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Aula 06

Contabilidade Geral p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências Contábeis) Consulplan

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

80961657200 - Allan Diego Pinheiro de Oliveira


CONTABILIDADE GERAL PARA EXAME CFC - AULA 06
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO

AULA 06: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

SUMÁRIO

1 MAIS UMA AULA! .......................................................................................................... 1


2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................................ 2
3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 ....................... 4
4 DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC 00 – ESTRUTURA CONCEITUAL
BÁSICA DA CONTABILIDADE ................................................................................................ 5
5 ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 .. 9
5.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS .................................................................................. 10
5.2 DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS ...................................................... 10
5.3 ABATIMENTO SOBRE VENDAS ................................................................................ 12
5.4 DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS ....................................................... 12
5.5 TRIBUTOS SOBRE VENDAS .................................................................................... 13
5.6 AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES ......................................................... 13
5.7 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA E LUCRO BRUTO .... 19
5.8 DESPESAS OPERACIONAIS .................................................................................... 22
5.9 OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS ................................................................ 23
5.10 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO ............................................... 23
5.11 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA ............................................................... 24
5.12 TRATAMENTO DO PREJUÍZO ACUMULADO ............................................................ 28
5.13 PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS ......................................................................... 30
5.14 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO
RESULTADO PARA RESERVAS .............................................................................................. 35
6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26 .................................................. 37
6.1 COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76 ........................................ 38
7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ............................................................................................. 39
7.1 RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA ...................................................................... 39
7.2 SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS ............................................ 39
7.3 RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS .................................................... 40
7.4 OUTRAS INSTRUÇÕES ........................................................................................... 41
8 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE. ............................................................ 44
9 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (*ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO ............. 53
10 PLANO DE CONTAS DE RESULTADO............................................................................ 56
11 QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................................... 60
12 QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA ......................................................................... 76
13 GABARITO DAS QUESTÕES APRESENTADAS ................................................................ 82

1 MAIS UMA AULA!

Olá, meus amigos. Como estão?! Mais uma aula de Contabilidade Geral
para Exame do CFC!

A aula de hoje versará sobre a demonstração do resultado do exercício,


assunto que é extremamente importante para provas de concursos!

Um abraço e excelentes estudos a todos nós.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa


Instagram: @contabilidadefacilitada
Fórum de dúvidas e mapas mentais: Professor Julio Cardozo

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2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que


apresenta o confronto entre receitas e despesas da entidade. Todas
as mutações do patrimônio líquido que não sejam resultantes das
transações com os sócios devem estar reconhecidas em duas
demonstrações: demonstração do resultado do exercício e demonstração
de resultados abrangentes.

Se as receitas forem maiores que as despesas, temos


a ocorrência de lucro. Ao contrário, sobrepondo-se
as despesas às receitas, temos prejuízo.

Receitas > Despesas


Lucro
Receitas
Despesas

Despesas > Receitas


Prejuízo
Despesas
Receitas

Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual


as receitas e despesas devem ser reconhecidas independentemente de
pagamento ou recebimento. A Lei 6.404/76 é clara ao ordenar a utilização
do regime de competência na contabilidade:

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros


permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta
Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

Regime de
DRE
competência

A demonstração do resultado do exercício – DRE - objetiva evidenciar a


situação econômica da entidade.

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Outro aspecto deveras importante sobre a DRE é que ela integra o chamado
capital próprio. Ou seja, o lucro ou prejuízo auferido ao término do
exercício deverá compor o patrimônio líquido. Por isso, as contas que
integram a demonstração do resultado são zeradas ao fim do
exercício. O resultado será integrado ao patrimônio líquido, seja lucro, seja
prejuízo.

Mais ou menos assim. Imagine que a empresa tenha as seguintes receitas


e despesas.

Demonstração do resultado do exercício


Lançamentos a Lançamentos a
débito crédito
Despesa A 50 Receita A 100
Despesa B 150 Receita B 200
Despesa C 100 Receita C 50
Total das
Total das despesas 300 receitas 350
Lucro Líquido 50

O lançamento para transferir esse valor para o patrimônio líquido é o


seguinte:

Débito: Lucro líquido 50


Crédito: Lucros acumulados 50

DRE Lucros acumulados (PL)


Lucro
Despesa A 50 Receita A 100 líquido 50
Despesa B 150 Receita B 200
Despesa C 100 Receita C 50

Total das despesas 300 Total das receitas 350

Lucro do período 50 Lucro do período 50

Feito isso, a DRE ficará com o saldo zerado (dizemos encerrada) e teremos
transferido o valor para a conta lucros acumulados (contra transitória que
fica no PL, até a distribuição destes valores).

Mas, professores, e se fosse o contrário? Se tivéssemos prejuízo no


exercício. Bem, nesta hipótese, temos a seguinte situação (Imaginando que
tenhamos um prejuízo de R$ 100,00).

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Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 26 (revisão 1) – Apresentação das


demonstrações contábeis:

81. A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa


reconhecidos no período em duas demonstrações: demonstração do
resultado do período e demonstração do resultado abrangente do período;
esta última começa com o resultado líquido e inclui os outros resultados
abrangentes.

3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A


LEI 6.404/76

De acordo com a Lei 6.404:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)

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VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do


capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da


sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.

4 DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC


00 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE

O Pronunciamento conceitual básico da contabilidade (CPC 00) salienta que


a demonstração do resultado do exercício relata o desempenho
(performance) da entidade. Para isso, há um confronto entre receitas e
despesas. Mas o que vem a ser receita? O que vem a ser despesa?

O próprio Pronunciamento esclarece a dúvida ao estatuir:

4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:

(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais;

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou
assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos
instrumentos patrimoniais.

Conceito de receita – CPC 00:

Aumento nos benefícios


Entrada de recursos
econômicos
Receita

Forma Aumento de ativos

Resulta em aumento do PL Diminuição de passivos

Não está relacionado com


subscrição de capital

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Vejamos.

(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais;

Por exemplo, a empresa KLS mantém uma sala para aluguel. O inquilino
paga R$ 1.000,00 por mês. Pensemos sob a definição de receita.
Desmembremos a definição...

- Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o


período contábil.

Pergunto, com a utilização da sala pelo inquilino, e consequente assunção


da dívida por parte dele, estamos aumentando o benefício econômico para
a entidade?! Sim, pois haverá recebimento em dinheiro ou surgimento de
um direito (a receber o aluguel).

- Sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou


diminuição de passivos.

Esse aluguel gera entrada de recurso? Sim. Como? Pela entrada de dinheiro
no caixa ou reconhecimento de direito a receber (aluguéis a receber).

Imagine-se, agora, que este inquilino é um fornecedor nosso. A empresa


KLS não possui dinheiro para saldar sua dívida, no montante de R$
12.000,00. O fornecedor, por seu turno, pretende ampliar as suas
atividades, querendo, para tanto, alugar um novo espaço, pelo período de
um ano. Uma alternativa para a KLS seria oferecer o espaço, abatendo a
dívida proporcionalmente (R$ 1.000,00/mês).

Desta forma, a dívida estaria registrada no passivo da empresa do seguinte


modo:

Passivo circulante
Fornecedores  12.000,00

Com o transcurso do prazo, e utilização da sala da KLS pelo novo inquilino


(fornecedor), lançaremos:

D – Fornecedores (passivo circulante) 1.000,00


C – Aluguéis ativos (receita) 1.000,00

E assim o faremos mês a mês, até que toda a conta esteja zerada.

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- Que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não


estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais;

Essa receita de aluguel aumenta o PL, pois, como já dissemos, as contas de


resultado integram o chamado capital próprio. Ademais, não se relacionam
com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais
(basicamente, os sócios).

Analisemos agora a definição de despesas. Imagine-se que a minha


empresa procedeu à circulação de mercadorias, ocorrendo, nesta hipótese,
fato gerador do ICMS, e consequente surgimento da obrigação tributária.

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou
assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos
instrumentos patrimoniais.

Decréscimo nos
Despesas

Saída de recursos
benefícios econômicos

Forma Redução de Ativos

Não relacionados com


Aumento de passivos
proprietários

- Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o


período contábil

Com o surgimento da obrigação tributária haverá decréscimo nos benefícios


econômicos? Sim, pelo pagamento do imposto ou pela assunção da
obrigação de pagar o tributo.

- Sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou


assunção de passivos.

Com o lançamento do ICMS para pagamento posterior:

D – ICMS sobre venda (despesa) XX,XX


C – ICMS a recolher (passivo) XX,XX

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Ou, se o recolhimento se der no momento do fato gerador

D – ICMS sobre venda (despesa) XX,XX


C – Caixa/Bancos (ativo) XX,XX

Assim, haverá saída de recurso (dinheiro) ou assunção de passivo.

- Que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não


estejam relacionados com distribuições aos detentores dos
instrumentos patrimoniais.

O reconhecimento da dívida acarretará redução no PL, pois não é um


benefício que se incorpora ao patrimônio.

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5 ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO


EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76

A demonstração do resultado do exercício, que apura o lucro ou prejuízo


obtido no exercício, tem a estrutura seguinte:

Estrutura da demonstração do resultado do exercício

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)


(-) IPI sobre faturamento bruto
Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta
(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est.
final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com
mercadorias
(-) Despesas operacionais
Com vendas
Administrativas
Gerais
Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras)
Outras despesas operacionais
+ Outras receitas operacionais
Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido
(-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)
+ Outras receitas (antigas receitas não operacionais)
Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre
Lucro Líquido
(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL
Resultado após o Imposto de Renda/CSLL e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

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Estudemos, agora, cada um dos itens da DRE amiúde.

5.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS

A contabilização das vendas é feita pelo valor bruto, incluindo


impostos. As reduções das vendas são feitas em contas específicas,
deduzindo a conta receita bruta.

Para registrar a receita é necessário saber quando ela é registrada e,


também, por quanto deve ser registrada.

A resposta para esta questão, quanto ao quantum a ser registrado, está no


item 9 do CPC 30 – Receitas, que prega: a receita deve ser mensurada
pelo valor justo da retribuição recebida ou a receber.

Já o momento em que o registro se dá é o da transferência dos riscos e


recompensas da propriedade dos bens ao comprador, o que coincide com a
entrega da mercadoria ao cliente.

5.2 DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS

Representa todas as devoluções de


vendas ocorridas dentro do
exercício social. As devoluções de
vendas de exercícios anteriores são
consideradas como despesas
operacionais.

Suponhamos a venda de mercadorias pela empresa KLS a Joãozinho, pela


quantia de R$ 1.000,00, à vista, a custo de R$ 700,00. O ICMS do Estado
possui uma alíquota de 15%. A venda se deu em 10.01.X1.

Lançamentos quando da entrega da mercadoria:

Lançamento (I)

D – Caixa (ativo) 1.000,00


C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Caixa (A) Receita Vendas


1.000,00 1.000,00

Lançamento (II)

D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00


C – Estoque de mercadoria para revenda (ativo) 700,00

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CMV Estoque
700,00 700,00

Lançamento (III)

D – ICMS sobre vendas (resultado) 150,00


C – ICMS a recolher (passivo) 150,00

ICMS s/ vendas ICMS a recolher


150,00 150,00

Todavia, Joãozinho não ficou satisfeito com a compra e resolveu devolver a


mercadoria comprada. A empresa, então, procede aos seguintes
lançamentos:

Lançamento (IV)

D – Devolução de vendas (resultado) 1.000,00


C – Caixa (ativo) 1.000,00

Caixa (A) Devolução de vendas


1.000,00 1.000,00 1.000,00

Lançamento (V)

D – Estoque de mercadoria para revenda (ativo) 700,00


C – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00

CMV Estoque
700,00 700,00 700,00 700,00

Lançamento (VI)

D – ICMS a recolher (passivo)/ICMS a recuperar (ativo) 150,00


C – ICMS sobre vendas (resultado) 150,00

ICMS s/ vendas ICMS a recolher


150,00 150,00 150,00 150,00

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5.3 ABATIMENTO SOBRE VENDAS

Esta conta registra os descontos que são concedidos posteriormente à


entrega dos produtos, pelo fato de os produtos apresentarem defeitos de
qualidade, quantidade, defeitos do transporte, etc.

O abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não


afeta a base de cálculo dos impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS).

5.4 DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS

Suponha-se que João haja comprado da KLS R$ 1.000,00 em mercadoria.


Do corpo da duplicata consta o seguinte: desconto de 10% caso o título
seja quitado até 30 dias antes do vencimento.

Vejam que este é um desconto


concedido sob condição, qual seja, a
quitação da cártula antes que haja o
efetivo vencimento. Pagando com
antecedência mínima de 30 dias, o
título será pago por R$ 900,00. Caso
contrário, se não o fizer, o valor de
quitação será de R$ 1.000,00.

Esse desconto é chamado de desconto condicional ou desconto


financeiro. Esse tipo de desconto é tido como despesa operacional. Vejam.
Não é uma redução da receita bruta o desconto condicional.

Agora, imaginem que João pretende comprar a mesma mercadoria.


Todavia, chega para nossa empresa (a KLS) e diz: - Prezado, pretendo
comprar seu produto, que, já sabemos, custa R$ 1.000,00. Todavia, apenas
o levo caso haja um acordo para que o preço seja R$ 900,00.

Nossa empresa, flexível que é, fecha o negócio, por R$ 900,00. Assim, o


preço era de R$ 1.000,00. Porém, sofreu um desconto de R$ 100,00. Esse
desconto não dependeu de condição alguma e foi dado no momento em que
o negócio estava sendo efetuado. É o tipo de desconto chamado desconto
incondicional concedido ou desconto comercial. Esse desconto é
considerado como redução da receita bruta de vendas.

Vejamos agora como ficam os lançamentos contábeis em cada um dos


exemplos postos acima.

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Desconto condicional

Na compra por João:

D – Clientes (ativo) 1.000,00


C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Desconsideramos, apenas para ficar mais sintético, a operação de baixa do


estoque e os tributos.

Quando da liquidação antecipada, por R$ 900,00, lançaremos:

D – Caixa (ativo) 900,00


D – Descontos condicionais concedidos (desp. operacional) 100,00
C – Clientes (ativo) 1.000,00

Desconto incondicional

Como no desconto incondicional o cliente obteve o desconto no ato da


compra, lançaremos:

D – Clientes (ativo) 900,00


D – Desconto incondicional concedido (red. receita de vendas) 100,00
C – Receita de vendas (receita) 1.000,00

5.5 TRIBUTOS SOBRE VENDAS

Os principais tributos incidentes sobre a venda são ICMS, ISS, PIS e


COFINS.

Vale ressaltar que o IPI não é dedução da receita bruta, mas é


considerado antes da receita bruta, sendo um imposto por fora (se
houver dúvida, volta à estrutura da DRE apresentada ao início da aula).

IPI Tributo por fora


+
Receita bruta Preço de venda
ICMS Tributo por dentro
-
PIS/COFINS Tributo por dentro

5.6 AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES

Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto
para se realizar em data futura a termos monetários de hoje.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da


operação, juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um
capital no futuro.

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Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações
sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica
difícil, também, diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente
apurado com operações da atividade empresarial. O ajuste a valor presente
(AVP) veio para que possamos dirimir esse problema.

E por que o ajuste a valor presente pode aparecer como dedução da receita
bruta de vendas?! Pelos motivos já expostos acima. A venda, quando
efetivada pela empresa, deve ser, o máximo possível, líquida de juros.
Desta forma, um usuário das demonstrações contábeis será capaz de
comparar balanços de empresas que trabalham com preços à vista e que
trabalham com preços a prazo. Tecnicamente falando, o correto é registrar
o valor dos juros e encargos financeiros como receitas financeiras.

Suponhamos a venda de uma mercadoria para o mesmo Joãozinho pelo


valor de R$ 11.200,00, em 01.01.X1, para recebimento em 31.12.X1. O
valor dos juros, calculados a juros simples, é de R$ 1.200,00.

No momento da venda, lançamos:

D – Clientes (ativo) 11.200,00


C – Receita de vendas (resultado) 11.200,00

Pelo reconhecimento do ajuste a valor presente

D – Ajuste a valor presente sobre clientes (resultado) 1.200,00


C – Ajuste a valor presente a apropriar sobre clientes (red. ativo) 1.200,00

Mês a mês, lançaremos para reconhecer a receita de juros:

D – Ajuste a valor presente a aproprias sobre clientes (red. ativo) 100,00


C – Receita financeira (resultado) 100,00

Em vez contabilizar o valor da receita cheio e deduzir posteriormente o AVP,


pode ser lançar logo o montante líquido. Vejam essa questão do TRE SP
2017.

Vejamos como isso foi cobrado em prova.

(FCC/TRE-SP/Analista Judiciário/Contabilidade/2017) A empresa


Tudo em Cima S. A., em 01/12/2016, realizou uma venda no valor de R$
240.000,00. A condição de recebimento da venda acordada foi R$
120.000,00 à vista e o restante (R$ 120.000,00) para ser recebido em
31/05/2018.

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Esta transação foi realizada nestas condições a pedido do cliente, uma vez
que o prazo, normalmente, concedido pela empresa é de 60 dias.

Sabe-se que se o cliente efetuasse a compra à vista, ele teria pagado o


montante total de R$ 220.000,00. Em 31/12/2016, o valor equivalente à
vista que seria recebido do cliente era R$ 101.000,00.

Com base nestas informações, no mês de dezembro de 2016, a empresa


reconheceu, em reais, Receita de Venda de

a) 220.000,00.
b) 240.000,00.
c) 221.000,00.
d) 220.000,00 e receita financeira de 1.000,00.
e) 240.000,00 e despesa financeira de 1.000,00.

Comentários:

O valor da venda à vista é de R$ 220.000. Como foi realizada a prazo, foi


cobrado o valor de R$ 240.000, sendo que a diferença (R$ 20.000) é receita
financeira (componente financeiro da venda, ou seja, os juros).

A contabilização inicial fica assim:

D – Caixa (ativo) 120.000


D – Contas a Receber (Ativo) 120.000
C – Ajuste a valor presente – Clientes (Retif. do Ativo) 20.000
C – Receita de Vendas (Resultado) 220.000

O Ajuste a Valor Presente (conta retificadora do Ativo) deve ser transferido


para Receita Financeira ao longo do tempo, por competência. A questão
informa que o valor a ser transferido no final de dezembro é de R$ 1.000.
A contabilização fica assim:

D - Ajuste a valor presente (Retificadora do Ativo) 1.000


C – Receita Financeira (Resultado) 1.000

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Em dezembro, a empresa reconheceu (contabilizou) $220.000 de receita de


vendas e $1.000 de receita financeira.

Gabarito  D

A outra forma de apresentar o AVP é a seguinte:

(FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual) A Cia. Esmeralda apresenta


os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:

Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é


contribuinte dos impostos estaduais e municipais, e considerando que a Cia.
Esmeralda adota o CPC 12, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que
indique o valor da Receita Líquida apurada em 2008.

(A) $ 70.000.
(B) $ 56.000.
(C) $ 68.000.
(D) $ 64.000.
(E) $ 60.000.

Comentários

Na nossa questão, a venda foi efetivada num valor bruto de R$ 90.000,00


(inclui juros e principal). Os juros equivalem a R$ 8.000,00 nesta operação.
Vamos ver como fica o lançamento de ajuste:

D – Duplicatas a receber 90.000 (ativo circulante)


C – Receita de vendas 82.000 (resultado)
C – AVP sobre clientes 8.000 (Retificadora da conta duplicatas)

Alternativamente, pode ser feito o seguinte, o resultado é o mesmo:

D - Duplicatas a Receber 90.000 AC


D - Redução de Vendas (AVP) 8.000 Dedução de Receita Bruta
C - Receita Bruta de Vendas 90.000 Receita
C - AVP de Dup. a Receber 8.000 Dedutora do AC

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Sendo assim, na nossa questão:

Receita bruta de vendas 90.000,00


(-) Devolução (2.000,00)
(-) ICMS sobre vendas (20.000,00)
(-) Ajuste a valor presente sobre clientes (8.000,00)
Receita líquida de vendas 60.000,00

Gabarito  Letra E.

Muito bem. Vejamos novamente esta parte da DRE:

Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta


(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida

Portanto, as deduções da receita bruta são:

- Devoluções e cancelamento de vendas


- Abatimentos sobre vendas
- Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
- Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS,
COFINS)
- Ajuste a valor presente sobre clientes

As bancas tentam confundir, incluindo valores a título de “comissões de


venda”, “frete sobre vendas”, “tributos”, “descontos financeiros
concedidos”, e outras. Fique atento:

- Comissões de Vendas = despesa de vendas


- Fretes sobre Vendas = despesa de vendas
- Tributos = despesa com tributos (IR e CSLL). O que diminui a Receita
Bruta são os “Tributos Sobre Vendas”.
- Descontos Financeiros Concedidos = despesa financeira.

Vejamos uma questão:

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(FCC/TRT 3/Contabilidade/2015) Considere os dados extraídos do


Sistema de Informação Contábil da Comercial Agix S.A, referentes ao mês
de abril de 2015:

Receita Bruta de Vendas: R$ 120.000,00


Comissões sobre Vendas: R$ 3.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas: R$ 47.000,00
Descontos Financeiros Concedidos: R$ 1.500,00
Tributos sobre Vendas: R$ 14.000,00
Abatimentos sobre Vendas: R$ 1.000,00

Com base nestas informações, o lucro bruto de abril de 2015 foi, em reais,

A) 59.000,00
B) 56.500,00
C) 72.000,00
D) 55.000,00
E) 58.000,00

Comentários:

A partir da Receita Bruta, vamos identificar as deduções de vendas, para


calcular a Receita Líquida e depois o Lucro Bruto.

A “pegadinha” desse tipo de questão é incluir contas como “Comissões


sobre vendas”, “Descontos Financeiros concedidos” e “Frete sobre vendas”.
Estas contas são despesas, e não deduções de vendas. Assim, não afetam
o Lucro Bruto. Vão diminuir o Lucro Líquido.

Receita Bruta de Vendas: R$ 120.000,00


Tributos sobre Vendas: -R$ 14.000,00
Abatimentos sobre Vendas: -R$ 1.000,00
Receita Líquida R$ 105.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas: -R$ 47.000,00
Lucro Bruto R$ 58.000,00

Gabarito  E

Feitas todas as deduções, chegamos ao que chamamos de receita líquida


de vendas.

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5.7 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA


VENDIDA E LUCRO BRUTO

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e


serviços vendidos e o lucro bruto;

Feitas as deduções devidas da receita bruta, chegamos à chamada receita


líquida de vendas. Ato contínuo é a subtração do custo da mercadoria
vendida.

E como apurar o custo da mercadoria


6 vendida (CMV)? É simples. Teremos
de nos utilizar de uma fórmula que muito nos acompanhará nos estudos
das ciências contábeis, a saber:

CMV = Estoque inicial de mercadoria + Compras líquidas – Estoque


final de mercadorias.

Assim, imaginemos a seguinte situação.

Estoque inicial de mercadorias: 10.000,00


Estoque final de mercadorias: 5.000,00
Compras brutas de mercadorias: 20.000,00
ICMS sobre compras: 3.000,00
Descontos incondicionais sobre compras: 1.000,00
Descontos condicionais sobre compras: 500,00
Frete sobre compras: 1.000,00
Seguro sobre compras: 500,00
Abatimento sobre compras: 1.000,00

Calcule o CMV.

Inicialmente, devemos ver o que prega o Pronunciamento Contábil n. 16 do


CPC:

Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e


de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

Custos de aquisição

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao

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fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros


diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova
Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
Os tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa) 2
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente
atribuíveis à aquisição.

Custo do estoque inclui:


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis
Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos. Revenda:
ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

(CESPE/MPU/Finanças e Controle/2015) Julgue o item que se segue,


relativo à contabilização dos itens do ativo e do passivo.

O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de


transformação bem como outros custos incorridos para trazer os estoques
à sua condição e à sua localização atuais.

Comentários:

Cópia do Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) – Estoque:

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Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e


de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

Gabarito  Correto.

Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo


de aquisição. O desconto financeiro não deve ser abatido do custo de
aquisição. Esse último tipo de desconto é contabilizado como Receita
Financeira, para o comprador, e não afeta o custo do estoque.

O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma


loja fecha um pedido de cadeiras por3 100 reais a unidade e, quando recebe
a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Assim, a Nota Fiscal é
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas
97 reais (sem considerar impostos ou outros custos).

Então, voltemos à nossa questão. O primeiro passo é calcular o valor das


compras líquidas:

Compras brutas de mercadorias: 20.000,00


- ICMS sobre compras: 3.000,00 (uma vez que é
um direito frente à SEFAZ)
- Descontos incondicionais sobre compras: 1.000,00
- Abatimento sobre compras: 1.000,00
+ Frete sobre compras: 1.000,00
+ Seguro sobre compras: 500,00
Compras líquidas de mercadorias: 16.500,00

Agora, é só utilizar a fórmula que foi fornecida.

CMV = Estoque inicial + Compras líquidas – Estoque final

+ Estoque inicial de mercadorias: 10.000,00


+ Compras líquidas: 16.500,00
- Estoque final de mercadorias: 5.000,00
CMV = 21.500,00

Logo, este é o valor que deverá constar da DRE como custo da mercadoria
vendida. Após esta dedução, chegaremos ao chamado lucro bruto ou
resultado com mercadorias.

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5.8 DESPESAS OPERACIONAIS

As despesas operacionais são aquelas pagar ou incorridas com o fito de se


vender produtos e administrar a empresa.

A Lei 6.404 reza que:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das


receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;

Assim, basicamente, estas são as despesas que a LSA considera como


operacionais: 9

- Despesas de vendas: São gastos de promoção, colocação e distribuição


dos produtos da empresa. Por exemplo: gastos com marketing, gastos com
distribuição, gasto com frete sobre vendas, gastos com pessoal da área de
vendas, gasto com comissões.

- Despesas gerais e administrativas: São gastos pagos ou incorridos


para a direção e/ou gestão da empresa. Correspondem a atividades gerais
que beneficiam todo o negócio. Por exemplo: honorários da administração,
salário administrativos, despesas com publicidade, despesas com material
de limpeza, despesa com assinaturas de revistas.

- Despesas financeiras e receitas financeiras: As despesas financeiras


compreendem: juros passivos, descontos condicionais concedidos,
comissões passivas. Já as receitas financeiras compreendem, por exemplo,
descontos obtidos, juros ativos, receitas de títulos vinculados ao mercado
aberto.

No balanço, a lei ordena que se publiquem as despesas financeiras líquidas


das receitas financeiras. Todavia, tanto o valor das despesas como os das
receitas devem ser publicados. Assim, a demonstração do resultado pode
aparecer dos seguintes modos:

MODO 1

Despesas financeiras (deduzido de R$ 1.000,00 de receita fin.) 500,00.

MODO 2

Resultado financeiro líquido (500,00)


Despesas financeiras (1.500,00)
Receitas financeiras 1.000,00

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- Outras receitas e despesas operacionais: O exemplo clássico de


outras receitas operacionais e outras despesas operacionais são os
resultados de investimentos avaliados pelo método da equivalência
patrimonial e pelo método de custo.

Atenção! Aqui ficam classificados os ganhos e perdas com MEP.

5.9 OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS

A parte da DRE que outrora era denominada receitas não operacionais


e despesas não operacionais passa agora a figurar como outras
receitas e outras despesas.

A Lei 6.404 não trouxe um rol do que vem a se classificar como outras
receitas e outras despesas. A contabilidade,
4 contudo, traz emprestado para
si o conceito estatuído pela legislação do IR.

Segundo o Imposto de Renda, são não operacionais os ganhos e perdas de


capital. Por exemplo, a alienação de investimentos e ativos imobilizados
com lucro ou prejuízo.

Atenção! Ganho de capital ou perda de capital se refere exclusivamente às


negociações do ativo imobilizado, intangível e investimento.

Ou seja, se a empresa tem um veículo com valor contábil de 10.000 e vende


por 15.000, tem um ganho de capital de 5.000 (o "lucro" na transação).

Ganho ou perda de capital não está relacionado com as despesas ou receitas


financeiras.

Essa expressão é usada apenas para transações do imobilizado,


investimento e intangível.

Vejamos, agora, a apuração da CSLL e do Imposto de Renda.

5.10 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

A CSLL é a contribuição social sobre o lucro líquido. O tributo foi instituído


pela Lei nº 7.689/1988.

Estão sujeitas ao pagamento da CSLL as pessoas jurídicas e as pessoas


físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País. A alíquota da CSLL é de 9%
(nove por cento) para as pessoas jurídicas em geral, e de 15% (quinze por
cento), no caso das pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras,
de seguros privados e de capitalização. A apuração da CSLL deve
acompanhar a forma de tributação do lucro adotada para o IRPJ.

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No imposto de renda, temos Lucro ou Prejuízo. Na CSLL, temos base de


cálculo (quando for positiva) ou base de calculo negativa.

A pessoa jurídica pode compensar a base de cálculo negativa, observado o


limite máximo de redução de 30% da base de cálculo do período.

Exemplo: uma empresa apura base de cálculo para a CSLL de 100.000. A


empresa tem base de cálculo negativa de 150.000. Nesse caso, a empresa
pode compensar 30% do lucro (100.000 x 30% = 30.000), e irá pagar CSLL
sobre $70.000.

Supondo alíquota de 9%, temos:


Base de cálculo $70.000 x 9% = $6.300 de CSLL.

5.11 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

Chegamos ao lucro antes do imposto de renda. Vejamos alguns aspectos


da tributação do imposto sobre a renda.

O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é tributo


instituído pela União, no exercício da competência regular que lhe confere
a Constituição Federal (CF, art. 153, III).

As pessoas jurídicas estão sujeitas a um dos seguintes regimes jurídicos


para apuração do imposto de renda: a) lucro presumido; b) lucro
arbitrado; c) lucro real.

O lucro presumido pode ser utilizado pelos contribuintes cuja receita bruta
total tenha sido igual ou inferior a R$ 78 milhões, no ano calendário
anterior, ou R$ 6,5 milhões por mês se ano calendário tiver menos de 12
meses.

No lucro presumido o imposto é calculado trimestralmente.

Para achar a base de cálculo, basta que saibamos achá-la por presunção
(resultado da receita bruta total x alíquota da presunção). Uma vez
encontrada, procede-se à apuração pela multiplicação com a respectiva
alíquota.

A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de


15% (quinze por cento).

O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas


com base no lucro presumido será calculado mediante a aplicação do
percentual de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro presumido que
exceder ao valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais) em cada trimestre.
Ou seja: 15% de alíquota normal. O que exceder $20.000 por mês (ou
$60.000, no caso de apuração trimestral) terá tributação adicional de 10%.

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O lucro arbitrado é lançado de ofício pela Secretaria da Receita Federal,


por meio de seus auditores fiscais, geralmente, quando flagradas fraudes,
vícios, omissões, inconsistências na escrituração de sujeito passivo.

O lucro real, por seu turno, é o lucro líquido do período ajustado por
adições, exclusões e compensações.

Funciona da seguinte forma:

Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR)


+ Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
Base de cálculo do imposto de renda.

As adições aumentam a base do imposto. Um exemplo clássico são as


multas. Na demonstração do resultado do exercício, as multas reduzem o
valor do lucro e, consequentemente, do imposto a ser apurado. Permitindo-
se esta situação, estar-se-ia sendo condescendente com aqueles que
cometem ilícitos, uma vez que teriam sua tributação diminuída.

As exclusões têm por fim reduzir a base de cálculo do imposto, tendo em


vista que no resultado contábil foram considerados resultados que não
devem ser tributadas, como as receitas de dividendos, que são tributadas
na empresa que os distribui.

Professores, não entendi como funcionam as adições e exclusões.

1) Adições são receitas tributáveis que não foram lançadas na DRE,


portanto, precisam ser adicionadas para serem tributadas pelo IR ou que
foram diminuídas da DRE mas devem ser acrescentadas, já que devemos
tributar pelo IR. A perda com equivalência patrimonial, por exemplo, se
enquadra nesta última hipótese.

Se por exemplo, a empresa tem uma despesa com multa, por que está
violando um pacto ambiental e está poluindo severamente o meio ambiente,
não poderá deduzir este valor para fins de cálculo do IR. Seria premiá-la
por seu próprio desleixo. Você está reduzindo o resultado, mas não pode
fazê-lo. Deve fazer uma adição! As exclusões são justamente o contrário.

Quando se está apurando o lucro real, podemos ter algumas exclusões, que
vão diminuir a base de cálculo para pagamento do imposto de renda. São
valores que a Receita Federal autoriza sejam diminuídos, resultados
positivos, receitas e ganhos que estejam na DRE, mas não sejam
computados no lucro real, e o próprio prejuízo fiscal que for apurado em
exercícios anteriores (limitado a 30% do lucro líquido ajustado – ver
explicações abaixo).

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Sobre a base de cálculo, índice o imposto de 15%, com adicional de Imposto


de Renda de 10%, quando a base de cálculo ultrapassar $20.000 por mês
(considerando-se o período de apuração do imposto), conforme abaixo:

A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de


R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período
de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez
por cento).

Vejamos na prática como é...

Uma empresa possui registrada em seu LALUR prejuízos fiscais no montante


de R$ 100.000,00. Considere os seguintes dados: Em 2010, no primeiro
trimestre, o lucro foi de R$ 400.000, sendo 40.000 de provisão para férias
e resultado negativo de Método de Equivalência Patrimonial de R$ 40.000.
Calcule o imposto de renda devido ao fim do primeiro trimestre.

Vamos lá! No primeiro trimestre.

Lucro antes do IR = 400.000.


+ Adições (Perda com MEP) 40.000
- Exclusões 0
Lucro ajustado 440.000.

Uma primeira ressalva. A provisão para férias é dedutível, mas como se


trata de despesa, já foi considerada, uma vez que apurada antes do lucro
líquido do trimestre. O lucro do trimestre já considera todas as despesas do
período.

O máximo que poderá ser utilizado com as compensações é o montante


de 30% deste lucro ajustado (e não do prejuízo acumulado), de R$
440.000, isto é, R$ 132.000. Mas só temos R$ 100.000, logo, poderemos
utilizar todo o valor.

Lucro ajustado 440.000


(-) Compensações 100.000
Base de cálculo do IR  Lucro real 340.000

Agora, calcula-se o IR.

A alíquota é de 15%, cobrando-se um adicional de 10% sobre o


montante que exceder o número de meses x R$ 20.000.

Teremos:

Imposto = 15% x 340.000 = 51.000

Adicional = 10% x (340.0000 – (3 x 20.000)) = 28.000

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Somando as parcelas, teremos um imposto total de:

51.000 + 28.000 = R$ 79.000,00.

De acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a contabilidade já


reconheceu uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser
reconhecida nesse mesmo período, ainda que tais receitas e lucros tenham
a sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de Renda
incidente sobre elas será pago em períodos futuros.

A entidade deve reconhecer esses efeitos fiscais por meio da contabilização


do passivo fiscal diferido, no exercício em que ocorrer.

Ressalte-se que o diferimento do Imposto de Renda é feito somente


para fins fiscais no LALUR, não alterando o lucro líquido na
contabilidade, pois em função do regime de competência, na contabilidade
não há postergação do reconhecimento do resultado.

Nesses casos, a receita ou o lucro já foram registrados contabilmente pelo


regime de competência e a despesa de Imposto de Renda também deve ser
reconhecida no mesmo período, mediante crédito na conta de Provisão para
Imposto de Renda Diferido, classificada no Passivo Circulante ou no Passivo
Não Circulante e débito na conta de despesa de Imposto de Renda no
Resultado.

Quando a receita ou o lucro se tornarem tributáveis, o valor constante da


conta de Provisão para Imposto de Renda Diferido será transferido para a
conta de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante, não
alterando o resultado desse período.

Esses registros de Imposto de Renda Diferido também podem ocorrer em


conta de ativo, denominada Ativo Fiscal Diferido.

A despesa tributária (receita tributária) compreende a despesa tributária


corrente (receita tributária corrente) e a despesa tributária diferida (receita
tributária diferida).

Despesa tributária = Despesas tributária corrente + despesa tributária


diferida.
Receita tributária = Receita tributária corrente + receita tributária diferida.

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5.12 TRATAMENTO DO PREJUÍZO ACUMULADO

O Prejuízo Acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no


LALUR (Livro de apuração do Lucro Real). E apresenta a seguinte
particularidade, em relação ao Prejuízo contábil: só pode abater 30% do
Lucro Real apurado no exercício. Vejam que a referência para os 30%
é o lucro apurado no período e não o prejuízo acumulado existente.

Vamos supor que uma empresa tenha prejuízos acumulados no valor de


$10.000 (e que tal prejuízo seja também o prejuízo fiscal, para efeito de
IR).

Caso a empresa obtenha lucro de $12.000 no exercício, para a contabilidade


ficará assim:

Lucro do exercício $12.000 – prejuízo acumulado $10.000 = $2.000 de


lucros acumulados.

A empresa irá constituir reservas e pagar dividendos sobre o valor de


$2.000.

Para o Imposto de Renda: só pode compensar 30% do lucro. Fica assim:

Lucro do Exercício $ 12.000


Prejuízo fiscal (30% x 12.000) ($ 3.600)
Base para IR $ 8.400
IR (15% x 8400) $ 1.260

(FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016) Uma empresa apresentava em


31/12/X0 o seguinte balanço patrimonial:

No ano X1, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 50.000,00 e


incorreu em despesas à vista no valor de R$ 80.000,00. Em 31/12/X1 foi
feito um estudo e constatou-se que a empresa apresentava perspectivas de
lucros futuros.

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No ano X2, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 90.000,00 e


incorreu em despesas, também à vista, no valor de R$ 70.000,00.

Assinale a opção que indica a provisão para o imposto sobre a renda e


contribuição social da empresa em 31/12/X2, considerando alíquota de
34%.

(A) Zero.
(B) R$ 2.040,00.
(C) R$ 3.400,00.
(D) R$ 4.760,00.
(E) R$ 6.800,00

Comentários:

Exercício de X1.

Receita 50.000,00
(-) Despesa (80.000,00)
Prejuízo do exercício (30.000,00)

O prejuízo acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no


LALUR (Livro de apuração do Lucro Real). E apresenta a seguinte
particularidade, em relação ao Prejuízo contábil: só pode abater 30% do
Lucro Real apurado no exercício.

Nesse caso, a empresa tinha Prejuízos acumulados no valor de $10.000 (e


que tal prejuízo seja também o prejuízo fiscal, para efeito de IR).

Como em X2 ela teve lucro no exercício, para a contabilidade ficará assim:

Lucro do exercício: 90.000 – 70.000 = 20.000,00 – prejuízo acumulado


$30.000 = $10.000 de prejuízos acumulados.

Como há prejuízo, não há constituição de reserva e pagamento de


dividendos. Mas a questão quer saber o IR.

Para o Imposto de Renda: só pode compensar 30% do lucro. Fica assim:

Lucro do Exercício $ 20.000


Prejuízo fiscal (30% x 20.000) ($ 6.000)
Base para IR $ 14.000
IR (34% x 14000) 4.760,00

Gabarito  D.

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5.13 PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS

De acordo com a Lei das SAs:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes


beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)

Prescreve, ainda, o mesmo instrumento normativo que:

Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e


partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa
ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a
participação anteriormente calculada.

Todavia, este dispositivo deve ser interpretado harmonicamente com o


seguinte:

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer


participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto
sobre a Renda.

O resultado do exercício a que aluda o caput do artigo 189 equivale ao


chamado lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido.

As participações devem ser retiradas na seguinte ordem:

Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações


(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados

Devemos seguir a ordem de participações definida acima, sendo que


cada participação diminui a base de cálculo da participação
seguinte. É muito importante que isso fique claro!

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Vamos a um exemplo:

A empresa KLS apurou lucro antes do IR e das participações no valor de


R$160.000,00.

Considere ainda as seguintes informações:

- Imposto de Renda e CSLL R$ 20.000,00.


- PL – Prejuízos Acumulados R$ 40.000,00
- Participações
Debenturistas 10%
Empregados 10%
Administradores 10%
Partes beneficiárias 10%
Fundo de assistência 10%
- Reserva legal 5%
- Reserva de contingência R$ 20.000,00
- Restante dos lucros Dividendos

Calcule o valor de cada participação, o total do Lucro líquido, o valor da


Reserva Legal e dos dividendos.

Resolução:

A situação atual é a seguinte:

Lucro antes IR e das participações 160.000


(-) Provisão para IR e CSLL (Já calculada) (20.000)
Lucro antes das participações 140.000

Como a empresa possui prejuízos acumulados de R$40.000,00, este valor


deve ser diminuído da base de cálculo das participações. Mas é um cálculo
extra contábil. O prejuízo acumulado não aparece na DRE.

O cálculo das participações fica assim:

CÁLCULO DAS PARTICIPAÇÕES


Lucro antes das participações R$ 140.000,00
(-) Prejuízos acumulados -R$ 40.000,00
Base de cálculo dos debenturistas R$ 100.000,00
(-) Participação dos debenturistas (10%) -R$ 10.000,00
Base de cálculo dos empregados (10%) R$ 90.000,00
(-) Participação dos empregados (10%) -R$ 9.000,00
Base de cálculo dos administradores R$ 81.000,00
(-) Participação dos administradores (10%) -R$ 8.100,00
Base de cálculos das partes beneficiárias R$ 72.900,00
(-) Participação das PBs -R$ 7.290,00
Base de cálculo dos fundos de pensão R$ 65.610,00
(-) Participação dos fundos de pensão -R$ 6.561,00

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A forma de cálculo é a que detalhamos acima.


O valor de cada participação diminui a
base de cálculo para a participação
seguinte. Todas são de 10%. Mas o valor de
cada participação é diferente, devido à
diminuição da base de cálculo.

Atenção! Repare que, para o cálculo do valor das participações,


retiramos os prejuízos acumulados de R$ 40.000,00. Mas, na
elaboração da DRE, o prejuízo não entra. Por isso é importante fazer
o cálculo das participações separadamente na sua prova.

A DRE fica assim:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Lucro antes do IR R$ 160.000,00
(-) IR -R$ 20.000,00
Lucro após o IR R$ 140.000,00
(-) Participação dos debenturistas (10%) -R$ 10.000,00
(-) Participação dos empregados (10%) -R$ 9.000,00
(-) Participação dos administradores (10%) -R$ 8.100,00
(-) Participação das PBs -R$ 7.290,00
(-) Participação dos fundos de pensão -R$ 6.561,00
Lucro líquido do exercício R$ 99.049,00

O Lucro Líquido do exercício é transferido para o PL, na conta Lucros


Acumulados. Como já há prejuízos acumulados de R$40.000,00, este
valor é abatido, sobrando lucros acumulados de R$ 99.049 – R$ 40.000 =
R$ 59.049,00.

Contabilização:

Pela transferência do resultado do exercício:

D – Resultado do Exercício 99.049,00


C – Lucros Acumulados (PL) 99.049,00

Resultado do Exe. Lucros ou Prej. Acum.


99049 99049 40000 99049
0 0 59049 Saldo
Zera a DRE

Prejuízo acumulado anterior

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Para absorção dos prejuízos acumulados

D – Lucros acumulados (PL) 40.000,00


C – Prejuízos acumulados (PL) 40.000,00

Calculo da Reserva legal:

59.049,00 x 5% = R$ 2.952,45

Contabilização das reservas:

D – Lucros acumulados 22.952,45


C – Reserva Legal 2.952,45
C – Reserva para contingências 20.000,00

O valor restante, que será distribuído como dividendos, é de:

59.049,00 – 2.952,45 – 20.000,00 = 36.096,55

Valor dos dividendos: R$ 36.096,55

O que é importante guardar do exemplo acima:

1) Lembrar que cada participação diminui a base de cálculo da


participação posterior.

2) A ordem das participações. Para lembrar, use o seguinte


mnemônico:

“Havia uma mulher, chamada DEA, que era muito ativa. Fazia mil coisas ao
mesmo tempo. Um dia, Déa pegou uma gripe forte, que a deixou de cama.
Seu sobrinho de 5 anos, ao ver a tia doente, falou:

DEA PIFOU

D ebêntures
E mpregados
A dministradores

P artes beneficiária
i
F undos de pensão

DEA PIFOU.

Essa é uma forma simples de lembrar a ordem das participações. Se você


conhece outra, ou se quiser criar outra, fique à vontade. O importante é
lembrar na hora da prova.

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3) Os prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo do IR


e das participações, através de cálculo extra contábil. Não entram
na DRE.

4) O resultado do exercício é transferido para o PL. Depois disso,


ocorre o cálculo e a contabilização das reservas e dos dividendos.
Vale dizer, as Reservas e os dividendos não aparecem na DRE e não
afetam o resultado do exercício (irão afetar os lucros acumulados,
no PL).

Vejamos agora uma questão...

(ESAF/AFRF/2002) A empresa Metais & Metalurgia S/A, no exercício de


2001, auferiu lucro líquido, antes do imposto de renda, da contribuição
social e das participações contratuais e estatutárias, no valor de R$
220.000,00.

Na Contabilidade da empresa foram colhidas as informações de que:

1 – o patrimônio líquido, antes da apropriação e distribuição do lucro, era


composto de:

Capital Social R$ 280.000,00


Prejuízos Acumulados R$ 76.000,00

2 – o passivo circulante, após a apropriação e distribuição do lucro, era


composto de:

Fornecedores R$ 450.000,00
Dividendos a Pagar R$ 20.000,00
Provisão p/ Imposto de Renda R$ 64.000,00
Participações no Lucro a Pagar R$ ?

As participações no lucro foram processadas nos seguintes percentuais:

Participação de Partes Beneficiárias 05%


Participação de Debenturistas 08%
Participação de Administradores 10%
Participação de Empregados 10%

Calculando-se o valor das participações citadas, nos termos da legislação


societária, sem considerar as possíveis implicações de ordem fiscal, nem os
centavos do cálculo, pode-se dizer que os valores apurados serão:

a) Participação de Partes Beneficiárias R$ 3.240,00


b) Participação de Debenturistas R$ 5.760,00
c) Participação de Administradores R$ 7.360,00
d) Participação de Empregados R$ 8.000,00

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e) Lucro Líquido final na DRE R$ 132.636,00

Comentários

Vamos aprender através da prática!

PASSO 1: Achar o lucro antes da apuração do IR: R$ 220.000,00.


PASSO 2: Retirar o IR: R$ 64.000,00.
PASSO 3: Achamos o lucro antes das participações: R$ 156.000,00.
PASSO 4: Ver se há prejuízo acumulado. Sim! R$ 76.000,00.
PASSO 5: Achar a base de cálculo para a primeira participação: R$ 156.000
– 76.000,00 = R$ 80.000,00.
PASSO 6: Achar o valor das participações. O valor de uma participação
deve ser deduzido para o cálculo da subsequente.

Participação de Debenturistas 8% = 80.000,00 x 8% = 6.400,00


Participação de Empregados 10% = 73.600,00 x 10% = 7.360,00
Participação de Administradores 10% = 66.240 x 10% = 6.624,00
Participação de Partes Beneficiárias 5% = 59.616 x 5% = 2.980,00

PASSO 7: Montar a demonstração do resultado do exercício.

Lucro antes do IR 220.000,00


(-) IR (64.000,00)
Lucro após o IR e antes das participações 156.000,00
(-) Participações estatutárias
Debenturistas (6.400,00)
Empregados (7.360,00)
Administradores (6.624,00)
Partes beneficiárias (2.980,00)
Lucro líquido do exercício 132.636,00

Gabarito  E.

5.14 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E


TRANSFERÊNCIA DO RESULTADO PARA RESERVAS

Depois de deduzidas as participações, chegamos ao lucro líquido do


exercício. Daí, temos de transferir o resultado para o patrimônio líquido,
pois as receitas e despesas da entidade integram o chamado capital próprio.

Do lucro líquido do exercício, podemos extrair o valor do lucro por ação do


capital social. Se, por exemplo, o capital social for composto por R$
1.000.000,00, com 100.000 ações, teremos um lucro de R$ 10,00/ação.

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO


TOTAL DE AÇÕES

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A transferência do lucro ou prejuízo do exercício se dá para conta lucro ou


prejuízos acumulados do PL. Todavia, vale ressaltar que a entidade, com as
modificações contábeis recentes, não mais poderá reter lucros
injustificadamente. Repita-se: a conta lucros acumulados não pode mais
constar no Balanço Patrimonial, quando do fechamento da demonstração.

Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta deixou de existir.


Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode
ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do balanço), sendo
que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas
finalidades. Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.

Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados, essa sim pode


subsistir ao término do exercício, diminui o PL, tendo, assim, saldo devedor.

Se a empresa teve receitas de R$ 1.500.000,00, despesas de R$


500.000,00 e, consequentemente, um lucro líquido do exercício de R$
1.000.000,00. Isto significa dizer que os saldos credores (receitas)
suplantaram os saldos devedores (despesas).

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Despesas Receitas
500.000,00 1.500.000,00

1.000.000,00
(LLEX)

Para encerrar o resultado, temos de transferir essas contas para o PL. A


transferência se dará assim.

D – Lucro líquido do exercício 1.000.000,00


C – Lucros acumulados 1.000.000,00

Contudo, este valor deverá ser todo distribuído, seja para o aumento do
capital social, seja para o pagamento de dividendos, seja para constituição
de reservas de lucros.

Caso, todavia, a situação seja reversa, e as despesas excedam as receitas,


temos prejuízo.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Despesas Receitas
1.500.000,00 500.000,00

1.000.000,00

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Nesta hipótese, a transferência se dará do seguinte modo:

D – Prejuízos acumulados (PL) 1.000.000,00


C – Prejuízo líquido do exercício 1.000.000,00

6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26

O Pronunciamento Técnico do CPC nº 26 (R1) – Apresentação das


Demonstrações Contábeis – determina que a entidade deve apresentar
todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período em duas
demonstrações:

1) demonstração do resultado do período (DRE); e


2) demonstração do resultado abrangente do período; esta última
começa com o resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.

Segundo o CPC 26:

82. Além dos itens requeridos em outros Pronunciamentos do CPC, a


demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes
rubricas, obedecidas também as determinações legais:

(a) receitas;
(aa) ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos financeiros mensurados pelo
custo amortizado;
(b) custos de financiamento;
(c) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método
da equivalência patrimonial;
(d) tributos sobre o lucro;
(e) (eliminada);
(ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver Pronunciamento
Técnico CPC 31);
(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão
deste Pronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir ainda as
seguintes rubricas:
(i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos;
(ii) lucro bruto;
(iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais;
(iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
(v) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(vi) resultado líquido do período. (Item alterado pela Revisão CPC 06)

A Lei 6.404/76 (Lei das S.A.s) estabelece a seguinte estrutura para a DRE:

Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos


e os impostos;

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II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços


vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas,
as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o
imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem
como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital
social.

6.1 COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76

O CPC 26 não trouxe uma ordem rígida para a classificação dos itens.
Todavia, a disposição dos itens está relacionada na estrutura abaixo. Vamos
comparar as duas estruturas:

CPC 26 – Apresentação das


LEI 6404/76.
Demonstrações Contábeis.
Receita Bruta
(-) Deduções das Vendas
Receita Líquida Receitas
(-) CMV (-) CMV
Lucro Bruto Lucro bruto
(-) Despesas (-) Despesas
--- Vendas --- Vendas
--- Gerais e administrativas --- Gerais e administrativas
--- Outras despesas operacionais --- Outras despesas e receitas operacionais
--- Financeiras, deduzidas as receitas --- Resultado equivalência Patrimonial
Resultado antes Receitas e Despesas
Lucro ou prejuízo operacional
financeiras
Outras receitas e outras despesas Despesas e Receitas financeiras
Resultado antes IR Resultado antes tributos sobre o lucro
(-) Provisão IR (-) Despesas tributos sobre o lucro
(-) Participações: (=) Resultado das operações continuadas

--- Debêntures +/- Resultado líquido das operações


descontinuadas
--- Empregados
Resultado líquido do período
--- Administradores
--- Partes Beneficiárias
--- Fundos de pensão
Lucro ou prejuízo líquido do exercício
Lucro ou prejuízo por ação

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7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS

As principais diferenças são:

7.1 RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA

A Lei das S.A.s (Lei 6404/76) inicia a DRE a partir da Receita Bruta,
demonstrando as deduções de vendas para chegar na receita líquida.

A estrutura que aparece no pronunciamento CPC 26 já inicia da Receita


Líquida. As empresas estão publicando suas DREs iniciando da receita
líquida, conforme o modelo do CPC 26.

Esse procedimento (iniciar a DRE pela receita líquida) é reforçado pelo


Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas, conforme texto abaixo:

Texto do pronunciamento técnico CPC 30 – Receitas:

“8. Para fins de divulgação na demonstração do resultado, a receita inclui


somente os ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a
receber pela entidade quando originários de suas próprias atividades. As
quantias cobradas por conta de terceiros – tais como tributos sobre vendas,
tributos sobre bens e serviços e tributos sobre valor adicionado não são
benefícios econômicos que fluam para a entidade e não resultam em
aumento do patrimônio líquido. Portanto, são excluídos da receita.”

7.2 SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS

O modelo do Pronunciamento CPC 26 apresenta um subtotal, chamado de


“Resultado antes Receitas e Despesas Financeiras”. Seguem-se as despesas
e receitas financeiras e após o Resultado antes dos tributos sobre o Lucro.

A apresentação apartada do resultado financeiro ocorre para separar o


resultado operacional do resultado obtido com a sobra (ou a falta) de caixa.

Em outras palavras, a empresa aufere um determinado resultado a partir


das suas operações. Além disso, se houver caixa sobrando, será aplicado e
irá gerar receitas; se faltar caixa, a empresa deverá pegar dinheiro
emprestado, pagando despesas financeiras para isso.

Mas o resultado financeiro está mais ligado à necessidade de dinheiro para


financiar as operações ou à sobra de dinheiro, do que às atividade
operacionais da empresa.

Dessa forma, a separação do resultado financeiro evidencia com mais


propriedade o resultado oriundo das operações da empresa.

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7.3 RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Esse item é muito importante. Pode ser exemplificado assim: Vamos supor
que uma empresa venda uma de suas fábricas, num determinado ano.

Essa venda pode ter um grande impacto sobre o resultado da empresa. Mas
ela não terá uma fábrica todo ano para vender. É algo esporádico. Além
disso, a operação descontinuada (a fábrica vendida) deverá ter reflexos nos
demonstrativos contábeis dos próximos anos.

É importante ressaltar que as operações descontinuadas não são as vendas


normais de ativo imobilizado. Por exemplo, se uma empresa vende um
caminhão, mas tem a intenção de comprar outro para substituí-lo, o
resultado dessa venda será incluído em “outras receitas e outras despesas
operacionais”. Não é operação descontinuada.

Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo não circulante mantido


para venda e operações descontinuadas:

32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi


baixado ou está classificado como mantido para venda e

(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área


geográfica de operações;
(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma
importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou
(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda.

33. A entidade deve evidenciar:

(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:


(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas;
e (ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na
mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de
ativos ou de grupo de ativos(s) mantidos para venda que constituam a
operação descontinuada.

As operações descontinuadas são as vendas relativas a divisões, produtos


ou atividades que a empresa abandonou, que não existirão mais no futuro.

É por isso que a estrutura da DRE do pronunciamento CPC 26 inclui essas


informações, de forma separada das operações normais, contínuas, da
empresa.
(FCC/MPE PB/Auditor de Contas Públicas/2015)
De acordo com a Resolução CFC no 1.255, os resultados
apurados de operações descontinuadas devem ser
apresentados em

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A) conjunto com as atividades normais, somados as receitas e despesas


operacionais.
B) demonstração de resultados apurada e apresentada separadamente da
demonstração de resultados das atividades continuadas.
C) um montante único na demonstração do resultado.
D) uma conta própria do patrimônio líquido.
E) nota explicativa, não compondo a apuração dos resultados da empresa.

Gabarito  C

7.4 OUTRAS INSTRUÇÕES

O pronunciamento CPC 26 não estabelece um modelo rígido. Pelo contrário,


outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na
demonstração do resultado do período quando tal apresentação for
relevante para a compreensão do desempenho da entidade.

Mas a entidade não deve apresentar rubricas ou itens de receitas ou


despesas como itens extraordinários, quer na demonstração do resultado
abrangente, quer na demonstração do resultado do período, quer nas notas
explicativas.

Texto do pronunciamento CPC 26:

Informação a ser apresentada na demonstração do resultado do período


ou nas notas explicativas

97. Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza


e montantes devem ser divulgados separadamente.

98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de


receitas e despesas incluem:

(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo


imobilizado ao seu valor recuperável, bem como as reversões de tais
reduções;
(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer
provisões para gastos de reestruturação;
(c) baixas de itens do ativo imobilizado;
(d) baixas de investimento;
(e) unidades operacionais descontinuadas;
(f) solução de litígios; e
(g) outras reversões de provisões.

Comentários:

Segundo o pronunciamento CPC 00 – Pronunciamento conceitual básico –


uma informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida

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(misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base


na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta
a informação.

Os itens de receitas e despesas que sejam materiais devem ser divulgados


separadamente.

As seguintes circunstâncias dão origem à divulgação separadas de itens de


despesas e receitas:

1) Perdas no estoque e em teste de recuperabilidade;


2) Reestruturação de atividades
3) Baixa de itens do Imobilizado e de Investimentos
4) Descontinuidade de unidades operacionais
5) Solução de litígios (refere-se à decisões ou acordos em litígios judiciários)
6) Reversões de provisões.

Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser


incluídos no resultado líquido do período a menos que um ou mais
Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC requeiram
ou permitam procedimento distinto.

O Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de


Estimativa e Retificação de Erro trata de duas dessas circunstâncias, a
saber: a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis.
Nestes casos, o efeito da alteração nas políticas contábeis e a correção de
erro devem ser ajustados no balanço inicial.

A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma


classificação baseada na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua
função dentro da entidade, devendo eleger o critério que proporcionar
informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações legais.

No método da natureza da despesa, as despesas são agregadas na


demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo,
depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios
aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as
várias funções dentro da entidade.

Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias
alocações de gastos a classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de
dividir a depreciação do período entre depreciação das máquinas usadas na
fabricação (que é atribuída ao custo do produto) e depreciação do escritório
(que gera despesa administrativa), é demonstrado apenas o valor total da
depreciação.

Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o


que se segue:

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Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesa com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações X
Outras despesas X
Total da despesa (X)
Resultado antes dos tributos X

A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do


“custo dos produtos e serviços vendidos”, classificando-se as despesas
de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou
serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou
das atividades administrativas.

No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços


vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas.

Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do


que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às
funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável
julgamento.

Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da despesa é


a seguinte:

Receitas X
Custo dos produtos e serviços vendidos (X)
Lucro bruto X
Outras receitas X
Despesas de vendas (X)
Despesas administrativas (X)
Outras despesas (X)
Resultado antes dos tributos X

Como se percebe, as empresas usam o método da função da despesa


(também chamado de “método do custo do produto ou serviço vendido”),
no Brasil, pois esse é o método que consta na Lei 6404/76.

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8 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE.

Segundo o CPC 26:

Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante


um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados
de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários.

Mutação no PL que não


Resultado abrangente decorre de transação com
sócios enquanto proprietários

Todas as receitas e despesas do exercício devem ser reconhecidas


em duas demonstrações: a demonstração do resultado do exercício
e a demonstração de resultados abrangentes.

A demonstração do resultado do exercício reconhecer as receitas e despesas


ali, nos moldes como já temos estudado nesta aula. A DRA não. A DRA
representa as mutações no Patrimônio Líquido que sejam decorrentes de
operações que não são aquelas relacionadas à contribuição dos sócios.

Sabemos que o patrimônio líquido pode se alterar. As alterações, portanto,


segundo o CPC 26, serão evidenciadas na demonstração das mutações do
patrimônio líquido por dois valores totais:

- Mutações ocorridas de operações com os sócios (integralização de capital,


por exemplo).
- Resultado abrangente total.

E do que é composto o resultado abrangente?

Composição do resultado abrangente total.

- Resultado líquido do período.


- Outros resultados abrangentes.
- Reclassificação de outros resultados abrangentes para o resultado do
período.

Entenda-se! As receitas e despesas de uma entidade devem figurar


na demonstração do resultado do exercício.

Por seu turno, as outras variações do patrimônio líquido, que, futuramente,


poderão transitar pelo resultado ou irem para lucros ou prejuízos
acumulados são apresentadas como outros resultados abrangentes, na
chamada demonstração de resultados abrangentes, desde que não sejam
valores provenientes dos sócios.

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Como exemplo de resultados abrangentes temos:

- Ajustes de conversão do período e acumulados.


- Ajuste de avaliação patrimonial.

Atenção! É vedada a inclusão da Demonstração dos Resultados


Abrangentes apenas na DMPL. Portanto, atualmente a Demonstração
dos Resultado Abrangentes deve ser apresentada como uma
demonstração separada.

Vejam como o CESPE abordou este assunto:

(CESPE/Analista/TRT 7ª/2017) A demonstração dos resultados


abrangentes deve ser apresentada como coluna da demonstração de
mutações do patrimônio líquido.

Gabarito  Errado (esse assunto ficará mais claro logo abaixo).

Vamos explicar melhor esse ponto.

Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) x Demonstração do


Resultado do Exercício (DRE).

As normas internacionais permitem que a DRA seja incluída na DRE, se


permitido legalmente.

Conforme o CPC 26:

10A. A entidade pode, se permitido legalmente, apresentar uma única


demonstração do resultado do período e outros resultados abrangentes,
com a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes
apresentados em duas seções. As seções devem ser apresentadas juntas,
com o resultado do período apresentado em primeiro lugar seguido pela
seção de outros resultados abrangentes. A entidade pode apresentar a
demonstração do resultado como uma demonstração separada. Nesse caso,
a demonstração separada do resultado do período precederá
imediatamente a demonstração que apresenta o resultado abrangente, que
se inicia com o resultado do período.

10B. Quando da aprovação deste Pronunciamento Técnico, deve atentar-se


para o fato importante de que a legislação societária brasileira requer
que seja apresentada a demonstração do resultado do período como
uma seção separada.

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Portanto, a legislação brasileira requer que a DRE seja apresentada


separadamente. Assim, no Brasil, a empresa não pode apresentar uma
única demonstração incluindo a DRE seguida da DRA. Dessa forma, a DRA
deve ser apresentada separadamente, iniciando pelo Lucro Líquido
do Exercício.

Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) x Demonstração das


Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).

A DMPL demonstra o saldo inicial, as entradas e saídas e o saldo final para


todas as contas do Patrimônio Líquido, incluindo as contas do Resultado
Abrangente. Portanto, o Resultado Abrangente está incluído na
DMPL. Fica faltando, apenas, o Lucro Líquido do Exercício.

Portanto, o que você deve levar para a prova é o seguinte:

- Resultado abrangente: está incluído na DMPL.


- Demonstração do resultado abrangente: deve ser apresentado
separadamente.

Veja o que dizia a primeira versão do Pronunciamento CPC 26 –


Apresentação das Demonstrações Contábeis (a primeira versão foi
revogada e substituída pelo primeira revisão do pronunciamento - CPC 26
(R1)):

A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro


demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido.

A primeira revisão do pronunciamento CPC 26 eliminou essa possibilidade.

Consta no Apêndice A da primeira revisão do CPC 26, aprovada em


02/12/2011, a seguinte observação:

Obs.: Lembrar que agora é vedada a apresentação da Demonstração do


Resultado Abrangente apenas na Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido.

Ou seja: os resultados abrangentes (contas do PL) aparecem normalmente


na DMPL e também na DRA, sendo que a segunda demonstração se inicia
com o resultado do período, que vem da DRE.

Vamos explicar novamente para você nunca mais errar.

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(CESPE/Auditor de Contas Públicas/TCE PE/2017) O conjunto


completo de demonstrações contábeis a ser apresentado pelas sociedades
constituídas por ações inclui a demonstrações do patrimônio líquido, a qual
deverá conter o resultado abrangente do período, exceto quando houver
demonstração do resultado abrangente apresentada em separado.

Comentários:

Pessoal, item errado, vejam o que nos diz o CPC 26:

Conjunto completo de demonstrações contábeis 10.

O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

Além disso, temos que:

A entidade deve apresentar a demonstração das mutações do patrimônio


líquido conforme requerido no item 10. A demonstração das mutações do
patrimônio líquido inclui as seguintes informações:

(a) o resultado abrangente do período, apresentando separadamente


montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o
montante correspondente à participação de não controladores.

Agora vamos analisar a questão:

A primeira parte da questão está correta, vejam: “O conjunto completo de


demonstrações contábeis a ser apresentado pelas sociedades constituídas
por ações inclui a demonstrações do patrimônio líquido, a qual deverá
conter o resultado abrangente do período”.

Porém, o final da assertiva apresenta um erro, pois mesmo que a DRA seja
apresentada separadamente, como determina o CPC 26, a DMPL continua
a apresentar o resultado abrangente do período.

A primeira versão do pronunciamento técnico CPC 26 permitia que a


Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) fosse evidenciado como
uma demonstração separada ou que fosse incluído na DMPL. Na revisão
(R1), foi eliminada a possibilidade de incluir a DRA na DMPL.

A DRA deve ser uma demonstração separada.

Mas o resultado abrangente do período também entra na DMPL, pois as


contas do resultado abrangente ficam no PL.

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Atenção! Não podemos confundir a DEMONSTRAÇÃO do Resultado


Abrangente com o Resultado Abrangente.

Gabarito  Errado.

(CESPE/MPU/Controle Interno/2010) Com as mudanças na legislação


societária, a estrutura de algumas demonstrações contábeis modificou-se;
foram incluídos, por exemplo, demonstrativos financeiros que não estavam
previstos como obrigatórios anteriormente. Acerca desse assunto, julgue o
item subsequente.

Atualmente, a demonstração do resultado abrangente (DRA) apresenta o


resultado do exercício acrescido de ganhos ou perdas, que eram
reconhecidos direta e temporariamente na demonstração das mutações do
patrimônio líquido (DMPL); dessa forma, a DRA é evidenciada tanto
separadamente como dentro da DMPL.

Comentário:

Questão de 2010, quando ainda vigorava a primeira versão do


pronunciamento CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, que
estabelecia que a demonstração do resultado abrangente pode ser
apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do
patrimônio líquido. Questão correta!

Atualmente, a primeira revisão (R1) menciona, no apêndice A, que agora é


vedada a apresentação da Demonstração do Resultado Abrangente apenas
na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Mas a assertiva
continua correta: a DRA é evidenciada tanto separadamente como dentro
da DMPL.

Gabarito  Certo

Mais uma...

(CESPE/Contador/MTE/2014) A demonstração do resultado abrangente


integra, obrigatoriamente, a demonstração das mutações do patrimônio
líquido (DMPL).

Comentário:

Questão dúbia. O saldo inicial e a movimentação das contas do Resultado


Abrangente integram a DMPL.

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Parece que a banca se baseou na redação antiga do CPC 26, que menciona
que a “demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em
quadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio
líquido.”

A versão atual do pronunciamento cpc 26 estabelece que “agora é vedada


a apresentação da Demonstração do Resultado Abrangente apenas na
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.”

O item está incorreto!

Vejamos outra questão sobre o assunto:

(CESPE/FUB/Contabilidade/2015) Julgue o seguinte item, acerca da


elaboração das principais demonstrações contábeis previstas pelo CPC.

A demonstração do resultado abrangente pode ser incorporada à


demonstração de mutações do patrimônio líquido; nesse caso, a
demonstração do resultado abrangente deve ser iniciada pelo resultado
líquido do período, conforme apurado na demonstração do resultado do
exercício.

Comentário:

Vamos examinar as assertivas:

“A demonstração do resultado abrangente pode ser incorporada à


demonstração de mutações do patrimônio líquido”

Assertiva correta. Apesar de ser obrigatória a apresentação da DRA como


demonstração à parte, ela continua aparecendo na DMPL.

“....nesse caso, a demonstração do resultado abrangente deve ser iniciada


pelo resultado líquido do período, conforme apurado na demonstração do
resultado do exercício.”

Errado. A DRA começa pelo lucro líquido quando é apresentada como


demonstração à parte.

Gabarito  Errado

Vamos continuar...

Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa


(incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na
demonstração do resultado como requerido ou permitido pelos
Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo CPC. Os
componentes dos outros resultados abrangentes incluem:

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(a) variações na reserva de reavaliação, quando permitidas legalmente


(ver Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo Imobilizado e CPC 04 – Ativo
Intangível);
(b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício
definido reconhecidos conforme item 93A do Pronunciamento Técnico CPC
33 – Benefícios a Empregados;
(c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações
contábeis de operações no exterior (ver Pronunciamento Técnico CPC
02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de
Demonstrações Contábeis);
(d) ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros
disponíveis para venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 38 –
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração);
(e) parcela efetiva de ganhos ou perdas advindos de instrumentos de
hedge em operação de hedge de fluxo de caixa (ver Pronunciamento
Técnico CPC 38).

Outros resultados abrangentes


Variações na reserva de reavaliação
Ganhos e perdas atuariais
Ganhos e perdas de conversão das demonstrações (exterior)
Ganhos e perdas ativos financeiros disponíveis para venda
Ganhos e perdas com hedge

Esses lançamentos são um pouco mais complexos. Portanto, se entender,


por ora, o que compõe outros resultados abrangentes, já será suficiente
para a sua preparação.

Vamos treinar um pouco?

(CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017)

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A partir das informações apresentadas na tabela precedente, é correto


afirmar que, na demonstração do resultado abrangente, o valor do lucro
abrangente é igual a

A R$ 65.000.
B R$ 15.000.
C R$ 965.000.
D R$ 465.000.
E R$ 340.000.

Comentários:

Os resultados abrangentes compreendem todas as receitas da entidade que


não sejam derivadas de transações com os sócios. Então, a demonstração
de resultados abrangentes começa do lucro líquido do exercício e consta
também com outros resultados abrangentes, que são aquelas “receitas” que
não transitam pela DRE (ajustes de avaliação patrimonial, ganhos e perdas
com conversão de demonstrações contábeis de empresas do exterior,
ganhos e perdas com hedge, etc).

Assim, o nosso resultado abrangente será composto por:

Lucro líquido do exercício 350.000,00


(-) Perdas líquidas conversão DCs (50.000,00)
Ganho na mensuração de ativos financeiros 40.000,00
Resultado abrangente total 340.000,00

O capital social não entra no resultado abrangente e o ganho na alienação


de ativos imobilizados já está dentro do lucro líquido do exercício. Não há
necessidade de computar novamente.

Gabarito  E.

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(FGV/Auditor/CGE/MA/2014) De acordo com o CPC 26, Apresentação


das Demonstrações Contábeis, a Demonstração do Resultado Abrangente é
parte do conjunto completo de demonstrações contábeis.

Assinale a alternativa que apresenta exemplos de resultados abrangentes.

a) Efeito cambial sobre investimentos no exterior e reconhecimento do valor


de mercado dos instrumentos financeiros disponíveis para venda.
b) Reconhecimento do valor de mercado dos instrumentos financeiros
mantidos para negociação e disponíveis para venda.
c) Efeito cambial sobre investimentos no exterior e ganhos com
equivalência patrimonial sobre o resultado.
d) Ganhos provenientes da alteração no valor justo de um ativo classificado
como propriedade para investimento e reconhecimento do valor mercado
dos instrumentos financeiros mantidos para negociação.
e) Efeito cambial sobre dívidas em moeda estrangeira e ganhos
provenientes da alteração no valor justo de um ativo classificado como
propriedade para investimento.
Apresentamos, a seguir, para fins didáticos, a demonstração de resultados
abrangentes da BRF S.A.

Comentários:

Conforme vimos na tabela acima, o gabarito é a letra a.

Gabarito  A.

Apresentamos, a seguir, um modelo de demonstração de resultados


abrangentes.

Fonte: http://ri.brf-global.com/download_arquivos.asp?id_arquivo=939BECE8-F436-4990-801E-
0E3E80601F1A

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9 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (*ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO

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10 PLANO DE CONTAS DE RESULTADO

A seguir um modelo de plano de contas de resultado, que certamente será


muito útil para a resolução das questões propostas.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PLANO DE CONTAS


FATURAMENTO BRUTO DE VENDAS DE PRODUTOS
(-) DEDUÇÕES DO FATURAMENTO BRUTO-IPI
(=) RECEITA BRUTA DE VENDAS DE MERCADORIAS,PRODUTOS E SERVIÇOS
(a) VENDAS DE PRODUTOS
(b) VENDAS DE SERVIÇOS
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
(a) VENDAS CANCELADAS E DEVOLUÇÕES
(b) ABATIMENTOS
(c) DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDA
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
(a) ICMS
(b) ISS
(c) PIS OU PASEP (sobre a receita bruta)
(d) COFINS (sobre a receita bruta)
AJUSTE A VALOR PRESENTE DE CLIENTES-(conta devedora)
(=) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DOS SERVIÇOS PRESTADOS
(a) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
(b) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
(a) MATERIA-PRIMA DIRETA
(b) OUTROS MATERIAlS DIRETOS
(c) MAO DE OBRA DIRETA
OUTROS CUSTOS DIRETOS
CUSTOS INDIRETOS
DESPESAS OPERACIONAIS
(a) DE VENDAS
1. DESPESAS COM PESSOAL
2. COMISSÕES DE VENDAS
3. OCUPACÃO
4. UTILIDADES E SERVIÇOS
5. PROPAGANDA E PUBLICIDADE
6. DESPESAS GERAIS
7. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES
8. PERDAS ESTIMADAS COM CREDITOS DE LIQUIDACÃO DUVIDOSA
Constituição de novo saldo
Reversão do saldo anterior (conta credora)
(b) ADMINISTRATNAS
1. DESPESAS COM PESSOAL
Salários e ordenados
Gratificações

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PLANO DE CONTAS


Férias
Décimo-terceiro salário
INSS
FGTS
Indenizações
2. OCUPAÇÃO
Aluguéis e condomínios
Depreciações e amortizações
Manutenção e reparos
3. UTILIDADES E SERVIÇÕS
Energia elétrica
Água e esgoto
Seguros
Transporte de pessoal
4. HONORÁRIOS
Diretoria
Conselho de Administração
Conselho fiscal
5. DESPESAS GERAIS
Legais e judiciais
Auditoria
Consultoria
Treinamento de pessoal
6. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES
ITR
IPTU
IPVA
Taxas municipais e estaduais
Contribuição social
PIS
Pasep
Cofins
7. DESPESAS COM PROVISÕES
Constituição de provisão para perdas diversas
Constituição de provisões fiscais, previdenciárias, trabalhistas e cíveis
Constituição de provisão para beneficios a empregados
Constituição de provisão para redução ao a valor recuperável
Constituição de perdas estimadas nos estoques
Reversão de provisão para perdas diversas
Reversão de provisões fiscais, previdenciárias, trabalhistas e cíveis
Reversão de provisão para beneficios a empregados
Reversão de provisão para redução a valor recuperável
Reversão de perdas estimadas nos estoques
RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PLANO DE CONTAS


1. RECEITA E DESPESAS FINANCEIRAS
1.1) DESPESAS FINANCEIRAS
Juros pagos ou incorridos
Descontos concedidos
Comissões e despesas bancarias
Custos de transação
1.2) RECEITAS FINANCEIRAS
Descontos obtidos
Juros recebidos ou auferidos
Receitas sabre outros investimentos temporários
Prêmio de resgate de títulos e debêntures
1.3) RESULTADO FINANCEIRO COMERCIAL
Receita financeira comercial
(Reversão de ajuste a valor presente de clientes, Líquido de suas perdas monetárias)
Despesa financeira comercial
(Reversão de ajuste a valor presente de clientes, Líquido de suas perdas monetárias)
2. VARIAÇÕES MONETÁRIAS DE OBRIGAÇÕES E CRÉDITOS
2.1) VARIAÇÕES MONETÁRIAS DE OBRIGAÇÕES
Variação cambial
Variação monetária passiva
2.2) VARIAÇÕES MONETÁRIAS DE CRÉDITOS
Variação cambial
Variação monetária ativa
3. PIS/PASEP SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS
4. COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS
d) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
LUCROS E PREJUÍZOS DE PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS SOCIEDADES
Participação nos resultados de coligadas e controladas pelo método de equivalência
patrimonial
Dividendos e rendimentos de outros investimentos
Amortização de ágio ou deságio de investimentos
2. VENDAS DIVERSAS
Vendas de sucatas (liquidas de ICMS)
3. GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NOS INVESTIMENTOS
Ganhos e perdas na alienação de investimentos
Ganhos com compra vantajosa - Ágio
Perdas prováveis na realização de investimentos
Outros resultados em investimentos avaliados pela equivalência patrimonial
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
1) GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NO IMOBILIZADO
Ganhos e perdas na alienação ou baixa de imobilizado
Valor Líquido de bens baixados
2) GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NO INTANGÍVEL
Baixa de ativos intangíveis
Ganhos/perdas no diferido

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PLANO DE CONTAS


RESULTADO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
Receitas e despesas das operações
Tributos sobre operações descontinuadas
Ganhos ou perdas reconhecidos nos ativos da operação descontinuada
Imposto de renda e contribuição social relacionados.
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
1. DEBÊNTURES
2. EMPREGADOS
3. ADMINISTRADORES
4. PARTES Beneficiárias
5. INSTITUIÇÃO OU FUNDO DE ASSISTÊNCIA OU PREVIDÊNCIA A EMPREGADOS
LUCRO (PREJUÍZO) Líquido DO EXERCÍCIO

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11 QUESTÕES COMENTADAS

1. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) A


empresa Só Lucros S/A, que comercializa calçados, apresentou no balanço
do encerramento do exercício um lucro operacional líquido de $ 25.000,00;
despesas operacionais $ 7.000,00; e, receitas financeiras de $ 600,00.

Da análise destes dados, podemos concluir que o resultado operacional


bruto foi de:

a) $ 18.600,00.
b) $ 18.000,00.
c) $ 31.400,00.
d) $ 32.600,00.

Comentários:

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e


serviços vendidos e o lucro bruto;

O lucro bruto, também conhecido como resultado operacional bruto, é


obtido quando deduzimos o Custo da Mercadoria Vendida(CMV) da Receita
Líquida de Vendas.

A partir do Resultado Operacional Bruto deduziremos as Despesas


Operacionais e encontraremos o Resultado Operacional Líquido.

A questão nos forneceu o Resultado Líquido e nos solicitou o Resultado


Bruto, então, podemos montar a DRE de “baixo para cima”, vejamos:

Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com


mercadorias ?
(-) Despesas operacionais -R$ 7.000,00
(+) Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas
financeiras) R$ 600,00
Resultado Operacional Líquido R$ 25.000,00

Portanto:

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Resultado Bruto – 7.000 +600= 25.000


Resultado Bruto= 25.000+7.000 – 600= R$ 31.400

Gabarito C

2. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) Nas


demonstrações de uma entidade o contador verificou o registro de Aluguel
Passivo a Vencer no valor de $ 5.000,00. Sobre este registro, é correto
afirmar que trata-se de

A) uma conta de resultado.


B) uma despesa antecipada.
C) um adiantamento a fornecedores.
D) uma despesa incorrida e não paga.

Comentários:

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que


apresenta o cotejo entre receitas e despesas da entidade. Se as receitas
suplantarem as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao contrário,
sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo.

Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as


receitas e despesas devem ser reconhecidas independentemente de
pagamento ou recebimento. A Lei 6.404/76 é clara ao ordenar a utilização
do regime de competência na contabilidade:

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros


permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta
Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais segundo o regime de competência.

Se a entidade verifica o registro de um Aluguel Passivo a vencer, entende-


se que ela pagou antecipadamente uma despesa de aluguel.

As despesas antecipadas não são evidenciadas na demonstração do


resultado do exercício.

Gabarito B

3. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) Nas


demonstrações de Lucros e Dividendos Ltda verifica-se que há a
contabilização de $ 5.800,00 de despesa com Imposto de Renda. Com
relação a este registro, é correto afirmar que:

a) É conta patrimonial.

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b) Afeta o lucro líquido.


c) Afeta o resultado operacional.
d) Na DRE é registrada após o resultado bruto.

Comentários:

O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é tributo


instituído pela União, no exercício da competência regular que lhe confere
a Constituição Federal (CF, art. 153, III).

De acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a contabilidade já


reconheceu uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser
reconhecida nesse mesmo período no resultado da empresa.

Vejamos a estrutura completa da DRE:

Estrutura da demonstração do resultado do exercício

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)


(-) IPI sobre faturamento bruto

(-) Deduções da receita bruta


Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est. final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias
(-) Despesas operacionais
Com vendas
Administrativas
Gerais
Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras)
Outras despesas operacionais
+ Outras receitas operacionais
Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido
(-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)
= + Outras receitas (antigas receitas não operacionais)
Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro
Líquido
(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL
Resultado após o Imposto de Renda/CSLL e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores

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Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

Agora iremos analisar as alternativas:

a) É conta patrimonial.

Errado, a conta despesa com Imposto de Renda é uma conta de resultado.

b) Afeta o lucro líquido.

Correto, ao olharmos a estrutura da DRE, percebemos que o lucro líquido


é afetado pela despesa com imposto de renda.

c) Afeta o resultado operacional.

Errado, o resultado operacional é apurado antes da despesa com Imposto


de Renda.

d) Na DRE é registrada após o resultado bruto.

Errado, a despesa com Imposto de Renda é apurada após o Resultado


Líquido.

Gabarito B

Analise as seguintes informações para responder às questões 04, 05 e 06.


Considere que na DRE da Serviços S/A são encontrados os seguintes
registros relativos ao último exercício:

4. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016)


Diante destes dados, qual foi o valor da Receita Bruta?

a) $ 1.260.000,00.
b) $ 1.240.000,00.
c) $ 1.178.000,00.

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d) $ 1.228.000,00.

Comentários:

Montando a parte da DRE que a questão solicita, temos a seguinte


estrutura:

Estrutura da demonstração do resultado do exercício


Receita bruta de serviços R$ 1.240.000,00
(-) Deduções da receita bruta (R$ 62.000,00)
Impostos sobre serviços (ISS) (R$ 62.000,00)
Receita líquida de vendas/Receita operacional
líquida R$ 1.178.000,00
(-) Custo do Serviço Prestado -R$ 800.000,00
Resultado operacional bruto R$ 440.000,00

O valor da Receita Bruta de serviços é de R$ 1.240.000,00.

Gabarito B

5. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) Qual


foi o valor da Receita Líquida?

a) $ 364.000,00.
b) $ 428.000,00.
c) $ 1.177.000,00.
d) $ 1.178.000,00.

Comentários:

A Receita Líquida é obtida pela Receita Bruta subtraída das Deduções da


Receita Bruta, nesse caso, os tributos sobre os serviços prestados:

 R$ 1.240.000,00 - R$ 62.000,00= R$ 1.178.000,00

GabaritoD

6. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) Qual


foi o valor do Resultado Operacional?

a) $ 352.000,00.
b) $ 364.000,00.
c) $ 428.000,00.
d) $ 440.000,00

Comentários:

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A questão considerou Resultado Operacional como Resultado Operacional


Bruto. Isso poderia ser questionado, pois se fizéssemos o cálculo do
Resultado Operacional Líquido o resultado seria distinto.

Usando o entendimento da banca, o cálculo será:

Receita líquida de vendas/Receita operacional


líquida R$ 1.178.000,00
(-) Custo do Serviço Prestado -R$ 800.000,00
Resultado operacional bruto R$ 440.000,00

Gabarito D

7. (CONSULPLAN/Pref. Natividade) /Contabilidade/2014) A


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) consolida as receitas e as
despesas de um período. É uma receita que NÃO transita pela DRE:

a) Vendas canceladas.
b) Reversões de provisões.
c) Lucro na venda de ativos.
d) Alienação de bônus de subscrição.

Comentários:

Segundo a LSA, art. 75, a companhia poderá emitir, dentro do limite de


aumento de capital autorizado no estatuto (artigo 168), títulos negociáveis
denominados "bônus de subscrição". Os bônus de subscrição conferirão
aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, direito de
subscrever ações do capital social, que será exercido mediante
apresentação do título à companhia e pagamento do preço de emissão das
ações.

Os antigos acionistas detêm a preferência para aquisição de novas ações


emitidas por uma companhia. Todavia, o bônus de subscrição retira este
direito relativamente a algumas ações.
Vejamos:

Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver autorização para o


aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de preferência para
os antigos acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o do art.
171, de ações e debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição,
cuja colocação seja feita mediante:

I - venda em bolsa de valores ou subscrição pública; ou


II - permuta por ações, em oferta pública de aquisição de controle, nos
termos dos arts. 257 e 263.

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Se a empresa X emite R$ 100.000,00 em bônus de subscrição, o


lançamento é o que se segue:

D – Caixa 100.000,00
C – Reserva de Capital – Produto da alienação de bônus de subscrição
100.000,00

O produto da alienação de bônus de subscrição é vai para uma Reserva de


Capital e não é evidenciada na DRE.

Vamos comentar as demais alternativas:

 Vendas canceladas Dedução da Receita Bruta na DRE;


 Reversões de provisões Receita Operacional
 Lucro na venda de ativos Outras Receitas.

Gabarito D

8. (CONSULPLAN/CODERN)/Contabilidade/2014) Uma
determinada empresa iniciou suas atividades em outubro/2013. Em
dezembro desse mesmo ano, os saldos das contas apresentavam os
seguintes valores:

Bancos R$ 1.200,00
Caixa R$ 1.000,00
Capital Social R$ 15.000,00
Clientes R$ 1.500,00
CMV R$ 5.000,00
Contas a Pagar R$ 1.400,00
Despesas Gerais R$ 3.000,00
Estoques R$ 1.300,00
Fornecedores R$ 1.500,00
Imóveis R$ 12.000,00
Impostos a Pagar R$ 1.000,00
Receitas R$ 12.000,00
Salários a Pagar R$ 2.100,00
Veículos R$ 8.000,00

Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que, antes do


encerramento do resultado, o Balancete de Verificação da empresa deverá
apresentar um total de

a) R$ 21.000,00.
b) R$ 25.000,00.
c) R$ 28.000,00.
d) R$ 33.000,00.
e) R$ 40.000,00.

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Comentários:

O balancete de verificação é um demonstrativo de caráter auxiliar em que


são relacionadas todas as contas, sejam ela patrimoniais ou de resultado.
Através do balancete de verificação separamos as contas de saldo devedor
das de saldo credor, em duas colunas.

Antes da apuração do resultado do exercício na DRE, o balancete de


verificação apresentava a seguinte configuração:

Contas DEVEDORAS CREDORAS


Bancos R$ 1.200,00
Caixa R$ 1.000,00
Capital Social R$ 15.000,00
Clientes R$ 1.500,00
CMV R$ 5.000,00
Contas a Pagar R$ 1.400,00
Despesas Gerais R$ 3.000,00
Estoques R$ 1.300,00
Fornecedores R$ 1.500,00
Imóveis R$ 12.000,00
Impostos a Pagar R$ 1.000,00
Receitas R$ 12.000,00
Salários a Pagar R$ 2.100,00
Veículos R$ 8.000,00
TOTAL R$ 33.000,00 R$ 33.000,00

Gabarito  D

9. (CONSULPLAN/TSE/Analista Jud/Contabilidade/2012) Ao
efetuar determinado lançamento contábil, o contador chefe de uma
empresa de serviços incorreu em um erro no reconhecimento da despesa
de depreciação de um veículo, não tendo considerado o valor residual que
normalmente atinge 30% do valor contábil dos bens imobilizados da
empresa. Antes que qualquer ajuste de regularização seja efetuado, esse
erro gera no patrimônio da empresa neste ano, o efeito de

(a) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. (b)


superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
(c) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
(d) subavaliação do passivo e superavaliação do lucro líquido e do
patrimônio líquido.

Comentários:

Para analisarmos os efeitos no patrimônio desse erro de escrituração,


vamos trabalhar com a seguinte configuração hipotética:

 Valor Contábil Veículo: R$ 100.000


 Vida útil: 5 anos

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 Valor Residual: R$ 30.000

Despesa de depreciação com erro:

Despesa de depreciação: 100.000/5 R$ 20.000

Ressaltamos que usamos o período anual para facilitar a apuração.


Poderíamos fazer com outro período que não alteraria a nossa análise.

Despesa de depreciação correta:

Despesa de depreciação: (100.000-30.000)/5 R$ 14.000

Como essas informações, chegamos às seguintes conclusões:

- A despesa de depreciação foi calculada a maior, portanto o ativo, lucro


líquido e, por consequência, o patrimônio líquido apresentam valores
menores do que os corretos, isto é, estão subavaliados.

Gabarito C

10. (CONSULPLAN/TSE/Analista Jud/Contabilidade/2012) Uma


empresa apresentou os seguintes saldos referentes ao ano de 2010:

Considerando os saldos apresentados, qual é o lucro líquido antes do


imposto de renda e contribuição social apresentado por esta empresa
relativo ao ano de 2010?

a) R$ 83.000,00
b) R$ 103.000,00
c) R$ 108.000,00

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d) R$ 133.000,00

Comentários:

Para resolvemos a questão, devemos montar a DRE com os dados


fornecidos. Devemos estar atentos, pois o examinador inseriu algumas
contas patrimoniais nesse rol de contas, que não interessam para a
demonstração do resultado. São elas:

- Dividendos, Reserva de Contingências, Compra de Ativo Imobilizado.

Agora a DRE:

Receita de Vendas R$ 800.000,00


Custo das Mercadorias Vendidas R$ 540.000,00
Receita Bruta R$ 260.000,00
Despesas Operacionais -R$ 127.000,00
Despesa de depreciação -R$ 55.000,00
Despesa de salários -R$ 42.000,00
Despesas Administrativas -R$ 40.000,00
Despesas Financeiras -R$ 180.000,00
Receitas Financeiras R$ 160.000,00
Reversão da PCLD R$ 30.000,00
Resultado antes do Imposto de Renda R$ 133.000,00

Gabarito D

11. (CONSULPLAN/Pref.Guaxupé - Contabilidade/2010)

RL = Receita Líquida.
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas.
ROP = Receitas Operacionais (exceto a receita de vendas).
DOP = Despesas Operacionais.
RNOP = Outras Receitas Operacionais.
DNOP = Outras Despesas Operacionais.
CSLL = Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
IR = Imposto de Renda.
PEL = Participações Estatutárias Sobre o Lucro.

O Lucro Líquido pode ser obtido mediante a seguinte relação:

a) RL + CMV + ROP – DOP


b) RL – CMV + ROP – DOP – PEL
c) RL – CMV + ROP – DOP + RNOP – DNOP – CSLL – IR – PEL
d) RB – CMV + ROP – DOP + RNOP – DNOP
e) RL – CMV + ROP – DOP + RNOP – DNOP

Comentários:

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Já conhecemos a estrutura completa da DRE, partindo da Receita Líquida:

Estrutura da demonstração do resultado do exercício


Receita líquida de vendas (RL)
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV)
Lucro bruto
(-) Despesas operacionais (DOP)
(+) Receitas Operacionais (ROP)
(-) Outras despesas operacionais (DNOP)
(+) Outras receitas operacionais (RNOP)
Resultado antes do Imposto de Renda
(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL (IR)
Resultado após o Imposto de Renda/CSLL e antes das
participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro (PEL)
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

A expressão que retrata corretamente o Lucro Líquido, com os dados


fornecidos é:

RL – CMV + ROP – DOP + RNOP – DNOP – CSLL – IR – PEL

Gabarito C

12. (CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010) Da


relação de contas discriminadas, NÃO apareceriam no Balanço Patrimonial:

a) Receitas de Serviços, Despesas com Pessoal e Salários a Pagar.


b) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, Despesas com Pessoal e
Despesas Financeiras.
c) Despesas Financeiras, Duplicatas a Receber e Receitas de Serviços.
d) Receitas de Serviços, Despesas com Pessoal e Despesas Financeiras.
e) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, Despesas com Pessoal e
Salários a Pagar.

Comentários:

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que


apresenta o cotejo entre receitas e despesas da entidade. Para essa
demonstração, somente serão relacionadas as contas de resultado. As
contas patrimoniais serão desconsideradas.

Vamos analisar cada alternativa:

a) Receitas de Serviços, Despesas com Pessoal e Salários a Pagar.

Errado, a conta Salários a pagar é uma conta patrimonial do Passivo.

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b) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, Despesas com


Pessoal e Despesas Financeiras.

Errado, a conta Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa é


patrimonial retificadora do Ativo. Atualmente, o nome mais correto dessa
conta é Perdas estimadas com clientes, pois segundo o CPC 25, não
devemos ter contas de Provisão no Ativo; apenas no Passivo.

Porém, ainda é possível que essa conta apareça em provas com o nome de
Provisão e seja classificada no Ativo. Devemos ficar atentos.

c) Despesas Financeiras, Duplicatas a Receber e Receitas de Serviços.

Errado, a conta Duplicatas a Receber é classificada no Ativo.

d) Receitas de Serviços, Despesas com Pessoal e Despesas Financeiras.

Correto, todas as contas listadas acima são de resultado e, assim serão


evidenciadas na Demonstração do Resultado do Exercício.

e) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, Despesas com


Pessoal e Salários a Pagar.

Errado, já vimos que a “Provisão” para créditos de Liquidação Duvidosa é


retificadora do Ativo.

Gabarito D.

13. (CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010) NÃO


é dedução da receita bruta de vendas:

a) Devoluções de vendas.
b) ICMS sobre vendas.
c) Comissões sobre vendas.
d) PIS e COFINS.
e) Abatimentos sobre vendas.

Comentários:

São deduções da Receita Bruta:

 Devoluções e cancelamento de vendas


 Abatimentos sobre vendas
 Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
 Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS,
COFINS)
 Ajuste a valor presente sobre clientes

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Das opções apresentadas na questão, as Comissões sobre vendas não


representam deduções da receita, pois é classificada como Despesa
Operacional.

Gabarito C

14. (CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010)


Marque a alternativa que indica receita NÃO tributável pelo IR e CSLL:

a) Juros ganhos em aplicações financeiras.


b) Receita de equivalência patrimonial.
c) Receita na venda de equipamentos de uso.
d) Comissões ganhas na venda de mercadorias em consignação.
e) Receita de aluguéis.

Comentários:

As pessoas jurídicas estão sujeitas a um dos seguintes regimes jurídicos


para apuração do imposto de renda:

a) lucro presumido;
b) lucro arbitrado;
c) lucro real.

O lucro real, por seu turno, é o lucro líquido do período ajustado por adições,
exclusões e compensações. Funciona da seguinte forma:

Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR)

+ Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações Base de cálculo do imposto de renda.

Segundo o Regulamento do Imposto de Renda, a Receita de Equivalência


Patrimonial deve ser excluída da base de cálculo do Lucro Real, bem como,
as perdas com equivalência patrimonial devem ser adicionadas à base de
cálculo.

As demais receitas são tributadas.

Gabarito B

15. (CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010) O


resultado operacional bruto para uma empresa comercial é o mesmo que:

a) Receita bruta menos custo das mercadorias vendidas.

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b) Receita líquida menos custo das mercadorias vendidas, menos despesas


comerciais.
c) Receita líquida menos custo das mercadorias vendidas, menos despesas
operacionais.
d) Receita líquida menos custo das mercadorias vendidas.
e) Receita líquida menos despesas operacionais.

Comentários:

O lucro bruto, também conhecido como resultado operacional bruto, é


obtido quando deduzimos o Custo da Mercadoria Vendida(CMV) da Receita
Líquida de Vendas.

GabaritoD

16. (CONSULPLAN/Pref. Resende/Tec. Contabilidade/2010) A


Receita Líquida – RL pode ser obtida mediante a seguinte relação:

a) (Lucro Operacional Bruto) – (Deduções das Vendas)


b) (Receita Bruta) – (Despesas Operacionais)
c) (Receita Bruta) – (Custo das Mercadorias Vendidas)
d) (Receita Bruta) – (Deduções das Vendas)
e) (Lucro Operacional Bruto) – (Deduções das Vendas)

Comentários:

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e


serviços vendidos e o lucro bruto;

Feitas as deduções devidas da receita bruta, deduções de vendas,


chegamos à chamada receita líquida de vendas.

GabaritoD

17. (CONSULPLAN/CFESS/Analista/2017) A Empresa Mais S/A


apresentou os seguintes saldos de contas ao final do exercício de 2015:

Despesas com juros R$ 500,00


Custo da mercadoria vendida R$ 200.000,00
Tributos sobre vendas R$ 25.000,00
Despesa com marketing R$ 5.000,00
Despesas com material de limpeza R$ 2.000,00
Receita bruta de vendas R$ 500.000,00
Receitas de aplicações financeiras R$ 1.000,00

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Receitas com aluguel R$ 10.000,00


Devoluções de vendas R$ 2.000,00

Neste caso, desconsiderando a incidência de Imposto de Renda e da


Contribuição Social, o resultado bruto apurado foi de:

a) R$ 271.000,00.
b) R$ 273.000,00.
c) R$ 276.000,00.
d) R$ 276.500,00.

Comentários:

O Resultado Bruto ou Lucro com mercadorias é a diferença entre a Receita


Líquida de Vendas e o Custo das Mercadorias Vendidas:

Receita bruta de vendas R$ 500.000,00


(-) Tributos sobre vendas R$ 25.000,00
(-) Devoluções de vendas R$ 2.000,00
= Receita Líquida de Vendas R$ 473.000,00
(-) CMV (R$ 200.000,00)
= Resultado Bruto R$ 273.000,00

GabaritoB

18. (CONSULPLAN/TRF2/Contadoria/2017) Uma empresa de


serviços contábeis apresentou os seguintes valores em 31 de dezembro de
2016:

Despesa com material de limpeza R$ 2.000,00


Receitas financeiras R$ 8.000,00
Custo do serviço prestado R$ 56.000,00
Tributos sobre serviços R$ 75.000,00
Receita bruta de serviços prestados R$ 1.500.000,00
Serviços cancelados R$ 10.000,00
Despesas financeiras R$ 5.000,00
Despesas gerais R$ 1.500,00

O valor do resultado bruto na Demonstração do Resultado do Exercício do


período é de:

a) R$ 1.355.500,00.
b) R$ 1.358.500,00.
c) R$ 1.359.000,00.
d) R$ 1.415.000,00.

Comentários:

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Questão parecida com a anterior, vejam a importância de conhecer o perfil


da banca! A banca trocou mercadorias por serviços. O Resultado Bruto ou
Lucro Bruto é a diferença entre a Receita Líquida de Serviços e o Custo dos
Serviços Prestados:

Receita bruta de serviços prestados R$ 1.500.000,00


(-) Serviços cancelados (R$ 10.000,00)
(-) Tributos sobre serviços (R$ 75.000,00)
(-) Custo do serviço prestado (R$ 56.000,00)
= Resultado Bruto R$ 1.359.000,00

GabaritoC

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12 QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA

1. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) A


empresa Só Lucros S/A, que comercializa calçados, apresentou no balanço
do encerramento do exercício um lucro operacional líquido de $ 25.000,00;
despesas operacionais $ 7.000,00; e, receitas financeiras de $ 600,00.

Da análise destes dados, podemos concluir que o resultado operacional


bruto foi de:

a) $ 18.600,00.
b) $ 18.000,00.
c) $ 31.400,00.
d) $ 32.600,00.

2. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) Nas


demonstrações de uma entidade o contador verificou o registro de Aluguel
Passivo a Vencer no valor de $ 5.000,00. Sobre este registro, é correto
afirmar que trata-se de

A) uma conta de resultado.


B) uma despesa antecipada.
C) um adiantamento a fornecedores.
D) uma despesa incorrida e não paga.

3. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) Nas


demonstrações de Lucros e Dividendos Ltda verifica-se que há a
contabilização de $ 5.800,00 de despesa com Imposto de Renda. Com
relação a este registro, é correto afirmar que:

a) É conta patrimonial.
b) Afeta o lucro líquido.
c) Afeta o resultado operacional.
d) Na DRE é registrada após o resultado bruto.

Analise as seguintes informações para responder às questões 04, 05 e 06.


Considere que na DRE da Serviços S/A são encontrados os seguintes
registros relativos ao último exercício:

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4. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016)


Diante destes dados, qual foi o valor da Receita Bruta?

a) $ 1.260.000,00.
b) $ 1.240.000,00.
c) $ 1.178.000,00.
d) $ 1.228.000,00.

5. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) Qual


foi o valor da Receita Líquida?

a) $ 364.000,00.
b) $ 428.000,00.
c) $ 1.177.000,00.
d) $ 1.178.000,00.

6. (CONSULPLAN/Pref.Venda Nova) /Contabilidade/2016) Qual


foi o valor do Resultado Operacional?

a) $ 352.000,00.
b) $ 364.000,00.
c) $ 428.000,00.
d) $ 440.000,00

7. (CONSULPLAN/Pref. Natividade) /Contabilidade/2014) A


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) consolida as receitas e as
despesas de um período. É uma receita que NÃO transita pela DRE:

a) Vendas canceladas.
b) Reversões de provisões.
c) Lucro na venda de ativos.
d) Alienação de bônus de subscrição.

8. (CONSULPLAN/CODERN)/Contabilidade/2014) Uma
determinada empresa iniciou suas atividades em outubro/2013. Em
dezembro desse mesmo ano, os saldos das contas apresentavam os
seguintes valores:

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Bancos R$ 1.200,00
Caixa R$ 1.000,00
Capital Social R$ 15.000,00
Clientes R$ 1.500,00
CMV R$ 5.000,00
Contas a Pagar R$ 1.400,00
Despesas Gerais R$ 3.000,00
Estoques R$ 1.300,00
Fornecedores R$ 1.500,00
Imóveis R$ 12.000,00
Impostos a Pagar R$ 1.000,00
Receitas R$ 12.000,00
Salários a Pagar R$ 2.100,00
Veículos R$ 8.000,00

Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que, antes do


encerramento do resultado, o Balancete de Verificação da empresa deverá
apresentar um total de

a) R$ 21.000,00.
b) R$ 25.000,00.
c) R$ 28.000,00.
d) R$ 33.000,00.
e) R$ 40.000,00.

9. (CONSULPLAN/TSE/Analista Jud/Contabilidade/2012) Ao
efetuar determinado lançamento contábil, o contador chefe de uma
empresa de serviços incorreu em um erro no reconhecimento da despesa
de depreciação de um veículo, não tendo considerado o valor residual que
normalmente atinge 30% do valor contábil dos bens imobilizados da
empresa. Antes que qualquer ajuste de regularização seja efetuado, esse
erro gera no patrimônio da empresa neste ano, o efeito de

(a) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. (b)


superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
(c) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
(d) subavaliação do passivo e superavaliação do lucro líquido e do
patrimônio líquido.

10. (CONSULPLAN/TSE/Analista Jud/Contabilidade/2012) Uma


empresa apresentou os seguintes saldos referentes ao ano de 2010:

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Considerando os saldos apresentados, qual é o lucro líquido antes do


imposto de renda e contribuição social apresentado por esta empresa
relativo ao ano de 2010?

a) R$ 83.000,00
b) R$ 103.000,00
c) R$ 108.000,00
d) R$ 133.000,00

11. (CONSULPLAN/TSE/Analista Jud/Contabilidade/2012)

RL = Receita Líquida.
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas.
ROP = Receitas Operacionais (exceto a receita de vendas).
DOP = Despesas Operacionais.
RNOP = Receitas Não Operacionais.
DNOP = Despesas Não Operacionais.
CSLL = Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
IR = Imposto de Renda.
PEL = Participações Estatutárias Sobre o Lucro.

O Lucro Líquido pode ser obtido mediante a seguinte relação:


a) RL + CMV + ROP – DOP
b) RL – CMV + ROP – DOP – PEL
c) RL – CMV + ROP – DOP + RNOP – DNOP – CSLL – IR – PEL
d) RB – CMV + ROP – DOP + RNOP – DNOP
e) RL – CMV + ROP – DOP + RNOP – DNOP

12. (CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010) Da


relação de contas discriminadas, NÃO apareceriam no Balanço Patrimonial:

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a) Receitas de Serviços, Despesas com Pessoal e Salários a Pagar.


b) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, Despesas com Pessoal e
Despesas Financeiras.
c) Despesas Financeiras, Duplicatas a Receber e Receitas de Serviços.
d) Receitas de Serviços, Despesas com Pessoal e Despesas Financeiras.
e) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, Despesas com Pessoal e
Salários a Pagar.

13. (CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010) NÃO


é dedução da receita bruta de vendas:

a) Devoluções de vendas.
b) ICMS sobre vendas.
c) Comissões sobre vendas.
d) PIS e COFINS.
==62394==

e) Abatimentos sobre vendas.

14. (CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010)


Marque a alternativa que indica receita NÃO tributável pelo IR e CSLL:

a) Juros ganhos em aplicações financeiras.


b) Receita de equivalência patrimonial.
c) Receita na venda de equipamentos de uso.
d) Comissões ganhas na venda de mercadorias em consignação.
e) Receita de aluguéis.

15. (CONSULPLAN/Pref. São Leopoldo/Contabilidade/2010)


Marque a alternativa que indica receita NÃO tributável pelo IR e CSLL:

O resultado operacional bruto para uma empresa comercial é o mesmo que:


a) Receita bruta menos custo das mercadorias vendidas.
b) Receita líquida menos custo das mercadorias vendidas, menos despesas
comerciais.
c) Receita líquida menos custo das mercadorias vendidas, menos despesas
operacionais.
d) Receita líquida menos custo das mercadorias vendidas.
e) Receita líquida menos despesas operacionais.

16. (CONSULPLAN/Pref. Resende/Tec. Contabilidade/2010) A


Receita Líquida – RL pode ser obtida mediante a seguinte relação:

a) (Lucro Operacional Bruto) – (Deduções das Vendas)


b) (Receita Bruta) – (Despesas Operacionais)
c) (Receita Bruta) – (Custo das Mercadorias Vendidas)
d) (Receita Bruta) – (Deduções das Vendas)
e) (Lucro Operacional Bruto) – (Deduções das Vendas)

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17. (CONSULPLAN/CFESS/Analista/2017) A Empresa Mais S/A


apresentou os seguintes saldos de contas ao final do exercício de 2015:

Despesas com juros R$ 500,00


Custo da mercadoria vendida R$ 200.000,00
Tributos sobre vendas R$ 25.000,00
Despesa com marketing R$ 5.000,00
Despesas com material de limpeza R$ 2.000,00
Receita bruta de vendas R$ 500.000,00
Receitas de aplicações financeiras R$ 1.000,00
Receitas com aluguel R$ 10.000,00
Devoluções de vendas R$ 2.000,00

Neste caso, desconsiderando a incidência de Imposto de Renda e da


Contribuição Social, o resultado bruto apurado foi de:

a) R$ 271.000,00.
b) R$ 273.000,00.
c) R$ 276.000,00.
d) R$ 276.500,00.

18. (CONSULPLAN/TRF2/Contadoria/2017) Uma empresa de


serviços contábeis apresentou os seguintes valores em 31 de dezembro de
2016:

Despesa com material de limpeza R$ 2.000,00


Receitas financeiras R$ 8.000,00
Custo do serviço prestado R$ 56.000,00
Tributos sobre serviços R$ 75.000,00
Receita bruta de serviços prestados R$ 1.500.000,00
Serviços cancelados R$ 10.000,00
Despesas financeiras R$ 5.000,00
Despesas gerais R$ 1.500,00

O valor do resultado bruto na Demonstração do Resultado do Exercício do


período é de:

a) R$ 1.355.500,00.
b) R$ 1.358.500,00.
c) R$ 1.359.000,00.
d) R$ 1.415.000,00.

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13 GABARITO DAS QUESTÕES APRESENTADAS

QUESTÃO GABARITO
1 C
2 B
3 B
4 B
5 D
6 D
7 D
8 D
9 C
10 D
11 C
12 D
13 C
14 B
15 D
16 D
17 B
18 C

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