Custo Frota

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Potencial - Gestão em Transporte

CUSTOS
DE MANUTENÇÃO DE
FROTA:
Peças, Serviço e
Contratos de Manu-
tenção

Apostila Parcial - material demonstrativo


SUMÁRIO

1. Objetivo do manual.

2. Gestão dos Custos de Manutenção


2.1 A importancia da gestão dos custos na frota.
2.2 Principais custos envolvidos - análise.

3. Peças de reposição
3.1 Diferença entre “genuínas”, “originais” e “pirata”.
3.2 Análise da qualidade de uma peça de reposição.
3.3. Comparativo de custos - break even.
3.4 A “Política de Peças” das montadoras.
3.5 Como comprar uma peça de reposição certa.
3.6 A negociação na compra de peças de reposição.

4. Serviço
4.1 Modelos de Manutenção aplicados: estudo.
4.2 Como decidir pela manutenção terceirizada:
- análise de oficinas x concessionárias.
4.3 Manutenções prioritárias.
4.4 Desenvolvendo um projeto de manutenção de frota.
4.5 Contrato de Manutenção: fazer ou não fazer?

5. A Manutenção no Frete
5.1 Contribuição do custo de manutenção sobre
o custo do frete
5.2 Planilhas de controle

Potencial - Gestão em Transporte


Potencial - Gestão em Transporte

1. Objetivo do Manual

Este manual é o fruto da experiência de longos


anos dos autores com manutenção de frotas, trei-
namento e análise de custos. Não foram poucas as
reuniões difíceis que participaram e onde decisões
de grande impacto sobre a empresa tiveram que ser
tomadas. Neste material toda o conhecimento com
transporte rodoviário de carga e passageiro e
montadoras será relatado de forma simples e prática.

Divido em cinco partes, o manual investigará a fundo as principais técnicas


de gestão de custos de manutenção dentro de uma transportadora, passan-
do pela decisão de compra de peças genuínas, originais ou não até opção de
contratos de manutenção.

Aquilo que as motadoras também chamam internamente de “política de


pós-venda” será apresentado e discutido, assim como a estrutura que ope-
ram junto ao mercado.

Este manual é especialmente indicado para gestores de frota - quer


supervisores, gerentes ou proprietários - também vemos muita aplicação
dele para o pessoal que trabalha com a compra de peças e serviços dentro
da transportadora.

Para sua melhor aplicação ele deve ser lido em conjunto com o manual
Gestor de Fretes” que pode ser adquirido através da nossa homepage:
www.potencialgt.com.

O entendimento do conteúdo requer um mínino de conhecimento sobre o


TRC e TRP - transporte rodoviário de carga e transporte rodoviário de passa-
geiros.
2. Gestão dos Custos de Manutenção

Poucas pessoas se dão conta, mas é mais fácil gerenciar


as despesas de manutenção de uma empresa de trans-
porte de passageiro do que de cargas. E por quê? Esta,
apesar de ser uma pergunta fácil, requer uma resposta
bastante complexa; mas em primeiro lugar é porque o
transporte rodoviáriod e cargas não é regulamentado.
A falta de regulamentação há anos impede que as trans-
portadoras de cargas possam equalizar seu fluxo de
caixa. Tal situação também possibilita a entrada de qual-
quer pessoa no mercado já que não existe, e provavel-
mente nunca exitirá no Brasil, a reserva de linhas, a exclusividade de explo-
ração, como acontece com o transporte de passageiros. Isso oportuniza o
surgimento de novas empresas de transporte de carga todos os dias e todas
dispostas a competir de forma desigual com a sua. Diante de tal cenário, ter
TODAS as contas controladas para conhecer o limite é da maior importância.
Embora as montadoras lancem frequentemente ‘pacotes” promocionais de
peças e serviços” para atraí-lo, o que decidirá são os números que aparecem
na ponta do lápis...mas se sua empresa não estiver com o “lápis” apontado,
poderá sofrer sérios prejuízos quer pela tomada de decisão ou quer pela não
tomada de decisão, por exemplo ao aceitar ou recusar um pacote promocional
de uma concessionária.

Potencial - Gestão em Transporte


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2. Peças de reposição.

Existem três custos fundamentais dentro de uma transportadora e que não


podem deixar de ser abordados em nenhuma reunião, não importa o esco-
po, seja ela de “follow-up”, seja da ISO, seja para decidir sobre um contrato
ou não. Estes custos são:

Combustível

Pneus

Manutenção

Combustível

É sabido que os dois primeiros custos indicados acima são exaustivamente


discutidos no transporte onde existem empresas de renomada competência
para ajudar a sua transportadora. No setor de combustível um dos gigantes
na administração de custos é o CTF da Brasdeco. Os relatórios proporciona-
dos pelo software do CTF são muitos bons, o único problema que eventual-
mente as UVs apresentam problemas e podem distorcer os relatórios de
forma a torná-los inúteis; mexidas em tacógrafo, reparações no tanque etc
comprometem totalmente as informações do CTF se voce não ajustá-lo cada
vez que mexer nestes componentes, este cuida é fundamental. à medida
que sua empresa vai testando o sistema CTF percebe alguns truques que os
motoristas podem se valer para “confundir” o sistema de controle de frota
como por exemplo nunca encher o tanque totalmente; isso melhora a média
da frota, engana resultados e trás seríssimas complicaçoes para sua gestão,
portanto cuidado! Lembre-se de que todo sistema é falho e tudo é uma
questão de tempo descobrir como estas coisas podem ser burladas. Crie
mecanismos que possam dificultar tais ações.

Entendemos ser fundamental apresentarmos algumas soluções importantes


para sua empresa na gestão de combustível. Vamos primeiro discutir o sis-
tema Bradesco - CTF
Pneus

Seguindo o combustível nós temos o pneu ocupando o segundo maior custo


na gestão da frota. Assim como o combustível, sua empresa também pode
contar com excelentes softwares desenvolvidos especialmente para o con-
trole pneus. Uma boa identificação como marcação
de fogo é fundamental para o primeiro passo nesta
direção, outra é fazer extensas visitas mas empre-
sas revendedoras de pneus e de recapagem; nor-
malmente estas últimas tem excelentes opções de
softwares para sua empresa e melhor ainda, sem
custo algum, como o caso do software Bandag.

Algumas empresas disponibilizam seus softawares


limitando-os a um número de pneus, ou seja, de registros, a partir de um
determinado número é preciso fazer um upgrade e isso vai lhe custar um
pouco, o que inclui uma mensalidade, portanto analise com cuidado as op-
ções disponíveis.

Outra concorrente da Bandag é a Drebor. Sua matriz é em Cuiabá mas tem


representante em todo o país. A Drebor é a única empresa brasileira de
recapagem com patente concedida pelo INPI - Instituto Nacional de Propri-
edade Industrial. Seu sistema de recapagens é bastante avançado não per-
dendo em absolutamente nada para a concorrecia. A Drebor também ofere-
ce seu software de gestão de pneus gratuitamente e contrário da Bandaga,
não limita o sistema a um número máximo de pneus.

Ao decidir por uma empresa de recapagem, observe bem como é feita a


análise do pneu; lembre-se que a qualidade dos seus motoristas e da gestão
da sua frota é fundamental. As temperaturas que os pneus trabalharam, o
tipo de estrada que rodou, a calibragem, tudo isso influencia na reutilização
das carcaças.

Passaremos agora a discutir os modelos de softwares para gestão de pneus


disponibilizados no mercado e a real utilidade de cada um e o que cada
empresa oferece em termos reais de vantagens para voce.

Potencial - Gestão em Transporte


Potencial - Gestão em Transporte

Manutenção

Na manutenção da sua frota voce deve ob-


servar duas situações: os custos com peças
de reposição e os custos com serviço. Am-
bos tem sua importância de devem ser ana-
lisados criteriosamente.

Uma das primeiras perguntas que voce deve


fazer é “ Minha empresa possui uma política de compra de peças de reposi-
ção?” Se a resposta for não, procure resolver esta pendência com a máxima
urgência me a deixa bem claro junto ao seu departamento de compras, que
aliás deve manter uma apertada interação como setor de frota. A política de
compra de peças deve estar ligada à política comercial, aos tipos de clientes
que sua transportadora tem, ao modelo de transporte que você opera; mais
à frente detalharemos como isso influencia sua decisão pela compra de pe-
ças “genuínas’, “originais” ou do “paralelo”.

Neste momento nós vamos discutir a diferença conceitual entre aquilo que
o mercado chamada de peças “genuínas’, “originais” ou do “paralelo”.
Vamos iniciar com aquilo que as motadoras chamam de peças genuínas.

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