Espectro Eletromagnético

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Espectro eletromagnético

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O espectro (português brasileiro) ou espetro (português europeu) eletromagnético é o intervalo
completo de todas as possíveis frequências da radiação eletromagnética. O espectro
eletromagnético se estende desde as ondas de baixa frequência, ondas de rádio, até as de
maior frequência como as da radiação gama.

Índice
[esconder]

 1Descoberta
 2Extensão
 3Interações
 4Ver também
 5Referências

Descoberta[editar | editar código-fonte]


Durante muito tempo, a luz era a única parte conhecida do espectro eletromagnético.
Os gregos antigos tinham a noção de que a luz viajava a forma de linhas retas, chegando
a estudar algumas de suas propriedades, que fazem parte do que atualmente
denominamos óptica geométrica. Foi somente nos séculos XVI e XVII que o estudo da luz
passou a gerar teorias conflitantes quanto a sua natureza.
A primeira descoberta de ondas eletromagnéticas além da luz ocorreu em 1800,
quando William Herschel descobriu a radiação infravermelha.[1] Em seu experimento,
Herschel direcionou a luz solar através de um prisma, decompondo-a, e então mediu
a temperatura de cada cor. Ele descobriu que a temperatura aumentava do violeta para
o vermelho, e que a temperatura mais alta se encontrava logo após o vermelho, numa
região em que nenhuma luz solar era visível.
No ano seguinte, Johann Wilhelm Ritter realizou estudos na outra ponta do espectro
visível e percebeu a existência do que ele chamou de "raios químicos" (raios de luz
invisíveis que provocavam reações químicas), que se comportavam de forma semelhante
aos raios de luz violeta visíveis, mas que estavam além deles no espectro. O termo "raios
químicos" foi posteriormente renomeado radiação ultravioleta.
A radiação eletromagnética foi pela primeira vez relacionada com o eletromagnetismo em
1845, quando Michael Faradaypercebeu que a direção de polarização da luz que passava
por um material transparente respondia a um campo magnético. Esse fenômeno foi mais
tarde denominado Efeito Faraday. Durante a década de 1860, James Maxwell mostrou
que, a partir das equações de Maxwell, era possível encontrar uma equação de onda para
descrever a propagação do campo elétrico e outra para o campo magnético. Analisando a
velocidade dessas ondas do ponto de vista teórico, Maxwell descobriu que elas deviam
viajar à velocidade da luz, o que o levou a inferir que a própria luz deveria ser uma onda
eletromagnética.
As equações também previam um número infinito de frequências para as ondas
eletromagnéticas, todas elas viajando à velocidade da luz. Esse foi o primeiro indício da
existência que um espectro eletromagnético completo.
A previsão de ondas de Maxwell previa também ondas de frequências muito baixas,
quando comparadas ao infravermelho. Na tentativa de provar as equações de Maxwell e
detectar essas radiações de baixa frequência, em 1886 o físico Heinrich Hertz construiu
um aparelho para gerar e detectar o que hoje chamamos de ondas de rádio. Hertz
encontrou as ondas e foi capaz de inferir, medindo seu comprimento e frequência, que
elas viajavam à velocidade da luz. Hertz também demonstrou que a nova radiação poderia
ser refletida e refratada, da mesma forma que a luz.
Em 1895 Wilhelm Röntgen percebeu um novo tipo de radiação emitida durante um
experimento com um tubo com vácuo sujeito à alta voltagem. Ele chamou essa radiação
de raios-X e descobriu que eles eram capazes de atravessar partes do corpo humano mas
eram refletidos ou parados por materiais densos, como os ossos, e passaram a ser
amplamente usados na medicina.
A última porção do espectro eletromagnético foi completado com a descoberta dos raios
gama. Em 1900 Paul Villard estava estudando as emissões radiativas do radium quando
ele identificou um novo tipo de radiação que ele primeiramente pensou se tratar de
partículas semelhantes às conhecidas partículas alfa e beta, mas com a propriedade de
serem bem mais penetrantes que ambas.
Entretanto, em 1910 o físico William Henry Bragg demonstrou que os raios gama eram
uma radiação eletromagnética, e não partícula, e em 1914, Ernest Rutherford (que havia
nomeado a radiação de raios gamas em 1903 quando percebeu que eles eram
fundamentalmente diferentes de partículas alfa e beta) e Edward Andrade mediram seus
comprimentos de onda e descobriram que os raios gama eram semelhantes ao raio-x,
porém com comprimentos menor e maior frequência.

Espectro Eletromagnético

Extensão[editar | editar código-fonte]


Ondas eletromagnéticas são normalmente descritas por qualquer uma das seguintes
propriedades físicas: frequência (ƒ), comprimento de onda (λ), ou por energia de foton (E).
O comprimento de onda é inversamente proporcional a frequência da onda, a qual
representa o números de períodos existentes na unidade de tempo.[2] Desta forma, raios
gama tem comprimentos do tamanho de frações do tamanho de um átomo, enquanto o
comprimento de ondas no extremo oposto do espectro podem ser tão grandes quanto o
universo. A energia de um fóton é diretamente proporcional à frequência de onda, portanto
os raios gama possuem a maior energia, enquanto ondas de rádio possuem energias
extremamente baixas.
Essas relações são ilustradas pelas seguintes equações:

Onde:

 c = 299792458 m/s é a velocidade da luz no vácuo e


 h = 6.62606896(33)×10−34 J s = 4.13566733(10)×10−15 eV s é a constante de
Planck.

Numa onda harmônica o comprimento de onda, , e a frequência, , não

podem variar independentemente, mas estão relacionadas por .


Dada a frequência ou o comprimento de onda, é possível classificar a onda dentro do
{espetro eletromagnético} e determinar as suas propriedades. O valor máximo dos
campos determina a intensidade mas não a classificação no espetro.[3]

Em princípio, podem existir ondas eletromagnéticas com qualquer valor de entre

0e .
Alguns exemplos de ondas eletromagnéticas são as ondas de rádio e de
comunicações móveis, as ondas usadas num forno de micro-ondas para aquecer os
alimentos, e a própria luz. O que distingue uma dessas ondas da outra é a sua
frequência, ou de forma equivalente, o seu comprimento de onda. A Figura acima
mostra o espetro eletromagnético identificando algumas das ondas comuns.
Usualmente, a radiação eletromagnética produzida por um sistema não tem uma

frequência única , como no caso das ondas harmônicas, mas é uma


sobreposição de ondas harmônicas com uma distribuição de frequências particular.
Por exemplo, a luz solar tem um espetro contínuo de frequências na banda visível, que
pode ser separado por meio de um prisma.

Dentro de um meio diferente do vácuo, a constante de Coulomb na equação

da velocidade da luz deverá ser dividida pela constante dielétrica do meio.


Isso conduz a uma velocidade da luz menor; por outro lado, no vidro a constante
dielétrica diminui com o aumento da frequência e o índice de refração é inversamente
proporcional à velocidade da luz. Assim o desvio da luz quando passa por um prisma
de vidro é maior para a luz com maior frequência (violeta) e menor para as diferentes
cores. A luz branca é separada nas diferentes frequências na passagem pelo prisma.[3]
Uma carga em repouso cria à sua volta um campo que se estende até ao infinito. Se
esta carga for acelerada haverá uma variação do campo eléctrico no tempo, que irá
induzir um campo magnético também variável no tempo (estes dois campos
são perpendiculares entre si). Estes campos em conjunto constituem uma onda
electromagnética (a direcção de propagação da onda é perpendicular às direcções
de vibração dos campos que a constituem). Uma onda electromagnética propaga-se
mesmo no vácuo.
Maxwell concluiu que a luz visível é constituída por ondas electromagnéticas, em tudo
análogas às restantes, com a única diferença na frequência e comprimento de onda.
De acordo com a frequência e comprimento de onda das ondas eletromagnéticas
pode-se definir um espectro com várias zonas (podendo haver alguma sobreposição
entre elas).

Interações[editar | editar código-fonte]


As interações eletromagnéticas interagem com a matéria de diferentes formas ao
longo do espectro. Os tipos de interações podem ser tão diferentes que se pode referir
a elas como diferentes tipos de radiações. Ao mesmo tempo há uma continuidade
entre as diferentes radiações. Por este motivo, dividimos o espectro baseado em suas
diferentes interações com a matéria.

Região do
Principais Interações com a Matéria
Espectro

Oscilações coletivas de partículas (oscilação plasma). Um exemplo seria a


Radio
oscilação de elétrons em uma antena.

Microondas Oscilação plasma, rotação molecular

Infravermelho Vibração molecular, oscilação plasma (apenas em metais)

Visível Excitação de elétron molecular, oscilação plasma (apenas em metais)

Excitação molecular e de elétrons de valência, incluindo ejeções de


Ultravioleta
elétrons (efeito fotoelétrico)

Excitação e ejeção de elétrons, Efeito Compton (para números atômicos


Raio-x
baixos)

Ejeção energética de elétrons do átomo, Efeito Compton (para todos os


Raios gama números atômicos), excitação do átomo do núcleo, incluindo dissociação
do núcleo

Criação de pares de partícula-antipartícula. Um único fóton de alta energia


Raios gama de alta
pode criar várias partículas de alta energia e antipartículas através da
energia
interação com a matéria

Ver também[editar | editar código-fonte]

A Wikipédia possui a categoria:


Espectro eletromagnético
 Eletromagnetismo
 Força eletromagnética
 Equações de Maxwell

Referências
1. Ir para cima↑ «Herschel Discovers Infrared Light». Cool Cosmos Classroom activities
2. Ir para
cima↑ http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/ondas/compr_onda_periodo_frequencia
/
3. ↑ Ir para:a b [ Eletricidade e Magnetismo. Porto: Jaime E. Villate, 20 de março de 2013.
221 págs]. Creative Commons Atribuição-Partilha (versão 3.0) ISBN 978-972-99396-2-
4. Acesso em 21 jun. 2013.

A fotônica (português brasileiro) ou fotónica (português europeu) é a ciência da geração, emissão,


transmissão, modulação, processamento, amplificação e detecção da luz.[1] Em particular
no espectro visível e infravermelho próximo, mas que também se estende a outras porções
do espectro, incluindo o ultravioleta (comprimento de onda de 0,1 a 0,4 µm), infravermelho
de onda larga (8 - 12 µm) e infravermelho distante (75 - 150 µm), onde atualmente estão
desenvolvendo de maneira ativa os lasers de cascata quântica. A fotônica surge como
resultado dos primeiros semicondutores emissores de luz inventados no início da década
de 1960 pela General Electric, MIT Lincoln Laboratory, IBM, e RCA e viabilizados na
prática por Zhores Alferov e Dmitri Z. Garbuzov e colaboradores que trabalhavam
no Instituto Ioffe e quase simultaneamente por Izuo Hayashi e Mort Panish que
trabalhavam nos Bell Telephone Laboratories. O termo fotônica enfatiza que os fótons não
são apenas partículas nem apenas ondas, mas eles têm propriedades de ambas.

Ler livro de fotônica e comunicações ópticas.

O que os metamateriais ao interagir com a estrutura estudada pode proporcionar?

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