45 Bacia Cumuruxatiba

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 8

Bacia de Cumuruxatiba

Norberto Rodovalho1, Rogério Cardoso Gontijo2, Clovis Francisco Santos3,

Paulo da Silva Milhomem4

Palavras-chave: Bacia de Cumuruxatiba l Estratigrafia l carta estratigráfica

Keywords: Cumuruxatiba Basin l Stratigraphy l stratigraphic chart

introdução 24,5 mil km de sísmica 2D e 2,5 mil km2 de sísmica


3D, utilizados na interpretação. A carta estratigráfica
aqui apresentada é uma atualização da carta estrati-
Localizada no Nordeste do Brasil, no extremo gráfica de Santos et al. (1994) e agrega o conhecimen-
sul do Estado da Bahia, a Bacia de Cumuruxatiba to geológico adquirido através dos trabalhos anteriores
posiciona-se entre as cidades de Santa Cruz de de interpretação exploratória (Rodovalho et al. 2003).
Cabrália e Caravelas e os paralelos 16º24’ e 17º35’ O trabalho se baseia em um estudo cronoes-
sul. Está cercada pelos bancos vulcânicos de Royal tratigráfico com a delimitação das principais seqüên-
Charlotte, a norte; Abrolhos, a sul; e Sulphur Minerva, cias deposicionais, correlacionáveis nas bacias da
a leste. A extensão da bacia é de cerca de 30 mil costa leste, em especial às bacias vizinhas do Espí-
km2, dos quais 7 mil km2 em sua área emersa e 23 rito Santo, a sul, e do Jequitinhonha, a norte.
mil km2 na porção imersa até o limite oeste do ban- Na porção emersa da bacia encontram-se so-
co vulcânico de Sulphur Minerva. mente sedimentos do Paleógeno e Neógeno sobre o
Em Cumuruxatiba, a primeira aquisição sísmica embasamento cristalino. Já na região imersa, os po-
se deu no ano de 1968 e o primeiro poço foi perfurado ços atravessaram rochas sedimentares (Neojurássico
em 1970. Atualmente, existe um total de 43 poços, ao Neógeno) e vulcânicas (Paleógeno).

1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
e-mail: [email protected]
2
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sudeste/Pólo Centro
3
Internacional Americas África e Eurásia/Un-Colômbia/E&P Un-Col
4
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 485-491, maio/nov. 2007 | 485


A compartimentação tectônica de Cumuruxa- mamu e Almada, considerados como transicionais
tiba possui forte condicionamento imposto pelo em- da fase Pré-Rifte para a Rifte nessas bacias. Além
basamento e são reconhecidas quatro fases tectono- disso, os arenitos da Formação Monte Pascoal pos-
sedimentares principais: a Pré-Rifte (neste trabalho), suem, a longas distâncias, espessura quase que
a Rifte, a Pós-Rifte e a Drifte. constante e boa correlação incomuns em areni-
Empilhadas sobre o embasamento, da base tos de bacias rifte. Tais evidências permitem in-
para o topo, foram discriminadas as Seqüências J20- terpretar que a sedimentação da Seqüência J20-
K05, K10-K20, K30, K40-K50, K60-K84, K86-K90, K05 teria ocorrido na fase Pré-Rifte.
K100-K130, E10-E30, E40-E70, E80-N50 e N60 que
contêm as seguintes unidades litoestratigráficas: Gru-
po Cumuruxatiba com as formações Monte Pascoal
Seqüência J20-K05
e Porto Seguro; Grupo Nativo, que engloba as for-
mações Cricaré e Mariricu (membros Mucuri e Corresponde aos sedimentos do Grupo Cumu-
Itaúnas); Grupo Barra Nova, constituído pelas forma- ruxatiba composto pelas formações Monte Pascoal
ções São Mateus e Regência; Grupo Espírito Santo, e Porto Seguro. A Formação Monte Pascoal, discor-
composto pelas formações Urucutuca, Abrolhos, dante sobre o embasamento, contém essencialmen-
Caravelas e Rio Doce; e a Formação Barreiras. te arcóseo médio a conglomerático, depositado em
um sistema fluvial durante o Neodom João (Neoti-
thoniano) e, pela sua posição estratigráfica, sotoposta
aos folhelhos da Formação Porto Seguro, seria equi-

embasamento valente à Formação Sergi nas bacias de Camamu e


Almada. A Formação Porto Seguro, de idade Eo- a
Neo-Rio da Serra (Eoberriasiano?), que sobrepõe em
O substrato de Cumuruxatiba, formado por contato transicional a Formação Monte Pascoal e
rochas graníticas e gnáissicas, abrange dois domí- sotopõe por contato discordante (discordância Pré-
nios geotectônicos distintos: o Cráton do São Fran- Rifte) a Formação Cricaré, caracteriza-se por folhe-
cisco, em uma área menor na parte norte, e a Fai- lhos lacustres cinza escuros a pretos com níveis
xa de Dobramentos Araçuaí, marginal ao citado esverdeados e acastanhados.
cráton, na porção sul, sobre a qual repousa a maior
parte da bacia.

Superseqüência Rifte
Superseqüência Na Fase Rifte foram discriminadas as Seqüên-
Pré-Rifte cias K10-K20 e K30, que contém os sedimentos da
Formação Cricaré, do Grupo Nativo. Durante a fase
Rifte desenvolveram-se as falhas de gravidade, de
Diferente do adotado por Santos et al. direção N20o-30oE, decorrentes da abertura e do
1994, neste trabalho está se propondo que a Se- rifteamento da bacia e que estariam relacionadas à
qüência J20-K05, que contém o Grupo Cumuru- reativação de estruturas do Ciclo Transamazônico.
xatiba (formações Monte Pascoal e Porto Segu- Os lineamentos transversais às citadas falhas, de di-
ro), seja de idade Neodom João (Neotithoniano) reção N35o-45oW, coincidem com faixas cisalhadas
a Eorio da Serra (Eo/Mesoberriasiano), conforme do embasamento, posicionadas ao longo dos limites
estudos anteriores para a seção arenosa do Gru- do Cráton do São Francisco e da Faixa Araçuaí. As
po Cumuruxatiba. Não existem fósseis diagnósti- falhas de Porto Seguro e Itaquena são interpretadas
cos que permitam posicionar a Formação Monte como a continuidade, mar adentro, das falhas de
Pascoal no Andar Dom João. Entretanto, a Poções-Tororó e Planalto-Potiraguá, mapeadas em
subzona de ostracodes NRT-002.2 nos folhelhos afloramentos do embasamento adjacente, no limite
da Formação Porto Seguro correlaciona-se aos da faixa móvel com o cráton. Nesse contexto tectô-
folhelhos da Formação Itaípe nas bacias de Ca- nico se deu a sedimentação dessas seqüências.

486 | Bacia de Cumuruxatiba - Rodovalho et al.


caracterizado por evaporitos, representando um am-
Seqüência K10-K20 biente marinho de circulação restrita, que teria se
instalado na bacia ainda no Neo-Alagoas (Neo-
De idade Meso a Neo-Rio da Serra (Neo- Aptiano?). Essa unidade exibe espessas camadas de
berriasiano? até o Eohauteriviano?), a seqüência anidrita, nas áreas proximais, e halita, nas distais. A
é composta por sedimentos da porção inferior/ Formação Mariricu possui o contato inferior discor-
média da Formação Cricaré, dominada por are- dante sobre a Formação Cricaré e superior discor-
nitos médios a grossos e conglomerados arcosea- dante nas porções proximais e gradacional nas por-
nos, intercalados por camadas de folhelhos cin- ções distais com a Formação Regência.
zentos e calcíferos, margas e calcilutitos, deposi-
tados em ambiente flúvio-lacustre. Sobrepõe por
contato discordante (discordância do Pré-Rifte) os
folhelhos da Formação Porto Seguro. É sobrepos-
ta, também por contato discordante (na passa- Superseqüência Drifte
gem do Andar Rio da Serra para o Aratu, mudan-
ças relativas no nível do lago proporcionaram uma
Nesse grupo estão incluídas as Seqüências K60-
discordância interna na Formação Cricaré, reco-
K84, K- 86- K90, K- 100- K130, E10-E30, E40-E70,
nhecida como discordância Pré-Aratu, nos riftes
E80-N50 e N60, pertencentes aos grupos Barra Nova
das bacias de Camamu-Almada, Recôncavo e Tu-
e Espírito Santo, que foram depositados a partir do
cano), pelos sedimentos da porção média a su-
Eoalbiano até o Pleistoceno. A sedimentação dessas
perior da Formação Cricaré.
unidades estratigráficas se deu em um ambiente tec-
tônico de margem passiva, associada à subsidência
Seqüência K30 térmica e à tectônica adiastrófica. A Fase Drifte retra-
ta uma efetiva retrogradação da linha de costa, que
Corresponde à porção média a superior da teria se iniciado no Eocenomaniano e se estendido
Formação Cricaré, que apesar da predominância de até, pelo menos, o Eopaleoceno, com posterior
arenitos médios a grossos e conglomerados arcosea- progradação a partir do Eoeoceno até o Recente.
nos, possui um incremento de sedimentos argilosos
como os folhelhos cinzentos, calcíferos e margas. Seqüência K60-K84
Ocorrem a partir do Eoaratu (Eohauteriviano?) até
Neojiquiá (Eoaptiano?) e estão limitadas na base pela
Contém as rochas do Grupo Barra Nova, com
discordância Pré-Aratu e no topo pela discordância
as formações São Mateus e Regência. No início da
Pré-Neo Alagoas.
sedimentação marinha, a partir do Eoalbiano até o
Neocenomaniano, instalou-se uma plataforma rasa
sobre os evaporitos. Na parte proximal dessa plata-
forma encontram-se os sedimentos da Formação São

Superseqüência Pós-Rifte Mateus, compostos de clásticos grossos, deposita-


dos como leques deltaicos. A Formação Regência é
constituída por carbonatos oolíticos/oncolíticos a
Nesse grupo está inclusa a Seqüência K40- pelíticos, produtos do ambiente marinho raso (nerí-
K50, entre a fase Rifte e a fase Drifte, de idade Eo a tico) implantado na plataforma. No Grupo Barra
Neo-Alagoas (Eoaptiano? a Neoaptiano?) que en- Nova, tanto o contato basal, com a Formação Mari-
globa a Formação Mariricu, depositada em ambien- ricu, quanto o do topo, com a Formação Urucutuca,
te flúvio-lagunar a marinho restrito. são discordantes nas áreas proximais e gradacionais
nas áreas distais da bacia.

Seqüência K40-K50
Seqüência K86-K90
Contém as rochas da Formação Mariricu, que
possui o Membro Mucuri, constituído por clásticos De idade Eoturoniano a Mesocampaniano, a
flúvio-lagunares, finos a grossos, de idade Eo- a Neo- seqüência é representada pelos sedimentos basais da
Alagoas (Eo- a Neo-Aptiano?), e o Membro Itaúnas, Formação Urucutuca (Grupo Espírito Santo). Exceto nas

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 485-491, maio/nov. 2007 | 487


áreas distais, de águas profundas, onde é gradacional Abrolhos, descritas anteriormente, ocorrem sedimen-
na base e no topo, na porção média e proximal da tos das formações Rio Doce e Caravelas. As forma-
bacia, é discordante na base em relação Seqüência ções Rio Doce e Caravelas decorrem da sedimenta-
K60-K84 e no topo (discordância Intracampaniana) com ção regressiva que se implantou a partir do Eo/
a K100-K130. A Formação Urucutuca, composta pre- Mesoeoceno, devido à gradual restrição ao influxo
dominantemente por pelitos, teve a maior parte de siliciclástico, que resultou em espessa plataforma cuja
seus sedimentos associados a halocinese na bacia. Esse sobrecarga contribuiu para o escorregamento dos
cenário se desenvolveu a partir do Neocenomaniano sedimentos sobrepostos ao sal, em direção ao baixo
até, pelo menos, o Mesopaleoceno, no qual houve um central da bacia. A Formação Rio Doce, proximal e
estágio de progressiva subsidência térmica e influxo essencialmente arenosa, é oriunda de variações
sedimentar siliciclástico, que proporcionaram deforma- eustáticas que proporcionaram incursões clásticas
ção e movimentação do sal, resultando na formação episódicas sobre o ambiente plataformal. Já a For-
de falhas lístricas e roll-overs. Depósitos arenosos ge-
mação Caravelas, constituída de calcarenitos e
rados por fluxos gravitacionais são reconhecidos nes-
calcilutitos, representa a porção francamente
sas seqüências.
carbonática da plataforma.

Seqüência K100-K130 Seqüência E80-N50


Limitada na base pela discordância
Intracampaniana e no topo pela discordância do Pa- De idade Neo-Oligoceno ao Plioceno, essa
leoceno Inferior (passagem Cretáceo/Paleógeno), seqüência possui como limite inferior a discordância
essa seqüência foi depositada entre o Mesocampa- do Oligoceno Superior e o limite superior é erosivo
niano e o Neomaastrichtiano. Assim como as seqüên- na parte proximal da bacia. As rochas da Formação
cias anteriores, a litologia dessa seqüência é consti- Rio Doce são sobrepostas, por contato discordante,
tuída por sedimentos pelíticos com intercalações are- nas áreas emersas pela Formação Barreiras e por
nosas, decorrentes de fluxos gravitacionais, do inter- sedimentos pleistocênicos da Seqüência N60. As for-
valo médio-inferior da Formação Urucutuca. mações Rio Doce e Caravelas, interdigitadas,
posicionam-se sobre a plataforma, e a Formação
Seqüência E10-E30 Urucutuca, interdigitada com a Formação Caravelas,
ocupa os ambientes de talude e águas profundas. A
Essa seqüência, de idade Eopaleoceno a partir do Oligoceno, a plataforma carbonática se
Eoeoceno, possui como limite inferior a discordância desenvolve também sobre os bancos vulcânicos dos
do Paleoceno Inferior, e superior a discordância do Abrolhos, Sulphur Minerva e Royal Charlotte. A For-
Eoceno Inferior. Contém sedimentos da Formação mação Barreiras consiste de sedimentos clásticos
Urucutuca, como descritos nas superseqüências aci- miocênicos e pliocênicos, separados pela discordân-
ma e vulcânicas da Formação Abrolhos. Vulcânicas cia do Mioceno Superior.
estas, representadas por diabásios, basaltos e
hialoclastitos que marcam o intenso tectonismo e
vulcanismo a partir do Neopaleoceno até o Eooligo- Seqüência N60
ceno. Os eventos desse período foram responsáveis
pela reativação de falhas normais como reversas, pela Na parte emersa da bacia essa seqüência é
geração de falhas de empurrão e pela criação de um constituída pelas planícies dos rios Buranhém, Jucuruçu
grande baixo na parte central da bacia. e Itanhém (ou Alcobaça), onde ocorrem sedimentos
arenosos e argilosos depositados por extravasamento
Seqüência E40-E70 desses sedimentos nas enchentes dos rios, além de
cordões liltorâneos ao longo da costa.
A discordância do Eoceno Inferior é o limite Já nas porções imersas, tanto na proximal
da base, e a discordância do Oligoceno Superior o quanto na distal, por arenitos, carbonatos e folhe-
do topo. A seqüência possui idade entre o Eoeoceno lhos das formações Rio Doce, Caravelas e Urucutuca,
e Neo-Oligoceno. Além das formações Urucutuca e respectivamente, afloram no fundo do mar.

488 | Bacia de Cumuruxatiba - Rodovalho et al.


referências
bibliográficas
RODOVALHO, N.; GONTIJO, R. C.; MILHOMEM, P.
S.; LIMA, C. C. U.; MANSO, C. L. C. Bacias sedi-
mentares brasileiras – Bacia de Cumuruxatiba. Re-
vista da Fundação Paleontológica, Aracajú, n.
58, 4 p., 2003.

SANTOS, C. F.; GONTIJO, R. C.; ARAÚJO, M. B.; FEIJÓ,


F. J. Bacias de Cumuruxatiba e Jequitinhonha. Bole-
tim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro,
v. 8, n. 1, p. 185-190, jan./mar. 1994.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 485-491, maio/nov. 2007 | 489


BACIA DE CUMURUXATIBA

SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE

0
?
EO ZAN C LEA N O
NEÓGENO

M E S SI N I AN O
NEO
T O R T O N IA N O
10
S E R R AVAL IA N O
MESO
LAN G H I AN O

PROFUNDO / TALUDE / PLATAFORMA


B U R D I GAL IA N O
MARINHO REGRESSIVO
EO
20
AQ U I TAN IA N O

NEO C HAT T IAN O

30
EO RUPELIANO

NEO P R I AB O N I AN O

SANTO
PA L E Ó G E N O

BAR T O N I AN O
40
EOCENO

MESO
L UT E T I AN O

ESPÍRITO
50
EO YP R E S I AN O
PALEOCENO

T HANE T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O

URU CUTU CA
EO DAN I AN O
PLATAF. RASA / TALUDE / PROFUNDO

70
(S EN ON IAN O)

MARINHO TRANSGRESSIVO

CAM PAN IAN O

80
NEO

SANT O N I AN O

C O N I AC I AN O
90
T U R O N I AN O

C E N O MA N IA N O
CRETÁCEO

100

AL B I AN O
( GÁLI CO )

110

FLUVIO - LAGUNAR
ALAGOAS
APTIANO
120
EO

JIQUIÁ
CONTINENTAL

BARRE- BURACICA
MIANO
130
ARAT U
(N EO CO M IAN O )

HAUTE- FLUVIO-
RIVIANO LACUSTRE

VALAN-
GINIANO RIO
140 DA
BERRIA- S E R R A
SIANO

DOM
TITHO- JOÃO
NIANO
150

490 | Bacia de Cumuruxatiba - Rodovalho et al.


B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 485-491, maio/nov. 2007 | 491

Você também pode gostar