribuísse,  de  maneira
efetiva,  para  o  abastecimento  de  estados  vizinhos,  sem  prejuízo  de  sua  colaboração  para  o  esforço  de  guerra.
Constituiu­se, com a criação da usina Caeté, a primeira cooperativa de plantadores de cana. [57]

As atividades intelectuais também se desenvolveram, não apenas com o Instituto Histórico, mas ainda com a
criação  da  Academia  Alagoana  de  Letras,  em  1919, [59]  e  a  formação  de  centros  literários  de  jovens  como  a
Academia dos Dez Unidos, o Cenáculo Alagoano de Letras e o Grêmio Literário Guimarães Passos. [57] Em 1931,
fundou­se a Faculdade de Direito, [60] e em 1954 a Faculdade de Ciências Econômicas. [61]  Depois  essas  duas
faculdades,  e  mais  as  de  odontologia,  medicina,  engenharia  e  serviço  social  uniram­se  para  formar  a
Universidade Federal de Alagoas. [57]

As  lutas  políticas  estaduais  ganharam  força  na  década  de  1950.  Quando  da  tentativa  de  impeachment  do
governador  Muniz  Falcão,  em  1957,  um  tiroteio  na  assembleia  legislativa  causou  a  morte  do  deputado
Humberto  Mendes,  sogro  do  governador.  E  em  toda  a  segunda  metade  do  século  XX  manteve­se  a  tensão
política, enquanto os ganhos oriundos do sal­gema, do açúcar e do petróleo não beneficiavam a população. [57]

Em 1979, o ex­governador Arnon de Melo, então senador, conseguiu do governo militar a nomeação de seu filho
Fernando  Afonso  Collor  de  Melo,  para  prefeito  de  Maceió. [62]  Em  1988,  um  acordo  entre  Collor,  já  então
governador, e as usinas de açúcar e álcool, principais contribuintes do Imposto de Circulação de Mercadorias e

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Serviços  no  estado,  permitiu  que  estas  reduzissem  sua  carga  tributária. [57]  A  queda  de  receita  agravou  a
histórica crise social e econômica do estado e gerou um quadro falimentar que levou o governo federal a uma
intervenção não­oficial em 1997. [63] Depois de nomeado um novo secretário de Fazenda, o governador Divaldo
Suruagy se afastou, cedendo o posto ao vice­governador. [63]

Século XXI
Após  o  escândalo  que  levou  Renan  Calheiros  a  renunciar  à  presidência  do  Senado  Federal  do  Brasil,  em
2007, [64] seu filho, Renan Filho (PMDB), foi eleito prefeito de Murici, em outubro de 2008. [65] O prefeito Cícero
Almeida (PP), foi reeleito com 81,49% dos votos. [66]

Em setembro de 2008, o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Antonio Albuquerque (PT do B), foi
destituído  do  cargo. [67]  Ele  foi  o  principal  suspeito  do  desvio  de  R$  280  milhões  do  poder  legislativo,
investigado na Operação Taturana. [68] Catorze deputados foram indiciados. [69] O deputado Fernando Toledo
(PSDB)  assumiu  a  presidência  da  Casa. [70]  Em  julho  de  2009,  o  presidente  do  Supremo  Tribunal  Federal,
ministro Gilmar Mendes, determinou que oito dos 14 deputados retornassem à Assembleia, entre eles Antonio
Albuquerque. [71]

Em  outubro  de  2006,  Teotônio  Vilela  (PSDB)  foi  eleito  governador  do  estado,  sendo  reeleito,  em  outubro  de
2010, com 52,74% dos votos, em segundo turno, contra o seu adversário, o candidato Ronaldo Lessa (PDT), que
ficou com 47,26%. [72]

Renan Filho é eleito Governador de Alagoas em 2014, tomando posse em 1 de janeiro de 2015.

Geografia
Cerca de 86% do território alagoano se encontra abaixo de 300m de
altitude, [73]  e  61%  abaixo  de  200m. [74]  Apenas  um  por  cento  fica
acima  de  600m. [73]  Cinco  unidades  compõem  o  quadro
morfológico:[73]

a baixada litorânea,[73] com extensos areais (praias e restingas)
dominados por elevações de topo plano (tabuleiros
areníticos);[75]
uma faixa de colinas e morros argilosos,[73] imediatamente a
oeste, com solos espessos e relativamente ricos; Praia de carro quebrado
o pediplano,[73] ocupando todo o interior,[76] com solos ricos,[76]
porém rasos, e uma topografia levemente ondulada,[76] da qual
despontam as serras de Mata Grande e Água Branca,[76] no
extremo oeste do estado;[76]
a encosta meridional do planalto da Borborema,[73] no centro­
norte, parte mais elevada de Alagoas;[76]
e planícies aluviais (várzeas), ao longo dos rios,[76] inclusive o
delta e a várzea do baixo São Francisco (margem esquerda),
com solos anualmente renovados por cheias periódicas.[76]
A  rede  hidrográfica  do  estado  é  constituída  por  rios  que  correm
diretamente  para  o  oceano  Atlântico[73]  (como,  por  exemplo,  o Cânion de Xingó, no Rio São
Camaragibe, [76] o Mundaú, [73] o Paraíba do Meio[73] e o Coruripe) e Francisco.
por  rios  que  deságuam  no  São  Francisco  (como  o  Marituba, [77]  o
Traipu, [77] o Ipanema, [77] o Capiá[77] e o Moxotó). [77]

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Três  tipos  de  cobertura  vegetal, [77]  em  grande  medida  modificados  pela  ação  do  homem, [77]  revestiam  o
território  alagoano:  a  floresta  tropical  na  porção  úmida  do  estado
(microrregião  da  mata  alagoana);[73]  o  agreste,  vegetação  de
transição  para  um  clima  mais  seco,  no  centro;[77]  e  a  caatinga,  no
oeste. [73] Toda a metade oriental do estado possui clima do tipo As,
de Köppen, [76] quente  (médias  anuais  superiores  a  24  °C), [73]  com
chuvas de outono­inverno relativamente abundantes (mais de 1 400
milímetros). [73]  No  interior  dominam  condições  semiáridas, [73]
clima BSh, [73] caindo a pluviosidade abaixo de 1 000 milímetros;[77]
essa  região  está  incluída  no  chamado  Polígono  das  Secas. [77]  As Praia do gunga
estações do ano são perfeitamente definidas pela periodicidade das
chuvas. [77] O verão tem início em setembro e termina em fevereiro e o "inverno" começa aproximadamente em
março, [77] terminando em agosto. [77] A temperatura não sofre grandes oscilações, variando, no litoral, [77] entre
22,5 e 28 °C, [77] e no sertão, [77] entre 17 e 33 °C. [77]

O  estado  encontra­se  com  44,36%  de  seu  território  dentro  do  polígono  das  secas,  segundo  dados  da
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). [78] O relevo alagoano sofreu ao longo do
tempo variações de suas interpretações, algumas foram feitas com base em estudos de campo (visita as áreas
retratadas), outra com base em instrumentos modernos (fotografia, imagem de satélite).

Considerado  nos  traços  gerais,  este  relevo  tem  aspectos  particulares  no  conjunto  de  suas  formas  variadas,
podendo  ser  dividido  em:  planalto,  planície  (baixada  litorânea  e  tabuleiros  costeiros)  e  depressões  (nelas
ocorrem formações mamelonares).

O Litoral (Planície Litorânea) é formado por uma extensa baixada. A paisagem apresenta dunas e mangues na
foz dos rios e riachos. Nessa faixa de terra encontram­se também as lagoas costeiras.

A  região  dos  Tabuleiros  é  muito  ondulada,  pouco  elevada,  e  se  estende  para  o  interior.  A  cidade  de  Maceió
encontra­se na base desses tabuleiros.

Enquanto  a  região  litorânea  é  cortada  por  pequenos  rios  que  deságuam  no  mar  ou  no  rio  São  Francisco,  o
interior do estado apresenta áreas mais elevadas, onde se destaca o planalto do Borborema, que se estende do
Agreste até o Sertão.

A divisão mais atual é com base na divisão de Jurandir. L. S. Ross, feita para o Brasil. Essa divisão transforma
boa parte do planalto em depressões e a região banhada pelo São Francisco é classificada como terras baixas
Sanfranciscana. Na porção oeste do estado, destaca­se o Pediplano do Baixo São Francisco, uma região marcada
tanto por depressões como por maiores altitudes. Na microrregião do Sertão do São Francisco, por exemplo, é
possível encontrar vales de paredes abruptas (cânions) e terrenos com fortes desníveis (serras). Enquanto isso,
no extremo oeste, mais precisamente na microrregião da Serra do São Francisco, encontram­se os pediplanos
mais ondulados. Constituídos por embasamentos cristalinos (gnaisses, granitos, xistos), sua formação data do
período Pré­Cambriano. É nesta porção do território que está situado o ponto mais alto de Alagoas, a Serra da
Onça, no município de Mata Grande. Sua altitude é de 1016 metros.

Lista de rios de Alagoas

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Rio Bálsamo
Rio Camarajibe
Rio Capiá
Rio Coruripe
Rio Inhaúma
Rio Ipanema
Rio Jacuípe
Rio Manguaba
Rio Marituba
Rio Moxotó
Rio Mundaú
Rio Paraíba do Meio
Rio Paraibinha
Rio Porongaba
Rio Santo Antônio Grande
Rio São Francisco
Maceió, Capital de Alagoas Rio São Miguel
Rio Traipu

Demografia
Cor/Raça Porcentagem
Brancos 36%
Negros 3%
Pardos 59%

Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração).

A população branca do estado é descendente em sua grande parte de portugueses. Os pardos são compostos da
mistura entre negros, índios e brancos. Os índios não apareceram na pesquisa, embora haja presença indígena
no interior do estado. Os autodeclarados negros perfazem o menor grupo étnico alagoano.

De acordo com um estudo genético de 2013, a composição genética da população de Alagoas é 54,7% europeia,
26,6% africana e 18,7% ameríndia. [79]

Indicadores
As  pessoas  na  faixa  etária  de  0  a  14  anos  representam  40,3%  do  total  da  população;  os  habitantes  na  faixa
etária de 15 a 59 anos respondem por 53,3% do total e aqueles de 60 anos ou mais representam apenas 6,4% da
população. Um total de 58,3% da população vive nas zonas urbanas,  enquanto  41,7%  encontram­se  na  zona
rural.  A  população  de  mulheres  corresponde  a  51,2%  do  total  de  habitantes  e  os  homens  somam  48,8%.  O
índice  de  mortalidade  do  Estado  é  de  6,2  por  mil  habitantes  e  a  taxa  de  mortalidade infantil  em  2017  foi  de
13,40 para cada mil crianças nascidas vivas. [80]

Alagoas  apresenta  o  IDH  de  0,683  em  relação  ao  ano  de  2017. [81].  As  cidades  litorâneas  e  Zona  da  Mata  do
estado apresentam em geral IDH maior que as localizadas no Agreste e no Sertão Alagoano. A capital Maceió
possui o maior IDH (0,735), enquanto o menor é de Inhapi (0,484), no Alto Sertão. [82]

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Crescimento populacional

Maceió: Capital de Alagoas

Ano Habitantes
1872 348 009
1890 511 440
1900 649 273
1920 978 748
1940 951 300
1950 1 093 137
1960 1 258 107 Barra de são miguel
1970 1 588 109
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1980 1 982 591
1991 2 512 991
1996 2 633 251
2000 2 819 172
2007 3 037 103
2010 3 120 922
2013 3 300 938
Fontes: Barsa Planeta Ltda e IBGE[83]
Praia de Ponta Verde em Maceió.

Povos indígenas
Aconã
Carapotó
Kariri­Xocó
Caruazu
Catokinn
Jeripancó
Kalankó
Koiupanká
Tingui­botó
Uassu­cocal
Povos Indígenas em Alagoas e Sergipe.
Xukuru­Kariri

Religiões

Afro­ Sem Religiões


Católicos Evangélicos/Protestantes Espíritas Outras
Estado brasileira Religião asiáticas
(%) (%) (%) (%)
(%) (%) (%)

72,2% 15,9% 0,5% 0,1% 1,5% 9,7% 0,1%


 Alagoas

Além disso, o Estado possui 13.454 Testemunhas de Jeová no Estado, 0,43% da população.

Fonte: IBGE, Censo 2010. [85]

Subdivisões
Região geográfica intermediária é, no Brasil, um agrupamento de regiões geográficas imediatas que são
articuladas  através  da  influência  de  uma  ou  mais  metrópoles,  capitais  regionais  e/ou  centros  urbanos
representativos  dentro  do  conjunto,  mediante  a  análise  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística
(IBGE). [86]

As  regiões  geográficas  intermediárias  foram  apresentadas  em  2017,  com  a  atualização  da  divisão  regional  do
Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989.
As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões. A divisão de 2017 teve o objetivo
de abranger as transformações relativas à rede urbana e sua hierarquia ocorridas desde as divisões passadas,

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devendo ser usada para ações de planejamento e gestão de políticas públicas e para a divulgação de estatísticas
e estudos do IBGE. [86]Alagoas está dividida oficialmente em duas regiões geográficas intermediárias: a Região
Geográfica Intermediária de Maceió e a Região Geográfica Intermediária de Arapiraca.

Região geográfica Regiões
Número de Número de
Código geográficas Código
intermediária[87] municípios municípios
imediatas
Maceió 270001 13
Porto Calvo­São Luís
270002 13
do Quitunde
Penedo 270003 7
Maceió 2701 52
São Miguel dos
270004 6
Campos
União dos Palmares 270005 6
Atalaia 270006 7
Arapiraca 270007 17
Palmeira dos Índios 270008 9
Delmiro Gouveia 270009 7
Arapiraca 2702 50
Santana do Ipanema 270010 9
Pão de Açúcar­Olho
d'Água das Flores­ 270011 8
Batalha

Economia

Setor primário
Entre  os  principais  produtos  agrícolas  cultivados  no  Estado,
encontram­se o abacaxi, o coco, a cana­de­açúcar, o feijão, o fumo, a
mandioca, o algodão,o arroz e o milho. O estado Alagoas é o maior
produtor  de  cana­de­açúcar  do  nordeste  e  um  dos  maiores
produtores de açúcar do mundo, A Rússia é seu maior comprador, Praia do gunga
75%  do  açúcar
consumido  na  Rússia  é
alagoano.

Exportações de Alagoas ­ (2012)[88]

Na  pecuária,  destacam­se  as  criações  de  aves,  equinos,  bovinos,


bubalinos, caprinos, ovinos e suínos.
Galés de Maragogi.
Existem,  também,  no  estado,  reservas  minerais  de  sal­gema.
Alagoas é o maior produtor de gás natural do Brasil ALGÁS, além do petróleo já mencionado.

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Setor secundário
A  atividade  industrial  tem,  como  subsetores  predominantes,  o  químico,  a  produção  de  açúcar  e  álcool,  de
cimento, e o processamento de alimentos. Ultimamente tem crescido bastante a instalação de novas indústrias
em Alagoas (em apenas 1 ano chegaram 12).

Atualmente, as empresas que se instalam em Alagoas estão em um franco desenvolvimento, caracterizando um
estado  sólido  para  investimento  na  região  Nordeste.  Em  Alagoas  é  possível  observar  um  aumento  da
diversividade industrial, embarcações, PVC, etanol de segunda geração, alimentícia, Borracha, plástico e entre
outros são responsáveis pelo crescimento industrial alagoano.

A  participação  da  indústria  da  cultura  canavieira  na  economia  do  estado  atinge  45  por  cento.  As  outras
atividades que possuem contribuição significativa são o turismo, com 23%, a indústria alimentícia, com 20% e
a de química e mineração, com 12%.

Setor terciário
Nos últimos anos, Alagoas se destaca por ser um dos estados mais procurados no Brasil pelos turistas, inclusive
estrangeiros  vindos  sobretudo  da  Itália,  Inglaterra,  Estados  Unidos,  Alemanha  e  Argentina.  O  turismo  tem
crescido nas praias  do  estado  com  a  chegada  de  brasileiros  e  também  de  estrangeiros,  graças  a  melhorias  no
aeroporto de Maceió e na infraestrutura hoteleira. O litoral norte, especialmente Maragogi  e  Japaratinga  tem
recebido  nos  últimos  anos  grandes  empreendimentos  de  resorts.  Segundo  a  maior  companhia  de  viagens  da
América Latina CVC, Maceió é a terceira capital mais procurada do Brasil.

Exportações
O  estado  do  Alagoas  tem  uma  pauta  de  exportação  bastante  concentrada  tendo,  em  2012,  negociado  com  o
exterior, principalmente açúcar in natura (91,45%) e álcool etílico (7,47%). [88]

Infraestrutura

Educação

Faculdades e universidades

Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL)
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)
Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC)
Faculdade de Negócios de Alagoas (FAN)
Faculdade de Alagoas (FAL)
Faculdade Pontes de Miranda
Escola Superior de Administração e Marketing e Comunicação
(ESAMC)
Faculdade Integrada Tiradentes (FITS)
Universidade Federal de Alagoas,
Faculdade de Maceió (FAMA)
em Maceió.
Faculdade Alagoana de Administração (FAA)
Faculdade da Cidade de Maceió (FACIMA)
Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste (Seune)

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Faculdade São Tomás de Aquino (FACESTA)
Centro de Ensino Superior Arcanjo Mikael de Arapiraca (CESAMA)
Instituto de Ensino Superior Santa Cecília (IESC)
Faculdade Alagoana de Tecnologia (FAT)
Faculdade São Vicente de Pão de Açúcar (FASVIPA)
Faculdade Figueiredo Costa (FiC)
Faculdade Raimundo Marinho (FRM)

Escolas federais Resultados no ENEM
Ano Português Redação
IFAL Campus Maceió
IFAL Campus Satuba 2006[89] 32,32 (21º) 48,01 (23º)
IFAL Campus Marechal Deodoro Média 36,90 52,08
IFAL Campus Palmeira dos Índios 2007[90] 44,12 (23º) 52,77 (23º)
IFAL Campus Piranhas Média 51,52 55,99
IFAL Campus Maragogi
2008[91] 34,76 (26º) 56,13 (27º)
IFAL Campus Penedo 41,69 59,35
Média
IFAL Campus Murici
IFAL Campus Arapiraca
IFAL Campus Rio Largo

Futuras construções

IFAL Santana do Ipanema
IFAL São Miguel dos Campos
IFAL Coruripe

Segurança pública
Segundo os dados de 2018, Alagoas ocupa a oitava posição no ranking dos estados mais violentos do país[92],
já tendo sido o primeiro colocado desse ranking no ano de 2011.

Comunicações
O  estado  de  Alagoas  possui  3.410.693  de  linhas  de  telefonia  móvel  ativas  e  244.625  de  linhas  de  telefones
fixos. [93] Todas as linhas do estado possuem apenas um código de área que é o 82. [94]

Transportes
O  Aeroporto  Internacional  Zumbi  dos  Palmares  está  localizado  na
Região  Metropolitana  de  Maceió,  entre  a  capital  e  a  cidade  de  Rio
Largo  e  é  um  dos  maiores  (tamanho  do  terminal  de  passageiros)
aeroportos do Nordeste.

Foi o desenvolvimento econômico e comercial do Porto de Jaraguá,
próximo  às  margens  da  lagoa  Mundaú,  chamada  maçaio,  que  fez
surgir uma grande povoação que recebeu o nome de Maceió. O Porto
de  Jaraguá  é  considerado  um  "porto  natural"  que  facilita  o VLT de Maceió

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atracamento  de  embarcações,  por  onde  os  produtos  mais  exportados  na  época  da  colonização  foram  açúcar,
fumo, coco e especiarias. E, hoje, o porto de Maceió é o 3º principal porto do nordeste, e o 8º do Brasil.

Planos  do  Governo  federal  pretendem  ampliar  o  espaço  para  navios  cargueiros  e  os  cruzeiros  que  sempre
atracam na cidade.

Energia elétrica

Usina Hidrelétrica de Xingó

A  Usina  Hidrelétrica  de  Xingó  está  localizada  entre  os  estados  de  Alagoas  e  Sergipe,  situando­se  a  12
quilômetros do município de Piranhas e a 6 quilômetros do município de Canindé de São Francisco.

A Usina de Xingó está instalada no São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de
609.386 km² , bacia hidrográfica da ordem de 630.000 km², com extensão de 3.200 km, desde sua nascente,
na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, em Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE.

A  posição  da  usina,  com  relação  ao  São  Francisco,  é  de  cerca  de
65  km  à  jusante  do  Complexo  de  Paulo  Afonso,  constituindo­se  o
seu  reservatório,  face  as  condições  naturais  de  localização,  num
canyon,  uma  fonte  de  turismo  na  região,  através  da  navegação  no
trecho  entre  Paulo  Afonso  e  Xingó,  além  de  prestar­se  ao
desenvolvimento de projetos de irrigação e ao abastecimento d’água
para a cidade de Canindé/SE.

Compreendem o represamento de Xingó as seguintes estruturas:
Usina Hidrelétrica de xingó
barragem  de  enrocamento  com  face  de  concreto  a  montante  com
cerca de 140 m de altura máxima;

o vertedouro de superfície do tipo encosta com duas calhas e 12 comportas do tipo segmento com capacidade de
descarga de 33.000 m³/s, situado na margem esquerda (AL);

os muros, tomada d’água, condutos forçados expostos, casa de força do tipo semi­abrigada, canal de restituição
e  diques  de  seção  mista  terra­enrocamento,  situados  na  margem  direita  (SE);  totalizando  o  comprimento  da
crista em 3.623,00 m.

A  usina  geradora  é  composta  por  6  unidades  com  527.000  kW  de  potência  nominal  unitária,  totalizando
3.162.000  kW  de  potência  instalada,  havendo  previsão  para  mais  quatro  unidades  idênticas  numa  segunda
etapa.

A energia gerada é transmitida por uma subestação elevadora com 18 transformadores monofásicos de 185 MVA
cada um que elevam a tensão de 18 kV para 500 kV.

Cultura

Pontos turísticos

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Os destinos mais procurados atualmente são: Maceió, Maragogi, Japaratinga, Barra de São Miguel, Piaçabuçu,
Marechal Deodoro e Penedo, esse último tem um grande potencial
turístico  e  histórico.  Além  dos  festejos  de  Bom  Jesus  dos
Navegantes  que  começam  de  8  a  15  janeiro  com  balsas  que
atravessam  desde  Alagoas  até  Sergipe  e  voltam  a  Penedo,  depois
em terra começam os fogos sinalizando a chegada das embarcações
e assim as festas com os shows de bandas musicais.

Outros  pontos  visados  pelos  turistas  são  as  praias  do  estado.
Dentre  as  mais  procuradas  estão:  Praia  de  Pajuçara,  Praia  de
Cidade histórica de Piranhas Ipioca, Praia da Sereia e Praia de Cruz das Almas, todas em Maceió.
Além  disso,  um  dos
destinos  mais
procurados  na  cidade
são:  Mercado  do
Artesanato, Museu Pierre
Chalita,  Museu  Théo
Brandão de Antropologia
e  Folclore  e  Museu  do
Esporte. [95]
Cânion do Rio São Francisco
Ipioca em Alagoas
Outros  locais  procurados  pelos  turistas  incluem:  Passeio  às
Galés,  em  Maragogi,  Igreja  de  Nossa  Senhora  do  Livramento,
Ecopark, Foz do Rio São Francisco, Mirante da Praia do Gunga,
Museu  da  Imagem  e  do  Som,  Catedral  Metropolitana,  Teatro
Deodoro e Mirante, ambos em Maceió. [96][97][98]

Outras  cidades  que  recebem  intensa  movimentação  turística


são: Cajueiro,  Quebrangulo,  Santana  do  Ipanema,  Santana  do
Mundaú,  São  Miguel  dos  Campos,  Satuba,  Taquarana,  União
dos Palmares, Viçosa, Paripueira, Boca da Mata, Barra de Santo
Praia do Toque em noite de lua cheia,
Antônio,  Branquinha,  Capela,  Lagoa  da  Canoa,  Delmiro
Alagoas, Brasil.
Gouveia, Olivença, Olho d'Água das Flores, Murici, Maravilha e
Coruripe. Todas elas atraem turistas de várias partes do mundo
e fazendo sua economia alavancar, sendo esse setor o que mais emprega e gera renda para diversas cidades do
estado.

Maragogi é uma das cidades mas conhecidas de Alagoas, distante 131 km de Maceió, com uma população de 25
mil habitantes, é o segundo destino mais procurado de Alagoas.  Devido ao rio que banha o local, Maragogi que
significa “rio livre” deu nome ao povoado em 1892.

A excelente infraestrutura turística, vários hotéis, pousadas, hotéis fazenda, restaurantes, centros de artesanato
e várias opções de lazer agregam a qualidade dos serviços do município.

Cenários  como  vilas  de  pescadores,  fazendas  com  reservas  e  trilhas  de  mata  atlântica,  abundância  de
coqueirais,  praias  belíssimas  de  águas  cristalinas,  como  as  praias  de  São  Bento,  Peroba,  Burgalhau,  Barra
Grande, além das galés formadas por recifes de corais a 6 km da costa, são algumas das riquezas naturais do
município.

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Maragogi  tem  um  dos  ecossistemas  mais  importantes  do  Brasil,  a  diversificada  fauna  e  flora  de  espécies
marinhas são locais ideais para  mergulhos.  Navegar  pelos  rios  onde  se  encontra  os  preservados  manguezais,
praias,  praticar  esportes,  tomar  banhos  de  bicas,  cachoeiras,  todas  essas  cidades  tem  um  contato  com  a
natureza.

Alagoas  é  conhecida  por  paraíso  das  águas  justamente  devido  os  ricos  aquíferos  no  estado,  bem  como
cachoeiras, rios, mar, lagoas. Algumas praias são geralmente comparadas às do Caribe.

Alagoanos Ilustres

Graciliano Ramos de Oliveira (Quebrangulo, 27 de outubro de 1892 —
Rio de Janeiro, 20 de março de 1953) foi um romancista, cronista, contista,
jornalista,  político  e  memorialista  brasileiro  do  século  XX,  mais  conhecido
por seu livro Vidas Secas (1938).

Foi  eleito  prefeito  de  Palmeira  dos  Índios  em  1927,  tomando  posse  no  ano
seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930.[3]
Segundo uma das auto­descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do
interior,  soltava  os  presos  para  construírem  estradas."[4]  Os  relatórios  da
prefeitura  que  escreveu  nesse  período  chamaram  a  atenção  de  Augusto
Frederico Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).

Jorge  de  Lima  (União  dos  Palmares,  23


Graciliano Ramos
de  abril  de  1893  —  Rio  de  Janeiro,  15  de
novembro de 1953) foi um político, médico,
poeta, romancista, biógrafo, ensaísta, tradutor e pintor brasileiro. Inicialmente
autor de versos alexandrinos, transformou­se em um modernista interessado
principalmente  nas  matrizes  africanas  da  cultura  brasileira.  Conhecido  nas
antologias de poesia brasileira pelo poema Essa Negra Fulô (1928), viria a se
consagrar como autor de um vasto poema em dez cantos com uma diversidade
enorme de formas, ritmos e intertextos ­ Invenção de Orfeu (1952).

Nise  da  Silveira  (Maceió,  15  de  fevereiro


de 1905 — Rio de Janeiro, 30 de outubro  de
Jorge de Lima.
1999) foi uma renomada médica  psiquiatra
brasileira, aluna de Carl Jung.  Dedicou  sua
vida  à  psiquiatria  e  manifestou­se  radicalmente  contrária  às  formas  que
julgava  serem  agressivas  em  tratamentos  de  sua  época,  tais  como  o
confinamento  em  hospitais  psiquiátricos,  eletrochoque,  insulinoterapia  e
lobotomia.

Em 1952, ela fundou o Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro,
um  centro  de  estudo  e  pesquisa  destinado  à  preservação  dos  trabalhos
produzidos  nos  estúdios  de  modelagem  e  pintura  que  criou  na  instituição,
valorizando­os como documentos que abriam novas possibilidades para uma
Nise da Silveira.
compreensão mais profunda do universo interior dos pacientes. Poucos anos
depois  da  fundação  do  museu,  em  1956,  Nise  desenvolveu  outro  projeto
também  revolucionário  para  sua  época:  criou  a  Casa  das  Palmeiras,  uma  clínica  voltada  à  reabilitação  de
antigos pacientes de instituições psiquiátricas.

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23/04/2019 Alagoas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (Passo de Camaragibe, 3 de
maio  de  1910  —  Rio  de  Janeiro,  28  de  fevereiro  de  1989)  foi  um
lexicógrafo,  filólogo,  professor,  tradutor,  ensaísta  e  crítico  literário
brasileiro.  Foi  o  autor  do  Dicionário  Aurélio  da  Língua  Portuguesa  e
membro ("imortal") da Academia Brasileira de Letras.

A preocupação com a língua portuguesa e o amor pelas palavras levou­o
a estudar e pesquisar o idioma durante muitos anos com o objetivo de
lançar  seu  próprio  dicionário.  Finalmente,  em  1975,  foi  publicado  o
Aurélio Buarque de Holanda
Novo  Dicionário  da  Língua  Portuguesa,  conhecido  como  Dicionário
Aurélio  ou  somente  "Aurelião"  ou  "Aurélio".  Modesto,  ele  vetou  a
inclusão, na sua obra, do verbete "Aurélio" como sinônimo de dicionário. Em 1977 publicou o Minidicionário da
Língua Portuguesa, que também é chamado de "Miniaurélio". Em 1989 lançou o Dicionário Aurélio Infantil da
Língua Portuguesa, com ilustrações de Ziraldo. O autor também traduziu várias obras, como Poemas de Amor,
de Amaru; Pequenos Poemas em Prosa, de Charles Baudelaire; e os contos para a coleção Mar de Histórias.

Francisco  Cavalcanti  Pontes  de  Miranda  GCIP  (Maceió,  23  de  abril  de  1892  —  Rio  de  Janeiro,  22  de
dezembro  de  1979)  foi  um  jurista,  filósofo,  matemático,  advogado,  sociólogo,  magistrado  e  diplomata
brasileiro. Aos sete anos de idade revelava­se uma inteligência precoce, lia corretamente o francês e português.

Aos  dezesseis  anos,  seu  pai  Manoel  Pontes  lhe  deu  uma  passagem  para  ir  estudar  matemática  e  física  na
Universidade de Oxford, mas sua tia Francisca Menezes o incentivou a estudar direito. Escolher direito não o
impediu de destacar a importância da matemática em suas obras, inclusive esta era sua primeira tendência, por
causa de seu avô Joaquim Pontes de Miranda, formado em direito, mas grande matemático.

Autor de livros nos campos da matemática e das ciências sociais como sociologia, psicologia, política,  poesia,
filosofia e sobretudo direito, tem obras publicadas em português, alemão, francês, espanhol e italiano.

Mário Jorge Lobo Zagallo (Maceió, 9 de agosto de 1931) é um ex­futebolista e
treinador brasileiro. Ele detém o recorde de títulos das Copas do Mundo em geral.
Já vitorioso como jogador em 1958 e 1962, ganhou a competição como treinador
em  1970  e  depois  como  assistente  técnico  em  1994,  totalizando  quatro
conquistas em três funções diferentes. Zagallo ainda treinou o Brasil em 1974 e
1998 (onde obteve um vice­campeonato) e foi assistente técnico em 2006. Foram
cinco finais em sete participações em Copas do Mundo.

Meses  depois  de  aposentar­se  como  jogador  em  1966,  iniciou  a  carreira  de
treinador da categoria juvenil do Botafogo,[4] iniciando sua longa carreira.

Em  clubes  treinou  o  próprio  Botafogo  em  quatro  oportunidades,  Flamengo  por Zagallo ex técnico da
três  vezes,  Vasco  da  Gama  por  duas  vezes,  Fluminense,  Al  Hilal,  Bangu  e seleção brasileira
Portuguesa.

Em  seleções  nacionais,  comandou  a  Seleção  Brasileira  por  três  vezes,  Seleção  do  Kuwait,  Seleção  Saudita  e
Seleção  dos  Emirados  Árabes  Unidos.  Seu  último  trabalho  foi  como  coordenador  técnico  de  Carlos  Alberto
Parreira  na  Seleção  Brasileira.  Conquistou  um  mundial  como  técnico  da  Seleção  nacional  e  um  como
coordenador  técnico,  além  de  vencer  duas  edições  da  Copa  das  Confederações.  Também  como  treinador,
conquistou dois títulos Sul­americanos e vários outros títulos, que o tornaram técnico de renome mundial.

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Djavan Caetano Viana (Maceió, 27 de janeiro de 1949) é um cantor, compositor,
produtor musical e violonista brasileiro.

As músicas de Djavan são conhecidas pelas suas "cores". Ele retrata muito bem em
suas composições a riqueza das cores do dia a dia e se utiliza de seus elementos em
construções metafóricas de maneira distinta dos demais compositores. As músicas
são  amplas,  confortáveis  chegando  ao  requinte  de  um  luxo  acessível  a  todos.  Até
hoje é conhecido mundialmente pela sua tradição e o ritmo da música cantada.

Djavan  combina  tradicionais  ritmos  sul­americanos  com  música  popular  dos


Estados  Unidos,  Europa  e  África.  Entre  seus  sucessos  musicais  destacam­se
Seduzir, Flor de Lis, Lilás, Pétala, Se…, Nem Um Dia, Eu te Devoro, Açaí, Segredo, A
Djavan Ilha, Faltando um Pedaço, Oceano, Esquinas, Samurai, Boa Noite e Acelerou.

Marta Vieira da Silva mais conhecida como Marta (Dois Riachos, 19 de fevereiro
de  1986),  é  uma  futebolista  brasileira  que  atua  como  atacante.  Atualmente,  joga  pelo  Orlando  Pride,  dos
Estados  Unidos.  Marta  já  foi  escolhida  como  melhor  futebolista  do  mundo  por  cinco  vezes  consecutivas,  um
recorde entre mulheres e homens. Foi considerada pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do
ano de 2009. Em 2015, ela se tornou a Maior Artilheira da História das Copas do Mundo de Futebol Feminino,
com 15 gols, e também se tornou a Maior Artilheira da História da Seleção Brasileira (contando a Masculina e a
Feminina) com 101 gols.

Conquistou, com a Seleção, a medalha de ouro nos Jogos Pan­americanos de 2003 e 2007, liderando a artilharia
da  competição  com  12  gols  nestes  últimos.  Foi  ainda  medalha  de  prata  nos  Jogos  Olímpicos  de  2004  e
2008..Em 2015, Marta se tornou a maior artilheira da história da Copa do Mundo de futebol feminino, com 15
gols. Mesmo ano em que se tornou a maior artilheira da seleção brasileira completando 117 gols. Ela superou
Pelé que tem 95 gols marcados com a camisa da seleção.

Cacá Diegues (Maceió, 19 de maio de 1940) é um premiado cineasta brasileiro.
Foi um dos fundadores do Cinema Novo. [99] A maioria dos 18 filmes de Diegues
foi  selecionada  por  grandes  festivais  internacionais,  como  Cannes,  Veneza,
Berlim, Nova York e Toronto, e exibida comercialmente na Europa, nos Estados
Unidos e na América Latina ­ o que o torna um dos realizadores brasileiros mais
conhecidos no mundo.
Cacá Diegues

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Ver também
Lista de municípios de Alagoas
Lista de municípios de Alagoas por população
Biografias de alagoanos notórios, separados por município de nascimento
Governadores de Alagoas
Aeroportos de alagoas

Ligações externas
Governo do estado de Alagoas (https://web.archive.org/web/20090119042351/http://www.governo.al.gov.br/)
Tribunal de Justiça do Estado do Alagoas (http://www.tjal.jus.br)

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