RELATÓRIO-Elementos de Máquinas I Ver2
RELATÓRIO-Elementos de Máquinas I Ver2
RELATÓRIO-Elementos de Máquinas I Ver2
ELEMENTOS DE MÁQUINAS I
Juliana Florenzano
Sandy Vieira
Lauro de Freitas - Ba
2018
UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Juliana Florenzano
Sandy Vieira
Lauro de Freitas - Ba
2018
SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................4
2. Objeto de estudo.....................................................................................5
3. Fundamentação teórica..........................................................................6
3.1. Elementos de Máquinas................................................................6
3.2. Resistência dos Mateirais............................................................15
3.3. Analise de falhas estáticas...........................................................20
3.4. Equipamentos de elevação e movimentação de cargas..............23
4. Metodologia...........................................................................................20
4.1 Memorial de cálculo..........................................................................28
4.1.1 Dimensionamento dos elementos de máquinas............................29
4.1.2 Estudo dos esforços solicitantes da estrutura...............................33
4.1.3 Estudo da resistência da estrutura................................................34
4.1.4 Analise de falhas da estrutura.......................................................36
5. Conclusão..............................................................................................39
Referências............................................................................................40
Anexo I...................................................................................................41
Anexo II..................................................................................................42
Anexo III.................................................................................................44
1 - INTRODUÇÃO
2 – OBJETO DE ESTUDO
5
3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6
quantidade de pernas, da quantidade (exata ou nominal) de arames em cada
perna, do descritivo da sua configuração e do tipo de alma considerada.
AA – alma de aço
AF – alma de fibra natural
AFA – alma de fibra artificial
AACI – alma de aço de cabo independente
F – Filler
S - Seale
W – Warrington
WS – Warrington – Seale
7
Figura 1 – Parâmetros gerais para seleção de cabos de aço.
3.1.2 – ROLAMENTOS
8
dá aos rolamentos a mesma vida que teriam sob condições de operação
constantes.
3.1.3 – EIXOS
9
por meio de decisões relativas ao material, mas somente por decisões
geométricas.
A resistência necessária para resistir às tensões de carregamento afeta a
escolha de materiais e seus tratamentos. Muitos eixos são feitos de aço de baixo
carbono, estirado a frio ou laminado a quente, tais como os aços ANSI 1020-
1050.
Enrijecimento significativo por tratamento térmico e conteúdo elevado de
liga não é frequentemente garantido. A falha por fadiga é reduzida
moderadamente pelo aumento na resistência e, em tal caso, somente até um
certo nível antes que efeitos adversos no limite de endurança e na sensibilidade
a entalhes comecem a se contrapor aos benefícios da resistência mais elevada.
Uma boa prática é começar com um aço barato, baixo ou médio carbono para a
primeira etapa por meio dos cálculos de desenho. Se considerações de
resistência dominarem sobre as de deflexão, então um material de resistência
mais elevada deve ser tentado, permitindo os tamanhos de eixos serem
reduzidos até que a deflexão excessiva se torne um problema. O custo do
material e seu processamento deve ser pesado contra a necessidade de
diâmetros menores de eixo. Quando certificados, os aços-liga típicos para
termotratamento incluem ANSI 1340-50, 3140-50, 4140, 4340, 5140 e 8650.
Eixos usualmente não necessitam ter a superfície endurecida a menos
que sirvam como o munhão verdadeiro de uma superfície de mancal. Escolhas
típicas de material para endurecimento superficial incluem graus de
carbonetação de ANSI 1020, 4320, 4820 e 8620.
Aço estirado a frio é normalmente usado para diâmetro abaixo de três
polegadas (75 mm). O diâmetro nominal da barra pode ser deixado sem usinar
em áreas que não requeiram ajuste de componentes. Aço laminado a quente
deve ser usinado por inteiro. Para eixos grandes requerendo muita remoção de
material, as tensões residuais podem tender a causar empenamento. Se a
concentricidade for importante, pode ser necessário usinagem bruta, seguida de
termotratamento para remover tensões residuais e aumentar a resistência,
depois usinagem de acabamento até as dimensões finais.
Ao abordar a seleção de material, a quantidade a ser produzida é um fator
saliente. Para pequena produção, torneamento é o processo usual primário de
conformação. Um ponto de vista econômico pode requerer remoção mínima de
material. Alta produção pode permitir um método de conformação conservativo
de volume (forjamento a quente ou a frio, fundição), e um mínimo de material no
eixo pode se tornar uma meta de desenho. Ferro fundido pode ser especificado
se a quantidade de produção for elevada e as engrenagens puderem ser
integralmente fundidas com o eixo.
Propriedades do eixo localmente dependem de sua história trabalho a frio,
forjamento a frio, laminação de detalhes de filete, tratamento térmico, incluindo
meio de têmpera, agitação e regime de revenido.
Aço inoxidável pode ser apropriado para alguns ambientes.
10
3.1.3.2 Disposição do eixo
A disposição geral de um eixo para acomodar os elementos de eixo, por
exemplo, engrenagens, mancais e polias, deve ser especificada cedo no
processo de desenho a fim de realizar uma análise de forças de corpo livre e
obter os diagramas de cisalhamento e momento. A geometria de um eixo é
geralmente aquela de um cilindro escalonado. O uso de ressaltos de eixo é um
meio excelente de localizar axialmente os elementos de eixo e para transmitir
quaisquer cargas de axiais. A Figura mostra o exemplo de um eixo escalonado
suportando a engrenagem de um redutor de velocidade de engrenagem sem-
fim. Cada ressalto no eixo serve a um propósito específico, que você deve tentar
determinar por observação.
Figura 3: Um redutor vertical de velocidade de engrenagem sem-fim.
11
O posicionamento axial de componentes é frequentemente ditado pela
disposição do compartimento e por outros componentes engrenantes. Em geral,
é melhor suportar componentes condutores de carga entre mancais, em vez de
em balanço fora dos mancais. Polias e rodas dentadas frequentemente
necessitam serem montadas fora por facilidade de instalação de correia ou
corrente. O compri- mento do balanço deve ser mantido curto para minimizar a
deflexão.
Somente dois mancais devem ser usados na maioria dos casos. Para
eixos extremamente longos carregando vários componentes de suporte de
carga, pode ser necessário prover mais que dois mancais de suporte. Nesse
caso, cuidado particular deve ser dado ao alinhamento dos mancais.
Eixos devem ser mantidos curtos para minimizar momentos flexores e
deflexões. Algum espaço axial entre componentes é desejável para permitir o
fluxo de lubrificante e fornecer espaço de acesso para desmontagem de
componentes com um puxador. Componentes de suporte de carga devem ser
colocados próximos a mancais, novamente para minimizar o momento flexor nas
posições que provavelmente terão concentrações de tensão e para minimizar a
deflexão nos componentes condutores de carga.
Os componentes devem ser situados acuradamente no eixo para alinhar
totalmente com outros componentes acoplados e uma estipulação deve ser feita
para seguramente manter as componentes em posição. O meio primário de
situar as componentes é posicioná-las contra um ressalto do eixo. Um ressalto
também provê um suporte sólido para minimizar deflexão e vibração da
componente. Às vezes, quando as magnitudes das forças são razoavelmente
baixas, encostos podem ser construídos com anéis de retenção em sulcos,
espaçadores entre componentes ou colares de aperto. Nos casos em que as
cargas axiais são muito pequenas, pode ser viável construir sem ressaltos
plenamente e depender inteiramente de ajustes de pressão, pinos, ou colares
com parafusos de fixação para manter uma localização axial.
12
A maioria dos eixos serve para transmitir torque de uma engrenagem de
entrada ou polia, através do eixo, para uma engrenagem de saída ou polia; por
isso, o eixo deve ser dimensionado para suportar a tensão torcional e a deflexão
torcional. Também é necessário prover um meio de transmitir o torque entre o
eixo e as engrenagens. Os elementos comuns de transferência de torque são:
Chavetas
Estrias
Parafusos de fixação.
Pinos.
Ajustes de pressão e contração.
Ajustes cônicos.
13
Fonte: Shigley (2011).
Além de transmitir torque, muitos desses dispositivos são desenhados
para falhar caso o torque exceda limites operacionais aceitáveis, protegendo
componentes mais caros.
Um dos meios mais efetivos e econômicos de transmitir níveis moderados
a elevados de torque é por meio de uma chaveta que se ajusta em uma ranhura
em um eixo e engrenagem. Componentes chavetados geralmente têm um ajuste
deslizante no eixo, assim, a montagem e desmontagem tornam-se fáceis. A
chaveta estipula a angular positiva de um componente, que é útil nos casos em
que o sincronismo de ângulo de fase é importante.
Estrias são essencialmente seções de dentes de engrenagem formados
no lado externo do eixo e no lado interno do cubo do componente transmissor
de carga. Estrias geralmente são muito mais caras de manufaturar que chavetas,
e usualmente não são necessárias para transmissões simples de torque. Elas
são usadas tipicamente para transferir torques elevados. Uma característica da
estria é que ela pode ser feita com um ajuste deslizante razoavelmente folgado
para permitir amplo movimento axial entre o eixo e a componente enquanto ainda
está transmitindo torque. Isso é útil ao conectar dois eixos cujo movimento
relativo entre eles é comum, tais como ao conectar um eixo de saída de potência
(PTO) de um trator a um implemento. SAE e ANSI publicam normas para estrias.
Os fatores de concentração de tensão são maiores onde uma estria termina e
se combina ao eixo, mas geralmente são bastante moderados.
Para os casos de transmissão de baixo torque, vários meios de transmitir
o torque estão disponíveis. Eles incluem pinos, parafusos de fixação em cubos,
ajustes cônicos e ajustes de pressão.
Ajustes por pressão e por contração para segurar cubos a eixos são
usados para transferir torque e para preservar a localização axial. O fator
resultante de concentração de tensão é usualmente bem pequeno. Esse método
permite desmontagem e ajustes laterais. Um outro método similar usa um cubo
de duas partes constituído de um membro partido interno que se assenta em um
furo cônico. A montagem é então apertada ao eixo com parafusos, a qual força
a parte interna à roda e prende a montagem completa contra o eixo.
14
Ajustes cônicos entre o eixo e o dispositivo montado ao eixo, tal qual um
roda, são frequentemente usados na extremidade em balanço de um eixo.
Roscas de parafuso na extremidade do eixo permitem o uso de uma porca para
travar a roda apertadamente ao eixo. Essa abordagem é útil porque pode ser
desmontada, mas não provê uma boa localização axial da roda no eixo.
Em estágios iniciais da disposição do eixo, é importante selecionar meios
apropriados de transmitir torque e determinar como isso afeta o arranjo global do
eixo. É necessário saber onde descontinuidades do eixo, tais como ranhuras de
chavetas, furos e estrias, es- tarão a fim de determinar locais críticos para
análise.
15
tensões cisalhantes. As tensões de tração e compressão são consideradas
tensões normais, onde estas tensões atuam axialmente ao corte transversal da
superfície do corpo. Já as cisalhantes atuam perpendicularmente à seção
transversal.
𝐹
𝜎=
𝐴
𝐹
𝜏𝑚𝑒𝑑 =
𝐴
16
Figura 8 - Principio de Saint-Venant
17
de cisalhamento transversal devido à flexão, e torção. Onde o cisalhamento
decorrente da flexão pode ser explicado através de uma observação da atuação
de cargas sobre chapas paralelas, como demonstra a figura abaixo.
𝑉𝑄
𝜏𝑥𝑦
𝐼𝑡
18
E essa última afirmação é comprovada pelo estudo do plano de tensões,
através do círculo de Mohr, onde está analise comprova que no plano de tensão
normal máxima não haverá tensões cisalhantes, e a 45º graus deste plano de
tensões estará o plano de máxima tensão cisalhante. E como a tensão normal
máxima o corre nas extremidades da viga para o mecanismo de tensão de flexão.
Figura 11 - Flexão
19
3.3 – ANALISE DE FALHAS ESTÁTICAS
E para que seja possível o desenvolvimento desde projetos, sem que haja a
possibilidade de testes laboratoriais, normalmente são utilizadas tabelas básicas
de resistência ao escoamento, resistência última, redução porcentual em área e
elongação porcentual. [3]
20
valor referente a tensão nominal pode ser controlado, evitando tal escoamento.
Porém quando este escoamento ocorre algumas falhas podem suceder desta
ação, onde o próprio escoamento do material causaria um alivio da tensão local
no entalhe, porém causaria problemas como o encruamento, sendo que
posterior a isso, microtrincas podem ser iniciadas na superfície, podendo causar
posteriormente em alguma falha por fadiga. Para evitar esses picos de tensão,
deve-se utilizar um valor de Kt para corrigir a tensão nominal sofrida pelo corpo.
𝜀𝑓 ≥ 0,05
𝜀𝑓 < 0,05
Sendo assim, das diversas teorias das falhas, as geralmente aceitas são as
seguintes. [3]
21
1) Materiais Dúcteis (critério de escoamento)
a) Tensão de cisalhamento máxima
b) Energia de distorção
c) Coloumb-Mohr dúctil
2) Materiais Frágeis
a) Tensão normal máxima
b) Coloumb-Mohr frágil
c) Mohr modificada
22
Estando representado a teoria de energia de distorção (DE) e de máxima
tensão de cisalhamento (MSS) para materiais dúcteis apenas de forma
demonstrativa de que a primeira teoria alcança “ranges” maiores de tensões
admissíveis para materiais dúcteis. [3]
1 2 2 1/2
𝜎′ = [(𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 ) + (𝜎𝑦 − 𝜎𝑧 ) +(𝜎𝑧 − 𝜎𝑥 )2 + 6(𝜏𝑥𝑦 +2 𝜏𝑦𝑧 2 + 𝜏𝑧𝑥 2 )]
√2
1/2
𝜎 ′ = (𝜎𝑥 2 − 𝜎𝑥 𝜎𝑦 + 𝜎𝑦 2 3𝜏𝑥𝑦 2 )
Sendo que para não ocorrer escoamento, a tensão acima deve ser: [3]
𝜎 ′ ≥ 𝑆𝑦
1) Veículos de transporte
a) Veículos de transporte manual (carrinhos, carros)
b) Veículos motorizados (carro, trator, empilhadeira). Elétrico, a diesel ou
gás.
2) Meios de Elevação
a) Talhas
i) Polias
ii) Talhas helicoidais
iii) Talhas de engrenagem frontal
iv) Talhas elétricas
v) Carros de ponte para talhas
b) Guinchos
i) Guinchos de cremalheira
23
ii) Macaco de rosca
iii) Macaco hidráulico
iv) Guinchos manuais
v) Guinchos acionados por motor elétrico
c) Guindastes
i) Guinaste de ponte (pontes rolantes)
ii) Guindastes moveis de parede
iii) Pontes de embarque
iv) Guindaste de cabo
3) Transportadores contínuos
a) Correias transportadoras
b) Transportadores articulados: Esteira articuladas, transportador de
canecas, transportador circular, transportador raspador e Transportador
de correntes
c) Hélice transportadora
d) Transporte oscilante
e) Mesas de rolos
f) Instalações pneumáticas e hidráulicas de transporte
24
Tabela 1 – Definições preliminares no projeto de equipamentos de elevação de
cargas
25
No caso do protótipo idealizado para o trabalho, o sistema de polias é
muito simples, pois consiste basicamente em redirecionar o cabo de aço através
de duas polias até o final da torre de sustentação (Ver anexo II) para realizar a
elevação da carga.
3.4.1 Guinchos
𝐾𝑠 ∗ 𝐾𝑣 ∗ 𝑊𝐿 ∗ 𝑉𝐿
𝑃𝑜𝑡 (𝑒𝑚 𝐻𝑃) =
33000 ∗ 𝐸c
26
As principais formas de construção dessas estruturas podem ser
caracterizadas pelos seguintes tipos de viga:
27
podem ser cantoneiras, tubos, perfil “I”, perfil “U”, etc. Este tipo de construção é
utilizado atualmente em lanças de guindastes móveis, guindastes de construção
civil e máquinas de pátio de minério.
Figura 15 - Construção da Barragem de Itaipú (1982) com Pórtico a Frente e
Guindastes com Lanças Treliçadas ao Fundo.
4 – METODOLOGIA
Fonte: Autor
28
Após definido a geometria base, os cálculos para dimensionamento do
sistema foram elaborados, baseados na metodologia de cálculos de sistemas
estáticos, presentes na referencia [3] e [4], para que fosse possível determinar
os esforços soli citantes do sistema e encontrar as forças de reação.
Posteriormente uma análise de resistência foi realizado na estrutura do metalon,
sendo a analise deste elemento uma das bases fundamentais do trabalho,
utilizando de princípios de tensão normal e forças de flexão, definindo a força
máxima do sistema.
𝐹𝑚𝑖𝑛 = 𝐹𝑐𝑎𝑏𝑜 ∗ 𝑘
Segundo tabela 3 do anexo III, “k” será igual a 5, e a força a ser levantada
pelo cabo de aço foi definida como sendo de 50 kg, logo.
29
polido. Porém cabos similares podem ser utilizados, já que se trata de um
protótipo estudantil, então foi selecionado para os cálculos o cabo 6 x 19 (6
pernas x 19 fios. E como o cabo encontrado no mercado tinha alma de aço, a
tabela 4 do anexo III foi utilizada para definir o modulo de elasticidade, “E” sendo
igual a 100.000 a 110.000 N/mm².
Carga de ruptura
O que está abaixo do requerido pelo cabo de aço para sistemas de grua
e elevação de carga, mas como trata-se de um protótipo estudantil, e para
diminuir os custos de construção, será optado pelo cabo de aço de 1/8”.
Deformação elástica
Por fim didático, também foi calculado a deformação elástica sofrida pelo
cabo de aço.
𝐹∗𝑙
∆𝑙 =
𝐴𝑚 ∗ 𝐸
30
Onde F é a carga aplicada ao cabo, l o comprimento do cabo (mm), Am e
a área metálica (mm²), e “E” (N/mm²) o modulo de elasticidade.
2500 ∗ 15000
∆𝑙 = = 271,85𝑚𝑚
1,254 ∗ 110000
𝑟𝑒𝑣
𝐷𝑖 = 17 𝑚𝑚 ; 𝐷𝑒 = 35; 𝑐 = 6,37 𝑘𝑁; 𝑐0 = 3,25 𝑘𝑁; 𝑉𝑟𝑒𝑓 = 45000
𝑚𝑖𝑛
31
do motor de 300 rpm, o diâmetro do eixo 20mm e do tambor 100mm, e como o
tambor está acoplado ao eixo, suas respectivas velocidades tangenciais são as
mesmas, sendo assim, pode-se obter o seguinte valor para a velocidade angular
do tambor:
𝑅1 10
𝑉1 = 𝑉2 = 𝜔1 𝑅1 = 𝜔2 𝑅2 → 𝜔2 = 𝜔1 → 𝜔2 = ∗ 300 = 60𝑟𝑝𝑚
𝑅2 50
Uma análise estática básica pode ser realizada para verificar as tensões
atuantes no corpo, onde uma análise no software FTools foi feita para assegurar
a seguinte afirmação, se uma viga engastada em um suporte a 45º sofrer uma
força perpendicular à sua superfície, esta viga terá suas forças distribuídas da
esma forma caso esteja engastada a 90º da superfície e uma força a 45º da viga
seja aplicada. E isso pode ser afirmado no software e pela seguinte relação de
igualdade.
32
Figura 17 - Representação das cargas aplicadas e das forças normais geradas
à seção transversal
Fonte: Autor
Fonte: Autor
33
E já que as forças são iguais independente da forma de analise, será avaliado o
somatório de forças estáticas para uma força aplicada a 45º da viga.
𝜋 √2
∑ 𝐹𝑥 = 0 → 𝑅𝑥 − 100 ∗ 9,81 ∗ cos ( ) = 0 → 𝑅𝑥 = 981 ∗ → 𝑅𝑥 ≅ 707,11 𝑁
4 2
𝜋 √2
∑ 𝐹𝑦 = 0 → 𝑅𝑦 − 100 ∗ 9,81 ∗ sen ( ) = 0 → 𝑅𝑥 = 981 ∗ → 𝑅𝑥 ≅ 707,11 𝑁
4 2
𝑀 = 176,78 𝑁. 𝑚
34
Momento de inercia da seção considerada
Fonte: Autor
ℎ1 ∗ 𝑏13 𝑏2 ∗ ℎ23
𝐼𝑥 = 2 ∗ ( + 𝑑12 ∗ 𝐴1) + 2 ∗ ( + 𝑑22 ∗ 𝐴2)
12 12
35
Tensão de flexão
𝑀𝑐 176,78 ∗ 0.03
𝜎= → = 24,76 𝑀𝑃𝑎
𝐼 2,1416 ∗ 10−7
0,7 𝑘𝑃𝑎
𝜎𝑥 = 24,76 𝑀𝑃𝑎 + → 24,76𝑀𝑃𝑎 + 47𝑘𝑃𝑎 = 26,807 𝑀𝑃𝑎
0,14895
Fonte: Autor
36
Foi considerado uma situação de fixação de engaste na base inferior da
torre, pois esta região será soldada na chapa, que por sua vez será fixada na
mesa. As forças nas furações foram colocadas em sentidos contrários, porém
com mesma magnitude, pois caracteriza as roldanas, sendo nos dois furos
inferiores o cabo de aço passara “por baixo” da roldana, a empurrando para cima,
e nas furações superiores o contrário ocorre, pois, a roldana é “empurrada” para
baixo pelo cabo de aço, já que este terá de elevar alguma carga.
Fonte: Autor
37
Também é possível notar que esta tensão máxima é decorrente de uma
concentração de tensão na região cortada, que possui canto vivo, para a
passagem do cabo de aço, e para liberar espaço para a roldana ser fixada
internamente à torre. E na figura abaixo, é possível perceber que também há
tensões próximas a máxima encontrada na localidade do corte retangular na
região das furações de fixação das roldanas.
Fonte: Autor
351,6 𝑀𝑃𝑎
𝐾𝑡 = = 2,36
149 𝑀𝑃𝑎
38
Sendo assim cumprida a avaliação de tensões e falha estática do
protótipo.
5 – CONCLUSÃO
Ao fim do dimensionamento, é possível reforçar alguns pontos
importantes, como o fato de a torre ser superdimensionada para evitar qualquer
falha devido a aplicação abrupta de forças. E também pelo fato de que o cabo
de aço está subdimensionado, ou com um coeficiente de segurança baixo para
operações de gruas e guindastes.
Primeiramente, quando relacionado a torre, o superdimensionamento foi
feito pois com o perfil de metalon disponível no laboratório foi possível realizar
testes computacionais e analíticos que verificam que as tensões atuantes para
cargas de 50 e 100 quilos são perfeitamente viáveis para a aplicação de carga
nesta torre, com um coeficiente de segurança relativamente seguro para um
protótipo.
Já em relação ao cabo de aço, ele foi subdimensionado pois o valor de
longas extensões de cabo de aço poderia aumentar o valor do projeto de forma
desproporcional, não somente pois uma seção transversal maior em suas
dimensões seria mais onerosa, mas também por que exigiria um tambor para
acomodar tal cabo com maiores dimensões, pois este sofre com flexão, devendo
possuir dimensões suficientes para aguentar tais cargas. E todos estes fatores
encareceriam de mais o projeto, que somente teria fins didáticos.
Portanto, o projeto foi concluído e seu objetivo comprido, conforme
solicitado pelo professor da disciplina de Tópicos especiais de Engenharia, tendo
como resultado final um protótipo foi construído, e uma análise de falhas foi feita
em cima desse elemento. Onde foram aprofundados alguns conhecimentos em
áreas especificas, como de equipamentos de elevação e movimentação de
cargas.
Os integrantes tiveram de aprender a metodologia utilizada, mesmo que de
forma superficial, para projetos de elementos de elevação e movimentação de
cargas, segundo a NBR 8400, utilizando também, outras fontes bibliográficas
que não estão referenciadas na ementa da disciplina, expandido assim o
conhecimento nessa área. Sendo que as bibliografias utilizadas para explorar
este assunto estão na seção de referência.
39
REFERÊNCIAS
CIMAF, Manual técnico de cabos de aço, Manual técnico, São Paulo, SP, 2012,
105p.[4]
link:<https://www.aecweb.com.br/cls/catalogos/aricabos/CatalogoCIMAF2014C
ompleto.pdf> Acessado em: 28/10/2018
Olivio, A., Elementos de Máquinas, Livro base, Educacional S.A, 2017. [9]
40
Anexo I – MATERIAIS E CUSTOS
Custo do Material
Materiais Valor unitário QTD. Total
cabo de aço de 1/8"(metros) R$ 2,66 15 R$ 39,90
Presilhas para cabo de aço R$ 0,15 5 R$ 0,75
Metalon de 60x40,8x1,5(metros) R$ 25 0,25 R$ 6,25
Eletrodo(Kg) R$ 15 0,5 R$ 7,50
Rolamento 6003 R$ 15 2 R$ 30,00
Rolete R$ 10 2 R$ 20,00
Total R$ 104,40
Fonte: Autor
Custo de Fabricação
Peças Preço H/M T.L H/M Preço do Material Total
Acoplamento R$ 35,00 0,5 25 R$ 42,50
Eixo R$ 35,00 1 40 R$ 75,00
Tambor R$ 35,00 0,5 30 R$ 47,50
Soldagem da estrutura R$ 25,00 1 0 R$ 25,00
Total R$ 190,00
Fonte: Autor
41
ANEXO II – VISTAS TÉCNICAS
Fonte: Autor
42
Figura 2 – Vista técnica da coluna
Fonte: Autor
43
ANEXO III – Tabelas e Gráficos
Fonte: Melconian
Fonte: Melconian
44
Tabela 3 - Fatores de segurança k
Fonte: Melconian
45
Tabela 5 – carga de ruptura mínima para cabos 6x19
46
Tabela 7 – Fator de aplicação de carga
47