Marketing Digital para Empresas de Teconologia
Marketing Digital para Empresas de Teconologia
Marketing Digital para Empresas de Teconologia
empresas de tecnologia
Como uma estratégia de conteúdo pode gerar
vendas e posicionamento no mercado B2B
Sumário
Prólogo.....................................................................................................................................................................03
Introdução................................................................................................................................................................05
O que uma empresa de tecnologia precisa ter para desenvolver Marketing Digital B2B........................ 14
Fazer o processo internamente ou terceirizar as etapas? O que vale a pena para minha empresa?...32
Conclusão................................................................................................................................................................36
Uma grande ideia se torna um produto ou serviço útil para pessoas e organizações. Ge-
ralmente, assim começa a história de uma empresa de tecnologia. Nela, especialistas
nas mais distintas áreas usam seu conhecimento para inovar – porém, nem sempre es-
ses técnicos têm expertise comercial ou tino marketeiro para levar suas ofertas até o
público desejado. Somado a isso, negócios nascentes têm pouca verba disponível para
investimento em mídia e treinamentos comerciais. Como superar esses desafios? A in-
ternet pode ajudar a virar esse jogo.
Adilson Silveira
Depois de dez anos trabalhando com o setor de tecnologia e inovação, observei o nosso segmen-
to passar por uma mudança importante. Nossas empresas não oferecem mais produtos. Agora,
oferta-se solução. Não é apenas uma mudança de termos, mas o início de uma nova percepção
que afeta todos os setores de uma organização – inclusive o marketing.
O conceito de “solução tecnológica” é bem mais concreto e adequado para nossa situação atual.
Afinal, a tecnologia é usada geralmente para solucionar um problema, seja operacional (fazer algo
funcionar melhor, automatizar um processo, entre outros fatores) ou estratégico (gerar insights,
registrar informações e apontar caminhos, por exemplo).
Só que há um problema: enquanto o desenvolvimento de produto avançou muito, nem todo depar-
tamento de marketing conseguiu acompanhar o processo. Em alguns casos, ainda são produzi-
das campanhas para vender produtos.
Essa abordagem mais outbound, focada na promoção de produtos para que sejam vistos pelas pes-
soas, funciona em alguns casos. Porém, ela falha em setores mais pontuais, como tecnologias se-
toriais B2B. Como convencer o consumidor (ou o tomador de decisão) a comprar se existem várias
“soluções” no mercado? Por que ele deveria preferir sua empresa, e não o concorrente mais barato?
Essa publicidade é suficiente para mostrar tudo o que sua organização é capaz de oferecer?
Por isso, nos últimos anos, observamos uma mudança na gestão de marketing de algumas empre-
sas de tecnologia: no lugar de oferecer produtos, fazem promoção de soluções para os problemas
Trabalhar o marketing como provedor de soluções gera uma consequência positiva: as pessoas
passam a procurá-lo em busca de informações (e levam esse conhecimento em conta na hora de
tomar uma decisão de compra). É a diferença entre uma estratégia antiquada e uma ação inova-
dora. Acredito que, dentro desse novo cenário, o Marketing Digital é capaz de gerar mais oportuni-
dade para uma empresa. Com uma boa estratégia e planejamento, é possível abandonar o dogma
do departamento de marketing como centro de custo e transformá-lo em um gerador de receita e
crescimento para sua empresa.
Neste eBook, vamos mostrar as oportunidades que o Marketing Digital B2B pode gerar para em-
presas de tecnologia e como elas podem implantar essa metodologia agora mesmo. Separamos
o material em alguns capítulos: no primeiro, apresentamos o conceito de marketing como gerador
de oportunidades (e por que ele cai bem no segmento de TI). Depois, apontamos os pré-requisitos
para começar uma estratégia de Marketing Digital e explicamos o funcionamento da metodologia
que usamos nos nossos clientes. Ao final desse conteúdo rico, esperamos que você esteja apto (e Rodrigo Lóssio
convencido) a adotar esse método e gerar melhores resultados na sua empresa. Diretor da Dialetto
Rodrigo Lóssio
Esse tipo de abordagem, que funcionou durante muito tempo, pode trazer resultados se execu-
tada de maneira correta, mas nem sempre é possível mensurar o quanto essas campanhas
geraram de resultado para sua empresa e principalmente medir qual o retorno exato sobre os
recursos financeiros investidos. Uma pesquisa da Columbia Business School, feita com 253
executivos de marketing em grandes empresas dos EUA, aponta que 22% dos entrevistados
usam apenas o “conhecimento de marca”, difícil de medir, como métrica para definir os investi-
mentos em marketing.
Quando comparamos esse modelo com os investimentos online nos deparamos com uma rea-
lidade em que, com uma boa plataforma e uma estratégia consistente de marketing digital, tudo
pode ser mensurado. Para cada ação feita na web, é possível averiguar sua resposta e efetivida-
de em exemplos como:
• Quais canais foram mais efetivos na geração de Leads que viraram clientes;
• Qual tipo de informação o seu potencial cliente está buscando antes de comprar.
No caso das empresas de tecnologia, que geralmente precisam de métricas claras para justificar a
manutenção, alteração ou lançamento de um produto essa metodologia é bem sedutora porque é
capaz de transformar o marketing, que em general é um centro de custos em um grande gerador
de oportunidades. Isso acontece porque o marketing passa a realizar as seguintes ações:
• Educar esses contatos através de conteúdos exclusivos para que eles possam amadurecer no
processo de vendas e caminhar no funil comercial;
• Analisar os resultados obtidos com cada ação e também a efetividade dos canais de comuni-
cação e, com isso, aumentar o investimento nos espaços que trazem mais retorno.
É muito provável que com essa mudança na qualidade das oportunidades o seu ciclo de ven-
das também seja diminuído, pelo menos no que diz respeito a etapa de aceitação do problema e
construção da solução.
Os primeiros anos do blog foram dedicados aos empreendedores da área de call center e às centrais de pequeno porte.
Dúvidas e problemas cotidianos dos gestores e colaboradores eram discutidos em posts e conteúdos ricos. Em alguns
meses, toda a pauta de conteúdo do blog foi construída em cima de sugestões de leitores.
Além de se firmar no mercado como referência na área de call center, a Teclan colheu excelentes resultados finan-
ceiros. Só em 2013, metade das vendas feitas pela empresa vieram dessas ações. Os textos do blog da Teclan são
reproduzidos em portais setoriais e o caso de sucesso ganhou reportagens em veículos como o Estadão.
Neste tópico , vamos apresentar alguns conceitos básicos da metodologia inbound. Se você tem
familiaridade com ela, fique à vontade para pular até o próximo tópico.
Comecemos pelo outbound marketing. Chamado de marketing de interrupção por alguns au-
tores, ele se baseia em correr atrás do consumidor. Em suma, trata-se de buscar espaços (digi-
tais ou físicos) visitados pelo seu público-alvo e, nestes locais, oferecer mensagens e/ou anúncios.
Essa estratégia mais tradicional funcionava muito bem antes da internet e, apesar de ainda ser útil
em alguns casos, tem algumas limitações. São elas:
• Cada vez mais consumidores deixam de ser impactado por anúncios tradicionais. Em alguns ca-
sos, principalmente na web, algumas pessoas fogem ou ignoram espaços com publicidade. Para
eles, o outbound marketing não funciona.
• Além disso, estratégias outbound para o público B2B devem ser diferenciadas. Não adianta contra-
tar um fornecedor especializado em B2C e usar suas técnicas. É muito difícil que alguém contrate
um ERP apenas por que viu um outdoor na rodovia ou um anúncio na revista do dentista.
Com o Inbound Marketing é possível atrair o potencial cliente para os canais online da empresa e
dessa forma dar início à captura de contatos e ao relacionamento com as oportunidades em po-
tencial. Separamos uma sequência que explica de forma simplificada como funciona:
• A empresa cria conteúdo informativo e relevante para seu público B2B com o objetivo de respon-
der aquelas dúvidas mais frequentes que o seu departamento comercial está acostumado . Não
é propaganda, jabá ou informação do seu produto – é informação relevante para o negócio do
seu Lead. O canal da empresa pode ser desde um blog até um portal. Em todos os casos, a área
de atuação da organização vai guiar a linha editorial: uma empresa que possui como produto um
CRM vai falar de relacionamento com cliente ou técnicas de vendas, por exemplo.
Em suma, esse canal digital serve para oferecer conteúdos sobre a área de especialidade de
empresa. A organização, aos poucos, vai se tornando autoridade naquele assunto.
• O conteúdo desse canal digital deve estar fundamentado por uma estratégia e focado nos
públicos-alvo dessa organização (também conhecidos como personas).
• Por afinidade com os conteúdos, esses consumidores começam a frequentar seu canal digital.
Eles também podem encontrá-lo pelos mecanismos de busca ou via mídias sociais.
• Nem todas as pessoas que chegam até seu canal digital estão prontas para comprar seu produ-
to. É possível que a maior parte dos visitantes queira apenas se informar sobre certos assuntos,
enquanto uma parcela menor já está na fase de decisão de compra, avaliando se seu produto
• Neste canal digital, sua empresa também pode oferecer materiais mais aprofundados: eBooks,
white papers, webinars, modelos de trabalho (como planilhas) e outros tipos de conteúdos ricos.
Um exemplo é a página de materiais da Resultados Digitais.
Todos esses materiais são gratuitos. Porém, para baixá-los, o usuário precisa deixar alguns dados.
Neste momento, você conhece melhor os seus prospects. Eles deixam de ser apenas visitantes
anônimos e tornam-se Leads.
• Quando um visitante se torna Lead, ele começa a receber campanhas e comunicações produzidas
pela sua empresa. Ele receberá essas mensagens de acordo com a estratégia traçada e com a
jornada de compra definida anteriormente.
Na medida em que esse Lead vai recebendo materiais e deixando mais dados, a empresa tem
condições de definir quais desses Leads são mais interessantes para sua empresa abordar. Em
outras palavras, você qualifica esses contatos de forma manual ou automatizada em um proces-
so conhecido como Lead Scoring.
• Em um certo momento, o Lead já avançou bastante nos seus conteúdos e demonstrou interes-
se ou abertura para receber uma abordagem comercial. Nesse ponto, surge uma oportunidade
que será trabalhada pelo departamento comercial.
• A abordagem que o comercial fará deve levar em conta todo o histórico de conteúdo e conver-
sões feitas por esse Lead. Chamamos esse processo de Inbound Sales.
Empresas de tecnologia bem-sucedidas no Marketing Digital focado para o segmento B2B têm
algumas características em comum. Por isso, se você pretende começar ações nessa linha, con-
sidere os seguintes pressupostos:
Estratégia
Se você acompanha artigos e textos de Marketing Digital, deve ter visto excessivas vezes que “o
conteúdo é rei”. Sim, conteúdo é ótimo, mas ele é fim ou meio de um projeto de Marketing Digital?
O conteúdo produzido para a sua empresa só será efetivo se estiver fundamentado em uma
estratégia bem consistente de geração de oportunidades comerciais, upsell, crosselling,
engajamento ou qualquer outra métrica relacionada a seu negócio. Em suma, o conteúdo deve
servir à estratégia de negócio da empresa.
Quando você decidir montar as suas ações de marketing, as primeiras coisas em que você deve
pensar são:
• Quais expertises a empresa quer mostrar ao público nessa estratégia (no que somos bons e pelo
que queremos ser reconhecidos);
• Quais canais o meu público está presente e se minha empresa pode estar neles;
• Qual conteúdo é mais adequado para o público-alvo (que dúvidas a minha empresa quer
solucionar);
• De quais formas você vai converter os visitantes do seu canal digital em Leads (via Landing Pa-
ges de materiais educativos, pedidos de avaliação, testes gratuitos são alguns exemplos);
• Após capturar esse Lead, de que forma sua empresa vai se relacionar com ele (Email Marketing,
mídias sociais, telefone, entre outros canais);
• Qual é a trajetória que o Lead precisa percorrer dentro dos seus conteúdos antes de ser aborda-
do pelo time comercial, definida pela Jornada de Compra;
• Quais pontos desse processo são manuais e quais podem ser automatizados.
• Medir a efetividade de conversão dos seus conteúdos (como eles estão trazendo novas
oportunidades);
• Acompanhar a efetividade das campanhas organizadas via Email Marketing (abertura, cliques,
efetividade em compras);
Depois de ter estratégia definida e plataforma instalada, vale a pena apostar na produção desse
conteúdo. O material pode ser produzido internamente ou redigido por especialistas em textos.
Em ambos os casos, todo o material feito deve ser adequado para o público-alvo (personas) e
com os objetivos da empresa, traçados na estratégia.
É normal que muitas empresas acabem travando nesse ponto. Principalmente quado estamos falan-
do de empresas que possuem ofertas muito técnicas ou complexas porque acreditam que é quase
impossível tornar o que oferecem simples de ser explicado ou interessante para um público maior.
Se a sua empresa se encontra no primeiro cenário, vale lembrar que o conteúdo não deve ser
um manual de uso da sua solução, e sim estar mais conectado a estratégia que você auxilia a
implementar. Ou seja, se você oferece uma plataforma para gestão de processos fiscais comple-
xos que estão integrados com sistemas de ERPs, você não precisa explicar como todo o proces-
so de integração funciona, já que muitas pessoas podem estar buscando apenas uma forma de
otimizar o processo de faturamento da empresa (o conteúdo de topo de funil ou de uma oferta
indireta). Este post te dá algumas dicas para escolher melhor o momento de cada conteúdo.
Se a sua realidade está mais ligada ao segundo ponto, vale lembrar que muitas vezes os primeiros
conteúdos já estão prontos dentro da empresa e o que precisa ser feito é apenas organizar melhor
como esse conteúdo será disponibilizado. É possível desenvolver o conteúdo através de vídeos ou
webinars ao vivo que podem ser feitos com a webcam do seu computador. Outro modelo que fun-
ciona super bem são os templates, um exemplo bastante comum é uma empresa de consultoria
técnica onde os vendedores utilizam uma planilha para diagnóstico do negócio. Essa planilha, ou
parte dela, poderia ser adaptada para ser uma primeira oferta para captura.
Se a sua intenção é trabalhar com uma estratégia que também gere vendas ou melhore o relacio-
namento com os seus atuais clientes, o uso de pontos de conversão é essencial. Em alguns es-
paços do seu canal digital, é importante dispor call-to-actions convidando o visitante a realizar
• Deixe claro que aquelas informações não serão usadas para spam1;
• Tenha o bom senso de não pedir muitas informações. Pegue o suficiente para começar a se
relacionar com o Lead;
• Você pode colocar dados diferentes em formulários distintos. Dessa forma, você vai comple-
mentando aos poucos o cadastro do Lead sem ser muito agressivo;
É provável que, com o aumento de Landing Pages no seu site, seus visitantes comecem a se tornar
Leads (contatos). Porém, não basta inserir esses contatos no seu mailing, disparar uma newsletter
sobre a sua empresa ou inundar o Lead com e-mails de propagandas e esperar que eles te liguem
para comprar, principalmente se estamos falando de produtos complexos e de alto valor agregado.
Esse trabalho de nutrição de Leads pode ser feito de várias formas. O meio mais tradicional é o
uso de Email Marketing informativo. É possível, por exemplo, enviar newsletters periódicas com
conteúdos do seu canal digital, ou mensagens convidando para baixar novos conteúdos ricos.
Para tornar esse processo ainda mais próximo do que seria feito por um vendedor, recomenda-se
que você invista em templates que transmitam proximidade com o seu Lead e possuam um trata-
mento pessoal. Evite também emails como [email protected] ou news@suaempresa.
com e de preferência para que as campanhas sejam enviadas em nome das pessoas que irão tra-
tar com esses potenciais Leads em caso de resposta. Além de ser uma boa prática para aumentar
as chances de evitar o spam, você ganha valor no relacionamento.
Se a sua empresa possui uma grande equipe de vendedores que estão na rua, é possível automa-
tizar essa nutrição, distribuindo os contatos e personalizando o envio dos emails com o nome de
cada vendedor e assim você ganha mais uma vez a escalabilidade que as empresas necessita.
Outro meio de relacionamento eficiente é via mídias sociais. Postagens periódicas, posts focados
em engajamento e divulgações via social media ajudam a escoar seus conteúdos e criam um re-
lacionamento mais próximo com a sua base. Se quiser saber mais sobre o assunto, a Resultados
Digitais disponibiliza um curso completo no assunto nesse link.
Em linhas gerais, um Lead qualificado costuma ter um perfil ideal (ou seja, está próximo das perso-
nas que você definiu) e já demonstrou certa intenção de compra. Este gráfico da Resultados Digi-
tais demonstra bem o limite ideal para a qualificação:
()
Perfil Ideal
Leads Qualificados
Perfil Bom
Perfil Ok
Leads Não-Qualificados
Aprendizado/ Reconhecimento Consideração Avaliação
Descobrimento do Problema da Solução e Compra
O importante é lembrar que em uma empresa de tecnologia que utiliza, ou quer utilizar, o modelo
inbound, o arranjo mais comum entre as áreas é:
• Marketing cria ações para atrair Leads e qualificá-los como oportunidades comerciais;
• O setor comercial usa o histórico do contato para fazer uma abordagem mais assertiva e realizar
vendas.
Esse formato pode mudar de acordo com a organização, que pode definir diferentes momentos
para a passagem do Lead do marketing para vendas. De todo modo, é importante ter na sua em-
presa dois papeis bem definidos: alguém para fazer a qualificação e outra pessoa para trabalhar a
venda para os Leads qualificados.
As ações de que serão realizadas para concluir o processo de vendas da sua empresa vai depen-
der muito do modelo de abordagem que a sua equipe comercial decida adotar. Quando estamos
falando de empresas de tecnologia geralmente temos dois caminhos possíveis.
O primeiro vai na linha da venda com a participação direta de um vendedor, seja esse contato
realizado no modelo tradicional com visitas aos clientes, no modelo inside onde os contatos são
Se a sua empresa trabalha com o primeiro modelo você deve levar em conta que os leads gerados
no modelo inbound não são prospects comuns. Esses “Leads Inbound” chegam até os canais digi-
tais da sua empresa com um interesse específico: informação para tirar uma dúvida/resolver uma
demanda. Além disso, você conta com a vantagem de já conhecer o histórico de relacionamento
dese contato com a sua empresa, o que permite que você faça uma abordagem mais assertiva e
personalizada.
A primeira abordagem quase nunca deve ser focada em produto. Como falamos na introdução,
busque entrar no negócio do seu cliente e perceber como a sua solução agrega valor para a em-
presa. Trabalhe no desevolvimento de um caminho no qual seja possível perceber o quanto a sua
solulção realmente faz sentido, assim você também garante que além de vender mais, você está
vendendo para a empresa certa.
No segundo caso, quando a venda acontece de foma self-service, também é importante utilizar a
qualificação de Leads para entender quando é o momento certo para abordar o contato com uma
oferta mais direta (um teste gratuito ou uma oferta promocional, por exemplo). Para aprender mais
sobre esse processo self-service recomendamos a leitura do eBook “Como transformar Leads em
trials e vender mais”.
Três empreendedores criaram, em 2011, uma rede social corporativa. A proposta da SocialBase é ir além da intranet,
criando ambientes de interação para colaboradores e gestores de empresas de todos os portes. Para divulgar uma so-
lução SaaS, o inbound marketing cai muito bem.
A empresa começou com três sócios e o Blog da SocialBase (que se tornou, futuramente, o portal Cultura Colabora-
tiva). Nesse canal, a empresa publicou textos sobre comunicação interna e engajamento: dois temas bem relevantes
para gestores que possam se interessar por uma rede social corporativa. O blog conta com posts da equipe, textos de
autores convidados, eBooks, white papers, webinars e até uma ferramenta para medir a maturidade da comunicação
interna dentro de uma organização.
A estratégia fundamentada em inbound se mostrou eficaz para seu público-alvo. Em oito meses de estratégia, a em-
presa gerou mais de 3 mil Leads.
Como os recursos humanos na organização eram limitados, a qualificação dos Leads foi fundamental. Com a ajuda
de uma boa estratégia e ferramentas eficazes, a SocialBase conseguiu focar nos Leads relevantes e oferecer versões
de teste da plataforma para 2,1 mil empresas dentro do fit de vendas.
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o processo de inbound marketing e a influência
que ele pode ter para uma empresa de tecnologia é hora de colocar a mão na massa, ou pelo me-
nos no planejamento. Nesse tópico, faremos uma checklist básica para empresas de tecnologia
que querem investir na metodologia.
Perceba que uma estratégia efetiva deve considerar várias personas: desde o decisor, com poder
de compra, até o influenciador, que pode escalar a decisão de compra para um andar acima.
Esse post no Blog do RD Station traz de forma simples uma apresentação sobre como quatro
empresas criaram suas personas e pode te dar algumas ideias.
Depois de definir as personas, pense nas palavras-chave mais relevantes para o seu negócio. Por
meio de quais termos você quer ser encontrado no Google?
Nessa fase, você vai juntar as personas que você gerou com as keywords. Escolha uma palavra-
-chave e uma persona que tenham afinidade. Dessa combinação, tire um tema para um texto.
Lembre-se: todo conteúdo produzido deve estar orientado para uma persona. Se você não resolve
as dores do seu público-alvo, o seu conteúdo é produzido a esmo.
Jornada de compra
Uma etapa mais sofisticada da criação de conteúdo é a jornada de compra (ou buyer’s journey).
Com ela, é possível pensar em materiais para cada fase de interação da persona com o seu con-
teúdo: desde o estágio mais inicial, quando o prospect está aprendendo sobre algum tema, até a
fase final de decisão de compra.
Vamos detalhar cada uma das questões e colocá-las no contexto das empresas de tecnologia:
APRENDIZADO E DESCOBERTA
Nessa fase, o Lead está “tateando” um tema, buscando mais informações a respeito de um assunto.
No contexto das empresas de tecnologia, costumamos ver dois perfis de conteúdos mais comuns
para alimentar essa fase:
Posts-glossário
O bom e velho “O que é X?”. Dentro de um universo técnico, separa-se um conceito e explica-se
como ele funciona;
Inovação e tendências
Todo segmento tecnológico tem inovações e novidades constantes. O elemento factual - ou seja, a
notícia - ajuda a atrair novos leitores para o seu canal digital. Você pode escrever, por exemplo, so-
bre uma tendência explorada no exterior ou algumas práticas inovadoras dentro da área.
RECONHECIMENTO E DESCOBERTA
Uma das maneiras mais eficazes de fazer o Lead avançar dentro da jornada de compra é mostrar
que seus processos podem melhorar. Nessa fase, vale a pena levantar problemas comuns dentro
do seu segmento e explorá-los em textos.
• Tem um problema, mas ainda não encontrou a solução. É importante alertar esse Lead sobre as
consequências desse problema. Aqui, cabe produzir textos como “Quais os riscos que Y pode
trazer para sua empresa”, por exemplo;
• Ainda não identificou um problema concreto, mas está perto disso. Vale produzir textos para
conscientizá-los desses potenciais erros: “3 erros que sua empresa não pode cometer em X”, por
exemplo.
CONSIDERAÇÃO DA SOLUÇÃO
Nessa fase, temos um Lead que já reconheceu o problema. Ele está em busca de soluções - por
isso, quanto mais didático e direto for o texto, melhor. Materiais na linha de “3 maneiras de resolver
X”, “Como acabar com o Y na sua empresa” e “Por que você deve combater Z agora” são relevan-
tes e funcionais.
AVALIAÇÃO E COMPRA
Nessa fase, percebemos que muitos gestores de marketing cometem um erro. Por ser uma fase
mais avançada da jornada de compra, produzem conteúdos puramente comerciais.
Veja bem: para essa etapa, é importante ter materiais comerciais mostrando as vantagens do seu
produto. Mas isso não se aplica a todos os casos. Em alguns contextos, é preciso ajudá-lo a esco-
lher uma solução. Nesse caso, posts como “Quais fatores deve levar em conta antes de comprar X”
funcionam bem.
Quer um bom exemplo de conteúdo comercial que não força a barra do cliente? Ofereça uma
versão de testes da sua solução. Dessa forma, o cliente pode avaliar as vantagens e desvantagens
do seu produto e, futuramente, comprá-lo.
Antes de iniciar o processo de produção de conteúdo vale fazer uma varrida no que já existe dentro
da empresa. Alguns exemplos de conteúdos que já podem estar prontos para promoção ou preci-
sam de pequenas adaptações são apresentações realizadas em eventos, gravações de palestras
ou cursos presenciais, planilhas de diagnósticos, templates e pesquisas de mercado. É uma ótima
forma de testar a estratégia inbound com um investimento menor.
Para começar a capturar seus primeiros Leads é muito importante que você defina o canal de
distribuição dos materiais e como você irá fazer coleta de informação. O site da empresa, as mí-
dias sociais e o Email Marketing são um bom caminho para iniciar. Não se esqueça de que para
efetivar a captura é necessário ter uma Landing Page. Hoje existem diversas plataformas, inclusi-
ve gratuitas, onde é possível criar essas páginas.
Ninguém gosta de spam! Você provavelmente também não gosta de receber emails pelos quais
não se interessa ou com temas que em nada têm a ver com você ou com o momento da sua
empresa. Por essa razão é bastante importante que a gente tenha uma base de contatos bem seg-
mentada por interesses e perfil. Com isso é possível iniciar um relacionamento mais direcionado e
com a linguagem correta para cada público. Você pode fazer esse processo de maneira manual, utili-
zando planilhas ou uma ferramenta capaz de fazer essa segmentação de forma automática.
Automação de marketing
Com uma estratégia bem consolidada, jornada de compra montada e conteúdos produzidos, você
pode automatizar partes do seu Inbound Marketing. Algumas tarefas operacionais, como a cria-
ção de email marketing para leads de acordo com seu estágio na jornada de compra, ficam mais
fáceis se você tiver boas ferramentas de automação de marketing. Se você ainda tem dúvidas se
a automação deve ser implantada vale dar uma lida nesse post.
Veja alguns dos pontos que podem ser automatizados dentro de uma estratégia completa de
Inbound Marketing:
• É possível criar fluxos de emails de acordo com o comportamento do Lead dentro dos seus ca-
nais digitais. Se o usuário manifestou interesse no tema X, ele receberá newsletters e mensagens
sobre esse assunto, ajudando-o a avançar dentro da jornada de compra.
• O software de automação de marketing pode criar tags e ajudar a qualificar os leads dentro da
sua base. Por exemplo: se um visitante baixou um material X ou pediu um trial, ele é automatica-
mente marcado como oportunidade.
Neste eBook você encontra outras possibilidades de automação para otimizar a conversão de
trials em clientes.
A grande dúvida de muitas empresas é se devem terceirizar ou não a estratégia de Marketing Digital,
já que não são especialistas em Marketing Digital e muitas vezes não possuem equipes designadas
a trabalhar essas ações. Algo que é bastante importante de avaliar antes de definir o que fazer é o
quanto a sua empresa pode designar de tempo para gerenciar esse processo.
Vale lembrar ainda que nem todos os processos começam ao mesmo tempo, então existe a
possibilidade de testar o processo com materiais que já existem e processos que já acontecem
como testes gratuitos e Leads que já são gerados. Com o teste finalizado fica mais fácil definir
o que precisa ser terceirizado e o que pode ser realizado internamente. Um outro fator que tam-
bém vai pesar bastante no momento um é o total que pode ser investido, já que um processo de
terceirização possui geralmente um custo significativo.
Nossa recomendação, em linhas gerais, é: internalize se você tem uma pessoa ou um time que
possa se dedicar pelo menos 10 horas por semana para começar o processo. Se quer algo mais
completo e com volume de atividades, mas não possui gente suficiente para implantar o melhor é
optar pela terceirização do processo completo ou de partes dele. Uma estratégia consistente de
conteúdo conta com as seguintes atividades:
Se considerarmos uma estratégia de conteúdo padrão, com estratégia + produção de 2 posts se-
manais e um eBook mensal, você precisará dedicar 116 horas mensais de pessoas com, pelo me-
nos, três papeis: produção de conteúdo, operacionalização + qualificação e design.
Como dissemos no capítulo 2, tudo pode ser mensurado em uma estratégia de Inbound Marketing. Inclusive ações
que têm reflexo em áreas mais tradicionais da comunicação empresarial, como na Assessoria de Imprensa e nas
ações de Relações Públicas.
A gradual migração dos veículos de comunicação impressos para as plataformas digitais e mobile mudaram o ritmo
da produção de notícias nas redações e agências, favorecendo o aproveitamento de conteúdo fornecido pelo setores
público e privado, desde que, claro tenha alguma relevância ao mercado - desenvolvimento de soluções inovadoras,
fusões e aquisições, cases de sucesso, movimentos de internacionalização etc - ou ao usuário final.
Ainda no ambiente digital, há uma miríade de portais e blogs especializados que cobrem os mais diversos setores
de tecnologia e até mesmo suas ações de marketing. A divulgação de materiais ricos ou de releases apresentando
webinars, infográficos e pesquisas, ampliam o escopo de atuação do Inbound Marketing e cobrem, além dos prospects,
um público com alto potencial de influência e poder decisório no processo de compra.
No caso das empresas de tecnologia – repletas de especialistas e desenvolvedores de soluções inovadoras – o con-
teúdo fornecido ao longo do trabalho de Inbound Marketing pode muito bem ser adaptado a formatos clássicos de
divulgação externa utilizados pelos assessores de imprensa, como press releases (exemplo: divulgação de eBook) e
artigos opinativos (a partir de informações e pontos de vista destacados nos posts e conteúdos ricos).
É comum que este trabalho de seleção de veículos prioritários na divulgação de material originado do Inbound
Marketing siga a lógica das personas construídas na fase de construção da estratégia - o que lê meu potencial com-
prador? Quem, qual veículo ou que tipo de informação interessa a ele?
Esperamos que, com esse material educativo, você fique um pouco mais seguro para implantar
uma estratégia de Inbound Marketing dentro de uma empresa de tecnologia. Acreditamos que o
Inbound pode trazer mais oportunidades de negócios e autoridade dentro do seu setor, caso seja
bem executado. Para dar certo, é preciso focar em quatro pontos:
• Operacionalizar bem;
Não importa se você vai fazer internamente ou contratar alguém para fazê-lo - não dá para fugir
desses quatro pontos. Esperamos que os exemplos que apresentamos neste eBook incentivem
você a entrar no Inbound Marketing e experimentar como essa metodologia pode trazer vantagens
para você.
Se você estiver inseguro ou quiser conversar sobre o tema, entre em contato conosco. Nós teremos
muito prazer em bater um papo para entender como as estratégias podem se adaptar a realidade da
sua empresa. Se preferir, também pode agendar uma avaliação gratuita com um dos consultores
da Resultados Digitais.