Sucessao Unip
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Conteúdo :
APOSTILA 1
DA SUCESSÃO EM GERAL
Sucessão em sentido amplo = substituição de alguém por outrem, ou seja, ato pelo
qual uma pessoa assume o lugar de outra, substituindo-a na titularidade de determinados bens.
Sucessão no Direito das Obrigações = as obrigações não sendo personalíssimas
operam-se entre as partes (sujeito ativo e sujeito passivo), como entre seus herdeiros.
Sucessão no Direito das Coisas = tradição simples (móveis) ou solene (imóveis)
Sucessão no Direito de Direito de Família = na hipótese dos pais decaírem do poder
familiar e serem substituídos pelo tutor, nomeado pelo juiz, para o exercício de determinados
deveres elencados na lei.
O Direito das Sucessões consiste num complexo de princípios jurídicos que disciplinam
a transmissão do patrimônio (ativo e passivo) de uma pessoa que faleceu a seus sucessores.
2. Histórico
A transmissão dos bens de uma pessoa falecida remonta à mais alta Antigüidade, ou
seja, séculos antes da Era Cristã (o direito sucessório achava-se presente entre os egípcios,
hindus, babilônicos, romanos).
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- No Direito Romano - sucessão testamentária - era desonroso alguém falecer sem
deixar testamento e, sendo assim, todo pater falimia tratava de fazer um testamento
manifestando sua vontade de disposição patrimonial.
Caso alguém falecesse sem testamento, a sucessão se devolvia segundo três classes
distintas:
· Classe do SUI: filhos, netos e esposa.
· Classe dos AGNATI: parentes mais próximos (irmão consangüíneo, tio filho de
avô paterno e sobrinho desse tio).
· Classe dos GENTILE: pessoas que (imaginava-se) descendiam de um tronco
comum.
Com Justiniano (era cristã), o parentesco considerado passou a ser somente o consangüíneo.
A vocação hereditária era: 1° os descendentes; 2° os ascendentes em concurso com irmãos e
irmãs bilaterais; 3° os irmãos e irmãs consangüíneos ou uterinos; 4° outros parentes colaterais.
*Descendentes
*Ascendentes
*Colateral até 10º grau
*Cônjuge sobrevivo
*Fisco
Art. 1603
*Descendentes
*Ascendentes
*Cônjuge sobrevivente
*Colaterais (até 4º grau)
*Municípios, Distrito Federal ou à União.
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· Código Civil de 2002
Art. 1829
*Descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente (salvo se casado com o
falecido no regime de comunhão universal, ou na separação obrigatória de bens ou,
ainda, no regime de comunhão parcial, se o autor não houver deixado bens
particulares)
*Ascendentes, em concorrência com o cônjuge
*Cônjuge sobrevivente
*Colaterais (até 4º grau)
* Município ou Distrito Federal, ou à União.
Art. 1784, CC: “Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros
legítimos e testamentários”.
Abertura da sucessão = instante da morte do de cujus (morte real - art. 6°; presumida
com declaração de ausência - art. 6°, segunda parte cc. art. 26 ao 39; presumida sem
declaração de ausência – justificação ou declaração judicial, conforme o caso - art. 7°, I e II,
parágrafo único + Lei 6015/73.
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representação ativa e passiva pelo inventariante – art. 12, CPC , salvo se dativo ou se
administrador provisório e o inventário não tiver sido instaurado.
- art. 1785, cc cc. Art. 96, CPC caput = último domicílio do falecido, ainda que o óbito
tenha ocorrido no estrangeiro.
- Se o falecido não tinha domicílio certo = o foro competente é o da situação dos bens
( art. 96, I, CPC)
- Se o falecido não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes = foro
competente é o lugar onde ocorreu o óbito.
· Competência internacional
Art. 89, II, CPC Compete à autoridade brasileira, com exclusão de qualquer outra
proceder o inventário e partilha de bens, situados no Brasil ainda que o autor da
herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.
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Trata-se de competência absoluta. Situando-se o bem no Brasil, não importa a
nacionalidade do autor da herança e dos herdeiros, tampouco onde tenha residido no
estrangeiro. O foro competente para processar o inventário será o Juízo da comarca onde se
situa o bem inventariado.
5. Espécies de Sucessão
Uma pessoa só pode dispor de seus bens para depois da morte pela via
testamentária?
Art. 2018 – É válida a partilha feita por ascendente, por ato inter vivos (sic.doação – ver
arts 544 e 549, CC) ou de última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos
herdeiros necessários.
A partilha em vida, se feita pelo ascendente, por ato inter vivos, podendo abranger parte
ou totalidade de seus bens, só poderá ser efetivada desde que não prejudique a legítima dos
herdeiros necessários (não exige a presença da autoridade judiciária, mas pode estar sujeita a
revisão judicial).
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A partilha (doação), por produzir efeito imediato, constitui adiantamento da legítima,
sendo nula se excluir herdeiro necessário, exceto se o excluído premorrer, for declarado
indigno ou renunciar à herança.
Lembre-se: Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva (pacto
corvina).
A sucessão pode ser a título universal e a título singular. A sucessão legítima é sempre a
título universal e a sucessão testamentária pode ser a título universal e a título singular
(legado).
(Ex: Deixo para Pedro, meu sobrinho, minha metade disponível = sucessão a título
universal testamentária)
ou
A título singular = somente via testamento = legado (Deixo para Pedro uma casa –
Pedro é legatário) . Legatário não é o mesmo que herdeiro (este sucede sempre a título
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universal). O legatário sucede a título singular, coisa certa e individuada (ou coisas certas e
individualizadas).
Exemplos: Se um dos cônjuges faleceu antes da entrada em vigor do novo Código Civil,
o outro cônjuge nunca poderia concorrer com os descendentes ou ascendentes do falecido,
ainda que o inventário fosse aberto após a entrada em vigor do novo diploma regulador. No
Código Civil revogado, o cônjuge não concorria com os demais herdeiros. Da mesma forma,
caso alguém falecesse antes da promulgação da Constituição de 1988 e tivesse filhos
consangüíneos e filho adotivo pelo sistema do antigo Código Civil, este último nada receberia
de herança. Caso o indivíduo falecesse após a entrada em vigor na Constituição de 1988,
todos os filhos herdariam em igualdade de condições.
A herança é uma universalidade de direito, nos termos do art. 91, CC, sendo indivisível
até a partilha, Pode ocorrer que, na partilha, fique estipulado que algum bem permaneça em
estado de comunhão, ficando em condomínio entre os herdeiros (art. 2019,CC).
Cada co-herdeiro pode exercer os seus direitos desde que não exclua os direitos dos
demais comunheiros. Pode, pois, exercer atos possessórios, reclamar mediante ação
reivindicatória a totalidade dos bens da herança de terceiro. Este não pode opor exceção
alegando o caráter parcial do direito nos bens da sucessão hereditária, em virtude ao princípio
da indivisibilidade da herança.
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Inventário – é o processo judicial tendente à relação, descrição, avaliação e liquidação
de todos os bens pertencentes ao de cujus ao tempo de sua morte, para partilhá-los e distribuí-
los entre seus herdeiros. Deve ser requerido, para fins de liquidação e partilha da herança, no
juízo competente, dentro de trinta dias da morte do autor da herança. O atraso na abertura do
inventário importa em penalidade de ordem tributária.
Nos termos do § 3°
, pendente a indivisibilidade, somente com autorização judicial, poderá qualquer co-
herdeiro dispor de bem componente do acervo hereditário. A disposição refere-se à alienação
do bem singularmente considerado e não do direito à herança. Os direitos hereditários podem
ser cedidos gratuita ou onerosamente em favor de terceiros, independente de autorização
judicial, desde que efetuada por todos os herdeiros. A autorização somente para a disposição
de bem singularmente considerado.
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O art. 1794 assegura aos co-herdeiros o direito de preferência quando a cessão de
direitos for feita a uma pessoa estranha à sucessão. Caso a cessão seja feita a outro herdeiro,
não existe o direito de preferência.
Feita a cessão para estranho sem o oferecimento aos demais herdeiros, quem
pretender exercer tal direito deverá fazê-lo depositando o valor nos próprios autos de
inventário, no prazo de até 180 dias após a transmissão sob pena de decadência. Sendo vários
os co-herdeiros a exercer a preferência, entre eles se distribuirá o quinhão cedido, na
proporção das respectivas quotas hereditárias (art. 1795, par. Único)
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Título : 2ª aula - Da vocação hereditária
Conteúdo :
Apostila 2
I. Da vocação hereditária
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1.2.Exceção (art. 1799, I): Por sucessão testamentária, podem ser
chamados a suceder, os filhos, ainda não concebidos, de pessoas
indicadas pelo testador, desde que vivas estas, ao tempo da morte
daquele (autor da herança).
R: art. 1800, § 4°
Até dois anos após a abertura da sucessão, se não for concebido o
herdeiro esperado, os bens reservados voltam aos herdeiros legítimos,
salvo se o testador tiver disposto de forma diversa, no testamento.
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2. Pessoas que não podem ser nomeadas herdeiras ou legatárias – art.
1801 (falta de legitimação).
As pessoas abaixo relacionadas, por razões especiais, não podem receber via
testamento, tendo incapacidade relativa, uma vez que poderão ser chamadas a
suceder em outro testamento.
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A terceira etapa do fenômeno sucessório se trata da aceitação ou renúncia da
herança.
É o ato pelo qual o herdeiro declara que aceita a herança do de cujus. Nos
termos do art. 1804, a aceitação torna definitiva a transmissão da herança desde a morte
do autor da herança.
Aceitação é negócio jurídico unilateral, uma vez que se aperfeiçoa apenas com
uma única manifestação de vontade, não receptícia, indivisível e incondicional.
A aceitação apenas confirma o direito que o falecimento do de cujus atribui ao
herdeiro, consolidando-o, uma vez que ninguém pode ser herdeiro contra a sua vontade.
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1.1.3.Presumida – (art.1807) – herdeiro permanece silente, depois de notificado,
para que declare, em prazo não superior a trinta dias, a pedido de alguém
interessado (geralmente credor do espólio), se aceita ou não a herança. O
silencia do herdeiro significa aceitação (silêncio circunstanciado).
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A condição suspensiva impede a aquisição do direito (art. 125) e se o herdeiro que
deveria aceitar falecer antes do implemento da condição, ocorre a extinção de seu
direito (não se transmite o que se extinguiu).
2. Renúncia
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O Juiz determinará a ratificação por termo da petição e, após assinada pelo
herdeiro renunciante ou por procurador com poderes expressos, estará consumada a
renúncia.
Para se renunciar é preciso que a sucessão esteja aberta, pois não se aceita ou
repudia a herança de pessoa viva (proibição legal de pactos sucessórios).
2.1.Espécies de renúncia
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2.2. Restrições legais ao direito de renunciar
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renunciante o único da classe, devolve-se a herança aos
da classe subseqüente.
2.4.Invalidade da Renúncia
2.5.Ineficácia da renúncia
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Apostila 3
Dos Excluídos da Sucessão
I. Indignidade
Art. 1814 ao art. 1818
1. O que é?
• homicídio culposo
• erro contra a pessoa
• legítima defesa, estado de necessidade, exercício regular de um direito
• loucura ou embriaguez acidental e involuntária
*** não cabe a defesa do excluído (apelação) alegando que não foi julgado
criminalmente, uma vez que a prova da indignidade pode ser produzida no cível.
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*** a absolvição por excludente de criminalidade no juízo criminal impede o
questionamento do fato no cível (art. 935, CC).
b) Inciso II: acusação caluniosa em juízo contra o autor da herança. Crime contra
a honra em relação ao autor da herança, seu cônjuge ou companheiro.
Reza o art. 339 do Código Penal que a denunciação caluniosa consiste em dar
causa a instauração de investigação policial ou de processo judicial de investigação
administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
Os crimes arrolados nos arts. 138, 139 e 140 do Código Penal (calúnia, difamação
e injúria) praticado contra o autor da herança, seu cônjuge ou companheiro também são
hipóteses de afastamento legal por indignidade.
No caso da denunciação caluniosa, não é necessário que o autor da herança tenha
sido (injustamente) condenado, bastando que o crime praticado pelo herdeiro tenha
provocado a ação penal contra o de cujus.
Com relação aos crime praticados contra a honra do autor da herança (ou seu
cônjuge ou companheiro), é necessário a prévia condenação do indigno no juízo
criminal.
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3. Procedimento para obter a exclusão (declaração jurídica da
indignidade)
4. Efeitos da indignidade
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pelo indigno antes da sentença de exclusão. Entretanto os co-herdeiros, se
prejudicados, poderão demandar-lhe e pleitearem perdas e danos,. ( art. 1817).
II. Deserdação
Art. 1961 ao art. 1965
1. O que é?
Deserdação é o ato através do qual alguém, apontando como causa um dos motivos
descritos na lei, afasta de sua sucessão um herdeiro necessário, através do testamento.
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A deserdação dirige-se somente aos herdeiros necessários, privando-os da
legítima. A indignidade atinge qualquer herdeiro, inclusive o legatários.
A indignidade tem a sua força na lei. A deserdação repousa na vontade do
testador.
• ofensa física
• injúria grave
• relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto
• desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade
• ofensa física
• injúria grave
• relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com
o marido ou companheiro da filha ou o da neta.
• desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.
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4. Ação para provar a causa da deserdação – art. 1965 e
parágrafo único
A ação ordinária para provar a causa de deserdação é distribuída por dependência nos
autos de inventário do testador, e prescreve em quatro anos a contar da abertura do
testamento.
5. Reabilitação do deserdado
Um testamento mais novo revoga o mais velho. A deserdação por ser imposta por
testamento, só pode ser revogada por outro testamento
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Título : 4ª aula - Herança Jacente e Herança Vacante
Conteúdo :
Apostila 4
Com o falecimento de alguém sem que exista herdeiro aparente, o juiz promove
a arrecadação dos bens, na comarca onde o falecido tiver domicílio.
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Com o final da arrecadação dos bens, haverá, por ordem judicial, a expedição de
edital, que será publicado, por três vezes, com intervalo de trinta dias, no órgão oficial e
na imprensa da comarca, convocando os herdeiros a se habilitarem (art. 1152, CPC).
Após um ano da primeira publicação e não havendo herdeiro habilitado, nem
habilitação pendente, a herança será declarada vacante (art. 1157, CPC cc art. 1820,
CC).
Caso apareça um herdeiro nesse período, deverá promover sua habilitação nos
autos, convertendo-se a arrecadação em inventário (art. 1153, CPC)
Os credores da herança poderão habilitar-se no procedimento de arrecadação, da
mesma forma que se habilitam no inventário ou propor ação de
cobrança (art. 1152, CPC cc. Art. 1821, CC).
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Petição de Herança
Art. 1824 ao art. 1828, CC
1. O que é?
A ação de petição de herança, mesmo que tenha sido movida por um dos co-
herdeiros, poderá abranger todos os bens do acervo hereditário, com seus rendimentos e
acessórios, pois até a partilha a herança é indivisível. O demandado não poderá se
defender alegando que os bens não pertencem por inteiro ao demandante.
3.1. A ação pode ser movida contra herdeiro (art. 1824) ou contra possuidor da
herança de boa ou má-fé.
3.2. O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do acervo,
fixando-lhe a responsabilidade conforme sua posse (arts. 1826 cc arts 1214 a
1222, todos do Código Civil).
4. Ação promovida pelo herdeiro contra detentor da herança a outro título
– art. 1827
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O herdeiro pode mover ação contra possuidor originário que detém indevidamente
a herança a outro título. O possuidor ilegítimo da herança (herdeiro aparente) terá
responsabilidade pelo valor dos bens do acervo hereditário que veio a alienar, a título
oneroso.
Herdeiro aparente é aquele que por ser possuidor de bens hereditários, faz supor
que seja o legítimo titular (não o é, pis foi declarado não legitimado a suceder – indigno,
deserdado ou contemplado em testamento nulo, anulável, caduco ou revogado)
Parágrafo único do art. 1827 – O terceiro de boa-fé não poderá ser prejudicado. A
venda será válida e eficaz, mas o alienante deverá entregar ao verdadeiro herdeiro o
valor dos bens que alienou, respeitando o direito do adquirente de boa fé sobre eles.
Caso a alienação seja gratuita e o adquirente esteja de boa-fé, ela não terá eficácia. O
terceiro deverá restituir os próprios bens
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Título : 5ª aula - Sucessão Legítima
Conteúdo :
Apostila 5
Sucessão Legítima
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O testador, que tiver herdeiros necessários, não pode dispor da totalidade dos
bens, devendo respeitar a legítima dos citados herdeiros.
Art. 1847 Sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as
dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos à
colação.
Valor dos bens na data - dívidas do de cujus = acervo hereditário : 2 = legítima + bens a
serem colacionados da abertura da sucessão e despesas dos funerais
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Título : 6ª aula - Dos Herdeiros Necessários – art. 1845 e seguintes
Conteúdo :
Apostila 6
Dos Herdeiros Necessários – art. 1845 e seguintes.
A lei assegura a metade dos bens do testador (art. 1846), ou seja, a legítima dos
herdeiros necessários. A outra metade, denominada quota disponível, pode, obviamente,
ser deixada livremente pelo testador (via testamento).
Legítima ou reserva é a porção que a lei assegura ao herdeiro necessário.
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Sim. O testamento é a via adequada para afastar os colaterais da sucessão. O
testador pode indicar as pessoas contempladas com a sucessão testamentárias, salvo nas
hipóteses dos arts. 1798 ao 1.801 (pessoas não legitimadas adquirir por testamento) .
O testador, desde que haja justa causa declarada no testamento (art. 1848) pode
restringir a eficácia da legítima dos herdeiros necessários. Estes não perdem o direito à
herança, mas podem sofrer limitações. Cite-se, como exemplo, a cláusula testamentária
relativa a determinado herdeiro necessário considerado pródigo. O testador ao colocar a
restrição (inalienabilidade) deve indicar a causa no testamento. Caso o herdeiro
necessário venha a falecer, os bens clausulados por ele recebidos passarão aos seus
sucessores livre e desembargados.
Sim, desde que haja justa causa e mediante autorização judicial, sendo que o
produto da venda deverá ser convertido em outro bem que ficará sub-rogado no ônus.
Sim. Nos termos do art. 1911, a cláusula de inalienabilidade imposta aos bens por
ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade.
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2. Representantes = herdam por estirpe e não por direito
próprio
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b) Na linha colateral em favor dos sobrinhos quando com irmão do de cujus
concorrerem. (art. 1853)
f) Obrigação do neto, representando seu pai (ou mãe), levar à colação as doações
que seu pai ou sua mãe receberam do avô (ou avó) (art. 2009).
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Título : 7ª aula - Sucessão Testamentária
Conteúdo :
Apostila 7
Sucessão Testamentária
artigo 1798 ao 1803
artigo 1857 ao 1990
1. Introdução
Toda pessoa capaz pode dispor de seu patrimônio para depois de sua morte,
alterando a vocação hereditária prevista na lei (art. 1829).
Vale lembrar que, em havendo herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e
cônjuge), o testador deve respeitar a legítima desses herdeiros. Nessa situação, pode
dispor da metade do seu patrimônio, via testamento.
A sucessão testamentária requer manifestação expressa da vontade,
instrumentalizada por testamento ou codicilo.
A sucessão testamentária pode ser a título universal (herança testamentária) e a
título singular (legado).
“É valida a partilha feita por ascendente, por ato inter vivos (sic. doação) ou de
última vontade (sic. testamento), contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros
necessários” – art. 2018, CC.
2. O que é o testamento?
3. Características
3.1 Fato jurídico em sentido amplo; na espécie fato humano; ato jurídico na
modalidade negócio jurídico unilateral da vontade não receptícia.
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3.2. Ato jurídico personalíssimo – não é permissível a elaboração de testamento
via procuração (art. 1858, 1ª parte).
3.3. Revogabilidade (art. 1858, 2ª parte), salvo na parte que o testador tiver
reconhecido um filho havido fora do casamento ( art. 1609, III).
3.4. Solene – só será válido se ocorrer estrita obediência aos requisitos legais.
3.5. Gratuidade – não visa a obtenção de vantagens para o testador. O encargo
colocado na última disposição de vontade não lhe retira a característica de gratuidade.
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Título : 8ª aula - Sucessão Testamentária
Conteúdo :
Apostila 8
Sucessão Testamentária
Disposições Testamentárias
Artigos
1897 - 1911
I. Introdução
2. Regras interpretativas
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• Art. 1904– se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem discriminar
a parte de cada um, partilhar-se-á por igual, entre todos, a porção disponível
do testador.
• Art. 1905 – nomeação individual e coletiva – herança é dividida em tantas
quotas quanto forem os indivíduos e os grupos relacionados (Maria e Ana e
os filhos de Josefa = as herança é dividia em 3 partes: uma para Maria,
outra para Ana e a terceira para os filhos de Josefa) .
• Art. 1906 – Se as quotas de cada herdeiro testamentário não absorverem
toda a herança, o remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos,
observada a ordem de vocação hereditária.
• Art. 1907 – Se na sucessão testamentária o testador dispor dos quinhões de
alguns herdeiros e não os de outros, primeiramente são completadas as
porções dos primeiros e depois, o que restar será partilhado por igual entre
os segundos.
• Art. 1908 – Pode o testador deixar uma parte hereditária ao herdeiro
instituído mas dispor que não lhe cabe determinado objeto. Este ficará aos
herdeiros legítimos.
• Art. 1910 – A ineficácia de uma disposição testamentária importa a das
outras que, sem aquela, não teriam sido determinadas pelo testador.
3. Regras proibitivas
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4. Regras permissivas
• Art. 1911 – Tal artigo permite que o testador imponha gravame sobre os
bens que compõem a metade disponível A cláusula de inalienabilidade (só
pode ser vitalícia ou temporária) implica a impenhorabilidade e
incomunicabilidade. Sobre os bens da legítima, só se houver justa causa
declarada no testamento (art. 1848)
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Título : 9ª aula - Sucessão Testamentária dos legados
Conteúdo :
Apostila 9
Sucessão Testamentária
Dos Legados
1. O que é legado?
4. Modalidades de legado
5. Legado de coisas
Nos termos do art. 1912, é ineficaz o legado de coisa certa que não pertença ao
testador no momento da abertura da sucessão. Contudo tal regra admite duas exceções:
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a. Art. 1913: quando o testador ordena que o herdeiro ou legatário entregue
coisa de sua propriedade a outrem, sob pena de entender-se que renunciou à
herança ou ao legado. Tal disposição é condicional, uma vez que o herdeiro
ou legatário só receberá a herança ou o legado se entregar coisa de sua
propriedade. O terceiro gratificado é o sublegatário. Caso o herdeiro ou
legatário não cumpra com a determinação do testador, há a presunção
absoluta de renúncia da herança ou do legado.
b. Art. 1915: Legado de coisa incerta maracá pelo gênero e quantidade. O
Código determina que tal legado deve ser cumprido, ainda que tal coisa não
exista entre os bens deixados pelo testador. Regra: o gênero não pertence a
ninguém.
Se a coisa legada for comum e somente em parte pertencer ao testador (ou no caso
do art. 1913), só quanto a essa parte valerá o legado.
Nos termos do art. 1917, o legado de coisa que deva ser encontrada em certo lugar
só terá eficácia se nele for achada, salvo se removida a título transitório. (ex; móveis de
determinados cômodos; animais de certa fazenda que foram provisoriamente removidos
para pastagem em outro local.)
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devedor é terceiro, caracterizando-se verdadeira cessão, em que o legatário substitui o
testador (credor primitivo), podendo promover a respectiva cobrança Se o devedor for o
próprio legatário, o legado será de quitação de dívida, operando-se a remissão )art. 386),
pois o herdeiro devolverá ao devedor-legatário o título. Tal legado não abrange as
dívidas posteriores ao testamento (§ 2°)
Se o testador não declarar expressamente, o legado que ele fizer ao credor não
poderá ser reputado como compensação (o testador deve ao legatário).
7. Legado de alimento
8. Legado de usufruto
O legado de usufruto sem indicação do tempo é entendido como vitalício, ou
seja, por toda a vida do legatário, O nu-proprietário pode ser um herdeiro ou terceiro. Se
o testador não fez indicação, entende-se que é o herdeiro. Se o legado é deixado a
pessoa jurídica, extingue-se com esta ou se ele perdurar, aos trinta anos da data em
começou a exercer (art. 1410., III).
9. Legado de imóvel
No legado de imóvel não se compreendem novas aquisições que lhe tenha
ajuntado o testador, salvo expressa declaração em contrário – art. 1922. Tais aquisições
são as acessões artificiais (plantações e construções) e não as benfeitorias.
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Contudo, somente os herdeiros adquirem a posse da herança. O legatário não. A
posse do legatário não é adquirida por sua própria vontade.
Se o legado for de coisa incerta e fungível, o legatário só a adquire com a
partilha.
Legado com encargo = funciona como o puro e simples – poder o legatário pedir
desde logo aos herdeiros, desde que seja coisa certa.
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b) Legado de renda vitalícia ou pensão periódica – o corre desde a morte do
testador – Ler os artigos 1926, 1927, 19288 e seu parágrafo.
Art. 1934º cumprimento do legado cabe aos herdeiros e, não os havendo, aos
legatário, na proporção do que herdaram, salvo disposição diversa no testamento.
O testador pode, via testamento, encarregar certos herdeiros ao cumprimento do
legado. Tais herdeiros são os onerados – parágrafo único do art. 1934.
Despesas com impostos, depósito e transporte = legatário (art. 1936), salvo
disposição contrária no testamento.
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• Causas objetivas
• Causas subjetivas
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