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Pomilio
Este capítulo se inicia com uma revisão de alguns conceitos básicos dos retificadores.
Este assunto já deve ter sido objeto de estudo em cursos de graduação, razão pela qual não se
faz uma análise aprofundada dos mesmos. O foco deste tópico é estudar novas estruturas de
retificadores e suas aplicações.
O fornecimento de energia elétrica é feito, essencialmente, a partir de uma rede de
distribuição em corrente alternada, devido, principalmente, à facilidade de adaptação do nível
de tensão por meio de transformadores.
Em muitas aplicações, no entanto, a carga alimentada exige uma tensão contínua. A
conversão CA-CC é realizada por conversores chamados retificadores.
Os retificadores podem ser classificados segundo a sua capacidade de ajustar o valor
da tensão de saída (controlados x não controlados); de acordo com o número de fases da
tensão alternada de entrada (monofásico, trifásico, hexafásico, etc.); em função do tipo de
conexão dos elementos retificadores (meia ponte x ponte completa).
Os retificadores não-controlados são aqueles que utilizam diodos como elementos de
retificação, enquanto os controlados utilizam tiristores ou transistores.
Usualmente topologias em meia ponte não são aplicadas. A principal razão é que,
nesta conexão, a corrente média da entrada apresenta um nível médio diferente de zero. Tal
nível contínuo pode levar elementos magnéticos presentes no sistema (indutores e
transformadores) à saturação, o que é prejudicial ao sistema. Topologias em ponte completa
absorvem uma corrente média nula da rede, não afetando, assim, tais elementos magnéticos.
A figura 3.1 mostra o circuito e as formas de onda com carga resistiva para um
retificador monofásico com topologia de meia-ponte, também chamado de meia-onda.
Vo
Tensão de entrada
0V
Figura 3.1 Topologia e formas de onda (com carga resistiva) de retificador monofásico não-
controlado, meia-onda.
que, novamente, a tensão de entrada fique maior, recarregando o capacitor. A forma de onda
da corrente de entrada é muito diferente de uma senóide, apresentando pulsos de corrente nos
momentos em que o capacitor é recarregado, como mostrado na figura 3.4.
Para o retificador com carga indutiva (fig. 3.2.C), a carga se comporta como uma fonte
de corrente. Dependendo do valor da indutância, a corrente de entrada pode apresentar-se
quase como uma corrente quadrada, como mostrado na figura 3.5. Para valores reduzidos de
indutância, a corrente tende a uma forma que depende do tipo de componente à sua jusante.
Se for apenas uma resistência, tende a uma senóide. Se for um capacitor, tende à forma de
pulso, mas apresentando uma taxa de variação (di/dt) reduzida.
+ + + +
Vr
Vp.sin(wt) Vo=Vr Vp.sin(wt) Vo Vp.sin(wt) Vo
100V
0V
200V
Tensão na entrada
0V
-200V
0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms
Corrente de entrada
Tensão de entrada
Figura 3.4 Formas de onda para retificador monofásico não-controlado, onda completa, com
carga capacitiva.
Tensão de entrada
Corrente de entrada
resistivo dominante
Figura 3.5. Formas de onda no lado CA para retificador monofásico, onda-completa, não-
controlado, alimentando carga indutiva.
Lo
+ +
Vr
Co Vo
Tensão
Figura 3.7 Formas de onda no lado CA para retificador trifásico, onda-completa, não-
controlado, alimentando diferentes tipos de carga.
1
P T∫ i
v ( t ) ⋅ ii ( t ) ⋅ dt
FP = = (3.1)
S VRMS ⋅ I RMS
I1
FPV = ⋅ cos φ1 (3.3)
sen o
I RMS
onde I1 é o valor eficaz da componente fundamental e φ1 é a defasagem entre esta componente
da corrente e a onda de tensão.
Neste caso, a potência ativa de entrada é dada pela média do produto da tensão
(senoidal) por todas as componentes harmônicas da corrente (não-senoidal). Esta média é nula
para todas as harmônicas exceto para a fundamental, devendo-se ponderar tal produto pelo
cosseno da defasagem entre a tensão e a primeira harmônica da corrente. Desta forma, o fator
de potência é expresso como a relação entre o valor eficaz da componente fundamental da
corrente e a corrente eficaz de entrada, multiplicado pelo cosseno da defasagem entre a tensão
e a primeira harmônica da corrente.
∞
I RMS = I12 + ∑ I 2n (3.4)
n=2
Define-se a Taxa de Distorção Harmônica – TDH (em inglês, THD - Total Harmonic
Distortion) como sendo a relação entre o valor eficaz das componentes harmônicas da
corrente e o da fundamental:
∑I 2
n
n= 2
TDH = (3.5)
I1
cosφ1
FP = (3.6)
1 + TDH 2
Podem ser citadas como desvantagens de um baixo FP e elevada distorção os seguintes fatos:
• A máxima potência ativa absorvível da rede é fortemente limitada pelo FP;
• As harmônicas de corrente exigem um sobre-dimensionamento da instalação elétrica e dos
transformadores, além de aumentar as perdas (efeito pelicular);
• A componente de 3a harmônica da corrente, em sistema trifásico com neutro, pode ser
muito maior do que o normal;
• Deformação da onda de tensão, devido ao pico da corrente, além da distorção da forma de
onda, pode causar mau-funcionamento de outros equipamentos conectados à mesma rede;
• As componentes harmônicas podem excitar ressonâncias no sistema de potência, levando
a picos de tensão e de corrente, podendo danificar dispositivos conectados à linha.
-
0
1.0A
100mA
10mA
1.0mA
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz 1.2KHz 1.4KHz1.6KH
3.5 Normas IEC 1000-3-2: Distúrbios causados por equipamento conectado à rede
pública de baixa tensão
Esta norma (cuja versão anterior era designada de IEC555-2) refere-se às limitações
das harmônicas de corrente injetadas na rede pública de alimentação. Aplica-se a
equipamentos elétricos e eletrônicos que tenham uma corrente de entrada de até 16 A por
fase, conectado a uma rede pública de baixa tensão alternada, de 50 ou 60 Hz, com tensão
fase-neutro entre 220 e 240 V. Para tensões inferiores, os limites não foram ainda
estabelecidos (1990). A Emensa 14, de janeiro de 2001 inseriu algumas alterações nas
definições das classes e nos métodos de medidas, devendo vigorar a partir de 2004.
Os equipamentos são classificados em 4 classes:
vac Carga
A figura 3.11 mostra as formas de onda relativas às correntes de entrada com filtro
capacitivo e com filtro LC. Pelos espectros de tais correntes nota-se a redução significativa no
conteúdo harmônico da "onda quadrada" em relação à "onda impulsiva". Note ainda a maior
amplitude da componente fundamental obtida no circuito com filtro capacitivo, devido à sua
defasagem em relação à tensão da rede.
50
tensão
C
LC
-50
0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms
Time
20A
LC
0A
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz 1.2KHz
Frequency
Fig. 3.11 Formas de onda e espectro da corrente de retificador monofásico com filtros
capacitivo e LC.
Io
vac
-20A
0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms
Time
12A
0A
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz
Frequency
0 Vac
120Hz
Vac Vo
Compensador de corrente
Iref
K A
A.B - Vref
Regulador erro
FPB C C2 B de Tensão - PI
+
Figura 3.15 Circuito de controle de conversor elevador de tensão operando como retificador
de alto fator de potência, com controle da corrente média instantânea.
Corrente no interruptor
Corrente de entrada (no indutor)
Figura 3.16 Formas de onda típicas da corrente pelo indutor e no interruptor e resultado
experimental em conversor elevador de tensão
3.5 Comutação
Corrente de fase
Vi
Lf
Li + +
Vp.sin(wt)
Vr
Vo Tensão de fase
intervalo de comutação
Figura 3.17 Topologia de retificador trifásico, não-controlado, com carga indutiva. Formas de
onda típicas, indicando o fenômeno da comutação.
que a tensão Vi mostra-se significativamente distorcida. Note que a tensão Vi de linha é igual
à tensão presente no capacitor, fazendo com que tal tensão apresente um topo achatado.
Qualquer outro equipamento conectado nestes pontos será, assim, alimentado por uma tensão
distorcida.
tensão de saída
Vi corrente
0
+
Li
Cf Vo tensão de fase
tensão de linha
Figura 3.18 Topologia de retificador trifásico, não-controlado, com carga capacitiva e formas
de onda típicas, indicando o fenômeno da comutação e da distorção da tensão.
+ + +
T1 D1 T1 T2 T1 T2
+ + +
vi(t) vo(t) vi(t) D3 vo(t) vi(t) vo(t)
T2 D2 D1 D2 T3 T4
- - -
alisando à medida que aumenta a constante de tempo elétrica da carga, tendo, no limite, uma
forma plana. Vista da entrada, a corrente assume uma forma retangular.
vg1(t)
vg2(t)
vo(t)
iD1(t)
iD2(t)
iT1(t)
iT2(t)
Corrente de entrada
0
α π
Figura 3.20 - Formas de onda de ponte retificadora semi-controlada assimétrica, com carga
altamente indutiva.
assimétrica é que os catodos estão num mesmo potencial, de modo que os sinais de acionamento
podem estar num mesmo potencial.
vg1(t)
vg2(t)
vo(t)
iT1(t)
iD2(t)
iT2(t)
iD1(t)
Corrente de entrada
0
α π
Corrente da carga RL
0
200V Tensão na carga
Pulsos de disparo
-200V
0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms
Figura 3.21 Formas de onda de ponte retificadora semi-controlada simétrica, com carga
altamente indutiva. Funcionamento normal (superior) e efeito da supressão dos pulsos de
comando (inferior)
Assim, se houver inversão na polaridade da tensão de entrada mas não for acionado o
outro par de SCRs, a tensão nos terminais do retificador será negativa.
+ Io
i i(t)
0A
-Io
Io
iT 2 (t)= iT 3(t)
0A
Io iT 1 (t)= iT 4(t)
0A
2 00V vi(t)
0 vo(t)
-2 00V
0s 5m s 10m s 1 5m s 20m s 25 m s 30 m s 3 5m s 40 m s
α
Figura 3.22 Formas de onda para ponte totalmente controlada, monofásica, alimentando carga
indutiva.
A corrente de entrada apresenta-se como uma onda quadrada, com sua componente
fundamental defasada de um ângulo α em relação à tensão. Durante os intervalos em que a
corrente e tensão na entrada apresentam sinais opostos, há um fluxo de energia da carga para a
fonte. Em regime permanente e com carga passiva, no entanto, o fluxo de potência é sempre
da fonte para a carga, ou seja, o ângulo de disparo deve ser inferior a 90º.
Quando se faz o acionamento de um motor CC, a carga comporta-se como um circuito
RL ao qual se adiciona uma fonte de tensão CC, que representa a força contra-eletro-motriz
de armadura, como mostrado na figura 3.23. Em situações em que a constante de tempo é
pequena, ou então a tensão Eg é elevada, é possível que a corrente se anule, fazendo com que
os tiristores comutem dentro de um semi-ciclo da rede. Em tal situação, como não há corrente,
a tensão vista nos terminais da máquina, vo(t), será a própria tensão de armadura. A tensão
vo(t) será igual à tensão de entrada (retificada) apenas enquanto os tiristores conduzirem.
Numa situação de condução descontínua, para que seja possível acionar os tiristores, é
necessário que no ângulo de disparo a tensão de entrada seja superior à tensão Eg, de modo
que os SCRs estejam diretamente polarizados. Isto significa que, à medida que a máquina se
acelera, elevando o valor da tensão de armadura, existe um mínimo ângulo de disparo
possível. Tal comportamento está ilustrado na figura 3.24. No caso (a), com tensão Eg nula, o
acionamento pode ser feito com um pequeno ângulo de disparo. A corrente é elevada e não se
anula dentro de cada semi-período. No caso (b), com tensão mais elevada, a condução se
torna descontínua, desligando os tiristores dentro de cada semi-ciclo. Quanto a tensão de
armadura se torna maior do que a de entrada, no instante de disparo, “perde-se o pulso”, e os
tiristores não são ligados.
+
T2
ia(t) La
T1
+
vi(t) vo(t) Ra
D1 D2 Eg
-
(a) (b)
(c)
Figura 3.24. Formas de onda de retificador semi-controlado, acionando motor CC, em diferentes
valores de Eg (velocidade). De cima para baixo: vT1, iD1, ia, vo e vi.
Vp.sin(wt) Lf Vp.sin(wt) T1 Lf
+ + + +
Li Li
van(t) van(t)
vo(t) Vo vo(t) Vo
D1
a) b)
Figura 3.25 Retificador trifásico semicontrolado (a) e controlado (b).
3 2
Vo = ⋅ Vlinha ⋅ cos α (3.7)
π RMS
Uma corrente no lado CC de baixa ondulação reflete para o lado CA uma onda quase
quadrada, com condução de 120° a cada 180°, deslocada de um ângulo α em relação à tensão.
Neste caso pode-se determina o espectro da corrente em relação à corrente da carga, Io. A
corrente eficaz no lado CA é 81,6% da corrente no lado CC.
A componente fundamental é Ii1 = 0,78 ⋅ I o , enquanto as harmônicas são dadas por:
I
Iih = i1 , onde n=6k+1, para k=1,2... (3.8)
n
3
FP = cos α (3.9)
π
400
200
200
-200
200
200
-2 0 0
200
-2 0 0
200
-2 0 0
400
200
200
-200
16.7ms 20.0ms 25.0ms 30.0ms 35.0ms 40.0ms 45.0ms 50.0ms
200
-200
200
-200
16.7ms 20.0ms 25.0ms 30.0ms 35.0ms 40.0ms 45.0ms 50.0ms
200
-200
200
-200
16.7ms 20.0ms 25.0ms 30.0ms 35.0ms 40.0ms 45.0ms 50.0ms
Lo
+
Io
Vr
+
-
Vo
+
Vr
-
Figura 3.28 Associação em série de retificadores não controlados. Circuito de “12 pulsos”.
No circuito série, a tensão CC total apresenta uma ondulação em 720Hz (daí o nome
12 pulsos) e uma variação pico a pico de apenas 3% do valor CC. Aqui também, uma eventual
filtragem seria facilitada pela freqüência elevada e pela pequena amplitude das variações.
Um caso típico de aplicação da associação em série de retificadores é na transmissão
de energia em corrente contínua, em alta tensão (HVDC), como é o caso da linha CC que
conecta Itaipú a São Roque (SP), trazendo a energia comprada do Paraguai (originalmente em
50Hz). O sistema transmite, via dois cabos, que estão alimentados em +/- 600 kV,
Transformador de interfase
+
Io
Vr
+
-
Vo
+
Vr
Figura 3.29 Associação em paralelo de retificadores não controlados. Circuito de “12 pulsos”.
600
Tensão total
400
Tensão em cada retificador
200
Tensão de fase
0
Corrente de fase
-200
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms
Figura 3.30 Formas de onda de associação em série de retificadores.
0A
0Hz 0.5KHz 1.0KHz 1.5KHz 2.0KHz 2.5KHz 3.0KHz
Figura 3.31 Espectro da corrente na rede para retificador de 12 pulsos
Lo
ia S3
va S1 S2
ib Co Ro
vb vo
Vo
vc ic
S4 S5 S6
Figura 3.32 Topologia do conversor CA-CC trifásico, operando em MLP, com saída de
corrente.
CC e largura determinada pela lei de modulação dos interruptores, como ilustra a figura 3.33.
Simultaneamente haverá corrente apenas por 2 das 3 fases, uma vez que se 2 interruptores de
uma mesma semi-ponte conduzirem se colocaria em curto 2 das fases, como se pode concluir
da figura 3.32. No entanto, após uma adequada filtragem das componentes de alta freqüência,
a corrente de saída, apresentará apenas o valor médio que terá uma forma senoidal, se esta
tiver sido a forma do sinal de referência usado para produzir os sinais de comando dos
intrerruptores.
+Io
-Io
Figura 3.32 Forma de onda instantânea das correntes no lado CA.
va vb vc
t1'
t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7
Quando a chave S1 é aberta, uma outra chave da semi-ponte superior deve ser fechada
para permitir a continuidade da corrente. Quando S5 é aberta, outro interruptor da semi-ponte
negativa deve entrar em condução. Para estas funções, S3 e S6 são usadas, uma vez que elas
não alteram as correntes pelas fases a e b. A forma senoidal desejada para a fase c é resultado
do fato que a soma das correntes nas 3 fases é nula. Quando S3 e S6 conduzirem
simultaneamente, cria-se um caminho de livre-circulação para a corrente CC. A figura 3.35
mostra os sinais de comando para os interruptores e a forma de onda da tensão instantânea
sobre o indutor CC, a qual apresenta um comportamento de 3 níveis. Uma vez que a
freqüência de chaveamento deve ser muito maior do que a freqüência da rede, pode-se
considerar que, dentro de cada ciclo de chaveamento as tensões da rede são constantes.
As formas de onda mostradas correspondem ao intervalo t1’<t<t2, no qual va>vb, em
módulo e, conseqüentemente, δa>δb.
S1
S5
S6
S3
δ5
δ1
Τ
va-vb
va-vc
vo
Figura 3.35 Sinais de comando para os interruptores e tensão instantânea no lado CC.
i a = ( x1 − x 4 ) ⋅ Io
i b = ( x 2 − x5 ) ⋅ Io (3.10)
i c = ( x 3 − x 6 ) ⋅ Io
v o = (x1 − x 4 ) ⋅ v a + ( x 2 − x 5 ) ⋅ v b + ( x 3 − x 6 ) ⋅ v c (3.11)
i a = ( m1 − m 4 ) ⋅ Io
i b = ( m 2 − m5 ) ⋅ Io (3.12)
i c = ( m 3 − m 6 ) ⋅ Io
v o = ( m1 − m 4 ) ⋅ v a + ( m 2 − m 5 ) ⋅ v b + ( m 3 − m 6 ) ⋅ v c (3.13)
x4 =0
x2 =0
(3.14)
x3 = x1
x6 = x5
Para obter as correntes senoidais de entrada tem-se (note que estamos supondo
corrente em fase com a tensão, mas esta análise vale para qualquer tipo de corrente):
m1 = M ⋅ sin(ωt )
m 3 = 1 − m1 = 1 − M ⋅ sin(ωt )
m5 = − M ⋅ sin(ωt − 120 o ) (3.15)
o
m 6 = 1 − m5 = 1 + M ⋅ sin(ωt − 120 )
m4 = m2 = 0
i a = Io ⋅ M ⋅ sin(ωt )
i b = Io ⋅ M ⋅ sin(ωt − 120 o ) (3.16)
i c = Io ⋅ M ⋅ sin(ωt + 120 o )
3 ⋅ Vp ⋅ M
v o = M ⋅ [ v a ⋅ sin(ωt ) + v b ⋅ sin(ωt − 120 o ) + v c ⋅ sin(ωt + 120 o )] = (3.17)
2
Observe-se ainda que a síntese da corrente desejada pode ser feita em malha aberta,
ou seja,não é preciso realimentar a corrente, é preciso apenas que se disponha da referência
adequada.
3 ⋅ Vp ⋅ M
vo = ⋅ cosφ (3.18)
2
Note que se o inversor fornece apenas energia reativa a tensão média no lado CC é
nula, como é de se esperar, já que se trata de um elemento puramente indutivo.
Generalizando um pouco mais, qualquer forma de corrente pode ser sintetizada, desde
que uma referência adequada seja utilizada, o que torna esta topologia bastante própria para a
implementação de filtros ativos de potência.
A figura 3.36 mostra um resultado experimental de um conversor operando baseado
neste princípio. A corrente alternada sintetizada apresenta uma ondulação superposta, relativa
à ressonância do filtro de alta freqüência.
v a
ia
S. B. Dewan: “Optimum Input and Output Filters for a Single-Phase Rectifier Power Supply”.
IEEE Trans. On Industry Applications, vol. IA-17, no. 3, May/June 1981
A. R. Prasad, P. D. Ziogas and S. Manlas: “A Novel Passive Waveshaping Method for Single-
Phase Diode Rectifier”. Proc. Of IECON ‘90, pp. 1041-1050
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Power Electronics Conference, COBEP ‘91,Florianópolis - SC, pp. 281-283.
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to DC converter”. IEEE PCC ‘93, Yokohama, Japan, 1993.
C. de Sá e Silva, “Power factor correction with the UC3854,” Unitrode Application Note U-
125, Unitrode Corporation, USA, 1986.
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