Diario Da Republica N.º 2018 - 20
Diario Da Republica N.º 2018 - 20
Diario Da Republica N.º 2018 - 20
DIÁRIO DA REPÚBLICA
SUMÁRIO
ASSEMBLEIA NACIONAL
3. … Artigo 64.º
4. … Acesso
1. …
PARTE III 2. …
Regime geral de estrutura de carreiras, do 3. …
Sistema remuneratório e do pessoal dirigente 4. (Revogado)
da Função Pública
Artigo 65.º
Artigo 52.º Promoção
Acumulação de funções privadas 1. …
2. …
1. … a) …
2. … b) Tempo mínimo de três anos de serviço efec-
3. … tivo na categoria imediatamente inferior;
c) …
172 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
4. Só pode ser criado um lugar de director quan- 2. A faculdade prevista no número anterior é
do se verifique a necessidade de coordenar, pelo igualmente reconhecida aos dirigentes em comissão
menos, dois chefes de departamento. de serviço que forem nomeados para o serviço de
outro cargo.
5. Só pode ser criado um lugar de chefe de depar-
tamento quando se verifique a necessidade de coor- 3. Não são aplicáveis para efeitos dos números
denar, pelo menos, duas secções, ou num mínimo anteriores, a retribuição de suplementos salariais
de oito funcionários. obtidos na origem.
4. … 6. ...
5. … 7. …
6. … 8. …
9. …
Artigo 201.º 10. …
Competência para a abertura de concurso
Artigo 205.º
1. A competência para autorizar a abertura do Requisitos de admissão a concurso
concurso respeita ao dirigente máximo do organis-
mo competente para a sua realização, por solicita- 1. …
ção da sua Direcção Administrativa e Financeira 2. …
(DAF). 3. …
a) …
2. … b) …
c) …
Artigo 202.º d) …
Publicitação de concursos e) ...
1. Sem prejuízo da sua publicação nos órgãos de 4 No caso de concursos para lugares do presente
comunicação social, o processo de concurso inicia- Diploma, de um período mínimo de tempo na cate-
se com a publicação do respectivo aviso de abertura goria imediatamente do serviço a que a vaga respei-
no Diário da República. te;
2. … a) …
3. … b) …
4. … c) …
a) …
b) …
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6. Sempre que seja dado provimento ao recurso, 2. A mãe que, comprovadamente, amamenta o fi-
o júri promove, no prazo de cinco dias contados da lho tem direito a ser dispensada em cada dia de
data da decisão do envio para publicação no Diário trabalho por dois períodos distintos de duração má-
da República, difusão nos órgãos de comunicação xima de uma hora cada para o cumprimento dessa
social ou a afixação nos termos do n.º 2 da alteração missão enquanto durar e até o filho perfazer dois
à lista dos candidatos. anos.
Artigo 228.º 3. …
Conceito de falta 4. …
1. …
Artigo 264.º
2. Em cada serviço deve existir um livro de ponto Licença sem vencimento por um ano
de modelo uniforme, numerado e devidamente ru-
bricado nas suas folhas ou em sistema digital, no 1. Quando circunstâncias de interesse público o
qual os funcionários devem registar as entradas e as justifiquem pode ser concebida aos funcionários
saídas. licença sem vencimento pelo período de um ano,
renovável até ao limite de três anos, podendo ser
Artigo 231.º estendida até ao limite máximo de cinco anos nos
Regime termos previstos no artigo 265.º.
1. … 2. …
2. … 3. …
3. … 4. …
4. … 5. …
6. …
5. Em tudo que não é referido neste Diploma, 7. …
aplica-se o disposto nas leis relativas à Segurança
Social.
177 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
2. … d) …
a) … 2. …
b) … 3. …
3. … 4. …
4. … 5. …
5. … 6. …
6. … 7. …
3. São considerados elementos do agregado fami- 7. Os períodos de formação referidos neste Arti-
liar, para efeito dos dispostos no artigo anterior, os go têm carácter probatório, podendo haver lugar a
dependentes, filhos menores e cônjuges, devida- rescisão do contrato, sem direito a qualquer indem-
mente comprovados, que coabitem com o funcioná- nização, nos casos de inaptidão para as funções a
rio ou agente, à data de embarque. que se destinam.
3. Os estágios profissionais destinam-se a jovens a) Impeça o desempenho normal dos deveres as-
com idade compreendida entre os 18 e os 35 anos, sociados a sua posição;
possuidores de cursos superiores que confiram ou
não licenciatura ou habilitados com curso de quali- b) Prejudique a tomada de decisão imparcial e
ficação profissional, recém-saídos dos sistemas de independente;
educação e formação a procura do primeiro empre-
go ou desempregados à procura de novo emprego c) Origine um conflito de interesse;
em condições a regulamentar.
d) Comprometa a integridade e o comportamen-
4. O regime dos estágios profissionais é regula- to ético do funcionário público.
mentado por diploma próprio e aprovado por decre-
to. 2. Os funcionários ou agentes públicos estão
proibidos de ter qualquer interesse directo ou indi-
Artigo 23.º recto em qualquer organização pública ou privada
Nomeação em comissão de serviço susceptível de criar um conflito entre seus interesses
privados e as obrigações decorrentes do seu empre-
1. … go oficial.
2. …
3. Para efeitos deste Estatuto, um funcionário pú-
3. A nomeação em comissão de serviço do pesso- blico tem conflito de interesse quando pode vir a
al dirigente e equiparado formaliza-se automatica- beneficiar de forma imprópria de vantagem pessoal
mente, desde que tenha sido proferido o competente resultante de desempenho, por acção ou omissão
despacho e haja aceitação do nomeado nos termos dos seus deveres oficiais.
dos artigos seguintes da presente Secção.
4. Para o efeito deste Estatuto os interesses de um
4. anterior n.º 3 funcionário ou agente incluem os interesses:
5. anterior n.º 4
a) Do respectivo cônjuge;
6. A nomeação em comissão de serviço não pre-
judica os direitos e regalias legalmente adquiridos b) Dos filhos;
nos respectivos quadros de origem.
c) Dos pais;
Artigo 40.º
Comissão de serviço extraordinária d) De qualquer sociedade com personalidade ju-
rídica em que o funcionário detenha interesse,
1. … quer individualmente ou em parceria.
2. …
Artigo 52.º B
3. Decorrido o prazo previsto no número anterior, Proibições éticas
o funcionário ou agente regressa obrigatoriamente
ao lugar de origem, não podendo fazer outra comis- 1. Os funcionários e agentes estão proibidos de:
são de serviço extraordinária de idêntica natureza
nos dois anos subsequentes ao regresso ao quadro a) Manter interesses em conflito: consiste em
de origem. manter relações ou aceitar situações em cujo
contexto os seus interesses pessoais, laborais,
económicos ou financeiros possam entrar em
181 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
2. Aos funcionários e agentes é, ainda, proibido 1. Qualquer funcionário público que esteja numa
referir-se de modo depreciativo, em informação, situação de conflito de interesse relativamente à
parecer e despacho, às autoridades e actos da Ad- qualquer dever ou função oficial deve informar ao
ministração Pública, ou censurá-los, pelos órgãos de seu superior hierárquico dessa situação.
comunicação social, podendo porém, em trabalho
assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou 2. O superior hierárquico que tiver conhecimento
da organização do serviço. da existência de um conflito de interesse, relativa-
mente a um funcionário, deve assegurar que as
3. Qualquer contrato de natureza comercial cele- obrigações funcionais relacionadas com aquele
brado por um funcionário público a título pessoal conflito sejam atribuídas a outro funcionário públi-
com um órgão do Estado é nulo e destituído de co.
qualquer validade.
Artigo 59.º A
4. É vedado aos dirigentes da Administração Pú- Avaliação de desempenho
blica, a indigitação ou nomeação de funcionários ou
agentes sem vínculo laboral efectivo com a institui- 1. A avaliação de desempenho dos funcionários e
ção que dirigem, para os representar em qualquer agentes compreende o conjunto de normas e proce-
acto. dimentos tendentes a avaliar o seu desempenho.
quais são conformes com as funções inerentes ao aplicação de competências e da atitude pes-
cargo. soal demonstrada;
a) Quatro e três anos, respectivamente para as 5. Os gabinetes ministeriais têm por função coad-
carreiras horizontais e verticais, de serviço e juvar o membro do Governo respectivo no exercício
ininterrupto no escalão imediatamente inferi- das suas funções, e são constituídos pelo secretário-
or. geral, director de gabinete, conselheiros, assessores,
secretários particulares e motoristas.
b) Avaliação de desempenho do mínimo de
Bom, excepto nos casos em que é legalmente 6. A composição, garantias e deveres, nomeação,
indispensável a classificação de Muito Bom. exoneração e vencimento do pessoal dos gabinetes
dos membros do Governo são definidos em diploma
4. … próprio.
5. …
6. … Artigo 106.º
7. … Remuneração Base
8. …
9. … 1. …
10. … 2. …
3. …
Artigo 69.º 4. …
Carreira técnica superior 5. …
6. …
1. … 7. …
8. …
a) …
b) … 9. Os funcionários e agentes do Estado que se-
c) … guem para o estrangeiro, por determinação do Go-
verno, a fim de frequentar cursos, estágios, ou reci-
2. … clagens, cuja duração não ultrapasse os 12 meses,
percebem 100% da sua renumeração.
a) Na categoria de Técnico Superior Principal,
para os possuidores de pós-doutoramento; Artigo 108.º
Opção de remuneração
b) Na categoria de Técnico Superior de 1.ª clas-
se, para os possuidores de um doutoramento 1. …
ou especialidade com experiência mínima de
três anos; 2. A faculdade prevista no número anterior é
igualmente reconhecida aos dirigentes em comissão
c) Na categoria de Técnico Superior de 2.ª clas- de serviço que forem nomeados para o serviço de
se, para os possuidores de um mestrado ou outro cargo.
especialidade, desde que o mestrado tenha a
duração mínima de dois anos, e com experi- 3. Não são aplicáveis para efeitos dos números
ência mínima de três anos na especialidade. anteriores, a retribuição de suplementos salariais
obtidos na origem.
3. …
4. … Artigo 120.º A
Mobilidade entre as carreiras e categorias
Artigo 92.º
Competências O funcionário ou agente do Estado que tenha be-
neficiado de uma bolsa de estudo tanto interna co-
1. … mo para o exterior, é obrigado a permanecer no
sector onde se encontra integrado por um período
2. …
mínimo de dois anos, findo o qual pode solicitar a
3. …
sua mobilidade para outro sector.
4. …
185 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
respeito pela igualdade dos cidadãos e da legalida- e) Dar faltas e gozar licenças, nos termos da
de. lei;
4. O dever de zelo, consiste em conhecer e cum- f) Ser aposentado e usufruir das pensões a que
prir as normas legais regulamentares e as instruções tiver direito, nos termos legais;
dos seus superiores hierárquicos, bem como possuir
e aperfeiçoar os seus conhecimentos técnicos e mé- g) Ser avaliado, nos termos da lei, pelo seu
todos de trabalho de modo a exercer as suas funções trabalho e participar nas acções de formação
com eficiência e correcção. e capacitação profissional;
5. O dever de obediência, consiste em aceitar e h) Ser tratado com correcção e respeito e gozar
cumprir as ordens legais dos seus legítimos superio- das honras, regalias e precedências ineren-
res hierárquicos, dadas em objecto de serviço e com tes à função;
a forma legal.
i) Possuir cartão que o identifique como fun-
6. O dever de lealdade consiste em desempenhar cionário ou agente da Administração;
as suas funções em subordinação aos objectivos de
serviço e na perspectiva da prossecução do interesse j) Ser previamente ouvido antes de qualquer
público. punição com excepção da pena de advertên-
cia, de acordo com as normas legais estabe-
7. O dever de sigilo, consiste em guardar segredo lecidas;
profissional relativamente aos factos de que tenha
conhecimento em virtude de exercício das suas k) Reclamar, de acordo com as normas legais
funções e que não se destinem a ser do conhecimen- estabelecidas, das decisões que afectam os
to público. seus direitos;
8. O dever de correcção consiste em tratar com l) Constituir sindicatos, de acordo com a lei
respeito os utentes dos serviços públicos, os pró- geral aplicável;
prios colegas e ainda os superiores hierárquicos.
m) Fazer greves de acordo com as normas le-
9. O dever de assiduidade consiste em compare- gais aplicáveis;
cer regular e continuamente ao serviço.
n) Receber os documentos de viagem autori-
10. O dever de pontualidade consiste em compa- zados por lei.
recer ao serviço dentro das horas legalmente estabe-
lecidas. 2. Sem prejuízo dos demais direitos previstos nas
alíneas anteriores, sempre que o descanso semanal
Artigo 9.º coincida com dia feriado, o funcionário e agente
Direitos têm direito de o gozar antecipadamente na sexta-
feira, se for num sábado, ou na segunda-feira se for
1. São direitos gerais dos funcionários e agentes: num domingo.
a) Exercer o cargo em que tiver legalmente 3. Os direitos dos funcionários e dos agentes são
provido; irrenunciáveis.
sionalmente, pelos funcionários e agentes por moti- gestionamento sectorial ou global da Administra-
vos de prestação de trabalho. ção.
SECÇÃO IV g) A disponibilidade;
Dos Princípios Gerais sobre Gestão
h) A afectação colectiva.
Artigo 12.º
Política do emprego 3. Em casos excepcionais, fundamentados em ra-
zões de interesse público, os instrumentos de mobi-
As políticas de emprego devem ser formuladas e lidade devem facultar a mobilidade com o sector
prosseguidas global e sectorialmente devendo, para empresarial e com as organizações internacionais.
tanto, os planos de actividade, elaborados nos ter-
mos da lei, conter um programa plurianual sobre Artigo 14.º
gestão de efectivos que enquadre a respectiva polí- Quadros de pessoal
tica sectorial, tendo como objectivos:
1. A fixação de quadros de pessoal dos serviços
a) Cumprir as missões dos serviços; ou organismos abrangidos pelo presente Diploma
deve obedecer à legislação específica desse serviço
b) Elevar a qualificação da Administração; ou organismo que contém a identificação das carrei-
ras e categorias necessárias e adequadas à prossecu-
c) Proceder ao rejuvenescimento de efectivos; ção das respectivas retribuições.
3. Os aprendizes são recrutados de entre indiví- seus quadros técnicos e superiores para o exercício
duos de idade não inferior a 16 anos habilitados de funções de direcção.
com a escolaridade obrigatória.
Artigo 17.º F
4. O período de formação dos aprendizes é de Formação profissional específica
dois anos.
A formação profissional específica é definida por
5. A passagem à situação de ajudante fica depen- despacho conjunto dos Ministros encarregues pelas
dente da aprovação em exame de aprendizagem áreas de Administração Pública, da Educação e da
profissional e ao requisito de maioridade. Formação.
1. O exercício da função dirigente está dependen- 4. O regime dos estágios profissionais é regula-
te do perfil, experiência e conhecimentos adequa- mentado por diploma próprio e aprovado por decre-
dos, para o desempenho do cargo respectivo bem to.
como da formação profissional específica definida Artigo 18.º
na lei. Segurança social
3. A renovação tem como limite, consoante os 2. O contrato de trabalho a termo resolutivo não
casos, o termo do regime de instalação, o regime em confere a qualidade de agente administrativo e rege-
vigor sobre a contratação de pessoal médico, pa- se pela lei geral sobre contratos de trabalho a termo
ramédico ou docente. resolutivo, com as especificidades constantes do
presente Diploma.
195 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
3. O contrato de trabalho a termo resolutivo pode dias sobre o termo do prazo, sob pena de caducida-
ainda ser celebrado nos seguintes casos: de.
c) Alteração dos quadros de pessoal dos mes- 7. Os critérios e formalidades que integram o
mos serviços e organismos, quando consi- processo de identificação do pessoal disponível a
derados desajustados qualitativas e/ou qua- que se refere o n.º 3 são objecto de regulamentação
litativamente face às respectivas em diploma específico.
necessidades permanentes de serviço;
8. O pessoal considerado disponível pode ter um
d) Reconhecimento de número excessivo ou dos seguintes destinos:
qualitativamente desajustado de agentes fa-
ce àquelas necessidades, que devam, por is- a) Transferência para o quadro de outros ser-
so, ser dispensados pelos respectivos servi- viços ou organismos públicos;
ços ou organismos.
b) Opção por medidas excepcionais de des-
2. É também considerado disponível o pessoal congestionamento da função pública;
que se encontre de licença nos termos dos artigos
265.º e 267.º, nos casos em que todos os lugares da c) Integração no quadro de disponíveis.
respectiva categoria sejam extintos ao abrigo das
medidas previstas no número anterior. 9. As noções, efeitos, admissibilidade e regula-
mentação dos destinos a que se refere o número
3. Nos casos a que se referem as alíneas b) e c) anterior são objecto de diploma específico.
do n.º 1, os diplomas que operem alteração nos qua-
dros de pessoal fazem menção dos estudos prepara- Artigo 47.º
tórios e dos objectivos prosseguidos com as medi- Afectação colectiva
das em causa, reportando-se a extinção de lugares à
data da conclusão do processo e não podendo tal 1. Quando for necessário assegurar a realização,
extinção prejudicar a realização das adaptações que em tempo útil de trabalhos ou projectos de impor-
os mesmos quadros devam merecer para salvaguar- tância prioritária cometidos a serviços ou organis-
dar das expectativas de promoção dos respectivos mos públicos, abrangidos pelo presente Diploma,
funcionários. que não tenham o pessoal adequado ou suficiente,
pode determinar-se a afectação individual ou colec-
4. Sempre que as medidas a que aludem as alí- tiva do pessoal requerido, a deslocar-se de outros
neas a) e b) do n.º 1 prevejam a transferência, total desses serviços dependentes do mesmo ou diferen-
ou parcial, para outros das responsabilidades dos tes departamentos governamentais.
serviços ou organismos por elas abrangidas, são as
mesmas acompanhadas de integração nos quadros 2. A afectação não dá lugar a abertura de vagas
daqueles, do pessoal considerado necessário à as- nos quadros de origem e é determinada por despa-
sunção dessas responsabilidades. cho do membro ou membros do Governo competen-
tes, no qual deve ser fixado o respectivo prazo.
5. É considerado disponível, sem prejuízo do dis-
posto no n.º 2, o pessoal dos serviços e organismos CAPÍTULO V
públicos que, sendo abrangidos por qualquer das Extinção da Relação de Emprego
medidas referidas no n.º 1, não continue integrado
no quadro do respectivo serviço nem seja integrado Artigo 48.º
nos quadros de outros serviços. Das Causas de extinção aplicáveis a
funcionários e agentes
6. O pessoal a que se refere o n.º 5, consta da lista
nominativa objecto de despacho, devidamente fun- A relação jurídica de emprego dos funcionários e
damentado, do membro do Governo competente, agentes, sem prejuízo do disposto nos artigos se-
que deve ser afixada nas respectivas instalações e guintes e no n.º 6 do artigo 22.º cessa por morte do
comunicada na mesma data, por escrito e com aviso funcionário ou agente, por aplicação da pena disci-
de recepção ou com o livro de protocolo aos inte- plinar expulsiva e por desligação do serviço para
ressados, sempre que ausentes na situação de licen- efeito de aposentação.
ça.
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A relação jurídica de emprego do funcionário po- 3. O disposto no n.º 1 não é aplicável às remune-
de ainda cessar por exoneração, a qual produz efei- rações provenientes de:
tos no prazo máximo de 30 dias a contar da data da
apresentação do pedido. a) Criação artística ou literária, realização de
conferências, palestras, acções de formação
Artigo 50.º de curta duração e outras de idêntica natu-
Causas de extinção aplicáveis aos reza;
contratados
b) Participação em comissões ou grupos de
1. A relação jurídica de emprego do pessoal con- trabalho, quando criados por resolução ou
tratado em regime de contrato administrativo de deliberação do Concelho de Ministros;
provimento cessa por:
c) Participação em concelhos consultivos, co-
a) Mútuo acordo; missões de fiscalização ou outros órgãos co-
legiais, quando previstos na lei e no exercí-
b) Denúncia de qualquer das partes; cio de fiscalização ou controlo de dinheiros
públicos.
c) Rescisão do contrato.
4. A comunicação prevista nas alíneas b), c) e d)
2. A denúncia e rescisão do contrato dependem do n.º 2, é autorizada por despacho do membro do
da apresentação de pré-aviso com antecedência Governo competente e, no caso específico da alínea
mínima de 60 dias, salvo nos casos em que a cessa- d), depende de requerimento do interessado e só
ção do contrato administrativo de provimento tenha pode ser autorizada se o horário a praticar como
como causa a nomeação do contratado. docente for compatível com o que competir ao car-
go ou função principal.
CAPÍTULO VI
Acumulação de Funções 5. É permitida a acumulação de cargos públicos
não remunerados quando fundamentada em motivo
Artigo 51.º de interesse público.
Acumulação de funções
Artigo 52.º
1. Não é permitida a acumulação de funções ou Acumulação de funções privadas
cargos públicos remunerados, salvo quando devi-
damente fundamentado em motivo de interesse 1. O exercício em acumulação de actividades pri-
público e no disposto nos números seguintes. vadas carece de autorização prévia do membro do
Governo competente, o qual pode ser delegada no
2. Há lugar à acumulação de funções ou cargos dirigente máximo do serviço.
públicos nos seguintes casos:
2. O disposto no n.º 1, não abrange a criação ar-
a) Inerência de funções; tística e literária e a realização de conferências,
palestras, acções de formação de curta duração e
b) Actividades de representação de departa- outras actividades de idêntica natureza.
mentos ministeriais ou serviços públicos;
3. A autorização referida no n.º 1, só pode ser
c) Actividades de carácter ocasional e tempo- concedida se se verificarem as seguintes condições:
rário que possam ser consideradas comple-
mento do cargo ou da função; a) Se as actividades não forem consideradas
incompatíveis por lei;
d) Actividades docentes em estabelecimentos
de ensino, não podendo o respectivo horário b) Se os horários a praticar não forem total ou
ultrapassar o limite a fixar em despacho parcialmente coincidentes;
200 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
2. No âmbito das carreiras de regime especial in- As funções exercidas na função pública classifi-
tegra-se tão-só o pessoal a quem compete assegurar cam-se em:
funções que, atenta a sua natureza e especificidade,
devam ser prosseguidas por um agrupamento de a) Funções de concepção - funções de natureza
pessoal especializado e inserido numa carreira cria- científico-técnico, de investigação e estudo,
da para o efeito. concepção e adaptação de métodos científi-
cos e técnicos, de âmbito geral ou especiali-
3. Os diplomas de pessoal de cada serviço devem zado;
concretizar, relativamente a cada grupo de pessoal
e/ou carreira, as áreas funcionais respectivas, tendo b) Funções de aplicação - funções de estudo e
em atenção a caracterização genérica dos conteúdos aplicação de métodos e processos de natu-
funcionais constantes do mapa I, do presente Estatu- reza técnica, de âmbito especializado;
to.
c) Funções de execução - funções de natureza
4. As carreiras são: executiva, de aplicação técnica ou adminis-
trativa, com base no estabelecimento ou
a) Verticais, quando integram categorias com adaptação de métodos e processos enqua-
o mesmo conteúdo funcional, diferenciadas drados em directivas bem definidas.
em exigências, complexidades e responsabi-
lidade; Artigo 57.º
Análise de funções
b) Horizontais, quando integram categorias
com o mesmo conteúdo funcional cuja mu- 1. A análise de funções englobando as descrições
dança de categoria corresponde apenas à e a qualificação, destina-se a caracterizar as funções
maior eficiência na execução das respecti- e visa permitir uma adequada gestão dos recursos
vas tarefas; humanos, nomeadamente, o rigoroso dimensiona-
mento das necessidades de pessoal.
c) Mistas, quando combinam características
das carreiras verticais e das horizontais. 2. As descrições das funções correspondentes às
carreiras são objecto de diploma do Ministro encar-
5. Para efeitos do presente Estatuto entende-se regue pela área da Administração Pública, o qual é
por área funcional o conjunto de funções que, por conjunto quando se trate de carreiras de regime
terem um ou mais elementos comuns, permitem a especial.
tipificação de uma actividade.
3. As descrições dos conteúdos funcionais não
6. As carreiras podem integrar-se em grupos de podem em caso algum, constituir fundamento para o
pessoal, definidos com base na caracterização gené- não cumprimento do dever de obediência e não
rica do respectivo conteúdo funcional e nas exigên- prejudica a atribuição aos funcionários de tarefas de
cias habilitacionais e profissionais.
203 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
complexidade e responsabilidade equiparáveis, não liar os quais são conformes com as funções ineren-
expressamente mencionadas. tes ao cargo.
4. A contagem de tempo de serviço para efeitos 2. Para efeitos do disposto na alínea c) do número
de progressão é suspensa quando existam razões anterior considera-se existir:
fundamentadas em desempenho deficiente de fun-
ções, nos termos definidos no presente Diploma. a) Identidade de conteúdo funcional, quando a
natureza e complexidade das tarefas e res-
5. O disposto nos números anteriores não preju- ponsabilidades inerentes aos lugares forem
dica fixação de regras próprias de progressão para idênticos;
carreiras de regime especial.
b) Afinidade de conteúdo funcional, quando a
6. A progressão é automática e oficiosa de acordo natureza e complexidade das tarefas e res-
com procedimentos a regulamentar. ponsabilidades inerentes aos lugares forem
semelhantes.
7. A progressão não depende de requerimento do
interessado devendo os serviços procederem com 3. A verificação da inexistência de identidade ou
diligência ao processamento oficioso das progres- afinidade de conteúdo funcional pelo júri dos con-
sões. cursos constitui fundamento da exclusão dos candi-
datos.
8. O direito à remuneração pelo escalão superior
vence-se no dia um do mês seguinte ao preenchi- 4. Quaisquer funcionários possuidores das habili-
mento dos requisitos estabelecidos nos números tações literárias exigidas podem ser opositores a
anteriores, dependendo o seu abono da simples con- concurso para lugares de categorias de acesso de
firmação das condições legais por parte do dirigente carreiras de um grupo de pessoal diferente, (inter-
máximo de serviço cujo quadro o funcionário per- comunicabilidade vertical) desde que:
tence ou o agente está vinculado.
a) Ao lugar a que se candidatem corresponda,
9. Mensalmente é afixada em cada serviço a lis- na estrutura dessa carreira, referência igual
tagem dos respectivos funcionários e agentes que ou imediatamente superior àquela em que se
tenham progredido de escalão. encontra provido;
10. A progressão não carece de prévia fiscaliza- b) Se trate de carreiras inseridas na mesma
ção nem de publicação no Diário da República. área funcional.
cos de 1.ª, de 2.ª e de 3.ª classes, com um b) Técnico auxiliar de 1.ª classe;
mínimo de três anos nas respectivas catego-
rias, classificados de Bom; c) Técnico auxiliar de 2.ª classe;
b) Técnico de 3.ª classe, dentre indivíduos ha- d) Técnico auxiliar de 3.ª classe.
bilitados com curso superior que não confi-
ra o grau de licenciatura, aprovados em 3. O recrutamento para as categorias da carreira
concurso. técnico-profissional, nível A, faz-se de acordo com
as seguintes regras:
2. A área de recrutamento para a categoria de
técnico de 1.ª classe, é alargada nos termos dos n.ºs a) Técnico-adjunto principal, técnicos-
5 a 7 do artigo 67.º, aos técnicos-adjuntos principais adjuntos de 1.ª, 2.ª e 3.ª classes, dentre res-
do grupo de pessoal técnico-profissional, e previa- pectivamente, as categorias de técnicos-
mente habilitados em concurso. adjuntos de 1.ª, 2.ª e 3.ª classes com um mí-
nimo de três anos na respectiva categoria,
3. A área de recrutamento para a categoria de classificados de Bom;
técnico de 2.ª classe pode ser alargada nos termos
das disposições referidas no número anterior: b) Técnico-adjunto de 3.ª classe, dentre diplo-
mados com cursos de formação técnico-
a) Aos oficiais administrativos principais e te- profissional de duração não inferior a três
soureiros principais e de 1.ª classe, com pe- anos, para além de nove anos de escolarida-
lo menos, três anos na categoria, classifica- de.
dos de Muito Bom ou cinco anos
classificados no mínimo de Bom, desde que 4. O recrutamento para as categorias da carreira
habilitados com 9.ª classe ou equiparado técnico-profissional, nível B, faz-se de acordo com
previamente habilitado em concurso; as seguintes regras:
b) Aos técnicos auxiliares principais de grupo a) Técnico auxiliar principal de 1.ª e 2.ª clas-
de pessoal, técnico-profissional, nível B, ses, dentre respectivamente, as categorias
com pelo menos, três anos na categoria, de 1.ª, 2.ª e 3.ª classes com um mínimo de
classificado no mínimo de Bom, desde que três anos na respectiva categoria, classifica-
habilitados com curso profissional ou equi- dos de Bom.
parado e previamente habilitados em con-
curso. b) Técnico auxiliar de 3.ª classe, dentre indiví-
duos diplomados com curso de formação
Artigo 71.º profissional de duração não inferior a 18
Carreiras Técnico - profissional meses, para além de nove anos de escolari-
dade ou habilitados com 11.º ano de escola-
1. As carreiras de regime geral integradas no gru- ridade ou equivalente.
po de pessoal técnico-profissional, nível A, passam
a ter as seguintes estruturas: 5. O reconhecimento de habilitações não incluí-
das na alínea b) do n.º 1 e na alínea b) do n.º 2 como
a) Técnico-adjunto principal; adequadas ao provimento em lugares das carreiras
referidas neste Artigo é feito mediante despacho do
b) Técnico-adjunto de 1.ª classe; Ministro encarregue pela área de Educação, do
Membro do Governo encarregue pela área da Ad-
c) Técnico-adjunto de 2.ª classe; ministração Pública e do Membro do Governo inte-
ressado.
d) Técnico-adjunto de 3.ª classe:
6. A área de recrutamento para as categorias de
2. A carreira de técnico profissional, nível B, in- técnico auxiliar de 3.ª classe pode ser alargada, no
tegra as seguintes categorias: competente aviso de abertura de concurso, a operá-
rios de categoria com referência remuneratória igual
a) Técnico auxiliar principal; ou imediatamente inferior, desde que a complexida-
210 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
de das funções que exerçam se considere idêntica à ro-oficial devem integrar uma prova prática
complexidade de funções do grupo técnico- de dactilografia.
profissional, nível B.
3. Na carreira de oficial administrativo e de acor-
Artigo 72.º do com o conteúdo principal, este desenvolve fun-
Carreira de tesoureiro ções que se enquadram em directivas gerais dos
dirigentes e chefes, de expediente, arquivo, secreta-
O recrutamento para a categoria de tesoureiro ria, contabilidade-processamento, pessoal e aprovi-
faz-se dentre os oficiais administrativos principais sionamento e economato, tendo em vista assegurar
bem como entre os primeiros-oficiais com pelo o funcionamento dos órgãos incumbidos da presta-
menos três anos na categoria, classificados de Bom. ção de bens e serviços.
Artigo 74.º
Artigo 73.º Acesso a chefe de secção
Carreira de oficial administrativo
1. O recrutamento dos chefes de secção deve con-
1. A carreira de oficial administrativo integra as finar-se na área administrativa, ao pessoal perten-
seguintes categorias: cente às carreiras de oficial administrativo e tesou-
reiro e, na área técnica ao pessoal de carreira de
a) Oficial administrativo principal; técnico profissional.
de provas práticas, à posse de escolaridade obrigató- dirigente sem prejuízo de, a todo o momento, este
ria e a habilitação profissional ou obtida através da poder fazer cessar o exercício dessas funções por
formação a que se refere o artigo 17.º D. conveniência de serviço ou a requerimento de inte-
ressado.
Artigo 80.º
Lugares de chefia do pessoal operário 3. Aos funcionários referidos nos n.ºs 1 e 2 é atri-
buída uma gratificação, não sendo considerado ex-
1. O número de lugares correspondentes às cate- traordinário o serviço prestado fora de período nor-
gorias de chefia do pessoal operário fica condicio- mal de trabalho.
nado às seguintes regras de densidade:
4. O despacho de designação referido no n.º 2
a) Só pode ser criado um lugar de encarregado deve ser publicado no Diário da República.
geral quando se verifique a necessidade de
chefiar, pelo menos, três encarregados no SECÇÃO IV
respectivo sector de actividade; Do Pessoal do Regime Especial e de Quadros
Privativos
b) Só pode ser criado um lugar de encarregado
quando se verifique a necessidade de coor- Artigo 83.º
denar e controlar, pelo menos, 10 profissio- Pessoal do quadro de regime especial
nais do conjunto das categorias de operário
especializado e operário principal, de 1.ª, 2.ª 1. O pessoal do quadro especial é o constante do
e 3.ª classes. mapa III e que faz parte integrante do presente Di-
ploma.
2. Quando se verificar a impossibilidade de criar
os lugares de encarregados por não estarem preen- 2. O pessoal do quadro especial é provido por li-
chidos os requisitos da alínea b) do número anterior vre escolha do titular do organismo competente, sob
e for necessário assegurar o exercício de funções de modalidade de comissão de serviço.
chefia, ao operário especializado designado, por
despacho do membro do Governo competente, para
o exercício das mesmas, é atribuída a designação de Artigo 84.º
mestre. Pessoal do quadro privativo
3. A função de mestre extingue-se quando, após a O pessoal que integra os quadros privativos, bem
criação da categoria de encarregado no mesmo ser- como as condições de seu ingresso e acesso são
viço, se efectue o respectivo provimento. regulados, respectivamente, por diploma específico.
Artigo 81.º
Formação profissional do pessoal operário
Revogado
Artigo 82.º
Funções de secretariado
MAPA I
MAPA II
GRUPO DE NÍVEL NÚMERO
CARREIRA CATEGORIA
PESSOAL REF.ª DE ESC.
Assessor 24 5
Pessoal técnico Técnico Técnico Sup. Principal 23 5
superior Superior Técnico Sup. de 1.ª classe 22 5
Técnico Sup. de 2.ª classe 21 5
Técnico Sup. de 3.ª classe 20 5
Técnico principal 19 6
Pessoal técnico Técnico Técnico de 1.ª classe 18 6
Técnico de 2.ª classe 17 6
Técnico de 3.ª classe 16 6
8 8
Encarregado Encarregado Geral 9 8
Encarregado 8 8
h) Assessores dos Presidentes dos Tribunais w) Secretario Particular dos Presidentes dos
Superiores; Tribunais Superiores;
SECÇÃO II
Do regime Geral das Carreiras
Artigo 86.º
Recrutamento
paradas da administração pública, para cujo provi- competente não tiver manifestado expressamente a
mento seja exigível uma licenciatura, que possuam intenção de a renovar, caso em que o dirigente se
aptidão e experiência profissional adequada ao mantém no exercício de funções de gestão corrente
exercício das respectivas funções no mínimo de até à nomeação do novo titular do cargo, ou na sua
quatro e três anos nos casos de directores-gerais e recondução.
directores e de chefes de departamentos respectiva-
mente, podendo ainda fazer de entre indivíduos 4. O provimento dos cargos dirigentes é feito:
licenciados não vinculados à administração com
experiência profissional reconhecida. a) O de director-geral, por despacho conjunto
do Primeiro-ministro e do membro do Go-
2. O recrutamento para os cargos previstos no n.º verno competente;
1, de unidades orgânicas cujas funções sejam essen-
cialmente asseguradas por pessoal da carreira técni- b) O de director e chefe de departamento, por
ca ou administrativa, pode também ser feito entre despacho do membro do Governo compe-
funcionários pertencentes ao grupo de pessoal téc- tente.
nico que possuam curso superior que não confira o
grau de licenciatura, ou dentre indivíduos com ca- Artigo 88.º
pacidade e experiência reconhecida de um mínimo Suspensão da comissão de serviço
de três anos, ainda que não possuidores de curso
superior. 1. A comissão de serviço do pessoal dirigente
suspende-se nos casos seguintes:
3. Só pode ser criado um lugar de director-geral
quando se verifiquem a necessidade de coordenar, a) Exercício dos cargos de Presidente da Re-
pelo menos, três directores no respectivo sector de pública, deputados à Assembleia Nacional
actividade. em regime de permanência, membro do
Governo e outros por lei a eles equiparados,
4. Só pode ser criado um lugar de director quan- Presidente da Câmara Distrital o de Comis-
do se verifique a necessidade de coordenar, pelo são Administrativa ou Vereadores em regi-
menos, dois chefes de departamento. me de permanência;
5. Só pode ser criado um lugar de chefe de depar- b) Exercício dos cargos de chefe da Casa Civil
tamento quando se verifique a necessidade de coor- da Presidência da República, Directores de
denar, pelo menos, duas secções, ou num mínimo Gabinete da Presidência da República o dos
de oito funcionários. membros do Governo, membros de Gabine-
te da Presidência da República e Assessores
Artigo 87.º do Primeiro-ministro;
Provimento
c) Exercício de cargo ou função de reconheci-
1. O pessoal dirigente é provido em comissão de do interesse público, desde que de natureza
serviço por um período de três anos, que pode ser transitória ou com prazo certo de duração,
renovado por iguais períodos. que não possa ser desempenhado em regime
de acumulação;
2. Para efeitos de eventual renovação da comis-
são de serviço, deve o membro do Governo compe- d) Exercício de funções em regime de substi-
tente ser informado pelos respectivos serviços, com tuição nos termos do artigo 90.º ou nas situ-
a antecedência mínima de 90 dias, do termo do pe- ações previstas em lei especial.
ríodo de cada comissão, cessando esta automatica-
mente no fim do respectivo período sempre que não 2. Nos casos referidos no número anterior a co-
seja dado cumprimento àquela formalidade. missão de serviço suspende-se enquanto durar o
exercício do cargo ou função, suspendendo-se
3. A renovação da comissão de serviço deve ser igualmente a contagem do prazo da comissão, de-
comunicada ao interessado até 30 dias antes do seu vendo as respectivas funções ser asseguradas nos
termo, cessando a mesma automaticamente no final termos do artigo 90.º deste Diploma.
do respectivo período se o membro do Governo
218 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
cer ao serviço quando chamado e não dispensa a 2. O Director Geral pode delegar ou subdelegar
observância do dever geral de assiduidade, nem o em todos os níveis de pessoal dirigente as compe-
cumprimento da duração normal de trabalho. tências próprias ou delegadas, salvo as previstas no
número anterior.
SECÇÃO III
Do Pessoal Dirigente e dos Gabinetes 3. O exercício de funções em regime de substitui-
Ministeriais ção abrange os poderes delegados e subdelegados
no substituído, salvo se o despacho de delegação,
Artigo 92.º subdelegação ou o que determina a substituição
Competências expressamente dispuser em contrário.
1. Salvo disposição legal expressa em contrário, o Para além dos deveres gerais dos funcionários e
tempo de serviço prestado em cargos dirigentes agentes, o pessoal dirigente é sujeito aos seguintes
conta para todos os efeitos legais, designadamente deveres específicos:
para promoção e progressão na carreira e categoria
em que cada funcionário se encontrar integrado. a) Dever de assegurar a orientação geral do
serviço e de definir a estratégia da sua actu-
2. Os funcionários nomeados para cargos dirigen- ação de acordo com as orientações contidas
tes têm direito, finda a comissão de serviço, ainda no programa do Governo, na lei e de har-
que seguida de nova nomeação: monia com as determinações recebidas do
respectivo membro do Governo;
a) Ao provimento em categoria superior à que
possuíam à data da nomeação para dirigen- b) Dever de assegurar a eficiência e eficácia da
te, a atribuir em função do número de anos unidade orgânica que dirige;
de exercício continuado nestas funções
agrupadas de harmonia com os módulos de c) Dever de manter informado o Governo,
promoção na carreira e em escalão a deter- através da via hierárquica competente, sobre
minar nos termos do artigo 66.º; todas as questões relevantes referente aos
serviços;
b) Ao regresso ao lugar de origem, caso não
estejam em condições de beneficiar do dis- d) Dever de assegurar a conformidade dos ac-
posto na alínea anterior. tos praticados pelos seus subordinados com
o estatuído na lei e com os legítimos inte-
3. O disposto no número anterior é igualmente resses dos cidadãos.
aplicável aos funcionários que se encontrem nome-
ados em cargos dirigentes à data da entrada em CAPÍTULO IX
vigor do presente Estatuto. Pessoal dos Gabinetes Ministeriais
Artigo 98.º
Formação profissional
Revogado
221 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
3. Não são aplicáveis para efeitos dos números c) Incentivos à fixação em zonas distantes ou
anteriores, a retribuição de suplementos salariais isoladas;
obtidos na origem.
d) Trabalho em regime de turnos;
223 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
1. Sobre as remunerações devidas pelo exercício a) Para o escalão 1 da categoria para qual se
de funções na administração pública incidem: faz a promoção;
3. São descontos facultativos os que sendo permi- 2. Sempre que o disposto no número anterior re-
tidos por lei, carecerem de autorização expressa do sultar um impulso salarial inferior a 10 pontos, a
titular do direito à remuneração. integração na nova categoria faz-se no escalão se-
guinte da estrutura da categoria.
4. Em regra os descontos são efectuados directa-
mente através de retenção na fonte. Artigo 117.º
Mobilidade
Artigo 114.º
Descontos obrigatórios 1. Para efeitos de determinação da categoria da
nova carreira nos casos da intercomunicabilidade ou
1. São descontos obrigatórios os seguintes: de mobilidade entre carreiras, a relação de natureza
remuneratória legalmente fixada estabelece-se entre
a) Imposto sobre salário; os índices remuneratórios correspondentes ao esca-
224 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
lão 1 da categoria em que o funcionário se encontre ra da respectiva categoria ou, se já estiverem posi-
e o escalão 1 da categoria da nova carreira. cionados no último escalão, pelo índice 235.
3. Nas situações previstas na alínea a) do número A regulamentação própria das carreiras e cargos
anterior, o tempo do serviço prestado no escalão de não abrangidos pelo presente Diploma faz-se por
origem releva para a progressão na nova carreira. decreto regulamentar.
MAPA V
Tabela de Índices Salariais
Nível de Escalões
Referência 1 2 3 4 5 6 7 8 9
24 695 705 715 725 735
23 660 670 680 690 700
22 625 635 645 655 665
21 590 600 610 620 630
20 555 565 575 585 595
19 520 530 540 550 560 570
18 490 500 510 520 530 540
17 460 470 480 490 500 510
16 430 440 450 460 470 480
15 400 410 420 430 440 450 460
14 375 385 395 405 415 425 435
13 350 360 370 380 390 400 410
12 325 335 345 350 360 370 380
11 300 310 320 330 340 350 360 370
10 280 290 300 310 320 330 340 350
9 260 270 280 290 300 310 320 330
8 240 250 260 270 280 290 300 310
7 220 230 240 250 260 270 280 290 300
6 200 210 220 230 240 250 260 270 280
5 180 190 200 210 220 230 240 250 260
4 160 170 180 190 200 210 220 230 240
3 140 150 160 170 180 190 200 210 220
2 120 130 140 150 160 170 180 190 200
1 100 110 120 130 140 150 160 170 180
PARTE IV
2. Os titulares dos órgãos dirigentes dos institutos
Regime Geral da Gestão de Recursos
públicos são disciplinarmente responsáveis perante
Humanos da Função Pública
o Ministro da tutela.
TÍTULO I
Artigo 122.º
Regime Disciplinar
Infracção disciplinar
CAPÍTULO XI
1. Considera-se infracção disciplinar o facto, ain-
Princípios Fundamentais
da que meramente culposo, praticado pelo funcioná-
rio ou agente com violação de alguns deveres gerais
Artigo 121.º
ou especiais decorrentes da função que exerce.
Responsabilidade Disciplinar
2. Nenhuma falta deixa de merecer atenção do
1. Os funcionários e agentes da administração são
superior hierárquico para que a disciplina dos servi-
disciplinarmente responsáveis perante os seus supe-
ços seja mantida em termos justos. Deve-se sempre
riores hierárquicos pelas infracções que cometem.
ter em atenção que o exemplo de inteiro cumpri-
mento do dever e o espírito do sacrifício no exercí-
cio das funções públicas são maiores factores da
disciplina e da boa ordem dos serviços.
226 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
3. Os funcionários e agentes no exercício das su- 2. Sempre que em processo disciplinar se apure a
as funções, nos termos da lei, estão exclusivamente existência de infracção que, em face da lei penal,
ao serviço do interesse público. seja também punível deve ser feita a devida comu-
nicação ao foro competente para ser instaurado o
4. São deveres gerais dos funcionários e agentes, respectivo processo.
para além de, actuar no sentido de criar no público
confiança na acção da Administração Pública, em 3. O despacho de pronúncia do processo de que-
especial no que respeita à sua imparcialidade, os rela com trânsito em julgado determina a suspensão
estabelecidos no artigo 8.º do presente Diploma. de funções e de vencimento de exercício até à deci-
são final absolutória, ainda que não transitada em
Artigo 123.º julgado, ou à decisão final condenatória.
Prescrição de procedimento disciplinar
4. Dentro de 48 horas após o trânsito em julgado
1. O direito de instaurar procedimento disciplinar do despacho de pronúncia, deve o magistrado do
prescreve passados cinco anos sobre a data em que Ministério Público por onde tiver corrido o processo
a infracção houver sido cometida. remeter cópia do mesmo aos serviços a que o funci-
onário pertença.
2. Prescreve igualmente se, conhecida a infracção
pelo dirigente máximo do serviço, não for instaura- 5. Em tudo o que não estiver regulado no presen-
do o competente procedimento disciplinar no prazo te Diploma quanto aos efeitos das penas impostas
de três meses. nos tribunais competentes são aplicáveis as disposi-
ções do Código Penal.
3. Quando o facto qualificado de infracção disci-
plinar for também considerado infracção penal e os Artigo 126.º
prazos de prescrição do procedimento criminal fo- Exclusão de responsabilidade disciplinar
rem superiores a cinco anos, deve ser aplicado o
procedimento disciplinar nos prazos estabelecidos 1. É excluída a responsabilidade disciplinar do
na lei penal. funcionário ou agente que actue no cumprimento de
ordens ou instruções emanadas de legítimo superior
Artigo 124.º hierárquico e em matéria de serviço, se previamente
Sujeição ao poder disciplinar delas tiver reclamado ou tiver exigido a sua trans-
missão ou confirmação por escrito.
1. Os funcionários e agentes ficam sujeitos ao
poder disciplinar desde a data da posse ou, se esta 2. Considerando ilegal a ordem recebida, o funci-
não for exigida desde a data de início do exercício onário ou agente faz expressa a menção deste facto
de funções. ao reclamar ou ao pedir a sua transmissão ou con-
firmação por escrito.
2. A exoneração ou a mudança de situação não
impede a punição por infracções cometidas no exer- 3. Se a decisão da reclamação ou a transmissão
cício da função. ou confirmação da ordem por escrito não tiverem
lugar dentro do tempo em que, sem prejuízo, o
3. Se o funcionário ou agente tiver mudado de cumprimento desta possa ser demorado, o funcioná-
serviço, as penas são executadas pelo serviço a que rio ou agente comunica, também por escrito, ao seu
nesse momento pertença. imediato superior hierárquico os termos exactos da
ordem recebida e do pedido formulado bem como a
Artigo 125.º não satisfação deste, executando a ordem seguida-
Independência entre os processos disciplinar e mente.
penal
4. Quando a ordem for dada com menção de
1. O processo disciplinar é independente do pro- cumprimento imediato e sem prejuízo do disposto
cesso penal, no que respeita à aplicação das respec- nos n.ºs 1 e 2, a comunicação referida na parte final
tivas penas. do número anterior é efectuada após a execução da
ordem.
227 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
b) Multa, que é fixada em quantia certa e não a) O não exercício do cargo ou função e a per-
pode exceder o quantitativo correspondente da, para efeitos de remuneração, antiguida-
a 1,5 vezes a totalidade das remunerações, de e aposentação, de tantos dias quantos te-
certas e permanentes, com excepção do nha durado a suspensão;
228 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
5. A aplicação das penas de suspensão e inactivi- 3. A pena de multa é aplicável a casos de negli-
dade não prejudica o direito dos funcionários e gência e má compreensão dos deveres profissionais.
agentes à assistência social bem como à percepção
do abono de família e prestações complementares. 4. A pena referida no n.º 3 é, sem prejuízo do re-
ferido nas alíneas c) e d) do n.º 2, nomeadamente,
6. Durante a suspensão e inactividade o lugar po- aplicável aos funcionários e agentes que:
de ser provido interinamente.
a) Não observarem as normas estabelecidas
7. A pena de aposentação compulsiva implica pa- superiormente ou que cometerem erros por
ra o funcionário ou agente a aposentação nos termos negligência, sem prejuízo do referido na
e nas condições estabelecidas no regime de aposen- alínea c);
tação definido no presente Diploma.
b) Desobedecerem às ordens dos superiores
8. A pena de demissão importa a perda de todos hierárquicos, sem consequências importan-
os direitos do funcionário ou agente, salvo quanto à tes;
aposentação nos termos e condições estabelecidas
no respectivo regime de aposentação. c) Deixarem de participar às autoridades com-
petentes infracções que tiverem conheci-
mento no exercício das suas funções;
229 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
d) Não usarem de correcção para com os supe- 90 dias e nas alíneas f) a h) a pena é de 91 a 180
riores hierárquicos, subordinados, colegas dias.
ou para com o público;
7. A pena de inactividade é aplicável nos casos
e) Pelo defeituoso cumprimento ou desconhe- de procedimento que atente gravemente contra a
cimento das disposições legais e regulamen- dignidade e prestígio do funcionário ou agente ou
tares ou das ordens superiores, demonstra- da função.
rem falta de zelo pelo serviço.
8. A pena referida no número anterior é aplicável
5. A pena de suspensão é aplicável aos funcioná- aos funcionários ou agentes que, designadamente:
rios e agentes em caso de negligência grave ou de
grave desinteresse pelo cumprimento de deveres a) Agredirem, injuriarem ou desrespeitarem
profissionais, nomeadamente quando: gravemente o superior hierárquico, colega,
subordinado ou terceiro, fora do serviço,
a) Derem informação errada a superior hierár- por motivos relacionados com o exercício
quico nas condições referidas neste número; das suas funções;
c) Exercerem por si ou por interposta pessoa, c) Violarem, com culpa grave ou dolo, o dever
sem prévia participação e/ou autorização do de imparcialidade no exercício das suas
superior hierárquico - estando obrigados a funções;
fazê-lo ou a obtê-la -, actividades privadas;
d) Salvo nos casos previstos na lei, acumula-
d) Deixarem de passar dentro dos prazos le- rem lugares ou cargos públicos ou exerce-
gais, sem justificação, as certidões e outros rem, por si ou por interposta pessoa, activi-
documentos afins que lhes sejam requeri- dades privadas depois de ter sido
dos; reconhecida, em despacho fundamentado do
dirigente do serviço, a incompatibilidade
e) Demonstrarem falta de conhecimento de entre essa actividade e os deveres legalmen-
normas essenciais reguladoras de serviço, te estabelecidos;
da qual haja resultado prejuízo para a Ad- e) Prestarem falsas declarações em processo
ministração ou para terceiros; disciplinar;
subordinado ou terceiro, nos locais de ser- f) Com intenção de obterem para si ou para
viço ou em serviço público; terceiro benefício económico ilícito, falta-
rem aos deveres do seu cargo, não promo-
b) Praticarem actos de grave insubordinação vendo em tempo oportuno os procedimen-
ou de indisciplina ou incitarem à sua práti- tos adequados, ou lesarem, em negócio
ca; jurídico ou por mero acto material, designa-
damente, pela destruição ou extravio de do-
c) No exercício das suas funções praticarem cumentos ou por viciação de dados para tra-
actos manifestamente ofensivos das institui- tamento informático, os interesses
ções e princípios consagrados na Constitui- patrimoniais que, no todo ou em parte, lhes
ção da República; cumpre em razão das suas funções, admi-
nistrar, fiscalizar, defender ou realizar.
d) Praticarem ou tentarem praticar qualquer
acto que lese ou contrarie os superiores in- 13. A pena de aposentação compulsiva só é apli-
teresses do Estado em matéria de relações cada verificado o condicionalismo exigido pelo
internacionais; regime de aposentação definido no presente Diplo-
ma, (60 anos de idade e 36 de serviço), sem o qual é
e) Voltarem a incorrer nas infracções previstas aplicada a pena de demissão.
no n.º 8;
14. A pena de cessação da comissão de serviço é
f) De má fé participarem infracção disciplinar aplicável aos dirigentes e equiparados que:
de algum funcionário ou agente de que re-
sulta em justa punição. a) Não procedam disciplinarmente contra os
funcionários e agentes seus subordinados
11. A pena de aposentação compulsiva é aplicada pelas infracções de que tenham conheci-
em caso de comprovada incompetência profissional mento;
ou falta de idoneidade moral para o exercício das
funções. b) Não participarem criminalmente infracção
disciplinar de que tenham conhecimento no
12. A pena de demissão é aplicável aos funcioná- exercício das suas funções e que revista ca-
rios e agentes que, nomeadamente: rácter penal;
4. A pena de demissão determina a suspensão do rio para sua pronta conclusão dispensando-se tudo o
abono da pensão pelo período de um ano. que for inútil, impertinente ou dilatório.
1. As penas disciplinares das alíneas b) a d) do n.º 3. O processo especial aplica-se aos casos ex-
1 do artigo 128.º, podem ser suspensas ponderado o pressamente designados na lei e o comum, a todos
grau de culpabilidade ou o comportamento do ar- os casos a que não corresponda processo especial.
guido, bem como as circunstâncias da infracção.
4. Os processos especiais regulam-se pelas dispo-
2. O tempo de suspensão não é inferior a um ano sições que lhe são próprias e, na parte nelas não
nem superior a três anos, contando-se estes prazos previstas, pelas disposições respeitantes ao processo
desde a data da notificação ao arguido da respectiva comum.
decisão.
5. Nos casos omissos, pode o instrutor adoptar as
3. Em relação à repreensão por escrito deve-se, providências que se afigurarem convenientes para a
em atenção aos elementos referidos no n.º 1 deste descoberta da verdade, em conformidade com os
Artigo, suspender o registo respectivo. princípios gerais de direito processual penal.
5. Ao arguido que divulgar matéria confidencial quias, são todos eles apensos ao primeiro, ficando a
nos termos deste Artigo é instaurado, por esse facto, sua instrução a cargo de um instrutor de nomeação
novo processo disciplinar. de todos os serviços interessados, aos quais pertence
o julgamento do processo.
6. O arguido pode constituir advogado em qual-
quer fase do processo, nos termos gerais de direito, Artigo 143.º
o qual assiste, querendo, ao interrogatório do argui- Mudança de situação na pendência do
do. processo
1. São competentes para instaurar ou mandar ins- 2. As restantes nulidades consideram-se supridas
taurar processo disciplinar contra os respectivos se não forem reclamadas pelos arguidos até à deci-
subordinados todos os superiores hierárquicos, ain- são final.
da que neles não tenha sido delegada a competência
de punir. 3. Do despacho que indefira o requerimento de
quaisquer diligências probatórias cabe recurso hie-
2. Para efeitos do disposto no número anterior, os rárquico para o membro do Governo ou órgão exe-
titulares dos órgãos dirigentes dos institutos públi- cutivo, a interpor no prazo de 10 dias depois de
cos dependem hierarquicamente do Ministro da notificado.
tutela.
Artigo 142.º 4. O recurso previsto no número anterior sobe
Arguido em exercício acumulativo de imediatamente nos próprios actos, considerando-se
funções precedente se, no prazo de 10 dias, não for proferida
a decisão que expressamente lhe negue provimento.
1. Quando um funcionário ou agente desempe-
nhar funções em vários ministérios ou autarquias 5. A decisão que negue provimento ao recurso
locais, por acumulação ou inerência legal, e lhe for previsto no número anterior só pode ser impugnada
instaurado processo disciplinar num deles, é o facto no recurso interposto da decisão final.
imediatamente comunicado aos outros ministérios
ou autarquias locais, de igual modo se procedendo Artigo 145.º
em relação à decisão proferida. Isenção de custa e selos
2. Se antes do julgamento do processo forem ins- Nos processos de meras averiguações, de inquéri-
taurados novos processos disciplinares ao mesmo to, de sindicâncias, disciplinares e de revisão não
funcionário ou agente noutros ministérios ou autar- são devidos custa e selos, quando for o caso.
234 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
sido nomeado, ordena a produção de quaisquer dili- arguido, de categoria igual ou superior à dele, ou
gências que julgue necessárias. um funcionário ou agente nas mesmas condições
requisitado a outro serviço.
6. Se o processo disciplinar tiver como base auto
de notícia levantando nos termos do presente Artigo 3. Os membros do Governo podem também no-
e nenhumas diligências tiverem sido ordenadas ou mear para instrutor um funcionário ou agente da
requeridas, o instrutor deduz, nos termos do n.º 2 do auditoria jurídica, caso exista, independentemente
artigo 156.º e dentro do prazo de 48 horas a contar da sua categoria.
da data em que deu início à instrução do processo, a
acusação do(s) arguido(s). 4. A faculdade prevista no número anterior deve
ser usada relativamente aos serviços de inspecção,
Artigo 150.º quando existam, em caso de infracção em matérias
Apensação do processo de tecnicidade específica ou directamente relacio-
nadas com as atribuições daqueles serviços.
Para todas as infracções cometidas por um funci-
onário ou agente é organizado um só processo, mas 5. O instrutor pode escolher secretário da sua
tendo-se instaurado diversos, são apensados ao da confiança, cuja nomeação compete à entidade que o
infracção mais grave e, no caso da gravidade ser a nomeou e bem assim requisitar a colaboração de
mesma, àquele que primeiro tiver sido instaurado. técnicos.
parente na linha recta ou até ao terceiro grau que possam esclarecer a verdade e fazendo juntar
na linha colateral; aos autos e certificados do registo disciplinar do
arguido.
e) Se houver inimizade grave ou grande inti-
midade entre o arguido e o instrutor, ou en- 2. O instrutor deve ouvir o arguido, sempre que o
tre este e o participante ou o ofendido. entender conveniente e, a requerimento deste, até se
ultimar a instrução, e pode também acarreá-lo com
2. A entidade que tiver mandado instaurar o pro- as testemunhas ou com os participantes.
cesso disciplinar decide em despacho fundamenta-
do, no prazo máximo de 48 horas, sem prejuízo do 3. Durante a fase de instrução do processo pode o
que se dispõe no n.º 3 do artigo 174.º. arguido requerer do instrutor que promova as dili-
gências para que tenha competência e consideradas
Artigo 154.º por aqueles essenciais para apuramento da verdade.
Providências cautelares
4. Quando o instrutor julgue suficiente a prova
1. Compete ao instrutor tomar desde a sua nome- produzida, pode indeferir o requerimento referido
ação as providências adequadas para que não se no número anterior.
possa alterar o estado dos factos e dos documentos
ou livros em que se descobriu ou se presume existir 5. As diligências que tiveram de ser feitas fora da
alguma irregularidade, nem subtrair as provas desta. localidade onde correr o processo disciplinar podem
ser requisitadas, por ofício ou telegrama, à respecti-
2. Os funcionários ou agentes podem ser, sob va autoridade administrativa ou policial.
proposta da entidade que instaurar o processo disci-
plinar ou instrutor, e mediante despacho do membro 6. Quando o arguido seja acusado de incompe-
do Governo competente ou dos órgãos executivo, tência profissional, pode o instrutor convidá-lo a
preventivamente suspenso do exercício das suas executar quaisquer trabalhos segundo o programa
funções sem perda do vencimento de categoria e até traçado por dois peritos, que depois dão os seus
decisão do processo, mas por prazo não superior a laudos sobre as provas prestadas e a competência do
90 dias, sempre que a sua presença se revele incon- arguido.
veniente para o serviço ou para o apuramento da
verdade. 7. Os peritos a que se refere o número anterior
são indicados pela entidade que tiver mandado ins-
3. Passados os 90 dias previsto no número ante- taurar o processo disciplinar, caso o arguido não
rior, se o processo não tiver sido ainda julgado ou se tenha usado a faculdade de indicar um, e os traba-
a instrução não estiver completa pode o funcionário lhos a fazer pelo arguido são de natureza dos que
continuar suspenso preventivamente, mas volta a habitualmente competem a funcionários e agentes
ser abonado os seus vencimentos normais até deci- do mesmo serviços e categoria.
são final.
8. Durante a fase de instrução e até à elaboração
4. A suspensão prevista no n.º 2 só tem lugar em do relatório podem ser ouvidos, a requerimento do
caso de infracção punível com pena de suspensão arguido, representantes da associação sindical a que
ou superior, a que se refere no artigo 128.º o mesmo pertença.
em infracção disciplinar, que não foi o arguido e 6. Da nota de culpa deve constar sempre a men-
agente da infracção ou que não é de exigir respon- ção da delegação o poder de punir, quando exista e
sabilidade disciplinar por virtude de prescrição ou seja do conhecimento do instrutor.
outro motivo, elabora no prazo de cinco dias o seu
relatório e o remete imediatamente, com o respecti- Artigo 158.º
vo processo, à entidade que o tiver mandado instau- Incapacidade física ou mental
rar, propondo que se arquive.
1. Se o arguido estiver impossibilitado de organi-
2. No caso contrário, deduz no prazo de 10 dias a zar a sua defesa por motivo de doença ou a incapa-
acusação, articulando, com a necessária discrimina- cidade física devidamente comprovadas, pode no-
ção, as faltas que reputar averiguadas, com referên- mear um representante especialmente mandatado
cia aos correspondentes preceitos legais e às penas para esse efeito.
aplicáveis.
2. No caso de o arguido não poder exercer o di-
SUBSECÇÃO III reito referido no número anterior, o instrutor imedi-
Defesa do Arguido atamente lhe nomeia um curador, preferindo a pes-
soa a quem competiria a tutela no caso de
Artigo 157.º interdição, nos termos da lei civil.
Notificação da acusação
3. A nomeação referida no número anterior é res-
1. Da acusação deve ser extraída cópia, no prazo trita ao processo disciplinar, podendo o representan-
de 48 horas, a qual é entregue ao arguido mediante te usar de todos os meios de defesa facultados ao
a sua notificação pessoal, ou, não sendo esta possí- arguido.
vel, por carta registada com aviso de recepção, mar-
cando-se neste caso ao arguido um prazo até 10 dias 4. Se, por motivo de anomalia mental devidamen-
para apresentar a sua defesa escrita. te comprovada, o arguido estiver incapacitado de
organizar a sua defesa, deve-se seguir os termos
2. Se não for possível a notificação nos termos do previstos no Código de Processo Penal, com as
número anterior, designadamente por o arguido se devidas adaptações.
encontrar ausente em parte incerta, é publicado
aviso no Diário da República, outro meio de comu- 5. O incidente de alienação mental do arguido
nicação social oficial, citando-o para apresentar a pode ser suscitado pelo instrutor do processo, pelo
sua defesa em prazo não inferior a 30 dias nem su- próprio arguido ou qualquer familiar seu.
perior a 60 dias, contados da data da publicação.
Artigo 159.º
3. O aviso só deve conter a menção de que se en- Exame do processo e apresentação da defesa
contra pendente contra o arguido processo discipli-
nar e o prazo fixado para apresentar a sua defesa. 1. Durante o prazo para a apresentação da defesa,
pode o arguido, o seu representante ou curador refe-
4. A acusação deve conter a indicação dos fatos ridos no artigo anterior ou um advogado, por qual-
integrantes da mesma, bem como das circunstâncias quer deles constituído, examinar o processo a qual-
de tempo, modo e lugar da infracção e das que inte- quer hora de expediente, sem prejuízo do disposto
gram atenuantes e agravantes, acrescentando sem- no artigo seguinte.
pre a referência aos preceitos legais respectivos e às
penas aplicáveis. 2. A resposta pode ser assinada pelo próprio ou
por qualquer dos seus representantes referidos no
5. Quando o processo seja complexo, pelo núme- número anterior e é apresentada no lugar onde o
ro e natureza das infracções ou por abranger vários processo tiver sido instaurado.
arguidos, pode o instrutor conceder prazo superior
ao do n.º 1, até ao limite de 30 dias, depois de auto- 3. Com a resposta deve o arguido apresentar o rol
rizado nos termos da parte final do n.º 1 do artigo das testemunhas e juntar documentos, requerendo
147.º. também quaisquer diligências, que podem ser recu-
sadas em despacho fundamentado, quando manifes-
tamente impertinentes e desnecessárias.
238 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
5. O instrutor pode recusar a inquirição das tes- 1. Finda a instrução do processo, o instrutor ela-
temunhas quando considere suficientemente prova- bora, no prazo de cinco dias, um relatório completo
dos os factos alegados pelo arguido. e conciso donde conste a existência material das
faltas, sua qualificação e gravidade, importâncias
6. A entidade a quem for solicitada a inquirição, que porventura haja a repor e seu destino, e bem
nos termos da parte final do n.º 4, pode designar assim a pena que entender justa ou a proposta para
instrutor ad hoc para o acto requerido. que os autos se arquivem por ser insubsistente a
acusação.
7. As diligências para a inquisição das testemu-
nhas não residentes no local onde corre o processo 2. A entidade a quem incumbir a decisão pode
são sempre notificadas ao arguido. quando a complexidade do processo o exigir, pror-
rogar o prazo fixado no número anterior até ao limi-
8. O disposto no Código de Processo Penal apli- te total de 20 dias.
ca-se, com as devidas adaptações, à inquirição refe-
rida na parte final do n.º 4 deste Artigo. 3. O processo depois de relatado, é remetido no
prazo de 24 horas à entidade que o tiver mandado
9. A falta de resposta, dentro do prazo marcado, instaurar, a qual, se não for competente para decidir,
vale como efectiva audiência do arguido para todos o envia dentro de dois dias, a quem deva proferir a
os efeitos legais. decisão.
c) Do termo do prazo de 10 dias fixado no n.º 2. As penas aplicáveis aos funcionário ou agentes
3, para emissão do parecer referido no começam a produzir os seus efeitos legais no dia
mesmo número. seguinte ao da notificação do arguido ou, não po-
dendo este ser notificado, 15 dias após a publicação
5. Quando a decisão do processo for de exclusiva de aviso nos termos do n.º 2 do artigo 157.º.
competência ministerial e exista auditoria jurídica,
esta pode ser ouvida. 3. A vacatura de lugar ou cargo em consequência
da aplicação das penas de aposentação compulsiva e
6. Quando vários funcionários ou agentes, embo- demissão é publicada no Diário da República.
ra de diversos quadros mas pertencentes à mesma
administração, inspecção, direcção-geral ou autar- SECÇÃO III
quia local, sejam arguidos da prática do mesmo Do Processo Disciplinar por falta de
facto ou de factos entre si conexos, a entidade que Assiduidade
tiver competência para punir o funcionário ou agen-
te de maior categoria decide relativamente a todos Artigo 164.º
os arguidos. Falta de assiduidade
inexistência dos factos que determinaram a conde- 2. A revisão do processo não suspende o cum-
nação e que não pudessem ter sido utilizados pelo primento da pena.
arguido no decurso do processo disciplinar. 3. Julgando-se procedente a revisão, é revogada
ou alterada a decisão proferida no processo revisto.
2. A revisão pode conduzir à revogação ou alte-
ração da decisão proferida no processo revisto, não 4. A revogação produz os seguintes efeitos:
podendo em caso algum ser agravada a pena.
a) Cancelamento do registo da pena no proces-
3. A pendência de recurso hierárquico ou conten- so individual do funcionário ou agente;
cioso não prejudica o requerimento da revisão do
processo disciplinar. b) Anulação dos efeitos da pena.
3. A reabilitação pode ser requerida pelo interes- 5. O disposto no presente Artigo não prejudica a
sado ou seu representante, decorridos os prazos faculdade que assiste aos directores-gerais ou equi-
seguintes sobre a aplicação ou cumprimento da parados, órgãos executivos ou a quaisquer funcioná-
pena: rios investidos em funções de direcção ou chefia ou
competentes para instauração de procedimento dis-
a) Um ano, nos casos de repreensão escrita; ciplinar de ordenarem a realização de processos de
averiguações tendentes à obtenção de elementos
b) Dois anos, no caso de multa; necessários à adequada qualificação de eventuais
faltas de irregularidades verificadas no funciona-
c) Três anos, nos casos de suspensão e cessa- mento dos respectivos serviços.
ção da comissão de serviço;
6. Se o processo for de sindicância, deve o sindi-
d) Cinco anos, no caso de inactividade; cante, logo que a ele dê inicio, fazê-lo constar por
anúncios publicados em um ou dois jornais, haven-
e) Seis anos, no caso das penas expulsivas, de do-os, e por meio de editais, cuja afixação requisita
aposentação compulsiva e demissão. às autoridades administrativas ou policiais.
4. A reabilitação faz cessar as incapacidades e 7. Nos anúncios e editais deve constar que toda a
demais efeitos da condenação ainda subsistente, pessoa que tenha razão de queixa ou de agravo con-
devendo ser registada no registo biográfico e disci- tra o regular funcionamento dos serviços sindicados
plinar do funcionário ou agente. se pode apresentar a ele sindicante, no prazo desig-
nado, ou a ele apresentar queixa por escrito ou pelo
5. A concessão da reabilitação não atribui ao in- correio.
divíduo a quem tenha sido aplicada pena de aposen-
tação compulsiva ou demissão o direito de recupe- 8. A queixa por escrito deve conter os elementos
rar, por esse facto, um lugar ou cargo na completos de identificação do queixoso e o reco-
Administração, sendo considerado para todos efei- nhecimento notarial da respectiva assinatura.
tos legais como não vinculado à função pública.
9. A publicação dos anúncios pela imprensa é
CAPÍTULO XIV obrigatória para os periódicos a que forem remeti-
Processos de Inquérito, de Sindicância e dos, aplicando-se em casos de recusa, a pena cor-
Meras Averiguações respondente, ao crime de desobediência qualificada,
sendo as despesas resultantes dos respectivos pro-
Artigo 174.º cessos apresentadas pelos sindicantes, para efeito de
Inquérito e sindicância pagamento.
d) Detectar a eventual necessidade de acções 1. São competentes para avaliar e notar os diri-
de formação. gentes e todos os funcionários que desempenhem
funções de chefia.
2. A classificação do serviço e obrigatoriamente
considerada nos seguintes casos: 2. As avaliações são sempre submetidas à apro-
vação do dirigente hierarquicamente superior.
a) Promoção e progressão nas carreiras;
3. O mínimo de tempo de contacto funcional en-
b) Conversão de nomeação provisória em de- tre os notadores e notados é de seis meses.
finitiva;
4. A competência para homologar é do dirigente
c) Celebração de novos contratos para diferen- máximo do serviço.
te categoria ou cargo a que corresponda, no
quadro de pessoal de serviço, categoria su- CAPÍTULO XVII
perior na respectiva carreira. Modalidades e Relevância
3. O disposto nos números anteriores não impede 1. O interessado, após tomar conhecimento da fi-
que em qualquer fase do processo, sejam passadas cha de notação, pode apresentar aos notadores no
certidões da ficha de notação, mediante pedido do prazo de cinco dias úteis, reclamação por escrito,
notado, formulado por escrito ao dirigente com com indicação dos factos que julgue susceptíveis de
competência para homologar. fundamentarem a revisão da classificação atribuída.
1. O processo de classificação ordinária inicia-se 1. A Comissão paritária pode solicitar aos nota-
com o preenchimento pelos notados, até ao dia 15 dores ou notados os elementos que julgar conveni-
do mês de Janeiro, das rubricas sobre actividades entes para o seu melhor esclarecimento, bem como
relevantes durante o período em apreciação e fun- convidar qualquer deles a expor a sua posição, por
ções exercidas constantes das fichas de notação única vez, em audição.
aplicáveis, as quais são em tempo útil fornecidas
pelos serviços aos mesmos notados. 2. A comissão pode solicitar a presença de técni-
cos dos serviços com competência nas áreas de
247 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
organização e recursos humanos, os quais neste dado conhecimento pelos notadores aos interessa-
caso participam nas reuniões sem direito de voto. dos da classificação de serviços que lhe for atribuí-
da, sendo de seguida o processo arquivado no res-
3. Os pareceres da comissão paritária são proferi- pectivo processo individual.
dos, no prazo de 15 dias úteis contados da data em
que tiverem sido solicitados, sob a forma de relató- Artigo 193.º
rio fundamentado, com proposta de solução da re- Recursos
clamação a elaborar pelo vogal orientador dos tra-
balhos e subscrito por todos os vogais. 1. Após a homologação, cabe recurso hierárquico
de classificação para o membro do Governo compe-
4. Quando na comissão não se verificar consenso, tente, a interpor no prazo de 10 dias úteis contados
deve o respectivo relatório conter as propostas de da data do conhecimento desta, devendo ser profe-
solução em debate e a sua fundamentação. rida decisão no prazo de 15 dias contados da data de
interposição do recurso.
5. Ao dirigente competente para homologar cabe
a decisão final, a qual pode não coincidir com ne- 2. A invocação de meras diferenças de classifica-
nhuma das soluções propostas e deve ser sempre ção com base na comparação entre classificações
fundamentada. atribuídas não constitui fundamento atendível de
recurso.
Artigo 192.º
Prazos para homologação e elaboração das TÍTULO III
listas Regime Geral de Recrutamento e Selecção
3. O concurso considera-se:
8. Os serviços e organismos públicos devem emi- e) Não estar inibido do exercício de funções
tir a documentação exigível para o concurso dentro públicas ou interdito para o exercício das
do prazo estabelecido para a apresentação das can- funções a que se candidata.
didaturas desde que requerida com uma antecedên-
cia mínima de três dias. 4. No caso de concursos para lugares do presente
Diploma, de um período mínimo de tempo na cate-
9. Os funcionários e agentes pertencentes aos goria imediatamente do serviço a que a vaga respei-
serviços ou organismo, para cujos lugares o concur- te:
so é aberto são dispensados da apresentação dos
documentos comprovativos dos requisitos que cons- a) A permanência, nos termos do presente Di-
tem do respectivo processo individual. ploma, de um período mínimo de tempo na
categoria imediatamente inferior, indepen-
10. As falsas declarações prestadas pelos candi- dentemente do serviço a que a vaga respei-
datos são punidos nos termos da lei penal. te;
4. A aplicação dos métodos de selecção deve ter 6. Compete ao júri estabelecer critérios de de-
início no prazo máximo de 30 dias contados da sempate sempre que se verifique igualdade de clas-
publicação da lista de candidatos a concurso. sificação nos concursos externos e bem assim, se
após a aplicação dos critérios referidos no número
Artigo 209.º anterior subsistir igualdade.
Recurso a Entidades Estranhas ao Júri
Artigo 212.º
Os serviços ou organismos podem solicitar à en- Publicitação da lista de classificação final
tidade que ao nível central da Administração, é
responsável pela gestão de recursos humanos da Homologada a acta a que se refere o n.º 1 do arti-
função pública, ou a outros serviços públicos ou go anterior, a lista de classificação final deve ser
privados competentes em matéria de organização e publicada nos termos estabelecidos no n.º 2 do arti-
pessoal a realização de todas ou algumas das opera- go 206.º, no prazo máximo de cinco dias.
ções de recrutamento e selecção de pessoal.
Artigo 213.º
SECÇÃO V Recurso
Da Classificação dos Candidatos
1. Da homologação cabe recurso, com efeito sus-
Artigos 210.º pensivo, a interpor para o membro do Governo
Sistema de classificação competente, nos termos estabelecidos no n.º 3 do
artigo 206.º.
Os resultados obtidos na aplicação dos métodos
de selecção são classificados de 0 a 20 valores.
254 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
c) Apresentem documentos que não façam 3. Para efeitos do disposto no n.º 1, consideram-
prova das condições necessárias para o pro- se carreiras comuns à Administração:
vimento, ou não façam a sua apresentação
nos prazos previstos no artigo 215.º. a) A de oficial administrativo;
2. A fase de habilitação compreende todas as 1. O pessoal a que se refere o artigo 2.º do pre-
operações de recrutamento e selecção de pessoal sente Diploma tem direito, em cada ano civil, a um
sendo-lhe aplicável com as necessárias adaptações, período de 22 dias úteis de férias desde que tenha
o disposto nos capítulos anteriores. mais de um ano de serviço afectivo sem quebra da
relação do emprego público, salvo o disposto no
3. A fase de afectação visa a ordenação dos can- artigo seguinte.
didatos aprovados na fase de habilitação em função
das candidaturas apresentadas e o subsequente pro- 2. O direito a férias vence-se no dia 1 de Janeiro
vimento das vagas nos termos dos artigos 214.º e de cada ano e reporta-se, em regra, ao serviço pres-
215.º. tado no ano civil anterior.
4. O serviço responsável pela abertura de concur- 3. O direito a férias é irrenunciável e não pode ser
so especial deve, para efeitos de afectação aos ser- substituído por remuneração ou qualquer outra van-
viços de candidatos aprovados, publicar um aviso tagem, ainda que o interessado dê o seu consenti-
no Diário da República do qual conste: mento, salvo nos casos expressamente previstos no
presente Diploma.
a) A identificação dos serviços ou organismos
onde existem as vagas e a sua localização; 4. Durante as férias não pode ser exercida qual-
quer actividade remunerada, salvo se a mesma já
b) Categorias a prover; viesse sendo legalmente exercida.
1. As férias podem ser gozadas seguidas ou inter- 1. As férias respeitantes a determinado ano po-
poladamente, não podendo um dos períodos ser dem, por conveniência do serviço, ou por acordo
inferior a metade dos dias de férias a que o funcio- entre o funcionário ou agente e a Administração ser
nário ou agente tenha direito. gozadas no ano civil imediato, seguidas ou não das
férias vencidas neste.
2. Sem prejuízo dos casos de conveniência de
serviço devidamente fundamentada, não pode ser 2. No caso de acumulação de férias por convini-
imposto ao funcionário ou agente o gozo interpola- ência de serviço, o funcionário ou agente não pode
do das férias a que tem direito. salvo acordo nesse sentido, ser impedido de gozar
metade dos dias de férias a que tiver direito no ano
3. As férias devem ser marcadas de acordo com a que as mesmas se reportam.
os interesses das partes, sem prejuízo de se assegu-
rar, em todos os casos, o regular funcionamento dos 3. Não podem ser acumuladas mais de 60 dias de
serviços. férias consecutivas.
8. Salvo nos casos previstos no presente Diplo- 5. O disposto no número anterior é aplicável aos
ma, o mapa referido no número interior, só pode ser casos em que o funcionário ou agente não pode
alterado por acordo entre os serviços e os interessa- gozar no respectivo ano civil, por motivo de doença,
dos. a totalidade ou parte das férias já vencidas.
1. As férias devem ser gozadas no decurso do ano 1. As faltas justificadas nos termos do presente
civil em que se vencem, salvo nos casos previsto no Diploma não implicam desconto nas férias, salvo as
presente Diploma. previstas na alínea p) do n.º 1 do artigo 230.º.
2. Antes de início das férias o funcionário ou 2. As faltas injustificadas descontam nas férias do
agente deve indicar ao respectivo serviço a forma ano civil seguinte, na proporção de um dia de férias
como pode ser eventualmente contactado. por cada falta.
257 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
k) Para assistência aos familiares; 5. Em tudo que não é referido neste Diploma,
aplica-se o disposto nas leis relativas a Segurança
l) Por isolamento profiláctico; Social.
4. Os documentos comprovativos de doença po- 1. Salvo nos casos de internamento em que não é
dem ser entregues directamente nos serviços ou obrigatória a verificação domiciliária da doença
enviados aos mesmos através do correio devida- deve o dirigente competente solicitá-la no prazo de
mente registados relevando, neste último caso, a três dias a contar da data do respectivo conhecimen-
data da respectiva expedição para efeitos de cum- to.
primento dos prazos de entrega fixados neste Arti-
go, caso a data da sua entrada nos serviços seja 2. Se o interessado não for encontrado no seu
posterior ao limite do referido prazo. domicílio ou no local onde tiver indicado estar do-
ente, as faltas dadas são havidas como injustificadas
5. Quando tiver havido lugar a internamento e es- se o funcionário ou agente não justificar a sua au-
te cessar, o funcionário ou agente deve apresentar- sência mediante apresentação de meios de prova
se ao serviço com o respectivo documento de alta adequados, no prazo de dois dias a contar do conhe-
ou, no caso de ainda não estar apto a regressar, pro- cimento da injustificação.
ceder à comunicação e apresentar documento com-
provativo da doença nos termos do disposto nos n.ºs Artigo 234.º
1, 2, 3 e 4, deste Artigo, contando-se os prazos res- Intervenção da junta
pectivos a partir da data do dia em que teve alta.
1. Atingido o limite de 60 dias consecutivos de
6. Cada atestado médico ou declaração de doença ausência ao serviço por motivo de doença justifica-
é valido pelo período que o médico indicar como da nos termos dos artigos anteriores, se o funcioná-
duração previsível da doença, o qual não pode ex- rio ou agente não estiver em condições de regressar
ceder 30 dias. ao serviço, deve ser submetido a junta médica.
8. A junta pode justificar faltas por doença dos O funcionário ou agente que se encontra na situa-
funcionários ou agentes por sucessivos períodos de ção de faltas por doença concedidas pela junta só
30 dias até ao limite de 18 meses. pode regressar ao serviço antes do termo do período
previsto mediante parecer da junta médica que o
9. O disposto no número anterior não prejudica a considere apto a retornar à actividade, o qual pode
possibilidade de o serviço denunciar, no seu termo, ser obtido a requerimento do interessado, apresen-
os contratos de pessoal celebrados ao abrigo da tado para esse efeito nos respectivos serviços.
legislação em vigor sobre esta matéria.
Artigo 236.º
10. Quando o comportamento do funcionário ou Cômputo do prazo de faltas por doença
agente indicar perturbação física ou psíquica que
comprometa o normal desempenho das suas funções Para efeitos do limite máximo de 18 meses de
o dirigente máximo do serviço pode mandar subme- faltas por doença previsto no n.º 8 do artigo 234.º
te-lo à junta médica, mesmo nos casos em que o contam-se sempre, ainda que relativos a anos civis
funcionário ou agente se encontre em exercício de diferentes:
funções.
a) Todas as faltas por doença seguidas ou in-
11. Se a junta não dispuser de elementos suficien- terpoladas, quando entre elas não mediar
tes que lhes permitam deliberar, deve conceder ao um intervalo superior a 30 dias, no qual não
funcionário ou agente um prazo para obtenção dos se inclui o período de férias;
mesmos decorridos, o qual este deve submeter-se
novamente à junta. b) As faltas justificadas por doença correspon-
dentes aos dias que mediarem entre o termo
12. Sempre que seja necessário, a junta médica do período de 60 dias consecutivos de faltas
pode requerer a colaboração de médicos especialis- por doenças e o parecer da junta médica que
tas e de outros peritos. considere o funcionário ou agente apto para
o serviço;
13. O funcionário ou agente que nos termos dos
números anteriores deva ser submetido a junta mé- c) O período de tempo concedido pela junta
dica não pode apresentar-se ao serviço antes que tal para obtenção dos elementos clínicos a que
se tenha verificado. se refere o n.º 11 do artigo 234.º.
15. O parecer da junta médica deve ser comuni- a) Requerer o prazo de 30 dias e através do
cado ao funcionário ou agente no próprio dia e en- respectivo serviço a sua apresentação à jun-
viado de imediato ao respectivo serviço. ta médica da entidade de aposentação com-
petente, reunidas que sejam as condições
16. A junta deve pronunciar-se sobre se o funcio- mínimas para a aposentação;
nário ou agente se encontra apto a regressar ao ser-
viço e nos casos em que considere que aquele não b) Requerer a passagem à situação de licença
se encontra em condições de retornar à actividade, sem vencimento de longa duração, indepen-
indicar a duração previsível da doença, com respeito dentemente do tempo de serviço prestado.
pelo limite previsto no n.º 8, e marcar a data de
submissão a nova junta.
261 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
3. O funcionário que não requerer, no prazo pre- 1. Por ocasião do casamento o funcionário ou
visto, a sua apresentação a junta médica passa au- agente pode faltar seis dias seguidos nos quais se
tomaticamente à situação de licença sem vencimen- inclui o dia do casamento desde que comunique por
to de longa duração. escrito tal facto ao dirigente de serviço com pelo
menos 15 dias de antecedência relativamente à data
4. O funcionário que não reunir os requisitos para em que se pretende iniciar o período de faltas.
apresentação à junta médica deve ser notificado,
pelo respectivo serviço para no dia imediato ao da 2. As faltas por casamento o funcionário são
notificação, retomar o exercício das suas funções equiparados a serviço efectivo, mas implicam a
sob pena de ficar abrangido pelo disposto na parte parte do subsídio de refeição.
final do número anterior.
Artigo 242.º
Artigo 238.º Faltas por maternidade
Fim do prazo de faltas por doença do pessoal
provido por contrato no quadro 1. As faltas por maternidade devem ser regula-
mentadas por legislação específica garantindo às
1. Findo o prazo 18 meses de faltas por doença, mães direitos especiais relacionados com ciclo bio-
sem prejuízo do disposto no artigo 248.º, ao pessoal lógicos da maternidade.
provido por contrato num lugar do quadro que ele
se encontre em condições de regressar ao serviço é 2. As mulheres abrangidas pelo presente Diploma
aplicável, desde que preencha os requisitos para têm direito a uma licença de 98 dias consecutivos,
aposentação, o disposto na alínea a) do n.º 1 do 60 dos quais a gozar obrigatoriamente a seguir ao
artigo anterior, salvo se optar pela rescisão do con- parto, podendo os restantes ser gozados, total ou
trato. parcialmente antes ou depois do parto.
2. Ao pessoal que ainda não reúna os requisitos 3. No caso de nascimentos múltiplos o período de
para a aposentação é prescindido o contrato. licença prevista no número anterior é acrescido de
30 dias por cada gemelar além do previsto.
Artigo 239.º
Fim do prazo de faltas por doença do pessoal 4. A licença por maternidade é cumulável com as
contratado além do quadro férias anuais.
Artigo 243.º
Ao pessoal contratado além do quadro que com- Faltas por nascimento
plete 18 meses de faltas por doença e não se encon-
tre em condições de regressar ao serviço é aplicável 1. Por ocasião do nascimento de um filho, o pai
o disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo anterior. funcionário ou agente, tem o direito de faltar dois
dias.
Artigo 240.º
Junta médica 2. As faltas previstas neste Artigo podem ser go-
zadas seguidas ou interpoladas desde o dia do nas-
A dependência, composição, competência e fun- cimento inclusive, ou dentro dos 30 dias após o
cionamento da junta médica a que se refere a pre- parto.
sente Subsecção são fixados em Decreto Regula-
mentar.
262 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
2. A mãe que, comprovadamente, amamenta o fi- 2. As doenças a que se refere o n.º 1 são definidas
lho tem direito a ser dispensada em cada dia de por despacho conjunto dos Ministros encarregues
trabalho por dois períodos distintos de duração má- pelas áreas de Finanças e da Saúde.
xima de uma hora cada para o cumprimento dessa
missão enquanto durar e até o filho perfazer dois Artigo 247.º
anos. Faltas por acidente em serviço ou doença
profissional
3. O direito à dispensa do trabalho nos termos do
presente Artigo efectiva-se sem perda de remunera- As faltas por acidente em serviço ou doença pro-
ção e de quaisquer regalias. fissional devem ser regulamentadas por diploma
específico, não devendo, em caso algum, determinar
4. Tudo o mais que respeitar as faltas por consul- a perda do vencimento de exercício.
tas pré-natais e amamentação deve ser regulado por
legislação específica. Artigo 248.º
Faltas para reabilitação profissional
Artigo 245.º
Faltas por falecimento de familiares 1. O funcionário ou agente que for considerado
pela junta médica incapaz para o exercício das suas
1. Por motivo de falecimento de familiar o funci- funções mas apto para o desempenho de outras pode
onário ou agente pode faltar justamente até cinco requerer a sua reconversão ou reclassificação pro-
dias consecutivos por falecimento do cônjuge não fissional.
separado de pessoas e bens ou de pessoa que viva
em condição análoga à dos cônjuges ou de parente 2. O requerimento referido no número anterior só
ou afim no 1.º grau da linha recta. pode ser apresentado até ao termo do prazo de 18
meses previsto no n.º 8 do artigo 234.º.
2. As faltas a que se refere o número anterior têm
obrigatoriamente início no dia do falecimento, no 3. O processo de reconversão ou reclassificação
do seu conhecimento ou no da realização da ceri- profissional é definido em decreto regulamentar.
mónia fúnebre e são utilizadas num único período.
4. Enquanto decorrer o processo de reconversão
3. A ausência ao serviço por motivo de faleci- ou reclassificação profissional o funcionário ou
mento do familiar ou equiparado deve ser participa- agente encontra-se em regime de faltas para reabili-
da no próprio dia em que a mesma ocorre ou, ex- tação profissional.
cepcionalmente, no dia seguinte e justificada por
escrito ou logo que o funcionário ou se apresente ao 5. O período das faltas para reabilitação profis-
serviço. sional tem a duração de seis meses podendo no
entanto, ser prorrogado por duas vezes, por período
4. As faltas por falecimento de familiar ou equi- não superior a três meses.
parado são consideradas serviço efectivo, mas im-
plicam a perda de subsídio de refeição. 6. As faltas para reabilitação produzem os efeitos
das faltas por doença, salvo quanto à perda do ven-
cimento de exercício.
faltas para reabilitação motivadas por acidente em não superior a dois anos, não são sujeitas aos des-
serviço ou doença profissional. contos no período de férias.
1. O funcionário ou agente que, encontrando-se 1. As faltas dadas por funcionário ou agente que,
ao serviço, careça, em virtude de doença, deficiên- embora não atingido de doença infecto-contagiosa
cia ou acidente em serviço, de tratamento ambulató- ou já estabelecido da mesma, estiver impedido de
rio que não possa efectuar-se fora do período nor- comparecer ao serviço em cumprimento de deter-
mal de trabalho pode faltar durante o tempo minação emitida pela sanitária da respectiva área ao
necessário para o efeito. abrigo da legislação em vigor sobre doença dessa
natureza, são justificadas mediante declaração pas-
2. Para poder beneficiar do regime de faltas pre- sada por aquela autoridade.
visto no número anterior, o funcionário ou agente
tem de apresentar declaração passada por qualquer 2. A declaração referida no número anterior deve
das entidades referidas no n.º 1 do artigo 232.º, o ter obrigatoriamente a menção do período de isola-
qual deve indicar a necessidade de ausência ao ser- mento e ser enviada aos serviços no prazo de oito
viço para tratamento ambulatório e os termos em dias apresentados desde a primeira falta dada por
que a fruir. aquele motivo.
3. Por cada ausência para tratamento, o funcioná- 3. Se a autoridade sanitária não puder determinar
rio ou agente tem de apresentar no serviço de que data certa para o termo do período de isolamento,
depende, documento comprovativo da sua presença por entender ser necessário a realização de exames
no local da realização do mesmo. laboratoriais ou de outra natureza, deve estabelecer,
na própria declaração, prazo para apresentação, pelo
4. As horas utilizadas devem ser convertidas interessado, resultados desses exames.
através da respectiva soma em dias completos de
faltas, produzindo os efeitos das faltas por doença 4. A mesma autoridade deve comunicar ao funci-
ou por acidente em serviço, conforme os casos. onário ou agente e ao serviço de que este dependa a
data certa para termo do período de isolamento logo
5. O disposto no n.º 1 é extensivo à assistência ao que sejam apresentados os resultados desses exa-
cônjuge ou equiparado, ascendentes, descendentes e mes.
enteados menores ou deficientes, em regime de
tratamento ambulatório, quando comprovadamente 5. O prazo a que se refere o n.º 3 pode ser prorro-
o funcionário ou agente seja a pessoa mais adequa- gado tendo em consideração a marcação e obtenção
da para o fazer. dos exames necessários.
6. As horas utilizadas são justificadas e converti- 6. As faltas dadas por isolamento profilático são
das em faltas nos termos do presente Artigo e pro- equiparadas a serviço efectivo, implicando, porém,
duzem os efeitos das faltas para assistência a famili- a perda do subsídio de refeição.
ares.
7. A não apresentação da declaração da autorida-
Artigo 250.º de sanitária no prazo e nos termos estabelecidos
Faltas para assistência a familiares determina que sejam consideradas injustificadas
todas as faltas dadas ao serviço até à data de apre-
1. As faltas para assistência a familiares devem sentação da mesma, salvo nos casos imputáveis
ser regulamentadas por legislação específica, de- àquela entidade.
vendo, contudo, implicar a perda do subsídio de
refeição e desconto no período de férias. 8. São igualmente consideradas injustificadas as
faltas dadas sobre o termo do prazo determinado
2. As faltas dadas pelas mães que amamentem e autoridade sanitária para apresentação de resultados
que estejam internadas com os seus filhos de idade dos exames referidos no n.º 3 para a data de apre-
264 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
3. As faltas por motivo de doação de sangue não 2. As faltas previstas no número anterior deter-
implicam a perda de quaisquer direitos ou regalias. minam o desconto no período de férias do próprio
ano ou do seguinte, segundo a opção do funcionário
4. O funcionário ou agente que pertença a associ- ou agente.
ações de bombeiros voluntários ou associações hu-
manitárias pode faltar ao serviço durante os perío- 3. O funcionário ou agente que pretenda faltar ao
dos necessários para acorrer a incêndios ou abrigo do disposto nos números anteriores deve
quaisquer outros acidentes em que a sua presença participar essa intenção ao respectivo dirigente, por
seja exigida pelos regulamentos aplicáveis. escrito na véspera ou se não for possível, no próprio
dia, oralmente. Podendo este recusar a autorização e
5. As faltas previstas no número anterior são jus- por conveniência de serviço.
tificadas mediante apresentação de declaração da
respectiva associação no prazo de 48 horas e não 4. A participação oral deve ser reduzida a escrito
implicam a perda de quaisquer direitos ou regalias. no dia em que o funcionário ou agente regressar ao
serviço.
Artigo 253.º
Faltas para cumprimento de obrigações 5. Sempre que o funcionário ou agente pretenda
faltar nos termos dos n.ºs 1 e 2, imediatamente antes
1. Consideram-se justificadas as faltas motivadas ou depois que ocorram em dias seguidos, deve apre-
pelo cumprimento de obrigações legais ou por im- sentar a respectiva participação com a antecedência
posição de autoridade judicial, policial ou militar. mínima de cinco dias.
2. As faltas previstas no número anterior não im- 6. O disposto no número anterior é aplicável nos
portam a perda de quaisquer direitos e regalias. casos em que o funcionário ou agente pretenda fal-
tar um dia ou dias intercalados entre feriados e fins-
3. As faltas dadas por motivos de prisão preven- de-semana.
tiva consideram-se justificadas e determinam a per-
da de vencimento de exercício e do subsídio de 7. As faltas dadas nos termos do n.ºs 5 e 6 só são
refeição. autorizadas em casos excepcionais, devidamente
justificados.
4. As perdas referidas no número anterior são re-
paradas em caso de revogação ou extinção da prisão Artigo 256.º
preventiva, salvo se o funcionário ou agente vier a Faltas por actividade sindical e greve
ser condenado definitivamente.
1. As faltas para exercícios da actividade de diri-
5. O cumprimento de pena de prisão por funcio- gente sindical consideram-se justificadas e tem os
nário ou agente implica a perda total do vencimento efeitos fixados na lei sobre direitos sindicais na
e a não contagem do tempo para qualquer efeito.
265 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
função pública, determinando sempre a perda do agente e determinadas por motivos não previstos no
subsídio de refeição. presente Diploma que impossibilitem o cumprimen-
to do dever de assiduidade ou o dificultem em ter-
2. As faltas dadas no exercício do direito à greve mos que afastem a sua exigibilidade.
na função pública consideram-se justificadas, impli-
cando sempre a perda das remunerações correspon- 3. O funcionário ou agente impedido de compa-
dentes aos dias de ausência mas não descontando recer ao serviço nos termos do número anterior
para efeitos de antiguidade. deve, por si ou por interposta pessoa, comunicar o
facto ao dirigente competente no próprio dia ou,
Artigo 257.º excepcionalmente, no dia seguinte, devendo apre-
Faltas com perda de vencimento sentar justificação por escrito no dia em que regres-
sar ao serviço.
1. O funcionário ou agente pode faltar excepcio-
nalmente, mediante, autorização do respectivo diri- 4. As faltas previstas nos n.ºs 1 e 2, são equipara-
gente, a qual deve ser solicitado nos termos dos n.ºs das a serviço efectivo mas implicam a perda de
3 e 4 do artigo 255.º. subsídio de refeição.
1. As licenças podem revestir as seguintes moda- 7. Quando a licença abranja dois anos civis, o
lidades: funcionário ou agente tem direito no ano de regres-
so e no ano seguinte, a um período de férias propor-
a) Licença sem vencimento até 90 dias; cional ao tempo de serviço prestado, respectivamen-
te no ano de suspensão de funções e no ano de
b) Licenças sem vencimentos por um ano; regresso à actividade.
c) Licença sem vencimento de longa duração; 8. O disposto no número anterior não prejudica o
prazo de um período de oito dias de férias consecu-
d) Licença sem vencimento para acompanha- tivos.
mento de cônjuge colocado no estrangeiro;
9. A licença é concedida pelo membro do Gover-
e) Licença sem vencimento para o exercício de no de que depende o funcionário ou agente.
funções em organismos internacionais.
Artigo 264.º
2. A concessão da licença depende de prévia Licença sem vencimento por um ano
ponderação da conveniência de serviço e, no caso
das alíneas a) e c), da ponderação do interesse pú- 1. Quando circunstâncias de interesse público o
blico. justifiquem pode ser concebida aos funcionários
licença sem vencimento pelo período de um ano,
Artigo 263.º renovável até ao limite de três anos, podendo ser
Licença sem vencimento até 90 dias estendida até ao limite máximo de cinco anos nos
termos previstos no artigo 265.º.
1. O funcionário ou agente com mais de três anos
de serviço efectivo pode requerer, em cada ano 2. A licença é concedida pelo membro do Gover-
civil, licença sem vencimento com a duração míni- no de que depende o funcionário ou agente a reque-
ma de 30 dias e máxima de 90 dias, a gozar seguida rimento deste devidamente fundamentado.
ou interpoladamente.
3. O disposto no presente Artigo só é aplicável
2. O limite máximo previsto no número anterior é aos funcionários.
aplicável mesmo aos casos em que, no decurso da
licença, ocorra o final de um ano civil e o início do 4. A licença sem vencimento por um ano implica
imediato. a perda total das remunerações e o desconto na an-
tiguidade para efeitos de carreira, diuturnidades,
3. O gozo de 90 dias de licença sem vencimento, aposentação e sobrevivência.
seguidos ou interpolados num período de três anos,
impede que se requeira nova licença da mesma na- 5. O período de tempo pode, no entanto, contar
tureza no prazo de três anos. para efeitos de aposentação, sobrevivência e fruição
dos benefícios da segurança social se o interessado
4. O funcionário ou agente a quem a licença te- mantiver as correspondentes quotizações com base
nha sido concedida pode requerer o regresso anteci- na remuneração auferida à data da sua concessão.
pado ao serviço.
6. No ano do regresso e no seguinte, o funcioná-
5. A licença sem vencimento implica a perda to- rio tem direito a um período de férias proporcional
tal das remunerações e o desconto na antiguidade ao tempo de serviço prestado, respectivamente no
para efeito de carreira, diuturnidades, aposentação e ano de suspensão de funções e no ano de regresso à
sobrevivência. actividade.
6. Quando o início e o fim da licença ocorram no 7. O disposto no número anterior não prejudica o
mesmo ano civil, o funcionário ou agente tem direi- gozo de um período mínimo de oito dias de férias
to, no ano seguinte, a um período de férias propor- consecutivos.
267 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
6. Enquanto se encontrar a aguardar vaga ou co- 6. A licença tem a mesma duração que a da colo-
locação nos termos do número anterior o funcioná- cação do cônjuge no estrangeiro sem prejuízo do
rio mantém-se na situação de licença. disposto nos números seguintes.
tos no número anterior, o funcionário adquire a 9. É aplicável à licença prevista no n.º 7 o dispos-
qualidade de excedente. to no n.º 8 do artigo 265.º no artigo 266.º, e no arti-
go 267.º, à excepção do n.º 6.
16. O disposto nos n.os 12 a 15 aplica-se, com as
necessárias adaptações, aos agentes. 10. O despacho de concessão da licença prevista
neste Artigo é da competência conjunta do Ministro
Artigo 269.º dos Negócios Estrangeiros e do membro do Gover-
Licença sem vencimento para exercício de no responsável pelo serviço a que pertença o reque-
funções em organismo internacionais rente.
1. A licença sem vencimento para exercício de 11. O exercício de funções nos termos do n.º 1,
funções em organismos internacionais pode ser implica que o interessado faça prova, no requeri-
concedida aos funcionários, revestindo, conforme mento a apresentar para a concessão da licença ou
os casos, uma das seguintes modalidades: para o regresso, da sua situação face à organização
internacional, mediante documento comprovativo a
a) Licença para o exercício de funções com emitir pela mesma.
carácter precário ou experimental com vista
a uma integração futura no respectivo orga- CAPÍTULO XXVII
nismo; Listas de Antiguidade
3. A licença prevista na alínea a), do n.º 1 tem o 2. As listas de antiguidade devem ordenar os fun-
limite máximo de dois anos, não determina a aber- cionários pelas diversas categorias e, dentro delas,
tura de vaga mas implica a cessação da situação de segundo a respectiva antiguidade, devendo conter
requisição e comissão de serviço, bem como a aqui- ainda as seguintes indicações:
sição da qualidade de disponível, nos casos em que
se verifique a extinção do lugar de origem. a) Data da posse ou do início do exercício de
funções na categoria;
4. A licença implica a perda total da remunera-
ção, contando, porém, o tempo de serviço respecti- b) Número de dias descontados nos termos da
vo para todos os efeitos legal. lei;
6. À licença prevista no n.º 3 aplica-se o disposto 3. As listas são acompanhadas das observações
nos n.os 6 e 7 do 264.º, e nos n.os 3 e 6 do artigo que se mostrem necessárias à boa compreensão do
267.º. seu conteúdo ou ao esclarecimento da situação dos
funcionários por elas abrangidos.
7. A licença prevista na alínea b) do n.º 1 é con-
cedida pelo período de exercício de funções e de- 4. Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 2, a
termina a abertura de vaga. antiguidade dos funcionários é calculada em dias,
devendo o tempo apurado ser depois convertido em
8. O funcionário tem, quando do seu regresso, di- anos, meses e dias, e considerar-se o ano e o mês
reito a ser provido em vaga da sua categoria, fican- como períodos de, respectivamente, 365 e 30 dias.
do como disponível enquanto a mesma não ocorrer.
270 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
5. Os dias de descanso semanal, complementar e 8. Os prazos estabelecidos nos n.ºs 1 e 6 são fixa-
feriados contam para efeitos de antiguidade, excep- dos em 60 dias para os funcionários que prestem
to se intercalados em licenças ou sucessão de faltas serviço no estrangeiro.
da mesma natureza que, nos termos da lei, não se-
jam considerados serviço efectivo. Artigo 273.º
Instrumento de gestão de assiduidade
Artigo 271.º
Aprovação e distribuição das listas de 1. Cada serviço deve elaborar em duplicado, no
antiguidade fim de cada mês, uma relação manual ou informati-
zada, com descriminação das faltas e licenças de
1. As listas de antiguidade, depois de aprovadas cada funcionário ou agente e sua natureza, cujo
pelos dirigentes dos serviços, devem ser afixadas original é submetido a visto do responsável máxi-
em local apropriado, de forma a possibilitar a con- mo, servindo o duplicado de base à elaboração das
sulta pelos interessados. folhas de vencimento.
2. Até 31 de Março de cada ano deve ser publica- 2. Por despacho do membro do Governo que te-
do no Diário da República o aviso de afixação ou nha a seu cargo a Função Pública são estabelecidas
publicação das listas de antiguidade. as orientações genéricas necessárias à elaboração,
por parte de cada departamento ministerial, das
Artigo 272.º relações a que se refere o número anterior, para
Reclamação das listas efeitos de apuramentos estatísticos.
1. Da organização das listas cabe reclamação, a 3. O cômputo dos dias de férias a que o funcioná-
deduzir no prazo de 30 dias a contar da data da pu- rio ou agente tem direito em cada ano civil é reali-
blicação do aviso a que se refere o n.º 2 do artigo zado com base nas relações mensais de assiduidade
anterior. relativas ao ano anterior.
b) Aos que devam ser aposentados por entida- 1. A inscrição efectua-se mediante boletim, em
des diferentes do INSS. duplicado, de modelo aprovado oficialmente, que o
respectivo serviço preenche e envia ao INSS logo
3. O disposto nos números anteriores não preju- que o interessado entre em exercício de funções.
dica o direito de inscrição atribuído por lei especial
anterior ao exercício de quaisquer funções. 2. Se o subscritor passar a exercer funções em
outro organismo ou serviço sem interromper a ins-
Artigo 274.º A crição, este envia desde logo ao INSS em duplicado,
Incompatibilidades dos aposentados boletim complementar, de modelo oficialmente
aprovado, contendo os dados relativos à nova situa-
Os aposentados não podem exercer funções pú- ção.
blicas ou a prestação de trabalho remunerado nos
serviços da Administração directa, indirecta e autó- 3. A idade máxima para inscrição no INSS é a
noma do Estado e nas empresas públicas, excepto se que corresponda à possibilidade de o subscritor
verificar uma das seguintes circunstâncias: perfazer o mínimo de 10 anos de serviço até atingir
o limite de idade fixado por lei para o exercício do
a) Quando exerçam funções em regime de respectivo cargo.
prestação de serviços; e
4. Quando o cargo for exercido em regime de
b) Quando, por razões de interesse público ex- tempo parcial, é este considerado, só para efeito de
cepcional, sob proposta do titular da pasta e inscrição no INSS, como tempo completo.
aprovado pelo Conselho de Ministros.
Artigo 276.º
Artigo 274.º B Quota para aposentação
Proibição de acumulação de aposentação
1. Os descontos para INSS são os que estão defi-
1. Para efeitos do presente Diploma, e salvo no nidos em diplomas próprios.
caso de direitos adquiridos, não é permitido o rece-
bimento conjunto dos seguintes benefícios: 2. Havendo acumulação de cargos, a quota sobre
a remuneração referida no n.º 1 é devida em rela-
a) Cumular pensões por aposentação seja de ção:
que regime for;
a) Ao cargo a que competir remuneração mais
b) Cumular pensões por aposentação com salá- elevada ou, se as remunerações forem de
rios dos cargos políticos e equiparados; igual montante, ao que houver determinado
primeiramente a inscrição no INSS;
c) Cumular subvenções vitalícias pelo exercí-
cio dos cargos políticos e equiparados. b) A todos os cargos acumulados, quando a lei
permita a aposentação com base neles, si-
2. Fica ressalvado o direito de opção pela mais multaneamente, ou quando se trate de tem-
vantajosa, sempre que o funcionário ou agente apo- po não sobreposto.
sentado seja eleito para cargos políticos ou nomea-
do para cargos equiparados que atribua regalias, em 3. A importância da quota é arredonda para nú-
que pode optar entre a pensão por aposentação ou a mero exacto de dobras por defeito, se a fracção for
remuneração, e as regalias do cargo que lhe for mais inferior a 0,50, e por excesso, se igual ou superior.
benéfico.
4. Para os efeitos do presente Diploma, salvo dis-
3. O Governo regula em diploma próprio as mo- posição especial em contrário, consideram-se remu-
dalidades de pensões, as suas percentagens, e as nerações os ordenados, salários, gratificações, emo-
situações de excepção em que pode ser cumulada. lumentos, o subsídio de férias e o subsídio de Natal
e outras retribuições, certas ou acidentais, fixas ou
272 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
variáveis, correspondentes ao cargo ou cargos exer- desconta quota sobre remuneração correspondente à
cidos e não isentas de quota nos termos do seguinte. nova situação.
5. Estão isentos de quota os abonos provenientes 7. Salvo o caso de serviço militar, o montante da
de participações em multas, senhas de presença, quota não pode ser inferior ao que seria devido pelo
prémios por sugestões, trabalho extraordinário, exercício, durante o mesmo tempo, do cargo pelo
simples inerências e outros análogos, bem como qual o subscritor estiver inscrito no INSS.
todos os demais que por força do presente Diploma
ou lei especial, não possam igualmente influir, em 8. Quando o subscritor preste, nos termos do n.º 6
qualquer medida, na pensão de aposentação. deste Artigo, serviço à entidades diversas das que
no mesmo número se referem, a quota continua a
6. Não constituem remunerações o abono de fa- incidir sobre a remuneração correspondente ao car-
mília, as ajudas de custo, os abonos ou subsídios de go pelo que o subscritor estiver inscrito no INSS.
residência, de campo, de transportes, de viagens ou
caminhos, para falhas, para despesas de representa- Artigo 278.º
ção, para vestuário e outros de natureza similar. Regularização e pagamento de quotas
to em folha até ao máximo de 12 prestações, sendo são em conformidade com o disposto no artigo
de duodécimo o mínimo da cada prestação. 328.º.
2. Salvo pedido de maior desconto, este não pode 3. O INSS mantém actualizado o cadastro de ca-
exceder um percentual da importância da cada pen- da subscritor, dele fazendo constar as situações
funcionais do interessado, a sua posição relativa-
274 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
4. Conta-se por inteiro, para efeitos de aposenta- 5. O tempo de serviço prestado simultaneamente
ção, nos termos dos artigos anteriores, ainda que, no em dois ou mais cargos ou situações não é contado
todo, ou parte não corresponda a efectiva prestação cumulativamente, sem prejuízo da contagem de
de serviço: fracções não sobrepostas de tempo parcial.
a) O tempo em razão do qual é atribuída re- 6. A cessação definitiva de funções, mesmo que
muneração, total ou parcial, ou subsídio de imposta com fundamento em infracção penal ou
tratamento, ou é autorizada, em consequên-
275 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
disciplinar, não determina a perda do direito à con- b) No processo de aposentação, até neste ser
tagem do tempo de serviço anterior. proferida a resolução final a que se refere o
n.º 1 do artigo 301.º.
7. A amnistia e a anulação ou revogação de pena
expulsiva, em consequência de recurso ou revisão, 2. As resoluções tomadas em processo de conta-
implicam a contagem do tempo de serviço anterior à gem prévia pelo INSS são preparatórias da resolu-
execução de pena, bem como do tempo posterior ção final prevista no n.º 1 do artigo 301.º, podendo
relativamente ao qual seja reconhecido o direito à nesta última, ou antes dela, mediante novas decisões
reparação de remunerações. das entidades que a proferirem, serem revistas nos
termos do n.º 1 do artigo 303.º, revogadas ou refor-
8. Na contagem final do tempo de serviço para a madas com base em ilegalidade ou modificação da
aposentação consideram-se apenas os anos e os lei.
meses completos de serviço.
SECÇÃO III
9. Para efeitos do n.º 1 conta-se o tempo decorri- Do Direito de Aposentação
do até a data em que se verificar:
Artigo 286.º
a) Qualquer dos factos previstos no n.º 1 do ar- Fundamento do direito de aposentação
tigo 288.º;
O direito de aposentação depende da qualidade
b) A cessação de funções, quer esta seja defi- de subscritor.
nitiva, quer resulte de passagem à licença
sem vencimento de longa duração ou outra Artigo 287.º
situação sem direito a remuneração, quando Formas de aposentação
ocorra anteriormente a qualquer dos factos a
que se refere a alínea a); 1. A aposentação pode ser ordinária ou extraordi-
nária, voluntária ou obrigatória.
c) O termo do subsídio legal de tratamento,
percebido posteriormente aos mesmos fac- 2. A aposentação é ordinária quando pressupõe o
tos. exercício de funções pelo tempo mínimo fixado
neste Artigo e é extraordinário quando a natureza de
10. O disposto na alínea b) do número anterior sua causa dispensa esse pressuposto.
não prejudica a contagem, nos termos do n.º 4 do
artigo 283.º, do tempo de serviço prestado após a 3. A aposentação é voluntária quando tem lugar a
cessação de funções, desde que esta não tenha im- requerimento do subscritor, nos casos em que a lei a
plicado a eliminação do subscritor. faculta e é obrigatória quando resulta de simples
determinação da lei ou imposição da autoridade
11. Quando o tempo susceptível de contagem ex- competente.
ceder o máximo relevante para a aposentação, de-
vem ser considerados, para quaisquer efeitos, so- 4. A apresentação ordinária pode verificar-se, in-
mente os anos de serviço mais recentes, até dependentemente de qualquer outro requisito, quan-
perfazerem aquele máximo. do o subscritor contar pelo menos 60 anos de idade
e 36 de serviço.
Artigo 285.º
Processo de contagem 5. Há ainda lugar a aposentação ordinária quando
o subscritor tendo, pelo menos, 10 anos de serviço:
1. A contagem de tempo de serviço, para efeitos
de inserção ou de aposentação, pode ser requerida a) Seja declarado, em exame médico, absoluta
pelo interessado: e permanentemente incapaz para o exercício
das suas funções;
a) Em processo de contagem prévia, até ser
instaurado o processo de aposentação; b) Atinja o limite de idade legalmente fixado
para o exercício das suas funções;
276 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
c) Seja punido com a pena expulsiva de natu- 11. Quando a eliminação da qualidade de subscri-
reza disciplinar ou por condenação penal tor tiver resultado de demissão, mesmo com expres-
definitiva, demitido ou colocado em situa- so fundamento em infracção penal ou disciplinar, a
ção equivalente. aposentação só pode ser concedida, a requerimento
do interessado, dois anos após a aplicação da pena
6. O Governo pode fixar, em diploma especial, desde que ele conte, pelo menos, 10 anos de serviço
limites de idade e de tempo de serviço inferiores aos e observada uma das seguintes condições:
referidos nos números anteriores, os quais prevale-
cem sobre estes últimos. a) Seja declarado, em exame médico, absoluta
e permanentemente incapaz;
7. O tempo de inscrição nas instituições de previ-
dência referidas no n.º 2 do artigo 275.º, quer ante- b) Tenha atingido o limite de idade.
rior quer posterior ao tempo de inscrição no INSS,
conta-se também para o efeito de se considerar 12. Se porém, a eliminação for consequência de
completado o prazo de garantia que resulta do dis- infracção penal pela qual o ex-subscritor seja con-
posto nos n.ºs 5 e 6 do presente Artigo. denado a pena superior a dois anos, a concessão da
pensão de aposentação apenas pode ter lugar findo o
8. A aposentação extraordinária verifica-se, inde- cumprimento da pena, se contar 10 anos de serviço
pendente do pressuposto de tempo de serviço esta- e nos termos das alíneas a) e b) do número anterior.
belecido no n.º 5, e precedendo exame médico, em
qualquer dos casos seguintes: 13. Nos casos da alínea a) do n.º 5, a aposentação
ordinária pode também ser promovida pelo compe-
a) Incapacidade permanente e absoluta do tente órgão superior da administração pública, me-
subscritor para o exercício das suas funções diante apresentação do subscritor a exame médico.
em virtude de acidente de serviço ou de do-
ença contraída neste e por motivo do seu 14. A aposentação por limite de idade, a que se
desempenho; refere a alínea b) do n.º 5, é promovida pelo serviço
a que o subscritor estiver adstrito.
b) Igual incapacidade em virtude de acidente
ou de doença resultante da prática de acto 15. Pode também ser promovida pelo serviço a
humanitário ou de dedicação à causa públi- que se refere o número anterior a aposentação ex-
ca; traordinária prevista nas alíneas a) e b) do n.º 8.
c) Simples desvalorização permanente ou par- 16. A aposentação compulsiva é aplicada por de-
cial na capacidade geral de ganho, devida cisão da autoridade competente, pelas infracções
aos acidentes ou doenças referidos nas alí- disciplinares previstas na lei, ou por deliberação do
neas anteriores. Conselho de Ministros, nos casos permitidos em lei
especial.
9. A aposentação voluntária que depende neces-
sariamente de requerimento do interessado é regu- 17. A aplicação desta pena só tem lugar quando o
lamentada por lei específica. INSS informe que o subscritor reúne o pressuposto
do tempo de serviço exigível, nos termos do n.º 4 e
10. A eliminação da qualidade de subscritor não seguintes para a aposentação ordinária.
extingue o direito de requerer a aposentação:
Artigo 288.º
a) Nos casos previstos no n.º 4 e nas alíneas a) Regime de aposentação
e b) do n.º 5 quando a cessação definitiva de
funções ocorra após 10 anos de subscritor; 1. O regime de aposentação fixa-se com base na
lei em vigor e na situação existente à data em que:
b) Nos casos previstos no n.º 8 dentro do prazo
de um ano a contar da cessação definitiva a) Se profira despacho a reconhecer o direito a
de funções. aposentação voluntária que não dependa de
verificação de incapacidade;
277 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
b) Seja declarada a incapacidade pela compe- 2. Para determinar a remuneração mensal atende-
tente junta médica, ou homologado o pare- se às seguintes parcelas que respeitam ao cargo pelo
cer desta, quando a lei especial o exija; qual o subscritor é aposentado:
4. O subscritor é aposentado pelo último cargo 4. É havida como remuneração dos cargos exer-
em que esteja inscrito no INSS. cidos em regime de tempo parcial, depois de efectu-
ada a conversão prevista no n.º 2 do artigo 283.º a
5. Se à função exercida pelo subscritor, fora do que corresponder ao serviço em regime de tempo
quadro ou da categoria a que pertença, não corres- completo.
ponder direito de aposentação, esta efectiva-se pelo
cargo de origem. 5. As remunerações a considerar para os efeitos
do artigo anterior são as abrangidas pelo n.º 4 do
6. O subscritor com direito de aposentação por artigo 276.º, com excepção das que não tiverem
mais de um cargo deve escolher aquele por que carácter permanente, das gratificações que não fo-
pretende ser aposentado salvo nos casos em que a rem de atribuição obrigatória a das remunerações
lei especial faculte a aposentação cumulativa pelos resultantes da acumulação de outros cargos.
cargos simultaneamente exercidos.
6. No caso de aposentação extraordinária motiva-
7. O subscritor que tenha também direito de apo- da pela prestação de serviço militar, a pensão, ob-
sentação por cargo que exerça em regime de comis- servado o disposto nos números anteriores, tem por
são ou requisição pode optar pela aposentação cor- base as remunerações correspondentes a esse servi-
respondente ao seu cargo de origem. ço, se forem superiores às do cargo pelo qual o
subscritor é aposentado.
SECÇÃO IV
Da Pensão da Aposentação 7. Se durante os dois últimos anos o subscritor
houver exercido sucessivamente dois ou mais car-
Artigo 289.º gos a que a lei em vigor à data dos factos previstos
Direito à pensão no n.º 9 do artigo 284.º atribua remunerações dife-
rentes, atende-se média destas, na proporção do
1. Pela aposentação o interessado adquire o direi- tempo de serviço em cada cargo.
to a uma pensão mensal vitalícia fixada pelo INSS
nos termos dos artigos seguintes, em função da 8. Quando, porém, a sucessão de cargos corres-
remuneração mensal e do número de anos e meses ponda a acesso, previsto na lei, a lugar superior da
de serviço de subscritor, bem como, se for caso mesma hierarquia ou do mesmo serviço, atende-se
disso, do seu grau de incapacidade. somente à remuneração relativa ao último desses
278 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
cargos, qualquer que seja o tempo de permanência 9. Considera-se serviço em campanha o que co-
nele. mo tal for definido, para efeitos de reforma, por
disposição especial.
Artigo 290.º
Cálculo da pensão 10. Se, apesar da verificação do facto previsto no
n.º 8 do artigo 28.º a aposentação vier a ter lugar
1. A pensão de aposentação é igual à trigésima com outro fundamento, a pensão é calculada nos
sexta parte da remuneração que lhe serve de base termos do número anterior e equiparada para todos
multiplicada pela expressão em anos do número de efeitos, à de aposentação extraordinária.
meses de serviço contados para a aposentação, até
ao limite máximo de 36 anos. 11. Na aposentação compulsiva a pensão nor-
malmente fixada não tem qualquer redução.
2. A pensão é calculada em função da remunera-
ção base da última categoria do funcionário se tiver Artigo 291.º
servido nela, pelo menos, durante dois anos. Deduções na pensão
3. Quando o funcionário não tiver dois anos 1. São descontadas na pensão as importâncias em
completos no último cargo, a remuneração-base a dívida referidas no artigo 279.º bem como as infor-
considerar para o cálculo da pensão é a média dos mações que, por motivo de elevação geral de ven-
salários ou das remunerações-base dos últimos dois cimentos, a lei estabeleça.
anos.
2. O quantitativo da pensão e dos descontos de
4. A pensão não pode, em caso algum, exceder o qualquer natureza que nela hajam de fazer-se são
montante da remuneração a que se refere o número sempre arredondadas para o número exacto de do-
anterior. bras por defeito, se a fracção for inferior a 0, 50, e
por excesso, se igual ou superior.
5. O tempo a que se refere o n.º 7 do artigo 287.º
não influi na pensão a calcular pelo INSS. 3. A alteração de resoluções definitivas sobre o
quantitativo da pensão, nos casos em que a lei o
6. Nos casos de aposentação extraordinária o permita, só produz efeitos a partir do dia 1 de mês
tempo de serviço do subscritor considera-se equiva- imediato àquele em que for deliberada.
lente a 36 anos.
4. Os efeitos da alteração reportam-se, todavia, à
7. Se, porém, a desvalorização sofrida na capaci- data em que a resolução anterior os produziu, nos
dade geral de ganho for somente parcial, a pensão é casos seguintes:
igual à soma das seguintes parcelas:
a) Se a alteração derivar de recurso contencio-
a) Montante da pensão relativa ao número de so ou hierárquico, de rectificação da pensão
anos e meses de serviço efectivo; ou de resolução revogatória do INSS;
13. Decorrido esse prazo não é admitido recla- 2. Salvo quando de outro modo se dispuser, o re-
mação alguma relativamente aos pagamentos a que gime legal relativo aos aposentados é também apli-
os mesmos documentos se referem. cável aos que se encontrem desligados do serviço
aguardando aposentação.
14. As pensões só podem ser penhoradas nos
termos e dentro dos limites fixados pelo Código de 3. Se na data da passagem à situação de aposen-
Processo Civil. tado ou a prevista no n.º 3 do artigo 301.º o interes-
sado estiver a cumprir pena criminal ou disciplinar
15. O INSS faz trimestralmente o depósito das que importe suspensão de remunerações, só a partir
importâncias descontadas em cumprimento da pe- do termo desta se inicia o abono da respectiva pen-
nhora. são.
16. O pagamento suspende-se sempre que o apo- 4. Na aplicação de penas disciplinares aos apo-
sentado sofra condenação disciplinar ou penal, nos sentados, as de multa, suspensão ou inactividade
termos dos n.ºs 4, 5, 7 e 8 do artigo 297.º. são substituídas pela perda da pensão de aposenta-
ção por igual tempo.
Artigo 295.º
Perda do direito a pensão 5. A pena de demissão ou equivalente determina
a suspensão do abono da pensão pelo período de um
O direito à pensão extingue-se nos casos previs- ano.
tos no n.º 1 do artigo 298.º.
6. À demissão ou situação equivalente derivadas
de condenação criminal definitiva é aplicável o
disposto no número anterior.
3. Não são proferidas as resoluções a que se refe- 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior e
re o número precedente enquanto o subscritor esti- no número seguinte as resoluções finais só podem
ver preventivamente suspenso ou afastado do exer- ser revogadas ou reformadas por ilegalidade, ou
cício de funções. rectificadas por erro de escrita ou de cálculo, nos
termos gerais de direito.
4. As resoluções a que se referem os n.ºs 1 e 2
são desde logo comunicadas aos serviços onde o 3. De quaisquer resoluções definitivas e executó-
subscritor exerça funções. rias do INSS ou tomadas por delegação sua, há re-
curso contencioso, nos termos gerais.
5. Com base nesta comunicação, o subscritor é
desligado do serviço, ficando a aguardar aposenta- CAPÍTULO XXIX
ção até o fim do mês em que for publicada a lista Regimes Especiais
dos aposentados com a inclusão do seu nome.
Artigo 304.º
6. Salvo o disposto em lei especial, o subscritor Regimes especiais
desligado do serviço abre vaga e fica com direito a
receber, pela verba destinada ao pessoal fora do Os regimes especiais de aposentação designada-
serviço aguardando aposentação, pensão transitória mente, os referentes às Forças Armadas, são regu-
de aposentação, fixada de harmonia com a comuni- lamentados por diploma específico.
cação do INSS, a partir do dia em que for desligado
do serviço.
283 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
b) Sempre que os prazos terminem num sába- 1. O disposto no presente Diploma prevalece so-
do, domingo ou dia feriado, o seu termo bre todos e quaisquer disposições gerais ou especi-
transfere-se para o primeiro dia útil seguin- ais relativas às matérias nele reguladas.
te.
2. A partir da data da entrada em vigor do presen-
Artigo 325.º te Diploma é vedada aos serviços e organismos
Relevância dos dias de descanso semanal e referidos no artigo 2.º a constituição de relações de
feriados nas faltas e licenças emprego de carácter subordinado por forma diferen-
te nele previstas.
1. Os dias de descanso semanal ou complementar
e os feriados, quando intercalados no decurso de 3. Os funcionários e agentes que autorizem, in-
uma licença ou de uma sucessão de faltas da mesma formem favoravelmente ou omitam informação
natureza, integram-se no cômputo dos respectivos relativamente à admissão ou permanência de pesso-
períodos de duração, salvo se a lei se referir expres- al em contravenção com o disposto no presente
samente a dias úteis. Diploma são solidariamente responsáveis pela repo-
sição das quantias pagas, para além da responsabili-
2. Quando o termo de qualquer dos prazos coin- dade civil, disciplinar e criminal que ao caso cou-
cidir com um sábado, domingo ou feriado, transfe- ber.
re-se para o primeiro dia útil imediato.
Artigo 331.º
Artigo 326.º Regulamentação
Situação de licença ilimitada existente à data
da entrada em vigor do presente diploma Para além das situações expressamente previstas
no presente Diploma, a sua regulamentação, quando
Revogado necessária, faz-se por decreto.
285 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 20 – 05 de Março de 2018
Artigo 332.º
Resolução de dúvidas
Artigo 333.º
Da obrigatoriedade de revisão
Revogado
Artigo 334.º
Da revogação
Revogado
Artigo 335.º
Entrada em vigor
DIÁRIO DA REPÚBLICA
AVISO
A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou falta
de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça, Adminis-
trção Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: [email protected]
São Tomé e Príncipe. - S. Tomé.