PEA
PEA
PEA
Psicologia de Aprendizagem
O Processo Pedagógico
Características do Processo Pedagógico
Características da aprendizagem
Processo dinâmico: A aprendizagem não é um processo de absorção passiva, pois sua
característica mais importante é a actividade daquele que aprende. Portanto, a aprendizagem
só se faz através da atividade do aprendiz. Ela envolve a participação total e global do
indivíduo, em seus aspectos físico, intelectual, emocional e social.
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Tipos de Aprendizagem
Curvas de aprendizagem
Tipos de curvas
Curva A Regista a pronta adaptação do aprendiz e revela rápido progresso e rendimento da
aprendizagem.
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A aprendizagem de conceitos
A aprendizagem de conceitos, de forma a tornar o indivíduo capaz de criar e modificar
experiências, é algo complexo. Os conceitos formam-se pela abstração (Análise) e
generalização (Síntese) da experiência de cada um sobre um particular assunto ou objectos.
Ao abstrair, pomos de lado todas as qualidades não essenciais de um grupo de objectos ou
fenómenos em categorias. A generalização reúne objectos ou fenómenos no concerne às
características comuns e essenciais em categorias. Consiste em explicar o maior número de
factos com menor número de noções.
Aptidões
As aptidões são pressupostas para a realização eficaz de actividades. São um componente de
sabar-fazer.
As aptidões forman-se como qualidades de carácter no decurso da vida individual do homem,
no processo de confrontação com as exigências do ambiente. Quer dizer, as aptridões
formam-se e se vdesenvolvem na actividade.
Capacidades
As capacidades estão ligadas com a realizxação de algo. Por isso, as capacidades são
qualidades da personalidade que permitem ao iundivíduo realizar uma actividade com
eficiência.
Também pode-se definir como conjunto de aptidões existentes no indivíduo.
A Capacidade de um indivíduo realizar uma actividade é produto socio-hiostórico individual.
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Desenvolvimento e Aprendizagem
Conceito de desenvolvimento
O desenvolvimento é o conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do seu ciclo
de vida. É um processo multidimencional que engloba os aspectos físicos (crescimento),
fisiológicos (maturação), psicológicos (cognitivos e afectivos), sociais (socialização) e
culturais (aquisição de patrões culturais e de pensamento, isto é, valoras, normas e papeis).
O sector da Psicologia que estuda a dinâmica dos processos psíquicos e suas manifestações
nos diferentes estágios de desenvolvimento é a Psicologia de Desenvolvimento.
criança de 3 anos pode ter um repertório verbal maior do que a media das crianças da sua
idade, mas ao mesmo tempo, pode não subir e descer com facilidade um escada, porque esta
situação pode não ter feito parte da sua experiência. Desde o início da vida, o meio começa a
actuar sobre o novo ser. Exemplo: os bebés de mães toxicodependentes (em heroina e cocaina,
por exemplo) podem tornar-se dependentes da droga ainda no útero materno, apresentando, ao
nascer, sintomas de carência: irritabilidade, inquietações, vómitos, convulsões, insónias. A
ingestão de álcool em quantidade, durante a gravidez, pode provocar sindroma alcoólica fetal:
problemas de coordenação motora, anomalias faciais, inteligência subnormal. Também mães
que vivem numa crise emocional grave, os movimentos do feto aumentam mais
significativamente e os bebés podem apresentar grande instabilidade e excesso de choro,
durante a primeira infância.
A hereditariedade e o meio não são realidades independentes. São dois pólos de uma realidade
– o indivíduo- , que interagem determinando o desenvolvimento orgânico, psicomotor, a
linguagem, a inteligência, a afectividade... Portanto, o organismo e o meio ambiente fazem
parte de um todo na qual estão inter-relacionados e em constante interacção. O meio mobiliza
ou favorece as disposições hereditárias, mas por sua vez a acção do meio não é independente
dessas disposições.
Por um lado qualquer factor hereditário opera de modo diferente quando as condições do
meio ambiente variam. Por outro lado, as condições do meio ambiente exercem diferentes
influências sobre as características hereditárias.
Era comum considerar que a herança é rígida, fixa, imutável, algo como código de lista de
instruções e procedimentos que não admite modificações, tal posição não se sustenta porque
os genes podem sofrer uma mutação.
Dizer que “os genes influenciam x ou y” não quer dizer que “os genes determinam x ou y”.
Do início até o fim da vida, os organismos estão sendo constantemente moldados tento pela
hereditariedade como pelo meio. A natureza e a extensão de uma influência sempre dependam
da contribuição da outra. O comportamento não é resultado de uma única causa, mas de
determinantes múltiplos (biológico, social, cultural). É o resultado da hereditariedade a
interagir com o meio, a interagir com o tempo.
O = H ««»»» E ««»»T
Significa que o nosso potencial hereditário pode ser enriquecido ou empobrecido dependendo
do tipo, quantidade e qualidade dos nossos encontros com o meio e do momento em que esses
encontros ocorrem. É pela interacção entre determinantes da hereditariedade e do meio que o
indivíduo forma e desenvolve a sua personalidade.
O Modelo Freudiano
Freud centrou a sua atenção nos estados patológicos e, de modo especial, nas perturbações do
comportamento de origem neurótica e psicótica. Freud é o “pai” da Psicanálise, ciência que
tem como objecto de estudo, a análise do inconsciente.
Um dos grandes méritos de Freud e da Psicanálise foi de chamar atenção para a importância
dos primeiros anos de vida, o que trouxe consequências decisivas para a educação,
particularmente para a educação sexual.
Freud fala das fases ou estádios que a criança passa ao longo do seu desenvolvimento e nos
quais dirige sua atenção para objectos concretos que são em particular as diversas partes do
seu corpo.
É neste contexto, que aparecem os diferentes estádios de desenvovimento: oral, anal, fálico,
de latência e genital que cobrem a faixa etária que vai dos 0 aos 15 ou 16 anos.
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Cada estádio é caracterizado pela concentração da libido (impulso ou pulsão sexual), numa
determinada zona erógena: boca, anus, orgãos sexuais para os primeiros estádios
respectivamente.
No que toca ao quarto estádio, a libido se difunde por todo o corpo, se acalma, ficando como
que adormecida, ou no estádio de latência, no quinto , ela vem de novo a superfície e
concentra-se de modo mais explícito nos órgãos sexuais.
E em termos gerais , também não pode deixar ter presente que a personalidade do educando se
forma, se constroi na interacção de três instâncias: o consciente, o subconsciente e o
inconsciente ou numa outra “tópica” o ego (eu) o superego (sociedade com os seus padrões
cívicos, morais, religiosos, etc) e o Id (inconsciente com todos os seus impulsos ou pulsões.
É pela interacção harmónica e global dessas três instâncias que, no entender de Freud, que
resulta o desenvolvimento normal. Para ser verdadeiramente educativa, a acção do educador
deve inscrever-se neste processo.
O Modelo Walloniano
Wallon analisa o desenvolvimento humano numa perspectiva dialéctica e sócio-emotiva, em
interacção entre a natureza e a cultura. Procurando abranger o ser humano na sua
complexidade global, as delimitações dos estádios afectivo-cognitivos, segundo Wallon, são
menos rígidos.
Estádio Impulsivo e emocional (1o ano): inicialmente caracteriza-se pela actividade impulsiva
e reflexológica, que prepara o aparecimento do estádio emotivo, onde predominam
comportamentos afectivos que constituem o modo dominante de relacionamento da criança
com o meio envolvente, com a mãe e, num sentido mais amplo, com o meio familiar.
Estádio Sensório-motar e projectivo (1o –3o ano): a actividade do sujeito começa a centrar-se
em si mesmo, para depois incidir sobre os objectos ou as pessoas, levando a exploração do
mundo circundante e a imitação e representação.
Estádio do personalismo (3o –6o ano): a criança descobre-se a si mesma como distinta dos
outros, tomando consciência do seu próprio corpo. Considerando-se o centro do mundo, usa
inicialmente se estratégias agressivas e posteriormente mais conciliadoras e insinuantes.
Estádio Categorial (6o –11o ano): a criança sente-se mais pacificada sócio-afectivamente, o
que permite maior desenvolvimento cognitivo e linguístico, surgindo o pensamento categorial
que permite comparações, distinções, maior capacidade de representação e um certo domínio
de tempo que permite programar-se e contemporizar(acomodar-se as circunstâncias).
Estádio da Puberdade e da Adolescência (11o –16o ano): caracteriza-se pela crise de um
sentimento de instabilidade motivada fundamentalmente por transformações somáticos e
fisiológicas, pelo despertar de uma maior consciência de si e pela entrada na dimensão social
de um mundo mais determinante: o da criança e o da idade adulta.
O Modelo Piageciano
Para Piaget, o ser humano relaciona-se com o meio onde se insere, adaptando-o a si e
adaptando-se a ele, através da assimilação (incorporação ou interiorização das experiências
aos esquemas de acção e aos esquemas operatórios existentes) e acomodação (resposta d-
Conhecer as particularidades individuais dos seus educandos e,o sujeito as exigências
imediatas e constrangedoras do meio), numa interacção dinâmica constante de equilíbrios
sucessivos e progressivos.
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Segundo Piaget, o desenvolvimento intelectual faz-se desde as reacções reflexas inatas até a
fase adulta. Este processo desenvolve-se ao longo de 4 estádios:
Estádio Sensório-motor (0-2 anos): a inteligência centra-se na resolução de problemas
práticos ou de acção (procurar algo escondido, alcançar uma bola). Trata-se de um período de
construção do real através dos esquemas do objecto permanente e outros.
Estádio Pré-operatório (2-7/8anos): tem início a reversibilidade. A criança já domina a
linguagem e se torna capaz de usar palavras para, de uma forma simbólica, representar
objectos e imagens.
Estádio operatório concreto (operações concretas)- 7/8 -11/12 anos: a criança adquire a
transitividade ( capacidade de dedução) e a conservação (permanência de um objecto e das
suas propriedades, para além de alteração das partes). As crianças dominam noções lógicas e
abstractas e são capazes de efectuar operações mentais como matemáticas.
Estádio operatório formal ou do operações formais (11/12 –16 anos): surge o pensamento
hipotético-dedutivo. Quando as crianças se deparam com um problema, são capazes de rever
todas as formas possíveis de resolver, examinando teoricamente de maneira a chegar a uma
solução.
De acordo com Piaget, os primeiros três estádios de desenvolvimento são universais, mas nem
todos adultos alcançam o estádio operatório formal. O desenvolvimento deste tipo de
pensamento esta dependente, em parte, do processo de escolarização. Os adultos com
educação limitada tentam a continuar em termos concretos e reter largos traços de
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O Modelo Bruneriano
Questões de Reflexão
1. Qual das teorias ou modelos é mais interessante e melhor se adapta ao estudo do
desenvolvimento humano?
2. Em que medida é que esses modelos, interessam no processo educativo?
Possíveis Respostas:
Ser mais ou menos interessante, adaptar-se melhor ou pior, depende do que se quiser fazer
com cada um desses modelos. Se se analisar a génese, as transformações e a estrutura dos
processos cognitivos, o modelo piageciano pode ser o mais interessante e adaptar-se melhor.
Se se quiser analisar o desenvolvimento humano numa perspectiva mais de maturação bio-
psíquica e global e na interacção social, talvés seja de adoptar o modelo Walloniano; se se
quiser estudar o desenvolvimento humano a partir da interacção dos impulsos das pulsões do
Id e do seu controle pelo Ego e pelo superego na formação e determinação da estrutura da
personalidade do sujeito, o modelo freudiano poderá trazer vantagens e; se quiser estudar
desenvolvimento humano no quadro da cultura, através de ferramentas da linguagem, em
busca do espírito humano e numa perspectiva educativa, o modelo Bruneriano e a abordagem
de Vigotsky sera mais aconselhável e assim por diante. De qualquer modo, embora os
modelos sejam diferentes, são complementares.
No processo educativo as diferentes tarefas devem ser devidamente estruturadas e
programadas mas não podem esquecer a estrutura e as capacidades do sujeito num
determinado estádio de desenvolvimento.
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Teorias de Aprendizagem
Nem todos os estudiosos têm o mesmo conceito de aprendizagem. Alguns acentuam o aspecto
externo de modificação do comportamento , outros destacam o papel da construção pessoal,
experiencial; uns preocupam-se mais com o processo de aprendizagem e outros com o
resultado desse processo.
1. Teorias Behavioristas
Por Behaviorismo entende-se um estudo científico, puramente objectivo, do comportamento
humano. Esta corrente de pensamento, entende a aprendizagem como uma mudança no
comportamento, que resulta da prática do fazer, experimentador. Assim, o aprendido deve se
expressar em comportamentos observáveis, exteriorizáveis, passíveis de mensuração, e esses
comportamentos serão controlados pelas suas consequências.
Com base em várias experiências, Thorndike enuncias as suas três leis da Aprendizagem que
giram a volta da ideia de que a aprendizagem anda associada a um esforço que é
recompensado. São elas:
A teoria de Skinner baseia-se nas teorias do tipo E-R, como o conexionismo de Thorndike.
Skinner supunha que o homem é neutro e passivo e que todo o comportamento pode ser
descrito em termos mecanicistas.
Skinner identifico 4 condições em que as reacções podem ser reforçadas ou , pelo contrário,
enfraquecidas até a sua extinção:
Reforço Positivo ou recompensa: as reacções que são recompensadas têm tendência a ser
repetidas.
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Reforço Negativo: as reacções que libertam o organismo de uma situação penosa têm
tendência a ser repetidas.
Extinção: as reacções que não são recompensadas têm tendência a desaparecer.
Castigo: as reacções que conduzem a consequências indesejáveis ou penosas têm tendência a
ser suprimidas.
É também Skinner que lança as bases do Ensino Programado, suportado basicamente por 4
princípios:
Um comportamento novo é mais facilmente adquirido se o sujeito emite respostas a ele, e não
simplesmente se se expõe a estímulos.
Um comportamento novo é mais facilmente adquirido se reforçamentos apropriados são
promovidos.
No ensino, a matéria deve ser apresentada em fragmentos de dificuldades progressivas.
O ensino de contemplar as diferenças individuais.
Edward C. Tolman (1880-1959) é um psicólogo americano que tem um papel importante nas
correntes neobehaviristas.
Tolman afirma que o comportamento observável não poderá ser explicado pela fórmula
reducionista E »»» R; será preciso ter em conta intenções e objectivos. Aprende-se não
mecanicamente, mas em função de determinados objectivos pessoais; o que se aprende não
são respostas, mas significados e cognições.
Para Tolman, entre o E-R existe uma série de factores ou variáveis intermédias (a
hereditariedade, a idade e os factores indócrinos) inerentes ao organismo: E »»» O »»»R
Era denominada intencional porque Tolman insistia que a aprendizagem era dirigida para um
objectivo. O organismo quanto aprende é um organismo empenhado, esforçando-se por dar
significado ao comportamento. No entanto, a teoria de Tolman era também
comportamentalista pois acreditava que a validade científica só podia ser alcançada pela
observação do comportamento objectivo.
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Tolman, que fez experiências com ratos afirmava que tanto os ratos como os seres humanos
aprendem formando mapas cognitivos do seu meio.
A importância dada no processo de aprendizagem a factores cognitivos , como expetactivas e
intenções, coloca esta teoria entre perspectiva comportamentalista e cognitivista. Daí o ter
sido designada como Behaviorismo Cognitivo, apesar de Tolman se considerar behaviorista
por apenas ter em conta o comportamento observável.
Uma vertente dessas ideias é trazida pelos Behavioristas cognitivistas que defendem que o
aprender não é incorporar novas formas de respostas ao meio, mas apreender sinais, captar
direcções, montar mapas cognitivos (Tolman) ou seguir modelos que servissem de “guias”
para a apreensão de um novo comportamento (Bandura)
De acordo com Bandura, muitos dos nossos comportamentos são aprendidos através da
observação e imitação de um modelo – modelação ou modelagem. Além disso, ressalta que os
eventos ambientais (recursos, ambiente físico) pessoais (crenças, expectativas) e
comportamentais (escolhas, actos individuais) interagem no processo de aprendizagem, num
determinismo recíproco.
O Cognitivismo
Educar, para Dewey, não é transmitir conhecumentos, mas levar a criança a desenvolver as
suas tendências naturais. Dewey pretendia centrar a aprendizagem nos interesses da criança e
fomentar uma investigação através da pedagogia de projecto. Considerando que as crianças
têm uma tendência natural para a pesquisa, Dewey afirma que a pedagogia de projecto cria
hábitos e fomenta a aquisição de processos de pesquisa e ede resolução de problemas.
Outro princípio apresentado por Dewey e muito presente na actualidade é o enfoque dado ao
processo de aprendizagem. O mais importante não são os produtos, os objectivos a atingir,
mas o processo e as aquisições que se fazem no decorrer da elaboração e concretização do
projecto. Através de métodos activos a criança vai “aprender fazendo”. Vivenciar uma
metodologia de pesquisa e de resolução de problemas dá competências nesta área ao sujeito e
desenvolve as estruturas cognitivas, contribuindo para o “aprender a aprender”.
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3. 2. Bruner
Jerome Bruner define a aprendizagem como sendo um processo activo do sujeito que aprende.
O sujeito aprendente guarda e organiza a informação recebida. O conhecimento se adquire
através do levantamento de problemas, de hipóteses que avançam e se verificam e de
descobertas que se fazem. Depois de se adquirir o conhecimento, este é organizado em
categorias e relaciona-se com o conhecimento antes adquirido.
Assim, o aluno vai construindo o seu conhecimento através do ensino por descoberta, que
pressupõe actividades de pesquisa, observação e exploração, análise de problemas e
resultados, integração de novos dados em conceitos anteriormente adquiridos e princípios
mais gerais, explicações causa e efeito ou outras que ajudem a estabelecer relações. É um
ensino que pressupõe, da parte do professor, uma capacidade de lançar perguntas que
despertam a curiosidade, mantenha o interesse, provoquem e desenvolvem o pensamento, de
forma geral, uma aprendizagem activa.
O ensino, para Bruner, deve estar voltado para a compreensão das relações entre factos e
entre ideias, única forma de garantir a transferência do conteúdo aprendido para novas
situações.
A teoria de Bruner assenta em 4 princípios fundamentais:
mesmo tópico deve ser ensinado a vários níveis e a abordagem deve ser feita periodicamente e
em círculos concêntricos cada vez mais alargados e profundos. A progressão de um currículo
deve ir de simples, concreto e específico para o complexo, abstracto e geral. As matérias
devem ter em conta os graus de desenvolvimento dos alunos.
3.4. Ausubel
A base da teoria de David Ausubel é que a aprendizagem deve ser significativa ou
compreendida “meaningful learning”, isto é o sujeito aprende e está aberto a aprender quando
integra a nova informação nos conhecimentos adquiridos. Os alunos reorganizam as estruturas
cognitivas entre as novas informações e os conceitos ja existentes com que se vão relacionar.
Ausubel, preconiza que o ensino expositivo não leva forçosamente a uma aprendizagem
memorizada ou mecânica. Este autor valoriza uma exposição clara e organizada, o método
expositivo , que pode socorrer-se de esquema, gráficos e meios audiovisuais. A exposisão da
matéria deve ser dedutiva, sequencial, a partir dos conceitos gerais.
Ausubel crê que embora o ensino pela descoberta tenha vantagens, é um ensino muito moroso
e caro. Por isso, propõe o ensino pela descoberta guiada “guided discovery learning”.
De acordo esta estratégia, o professor é organizador do PEA, não deixando que o ensino
funcione ao sabor e ritmo dos interesses dos alunos.
Ausubel concluiu que é mais fácil aprender, se a informação for organizada e sequenciada de
uma forma lógica. O professor deve ajudar os alunos a organizar o saber, integrando os
conteúdos a aprender nos conhecimentos já adquiridos, pois é isso que faz o aluno considerar
que são aprendizagens significativas e favorece a fixação de novas informações. Para isso, o
autor defende o uso de “organizadores avançados ou prévios” como sumários no fim das
lições e questionários de revisões, que tem a funcionam como “pontes cognitivas” entre o que
o educando já sabe e o que tem de saber, facilitando assim a aprendizagem.
3.5 Piaget
A concepção construtivista de Piaget parte da tese de que o conhecimento não depende apenas
do sujeito, nem só do objecto. As estruturas da inteligência não são apenas inatas, mas
produto de uma construção contínua do sujeito agindo sobre o meio. Piaget atribui ao
indivíduo um papel activo do indivíduo na construção do conhecimento e propõe a seguinte
dialéctica:
Estruturas mentais «««««««« Experiências
»»»»»«»»
Segundo o seu o modelo biológico, o homem é guiado pela busca de equilíbrio entre as
necessidades biológicas fundamentais de sobrevivência e as agressões colocadas pelo meio
para a satisfação dessas necessidades.
Nessa relação , a organização é o mecanismo que permite ao homem ter condutas eficientes
para atender às necessidades, isto é, a sua demanda de adaptação. A adaptação envolve a
Assimilação e acomodação. Portanto, o desenvolvimento intelectual, segundo Piaget, resulta
da construção de um equilíbrio progressivo entre assimilação e acomodação, o que propicia o
aparecimento de novas estruturas mentais. A Assimilação consiste em integrar ou interiorizar
a experiência do meio ambiente onde está inserido, ou seja, acrescentar novos elementos a um
conceito ou esquema. A Acomodação refere o ajustamento desses elementos a nova situação,
a resposta do sujeito as exigências imediatas e constrangedoras do meio, grau de adaptação
aos estímulos externos, mediante a reorganização cognitiva, em vez de respostas mecânicas.
Piaget sustenta ainda que o ensino deve estar de acordo com os interesses e a curiosidade da
criança, deve ser significativo para ela e não apenas um papaquear de palavras proferidas por
outrem, o que conduzirá a um mero verbalismo. As tarefas e o material a apresentar devem ser
seleccionados e organizados de tal modo que a criança sinta uma certa tensão “benéfica” que
leva em busca da equilibração e que se traduz num desejo de aprender.
Para Piaget, as relações do sujeito com o objecto são essenciais no seu processo de
desenvolvimento, da mesma maneira que as relações entre os sujeitos. O autor afirma que ,
construir conhecimentos é dar resposta a demandas sociais, mas envolve também a
necessidade de comunicar esses pensamentos, que serão avaliados pelos outros. Assim sendo,
o outro é legitimador do conhecimento adquirido.
Piaget afirma que o motivo fundamental que governa o esforço intelectual é inerente às
próprias estruturas cognitivas. A necessidade de conhecer não é um motivo extrinseco,
independente da actividade intelectual; trata-se, pois, de uma propriedade intrinseca desde o
princípio.
3.6. Vigotsky
Para Vigotski, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. Não há como
apreender o mundo se não tivermos o outro, aquele que nos fornece os significados que
permitem pensar o mundo a nossa volta.
A aprendizagem da criança inicia-se muito antes da sua entrada na escola, isto porque desde o
primeiro dia de vida, ela já está exposta aos elementos da cultura e à presença do outro, que
se torna o mediador entre ela e a cultura.
A escola surgirá, então como lugar priveligiado para o desenvolvimento, pois é o espaço em
que o contacto com a cultura é feito de forma sistemática, intencional e planificada. O
desenvolvimento – que só ocorre quando situações de aprendizagem o provoquem – tem seu
rítmo acelerado no ambiente escolar. O professor e os colegas formam um conjunto de
mediadores da cultura que possibilita um grande avanço no desenvolvimento da criança.
Vigotsky concebe o desenvolvimento dinamicamente formado por dois níveis: o afectivo (ja
adquirido) e o potencial (realizável com ajuda dos adultos).
Portanto, o que caracteriza fundamentalmente o ensino seria gerar essa área potencial de
desenvolvimento, que posteriormente seria internalizada pela criança. A aprendizagem não é
em si mesma desenvolvimento mas activa o processo evolutivo, desperta os processos
internos do indivíduo, liga o desenvolvimento da pessoa a sua relação com o meio ambiente
sócio-cultural em que vive e a sua situação de organismo que não se desenvolve plenamente
sem o suporte de outros indivíduos da sua espécie. Se o ensino constitui um estímulo para o
desenvolvimento, é preciso que ele se adapte às diferenças desenvolvimentais, tendo em conta
um conjunto de qualidades cognitivo-afectivo-sociais evolutivas da criança.
Do mesmo modo que os dados que entram no computados tem de ser codificados de
forma a que estes os possa armazenar e processar, a informação que entra nos receptores
sensoriais tem de ser codificada para depois ser armazenada e processada. A codificação
envolve a construção de traços de memória que constituem abstrações baseadas nos
traços mais salientes da informação entrada.
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Kurt Lewin (1890-1947), autor da teoria que recebeu várias denominações como, posição
teórica de campo, psicologia topológica e de vector.
O objecto da psicologia topológica não é, apenas, o indivíduo, mas uma estrutura mais ampla
e mais complexa, de que o indivíduo é um dos componentes, ora funcionando como objecto
privilegiado, ora como componente secundário.
Tomando como base a ideia de que o todo, a estrutura, é mais do que a soma das suas partes,
Lewin afirma que toda a actividade psicológica, e portanto, também a aprendizagem, se
realiza num campo de acção em que um conjunto de factores interferem e condicionam o
comportamento de uma pessoa numa determinada situação. Portanto, todo o ser humano tem
tendência de possuir o seu campo psicológico com o qual se confronta no dia-a-dia para
satisfazer as suas necessidades.
Insigth significa visão interior. Os representantes da gestalt designam assim uma espécie de
iluminação intelectual instantâneos, global e directa. No Insigth, o campo perceptivo
reorganiza-se totalmente, num instante, os seus diferentes elementos são vistos em novas
relações uns com os outros. Quando o sujeito encontra uma situação problemática e consegue
estruturá-la diz-se que ocorreu Insigth, ou seja, discernimento ou compreensão súbida (sem
aproveitamento da experiência anterior).
De início, aquele que faz frente a totalidades não-diferenciadas. À medida que aprende, vai
diferenciando áreas que, cognitivamente se vão estruturando e especificando, o que produz
mudança cognitiva do mundo psicológico como um todo. Esse processo de diferenciação,
com a consequente estruturação cognitiva, tanto se refere ao campo extrínseco (ambiente),
como ao próprio indivíduo (necessidade, motivos, emoções, linguagem, e.t.c.).
Em resumo: O indivíduo percebe e selecciona os objectos de acordo com espaço vital, isto é,
o espaço vital influencia a forma de estruturar, organizar, perceber e dar significado o
material.
No PEA deve-se ter em conta os diferentes contextos: geográfico, linguístico, cultural, as
experiências anteriores do aluno, para levá-lo a asssimilar os conteúdos.
5. Movimento humanista
A perspectiva da junção de todos os elementos da consciência no acto de aprender vai estar
presente nas correntes teóricas chamadas Humanismo.
Surgido a partir dos trabalhos de Abraham Maslow, o humanismo se propôs a ser uma terceira
força, contrapondo-se a Behaviorismo e a Psicanálise.
Para o humanismo, há uma tendência natural do ser humano a aprender, a aumentar os seus
conhecimentos; contudo a aprendizagem somente se torna significativa quando contribui para
a auto-realização do sujeito.
Por ver o sujeito aprendiz como uma totalidade, entende o acto de aprender como
envolvimento não somente a cognição, mas também os aspectos afectivos e as acções.
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Rogers entende que o educando cresce e adquire experiência se se lhe deixa iniciativa para
descobrir o seu próprio caminho, numa atitude de auto-realização e auto-avaliação, num
processo de tornar-se pessoa.
Aplicação Pedagógica:
Liberdade na selecção de disciplinas
Aprendizagem activa de descoberta
Ensino individualizado e trabalho de grupo
Cria-se centros de interesse e disciplinas opcionais
O ser humano além de ser um conjunto de estímulos e reacções, é capaz de intuir, pensar,
decidir, avaliar, e.t.c. Por esse motivo, pode-se considerar que as teorias behavioristas não
esclarecem inteiramente os fenómenos de aprendizagem.
Três grandes falhas se apontam aos adeptos do behaviorismo:
Concentran-se nos comportamentos externos, nos resultados finais obtidos e descuram os
processos internos.
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Quanto a educação do tipo humanista ela também tem os seus perigos, a par de vantagens e
atractivos. Prescrevendo uma atitude não directiva do professor e deixando a aprendizagem ao
livre sabor do aluno, pode resultar em preparação académica insuficiente.
Apesar das análises feitas, nenhuma teoria explica tudo, ou seja, umas teorias explicam alguns
aspectos da aprendizagem, outras explicam outros, são porconseguinte complementares e
todas. A sua aplicação no processo de educativa
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Objectivos de Ensino
Objectivos Específicos: são os objectos mais simples, concretos, alcançáveis em menor tempo
e explicitam desempenhos observáveis e indicam condições e critérios de manifestação do
comportamento. Este tio de objectivos consiste numa maior especificação dos objectivos
gerais e numa operacionalização dos mesmos. Exemplos de objectivos específicos: objectivos
da unidade e da aula.
Objectivos Cognitivos
Objectivos Afectivos
Objectivos Psicomotores
Taxionomia de Bloom
Objectivos Cognitivos
Os objectivos do domínio cognitivo estão relacionados com o conhecimento e habilidades
intelectuais dos alunos. O domínio cognitivo é que tem ocorrido a maioria das actividades em
desenvolvimento curricular e onde se encontra as mais definições claras de objectivos em
termos de comportamento do aluno. Este domínio especifica uma sequência de seis níveis ou
tempos:
Conhecimento (conhecimentos básicos ou essenciais): envolve a evocação de informações,
ideias, material ou fenómeno. O aluno irá reconhecer ou recordar informações, ideias e,
princípios ne forma em que foram aprendidos. Exemplo de verbos: Escreva, liste, nomeie,
diga, defina...
Compreensão: Refere-se a apreensão ou entendimento tal, que o indivíduo conheça o que esta
sendo comunicado, ou seja, consiste em captar o sentido diracto ou significado de uma
comunicação de um fenómeno e compreender a essência do conteúdo através da transferência,
interpretação. O aluno traduz, compreende ou interpreta informação com base em
conhecimento prévio. Exemplo de verbos: Explique, Resuma, Parafraseie, Descreva, ilustre...
As perguntas requerem que o aluno pense em termos mais abrangente, que mostre uma
compreensão mais profunda e explique por suas próprias palavras. Ex: Explique o significado
de... Argumente porque...
Aplicação: uso de abstrações em situações particulares e concretas. As abstrações podem
apresentar-se sob a forma de ideias gerais, regras de procedimentos, princípios técnicos,
teorias que devem ser recordados e aplicados. O aluno selecciona, transfere, e usa dados e
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Conteúdos
Métodos
Recursos disponíveis
Tempo disponível do aluno em relação a quantidade de objectivos
Condições espaciais da escola
Contexto cultural, linguístico e geográfico dos alunos
Este requisito indica com que materiais ou objectos trabalha o aluno e que prova se lhe
propõe, e especifica que auxiliar ou recursos podem utilizar ou lhe estão vedados.
Exemplo: Consultando dicionário; Dispondo de uma bola; Com uma calculatora...
3o Requisito: Critério ou padrão de rendimento aceitável
Critério é a evidência, a prova ou comprovante que se vai aceitar como garantia de que o
objectivo foi, em parte ou totalmente, atingido; é portanto, o resultado que se observa no
comportamento do aluno.
Este rendimento mínimo, ou padrão de rendimento aceitável, pode ser expresso:
Em números que especifiquem o menor número de respostas correctas. Ex: O aluno assinalará
directamente numa lista de nomes, pelo menos dois que sejam de Ministros de Moçambique.
Em percentagem Ex: O aluno traduzirá, sem sem auxílio do dicionário, 90% das palavras de
uma lista dada.
Em definições de qualidade. Exemplo: Utilizando as instalações e o material da oficina, o
aluno será capaz de construir uma mesa de madeira.
NB: Nem sempre é fácil especifiacr o rendimento mínimo aceitável, principalmente dos
desempenhos que exigem originalidade.
Conteúdos
Conteúdo é o que esta contido num campo de conhecimento. Envolve informações, dados,
factos, conceitos, princípios e generalizações. Acumuladas pela experiência do homem, em
relação a um âmbito ou sector da actividade humana. Portanto, o conteúdo da aptrendizagem
é os conhecimentos. Os conhecimentos são imagens subjectivas de fenomenos e processos da
realidade e existem em forma de imaginações, noções e depoimentos sobre os fenómenos e
processos. O conhecimento de algo é o saber dum facto.
Conhecimentos de factos: são informações sobre coisas, sobre suas qualidades e relações.são
conhecimentos sobre fenómenos e processos da natureza e da sociedade e têm um significado
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fundamental para a acção do homem. Ex: O professor ensina os alunos; este é o professor de
matemática.
Conhecimentos de regularidades: são informações sobre relações causa-efeito entre os factos,
os fenómenos.
Conhecimentos de procedimentos: indicam os passos a seguir na realização de actividades.
São as informações que indicam como operar. Com base nos conhecimentos de
procedimentos faz-se desenvolver no indivíduo hábitos e habilidades.
Ex: Como se acha o menor múltiplo comum; como se analisa uma frase, como se manejam os
instrumentos de desenho...
Conhecimentos de valores: são informações sobre os padrões relacionados com todos os
aspectos da vida incluindo o comportamento. A decisão, se algo é correcto ou errado, se
corresponde às necessidades sociais e pessoais, depende do saber sobre os valores e
significados políticos, morais... Os conhecimentos de valores desenvolvem no indivíduo
certos ideais, qualidades de comportamento, convicções.
Conhecimentos de normas: são informações sobre como se devem regular as relações
humanas, princípios morais, como se comportar. Estes conhecimentos têm relação com a
moral, a política de cada sociedade, a cultura e a tradição. Fazem com que o indivíduo
desenvolva qualidades de comportamento.
Na escola, em cada disciplina encontramos todos estes conhecimentos para o
desenvolvimento integral da criança. Os conhecimentos não existem isolados uns dos uotros.
Eles formam sistemas de conhecimentos porque os fenómenos e processos na realidade
existem sempre em conexão.
Numa outra classificação (classificação geral), os conhecimentos podem ser:
Conhecimentos científicos: são conhecimentos comprovados através da ciência, da
investigação. A tarefa do professor é levar o aluno a adquirir conhecimentos científicos de tal
forma a adquirir sistema de conhecimentos.
Conhecimentos empíricos: são conhecimentos que resultam das vivências pessoais. Ex: O
camponês por certos sinais pode chegar a conclusão que nesse ano haverá seca ou chuva.
Os Conhecimentos empíricos servem de base para a formação de conhecimentos científicos.
Conhecimentos geográficos
Conhecimentos Pedagógicos
Conhecimentos Jurídicos, e.t.c.
Selecção de conteúdos
A selecção de conteúdos esta vinculada, directamente, a determinação de quais conteúdos são
considerados mais importantes e significativos para serem escolhidos e trabalhados numa
determinada realidade e época, em função dos objectivos propostos.
Para isto, devemos estar atentos para escolher conteúdos que sejam:
Os mais significativos dentro do campo do conhecimento;
Os que dispertam maior interesse nos estudantes;
Os mais adequados ao nível de maturidade e adiantamento do aluno;
Os mais úteis em relação a resolução que o aluno tenha de tomar;
Os que podem ser aprendidos dentro das limitações de tempo e recrsos disponíveis.
Validade:
O critério de validade requer que os conteúdos seleccionados sejam dignos de confiança e
represntativos. Exige que a estrutura essencial que caracteriza estes conteúdos reflita, tanto
quanto possível, a utilização da disciplina da qual fazem parte. A actualizaçào é um aspecto a
ser considerado. Os conteúdos nunca deveram ser seleccionados como definitivos e imutáveis,
isto porque a ciência revisa, constantemente , suas conclusões, e o conhecimento aumenta em
ritmo acelerado.
Flexibilidade:
O critério de flexibilidade diz respeito às alteraçòes que se podem realizar em relação aos
conteúdos seleccionados para o trabalho a ser realizado. A escolha deve ser feita de tal modo
que possibilite a cada professor fazer modificações, adaptações, renovações ou
enriquecimentos, a fim de atender às necessidades próprias da classe, de cada aluno, do
próprio conteúdo e da realidade imediata.
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Significação:
O critério significação está relacionado ao campo experiencial do aluno. Um conteúdo terá
significvado para o aluno quando, além de despertar interesse, leva-o a aprofundar o
conhecimento por iniciativa própria.
Possibilidade de elaboração pessoal:
Refere-se à recepção, assimilação e transformação da informação pelo próprio aluno. Implica
manejo intelectual que os estudantes devem fazer do conteúdo aprendido, a fim de favorecer
as experiências pessoais.
Utilidade:
O critério de utilidade leva a atender directamente o problema do uso posterior do
conhecimento em situações novas. Na selecção de conteúdos, ele estará presente quando se
harmoniza os conteúdos seleccionados para o estudo, com as exigências e características do
meio em que vivem os alunos.
Integração com as demais áreas ou disciplinas, que torna mais significativo ainda o que esteja
sendo tratado e mais estimula a transferência da aprendizagem, ajudando a perceber todos os
conhecimentos como inetrdepebndentes regidos pelos mesmos princípios lógicos.
Integração com a realidade, com o meio em que se vive e com o que no mesmo se passa a fim
de despertar para o sentido da funcionalidade e pragmaticidade dos acontecimentos, de ajuda
ao homem para que possa viver melhor, a fim de tornar a vida mais digna, mais elevada e
mais espiritual.
A formação de Noções
Como se adquire o conhecimento?
O conhecimento começa a partir das sensações (características isoladas dos objectos) até
chegar a noção / conceito (conhecimento conceptual).
A noção é produto de reflexo das qualidades gerais e essenciais dos objectos e fenómenos da
realidade. As características essenciais dos objectos e fenómenos formam o conteúdo de uma
noção. Portanto, a noção é um agrupamento dos objectos em categorias ou classes.
As imagens não são sensações nem percepções. Elas apresentam-se sob a forma de esboço.
As imagens são plasticas e dão-nos algumas características mais ou menos gerais do objecto.
Ex.:o desenho (imagem) de uma árvore não dá imagens mais ou menos gerais do que a
palavra árvore.
Na palavra árvore estamos perante a noções. As noções são abstratas e dão características ou
conhecimentos mais profundos dos objectos.
Sensações ___directas (concreto)
No ensino devemos partir do conhecimento sensorial para o conhecimento conceptual.
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A reunião mental ou agrupamento dos objectos faz-se na base das características comuns,
invariáveis, essenciais, relevantes ou principais.
Na definição de uma noção ignoram-se as características não comuns, não essenciais,
irrelevantes, secundárias.
As caracteríticas essenciais abstraem-se das não essenciais através da análise e síntese (por
exemplo em forma de comparação) e generalizam-se como características, que são comuns
para um grupo de objectos.
Com base no conteúdo da noção podemos definir o número de objectos ou indivíduos que
fazem parte dessa noção, isto é, cada noçào engloba um certo número ou quantidade de
objectos que se realiza com base no conteúdo.
As noções existem em cada ciencia sob a forma de relações com base no conteudo formando
uma estrutura de noções.
A estrutura de noções forma um sistema de noções. Para o aluno chegar nos conhecimentos de
noções profundos deve partir de noçòes inferiores.
A partir de uma noção pode-se chegar a outras noções através da sua relação semântica.
Também armazenamos as noções de acordo com a actividade.
Exercício:
1. Apresente noções relacionadas em que a 1a seja superior a 2a e a 2a superior a 3a .
2. Apresente três noções relacionadas em que a 1a seja inferior seguida de uma noção
superior a 1a e depois a 3a superior a 1a e a 2a .
Todos concordam, porém, com alguns princípios. Esses são as leis básicas de uma
aprendizagem eficiente. Tem sido mais do que comprovado que a presença desses fatores
psicológicos parece acelerar a curva de aprendizagem e tornar mais fácil para o indivíduo a
aquisição do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades. A sua ausência, por outro
lado, parece retardar o processo de aprendizagem e aumentar a dificuldade de ensinar.
Os fatores psicológicos envolvidos na aprendizagem podem ser considerados como meios
através dos quais o indivíduo deve pensar, a fim de que possa assimilar o material
apresentado. As leis psicológicas que influenciam a aprendizagem devem conduzir ao fim
predeterminado, para que a instrução seja bem sucedida.
1. Motivação
Motivo e Motivação
A palavra motivo significa aquilo que faz mover, actua como é uma condição interna que leva
o indivíduo a persistir num comportamento orientado para um objectivo. O motivo é causa
das acções. Em consequencia, motivar significa provocar movimento, actividade no
indivíduo. Motivação será, portanto, o processo que conduz tais condições.
A motivação é um processo que se desenvolve no interior do indivíduo e o impulsiona a agir
mental ou fisicamente em funçào de algo. A motivaçào resulta no interesse, concentração da
atenção, actividade produtiva e eficiente da classe. A falta de motivação conduz a problemas
disciplinares, aborecimento, fadiga e aprendizagem pouco eficiente.
Só aprende quem quer aprender. Esta é a primeira lei da educação. Você pode, talvez, ensinar
uma pessoa contra sua vontade. Fazer isso, porém não é aconselhável. A esse desejo de
aprender os educadores e psicólogos chamam motivação.
A motivação envolve duas coisas: (1) saber o que se deve aprender e (2) entender por que tal
aprendizagem é conveniente. Se houver esses dois elementos da motivação, o processo da
aprendizagem pode ter um bom início.
Para compreender o valor da motivação, reflita sobre sua própria experiência. Talvez tenha
acompanhado um amigo a uma conferência na qual você não tivesse o menor interesse, e,
além disso, não visse nenhuma utilidade nem para si mesmo nem para o seu trabalho. Você
sentou-se, ouvindo atenciosamente, mas sem entusiasmo e sem interesse. Ao refletir sobre tal
experiência, o que você acredita que tenha mudado em seu comportamento em conseqüência
desta experiência? Provavelmente nada.
Confronte essa experiência com outra. Você tem uma oportunidade de progredir. Isso significa
elevação de status, melhor salário, melhores condições de trabalho. O supervisor reúne um
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grupo de possíveis candidatos para este posto. Você é um deles. A palestra começa. Desta vez
você não tem nada de apático. Você ouve atentamente. Captar cada palavra, refletir sobre elas
significam seu futuro. Em tal situação não há dúvida quanto à sua motivação. Trata-se de uma
palestra, como a outra que você assistiu, mas que diferença de reação / Você está motivado,
não há dúvida; está motivado porque quer aprender.
A maioria dos psicólogos acha que algum tipo de motivação seja talvez o único elemento mais
importante para uma aprendizagem eficiente. É o fator que impulsiona para uma situação na
qual outros fatores do processo de aprendizagem podem começar a operar e finalmente
combinar-se para levar a eleito a aprendizagem total.
Curiosidade
Sensório-motor (0 a 2
Caracteristicas externas dos objectos
anos)
Curiosidade
Jogos:
- De observação: a criança mediante
objectos cria algo da realidade
- De imitação: algumas crianças
Pré-operatório (2 a desemenham o ael de ai ou mãe
7/8 anos) imitando adultos
- De regras: realiza se mediante
regras. Jogos didacticos
O professor deve:
Dar reforço
Operatório concreto Utilizar metodos
(7/8 a 11/12 anos) participativos /activos
Curiosidade de saber ler ou escrever Utilizar meios auxiliares
Agradar os ais atractivos
Ocupar um lugar na turma Promover jogos de
Prazer causado pela ctividade: dramatização
Exemplo aula dramatizada
Lógico-formal/ Motivos ligados a futura profissão O professor deve apresentar
operatório formal dramatização o significado da materia
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2. Atenção
A atenção define-se como o estado psiquico que consiste na orientaçào da actividade psiquica
para um objecto com inibição das outras zonas do cérebro.
Tipos de Atenção
Voluntária: forma-se de forma intencional para certos objectos.
Involuntária: é provocada por estimulos fortes bdo exterior ou do interior.
Distracção: surge quando o indivíduo não consegue a sua atenção para um objecto. Há
instabilidade da actividade psíquica que se manifesta em vários objecto, não se concentrando
num único objecto.
A concentração focaliza toda a intensidade de sua atenção numa situação específica de
aprendizagem. A motivação é claro, ajuda nesse processo de focalização; mas a natureza
altamente energética da concentração é fundamental. Não confunda, por exemplo, o simples
prestar atenção com a complexidade da concentração. Fazer essa confusão é perder o sentido
das coisas e deixar de compreender o caráter singular da concentração.
Concentração produz resultados. Há bastante diferença, por exemplo, entre a quantidade da
aprendizagem que uma pessoa adquire num período de treinamento, quando apenas presta
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atenção, e quando se concentra totalmente no que está sendo apresentado pelo professor. Você
está realmente aprendendo quando devota toda a energia mental que possui, na aprendizagem,
de um determinado assunto.
Infelizmente, a relação entre aprendizagem e atenção não é diretamente proporcional.
Cinqüenta por cento de atenção não resulta em cinqüenta por cento de aprendizagem e assim
por diante. Aliás, a curva da aprendizagem desce na maior parte do período de pouca atenção
e sobe abruptamente nos limites máximos da concentração. Onde a simples atenção cessa e
começa a concentração, a curva sobe quase verticalmente; a partir daí, quanto mais intensa a
concentração, mais rápida e eficiente a aprendizagem.
Na ausência de concentração, o material apresentado tende a fixar-se apenas vagamente. A
impressão pode ser suficientemente clara para a pessoa entender o que está sendo visto ou
ouvido, mas não suficientemente forte para causar impressão vivida e duradoura.
Todos tivemos a experiência de ler uma página inteira, palavra por palavra, sem reter o
mínimo do que se leu. Essa condição resulta, com freqüência, da falta de concentração e
ilustra a importância desse fator em todo o processo de aprendizagem.
b) Factores pessoais
Factores de natureza psíquica:
- Emoções: emoções positivas aumentam a atençào e emoções negativas inibem.
- Atitudes: qualidade psíquica que reflecte a relação do sewr humano com os objectos, os
fenómenos e consigo mesmo. Atitude negativa em relação a uma disciplina ou professor, o
aluno não presta atenção.
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Aptidão
O aluno deverá estar apto para aprender. Se a matéria ensinada está em nível demasiadamente
elevado deve ser dada uma instruçào preparatória, visando prepará-lo para assimilaçào do
assunto em nível mais elevado. Deve-se evitar a sobre-exigência ( exigir acriança mais do que
é capaz de fazer) ou subexigência ( exigir a criança menos do que está em condições de
realizar na base do seu estádio de desenvolvimento).
4. Organização
O propósito da aula, portanto, é ajudar o aluno a reunir as informações e os procedimentos para
compor a habilidade em um todo lógico e significativo. Quando a aula consegue isso, ela
alcançou muito no sentido de tornar a aprendizagem uma experiência criadora e significativa.
Alguns fatos bem apresentados, um objetivo claramente delineado é melhor do que um conjunto
de informações confusas. A mera distribuição de conhecimento importa menos do que a relação
lógica do conhecimento com o todo organizado e completamente integrado.
Tomar um conjunto de dados não-relacionados, observar uma situação complexa, ouvir relatórios
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8. Diferenças individuais
As diferenças individuais são de vária ordem. Alguns alunos bem dotados do que outros
possuem maior ou menor capacidade de memorizar, atenção e raciocínio, força de vontade.
Possuem essas qualidades de forma diferente, suas aquisições e realizações na vida escolar
variam, como também as técnicas de ensino.
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Percepção: acto de organização de dados sensoriais pelo qual conhecemos “a presença actual
de um objecto exterior”: temos consciência da existência do objecto e suas qualidades.
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Memória
A fixação e a evocação serão tanto maiores quanto maior for o significado do material.
Diferentes partes da matéria devem ser relacionadas, materias diferentes devem ser
articuladas.
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Importância
- A memória é condiçào do progresso intelectual: não haveria evoluçào dos nossos
conhecimentos se à medida que os adquirissemos, os perdessemos;
- A linguagem seria impossível sem a memória, porque para falar é necessário reter as
palavras e o seu sentido;
- Permite aperfeiçoar os nossos actos;
- A personalidade não existiria sem memória, pois é ela que conserva o nosso passsado e
permite incorporar no “eu” o que se vai leccionando, para organização da personalidade.
- Quando o aluno não armazena o material aparece o esquecimento. O esquecimento é o
fracasso do esforço evocativo ou impossibilidade de reproduzir o passado.
Factores do esquecimento:
Vastidão da matéria
Irrelevância do conteúdo
Falta de interesse
Doenças da memória
O tempo (as repetiçòes devem ser curtas): a primeira repetiçào deve ser na aula.
Cansaço
O papel do significado
A matéria fixa-se mais rapidamente quando o aluno compreende o conteúdo. Por isso, o
ensino deve ser compreensível.
Segundo Ebbinghauss quanto mais tem diminuir as repetições, maior é o esquecimento.
Portanto, o esquecimento é maipr logo o periodo após a seguir a aprendizagem. Ele
recomenda que é preciso começar cedo com as repetiçòes e os exercícios. Mas as repetições
devem ser bem estruturadas. Os exercícios fazem o aluno entrar profundamente na matéria,
servem quando bem orientados para reforçar a auto-confiança dos alunos.
Também uma aula anterior activa seguida de uma aula menos activa os alunos não fixa os
conhecimentos. E uma actividade muito intensiva seguida de uma aula pode haver
dificuldades de retenção.
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O Desenvolvimento Moral
consequências positivas e negativas. A ideia é tentar perceber de que forma se poder fazer
negógio ou trocar favores- “coça-me as costas e eu coço-te as tuas”-mas obtendo uma
pequena vantagem em cada negócio.
Nível convencional:o sujeito interioriza e adapta como suas as regras morais. O sujeito
concebe as exigências da família, da escola, do grupo social ou da naçào como constituindo
valores em si mesmos, independentemente das consequências.
Estádio III- Orientação em função das relações interpessoais ou a moralidade do tipo “bom
rapaz”: o sujeito tem em conta a maneira como os outros vêm o problema. Há preocupação
com grupos de pessoas e comformismo as normas do grupo. O bem e o mal dependem das
reacções dos outros, embora em termos de aprovação / desaprovação e não do seu poder
físico.
Estádio IV- Moralidade da autoridade e da manutenção da ordem social: caracteriza-se por
comportamento moral dirigido pelo próprio, de maneira racional, tomando por referência as
leis da sociedade. O sujeito aceita as convenções e as regras para evitar a sensura dos outros.
É a moralidade da lei e da ordem. Os comportamentos são julgados como bons se estão de
acordo com um conjunto rígido de regras, se o sujeito cumpre o seu dever se é respeitador da
autoridade.
Nível Pós-convencional: o sujeito distancia-se das regras e define os valores em termos de
princípios universais, livremente escolhidos. Procura definir os valores morais e os princípios,
independentemente da autoridade e da sua identificação às pessoas mas em forma universal.
Estádio V- Moralidade do contrato social, dos direitos individuais e da lei democraticamente
aceite: raciocínio moral passa a ter uma orientaçào contratual e legalista. A moralidade assenta
num acordo entre as pessoas, prontas a conformar-se a normas que lhes parecem necessárias
para a manutençào da ordem social e dos direitos de cada um. A acção justa é definidade em
termos de direitos individuais e em termos de critérios, examinados de forma crítica, e, à volta
dos quais, a sociedade está de acordo. A conformidade à lei não está ligada a evitação de uma
sanção legal mas principalmente ao evitamento da perda de respeito de um observador
imparcial.
Estádio VI- Orientação dos princípios éticos universais: caracteriza-se pela orientaçào para
princípios de universalidade e consistência lógica. O comportamento moral é controlado por
um ideal interiorizado, independente das reacções dos outros. Trata-se de princípios universais
de justiça, de reciprocidade, de igualdade, de respeito pela dignidade do ser humano,
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Implicações Pedagógicas
O sistema de Kohlberg é, de muitas maneiras, uma crítica ao ensino tradicional. O ensino
devia incidir-se em cada indivíduo decidir os seus próximos valores a atingir. A escola, como
ambiente educativo tem, um papel decisivo no processo de desenvolvimento, ora
estimulando-o ora retardando-o ou estagnando-o. Se no passado ela teve um impacto reduzido
no desenvolvimento interpessoal e moral dos alunos a nova realidade educativa impõe
inquestionalmente objectivos de desenvolvimento pessoal e social e torna-se necessário
explicitar o curriculum oculto da escola, as aprendizagens e as experiências que os alunos
realizam ou não. As escolas devem encorajar os valores determinados pelo indivíduo em vez
dos ditados pela sociedade.
Os professores devem ser um padrão de referência para as crianças, pois a educação moral
refere-se fundamentalmente ao desenvolvimento do carácter moral dos alunos incutido pelos
professores. A educacão moral deve ser ensinada explicitamente na escola. As ciências morais
devem ser ensinadas na literatura.
Assim, a disciplina e o desenvolvimento moral podem constituir parte integrante de
programas educacionais positivos. Podem introduzir-se nas aulas debates sobre dilemas 4
Primeiro nível existe uma desordem total na crianca, aquilo k a crianca faz e normal, o
especialista de aprendizagem deve acompanhar as crianças fazendo correcoes positivas, e a
crianca vai aprendendo.
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morais usando títulos de artigos de jornais, casos do dia-a-dia, questões morais populares.
O objectivo da avliação do rendimento escolar não é a atribuição de notas, graus aos alunos,
mas o controle dos processos educativos e, portanto, do trabalho do professor e dos métodos e
meios empregados.
A avaliação consiste em emitir juizos de valor sobre o rendimento do aluno, o nível dos
conhecimentos, habilidades e aptidões.
Como avaliar?
A elaboração dos questões pode variar quanto :
À actividade mental
À redacção
Quanto à actividade mental, a elaboração dos questões baseia-se na taxionomia de Bloom no
que diz respeito ao domínio cognitivo. Assim temos:
Quetões de Conhecimento (conhecimentos básicos ou essenciais): envolve a evocação de
informações, ideias, material ou fenómeno. O aluno irá reconhecer ou recordar informações,
ideias e, princípios ne forma em que foram aprendidos. Exemplo de verbos: Escreva, liste,
nomeie, diga, defina...
Quetões de Compreensão: Refere-se a apreensão ou entendimento tal, que o indivíduo
conheça o que esta sendo comunicado, ou seja, consiste em captar o sentido diracto ou
significado de uma comunicação de um fenómeno e compreender a essência do conteúdo
através da transferência, interpretação. O aluno traduz, compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio. Exemplo de verbos: Explique, Resuma, Parafraseie,
Descreva, ilustre...
As perguntas requerem que o aluno pense em termos mais abrangente, que mostre uma
compreensão mais profunda e explique por suas próprias palavras. Ex: Explique o significado
de... Argumente porque...
Quetões de Aplicação: uso de abstrações em situações particulares e concretas. As abstrações
podem apresentar-se sob a forma de ideias gerais, regras de procedimentos, princípios
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técnicos, teorias que devem ser recordados e aplicados. O aluno selecciona, transfere, e usa
dados e princípios para completar um problema ou tarefa. Exemplo de verbos: use, resolva,
demonstre, aplique, construa...
Quetões de Análise: desdobramento de uma comunicação em seus elementos ou partes
constituintes.
A capacodade de analisar o material pode ser avaliada através da verificação se os alunos
consequem identificar os pressupostos subjacentes a um argumento ou debate através do
pensamento crítico para permitir a separação de factos das opiniões e comparar teorias. O
aluno distingue, classifica, e relaciona pressupostos, hipoóteses, evidências ou bestruturas de
uma questão. Exemplo de verbos: analise, categorize, compare, contraste, separe...
As perguntam são concebidas para pedir aos alunos que decomponham a matéria e examinem
as partes componentes. Ex: Em que se assemelham as teorias x e Y e em que diferem?
Quetões de Síntese: combinação de elementos e partes de modo a formar um todo. Isso
envolve o processo de trabalhar com peças, partes, elementos, dispondo-os e combinando-os
para que costituam um padrão ou estrutura que antes não estava claramente evidentes. Isto
significa contribuir com algo de novo, reunir ideias para constuir uma nova teoria, ir além do
conhecido, proporcionar novas formas de compreender. O aluno cria, integra e combina ideias
num produto, plano ou proposta, novos para ele. Exemplo de verbos: crie, elabore, invente,
desenvolva...
As perguntas devem levar o aluno para além do conhecimento presente. Ex: Descreva as duas
principais teorias, e mostre como é que podem ser combinadas.
Quetões de Avaliação: Julgamento sobre o valor do material e dos métodos para os propósitos
determinados.
O princípio básico de avaliação deste nível consiste no desenvolvimento de competências de
avaliação crítica. As perguntas são concebidas para levar o aluno a avaliar ideias de acordo
com um conjunto explícito e detalhado de razões. O aluno aprecia, avalia ou critica com base
em padrões e critérios específicos. Exemplo de verbos: julgue, critique, justifique, recomende.
Ex: Compare e contraste as teorias x e y de acordo com os seguintes princípio.
Escreva uma crítica cuidada de teorias x e y. Pormenorize os seus pontos fortes e fracos.
Justifique a sua conclusão.
Um teste deve manter equilíbrio de questões de diferentes níveis.
Provas subjectivas: são aquelas que dão maior liberdade ao aluno na resposta.
Alguns tipos de questões subjectivas são os seguintes:
Enumere
Esboce
Diferencie
Compare
Explique
Discuta
Desenvolva
Sintetize
Avalie
Vantages:
, avaliar e criticar Relactivamente fáceis de serem organizadas
Podem ser rapidamente escritas no quadro de escrever
Não exigem grande número de questões
Possibilitam ao aluno organizar seu pensamento e apresentá-lo subjectivamente
Avaliam a capacidade de interpretardo aluno
Desvantagens:
Ressente-se de uma amostra adequada
Podem não ser ser representativas do rendimento do aluno
Valorizam mais a habilidade de redacção do que o conteúdo
A correção é difícil, reflecte a influência de factores pessoais do professor que a corrige
Gastam muito tempo e energia do aluno e do professor
Provas objectivas: são aquelas que exigem questões inequívocas. Envolem respostas muito
curtas.
Sugestões gerais para a organização de testes objectivos
Os aspectos mais importantes da matéria devem constar no teste;
Deve-se evitar a dificuldade de leitura dos itens, a menos que a finalidade do teste seja medir
a capacidade de leitura ou vocabulário. Os itens do teste devem medir o que o aluno sabe
sobre o assunto;
Todos os itens do mesmo tipo devem ficar reunidos;
Todos os itens que tratam de um certo tópico devem ser reunidos;
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Os itens do teste devem ser enunciados de modo a serem respondidos, mais pelo conteúdo do
que por sua forma;
Um iten não deve revelar pistas para outro e a capacidade para responder um certo item não
deve depender da capacidade de responder um que antecedeu;
As questões de ”algibeira” (descobrir armadilhas) devem ser evitadas
As respostas certas devem ocorrer numa ordem determinada pelo acaso;
As instruções devem ser completas e os exemplos claros
Validade: é a extensão em que um intrumento mede aquilo a que se destina medir. Para que a
validade de um teste seja alta é preciso que meça o que foi ensinado, ou o que os alunos
tiveram oportunidade de aprender.
Tipos de Avaliação
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curtos da matéria.
Avaliação somativa / sumativa: visa essencialmente atribuir uma nota ou classificação no
final de alguma actividade ou aprendizagem, servindo-se de testes, de exames orais ou de
outros processos. A avaliação sumativa incide sobre segmentos ja vastos da matéria,
selecciona pontos relevantes desses segmentos para avaliação.
A Inteligência
Noção de Inteligência
Formas de Inteligência
Funções da Inteligência
Inteligêncioa geral e Específdica
Formas de Inteligência
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Funções da Inteligência
A inteligência desempenha três funçòes básicas: adaptação, compreensão e invenção.
Adaptação: só é inteligente, quando é consciente e refletida. A adaptação inteligente a uma
situação supõe a compreensão de tal situação (outra função da inteligência). Compreender é,
tornar a realidade inteligível e racional, conhecer a sua razão de ser, o seu sentido e
significado.
A compreensão conduz à “ideia” capaz de resolver situações ou problema em questão. A
descoberta desta ideia chama-se invençào. A invenção esta ligada a criação artística,
aperfeiçoamento técnico, progresso científico ( descoberta de teorias), novas formas que
transforme o real.
Inteligência geral e Específica
Composição da Inteligência
Teorias Factoriais
- A teoria dos dois factores (teoria bifactorial)
Segundo esta teoria, existem dois factores que compo~em a inteligência (Factor G e Factor
S). O factor G existe em qualquer em qualquer actividade e o factor S requere um raciocínio
específico.
Inteligência geral: é o grau de eficiência que cada indivíduo possui para exercer as funções de
adaptação, compreensão e invenção.
Esta inteligência, que exprime o nível mental de cada indivbíduo, varia de homem para
homem e manifesta-se em todos os actos da vida. SPERMAN, seu mentor, defende que
existem dois poderes que caracterizam a inteligência geral: o de aprender relações entre as
coisas e o de descobrir coisas que entre si têm relação.
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HOWARD GARDINER considera que existem sete tipos de inteliigência com regras de
funcionamento próprias e que actuam de forma independente, daí a designação de Teoria das
inteligências múltiplas:
Inteligência linguística: aptidão verbal, mais concretamente as subtilezas de significado.
Inteligência lógico-matemática: aptidão para raciocinar.
Inteligência espacial: aptidão para reconhecer e desenhar relações espaciais. Exemplo: um
indivíduo que se orienta com mapa numa viajem até chegar.
84
Medidas da inteligência
Causas da estagnação
- Causas endogenas: desarmonia fissiológica, perturbações anatómico-fisiológicas ou
deficiência cerebrais (Ex imbecis, problemas com epilepsia).
Os problemas de origem endógena não objecto da Psicologia de Aprendizagem mas sim da
Psicopatologia.
Causas exogenas: refere-se a desarmonia do sistema de condições de desenvolvimento
externas
Em geral, os principais factores que contribuem para o destúrbio de aprendizagem são as
condições físicas (alteração de audição, alteração da visão), condições psicológicas
(alterações de percepção, tempo de reacção, capacidade e ritmo de aprendizagem) e factores
ambientais.
86
Pai/filhos
Os pais podem criar insegurança na família. Se houver mau relaciuonamento Entre os pais
podem provocar insegurança na família.
Entre filhos
Esta relacionada com o número de crianças na família. Isso pressup~!oes prestar atenção a
toidas as crianças. Família com um único filho, os pais prestam maior atençao à ele, podendo
exibir mimos exagerados e dificltaa o desenvolvimento pleno da sua personalidade ou mesmo
mpostrar dificuldade3s de aprendizagem.
Também pode originar desarmonia e comportamentos anómalos quando os pais prestão muta
ateção a um determinado filho.
A Escola
Há Escola pode Sobre exigir ou sob exigir. A sobre-exiugência pode provocar estagnaçào. Ë
necerssári a realização de testes diagnósticos para se orientar sobre o nível de
desenvolvimento cognitivo dos alunos. Se não tivermos em conta o nível de desenvolvimento
cognitivo dos alunos colocando subexigência, pode-se criar desinteresse nos alunos.
Condição Escolar
Esta relacionado com o desenvolvimento do grupoo da turma. O grupo de turma tem que ter
normas, tarefas para o seu desenvolvimento. Se há um grupo desoirganizxado, o professor
deve organizar. Uma direcção ou professoires com muito anos na mesma escola, permite
manter a tradição da escola e desenvolver relações interpessoais com a coimunidade. Se todos
anos aparecem professores novos, a tradiçào da escola pode desaparecer.