Apostila - Canto Liturgico - Maringa 2018 PDF
Apostila - Canto Liturgico - Maringa 2018 PDF
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1) CANTO LITÚRGICO
- Documentos da Igreja que devem nortear nossa caminhada: Constituição Sacrosanctum Concilium (SC), a
Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), Documento n. 7 e n. 43 da CNBB, Estudo n. 79 da CNBB.
- Canto Litúrgico: Um canto a serviço, mas a serviço de quem?
- Cantar a Liturgia: ajudar os celebrantes (todos) a celebrar; “servir à assembleia e não a indivíduos ou
tendências” (Estudo 79 n. 174);
- Música e o ser humano: induz sentimentos / cantar ao invés de falar / altura e volume / tonalidade / modos /
ritmos (Estudo 79 n. 238);
- Como se vê a “liturgicidade” do canto? A música será litúrgica “quanto mais intimamente estiver unida à
ação litúrgica” (SC112) – Sacramento, Rito, Tempo, Festa, Povo, local...
- Olhar a cultura do povo (Estudo 79 n. 179);
- Enraizar o canto novo e diminuir as variações (Estudo 79 n. 247);
- Ensaiar com o povo quando possível (Estudo 79 n.248);
- Comentários sobre o Hinário Litúrgico da CNBB.
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Pastoral de Liturgia e Canto da Arquidiocese de Maringá
ENCONTRO ARQUIDIOCESANO DE LITUGIA E CANTO
Dia 22 de setembro de 2018 – Auditório Dona Guilhermina
Comentários - Os cantos do ordinário devem ser idênticos à letra apresentada no missal (ou
possuir o mínimo de variações e nunca mudar o sentido original);
- Havendo necessidade de adequação do texto com a melodia por parte do
compositor, o máximo que se pode fazer é repetir uma palavra ou outra, mas
nunca mudar a tradução oficial;
- Mesmo no caso de se repetir uma palavra, ainda se corre o risco de dar destaque
àquilo que não é intenção da ação litúrgica;
- Por isso ao se escolher cantos do ordinário, deve-se levar em conta, além da
melodia adequada (pensando no Tempo ou na celebração) aquele cuja letra seja
idêntica à do Missal ou que dele se afaste o mínimo possível;
- Deve se evitar trocar os cantos do ordinário dentro de um mesmo Tempo.
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PRÓPRIO DA MISSA
Explicação Litúrgica - São chamados “próprios da missa” os cantos que variam tanto na letra como na
melodia de acordo com o Tempo e a celebração, sendo próprios de cada uma
delas e consequentemente inadequados para outras.
Comentários - Para a escolha dos cantos do “próprio” há uma maior maleabilidade, visto que
suas letras não são imutáveis, havendo apenas sugestões que dão o tema
principal em torno do que devem girar (antífonas, versículos e leituras);
- O costume da Igreja sempre foi ser fiel à antífona proposta (na entrada e na
comunhão) e variar as estrofes em torno dos salmos de acordo com seu teor;
- O “próprio” geralmente acompanha o rito ou é uma de suas partes;
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podemos racionalizar muito o mistério da Palavra; a Palavra deve tocar não nosso
intelecto, mas o coração;
- A alegria deste rito só é realmente compreendida quando acreditamos na
presença real do Cristo em sua Palavra, Ele que vem ao nosso encontro e falará
particularmente a nós.
Comentários - Neste canto, sendo ritual enxerga-se nele o diálogo referido nos cantos do
primeiro grau, por isso é importante que o canto ritual do Aleluia (ou aclamação
que substitui o Aleluia no Tempo da Quaresma) seja executado em forma
responsorial:
❖ Aleluia cantando por um solista ou pelo grupo de canto / Aleluia retomado
por toda assembleia / Versículo cantando por um solista ou pelo grupo de
canto / Aleluia retomado por toda assembleia;
❖ Aleluia cantando por toda assembleia / Versículo cantando por um solista
ou pelo grupo de canto / Aleluia retomado por toda assembleia;
- Esta forma responsorial só é completa quando o versículo é cantado, pois, caso
contrário, a resposta não tem seu verdadeiro efeito;
- O canto deve acompanhar a “procissão” até que o livro dos Evangelhos (quando
usado) esteja colocado no ambão; se o canto acabar, um fundo musical da
mesma música (ou um poslúdio) deve continuar até que se faça como descrito;
- Devem ser evitados antigos cantos utilizados neste momento que falavam da
importância da Palavra de Deus, mas não constituíam uma exultação ao Cristo
que vai falar.
CANTOS SUPLEMENTARES
Comentários - Canto ou refrão meditativo antes da missa: não há previsão deste canto, mas se
se sente que colabora para que a assembleia entre no clima da celebração, pode
ser cantado; não deve ser de exultação, mas de interiorização; não deve ser
ligado imediatamente com o canto de entrada, devendo haver um intervalo entre
eles para não confundir os momentos; se estava preparado, mas a equipe se
enrolou e atrasou, melhor não cantar do que emendar com o de entrada;
- Canto antes das leituras: substitui a monição autorizada no Missal que seria feita
pelo presidente ou ministro inserindo o povo na Liturgia da Palavra; outro motivo
seria o pastoral, cumprindo o tempo para que a assembleia se acomode
adequadamente para ouvir a Palavra; todavia é opcional;
- Canto da Paz: realmente não há nem nunca houve indicação para esse canto
em nenhum documento; ele surge da piedade popular e atrapalha a ação de se
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cumprimentar, abraçar, sorrir e falar “shalom”, desejar a paz; não é possível fazer
isso enquanto se canta; a equipe de canto, como assembleia que é, deve também
participar do mesmo momento;
- Canto (louvor) após a comunhão: “Terminada a distribuição da Comunhão, ser
for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio. Se desejar,
toda a assembleia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino”
(IGMR n. 88);
- Também há sua previsão na “Didaqué”, todavia hoje, com o canto de comunhão
cumprindo com eficácia seu papel, esse canto acaba por se esvaziar; apesar de
não ser proibido, torna-se apenas desnecessário; mas será “contra” a liturgia se
induzir o povo a sentimentos que não quer na comunhão, como o isolamento,
sentimentalismo, individualismo ou dia das mães, dos pais ou dias pátrios;
- Canto final: oficialmente a missa se encerra com a despedida do diácono que
outrora era cantada com o ite, missa est, todavia, havendo procissão de saída,
evitando um grande barulho no templo e ajudando à ideia de missão, não há
proibição; a sugestão do n. 324 (Estudo 79) é a de um acompanhamento
meramente instrumental; o povo não é obrigado e ficar na igreja esperando o
canto acabar ou o presidente sair em procissão; isso pode acontecer, mas não é
obrigatório pois a missa já acabou.
5) CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Conhecer mais sobre os Tempos Litúrgicos, sobre a missa e os sacramentos;
- Instituir uma Pastoral de Liturgia com estudos periódicos;
- Motivar às diversas Pastorais e Movimentos que compreendam da liturgia e do canto litúrgico;
- Para a liturgia, ser bonito é pouco;
- Volume das equipes de canto;
- Tonalidade das músicas;
- Solistas e jeito de cantar;
- Cantos que não colaborem com a liturgia ou sem inspiração religiosa;
- Uso de diversos instrumentos;
- Necessidade de se combinar paroquialmente alguns cantos;
- Fidelidade às partituras;
- Buscar sempre melhorar no ministério de música;
- Contemplar sempre todas as Pastorais, Movimentos e serviços que compõe a paróquia (mais que isso);
- Cantos em outras línguas ou em latim;
- Exemplos de novos compositores;
- Implementação das mudanças nas paróquias.
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Fontes de pesquisa: