Características Do Iluminismo

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Características do Iluminismo

A defesa da liberdade religiosa e a busca pela educação do povo eram algumas


das características do Iluminismo. | Imagem: Reprodução

 As ideias do iluminismo eram inicialmente disseminadas por filósofos e


economistas, que se diziam propagadores da luz e do conhecimento, por isso
foram chamados de iluministas.
 Eles valorizavam a razão acima de tudo, julgavam o mais importante
instrumento para conseguirem alcançar o conhecimento.
 Estimulavam o questionamento, a investigação e a experiência como forma
de conhecimento da natureza, sociedade, política, economia e o ser humano.
 Eram totalmente contra o absolutismo e suas características ultrapassadas.
Criticavam, além dele, o mercantilismo, os privilégios da nobreza e do clero,
e a Igreja Católica e seus métodos (a crença em Deus não era criticada).
 Defendia a liberdade na política, na economia e na escolha religiosa.
Também queriam a igualdade de todos perante a lei.
 Partindo da ideia da educação para todos, idealizaram e concretizaram a
ideia da Enciclopédia (que foi impressa entre 1751 e 1780), uma obra com 35
volumes, contendo – em resumo – todo o conhecimento que existia até
então.
 As ideias iluministas eram liberais e logo conquistaram a população,
intimidando alguns reis absolutistas que, com medo de perderem o governo,
passaram a aceitar algumas ideias do movimento. Esses eram chamados
Déspotas Esclarecidos (tentavam conciliar o iluminismo com o absolutismo).

Principais pensadores iluministas

 John Locke (1632 – 1704): John é considerado o “pai do iluminismo”. Sua


obra mais conhecida é “Ensaio sobre o entendimento humano”, de 1689. Mas
“Dois tratados sobre o governo”, do mesmo ano, também é considerada uma
das melhores. Ele negava a ideia de que Deus tinha o poder sobre o destino
dos homens e afirmava que a sociedade que moldava o ser humano para o
bem ou para o mal.
 Montesquieu (1689 – 1755): Ele fez parte da primeira geração de iluministas.
Defendia a ideia da “divisão” do governo em três poderes independentes
(Legislativo, Executivo e Judiciário) em sua obra mais conhecida e importante
“O espírito das leis”, de 1748.
 Voltaire (1694 – 1778): Crítico polêmico da religião e da Monarquia. Defendia
a liberdade intelectual. Sua obra mais importante foi “Ensaio sobre os
costumes”, de 1756.
 Rousseau (1712 – 1778): Defensor da pequena burguesia, queria a
participação do povo na política por meio de eleições. Sua obra mais
importante foi “Do Contrato Social”.
 Adam Smith (1723 – 1790): Principal representante do conjunto de ideias
chamado liberalismo econômico. Sua principal obra foi “A riqueza das
nações”.
 O que é a História e o que ela estuda?
A História é uma das disciplinas do conhecimento humano mais antigas de que se
tem notícia. Ela define-se como a ciência que estuda as ações dos homens e
mulheres no tempo e no espaço.
De acordo com essa definição, o objeto principal de estudo da História são os
homens e mulheres, bem como as mudanças realizadas em suas ações ao longo
do tempo. Consequentemente, são estudadas as relações sociais estabelecidas,
suas formas de organização social, as criações humanas, suas instituições, seus
ideais, as culturas e até seus sentimentos.

A evolução do gênero Homo

 Australopithecus: Antecessor do gênero Homo e mais antigo hominídeo


conhecido – estima-se que apareceu há cerca de 3,9 milhões de anos.
Quanto às características físicas: possuía crânio pequeno (e
consequentemente, um cérebro menor), era bípede e tinha postura ereta.
 Homo Habilis: Hominídeo que viveu há cerca de 2,5 milhões de anos. Como
possuía um cérebro maior que o Australopithecus, era mais habilidoso
(principalmente com as mãos) e inteligente. Foi o primeiro a produzir
ferramentas para a caça, pois a carne era seu principal alimento.
 Homo Erectus: Sucessor do Homo Habilis, que viveu entre 1,8 milhões de
anos e 300,000 anos atrás, aproximadamente. Seu cérebro e seu tamanho
ficaram maiores e suas conquistas também: “descobriu” o fogo e foi
responsável pelo processo migratório para fora da África.
 Homo Sapiens: Única espécie do gênero Homo que não foi extinta, surgiu há
200 mil anos. Alguns historiadores acreditam que o Homo Neanderthalensis
pertença a ela e que teria coexistido com o Homo Sapiens moderno durante
algum tempo, pelas semelhanças de comportamento que ambas
apresentam. Tem um cérebro altamente desenvolvido, é capaz de solucionar
problemas usando a razão e se comunica com outros da mesma espécie
facilmente (desenvolveu a habilidade da linguagem).

 Pré-História: Período que se estendeu do surgimento do ser humano moderno


(c. 200.000 a.C.) até a invenção da escrita (c. 3500 a.C.).
 Idade Antiga: Período vai da invenção da escrita (c. 3500 a.C.) à queda do
Império Romano do Ocidente (476 d.C.).
 Idade Média: Iniciada com a desintegração do Império Romano do Ocidente
(476 d. C.), e terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a
Queda de Constantinopla (1453 d.C.).
 Idade Moderna: Teve início em 1453, com a conquista de Constantinopla pelos
turcos otomanos, e terminou com a Revolução Francesa, em 1789.
 Idade Contemporânea: Período da história atual, iniciado a partir da
Revolução Francesa (1789 d.C.).
 A queda do Império

Podemos compreender a crise do Império principalmente através do regime monárquico


intempestivo em relação às modificações na economia e na sociedade que ocorreram em
meados do século XIX.

As transformações econômicas e sociais vêem do crescimento da cafeicultura, porém essas


transformações não eram significativas para o País, pois o sistema monárquico brasileiro estava
bastante enervado.

As mudanças no setor político-administrativo só privilegiavam o crescimento econômico do


Império, e os interesses dos grupos sociais predominantes. Sendo assim, os cafeicultores e a
camada média passaram a apoiar os republicanos na derrubada do Império.

 Questão social: O abolicionismo

A Inglaterra foi a grande responsável pela abolição da mão-de-obra escrava no Brasil.


A revolução industrial necessitava de mercados consumidores. Os negros, sendo livres, iriam
tornar-se assalariados e, conseqüentemente, consumidores.
Após a guerra do paraguai, em 1870, a sociedade mobilizou-se e assumiu uma posição
abolicionista clara e direta. Vários segmentos sociais começaram a se posicionar em defesa da
libertação dos escravos.
A oligarquia agrária produtora de café do Oeste paulista, principal responsável pela lavoura,
tornou-se defensora do fim da escravidão. Esta classe social tomou consciência de que o
trabalho escravo era inoperante; portanto deveria ser substituído pelo trabalho livre.
As pressões contra a escravidão eram defendidas por várias instituições antiescravistas
(internacionais e nacionais) que se avolumaram entre os anos de 1870 e 1880. O Brasil era o
único país americano livre que ainda utilizava escravos.

 As principais leis abolicionistas foram:

Lei Bill Aberdeen (1845)


 1. Proíbe o tráfico negreiro e aprisiona navios que transportavam escravos.
 2. Julga os traficantes na Inglaterra.
 Lei Eusébio de Queiroz (1850)
Extinção do tráfico negreiro. Os ingleses viviam sua industrialização e viam na abolição
da escravidão as possibilidades de aumentar seu mercado consumidor.
 Lei do Ventre Livre (1871)
Foi de autoria do visconde de Rio Branco. Declarava livres os filhos de escravos que
nascessem a partir da promulgação da lei. Apesar de liberto, o menor ficaria até 8 anos
de idade sob o controle dos senhores, os quais teriam a opção de receber do Estado a
indenização de 600$000 ou de utilizar-se dos serviços do menor de idade até os 21 anos.
 Lei do Sexagenário (1885)
Também chamada de "Saraiva-Cotegipe", declarava livres os escravos com mais de 65
anos.
 Lei Áurea (1888)
 Extinguiu a escravidão no Brasil.
 Questão Religiosa (1872 – 1875)

Na monarquia brasileira a Igreja e o Estado estavam associados pelo padroado que instituía o
catolicismo como a religião oficial do Brasil e os padres e bispos eram trabalhadores públicos,
pagos pelo Estado; e pelo beneplácito, que determinava que os bispos escolhidos pelo papa só
seriam efetivados no cargo mediante a aprovação de Dom Pedro II.
Logo a relação entre o Estado e a Igreja começou a se agravar. Em1864, ano em que a Europa
sofria com os conflitos entre maçons e católicos, o papa decretou a proibição da relação entre o
clero e a maçonaria, mas como o conflito só estava atingindo a Europa, o decreto do papa não
refletiu muito no Brasil.
Porém, em 1872 tornou-se evidente a Questão Religiosa, quando os bispos D. Vital de Oliveira
(Olinda) e D. Antônio de Macedo (Belém do Pará), declararam que todas as irmandades de suas
dioceses que não excetuassem os seus integrantes maçons seriam interditadas.
No entanto, a maçonaria tinha grande importância social para o governo imperial, que interpôs a
sua autoridade, e como conseqüência os bispos foram condenados a 4 anos de prisão com
trabalho forçado. Em 1875, o primeiro-ministro Duque de Caxias entrou com um pedido de
anistia para os bispos condenados, que foi concedido pelo Imperador.
A Questão Religiosa deixou o governo politicamente destruído, e com isso grande parte da
população ficou a favor da dissociação do Estado e da Igreja, fortalecendo ainda mais os
republicanos.

 As questões militares (1884 – 1886)


Após a guerra do Paraguai, o Exército brasileiro se fortaleceu, pois até então o seu
exercício era insignificante, se comparado a Guarda Nacional. A partir daí, o setor militar
brasileiro se tornou mais organizado e moderno.
Contudo, politicamente, o Exército não tinha grandes prestígios, o que deixava os oficiais
insatisfeitos. O clima tenso entre os militares e civis, conhecidos como “fardas” e
“casacas”, respectivamente, aumentava cada vez mais. E assim, começaram a ocorrer
alguns incidentes, expandindo as questões militares.
A primeira questão ocorreu quando o Coronel Sena Madureira declarou-se publicamente
através da imprensa, contra a reforma do Montepio Militar, e considerando que atitudes
como esta eram proibidas aos militares, este foi repreendido pelo Ministério da Guerra.
A segunda questão está relacionada à prisão de Sena Madureira, que recebeu com muita
honra na Escola de Tiro do Campo Grande, o Cearense Francisco Nascimento, um
jangadeiro que impedia o embarque de escravos de Fortaleza para o Sul, e veio para o
Rio de Janeiro para participar de um comício a favor da abolição. Como Madureira
prestigiou a chegada do jangadeiro, o governo imperial sentiu-se ofendido e ordenou a
demissão do coronel da Escola de Tiro, bem como a sua prisão. Esse fato causou a
revolta de outros militares, que ao fazerem seus manifestos também foram detidos.
A terceira questão partiu de uma inspeção de rotina feita pelo Coronel Cunha Matos em
Piauí, onde foi descoberto o extravio de fardamentos, e negociatas com o salário dos
militares. Após descobrir a corrupção, Cunha pediu o afastamento do oficial responsável,
e foi acusado de ter agido sem dignidade. Para se defender, Cunha desobedeceu a lei e
se manifestou publicamente, através da imprensa, por isso foi punido, ficando preso por
48 horas. Com isso, um novo conflito é iniciado. Cunha recebeu o apoio do marechal
Deodoro da Fonseca, que não suspendeu a prisão dos militares que estavam sobre o seu
domínio.
Diante de uma situação irreversível e temendo uma revolta militar, o governo imperial
suspendeu as penas estabelecidas e libertou os militares presos. A participação dos
militares nos combates políticos foi uma fase evidente da queda do Império.
 A proclamação da república
Foi a vitória dos republicanos. A República era um desejo coletivo que unia, no mesmo
ideal, grupos que estavam descontentes com o Império:
Setores do exército
Camadas médias urbanas
Setores do clero (igreja)
Fazendeiros do Oeste Paulista
A Proclamação da República ocorreu no dia 15 de novembro de 1889, ela foi imposta no
Rio de Janeiro por Marechal Deodoro da Fonseca.
Ela estabeleceu um regime republicano, para acabar com a Monarquia.
Como a Proclamação aconteceu no Rio de Janeiro, os republicanos de lá pediram para
Marechal Deodoro da Fonseca liderar esse movimento.
A Proclamação da República tinha por objetivo proteger o regime presidencialista e
descentralizado.

Ao final da Monarquia, surgiu um governo provisório dirigido por Marechal Deodoro da Fonseca,
esse governo tinha alguns objetivos, como:

– Fortalecer o novo regime;

– Colocar em prática algumas reformas necessárias.


A estrutura econômica continuou tendo como base a agroexportação. O País permaneceu na
dependência do capital internacional, e as massas trabalhadoras continuaram a ser
marginalizadas.

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