O documento descreve o processo de secagem do trigo no Moinho Trigossul para reduzir a umidade de 18% para 11-13% antes do armazenamento. O trigo será secado em um secador cascata a uma temperatura abaixo de 65°C por menos de 15 minutos para não danificar o glúten. O secador cascata usará fluxos de ar concorrente, contracorrente e cruzado para secagem uniforme do trigo.
O documento descreve o processo de secagem do trigo no Moinho Trigossul para reduzir a umidade de 18% para 11-13% antes do armazenamento. O trigo será secado em um secador cascata a uma temperatura abaixo de 65°C por menos de 15 minutos para não danificar o glúten. O secador cascata usará fluxos de ar concorrente, contracorrente e cruzado para secagem uniforme do trigo.
O documento descreve o processo de secagem do trigo no Moinho Trigossul para reduzir a umidade de 18% para 11-13% antes do armazenamento. O trigo será secado em um secador cascata a uma temperatura abaixo de 65°C por menos de 15 minutos para não danificar o glúten. O secador cascata usará fluxos de ar concorrente, contracorrente e cruzado para secagem uniforme do trigo.
O documento descreve o processo de secagem do trigo no Moinho Trigossul para reduzir a umidade de 18% para 11-13% antes do armazenamento. O trigo será secado em um secador cascata a uma temperatura abaixo de 65°C por menos de 15 minutos para não danificar o glúten. O secador cascata usará fluxos de ar concorrente, contracorrente e cruzado para secagem uniforme do trigo.
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Secagem do Trigo
No Moinho Trigossul, o trigo a granel comprado das distribuidoras
agrícolas geralmente apresenta alto teor de umidade, assim o trigo deverá ser secado. De acordo com Souza (2006), em regiões de clima subtropical como na região sul do país, o trigo colhido apresenta teores de umidade próximos a 18%. A legislação prevê umidades adequadas no intervalo de 11-13%. Assim, será justificável o uso de secadores nos silos de armazenamento dos grãos de trigo.
É de suma importância a utilização da secagem artificial que não altere
as propriedades reológicas e o teor de glúten da farinha. No processo de armazenamento dos grãos de trigo será imprescindível o controle adequado das condições do processo térmico, o que resultará em produto de melhor qualidade. O trigo oferece maior resistência ao fluxo de ar do que outros cereais (SILVA, 2006). Portanto, é necessário ajustar uma camada mais fina de grãos para diminuir a resistência ao fluxo de ar, o qual será realizado na pré- limpeza.
Segundo Popinigs (1985), as sementes de trigo podem atingir
temperaturas mais elevadas que as indicadas, sem que haja redução imediata em seu poder germinativo. O tempo é um fator essencial na secagem dos grãos de trigo. Quando o trigo a 14% de teor de umidade é submetido a temperaturas entre 70 e 85ºC durante meia hora causa danos ao glúten. Temperaturas superiores a 65ºC podem modificar a porcentagem de proteínas, reduzir o conteúdo de glúten e alterar as propriedades reológicas da farinha de trigo, afetando, assim, a qualidade dos grãos (SOUZA, 2008). Portanto, no Moinho Trigossul, as temperaturas de secagem não deverão ultrapassar 65ºC e que o tempo de exposição seja inferior a 15 minutos.
O sistema de secagem que será utilizado no armazenamento do
Moinho Trigossul é denominado de secador cascata., o qual será acoplado ao silo-pulmão. O secador do tipo cascata apresenta capacidade horária nominal de secagem de 15 a 250 t/h (SILVA, 2006). Portanto, suprirá a demanda de recebimentos dos grãos de trigo a granel na unidade produtiva. No secador cascata, o processo de secagem será realizado por uma mistura de fluxos de ar em sentido concorrente, contracorrente e cruzado (BORTOLAIA, 2011). O equipamento é constituído por uma série de calhas em forma de “V” invertido dispostas em linhas alternadas ou cruzadas internamente no corpo do secador. Os grãos irão se mover para baixo, sob a ação gravitacional e sobre as calhas invertidas. O ar de secagem entrará numa linha de calhas e sairá nas outras imediatamente adjacentes (superior ou inferior). Portanto, desta forma ao descerem pelo secador ora movimentam-se em sentido concorrente com o ar, outrora em sentido contracorrente, assim, resultando em uma secagem consideravelmente uniforme. (BIAGI et al, 2002) e (BROOKER, 1961).
Conforme pode ser observado na Figura 2, 2/3 da altura da torre
correspondem à câmara de secagem. O ar de secagem com temperaturas próximas de 65ºC entrará pelo lado esquerdo. E do lado direito será procedida a sucção do ar exausto, que geralmente possui temperatura entorno de 7 ºC acima da temperatura ambiente (SILVA, 2006).
Figura y – Esquema de um secador cascata.
Fonte: SILVA (2006).
O 1/3 inferior da altura da torre é destinado à câmara de resfriamento. Cujo objetivo será retirar calor da massa de grãos, deixando-a com temperatura próxima a ideal para a armazenagem no silo-pulmão. Para o secador esquematizado na Figura 8, ocorrerá o reaproveitamento do ar que sai da seção de resfriamento. Assim, ao invés de lançá-lo ao ambiente, este será misturado ao ar de secagem, melhorando o rendimento energético do secador. O secador esquematizado na Figura 2 tem ventiladores colocados na parte superior. A função dos ventiladores será assegurar a vazão de ar necessária à secagem.
Todo o processo de secagem no secador cascata no Moinho Trigossul
será realizado de forma contínua. Os grãos secam e resfriam passando uma única vez pelo secador. Para os secadores tipo cascata, se o teor de umidade do produto for inferior a 20%, estes operam de forma contínua, caso contrário, funcionam de forma intermitente (SOUZA, 2008). Assim, o tipo de processo contínuo corrobora com o teor de umidade a 18% dos grãos de trigo a granel que a unidade fabril do Moinho Trigossul recebe.
REFERÊNCIAS
BIAGI, J. D.; BERTOL, R.; CARNEIRO, M. C. Secagem de Grãos para
Unidades Centrais de Armazenamento. Organizado por: Irineu Lorini; Lincoln Hiroshi Miike; Vildes Maria Scussel. 2002.
BORTOLAIA, L. A. Modelagem matemática e simulação do processo de
secagem artificial de grãos de soja em secadores de fluxo contínuo. Tese de doutorado (Engenharia Mecânica) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – UFRGS. Porto Alegre, 2011.
BROOKER, D, B. (1961). Pressure Patterns in Grain Drying Systems
Established by Numerical Methods. Transaction of the ASAE.:72-74.
SILVA, L. C. Operação de secadores cascata. Boletim Técnico: AG:02/16.
Universidade Federal do Espírito Santo. Departamento de Engenharia de Alimentos. 2006. SOUZA J. S. Secagem e armazenagem de produtos agrícolas. Viçosa: Aprenda Fácil, 2008.
POPINIGIS, F. Fisiologia da semente. Brasília: Agiplan, 1985.
2012 Ed.77 - Capacidade Operacional de Colhedoras de Cana-de-Açúcar - Modelagem Matemática em Função Da Produtividade Agrícola e Da Vida Da Máquina PDF