Corpo, Movimento e Conhecimentos - Fisiologicos PDF
Corpo, Movimento e Conhecimentos - Fisiologicos PDF
Corpo, Movimento e Conhecimentos - Fisiologicos PDF
FISIOLOGICOS
Luciana Carletti
2
UNIVERSIDADE F E D E R A L D O E S P Í R I TO S A N TO
FISIOLOGICOS
Luciana Carletti
Vitória
2011
Presidente da República Reitor Diretor do Centro de
Dilma Rousseff Prof. Rubens Sergio Rasseli Educação Física e Desporto
Valter Bracht
Ministro da Educação Vice-Reitor
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Carletti, Luciana.
C281c Corpo, movimento e conhecimentos fisiológicos / Luciana Carletti. - Vitória :
UFES, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2011.
66, [2] p. : il.
Inclui bibliografia.
ISBN:
CDU: 612.766.1:796
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por escrito, da Coordenação Acadêmica do Curso de Licenciatura em Educação Física, na modalidade a distância.
“Vivo em mim próprio como num trem em movimento.
Não entrei nele por livre e espontânea vontade, não pude
escolher e sequer conheço o local de destino. Um dia,
num passado distante, acordei no meu compartimento e
senti o movimento. Era excitante, escutei o barulho das
rodas, pus a cabeça para fora da janela, senti o vento e
me deliciei com a velocidade com que as coisas passavam
por mim. Eu queria que o trem jamais interrompesse
a sua viagem. De maneira nenhuma eu queria que ele
parasse para sempre em algum lugar.”
UNIDADE 2
O sistema neuromuscular e
o controle do movimento
humano
UNIDADE 3
O sistema cardiovascular no exercício
06
UNIDADE 4 CARTA AO
O sistema respiratório no exercício ALUNO
07
66 65 INTRODUÇÂO
68 CONSIDERAÇÕES
FINAIS
APÊNDICE A GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS
MANUAL DO
FASCÍCULO
Para melhor aproveitamento dos recursos oferecidos pelo EAD nesta dis-
ciplina, seguem algumas orientações:
Um abraço apertado,
Luciana Carletti
INTRODUÇÃO
Iniciaremos os estudos dos fenômenos fisioló- tarão em morrer por você – bilhões delas
gicos que ocorrem no corpo em movimento re- fazem isso diariamente. E durante toda
metendo-os a pensarem na célula humana, por a sua vida você jamais agradeceu a uma
onde a vida começa. Vamos fazer a leitura da delas que fosse.
citação seguinte.
Dessa forma, percebemos que, pela capacidade
A célula, ao adquirir a capacidade de se dupli- funcional complexa dos organismos celulares,
car, tornou-se capaz de formar um ser humano alcançamos a harmonia para o adequado fun-
com aproximadamente 10 trilhões de unidades cionamento de nosso corpo, até mesmo em situ-
celulares. Bryson (2006, p. 379), em seu livro ações intensamente estressantes, como é o caso
Breve história de quase tudo, retrata brilhante- do exercício físico. Foss e Keteyian (1998) re-
mente a fisiologia celular quando sugere: tratam essas adaptações com informações sobre
a dinâmica cardiovascular durante exercícios
Suas células são um país de 10 mil tri- de intensidade leve, moderada e máxima. Fa-
lhões de cidadãos, cada um dedicado de çam a leitura do parágrafo abaixo para auxiliar
forma intensivamente específica, ao seu essa compreensão.
bem-estar geral. Não há nada que elas
não façam por você. Elas permitem que Sabe-se que, quando executamos pequenos es-
você sinta prazer e formule pensamen- forços como aqueles das tarefas cotidianas de
tos. Graças a elas, você se levanta, se deslocamentos, serviços domésticos, ou de lazer,
espreguiça ou dá cambalhotas. Quando ocorrem alterações na dinâmica do fluxo san-
você come, são as células que extraem guíneo com elevações no fornecimento de san-
os nutrientes, distribuem a energia e eli- gue pela bomba cardíaca de 5.000ml/min em re-
minam os resíduos [...], mas também se pouso para até cerca de 9.000ml/min, dadas as
lembram de deixá-lo com fome, antes de alterações substanciais de demandas energéticas
mais nada, e o recompensam com uma do metabolismo humano. Agora, se pensarmos
sensação de bem-estar depois, de modo em atividades motoras de alto rendimento, como
que você não esquecerá de comer nova- provas de corrida e natação, que são duradouras
mente. Mantêm seus cabelos crescendo, e extenuantes, o aporte sanguíneo exigido pode
seus ouvidos com cera, seu cérebro ron- ser superior a 25.000ml/min! Ademais, os mús-
ronando. Administram cada cantinho de culos em atividade, que são os principais con-
seu ser. Virão em sua defesa no instante sumidores dessa demanda aumentada, alteram
em que você estiver ameaçado. Não hesi- o seu fluxo de 1.200ml/min, em repouso, para
| 7
cerca de 22.000ml/min, no exercício máximo O interesse pela Fisiologia do Exercício surgiu
(FOSS; KETEYIAN, 1998). principalmente na Grécia antiga e na Ásia Me-
nor, porém a influência para a civilização oci-
Todas essas modificações e tantas outras mais dental veio dos médicos gregos da Antiguidade
que ocorrem nos sistemas fisiológicos são possí- – Herodicus (5º século a.C.), Hipócrates (460-
veis, uma vez que a lógica dos organismos vivos 377 a.C.) e Cláudio Galeno (131-201 d.C.). Os te-
é buscar a homeostase, ou seja, “[...] a capacidade mas de interesse na época eram voltados à me-
de manter o meio interno relativamente estável” dicina preventiva, com ênfase na alimentação
(SILVERTHORN, 2003, p. 6). Segundo a mesma saudável, treinamento físico e medidas higiê-
autora, homeostase é um processo contínuo que nicas nas quais se destacam as leis da saúde de
envolve o monitoramento de múltiplos parâme- Galeno que preconizavam benefícios da prática
tros, acompanhado da coordenação de repostas de exercícios físicos (McARDLE et al., 2003).
adequadas para minimizar quaisquer distúrbios.
As modulações de fluxo sanguíneo anteriormente Galeno dizia que as finalidades do exercício era
citadas configuram um processo de adaptações garantir dureza aos órgãos, o que resultaria, de
de homeostasia com características sistêmicas e acordo com o entendimento da época, em be-
propagadas com o intuito de prover os músculos nefícios individuais, como: maior força para as
esqueléticos com os nutrientes necessários para a tarefas; metabolismo acelerado; melhor difusão
realização de esforço físico. de todas as substâncias, resultando daí que os
sólidos são amolecidos, os líquidos diluídos e os
Vamos pesquisar sobre homeostase apresentando ductos dilatados (McARDLE et al., 2003).
outros exemplos e discutindo sobre eles?
8 |
METABOLISMO
ENERGÉTICO PARA
O MOVIMENTO
HUMANO
UNIDADE
INTRODUÇÃO A TRANFERÊNCIA DE ENERGIA 11 TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA PARA O MOVIMENTO HUMANO 13
MEDIDA DO CONSUMO DE ENERGIA HUMANA 18
INTRODUÇÃO A TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA
ATP
ATP Adenosina Pi Pi Pi
ATPase
Carboidratos glicose plasmática (15g), glicogênio hepático (110g) Essa estimativa foi baseada num indi-
e muscular (250g); víduo com peso corporal médio de 65kg
e 12% de gordura corporal, conforme
Gorduras reservas musculares (161g) e subcutâneas (7.800g). Wilmore e Costill (2001).
CP C + P = Energia
Glicólise anaeróbica
Divisão
Glicose - 6 - fosfato
(2 moléculas de 3 carbonos)
Cascata de reações
Produto final 2 Ácido pirúvico + 2NADH + 2ATP
Água Isolamento
fria
Calor Calor
Saída Entrada
de ar de ar
MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO 23 A TEORIA DOS FILAMENTOS DELIZANTES 26
CONTROLE NEUROMUSCULAR DO MOVIMENTO 27 CONTRAÇÃO MUSCULAR 29
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES 31
MÚSCULO ESQUELÉTICO:
ESTRUTURA E FUNÇÃO
Fibra Muscular
Miofibrila
Feixe
Muscular Perimísio
Sarcolema
Músculo
Sarcolema
Zona H
Banda A
Túbulos do retículo
sarcoplasmático
Figura 8 O sistema de condução
eletroquímica da fibra muscular
Filamento
grosso
Disco Z Disco Z
Muito bem! Agora que vocês leram com atenção o assunto anterior,
e após analisarem com muito cuidado cada uma das figuras apre-
sentadas, podemos nos concentrar em compreender o mecanismo da
contração muscular.
Repouso:
comprimento do sarcômero = 4,0 μm
A inervação do músculo
Cérebro
Córtex sensitivo
Medula espinhal
Nervo sensitivo
Nervo motor
Pele
Vesículas sinápticas
Bulbo axônio
Neurotransmissores
Figura 14 A placa motora (junção mioneural) Fenda sináptica
ACh
Onda de despolarização
3
A despolarização do sistema de
túbulos T acarreta a libaração de
Fenda Ca2+ pelos sacos laterais do retículo
sinápticas Receptor de ACh
sarcoplasmático.
de troponina-tropomiosina. Na presença de Ca 2+
6
7 O ATP une-se à ponte cruzada de miosina, rompendo a
A ativação das pontes cruzadas prossegue quando ligação actina-miosina permitindo que a ponte cruzada
a concentração de Ca2+ continua alta (em virtude da se dissocie da actina. Isso dá origem ao deslizamento dos
despolarização da membrana) para inibir a ação do filamentos espessos e finos, que acarreta o encurtamento
complexo troponina-tropomiosina do músculo
Nota: O neurotransmissor acetilcolina (ACh) é liberado pelas vesículas saciformes dentro do axônio terminal, facilitando a transmissão nervosa na junção
neuromuscular; o sinal eletroquímico “salta” através da fenda sináptica chegando à fibra muscular, na junção da banda A e I (A-I); ativando a liberação de cálcio
do retículo sarcoplasmático, que vai acionar a maquinaria contrátil do músculo.
HISTOQUÍMICA/BIOQUÍMICA
FUNÇÃO E CONTRATILIDADE
ESTRUTURA E FUNÇÃO CARDIOVASCULAR 35 DISTRIBUIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO NO REPOUSO E NO EXERCÍCIO 42
PRESSÃO ARTERIAL NO REPOUSO E NO EXERCÍCIO 45
No entanto, na Antiguidade, acreditava-se que o
sangue era produzido pelo fígado e distribuído pelo
corpo através das veias, e que os pulmões recebiam
o ar atmosférico e enviavam ao coração, onde era
digerido e transformado em “espíritos vitais” a se-
rem distribuídos para o corpo pelas artérias.
pelo fígado, analisem, assim como Harvey, o total de sangue Nota: Esse cientista descreveu detalhes do
necessário para uma hora de vida. Como referência, vamos sistema cardiocirculatório no século XVII
Pulmão Pulmão
2
4
Veia cava
inferior
Veias hepáticas Artérias hepáticas
Veias provenientes da parte
inferior do corpo
Legenda Fígado
Veia porta
1 - Átrio esquerdo
2 - Ventrículo esquerdo Canal alimentar Artérias para a parte
3 - Átrio direito inferior do corpo
4 - Ventrículo direito
Rins
Pernas
O coração
Glândula tireóide
Traqueia
Diafragma
Ápice do coração
Diafragma Pericárdio
A B
O coração está na parte
ventral da cavidade torácica, O coração está envolvido dentro de
posicionado entre os pulmões. um saco embranoso, preenchido
com fluido, o pericárdio.
O coração é constituído de quatro câmaras, os átrios direito e es- Figura 18 A bomba cardíaca
querdo, e os ventrículos direito e esquerdo (Figura 19). Os átrios Nota: Localizada na cavidade torácica entre os
estão posicionados na base do coração e recebem o sangue prove- dois pulmões (A), e o coração envolvido pelo
pericárdio (B).
niente do retorno venoso da circulação sistêmica (veias cavas su-
periores e inferiores), ou dos pulmões (veias pulmonares direita e
esquerda), após o processo de hematose.
Artéria
pulmonar
direita Artéria pulmonar esquerda
3 Ventrículo
esquerdo
Veia cava
inferior
Para complementar os seus estudos,
veja alguns vídeos sobre o ciclo cardíaco
disponíveis na plataforma. Esse conteúdo Ventrículo direito
Aorta descendente
encontra-se dividido em 3 partes.
Junções comunicantes
Desmossomos
Sarcômero
Nodo sinusal - SA
Ramos atriais
Nodo atriventricular Feixe de HIS
Ramos direito e
esquerdo de purkinje
Ramos direito e
esquerdo de HIS
Figura 21 Sistema de condução
elétrica do coração
Os vasos sanguíneos
Sendo assim, encontramos nas artérias, que são tubos de alta pressão
para impulsão do sangue para os tecidos, uma espessa camada de
músculo liso, que garante o controle da tonicidade vascular e, con-
sequentemente, do diâmetro da luz vascular, ou lúmen (Figura 22).
Capilares
Adventícia
Músculo liso vascular
Endotélio
Lúmen vascular
Você sabia que alguns tecidos extraem uma fração pequena de oxigênio do
sangue arterial? É o caso do músculo esquelético, que geralmente apro-
veita apenas 20% a 25% do oxigênio circulante, enquanto o miocárdio,
em geral, extrai cerca de 70% a 80% de oxigênio ofertado.
Óxido nítrico
(ON)
Luz arterial
Células
endoteliais
Células
musculares
lisas
Figura 23 Mecanismo de regulação
local do fluxo sanguíneo. Vasodilatação Tecido
mediada por fatores relaxantes derivados conjuntivo
do endotélio (óxido nítrico) fibroso
Válvula
pulmonar
aberta
100
Pressão arterial sistólica
80
Legenda
40 1 Aorta
2 Artérias grandes
20 3 Artérias pequenas
4 Arteríolas
0 5 Capilares
6 Vênulas
1 2 3 4 5 6 7 8 9
7 Veias pequenas
Distância do ventrículo esquerdo 8 Veias grandes
Figura 25 Medida intra-arterial da pressão
arterial ao longo do sistema arterial e venoso 9 Veia cava
Avaliação nível II
Ver atividade avaliativa na plataforma moodle.
Cavidade nasal
Capilares
Alveólo pulmonares
Faringe
Laringe
Traqueia
Pulmão
Bronquíolo
Pleura
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
Escalenos
Intercostais
internos
Intercostais
externos
Diafragma
Costelas e o esterno se
elevam com a contração dos
intercostais externos
Volume corrente (VC) Volume inspirado ou expirado por incursão respiratória 600 500
Volume reserva inspiratório (VRI) Inspiração máxima no final da inspiração corrente 3.000 1.900
Volume reserva expiratório (VRE) Expiração máxima no final da expiração corrente 1.200 800
Capacidade pulmonar total (CPT) Volume nos pulmões após uma inspiração máxima 6.000 4.200
Volume pulmonar residual (VPR) Volume nos pulmões após uma expiração máxima 1.200 1.000
Capacidade vital forçada (CVF) Volume máximo expirado após uma inspiração máxima 4.800 3.200
Capacidade inspiratória (CI) Volume máximo inspirado após uma expiração corrente 3.600 2.400
Capacidade residual funcional (CRF) Volume nos pulmões após uma expiração corrente 2.400 1.800
Quadro 4 - Valores típicos de ventilação pulmonar durante o repouso e o exercício moderado e vigoroso
Repouso 12 0,5 6
Alvéolo
Capilar pulmonar
Capilar tecidual
Capilar tecidual
Transporte do oxigênio
Heme
A B
Figura 33 As hemácias contendo o composto
Os glóbulos vermelhos contém várias Os glóbulos vermelhos contém várias proteico hemoglobina (A), e a fixação do oxigênio
moléculas de hemoglobina, que moléculas de hemoglobina, que no grupo heme onde o ferro irá atrair esse gás,
transportam oxigênio transportam oxigênio para transportá-lo pela corrente sanguínea (B)
H2O
O dióxido de carbono (CO2), formado na célula, é difun- Cl- C02 transportado como:
dido para o sangue venoso e precisa de um mecanismo HCO3 -
CO2 = 7%
eficiente para seu transporte até os pulmões. Uma pe- Hemácia Hgb · CO2 = 23%
HCO3- = 70%
quena parte do CO2 é transportada em solução no plasma
(5%), e o restante é encaminhado à hemácia, onde poderá Capilar
ser convertido para bicarbonato (60 a 80%), ou compe- Figura 34 As formas de transporte do
tirá com o oxigênio pela hemoglobina (Figura 34). dióxido de carbono na corrente sanguínea
Sangue arterial
Capilar pulmonar
Ventrículo
Capilar muscular
O2
O2
CO2
Aovéolo
CO2
Fibra muscular
Sangue venoso
Átrio
Ventrículo
Coração direito
Ventilação pulmonar
-
C3H6O3 (ÁCIDO LÁTICO) + NaHCO3 (BICARBONATO DE SÓDIO)
Difusão alveolar
Diferença arteriovenosa de O2
Suprimento tecidual
terial
Capacidade ar
20
Conteúdo arterial
Conteúdo em oxigênio do sangue mI/dI
16
12
Con
teúd
4 o ve
nos
om
isto
Figura 37 A diferença
arteriovenosa de O2 durante
esforço progressivo.
1 2 3 4
Captação de oxigênio (I/min)
Hb Frequência cardíaca
(G por DL de sangue) máxima do exercício
Normais
Deficiência de ferro
Um abraço a todos, e que o trajeto da vida seja marcado por muito cres-
cimento pessoal!
Córtex motor é uma região do cérebro, no lobo frontal, Isotrópica propriedade que uma estrutura possui de per-
responsável pelo controle dos movimentos voluntários. mitir o deslocamento da luz em velocidade uniforme.
Fosforilação é a adição de um grupo fosfato (PO4) a uma Oxidação reações que envolvem perda de elétrons, com
proteína ou outra molécula. ganho correspondente em termos de valência.
Hematose consiste no processo de troca gasosa, que ocorre Perfundidos relativo à perfusão; perfusão - passagem de
entre os capilares pulmonares e os alvéolos pulmonares. líquido através de um órgão.
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Pressão parcial pressão parcial é a pressão que um gás Unidade motora é a unidade funcional do movimento;
exerce numa mistura de gases. Está diretamente relacio- essa unidade anatômica consiste no neurônio motor e nas
nada a sua concentração. fibras musculares específicas que inerva.
Proteínas estruturais as proteínas estruturais tais como Valência é um número que indica a capacidade que um
a nebulina, proteína C, proteina M, α-actinina, desmina e átomo de um elemento tem de se combinar com outros áto-
titina; mantêm a integridade estrutural do sarcômero. mos, capacidade essa que é medida pelo número de elétrons
que um átomo pode dar, receber, ou compartilhar de forma
Proteínas modulatórias as proteínas modulatórias, tro- a constituir uma ligação química.
ponina e tropomiosina, estão localizadas no filamento fino
e formam um complexo protéico que bloqueia o sítio de in- Ventilação processo pelo qual o ar ambiente penetra nos
teração da actina com a miosina. Quando ativados pelo cál- pulmões e é permutado pelo ar existente em seu interior.
cio, a movimentação do complexo troponina-tropomiosina,
libera a interação entre a actina e miosina.
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Apêndice A
Conteúdos audiovisuais na plataforma
REFERÊNCIAS
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zes do ACMS para teste de esforço e sua prescrição. 7ed. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 488p.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 266p.
MCARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisio-
BRYSON, B. Breve História de quase tudo. 1.ed. São logia do exercício: energia, nutrição e desempenho
Paulo: Companhia das Letras, 2005. 541p. humano. 6.ed. Rio de Janeiro:. Guanabara Koogan,
2003. 1113p.
FOSS, M.F.; KETEYIAN, S.J. Bases Fisiológicas do Exer-
cício e do Esporte. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo- SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: uma abora-
gan, 2000. 559p. gem integrada. 2ed. São Paulo:. Manole, 2003. 816p.
HANSEN, J.T.; LAMBERT, D.R. Anatomia clínica de WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do esporte
Netter. São Paulo: Artmed, 2007. 668p. e do exercício. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2001. 709p.
68 |
Luciana Carletti
Graduação em Educação Física pela
Universidade Federal do Espírito Santo
(1991); mestrado (1998) e doutorado
(2005) em Ciências Fisiológicas
(PPGCF) pela Universidade Federal do
Espírito Santo; professora da disciplina
Corpo, Movimento e Conhecimentos
Fisiológicos (Licenciatura em Educação
Física) e da disciplina Corpo, Movimento
e Fisiologia Aplicada I (Bacharelado
em Educação Física) do Centro de
Educação Física e Desportos da
UFES. Atualmente é coordenadora
do Laboratório de Fisiologia da UFES
(LAFEX), desenvolvendo pesquisa na
área de Fisiologia cardiorrespiratória do
exercício em adolescentes e também
estudos epidemiológicos de atividade
física e sedentarismo em crianças.
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www.neaad.ufes.br
70 | (27) 4009 2208