Aulas Produção SI
Aulas Produção SI
Aulas Produção SI
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 1
Objetivos da aula
Abordar o seguinte tópico:
1. Conceituar Administração da Produção;
2. Compreender a importância da Administração da Produção;
3. Abordar o aspecto histórico da Administração da Produção;
4. Abordar as funções da Administração da Produção.
CONCEITUAÇÃO
“Administração da Produção, é o termo usado para as atividades, decisões e responsabilidades dos gerentes de produção.
Trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços”.
Administração da Produção – Ed. Atlas - Nigel Slack/Stuart Chambers...
“Gerentes de produção são os funcionários da organização que exercem responsabilidade particular em administrar algum ou
todos os recursos envolvidos pela função produção. Em algumas organizações o gerente de produção pode receber outra
denominação, por exemplo, ele pode ser chamado de gerente de tráfego em uma empresa de distribuição, gerente
administrativo em um hospital, ou gerente de loja em um supermercado”.
Administração da Produção – Ed. Atlas - Nigel Slack/Stuart Chambers...
“Gestão do processo de conversão que transforma insumos, tais como matéria-prima e mão-de-obra, em resultados na forma
de produtos acabados e serviço. O mercado consumidor (clientes dos bens e serviços da empresa) dá forma à estratégia
corporativa da companhia. Essa estratégia está baseada na missão corporativa e, basicamente, reflete como a empresa planeja
usar todos os seus recursos e suas funções (marketing, finanças e produção) para obter uma vantagem competitiva. A
estratégia de produção especifica como a empresa irá empregar suas capacidades de produção para apoiar sua estratégia
corporativa”. – Perspectiva corporativa
Fundamentos da Administração da Produção – Ed. Bookman - Mark M. Davis/ Nicholas J. Aquilano/ Richard B. Chase
Mercado consumidor
“Conjunto de componentes, cuja função está concentrada na conversão de um número de insumos em algum resultado
desejado. Essa conversão é denominada processo de transformação. Um componente pode ser uma máquina, uma pessoa,
uma ferramenta, ou um sistema gerencial. Um insumo pode ser uma matéria prima, uma pessoa ou um produto acabado de
outro processo”. – Perspectiva Operacional
Fundamentos da Administração da Produção – Ed. Bookman - Mark M. Davis/ Nicholas J. Aquilano/ Richard B. Chase
Insumos Processo de transformação Resultados
Clientes e/ou materiais (componentes) Bens e serviços
Perspectiva Operacional
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“Administração da Produção, é a administração do sistema de produção de uma organização, que transforma os insumos
(matérias-primas, pessoal, maquinas, prédios, tecnologia, dinheiro, informação, outros recursos) nos produtos e serviços da
organização”.
Administração da Produção e Operações – Edit. Pioneira-Thompson Learning – Norman Gaither/ Greg Frazier
FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Processo de mudança de uma economia agrária e baseada no trabalho manual para uma dominada pela indústria mecanizada.
Tem início na Inglaterra por volta de 1760 e alastra-se para o resto do mundo. Caracteriza-se pelo uso de novas fontes de
energia, pela invenção de máquinas que aumentam a produção, pela divisão e especialização do trabalho, pelo
desenvolvimento do transporte e da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria. Provoca profundas transformações
na sociedade: o declínio da terra como fonte de riqueza, o direcionamento da produção em larga escala para o mercado
internacional, a afirmação do poder econômico da burguesia, o surgimento do operariado e a consolidação do capitalismo
como sistema dominante na sociedade.
I REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – O pioneirismo inglês, no século XVIII, deve-se ao acúmulo de capital – em razão da
rápida expansão do comércio ultramarino e continental –, às reservas de carvão e ferro, à grande quantidade de mão-de-obra,
ao avanço tecnológico e à existência de mercados consumidores. A disponibilidade de capital e o sistema financeiro eficiente
facilitam os investimentos dos empresários, que constroem ferrovias, estradas, portos e sistemas de comunicação,
favorecendo o comércio. Os campos são apropriados pela burguesia, no processo chamado de cercamento, originando
extensas propriedades rurais. Com isso, os camponeses são expulsos das terras, migram para as cidades e tornam-se mão-de-
obra à disposição. Por outro lado aumenta a produção de alimentos, contribuindo para o crescimento populacional.
Avanços técnicos – O desenvolvimento de máquinas – como a máquina a vapor e o tear mecânico – permite o crescimento
da produtividade e a racionalização do trabalho. Com a aplicação da força a vapor às máquinas fabris, a mecanização
difunde-se na indústria têxtil. Para melhorar a resistência delas, o metal substitui a madeira, estimulando a siderurgia e o
surgimento da indústria pesada de máquinas. A invenção da locomotiva e do navio a vapor acelera a circulação das
mercadorias.
Oferta de mão-de-obra – O novo sistema industrial institui duas novas classes opostas: os empresários, donos do capital, dos
modos e bens de produção, e os operários, que vendem sua força de trabalho em troca de salário. A Revolução Industrial
concentra os empregados em fábricas e muda radicalmente o caráter do trabalho. Para aumentar o desempenho dos
operários, a produção é dividida em várias etapas. O trabalhador executa uma única, sempre do mesmo modo.
3
Principais personagens/acontecimentos:
Adam Smith – Considerou pela primeira vez a economia de produção. Em 1776 escreveu A Riqueza das Nações, onde
apontou as três vantagens econômicas fundamentais resultantes da divisão do trabalho: a) desenvolvimento da aptidão ou
habilidade quando uma única tarefa era realizada de modo repetitivo; b) economia do tempo costumeiramente perdido na
mudança de uma atividade para seguinte; c) invenção de máquinas ou ferramentas.
II REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – Inicia-se a partir de 1870, com a industrialização da França, da Alemanha, da Itália,
dos EUA e do Japão, entre outros. Novas fontes de energia (eletricidade e petróleo) e produtos químicos como o plástico, são
desenvolvidos e o ferro é substituído pelo aço. Surgem máquinas e ferramentas mais modernas. Em 1909, Henry Ford cria a
linha de montagem e a produção em série. Na segunda metade do século XX, quase todas as indústrias já estão mecanizadas
e a automação alcança todos os setores das fábricas. As inovações técnicas aumentam a capacidade produtiva das indústrias
e o acúmulo de capital. As potências industriais passam a buscar outros mercados consumidores.
Principais personagens/acontecimentos:
Charles Babbage (1832) – Em sua obra Sobre a Economia de Maquinaria e Manufatura, expôs as vantagens econômicas
da divisão do trabalho enfatizando o nível da especialização resultante da divisão do trabalho (Estudo da fabricação de
alfinetes).
Henry Ford (1913) – a) Linha de Montagem em movimento para a fabricação de automóveis; b) Ruptura Tecnológica -
Revolução nas expectativas de produção de itens em série.
Elton Mayo (Hawthorn) – década de 30 - Fatores Comportamentais: a) Estudo sobre os efeitos das mudanças de ambiente,
sobre a performance dos trabalhadores; b) Implicações para a elaboração de tarefas e a motivação dos trabalhadores; c)
Criação dos Departamentos de Administração de Pessoal e de Recursos Humanos.
III REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – No período pós-II Guerra Mundial a partir da década de 50, surgem complexos
industriais e empresas multinacionais. As indústrias química e eletrônica crescem. Os avanços da automação, da informática
e da engenharia genética são incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez mais de alta tecnologia e de mão-
de-obra especializada. A informatização substitui, em alguns casos, a mão-de-obra humana, contribuindo para a eliminação
de inúmeros postos de trabalho.
Principais personagens/acontecimentos:
Segunda Guerra – Pesquisa Operacional: a) Equipes interdisciplinares para estudar um problema em termos quantitativos; b)
Criação de ferramentas de aplicabilidade corrente até os dias atuais – Tratamento matematicamente orientado.
A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
“A administração da produção está na essência da vida empresarial, uma vez que representa o ato de
criação. Está preocupada com a criação de produtos e serviços de que todos nós dependemos. Uma vez
que a criação de produtos e serviços é a principal razão da existência de qualquer organização, a
administração da produção deve ser o centro de suas atividades”. SLACK, Nigel e outros [1997 : 21]
A função produção na organização representa a reunião de recursos destinados à produção de seus bens
e serviços.
Gerentes de produção são os funcionários da organização que exercem responsabilidade particular em
administrar algum ou todos os recursos envolvidos pela função produção.
Administração da produção é o termo usado para as atividades, decisões e responsabilidades dos
gerentes de produção.
A função produção é central para a organização porque produz os bens e serviços que são a razão de sua
existência, mas não é a única nem, necessariamente a mais importante.
a)
Fronteiras da função produção
a) Definição estreita Engenharia/
suporte
b) Definição ampla
Desenvolvimento técnico
de produção/serviço Marketing
Extensão da função
produção Administração
da produção
Compras
Recursos
humanos
Contabilidade
e finanças
b)
Engenharia/
suporte
técnico
Desenvolvimento
de produção/serviço Marketing
Administração
da produção
Compras
Recursos
humanos
Contabilidade
e finanças
b) Inclui todas as atividades que possuíssem qualquer conexão com a produção de bens e serviços.
Todas as atividades com exceção de marketing/vendas e finanças.
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Fonte : SLACK, Nigel – Administração da Produção. Ed. Atlas – 1999 (Edição compactada) pg. 30
Toda empresa é um conjunto de atividades destinadas a projetar, fabricar, comercializar, distribuir e sustentar seu produto.
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Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 2
Objetivos da aula
Abordar o(s) seguinte(s) tópico(s):
1. A função de Produção;
2. Os sistemas de produção existentes;
3. O sistema de Produção por meio de fluxo contínuo;
4. O sistema de Produção por meio de fluxo intermitente.
A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
As situações de produção por meio de fluxos contínuos são aquelas, em que os equipamentos são
padronizados com relação ao encaminhamento e ao fluxo das entradas, que, também, são padronizadas.
Consequentemente, u’m conjunto-padrão de processos e sequencias de processos pode ser adotado. Os
modelos contínuos são representados, na prática, pelas linhas de produção e montagem, operações de
escritório de grande escala, processando formas por meio de um procedimento padronizado, operações
químicas de fluxo contínuo, etc. As situações de produção intermitente são aquelas, em que os equipamentos
devem ser bastantes flexíves para tratar uma larga variedade de produtos e tamanhos, ou aquelas, em que a
natureza básica da atividade impõe a mudança de características importantes do elemento de entrada, assim
como a uma larga variedade e caminhos que as entradas podem seguir. Essas condições definem,
geralmente, uma situação de produção intermitente. Ela é intermitente, porque o fluxo é intermitente. Uma
armazenagem considerável é necessária entre as operações, de modo que as operações individuais possam
ser realizadas, de algum modo independentemente, resultando daí, uma facilidade de programação e uma
mais completa utilização de homens e máquinas. Na prática, a produção intermitente é represntada pelas
oficinas que trabalham por encomenda, hospitais, escritórios gerais, etc.
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Entrada no sistema
Responsável
Sistema de Informação
pela decisão
e controle
Operação Figura 2
de
recebimento
a
Operação Operação
b e
Operação Operação
c f
Saída do
Operação Operação Operação sistema
de
d g
embarque h
Obra(s) consultada(s):
BUFFA, Elwood S. Administração da Produção. Edit. Atlas
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Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula três
Objetivos da aula
Abordar o(s) seguinte(s) tópico(s):
1. Conceituar Planejamento e Controle;
2. Definir os princípios do planejamento e controle;
3. Expor a finalidade e funções do Planejamento e Controle da Produção.
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
Ênfase nos meios Ênfase nos fins
Preocupação com métodos e procedimentos Preocupação com resultados
Melhor aplicação dos recursos Melhor alcance dos objetivos
Executar corretamente uma tarefa Executar a tarefa que é importante
Resolver problemas Atingir objetivos
“Jogar bem futebol” “Marcar gols”
“Estudar muito e não faltar” “passar de ano”
O controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho para assegurar
que os planos sejam executados da melhor maneira possível. A tarefa do controle é verificar se tudo
está sendo feito de conformidade com o que foi planejado e organizado, de acordo com as ordens
dadas, para identificar os erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição.
CONTROLE
Medir o Comparar com o planejado
desempenho
O cuidado na aplicação desses princípios fundamentais é vital para o sucesso do PCP. De pouco vale
um PCP que não defina adequadamente os objetivos a alcançar e que não possua um mínimo de
flexibilidade para poder se adequar às mudanças que ocorrem no seu percurso. De pouco vale também
um PCP cujo controle não defina adequadamente os objetivos a alcançar, não defina os padrões de
avaliação e medição, não detecte as exceções e não permita uma ação corretiva adequada.
Para atender a esta dupla finalidade, o PCP tem de planejar a produção e controlar o seu desempenho.
De um lado, o PCP estabelece antecipadamente o que a empresa deverá produzir – e
conseqüentemente o que deverá dispor de matérias-primas e materiais, de pessoas, de máquinas e
equipamentos, bem como de estoques de produtos acabados para suprir as vendas. Por outro lado, o
PCP monitora e controla o desempenho da produção em relação ao que foi planejado, corrigindo
eventuais desvios ou erros que possam surgir. O PCP atua antes, durante e depois do processo
produtivo. Antes, planejando o processo produtivo, programando materiais, máquinas, pessoas e
estoque. Durante e depois, controlando o funcionamento do processo produtivo para mantê-lo de
acordo com o que foi planejado. Assim o PCP assegura a obtenção da máxima eficiência e eficácia do
processo de produção da empresa.
Ao desenvolver as suas funções, o PCP mantém uma rede de relações com as demais áreas da empresa.
As inter-relações entre o PCP e as demais áreas da empresa se devem ao fato de que o PCP procura
utilizar racionalmente os recursos empresariais, sejam eles materiais, humanos, financeiros, etc. assim,
as principais inter-relações do PCP com as demais áreas da empresa são as seguintes:
Área de Área de
Vendas PCP RH
Área de Área de
Engenharia Compras Almoxarifado
Industrial
Obra(s) consultada(s):
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação ao Planejamento e Controle da Produção – Ed. McGraw Hill
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Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 4
A previsão de vendas é definida pela área de vendas/marketing da empresa, tendo em vista as vendas
efetuadas no passado e nas expectativas de vendas quanto ao futuro. A previsão de vendas pode sofrer
alteração, podendo o plano de produção também sofrer alteração, para poder acompanhá-la. O plano de
produção visa abastecer a área de vendas com a quantidade de produtos/serviços que devem ser
entregues aos clientes nas épocas determinadas pela previsão de vendas. Existem dois bons motivos
para que o profissional do PCP entenda como esta atividade é realizada. Primeiro, a previsão da
demanda é a principal informação empregada pelo PCP na elaboração de suas atividades, e afeta de
forma direta o desempenho esperado de suas funções de planejamento e controle do sistema produtivo.
Segundo, em empresas de pequeno e médio porte, não existindo ainda uma especialização muito
grande das atividades, caberá ao responsável pelo PCP (geralmente o mesmo de vendas) elaborar estas
previsões. Em virtude da previsão ser uma estimativa, importante atentar-se a alguns pontos:
Quanto mais dados históricos forem coletados e analisados, mais confiável a técnica de
previsão será;
Os dados devem buscar a caracterização da demanda pelos produtos da empresa, que não é
necessariamente igual às vendas passadas, pois pode ter ocorrido falta de produtos, postergando
as entregas ou deixando de atendê-las;
Variações extraordinárias da demanda, como promoções especiais ou greves, devem ser
analisadas e substituídas por valores médios, compatíveis com o comportamento normal da
demanda;
O tamanho do período de consolidação dos dados (semanal, mensal, trimestral, anual, etc.) tem
influência direta na análise das variações extraordinárias.
Informações relevantes que expliquem comportamentos atípicos das vendas passadas;
Dados de variáveis correlacionadas às vendas que ajudem a explicar o comportamento das
vendas passadas;
Situação atual de variáveis que podem afetar o comportamento das vendas no futuro ou estejam
a ele correlacionadas;
Previsão da situação futura de variáveis que podem afetar o comportamento das vendas no
futuro ou estejam a ele correlacionadas;
Conhecimento sobre a conjuntura econômica atual e previsão da conjuntura econômica no
futuro;
Informações de clientes que possam indicar seu comportamento de compra futuro;
Informações relevantes sobre a atuação de concorrentes que influenciam o comportamento das
vendas;
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Informações sobre decisões da área comercial que podem influenciar o comportamento das
vendas.
Ao buscar uma técnica de demanda, importante conhecer algumas características gerais que
normalmente estão presentes em todas as técnicas de previsão.
Supõe-se que as causas que influenciaram a demanda passada continuarão a agir no futuro;
As previsões não são perfeitas, pois não somos capazes de prever todas as variações aleatórias
que ocorrerão;
A acuracidade das previsões diminui com o aumento do período de tempo auscultado.
PREVISÕES BASEADAS EM SÉRIES TEMPORAIS: Partem do princípio de que a demanda futura será uma
projeção de seus valores passados, não sofrendo influência de outras variáveis. Para se montar este
modelo, é necessário plotar os dados passados e identificar os fatores que estão por trás das
características da curva obtida. Uma curva temporal de previsão pode conter tendência, sazonalidade,
variações irregulares. A tendência consiste num movimento gradual de longo prazo, direcionando os
dados. A sazonalidade refere-se a variações cíclicas de curto prazo, relacionadas ao fator tempo, como
a influência de alterações climáticas ou férias escolares. Já as variações irregulares, são alterações na
demanda passada resultantes de fatores excepcionais, como greves ou catástrofes climáticas, que não
podem ser previstos e, portanto, incluídos no modelo. Esses dados devem ser retirados da série
histórica e substituídos pela média. A seguir, dois tipos de técnicas.
n
∑ Di
Onde: Mmn = Média Móvel de n períodos;
Di = Demanda ocorrida no período i;
Mmn= i=1
n = Números de períodos;
n
i = Índice do período (i=1, 2, 3...)
Exemplo: uma empresa, utiliza a técnica de previsão da média móvel trimestral para determinar a
demanda para o próximo mês. Nos últimos seis meses, a demanda de determinado produto foi a
seguinte:
O coeficiente de ponderação (α) é fixado pelo analista dentro de uma faixa que varia de 0 a 1. quanto
maior seu valor, mais rapidamente o modelo de previsão reagirá a uma variação real da demanda. Se o
valor de α for muito grande, as previsões ficarão muito sujeitas às variações aleatórias da demanda. Se,
ao contrário, o valor de α for muito pequeno, as previsões poderão ficar defasadas da demanda real. Os
valores normalmente usados para α variam de 0,05 a 0,50.
Uma determinada empresa, nos últimos seis períodos teve o seguinte comportamento:
Período janeiro fevereiro março abril maio junho
Demanda 90 95 98 90 92 95
Empregar a média exponencial móvel pra prever a demanda do mês de julho, utilizando α =0,10 e α
=0,50.
Obra(s) consultada(s):
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação ao Planejamento e Controle da Produção - Ed. McGraw-Hill
(1)
TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção – Ed. Atlas -1997
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Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 5
Objetivos da aula
Abordar os seguintes tópicos:
1. Identificar os tipos de arranjo físico, suas vantagens e desvantagens;
2. Objetivos e princípios eu definem o arranjo físico;
3. Observar a importância da escolha do arranjo físico.
ARRANJO FÍSICO
Arranjo físico ou leiaute é definido como sendo a posição relativa dos departamentos, seções ou
escritórios dentro do conjunto de uma fábrica, oficina ou área de trabalho; das máquinas, dos pontos de
armazenamento e do trabalho manual ou intelectual dentro de cada departamento ou seção; dos meios
de suprimentos e acesso às áreas de armazenamento e de serviços, tudo relacionado dentro do fluxo do
trabalho. O arranjo físico dá a localização exata na planta, de tudo o que se relaciona como processo
tanto burocrático, quanto técnico, de uma empresa. Não é admissível construir uma fábrica para depois
cogitar do que vai ser fabricado nela. A instalação deve ser construída com base num arranjo físico
provisório, mas bem estudado.
Arranjo Físico por Processo: Todas as operações semelhantes, com necessidades semelhantes ou
máquinas do mesmo tipo, são agrupadas nesse tipo de arranjo físico. É também conhecido como
arranjo físico funcional. Exemplo de um arranjo físico por processo, encontramos em uma lavanderia,
onde geralmente as máquinas de lavar ficam em um mesmo ambiente ou seção, o local para passar as
roupas também se posiciona em outro ambiente, com os equipamentos destinados à tarefa. Outros
exemplos encontramos nos hospitais onde determinados serviços (raio-x, laboratório, pronto socorro)
são utilizados por um grande número de diferentes tipos de pacientes; em uma biblioteca, onde os
serviços prestados (livros, revistas e periódicos, acesso a internet, copiadora, etc) estão dispostos de
acordo com as suas características.
Vantagens: a) Flexibilidade máxima em caso de se ter de mudar radicalmente os produtos;
b)Possibilidade do trabalho mais difícil ser atribuído às máquinas nas quais operem os mais
experimentados especialistas; c) Investimento mínimo em máquinas; d) Por meio de bom
planejamento de carga de máquinas, rendimento máximo do capital empregado; e) Em caso de
conserto de máquinas, possibilidade de transferência dos serviços mais urgentes para outras.
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Desvantagens: a) Controle difícil do fluxo de materiais; b) Planejamento difícil, sendo quase inevitável
maior estoque e maior quantidade de produtos em processo;c) dificuldade e alto custo do controle de
qualidade por causa da centralização, que exige transporte, ou da dispersão, que exige maior
movimento de homens e mais locais de inspeção; d) movimentação intensa de materiais e produto de
que no arranjo linear; e) maior dificuldade de empregar o mesmo homem para trabalhar em diversas
máquinas simultaneamente.
Arranjo Físico por Produto: Todas as máquinas e processos envolvidos na obtenção ou montagem de
um produto ou série de objetos estão agrupados juntos e em sequencia, de maneira que os materiais
que entram em produção, sempre seguem a mesma linha entre os pontos do processamento. Exemplos:
Montagem de automóveis, restaurante self-service, produção de tubos PVC.
Vantagens: a) redução, ao mínimo, do manuseio dos materiais em fábricas completamente
automatizadas, com o emprego de maquinas de transferência; b) redução do material em processo e
fácil cálculo de seu montante; c) facilidade no treinamento da mão-de-obra para operações simples na
linha; d) redução de estoques de semi-acabados e matérias-primas.
Desvantagens: a) investimento considerável; b) paralisação de toda a linha por um defeito em uma
máquina; c)falta de flexibilidade, pois as máquinas especializadas nem sempre são aproveitáveis pra
outros produtos.
Arranjo Físico Celular: Caracteriza-se por uma certa autonomia que passa a ter em relação às outras
áreas, onde todos os recursos (máquinas, equipamentos, mão-de-obra, matérias-primas ou materiais
semi-elaborados, etc) necessários para a execução do serviço encontram-se disponíveis e com certa
exclusividade. Exemplo: a empresa Azaléia em Itapetinga e região, lojas de departamento,
supermercados, etc.
a) Princípio da economia do movimento: O arranjo físico ótimo tende a diminuir a distância a ser
percorrida pelos operários e ferramentas entre operações de fabricação;
b) Princípio do fluxo progressivo: O movimento ininterrupto de uma operação para a próxima,
sem transportes de volta ou cruzamentos de materiais, homens e equipamentos, é o preferível;
c) Princípio da flexibilidade: A possibilidade de rearranjos econômicos para adaptar a produção às
mudanças do produto, do volume de produção e dos equipamentos e processos, deve ser sempre
preferida;
d) Princípio da integração: A integração entre os fatores é necessária para que o arranjo físico seja
ótimo, deve ser sempre preferida.
a) Fator produto: Tamanho, peso, quantidade, condições especiais que afetam o produto (luz,
umidade, poeira, etc).
b) Fator matéria-prima: Variedade, quantidade, peso, tamanho, características físicas (líquido,
gás, etc.) características químicas (venenoso, corrosivo, oxidável), tempo de armazenamento
previsto sem que haja deterioração, etc.
c) Fator maquinaria: Quantidade, qualidade, produtividade, número de operários para manuseio
do equipamento, fundações, etc.
d) Fator manuseio e movimento: Possibilidade de transporte e acesso a seções, pelos meios e
equipamentos de transporte mais indicados; dimensionamento de corredores; acondicionamento
do produto para transporte externo ou interno, etc.
e) Fator limpeza: Facilidade de acesso para máquina e encarregado de limpeza; freqüência de
limpeza prevista; condições especiais de limpeza e higiene; periculosidade de resíduos, etc;
f) Fator processos: Roteiro de processo (sequência exigida); métodos de trabalho.
g) Fator Homem e supervisão: Comodidade para alcançar áreas de descanso e sanitários;
segurança (saída de energia); higiene do trabalho (mau cheiro, calor excessivo, etc); proximidade
da localização do supervisor.
h) Fator armazenamento: Áreas para produtos em processo; áreas para acúmulo de produtos
terminados e semi-acabados; etc.
i) Fatores sociais e administração do pessoal: Refeitório; vestiários; chuveiros e instalações
sanitárias; quadro de avisos; etc.
j) Fator manutenção: Acesso e localização central; sistemas de remoção de máquinas leves e
pesadas; almoxarifado próprio para serviços noturnos de emergência; etc.
k) Fator edifício: escolha do tipo mais adequado (térreo ou de andares); pisos; janelas (iluminação
e ventilação); pintura; instalações de produtos contra roubo, fogo; etc.
l) Fator expansão e facilidade de mudança: Espaço para expansão; flexibilidade em caso de
mudança de produto; facilidade remoção eventual das máquinas.
Obra(s) Consultada(s):
WEIL, Kurt e outros. Manual de Administração da Produção. Volume 1 – Edit. FGV – 8ª edição –
1994
Slack, Nigel e outros. Administração da Produção. Versão compacta – Edit. Atlas
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Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 6
Objetivos da aula
Abordar o seguinte tópico:
1. Abordar a importância da manutenção industrial;
ALGUNS CONCEITOS
Manutenção: Palavra associada à prática de manter ou reparar um bem para que lhe seja devolvida a
condição original antes da avaria. Modernamente manutenção objetiva garantir a disponibilidade dos
ativos para o cumprimento de um plano de produção com confiabilidade, segurança e custos
adequados. É a Combinação de todas as ações técnicas e administrativas incluindo as de supervisão,
destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função
requerida. A manutenção pode incluir uma modificação de um item. (Definição ABNT)
Manutenção corretiva: É um dos tipos de manutenção que se caracteriza pela ação tomada após a
falha (corretiva não planejada) ou em função de uma indicação da necessidade de correção através de
técnicas preditivas ou de monitoramento (corretiva planejada). É a manutenção efetuada após a
ocorrência da falha. Nesse tipo de manutenção não existe programação nem acompanhamento prévio
do equipamento. A manutenção de emergência é uma manutenção corretiva feita em caráter de
emergência.
Manutenção Produtiva Total (MPT): Filosofia de trabalho no qual parte das tarefas de menor
complexidade são executadas por operadores das máquinas. Incorpora também melhorias definidas
pelo pessoal do chão de fábrica, limpeza, organização. Dentre os seus objetivos estão:
Maior eficácia da empresa através da melhor qualificação das pessoas e melhoramentos
introduzidos nos equipamentos;
Modificação do perfil funcional de modo que operadores passam a executar tarefas simples de
manutenção deixando para a equipe de manutenção tarefas de maior complexidade;
Eliminação de perdas;
Eliminação das quebras.
Manutenção reativa: O mesmo que manutenção corretiva não planejada. Como o nome indica é
aquela que reage a um acontecimento, no caso a uma falha.
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Existem vários motivos que levam a área de produção a cuidar de suas instalações de forma
sistemática.
A filosofia da MPT (Manutenção Produtiva Total), conforme visto na aula anterior, transfere as tarefas
de manutenção de menor complexidade para serem executadas pelos próprios operadores das
máquinas. Ela visa estabelecer a boa prática de manutenção na produção através da perseguição das
cinco metas.
1. Melhorar a eficácia dos equipamentos. Examina como as instalações estão contribuindo para
a eficácia da produção através da análise de todas as perdas que ocorrem. Esta perda pode ser
relacionada ao tempo parado, à velocidade ou defeitos;
2. Realizar manutenção autônoma. Permitir que o pessoal que opera ou usa os equipamentos da
produção assuma a responsabilidade por pelo menos algumas das tarefas de manutenção;
3. Planejar a manutenção. Ter uma abordagem totalmente elaborada para todas as atividades de
manutenção, incluindo a manutenção preventiva e preditiva, com as respectivas
responsabilidades do pessoal de operação e de manutenção (ver quadro abaixo);
4. Treinar todo o pessoal em habilidades de manutenção relevantes. Os responsáveis pela
operação e pela manutenção, tem que receber os treinamentos necessários para estarem
habilitados em desempenhar seus papéis;
5. Conseguir gerir os equipamentos logo no início. Esta meta é direcionada para uma forma de
evitar totalmente a manutenção. Tenta rastrear todos os problemas potenciais de manutenção
até sua causa primeira e depois tenta elimina-los nesse ponto.
Geralmente os serviços de manutenção nas grandes empresas envolve uma engenharia de manutenção
que procura atender a três grupos específicos de serviços de manutenção:
a)manutenção mecânica
Reparos e revisões de máquinas;
Recondicionamento de máquinas;
Lubrificação geral;
Funilaria;
Hidráulica;
Etc.
b)Manutenção Elétrica
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MANUTENÇÃO CENTRALIZADA
Na manutenção centralizada todas as operações são planejadas e dirigidas por um departamento único.
As oficinas são também centralizadas, e as equipes de manutenção atendem todos os setores ou
unidades de operação.
Havendo uma boa coordenação de pessoal, esse tipo de manutenção pode reduzir os custos, graças ao
melhor aproveitamento dos serviços centralizados, evitando-se a duplicação por setores ou unidades de
operação. Porém, será básico ao êxito deste esquema o perfeito entrosamento entre a manutenção e a
produção, pois poderá muitas vezes reclamar a produção a retirada de equipamento de serviço, já que
as decisões a este respeito estão agora com a manutenção. Um departamento centralizado permite
também uniformizar rotinas e garante melhor aproveitamento de pessoal, tanto na manutenção das
áreas como nas oficinas.
MANUTENÇÃO DESCENTRALIZADA
A localização física da manutenção faz-se junto a cada unidade, assim como o estoque de peças
de reposição;
A manutenção de área recorre à ajuda do próprio pessoal da produção em caso de necessidade;
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O pessoal necessário a uma manutenção por áreas é maior do que para a manutenção centralizada, o
que pode, porém, ser justificado em virtude das suas características. As decisões quanto a parada de
equipamento por longos períodos devem ser tomadas no nível mais elevado da produção, pois há
sempre a tendência, por parte dos responsáveis pela produção, de protelar ou minimizar reparos que
determinam a sua paralisação.
Devido à grande diversificação do equipamento, do ponto de vista técnico, certos serviços podem ser
executados com maior segurança e a custo reduzido por empresas especializadas. Também, os
trabalhos de manutenção de natureza esporádica e que exigem determinado tipo especial de
equipamento para a sua execução também são realizados com vantagem por terceiros.
Os serviços devem ser executados dentro dos prazos estipulados, pois, do contrário, haveria um
aumento das horas passivas, e esse fator é muitas vezes decisivo quanto à conveniência, ou não, de
mandar fazer trabalhos de manutenção fora da fábrica. Também deve ser levado em conta o know-
how, em virtude de a manutenção interna de uma fábrica não poder sempre contar com determinados
especialistas entre o seu pessoal permanente.
Obra(s) Consultada(s):
ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção
Motta, Sá e outros. Manual de Administração da Produção. Volume 2 – Edit. FGV – 8ª edição – 1994
Slack, Nigel e outros. Administração da Produção. Versão compacta – Edit. Atlas
22
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 7
Objetivos da aula
Abordar o seguinte tópico:
1. A contribuição de Taylor para o estudo dos tempos e movimentos
2. O desenvolvimento da ORT
O resultado inicial de seu trabalho foi a fundação da Taylor Society, instituição voltada para a
divulgação e desenvolvimento de seu trabalho.
Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não
empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento, e o empirismo à ciência. Pretendia
elaborar uma ciência da Administração. Talvez seja essa a grande contribuição desse pioneiro. A
Administração Científica constitui uma combinação global que pode ser assim sumarizada:
Ciência Empirismo
Harmonia Discórdia
versus
Cooperação Individualismo
Taylor verificou que, em todos os ofícios, os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do
trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos, o que levava a diferentes maneiras e
métodos para fazer a mesma tarefa em cada ofício, e uma grande variedade de instrumentos e
ferramentas diferentes em cada operação. Essa grande diferença levava a diferentes níveis de
produtividade em diferentes operários, e Taylor chegou a conclusão que deveriam ser os
administradores, e não os operários, que deveriam fixar a melhor maneira de realizar um trabalho (the
best way). Dessa forma, Taylor separou as atividades de execução (operários) e planejamento e
supervisão (administração). A ORT consistia nos seguintes aspectos:
descritos e às normas de desempenho estabelecidas pelo método.A idéia básica era de que a eficiência
aumenta com a especialização: quanto mais especializado for um operário, tanto maior será sua
eficiência. Surge aqui também o conceito de linha de montagem.
Condições de Trabalho
Taylor e seus seguidores verificaram que a eficiência depende não somente do método de trabalho e do
incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições que garantam o bem-estar físico do
trabalhador e diminuam a fadiga. As condições de trabalho que mais preocuparam os engenheiros da
administração foram as seguintes:
a) adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho;
b) arranjo físico das máquinas e equipamentos;
25
Padronização
A Organização Racional do Trabalho se preocupou com a padronização dos métodos de trabalho,
através da seleção, por métodos científicos, da melhor maneira de executar uma tarefa. Preocupou-se
também com a padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho,
matérias primas e componentes, no sentido de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo
produtivo e, consequentemente eliminar o desperdício e aumentar a eficiência.Com a Administração
Científica, a padronização passa a ser uma preocupação constante na obtenção da eficiência. A
padronização pode conduzir à simplificação, à medida em que a uniformidade obtida reduza a
variabilidade e as exceções que complicam as coisas.
Supervisão Funcional
Taylor propunha a chamada supervisão funcional, que nada mais é do que a existência de diversos
supervisores, cada qual especializado em determinada área, e que tem autoridade funcional, relativa
somente à sua especialidade sobre os mesmos subordinados. Essa autoridade funcional é relativa e
parcial, e corresponde exatamente à aplicação da divisão do trabalho e da especialização no nível dos
supervisores e chefes. Tal concepção trouxe muitos ataques ao seu idealizador, pois se argumenta que
um homem não pode subordinar-se a dois ou mais superiores.
Obra(s) Consultada(s):
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Volume 1 – Edit. McGraw Hill
26
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 8
Objetivos da aula
Abordar o seguinte tópico:
1. Como realizar o estudo dos tempos;
2. Determinar o número de ciclos a serem cronometrados;
3. Determinar o tempo padrão;
4. Elaborar gráficos de controle.
TEMPOS CRONOMETRADOS
A cronometragem é o método mais empregado na indústria para medir o trabalho. Em que pese o fato
do mundo ter sofrido consideráveis modificações desde a época em que Taylor estruturou a
Administração científica e o estudo de tempos e movimentos, objetivando medir a eficiência
individual, essa metodologia continua sendo muito utilizada para que sejam estabelecidos padrões para
a produção e para os custos industriais.
Na prática costuma-se utilizar probabilidades entre 90% e 95%, e erro relativo variando entre 5% e
10%.
Tabelas de coeficientes
Distribuição normal
________________________________________________________
Probabilidade (%) 90 91 92 93 94 95
z 1,28 1,34 1,41 1,48 1,55 1,64
________________________________________________________
A velocidade (V) do operador é determinada subjetivamente por parte do cronometrista, tendo como
referência uma presumível velocidade normal, que considera igual a 100 ou 100%. Para isto é
importante que o cronometrista esteja sempre treinando no cronômetro para não ocorrer erro em
marcar os tempos e também observar o ritmo (velocidade) na execução da(s) tarefa(s) para que possa
indicar com uma certa precisão. Caso a velocidade na execução da tarefa esteja acima do que considera
como normal, fará a adequação do percentual de velocidade, diminuindo o seu valor de acordo com
que ele presumir. A exemplo, se observar que o operador deveria manter um ritmo 10% abaixo do que
28
está desempenhando, para assim evitar problemas de fadiga, o cronometrista considerará o percentual
de velocidade igual a 90%. Se considerar que o operador está 10% abaixo da velocidade, poderá
considerar o percentual de velocidade igual a 110%. A velocidade avaliada deve ser registrada na folha
de observações. A filmagem se mostra como um recurso importante neste momento, pois o
cronometrista poderá rever posteriormente o processo e avaliar melhor o desempenho, observando
inclusive os movimentos inúteis para o processo.
Não é possível esperar que uma pessoa trabalhe o dia todo sem interrupções. Assim, devem ser
previstas interrupções no trabalho para que sejam atendidas as denominadas necessidades pessoais e
para proporcionar um descanso, aliviando os efeitos da fadiga no trabalho.
Para a determinação do tempo padrão, deve-se estar seguro de que as cronometragens são válidas.
Uma maneira eficaz e tecnicamente correta de verificar esse fato é utilizar os gráficos de controle de
qualidade. Todas as cronometragens tidas como válidas devem ser verificadas estabelecendo-se um
gráfico de controles para as médias e um gráfico de controle para as amplitudes das amostras
cronometradas. Caso todas as médias e as amplitudes das amostras se situem dentro dos limites
dos dois gráficos, se estará seguro de que todas as cronometragens são válidas. Caso alguma
amostra apresente um resultado fora dos limites de controle de um dos gráficos, as cronometragens
daquela amostra serão descartadas, e deverão ser realizadas novas cronometragens para substituí-las,
verificando-se novamente todos os dados através dos gráficos de controle.
Gráfico das médias
Limite superior de controle (LSC) = X + A x R
Limite inferior de controle (LIC) = X - A x R
TN = Tempo normal;
TC = Tempo cronometrado;
TP = Tempo padrão;
FT = Fator de tolerância.
A fabricação de uma peça geralmente depende da execução de uma seqüência de operações. Nesse
caso o procedimento a ser seguido é:
Onde:
TPP = Tempo Padrão do produto;
TS = Tempo padrão de setup (preparação);
q = Quantidade de peças para as quais o setup é suficiente;
Tpi = Tempo padrão da operação;
TF = Tempo padrão das atividade de finalização;
L = Lote de peças para que ocorra a finalização.
30
1. Uma operação foi inicialmente cronometrada sete vezes, obtendo-se um tempo médio de 1 minuto e 34
segundos e uma amplitude de 20 segundos. Determinar o número de cronometragens para uma
confiança de 95% e um erro relativo máximo de 5%.
2. Em uma empresa uma operação de furar uma chapa foi cronometrada 5 vezes, obtendo-se o tempo
médio de 4 minutos e 30 segundos e uma amplitude de 30 segundos. Determinar o número de
cronometragens para uma confiança de 93% e um erro relativo máximo de 7%.
1. Uma operação de furar uma chapa foi cronometrada 10 vezes, obtendo-se o tempo médio por ciclo de
4,5 segundos. O cronometrista avaliou a velocidade média do operador em 95% e foi atribuído ao
trabalho um fator de tolerâncias totais (necessidades pessoais e fadiga) de 18%. Calcular o tempo
padrão da operação.
2. Uma operação foi inicialmente cronometrada sete vezes, obtendo-se um tempo médio de 1,56 segundos.
A velocidade cronometrada do operador foi de 100%. Foi atribuído como fator de tolerância 20%.
Calcular o tempo padrão da operação.
1. Um produto industrial é processado em três operações cuja soma dos tempos padrões é 3,5 minutos. O
tempo padrão do setup, ou preparação é de 5 minutos para 1000 peças. As peças produzidas são
colocadas em um contêiner com capacidade de 100 peça, que quando cheio é fechado e colocado ao
lado. O tempo necessário para essa atividade é de 1,5 minutos. Calcular o tempo padrão para cada peça.
31
EXERCÍCIO GERAL
Deseja-se determinar o tempo padrão necessário para uma peça. O cronometrista realizou uma
cronometragem preliminar constituída de 9 tomadas de tempo, obtendo os dados que se seguem:
Folha de observação
Operação:
Nome da peça:
Nome do operador:
Cronometrista:
Data: Hora de início: 14h Hora de término: 17h
TEMPOS CRONOMETRADOS EM CENTÉSIMOS DE HORAS
Horário 14h-15h 15h-16h 16h-17h
Elementos 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1. Processo 1 0,08 0,07 0,09 0,08 0,08 0,07 0,08 0,08 0,06
2. Processo 2 0,06 0,05 0,06 0,05 0,05 0,07 0,05 0,06 0,05
3. Processo 3 0,14 0,13 0,15 0,14 0,14 0,14 0,13 0,14 0,15
4. Processo 4 0,04 0,05 0,04 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04 0,05
Tempo total 0,32 0,30 0,34 0,32 0,32 0,32 0,30 0,32 0,31
Tempo Médio 0,32 0,32 0,31
Tempo médio das amostras (0,32+0,32+0,31)/3 = 0,315
Amplitude (valor maior – valor menor) 0,34-0,30 = 0,04
Velocidade avaliada 98%
Obra(s) Consultada(s):
MARTINS, Petrônio G./ LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção – Edit. Saraiva – 2001
32
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 9
Objetivos da aula
Abordar o(s) seguinte(s) tópico(s):
1. Entender a natureza do Planejamento e Controle;
2. Compreender a natureza do suprimento e da demanda;
3. Finalidade e funções do Planejamento e Controle da Produção;
4. As atividades de Planejamento e Controle
As atividades que
conciliam Consumidores da
Recursos da fornecimento e operação
operação demanda produtiva
Em qualquer operação, o fornecimento de recursos não é infinito, o que impõe uma limitação à tarefa
de planejamento e controle. As principais limitações observadas para a atividade de planejamento e
controle são:
Limitações de custo. Os produtos e serviços devem ser produzidos dentro de custos
determinados;
Limitações de capacidade. Os produtos e serviços devem ser produzidos dentro de limites de
capacidade projetados para a operação;
33
PLANEJAMENTO
termos financeiros
Dias/semanas/meses
Horizonte de tempo
No longo prazo os gerentes de produção criam planos relativos ao que eles pretendem fazer, que recursos
eles precisam e quais objetivos eles esperam atingir. A ênfase está mais no planejamento do que no
controle porque existe pouco a ser controlado até então.
O planejamento e controle de médio prazo está mais preocupado com planejar em mais detalhes e
replanejar caso seja necessário. Ele olha para frente para avaliar a demanda global que a operação deve
atingir de uma forma parcialmente desagregada.
No planejamento e controle de curto prazo, muitos dos recursos terão sido definidos e será difícil fazer
mudanças de grande escala nos recursos. Todavia, intervenções de curto prazo são possíveis se as coisas
não correm conforme os planos. Neste estágio a demanda será avaliada forma totalmente desagregada.
Incerteza da Demanda. Nem sempre a demanda pode ser previsível, dentro de uma realidade de
mercado a demanda é determinada pelo mercado o que faz com que não possa ser determinada com
exatidão.
Demanda dependente. É a demanda relativamente previsível, devido a sua dependência em alguns
fatores conhecidos. O processo previsão de demanda é relativamente direto. O planejamento e controle da
demanda dependente concentra-se nas conseqüências da demanda dentro da operação. O planejamento das
necessidades de materiais (MRP), é uma abordagem desse tipo de demanda dependente.
Demanda independente. É a demanda que não se pode prever, nem o volume, nem as necessidades
específicas dos consumidores, não tendo outra escolha que não tomar decisões sobre como suprirão a
demanda sem qualquer previsão exata dos pedidos dos consumidores. Existe o risco de ficar sem estoque
de itens quando a demanda não corresponder as suas expectativas. Deve-se tomar a decisão de quanto itens,
a exemplo de um produto acabado, deve-se manter no estoque, correndo o risco de ficar sem estoque, é
feito então, a melhor avaliação da demanda futura, tentar prever os recursos que possam satisfazer essa
demanda e tentar responder rapidamente se a demanda real não corresponder à prevista.
Resposta à demanda. Em condições de demanda dependente, uma operação somente vai começar o
processo de produção de bens ou serviços quando for necessário. Cada pedido aciona as atividades de
planejamento e controle para organizar sua produção. O planejamento e controle necessário para esse tipo
de operação pode ser chamado planejamento e controle do tipo obter recursos contra pedido. Um exemplo
é um construtor especializado em casas, pode somente começar o processo de planejamento e controle da
construção de uma casa quando requisitado a fazê-lo pelo cliente. O material necessário, mão-de-obra,
equipamentos serão providenciados somente quando a natureza da demanda é clara.
Outras operações podem ser suficientemente confiantes na natureza da demanda, se não em seu
volume e prazos, para manter “em estoque” a maior parte dos recursos requeridos para satisfazer seus
consumidores, principalmente os recursos transformadores. O planejamento e controle necessário para esse
tipo de operação pode ser chamado planejamento e controle do tipo fazer- contra-pedido. Um exemplo é
um construtor de casas que tenha padronizado projetos pode optar por construir cada casa somente quando
um consumidor tenha colocado um pedido firme. Em virtude da padronização do projeto, os fornecedores
de materiais terão sido identificados, mesmo não mantendo os itens necessários em estoque.
Algumas operações produzem bens ou serviços para estoque com antecedência em relação a qualquer
pedido firme. O planejamento e controle necessário para esse tipo de operação pode ser chamado
planejamento e controle do tipo fazer-para-estoque. Ainda no exemplo da construção, pode-se construir
casas ou apartamentos, sem que ainda exista a demanda firme, neste caso aposta-se em uma demanda,
mesmo sabendo do risco de ficar com casas não vendidas em estoque. Muitos produtos fabricados em larga
escala têm esta característica.
A figura abaixo mostra resumidamente os três tipos de situações.
Obter recursos Demanda Cada produto ou
contra pedido Dependente serviço é grande
comparado com a
capacidade total
da operação
Fazer contra
pedido
Cada produto ou
serviço é pequeno
comprado com a
Fazer para Demanda capacidade total
estoque Independente da operação
35
As atividades estão
Em que ordem fazer? Seqüência- Monitora- conforme o plano?
mento mento e
controle
Tempo disponível
SEQUENCIAMENTO. Quando o trabalho chega, decisões devem ser tomadas sobre a ordem em que
as tarefas serão executadas. Essa atividade é chamada de sequenciamento. As prioridades dadas ao
trabalho em uma operação são estabelecidas por um conjunto predefinido de regras, a exemplo de
algumas abaixo.
- Prioridade ao consumidor. As operações, algumas vezes, permitem que um
consumidor importante, ou idosos, gestantes, sejam “processados” antes de outros,
independentemente da ordem de chegada do consumidor ou do item;
- Data comprometida. Priorizar pela data prometida, significa que o trabalho é
sequenciado de acordo com a data prometida de entrega. Um exemplo são as gráficas
que irão sequenciar a sua produção de acordo à data prometida para entrega;
- UEPS. (Último a entrar, primeiro a sair). Utilizado em empresas de transporte;
- PEPS. (Primeiro a entrar, primeiro a sair). A maior parte das operações seguem esta
seqüência, seja na área de serviços ou na área de produção. No setor de serviços
geralmente o atendimento é feito por chegada. Em uma indústria o produto é
processado dentro da filosofia PEPS, um veículo, por exemplo, em uma linha de
montagem, aquele que estiver na frente na fila de montagem, será obrigatoriamente o
primeiro veículo que sairá na linha demontagem;
- Operação mais curta/tempo total mais curto da tarefa primeiro. Por questões de
limitação de caixa, pode-se dar preferência aos trabalhos mais curtos, que serão
faturados mais rapidamente, resolvendo os problemas de fluxo de caixa. Trabalhos que
demoram muito mais tempo serão realizados posteriormente. Este sequenciamento pode
gerar um problema para os clientes com serviços que consumam um tempo maior.
37
Mesa
Prateleiras
Unidades de
cozinha
Cama
A programação para frente envolve iniciar o trabalho logo que ele chega. A programação para trás envolve
iniciar o trabalho no último momento possível sem que ele tenha atraso. Por exemplo, presumamos que
leve seis horas para uma lavanderia lavar, secar e passar um lote de macacões. Se o trabalho é coletado às 8
horas da manhã e deve ser retirado até as 16 horas, há mais de seis horas disponíveis para fazer o trabalho.
Abaixo a distribuição dos diferentes momentos de começar cada trabalho, dependendo da programação
para frente ou para trás.
38
A escolha entre programação para frente ou para trás depende das circunstâncias. Na tabela abaixo, é
mostrado algumas vantagens da programação para frente e para trás. Em teoria, tanto o planejamento de
necessidades (MRP), como o Just in time (JIT), usam programação para trás, somente começando trabalhos
quando necessário. Na prática, todavia, os usuários do planejamento de necessidades de materiais tendem a
alocar temo demais para cada tarefa ser completada, por essa razão cada tarefa n ao e iniciada no último
momento possível. em comparação, o just in time é começado em cima da hora.
Obra(s) Consultada(s):
SLACK, Nigel. et al. Administração da Produção. Ed. Atlas. 2ª Edição. 2002
40
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 10
Objetivos da aula
Abordar o(s) seguinte(s) tópico(s):
1. Compreender o Planejamento e Controle de Capacidade;
2. As fases que compreende o PCP;
3. A primeira fase: o Projeto de Produção
4. A segunda fase: o Planejamento de Produção
FASES DO PCP
Para O PCP funcionar satisfatoriamente, é necessário o levantamento do maior número de
informações. O PCP recolhe dados e produz informações incessantemente. É um centro de
informações para a produção. O PCP apresenta três fases principais: a) Projeto de Produção; b)
Planejamento da produção; c) Controle da produção.
5. Métodos e procedimentos de trabalho, bem como cálculos dos tempos de execução das tarefas
através dos boletins de operação (BO), para se conhecer como o trabalho deve ser realizado e
qual a sua duração.
6. Tamanhos dos lotes econômicos de produção, para se conhecer qual o volume de produção
ideal a ser realizado de cada vez.
Inventário de Pessoal por Seção: É feito um levantamento do pessoal e respectivos cargos ocupados
por seção, proporcionando uma idéia da força de trabalho existente. A força de trabalho deve ser
proporcional à capacidade de produção, isto é, o efetivo de pessoal deve ser suficiente para operar as
máquinas e equipamentos a fim de obter a quantidade de produção no período.
Quantidade de Operação
Elaborada a primeira fase (projeto de produção) pode-se dar início à segunda fase, que é o
Planejamento da Produção.
43
“Nenhuma empresa funciona na base da improvisação. Tudo precisa ser planejado antecipadamente
para evitar desperdícios, perdas de tempo, atrasos ou antecipações desnecessárias”.
Tendo assim o balizamento da previsão de vendas (quantidade de produtos que a empresa espera
vender no decorrer do exercício) e da capacidade de produção (recursos empresariais disponíveis) o PP
procura compatibilizar a eficácia (alcance dos objetivos de vendas) e a eficiência (utilização rentável
dos recursos disponíveis). Neste sentido, o PP procura coordenar e integrar máquinas, pessoas,
matérias-primas, materiais em vias e processos produtivos em um todo sistêmico e harmonioso.
Eficácia
Eficiência
44
O PP procura definir antecipadamente o que se deve fazer, quanto fazer, quando fazer, quem deve
fazer e como fazer.
O que fazer Produtos/Serviços
PREVISÃO DA DEMANDA
(VIDE AULA 4)
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
A capacidade de produção da empresa constitui o potencial produtivo de que ela dispõe; é aquilo que a
empresa pode produzir em condições normais. Capacidade de produção representa o volume ideal de
45
produção de produtos/serviços que a empresa pode realizar. Nem sempre o volume ideal significa o
volume máximo de produção que a empresa pode suportar em um regime intensivo de horas extras e
de utilização ininterrupta de equipamentos. O volume ideal de produção representa um nível adequado
de atividades que permita o máximo de lucratividade e o mínimo de custos, de produção, de mão-de-
obra, de manutenção, etc.
Mão-de-obra disponível
Capacidade
De
Produção Matéria-prima disponível
Recursos financeiros
O plano de produção visa estabelecer a carga de produção ou de trabalho a ser atribuída a todos os
órgãos produtivos e não produtivos vinculados à produção. A carga de trabalho é o cálculo de
trabalho a ser atribuído a cada seção ou máquina, em um determinado período de tempo, para atender
ao plano de produção.
O PLANO DE PRODUÇÃO NO SISTEMA SOB ENCOMENDA: Na produção sob encomenda, cada produto
exige um plano de produção específico, em face do seu tamanho e da sua complexidade. O próprio
pedido ou encomenda serve de base para a elaboração do plano de produção do produto/serviço.
Encomenda Capacidade Outras Plano de
(pedido ou contrato) de Produção encomendas Produção
Quando a empresa recebe a encomenda (pedido ou contrato) O PCP verifica as outras encomendas em
andamento na produção, confrontando-as com a capacidade de produção já ocupada e a capacidade
disponível para executa-la. A partir daí calcula o prazo de entrega da encomenda. Entre o prazo de
recebimento e o prazo de entrega, elabora-se o plano de produção. Na produção sob encomenda, o
cálculo da carga de produção é função da data de entrega da encomenda e da capacidade de produção
disponível.
semana, ou mês) em cada seção produzida para a entrega ao cliente ou para estoque no depósito de
produtos acabados.
Previsão de Capacidade Plano de
vendas de Produção Produção
O plano de produção, qualquer que seja o sistema de produção utilizado pela empresa, deve
dimensionar a carga de trabalho que aproveite integralmente a capacidade de produção da empresa. De
um lado, o dimensionamento da carga de trabalho não pode ser exagerado, o que provocaria
sobrecarga. Sobrecarga é a atribuição de carga acima da capacidade da produção. Por outro lado, o
dimensionamento muito aquém da capacidade de produção provoca capacidade ociosa. Capacidade
ociosa é a capacidade de produção não aproveitada e que permanece sem utilização.
Tendo por base o plano de produção, o PCP passa a cuidar da programação da produção, que nada
mais é do que o detalhamento do plano de produção pra que ele possa ser executado de maneira
integrada e coordenada pelos diversos órgãos produtivos e demais órgãos que assessoram a produção.
Capacidade
ociosa Escassez de carga de trabalho
Obra(s) consultada(s):
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação ao Planejamento e Controle da Produção - Ed. McGraw-Hill
(1)
TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção – Ed. Atlas -1997
49
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 11
Objetivos da aula
Abordar o(s) seguinte(s) tópico(s):
1. Compreender o Planejamento e Controle de Capacidade;
2. As fases que compreende o PCP;
3. A primeira fase: o Projeto de Produção;
4. A segunda fase: o Planejamento de Produção;
1. As fases da Programação da Produção;
2. O aprazamento, o roteiro, a emissão de ordens e a liberação da produção.
A PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
Após a elaboração do Plano de Produção o próximo passo é fazê-lo funcionar. Como o plano de
produção cobre um período de tempo geralmente longo, ele deve ser detalhado e transformado em
programas de execução diária. Esses programas devem ter praticidade suficiente para dar ordens claras
e simples a todos os órgãos envolvidos direta e indiretamente no processo produtivo da empresa. Além
disso, esses programas devem conseguir a integração e coordenação de todos os órgãos envolvidos. A
programação da produção corresponde ao detalhamento do Plano de Produção e a sua
transformação em ordens de produção ou de compra que deverão se executadas cotidianamente pelas
respectivas seções envolvidas.
PLANO DE PRODUÇÃO
PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
Compras E Emissão de Ordens
Depósito
de
Prepa- Mol- Pré- Mon- Aca-
Produtos
ração dagem mont. tagem bam.
Acabados
Forne-
cedores Almoxarifado de Matérias-Primas
Fluxo de materiais
Fluxo de informações
Mês: Janeiro
Dias do mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Compra de MP Almoxarifado
Projeto Aprovaçã
o
Preparação das Lote Produção
Máquinas Piloto
Gráfico de Carga: Representa a atribuição de carga a uma máquina ou seção, seja produtiva ou não,
para indicar a sua ocupação ou disponibilidade de tempo e de trabalho. O Gráfico de Carga tem muitas
aplicações na programação da produção.
PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO
EXECUÇÃO
1 2 3 4 DA
APRAZAMENTO ROTEIRO EMISSÃO LIBERAÇÃO DA PRODUÇÃO
DE ORDENS PRODUÇÃO
52
EMISSÃO DE ORDENS
A partir do plano de produção programa-se a sua execução através de técnicas de programação. Até aí,
ninguém está sabendo das decisões tomadas a respeito da produção. Torna-se necessário, então,
informar todos os órgãos que participam direta ou indiretamente do processo produtivo das decisões
sobre o que, como, quando, quanto produzir, a fim de fazê-los trabalhar coordenada e integradamente
como um sistema. A emissão de ordens constitui o núcleo de informação e coordenação da
programação da produção.
As ordens informam a respeito das decisões sobre produção para as diversas seções envolvidas no
processo produtivo. Essa comunicação é enviada a todos os órgãos relacionados com o processo
produtivo da empresa, como a própria produção, o almoxarifado de MP, o órgão de compras, o
controle da qualidade, o órgão de contabilidade e custos, etc., para que cada um deles possa contribuir
de forma integrada no atendimento da programação da produção.
A forma de preparar distribuir s ordens é importante na coordenação das diversas seções. Cada
empresa tem o seu sistema de emissão de ordens. A ordem deve esclarecer o que, como, quando, e
quanto fazer. Toda ordem deve ser escrita e, se possível, documentada em impressos ou formulários
padronizados. Deve ser datada e assinada pela pessoa autorizada a emiti-la.
A emissão de ordens envolve a preparação de um grande número de vias de formulários, cada qual
com uma denominação e destinada a um órgão diferente da empresa, servindo como fluxo de
informação sobre o que cada um deve fazer. Esse fluxo de informações deve incluir necessariamente
os seguintes órgãos:
A) Produção
Execução de produção OP ou OM
Acompanhamento de datas de término Ficha de Acompanhamento
B) Almoxarifado
Requisição de MP ou materiais RM
Comprovante de retirada do material Ficha de Entrega
Controle do estoque Ficha de Estoque
D) Controle de Qualidade
Solicitação de inspeção de qualidade Ficha de Inspeção
E) Controle de Eficiência
Tempos gastos na produção comparados com o tempo Ficha de Mão-de-Obra
padrão para avaliar eficiência da seção e incentivos de
produção para os operários.
Cada via da ordem tem o seu conteúdo e o seu destino a fim de que cada um dos órgãos envolvidos
desempenhe o seu papel e faça a sua contribuição ao processo produtivo.
LIBERAÇÃO DA PRODUÇÃO
A liberação da produção, ou liberação de recursos, constitui a última fase da programação da
produção. A liberação da produção representa o sinal verde para que todos os recursos sejam
mobilizados e coordenados para a execução das ordens.
Com todos esses ingredientes, aprazamento, roteiro, emissão de ordens e liberação da produção, a
programação da produção cumpre o seu objetivo: transformar o Plano de Produção da empresa em
algo que possa ser executado integrada e coordenadamente por todos os órgãos envolvidos direta e
indiretamente no processo produtivo da empresa.
54
MP
2. Verificação da
LIBERAÇÃO disponibilidade Materiais e
DA
de recursos componentes
PRODUÇÃO como:
Máquinas e
Ferramentas
MO
Ficha de
Acompanhamento Produção
Ficha de Entrega
Almoxarifado
Ficha de MO
Custo
Obra(s) consultada(s):
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação ao Planejamento e Controle da Produção - Ed. McGraw-Hill
55
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 12
Objetivos da aula
Abordar o(s) seguinte(s) tópico(s):
1. Conceito de Controle da Produção;
2. Finalidade do Controle da Produção;
3. Fases do Controle da Produção;
4. Métodos de Controle da Produção;
5. Principais tipos de Controle da Produção.
CONTROLE DA PRODUÇÃO
A palavra controle tem sido mal interpretada e freqüentemente associada a punições e restrições. Em
administração, todavia, ela é utilizada no sentido amplo de guiar e regular as atividades da empresa, a
fim de garantir o alcance dos objetivos almejados. Se tudo corresse exatamente de acordo com o que
foi planejado, não haveria nenhuma necessidade de controle. Existe controle exatamente porque
sempre alguma coisa sai diferente do que foi planejado.
Conforme visto em aula anterior, controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir o
desempenho, para assegurar que os objetivos da empresa sejam atingidos. A tarefa do controle é
verificar se tudo está sendo feito de conformidade com o que foi planejado e organizado, de acordo
com as ordens dadas, para identificar os erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição.
O controle, pois, é importante na medida em que assegura que aquilo que foi planejado e organizado
realmente cumpriu os objetivos pretendidos. É um certificado de que as coisas foram executadas de
acordo com os planos, com os esquemas e com as ordens transmitidas.
Se o controle em geral tem essas características, o controle da produção, em particular, segue o mesmo
caminho.
Depois de elaborado o Plano de Produção, emitidas as ordens e liberados os recursos, todos os órgãos
produtivos e os órgãos de assessoria passam a funcionar coordenadamente para a execução do plano e
o alcance dos objetivos. O sistema produtivo passa a funcionar integradamente. Mas ele precisa ser
56
controlado, para que se assegure que aquilo que foi planejado está sendo executado e que os objetivos
estão sendo alcançados. Trata-se de garantir a eficiência e a eficácia do sistema.
Planejamento Planejamento
da Produção da Produção
Eficiência Eficácia
Execução da Produção Produtos
ou
Serviços
A eficiência está relacionada com a execução da produção, com os métodos e processos aplicados e
com a utilização dos recursos produtivos, enquanto a eficácia está relacionada com os objetivos
desejados, ou seja, com a quantidade de produtos/serviços produzidos pelo sistema.
Os aspectos problemáticos que geralmente podem ocorrer no processo produtivo são os seguintes:
a. Escassez ou excesso de estoque de MP;
b. Escassez ou excesso de estoque de semi-elaborados ou materiais em vias;
c. Escassez ou excesso de PA;
d. Excesso de produtos defeituosos;
e. Atraso nos prazos de produção e de entrega ao cliente;
f. Custos de produção excessivamente altos;
g. Ciclo de produção demasiadamente longo;
h. Interrupções no ciclo de produção por falta de MP ou componentes;
i. Pouca flexibilidade na utilização da capacidade de produção;
As medidas de desempenho que o CP utiliza para avaliar o sistema de produção são as seguintes:
a. Rotação dos estoques de MP;
57
Desta forma as finalidades do CP são realmente muito amplas e cobrem todo o funcionamento do
processo produtivo e dos órgãos indiretamente relacionados com ele.
FASES DO CONTROLE DE PRODUÇÃO
O CP apresenta quatro fases distintas:
Comparação do
Desempenho
com o Padrão
3
Conforme a figura acima, o controle é um processo cíclico e repetitivo. À medida que ele se repete, a
tendência é fazer com que as coisas controladas se aperfeiçoem e reduzam seus desvios em relação aos
padrões desejados.
Padrões de Volume de Produção
Quantidade Nível de Estoque
Nº horas trabalhadas
Padrões de CQ de MP
Padrões qualidade CQ de PA
de Especificações de Produto
Controle
Padrões de Tempo Padrão de Produção
tempo Tempo médio de estoque
Padrões de rendimento
Obra consultada:
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação ao Planejamento e Controle da Produção - Ed. McGraw-Hill
59
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 13
Objetivos da aula
Abordar o(s) seguinte(s) tópico(s):
1. Conceituar MRP;
2. Compreender a utilização do MRP na empresa.
A partir data e da quantidade em que um produto final é necessário, obtém-se as datas e as quantidades
em que suas partes componentes são necessárias.
A essa desagregação do produto em suas partes componentes, dá-se o nome de “explosão”. O MRP
pode ser visto como uma técnica para programar a produção de itens de demanda dependente, já que
determina quanto deve ser adquirido de cada item em que data o item deve estar disponível. Pode ser
visto ainda como um sistema de controle de estoques de itens de demanda dependente; ele é um
sistema proativo, pois evita a manutenção de estoque, a não ser aqueles destinados a eventualidades
(estoque de reserva). As quantidades dos itens, que serão necessários à produção, são adquiridos
(comprados, montados ou fabricados) apenas numa data tal que estejam disponíveis para o momento
certo de serem usados na produção. Nos sistemas de controle de estoque para demanda independente,
as ações são tomadas com base em uma data (sistema de reposição periódica) ou numa quantidade
(sistema de revisão contínua), esses sistema são reativos, pois exigem a manutenção permanente de
estoques.
preciso para se ter uma quantidade do produto. Uma forma de visualizar essa relação
hierárquica é através da árvore de estrutura do produto (figura 3);
c) Relatórios de controle de estoques: cada item ou componente da Lista de Materiais deve ter
seu estoque rigorosamente controlado, de forma que, estabelecida uma certa quantidade
necessária, saiba-se exatamente quanto se precisa adquirir desse item. Alguns itens que o
controle de estoque pode incluir: o código de identificação do componente, quantidade atual
em estoque, quantidades eventualmente já encomendadas, tempo de espera, tamanho do LEC
ou LEF
Controle de
Plano Mestre de Estoques
Produção
Programação da
Lista de Materiais Produção
MRP
Planejamento
Relatórios de detalhado das
controle de estoques necessidades de
capacidade
A cada nova transação o sistema de controle de estoque deve ser hábil em atualizar-se.
A dinâmica de processamento no MRP parte da quantidade desejada de um produto final numa data
especificada, informações essas fornecidas pelo Plano Mestre de Produção. A partir daí faz-se a
“explosão” do produto nas necessidades dos componentes, com a devida defasagem de tempo. Cada
componente, matéria-prima ou produto semi-elaborado, devem estar disponíveis/prontos antes de
iniciar a próxima etapa. Para se saber o quanto antes, é preciso conhecer o tempo que se leva para
montar em cada etapa. O diagrama de montagem no tempo para um determinado produto demonstra
como isto acontece (ver figura 3)
Figura 1
O exemplo da mesa padrão, código MP1000 (código para efeito de exemplo) explodido em todos os
seus componentes.
Figura 2 Mesa
Nível 0
MP1000
1
Suporte Tampo
Nível 1 Tronco
MP 1200 MP1100
MP1300
2 1
1
No exemplo acima, após ter organizado as etapas da mesa “explodida” através da Árvore de
Estrutura (figura 2), verifica-se no nível zero a mesa pronta (MP1000), que é montada a partir de:
Suporte: Código MP1200, utilizando-se uma unidade por mesa. Neste exemplo o suporte é
formado por duas peças em cruz, uma peça forma o suporte propriamente dito e outra peça
forma a base;
Tampo: código MP1100, utilizando-se 1 unidade para montar a mesa;
O suporte e o tampo constituem o segundo nível de hierarquia. Continuando, temos para a montagem
de 1 suporte:
Tronco: código MP1300, utilizando-se 1 unidade para a montagem do suporte;
O tronco, a peça em cruz, o pranchão e a cola constituem o segundo nível de hierarquia. Para finalizar,
no terceiro nível, que no exemplo constitui o que se necessita para a fabricação do tronco, teremos:
Cedro: código MP 1310, utilizando-se 0,05m3 para a fabricação de um tronco.
A programação fornecida pelo MRP geralmente traz as seguintes informações, item por item:
Uma escala de tempos, geralmente semanal
A identificação do item
As Necessidades Brutas e suas datas
O estoque disponível
Os Recebimentos Programados e suas datas
As Necessidades Líquidas e suas datas
As datas e quantidades de cada Liberação de Ordem
As Necessidades Líquidas são iguais às Necessidades Brutas menos o estoque disponível e menos os
Recebimentos Programados.
As informações acima são oferecidas através da tabela abaixo, que auxilia uma melhor visualização.
Tabela MRP
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Necessidades Brutas
Estoque Disponível
63
Recebimentos Programados
Necessidades Líquidas
Liberação de Ordem
A tabela é executada no produto acabado e em cada item que faz parte do produto acabado. Abaixo um
exemplo clareará o uso da tabela MRP.
Exemplo:
Para uma certa mesa, é conhecida a demanda (Necessidade Bruta) para as próximas 10 semanas, que é
de 100 unidades, prevendo-se uma entrega de 40 unidades ao início da semana 5 e outra de 60
unidades ao início da semana 10, segundo a tabela abaixo:
Pede-se:
preencher uma tabela MRP para cada um dos itens: mesa, tampo, ronco e suportes, assumindo
que as quantidades requisitadas são exatamente iguais às Necessidades Liquidas.
Resposta b
Item: Mesa
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Necessidades Brutas 40 60
Estoque Disponível 5 0
Recebimentos Programados 0 0
Necessidades Líquidas 35 60
Liberação de Ordem 35 60
MESA: As Necessidades Brutas são de 40 mesas na Semana 5; no entanto, há um Estoque Disponível
de 5 mesas, o que reduz as Necessidades Líquidas a 35 mesas. A Liberação de Ordem para a
montagem dessas 35 mesas é feita na Semana 4, por causa do tempo de espera de uma semana.
Item: Tampo
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Necessidades Brutas 35 60
Estoque Disponível 15 0
Recebimentos Programados 0 0
Necessidades Líquidas 20 60
Liberação de Ordem 20 60
64
TAMPO: Cada mesa corresponde a um tampo; sendo 35 as Necessidades líquidas das mesas isso
corresponde também 35 tampos (Necessidades Brutas) colocados na Semana 4. como existe um
estoque disponível de 15 tampos, as Necessidades Líquidas reduzem-se a 20 tampos. A Liberação de
Ordem para eles deve ser feita na semana 3, devido ao tempo de espera para a fabricação de uma
semana.
Item: Tronco
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Necessidades Brutas 35 60
Estoque Disponível 12 0
Recebimentos Programados 0 0
Necessidades Líquidas 23 60
Liberação de Ordem 23 60
TRONCO: Cada mesa corresponde a um tronco; sendo 35 as Necessidades líquidas das mesas isso
corresponde também 35 troncos (Necessidades Brutas) colocados na Semana 4. como existe um
estoque disponível de 12 troncos, as Necessidades Líquidas reduzem-se a 23 troncos. A Liberação de
Ordem para eles deve ser feita na semana 2 devido ao tempo de espera para a fabricação de duas
semanas.
Item: Suportes
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Necessidades Brutas 70 120
Estoque Disponível 20 0
Recebimentos Programados 0 0
Necessidades Líquidas 50 120
Liberação de Ordem 50 120
SUPORTES: Cada mesa corresponde a 2 suportes; sendo 35 as Necessidades líquidas das mesas isso
corresponde a 70 suportes (35 x 2) (Necessidades Brutas) colocados na Semana 4. como existe um
estoque disponível de 20 suportes, as Necessidades Líquidas reduzem-se a 50 suportes. A Liberação de
Ordem para eles deve ser feita na semana 3, devido ao tempo de espera para a o pedido chegar de uma
semana.
Pede-se:
65
Preencher uma tabela MRP para cada um dos itens: cadeira, encosto, assento e perna metálica,
assumindo que as quantidades requisitadas são exatamente iguais às Necessidades Liquidas.
Item:
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Necessidades Brutas
Estoque Disponível
Recebimentos Programados
Necessidades Líquidas
Liberação de Ordem
Item:
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Necessidades Brutas
Estoque Disponível
Recebimentos Programados
Necessidades Líquidas
Liberação de Ordem
Item:
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Necessidades Brutas
Estoque Disponível
Recebimentos Programados
Necessidades Líquidas
Liberação de Ordem
Item:
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Necessidades Brutas
Estoque Disponível
Recebimentos Programados
Necessidades Líquidas
Liberação de Ordem
Obra consultada:
MOREIRA, Daniel A. – Administração da Produção e Operações – Edit. Pioneira 1ª Edição –2001
SLACK, Nigel. et al – Administração da Produção – Ed. Atlas – 2ª Edição - 2002
66
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 14
Objetivos da aula
Abordar o seguinte tópico:
1. Conceituação do Just in time;
2. Aplicação do JIT na empresa
3. Controle kanban
Entrega de produtos
e serviços apenas Consumidores da
Recursos da quando são operação
operação necessários produtiva
Entregas Entregas
O que o JIT requer. O JIT requer alto desempenho em todos os objetivos de desempenho da
produção:
A qualidade deve ser alta porque distúrbios na produção devidos a erros de qualidade irão
reduzir o fluxo de materiais, reduzir a confiabilidade interna de fornecimentos, além de gerar o
aparecimento de estoques, caso os erros reduzam a taxa de produção em alguns pontos de
operação;
A velocidade, em termos de rápido fluxo de materiais, é essencial caso se pretenda atender à
demanda dos clientes diretamente com a produção, ao invés de através dos estoques.
A confiabilidade é um pré-requisito para um fluxo rápido, ou, olhando por outro lado, é muito
difícil atingir fluxo rápido se o fornecimento de componentes ou os equipamentos não são
confiáveis;
A flexibilidade (de mix e de volume) é especialmente importante para que consiga produzir em
lotes pequenos atingindo-se fluxo rápido e lead times curtos.
O fluxo entre cada estágio do processo de manufatura é “puxado” pela demanda do estágio
posterior;
O controle do fluxo entre estágios é conseguido pela utilização de cartões simples, fichas ou
quadrados vazios, os quais disparam a movimentação e a produção dos materiais. O resultado é
um sistema de controle simples;
As decisões de planejamento e controle são amplamente descentralizadas; as decisões táticas
não se baseiam em um sistema de processamento de informações computadorizado;
A programação JIT é baseada em taxas de produção (calculadas em termos da quantidade de
itens por unidade de tempo), em vez de volume produzido (o número absoluto de itens a serem
feitos em determinado dia ou semana);
JIT assume (e incentiva) a flexibilidade dos recursos e lead times reduzidos;
Os conceitos de planejamento e controle JIT são apenas uma parte de uma filosofia de
produção mais ampla.
Controle Kanban
O termo kanban era algumas vezes utilizado equivocadamente como equivalente ao planejamento e
controle JIT, ou então para todo o JIT. Entretanto, o controle kanban é um método de operacionalizar o
sistema de planejamento e controle puxado. Kanban é a palavra japonesa para cartão ou sinal. Ele é
algumas vezes chamado de “correia invisível”, que controla a transferência de material de um estágio a
outro da operação. Em sua forma mais simples, é um cartão utilizado por um estágio cliente, para
avisar seu estágio fornecedor que mais material deve ser enviado. Há diferentes tipos de kanban.
O kanban de transporte. Um kanban de transporte é usaddo para avisar o estágio anterior que o
material pode ser retirado do estoque e transferido para uma destinação específica. Esse tipo de
kanban normalmente terá detalhes como número e descrição do componente específico, o lugar
de onde ele deve ser retirado e a destinação para a qual ele deve ser enviado.
O kanban de produção. Um kanban de produção é um sinal para um processo produtivo de que
ele pode começar a produzir um item para que seja colocado em estoque. A informação contida
neste tipo de kanban normalmente inclui número e descrição do componente, descrição do
próprio processo, materiais necessário para a produção do componente, além da destinação
para a qual o componente ou componentes devem ser enviados depois de produzidos.
O kanban do fornecedor. Kanbans de fornecedor são usados para avisar ao fornecedor que é
necessário enviar material ou componentes para um estágio da produção. Neste sentido, é
similar ao kanban de transporte, porém é normalmente utilizado para fornecedores externos.
Qualquer que seja o tipo de kanban utilizado, o princípio é sempre o mesmo, o recebimento de
um kanban dispara o transporte, a produção ou o fornecimento de uma unidade ou de um contenedor-
padrão de unidades. Se dois kanbans são recebidos, isso dispara o transporte, a produção ou o
fornecimento de duas unidades ou dois contenedores-padrão de unidades e assim por diante. Os
kanbans são apenas meios através dos quais o transporte, produção ou o fornecimento podem ser
autorizados.
Há dois procedimentos que podem governar o uso dos kanbans. Eles são conhecidos como
sistema de cartão único e sistema de dois cartões. O sistema de cartão único é o mais utilizado, porque
é de longe o mais simples de operar. Ele utiliza somente kanbans de transporte (ou kanbans do
fornecedor quando o fornecimento de materiais é de uma fonte externa). O sistema de dois cartões
utiliza tanto o kanban de transporte como o de produção.
69
O sistema de controle da produção pelo sistema de kanbans deve funcionar, através dos diversos
centros produtivos da empresa, como se fosse uma corrente contínua fechada. O resultado será que
todos os centros de fabricação do sistema produtivo receberão no momento exato as quantidades
necessárias de itens para que se cumpram os objetivos do programa de produção.
70
Estágio A Estágio B
C C
C C
C C
C C
Obra(s) consultada(s):
SLACK, Nigel. et al. Administração da Produção. Editora Atlas. 2002
71
Administração: VI Semestre
Disciplina: Administração da Produção
Professor: Alberto Santos
Aluno:
Aula 15
Objetivos da aula
Abordar o seguinte tópico:
O uso do Método do Caminho Crítico.
CPM – Rede com atividades nos nós
Um projeto é um conjunto de atividades que tem um ponto inicial definido e um estado final definido,
que persegue uma meta definida e que usa um conjunto definido de recursos.
Diagrama de flechas – É um gráfico das atividades, em que cada atividade é representada por uma flecha. Cada
flecha tem uma ponta e uma cauda. A cauda representa o início da atividade e a ponta marca o seu final.
As flechas são usadas para expressar as relações entre as atividades e definir uma ou mais das seguintes
situações:
a atividade deve preceder algumas operações;
a atividade deve suceder algumas operações;
a atividade pode ocorrer simultaneamente a outras operações.
:
Atividade fantasma – É uma flecha tracejada usada como artifício para identificar a dependência entre
atividades. É também chamada de atividade imaginária e não requer tempo.
Nó ou evento – São círculos desenhados no início e no final de cada flecha.Tem o objetivo de facilitar
a visualização e os círculos de tempo. Devem ser numerados e sua numeração é aleatória.
Deseja-se decorar o apartamento e decidiu que deverão ser efetuadas as seguintes atividades:
3 c
b 3 3
3 5 6
1 2 2 f
a 6 6 7 7
0 0 1 1 d 1
4 e
1 2 4
1
2
Observando o exemplo acima, observa-se os seguintes caminhos que o diagrama apresenta com a
duração de cada um deles.
Caminhos Duração dos caminhos (dias)
a-b-c-f 1+2+3+1=7
a-d-e-f 1+1+2+1=5
Ou seja, o caminho a-b-c-f é o caminho crítico, qualquer atraso neste caminho atrasará a decoração do
apartamento.
73
Número da atividade
Descrição da atividade
1 2 3 3 3 6
2. Preparar o 3. pintar o
quarto quarto
0 1 1 6 1 7
1 0 3 3 0 6
1. Remover a 5. substituir
mobília mobília
1 1 2 2 2 4
0 0 1 6 0 7
4. Preparar a 3. pintar a
cozinha cozinha
2 1 3 4 2 6
74
Organizou-se uma equipe de projeto para elaborar e desenvolver uma versão ligeiramente diferente dos
robôs industriais de uma empresa. O novo robô é chamado de Robô de Visão Ortogonal Móvel de
Acesso Aleatório – RAMOV. Ele é móvel, tem capacidades visuais, é programável na oficina. Um dos
clientes mais importantes, uma companhia automobilística está planejando substituir um banco de
máquinas pelos novos rogos em suas linhas de montagens em suas fábricas.
O cliente quer ver uma demonstração do robô, uma proposta técnica e uma proposta de preço em dois
meses. A primeira coisa que a equipe de projeto fez foi listar e descrever as atividades do projeto,
determinar a ordem das atividades e estimar quanto tempo cada atividade levaria, conforme observa-se
abaixo. Com as informações oferecidas deverá ser montado um diagrama CPM. (Administração da
Produção e Operações – Norman Gaither – Edit. Pioneira)
A partir das informações abaixo, montar o gráfico CPM, estabelecendo o caminho crítico.
1 2 3 4 6 8
a b c e f
0 0 2020 3030 3838 4545 6363
20 10 8 7 6
h
d 13 i
11 5
5 g 7
3138 5858
12
Dentro dos círculos, consta na parte superior o número do evento e na parte de baixo de cada círculo
divididos pela linha vertical, o tempo mais cedo para começar o evento (à esquerda do círculo) e o
tempo mais tardio para começar o evento (à direita do círculo) sem haja atraso do projeto. A diferença
entre o tempo mais tardio e o tempo mais cedo para começar a obra será a folga que se terá, lembrando
que o caminho crítico não tem folga e que pode ter mais de um caminho crítico em um projeto.
Observando o exemplo acima, observa-se os seguintes caminhos que o diagrama apresenta com a
duração de cada um deles.
Caminhos Duração dos caminhos (dias)
a-b-c-e-f 20+10+8+7+6=51
a-b-c-e-h-i 20+10+8+7+13+5=63
a-d-e-f 20+11+7+6=44
a-d-e-h-i 20+11+7+13+5=56
a-d-g-i 20+11+12+5=48
Ou seja, utilizando-se o exemplo acima o caminho mais longo é o caminho crítico. Ele determina a
duração do projeto, que neste caso será de 63 dias, caso não haja atraso.
76
0 20 20 20 10 30 30 8 38 38 7 45 45 6 51
20 11 31 45 13 58 58 5 63
7.Estimar custo
Obra(s) consultada(s): mão-de-obra
SLACK, Nigel. et al. Administração da Produção. Editora Atlas. 2002 46 15 58