Guia de Vigilancia em Saude

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Guia

para Gestão
da Vigilância
em Saúde
Procedimentos Operacionais Padronizados

Pernambuco - 2013
Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco
Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde

Guia para Gestão da Vigilância em Saúde


Procedimentos Operacionais Padronizados

1ª Edição

Pernambuco - 2013
Governador de Pernambuco
Eduardo Henrique Accioly Campos

Vice- governador
João Soares Lyra Neto

Secretário Estadual de Saúde


Antônio Carlos dos Santos Figueira

Chefe de Gabinete
Humberto Antunes
Assessora do Gabinete
Joanna Freire
Secretária Executiva de Coordenação Geral
Ana Paula Menezes Soter
Secretário Executivo de Vigilância em Saúde
Eronildo Felisberto
Secretária Executiva de Atenção à Saúde
Tereza de Jesus Campos Neta
Secretária Executiva de Regulação em Saúde
Adelaide Caldas Cabral
Secretária Executiva de Gestão de Pessoas e Educação em Saúde
Cinthia Kalyne de Almeida Alves
Secretário Executivo de Administração e Finanças
Jorge Antonio Dias Correia de Araújo
Superintendência de Comunicação
Thiago Nunes

Secretário Executivo de Vigilância em Saúde


Eronildo Felisberto
Assessoria do Gabinete SEVS
Ana Cláudia Simões Cardoso
Ana Coelho de Albuquerque
Diretora Geral de Informações e Ações Estratégicas da Vigilância Epidemiológica
Patrícia Ismael de Carvalho
Gerência de Informações Estratégicas
Romildo Siqueira de Assunção
Coordenação do Sinan
Andréa Barbosa
Coordenação do Cievs
Patrícia Lima
Coordenação de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar
Maria do Carmo Rocha
Gerência de Monitoramento e Vigilância de Eventos Vitais
Cândida Correia
Coordenação do Sinasc
Idalacy Barreto
Coordenação do SIM
Bárbara Figueiroa
Gerência da Rede SVO
Bárbara Araújo
Diretora Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde
Luciana Caroline Albuquerque Bezerra
Gerência de Monitoramento e Avaliação em Saúde
Juliana Martins
Coordenação de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde
Monik Duarte
Coordenação de Análise e Disseminação da Informação em Saúde
Tereza Farias
Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde
Marcella Abath
Coordenação de Mobilização Comunitária e Promoção de Modos de Vida Saudáveis
Isabella Paes
Coordenação de Vigilância de Acidentes e Violência
Sandra Luzia Souza
Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador
Denise Timóteo
Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos
Roselene Hans Santos
Assessoria da Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos
Sílvia Cabral
Gerência de Prevenção e Controle da Aids e outras DST
François Figueiroa
Coordenação de Prevenção de DST
Djair Sena
Coordenação de Prevenção e Controle da Aids
Khaled Almahnoud
Coordenação de Prevenção das Hepatites
Adriana Cavalcante
Coordenação de Vigilância Ambiental de Riscos Ambientais
Danielle Ferreira
Gerência de Doenças Transmitidas por Micobactérias
Ana Lucia Souza
Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose
Nadianara Araújo
Coordenação do Programa de Controle da Hanseníase
Raissa Alencar
Gerência de Prevenção e Controle das Zoonoses, Endemias e Riscos Ambientais
Bárbara Morgana
Coordenação de Prevenção da Leishmaniose, Raiva e Peste
Francisco Duarte
Coordenação de Prevenção da Esquistossomose
Gabriella Murakami
Coordenação de Vigilância de Chagas, Tracoma e Malária
Gênova Azevedo
Coordenação de Prevenção da Dengue e Febre Amarela
Claudenice Pontes
Gerência de Prevenção e Controle dos Agravos Agudos
Nara Melo
Coordenação de Doenças Imunopreveníveis
Ana Antunes Fonseca
Coordenação de Doença de Veiculação Hídrica e Alimentar
Camila Vasconcelos
Diretor Geral do Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN
Ovídio Araripe
Diretor da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária - APEVISA
Jaime Brito

Apoio Administrativo
Camila Moura
José Everaldo Bezerra Júnior
Marta Ximenes
Ricardo Alex de Lima
Sóstenes Marcelino da Silva Junior
Wanessa Cristina de Souza

Agradecimentos aos Gestores, Técnicos, Residentes e Estagiários que compõem a Secretaria de Saúde do Estado
de Pernambuco e que participaram da equipe de elaboração deste Guia.
© 2013. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não
seja para venda ou qualquer fim comercial.

A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidade da área técnica.

Série A. Normas e Manuais Técnicos


Tiragem: 1.ª edição – 2013 – 3.000 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:


Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.
Rua Dona Maria Augusta Nogueira, 519,
Bongi - Recife-PE
CEP: 50751-530
Telefone: (81) 3184-0104
E-mail: [email protected]
Home page: www.saude.pe.gov.br

Coordenação
Ana Coelho de Albuquerque

Revisão
Eronildo Felisberto
Luciana Caroline Albuquerque Bezerra

Capa e Diagramação
Rafael Azevedo de Oliveira

Ficha Catalográfica

Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.


Guia para Gestão da Vigilância em Saúde – Procedimentos Operacionais Padronizados / Secretaria Estadual de

Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.- 1. ed. - Recife: Secretaria Estadual de Saúde, 2013.
148p. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

1.Vigilância Epidemiológica. 2. Saúde Pública. I. Título. II. Série.


Sumário Sumário

Apresentação 7
Vigilância em Saúde 9
Monitoramento do Desempenho da Gestão da Vigilância em Saúde 11
Agentes de Combate às Endemias e demais Agentes que atuam na Vigilância em Saúde 12
Financiamento da Vigilância em Saúde 15
Procedimentos Operacionais Padronizados (POP)
Parte 1: Vigilância Epidemiológica de Doenças e Agravos Transmissíveis 21
1.1 Aids 23
1.1.1 Gestante HIV 26
1.1.2 Criança exposta ao HIV 28
1.2 Coqueluche 30
1.3 Difteria
33
1.4 Doenças Exantemáticas
35
1.5 Hanseníase
37
1.6 Hepatites Virais
40
1.7 Influenza
43
1.8 Meningites
45
1.9 Paralisia Flácida Aguda (PFA) / Poliomielite
47
1.10 Sífilis
49
1.11 Surtos de Doença Transmitida por Alimentos (DTA)
1.12 Tétano Acidental 51
1.13 Tétano Neonatal 53
1.14 Tuberculose 55
Parte 2: Vigilância Epidemiológica das Zoonoses e Endemias 57
2.1 Acidentes com Animais Peçonhentos 61
2.2 Dengue 63
2.3 Doença de Chagas 65
2.4 Esquistossomose / Geohelmintíases 68
2.5 Filariose 71
2.6 Hantaviroses 74
2.7 Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) 76
2.8 Leishmaniose Visceral (LV) 78
2.9 Leptospirose 81
2.10 Malária 84
2.11 Peste 86
2.12 Raiva 88
2.13 Tracoma 91
Parte 3: Vigilância de Riscos Ambientais 93
3.1 Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) 95
3.2 Vigilância da Qualidade do Ar (Vigiar) 98
3.3 Vigilância de Populações Expostas a Solo Contaminado (Vigisolo) 100
3.4 Vigilância dos Riscos Decorrentes de Desastres de Origem Natural (Vigidesastres) 101
Parte 4: Ações Estratégicas em Vigilância Epidemiológica 103
4.1 Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) 105
4.2 Serviço de Verificação de Óbito (SVO) 107
4.3 Vigilância Epidemiológica Hospitalar (VEH) 109
Parte 5: Vigilância Epidemiológica de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis 111
5.1 Violências Domésticas, Sexuais e Outras Violências 113
5.2 Acidentes de Transporte Terrestre 115
5.3 Doenças Crônicas Não-Transmissíveis 117
Parte 6: Promoção da Saúde 119
6.1 Programa Academia da Saúde 121
6.2 Programa de Controle do Tabagismo / Outros Fatores de Risco de Câncer 123
Parte 7: Vigilância em Saúde do Trabalhador 127
7.1 Saúde do Trabalhador 129
7.2 Intoxicações Exógenas 133
Parte 8: Sistemas de Informação em Saúde 137
8.1 Sistema de Informação sobre Mortalidade 139
8.2 Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos 142
8.3 Sistema de Informação de Agravos de Notificação 145
Legislação Básica 147
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

Apresentação

O sistema de saúde brasileiro vem buscando aperfeiçoar seu modelo organizacional, promovendo uma maior racionalização de
responsabilidades entre suas instâncias gestoras com o reconhecimento do município como o espaço privilegiado para tratar
das questões setoriais. O processo de descentralização adotado, a partir da década de 1990, teve como estratégia central a
transferência para os municípios da responsabilidade e dos recursos necessários para o exercício das funções de coordenação,
negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria da saúde local, controlando os recursos
financeiros, as ações e os serviços de saúde prestados em seu território. Assim, os municípios foram estimulados a adquirir
novas competências e capacidades político-institucionais, tendo a colaboração dos estados e da União, os quais fornecem
cooperação técnica e financeira para o processo de municipalização.

Embora os brasileiros residentes nas mais longínquas áreas rurais e urbanas tenham se beneficiado das políticas públicas de
saúde, nas últimas décadas, a pluralidade de contextos vivenciados por municípios e regiões exige o desenho de políticas
públicas capazes de responder adequadamente às diferentes necessidades advindas dessa diversidade. O papel de cada
gestor é, portanto, determinante na superação dos desafios e na consolidação de um sistema de saúde comprometido com as
necessidades específicas da população, presente em cada localidade brasileira.

A Vigilância em Saúde guarda peculiaridades e especificidades ao integrar o sistema nacional de saúde e é notória a variação na
implantação e descentralização das ações, o que gera preocupações em torno da qualificação dos processos de gestão.
Apesar do inegável avanço na execução das atividades com a descentralização de responsabilidades e recursos, a qualidade
das ações e a eficiência nos resultados são desafios ainda presentes. Além disso, em se tratando de política de caráter
interfederativo a Vigilância em Saúde exige permanente e intenso processo de negociação e pactuação. Entre as atribuições da
instância estadual estão: a formulação de políticas, o planejamento, o co-financiamento, a qualificação dos trabalhadores da
área, o monitoramento e a avaliação, a cooperação técnica, além da execução suplementar de ações, quando constatado
insuficiência por parte dos municípios.

Nessa perspectiva, a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (SEVS) da Secretaria Estadual de Saúde do Governo de
Pernambuco (SES-PE), com o objetivo de apoiar a gestão e o desenvolvimento das ações, desenvolveu este Guia para Gestão
da Vigilância em Saúde. Esta publicação, dividida em duas partes, é composta inicialmente de tópicos gerais considerados
relevantes à gestão da Vigilância em Saúde no âmbito municipal e, posteriormente, dos Procedimentos Operacionais Padrão
(POP) de cada área técnica e/ou programa específico. Descreve, de forma sucinta, os procedimentos e rotinas da vigilância, de
modo que gestores e técnicos possam ter à mão informações básicas e necessárias que permitam orientar a operacionalização,
em tempo oportuno e com qualidade, das ações normatizadas pelo Sistema Nacional de Vigilância em Saúde do Sistema Único
de Saúde.

Eronildo Felisberto
Secretário Executivo de Vigilância em Saúde
Secretaria Estadual de Saúde

Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco


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1. Vigilância em Saúde

Desde o início do processo de construção e implantação do Sistema Único de Saúde, na década de 1990, foi debatida uma
proposta da Vigilância em Saúde devido à necessidade de reorganizar e reorientar os serviços de saúde no país. Assim, a
integração entre as ações típicas de vigilância na execução dos programas de prevenção e controle de doenças vem suscitando
intensos debates em determinados períodos da história sanitária recente do país, ao mesmo tempo em que produziu e legitimou
práticas concretas no sistema de saúde.

Um panorama geral da saúde dos brasileiros aponta características importantes, como por exemplo, uma crescente tendência
ao envelhecimento da população, o aumento do adoecimento biopsíquico, o aumento da mortalidade por doenças crônicas não
transmissíveis e questões relacionadas à exploração inadequada e predadora dos recursos naturais. Em contrapartida, ainda
persistem doenças infecciosas como tuberculose, esquistossomose, meningites, hepatites virais, e ainda aquelas apontadas
como emergentes e reemergentes como aids e dengue.

A incorporação da noção de risco e especialmente a busca de identificação dos fatores de risco envolvidos na determinação das
doenças, não só as infectocontagiosas, mas principalmente as crônico-degenerativas, vêm provocando a modernização das
estratégias de ação no campo da saúde pública, tornando os objetos da atividade de vigilância mais amplos com a coexistência
desses perfis. Desde então, uma série de portarias e normatizações foram publicadas com o objetivo de consolidar o papel da
vigilância e as atribuições das esferas federal, estadual e municipal dentro do Sistema Único de Saúde.

A Vigilância em Saúde é caracterizada como um conjunto articulado de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e
danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, sob a ótica da integralidade do cuidado, o que inclui tanto a
abordagem individual quanto a coletiva dos problemas de saúde. As ações específicas de vigilância epidemiológica, sanitária,
ambiental e em saúde do trabalhador fazem parte da Vigilância em Saúde, cabendo a cada esfera de gestão as
responsabilidades específicas. Assim, de um modo geral, compete às Secretarias Municipais de Saúde:
1. A gestão dos Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e Vigilância Sanitária, no âmbito de seus limites territoriais,
de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas;
2. Promoção, proteção e recuperação da Saúde da população;
3. Coordenação municipal das ações definidas na Política Nacional, Estadual e Municipal de Promoção da Saúde;
4. Vigilâncias em Saúde Ambiental, Epidemiológica, Sanitária e Saúde do Trabalhador;
5. Participação no financiamento das ações de vigilância em saúde, (conforme disposições contidas no Capítulo VII do
Anexo da Portaria GM/MS n. 3.252/09 e normas complementares);
6. Coordenação das ações de resposta às emergências de Saúde Pública de importância municipal;

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
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7. Notificação de doenças de notificação compulsória, surtos e agravos inusitados e outras emergências de saúde
pública, conforme normatização federal, estadual e municipal;
8. Investigação epidemiológica de casos notificados, surtos e óbitos, conforme normas estabelecidas pela União, estado
e município;
9. Busca ativa de casos de notificação compulsória nas unidades de saúde, inclusive laboratórios, domicílios, creches e
instituições de ensino, entre outros, existentes em seu território;
10. Busca ativa de Declarações de Óbito e de Nascidos Vivos nas unidades de saúde, cartórios e cemitérios existentes
em seu território;
11. Coordenação, monitoramento e avaliação da Estratégia de Vigilância em Saúde Sentinela em Âmbito Hospitalar, no
seu âmbito de gestão;
12. Vigilância Epidemiológica e monitoramento da violência doméstica, sexual e outras violências;
13. Coordenação, no âmbito municipal, dos sistemas de informação de interesse da Vigilância em Saúde;
14. Promoção e execução da Educação Permanente em Vigilância em Saúde;
15. Gerência do estoque municipal de insumos de interesse da Vigilância em Saúde, incluindo o armazenamento e o
transporte desses insumos para seus locais de uso, de acordo com as normas vigentes;
16. Coordenação, acompanhamento e avaliação da rede municipal de laboratórios públicos e privados que realizam
análises essenciais às ações de vigilância epidemiológica, saúde ambiental, sanitária e saúde do trabalhador;
17. Realização de análises laboratoriais de interesse à Vigilância em Saúde, conforme organização da rede estadual de
laboratórios pactuada na CIB;
18. Coleta, armazenamento e transporte adequado de amostras laboratoriais para os laboratórios de referência;
19. Coordenação e execução das ações de vacinação integrantes do Programa Nacional de Imunizações, incluindo a
vacinação de rotina com as vacinas obrigatórias, as estratégias especiais como campanhas e vacinações de bloqueio
e a notificação e investigação de eventos adversos e óbitos temporalmente associados à vacinação;
20. Colaboração com a União e os estados na execução das ações de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental de
portos, aeroportos e fronteiras; dentre outras.

Portanto, o fortalecimento da gestão municipalizada da Vigilância em Saúde constitui uma estratégia fundamental para
assegurar o acesso integral da população à promoção, proteção e recuperação da saúde. Porém, tal fortalecimento não
depende apenas do governo federal ou estadual, mas também, e principalmente, da participação decisiva dos prefeitos e de
seus secretários de saúde, para que os avanços desejados sejam obtidos.

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2. Monitoramento do Desempenho da Gestão da Vigilância em


Saúde de Pernambuco

A Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde do estado de Pernambuco (SEVS/SES-PE) vem promovendo meios e
estratégias que visem à qualificação da gestão da vigilância em saúde. Entre estas, destaca-se o monitoramento do
desempenho da gestão cujos objetivos são:
§ Fortalecer o processo de gestão da Vigilância em Saúde com foco no desempenho e responsabilização;
§ Fomentar a cultura do monitoramento nas áreas técnicas que compõem a Vigilância em Saúde;
§ Identificar fragilidades na gestão da Vigilância em Saúde;
§ Contribuir para a tomada de decisão de forma oportuna e qualificada;
§ Acompanhar a implementação das decisões tomadas.

A elaboração do instrumento de monitoramento foi realizada de forma participativa envolvendo os técnicos e gestores do nível
central desta Secretaria Executiva. As etapas adotadas foram: definição do arcabouço teórico e identificação dos componentes
da gestão da vigilância em saúde no âmbito estadual, desenho do modelo lógico, seleção e validação dos indicadores,
compatibilização com os indicadores da agenda estratégica da SVS/MS e os indicadores propostos para os Contratos
Organizativos da Ação Pública (COAP).

No intuito de orientar os profissionais que trabalham na gestão da Vigilância em Saúde, a Gerência de Monitoramento e
Avaliação da Vigilância em Saúde (GMAVS) elaborou um instrutivo para o preenchimento e interpretação dos indicadores que
poderá ser disponibilizado pelo e-mail da Gerência citado ao final desta sessão. No nível central o monitoramento é realizado
trimestralmente em reunião com a presença do Secretário Executivo, Assessoria, Diretores e Gerentes com o intuito de discutir
conjuntamente estratégias para superação dos problemas identificados. No âmbito regional a GMAVS vem discutindo a
proposta e a metodologia para que as Regionais de Saúde realizem o monitoramento junto aos municípios de sua abrangência.

A expectativa é que este instrumento seja um orientador para a qualificação das ações de Vigilância em Saúde no âmbito
estadual, regional e municipal, buscando qualificar a gestão por meio da identificação dos principais entraves no alcance das
metas/objetivos propostos, bem como potencializar as ações planejadas.

Dúvidas e esclarecimentos, entrar em contato com:


Diretoria Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde
Gerência de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde (GMAVS)
Fone: (81) 3184-0341 | E-mail: [email protected]

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3. Programa dos Agentes de Combate às Endemias e demais


Agentes que atuam em Vigilância em Saúde

De acordo com a Lei nº 11.350/06, o Agente de Combate às Endemias (ACE) tem como atribuição o exercício de atividades de
vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da saúde, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS e
sob supervisão do gestor de cada ente federado. Esta proposta abrange todos os trabalhadores que desempenham atividades
nessa área, como agentes de combate às endemias (ACE), agentes de controle de zoonoses (ACZ), agentes de vigilância
ambiental (AVA), agentes de controle do Aedes (ACA), agentes de saúde ambiental (ASA) e outras denominações que tenham
sido adotadas pelas secretarias municipais e estaduais de saúde no país.

A incorporação dos ACE nas Equipes de Saúde da Família (ESF) pressupõe a reorganização dos processos de trabalho e
integração das bases territoriais com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), bem como a definição de papéis e
responsabilidades, tendo como funções essenciais aquelas relacionadas ao controle ambiental, controle de
endemias/zoonoses, de riscos e danos à saúde, de promoção à saúde entre outras. A supervisão dos ACE deve ser realizada
pelos profissionais de nível superior da equipe de SF.

A Portaria n° 1.007/10 instituiu o incentivo financeiro para as equipes de SF que incorporarem o ACE na Atenção Primária à
Saúde. No entanto, a adesão a esta Portaria é opcional e ocorrerá por decisão do gestor municipal, sendo importante destacar
que esta adesão representa uma das ações indutoras da integralidade da atenção. Como forma de manter as equipes de
trabalho e garantir o controle de doenças, as modalidades de contratação e financiamento dos atuais quadros municipais
deverão ser mantidas. A não adesão do município à inclusão dos ACE nas equipes de SF não desobriga as mesmas de
desenvolverem as ações de VS de sua competência.

Segundo a Lei nº 11.350/06, os ACE admitidos pelos gestores locais do SUS na forma do disposto no § 4odo art. 198 da
Constituição, submetem-se ao regime jurídico estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, salvo se, no caso
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a lei local dispuser de forma diversa. A contratação deverá ser precedida de
processo seletivo público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e
requisitos específicos para o exercício das atividades, que atenda aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.

A administração pública somente poderá rescindir unilateralmente o contrato do ACE, de acordo com o regime jurídico de
trabalho adotado, na ocorrência de uma das seguintes hipóteses:

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I – prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT;
II - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
III - necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da Lei no9.801, de 14 de
junho de 1999; ou
IV - insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico
dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mínimos exigidos para a
continuidade da relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades
exercidas.

O ACE deverá preencher os seguintes requisitos para o exercício da atividade:


I. Haver concluído, com aproveitamento, curso introdutório de formação inicial e continuada; e
II. Haver concluído o ensino fundamental.

Com relação ao número de ACE que vão compor cada equipe, a Portaria n° 1.007/10 instituiu que esta definição será dada pelo
gestor municipal de acordo com as necessidades do território, observado o perfil epidemiológico e sanitário, densidade
demográfica, área territorial e condições sócio-econômicas e culturais, e preferencialmente devem ser alocados aqueles ACE
que já desenvolvem ações no território.

O valor dos recursos financeiros para as ESF que tiverem ACE incorporados corresponde a uma parcela extra-anual do
incentivo mensal destas equipes. Os ACE devem cumprir carga horária de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais, sendo
permitido substituir um ACE com carga horária de 40 (quarenta) horas semanais por 2 (dois) que cumpram um mínimo de 20
(vinte) horas semanais cada um. Os critérios de elegibilidade de municípios para o recebimento dos incentivos financeiros
federais para as ESF que tiverem ACE incorporado são:
I. Municípios que tenham aderido ao Pacto pela Saúde, por meio da homologação dos respectivos Termos de
Compromisso de Gestão; e
II. Municípios conforme cobertura estimada de Saúde da Família e porte populacional:
o Municípios com até 10.000 habitantes, ter 100% de cobertura de ESF;
o Municípios com 10.001 a 50.000 habitantes, ter cobertura de ESF mínima de 80%;
o Municípios com 50.001 a 100.000 habitantes, ter cobertura de ESF mínima de 60%;
o Municípios com 100.001 a 500.000 habitantes, ter cobertura de ESF mínima de 40%; e
o Municípios com população maior que 500.000 habitantes, ter cobertura de ESF mínima de 30%.
Obs.: Municípios com até 50.000 habitantes somente serão elegíveis para habilitação caso optem por incorporar o ACE a todas
as ESF do município.

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A definição dos municípios de cada estado a serem habilitados para o recebimento dos recursos referentes à Portaria n°
1.007/10 se dará por meio de pactuação na respectiva Comissão Intergestores Bipartite (CIB) ou Colegiado de Gestão Regional
(CGR), respeitados os critérios de elegibilidade supracitados e o teto financeiro por Estado estabelecido no Anexo I da Portaria.
Diante disso, as CIB ou CGR deverão levar em consideração aspectos epidemiológicos da região, assim como a existência
anterior de iniciativa por parte deles de incorporação de ACE nas ESF, bem como deverá exigir dos municípios habilitados uma
proposta de incorporação dos ACE nas ESF conforme o Anexo II da Portaria.

O processo de credenciamento dos municípios ao recebimento do incentivo financeiro para ESF que incorporem os ACE
desempenhando suas atividades de forma integrada à Saúde da Família deverá obedecer ao seguinte fluxo:
I. Após receber a listagem da CIB, o Ministério da Saúde publicará Portaria específica credenciando os municípios ao
recebimento do incentivo federal para as ESF que tiverem ACE incorporado; e
II. Após credenciamento, os municípios deverão cadastrar no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (CNES) os ACE vinculados às ESF para recebimento do incentivo federal, que se dará no mês subsequente a
este cadastramento.

A gestão municipal terá até 3 (três) competências subsequentes à publicação do credenciamento das ESF no Diário Oficial da
União (DOU) para informar no CNES a incorporação do ACE à ESF. Findo esse prazo, o município que deixou de cadastrar no
CNES o ACE nas equipes de ESF, terá estas equipes descredenciadas ao recebimento dos recursos da Portaria. Este repasse
terá periodicidade anual, devendo ocorrer depois de decorridos 12 (doze) meses do repasse anterior. Nenhum ACE poderá estar
cadastrado em mais de uma ESF.

O Ministério da Saúde suspenderá a continuidade do repasse se, por meio de monitoramento e/ou supervisão do Ministério da
Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde, ou por auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS),
houver ausência do ACE incorporado à equipe de SF por período superior a 90 (noventa) dias nos últimos 12 (doze) meses ou
descumprimento da carga horária por parte do ACE. O repasse dos recursos financeiros será transferido de forma regular e
automática do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde, por meio do Componente Piso da Atenção Básica
Variável (PAB variável) do Bloco da Atenção Básica.

4. Financiamento da Vigilância em Saúde

Os recursos federais transferidos para estados, Distrito Federal e municípios para financiamento das ações de Vigilância em

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Saúde estão organizados no Bloco Financeiro de Vigilância em Saúde e são constituídos por dois componentes:

I. Componente de Vigilância e Promoção da Saúde


II. Componente da Vigilância Sanitária

Os recursos de um componente podem ser utilizados em ações do outro componente do Bloco de Vigilância em Saúde, sendo
repassados de forma regular e automática do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, em
três parcelas anuais, nos meses de janeiro, maio e setembro, em conta específica. Apenas o componente de Vigilância e
Promoção da Saúde será tratado neste Guia, que se refere aos recursos federais destinados às ações de Vigilância, Promoção,
Prevenção e Controle de Doenças.

Os recursos financeiros devem ser mantidos em conta apropriada e aplicados em caderneta de poupança, caso não sejam
imediatamente utilizados na finalidade a que se destinam e cuja previsão de uso ocorra em período igual ou superior a um mês.

O Componente de Vigilância e Promoção da Saúde é constituído de um piso fixo (Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde –
PFVPS) e um piso variável (Piso Variável de Vigilância e Promoção da Saúde – PVVPS). Os valores do PFVPS são ajustados
anualmente com base na população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo compostos por
um valor per capita estabelecido com base na estratificação, população e área territorial de cada unidade federativa. Para efeito
do PFVPS, foi mantida na Portaria/MS n° 3.252/09 a proposta de estratificação dos estados, definida anteriormente quando da
publicação da Portaria/MS n° 1.172, em 2004:
-Estrato I: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e municípios pertencentes à Amazônia Legal dos
estados do Maranhão e Mato Grosso;
-Estrato II: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e demais municípios do Maranhão e Mato Grosso;
-Estrato III: São Paulo e Paraná;
-Estrato IV: Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os recursos que compõem o PFVPS são alocados segundo os seguintes critérios:


I. As secretarias estaduais de saúde recebem valores equivalentes a, no mínimo, 10,0% do PFVPS atribuído ao estado
correspondente, acrescidos dos valores referentes ao Fator de Incentivo para os Laboratórios Centrais de Saúde
Pública – Finlacen;
II. Cada município recebe valores equivalentes a, no mínimo, 60% (sessenta por cento) do per capita do PFVPS atribuído
ao estado correspondente;
III. A capital e municípios que compõem sua região metropolitana recebem valores equivalentes a, no mínimo, 80% do per

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15
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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

capita do PFVPS atribuído ao estado correspondente; e


IV. Resta o valor denominado como “fator de ajuste da CIB”, pactuado nas Comissões Intergestores Bipartite (CIB), que é
destinado ao financiamento dos ajustes necessários para o atendimento às especificidades regionais e/ou
municipais, conforme características ambientais e/ou epidemiológicas que o justifiquem.

A partir desses critérios, a CIB define o valor do PFVPS destinado à Secretaria Estadual de Saúde e a cada um dos municípios,
em cada estado. Os recursos referentes às campanhas de vacinação anuais de influenza sazonal, poliomielite e raiva animal
também devem ser pactuados entre estados e municípios na CIB, sendo acrescidos aos PFVPS de estados e municípios. O
Distrito Federal recebe o montante total relativo ao PFVPS atribuído a essa unidade federativa, acrescido dos valores referentes
ao Finlacen e às campanhas de vacinação anuais já citadas.

O Piso Variável de Vigilância e Promoção da Saúde – PVVPS – é constituído por incentivos específicos, por adesão ou indicação
epidemiológica, conforme normatização específica:
a. Núcleos Hospitalares de Epidemiologia – NHE;
b. Sistema de Verificação de Óbito – SVO;
c. Sistemas de Registro de Câncer de Base Populacional – RCBP;
d. Casas de Apoio para Adultos Vivendo com HIV/AIDS;
e. Fórmula infantil às crianças verticalmente expostas ao HIV;
f. Incentivo no âmbito do Programa Nacional de HIV/AIDS e outras DST;
g. Promoção da Saúde;
h. Outros que venham a ser instituídos.

Compõe também o componente de Vigilância e Promoção da Saúde uma reserva estratégica federal, constituída de valor
equivalente até 5% (cinco por cento) dos recursos desse componente. O detalhamento dos valores referentes ao repasse
federal do Componente de Vigilância e Promoção da Saúde foi publicado por ato normativo conjunto da Secretaria-Executiva do
Ministério da Saúde e da SVS/MS (Portaria Conjunta SE/SVS n° 01, de 11 de março de 2010). Por meio dessa portaria,
conforme normas já pactuadas através da Portaria MS n° 3.252/09, foram definidos os valores anuais relativos aos recursos
federais destinados ao Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde (PFVPS) e Piso Variável de Vigilância e Promoção da
Saúde (PVVPS), de cada estado.

A portaria conjunta SE/SVS n° 01/10 também detalhou os valores anuais do PFVPS e valores per capita de referência
destinados às secretarias estaduais de saúde (SES), às capitais e municípios que compõem sua região metropolitana e aos
municípios, bem como o Fator de Ajuste a ser pactuado nas Comissões Intergestores Bipartite (CIB). Os valores foram
estabelecidos com base no valor per capita de referência de cada estado, sem redução nos valores praticados anteriormente.

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Previu-se que para recomposição do PFVPS de todos os estados e redução das desigualdades entre os estados pertencentes a
cada estrato deveriam ser realizados incrementos no valor per capita de referência estadual, de acordo com a disponibilidade
orçamentária.

Foram ainda acrescentados ao PFVPS os valores referentes às seguintes portarias:


-Portaria MS n° 413, de 25 de fevereiro de 2010, republicada em 26 de março de 2010, que incorporou ao PFVPS o valor global
de R$ 45.872.868,84, referente ao montante anual repassado às Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e municípios no ano de
2009, para contratação de pessoal e execução de ações de campo de combate ao vetor da dengue e malária.
-Portaria MS n° 652, de 25 de março de 2010, que aprovou os critérios para financiamento das campanhas de vacinação anuais
de influenza sazonal, de poliomielite e de raiva animal, estabelecidos com base na própria estratificação já estabelecida na
Portaria MS n° 3.252/09.

Os recursos do Bloco de Financiamento de Vigilância em Saúde não poderão ser utilizados em atividades assistenciais, e sim,
exclusivamente, em ações de Vigilância em Saúde. É recomendável que cada Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde
estabeleça um plano de aplicação para os recursos do PFVPS, compatível com o Plano Estadual e/ou Municipal de Saúde que
contemple as diversas áreas de utilização dos mesmos, como material de consumo, equipamentos, serviços de terceiros de
pessoa física, serviços de terceiros de pessoa jurídica, treinamentos, consultorias, etc.

Exemplos de algumas formas de aplicação dos recursos do PFVPS:


1. Despesas de custeio:
-Recursos humanos
-Serviços de terceiros
-Material de consumo
2. Despesas de capital:
-Equipamentos/material permanente

Recursos humanos:
-Contratação de recursos humanos para desenvolvimento de atividades na área de vigilância em saúde;
-Gratificações para desenvolvimento de atividades de vigilância em saúde;
-Capacitações específicas e cursos de pós-graduação na área de saúde pública, epidemiologia e controle de doenças,
vigilância em saúde, sistemas de informação em saúde, vigilância em saúde do trabalhador e vigilância ambiental;
-Participação em seminários, congressos de Saúde Coletiva, Epidemiologia e outros onde sejam apresentados e discutidos
temas relacionados à Vigilância em Saúde;
-Diárias para deslocamento de servidores para atividades inerentes à Vigilância em Saúde, inclusive supervisões, assim como

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

para participação em eventos ligados à área.

Serviços de terceiros:
-Pagamento de provedor de internet para viabilizar o envio de bancos de dados à SES, pesquisa e troca de informações
técnicas;
-Aluguel de fotocopiadoras, desde que tenham seu uso destinado exclusivamente à área de Vigilância em Saúde;
-Aluguel de veículos, desde que tenham seu uso destinado exclusivamente às atividades de Vigilância em Saúde;
-Confecção e reprodução de material educativo (folders, cartazes, cartilhas, faixas, banners, etc.) e técnico (manuais, guias de
Vigilância Epidemiológica, etc.) na área de Vigilância em Saúde;
-Divulgação de campanhas educativas em rádios, jornais, televisão etc., desde que o assunto seja da área de Vigilância em
Saúde;
-Manutenção de veículos e de equipamentos, desde que tenham seu uso destinado exclusivamente às atividades de Vigilância
em Saúde;
-Realização de capacitações e eventos específicos da área de Vigilância em Saúde;
-Pagamentos de assessorias, consultorias e horas-aula específicos da área de Vigilância em Saúde;

Os recursos do PFVPS não podem ser aplicados em:


-Compra de inseticidas, imunobiológicos, medicamentos, kits de laboratório, já que esses materiais classificam-se como
insumos estratégicos, com aquisição garantida pelo Ministério da Saúde. Estados e municípios também podem adquirir insumos
estratégicos cuja aquisição está atribuída a outra esfera de gestão, mediante pactuação entre as esferas governamentais e em
situações especiais mediante comunicação formal com justificativa à SVS/MS (ou à Secretaria Estadual de Saúde, se o insumo
for de responsabilidade de aquisição dos estados);
-Contratação de recursos humanos para desenvolver ações/atividades de assistência médica, mesmo se voltadas para a
Atenção Básica, por exemplo: pagamento de médicos/enfermeiros para atendimento a pacientes portadores de tuberculose,
hanseníase, aids;
-Pagamento de servidores inativos;
-Servidores ativos, exceto aqueles contratados exclusivamente para desempenhar funções relacionadas aos serviços relativos
à Vigilância em Saúde, previstos no respectivo plano de saúde;
-Gratificação de função de cargos comissionados, exceto aqueles ligados diretamente às funções relacionadas à Vigilância em
Saúde, previstos no respectivo plano de saúde;
-Pagamento de Assessorias/Consultorias prestadas por servidores públicos pertencentes ao quadro do próprio município ou
do estado.

Material de consumo:

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

-Óleo diesel, gasolina, álcool para abastecer os veículos, desde que tenham seu uso destinado exclusivamente às atividades de
Vigilância em Saúde;
-Isopor, termômetro, bobinas de gelo reciclável, e outros insumos para rede de frio, conservação de imunobiológicos e de
amostras de laboratório;
-Material de escritório, desde que tenham seu uso destinado exclusivamente às atividades de vigilância em saúde;
-Compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para atividades de controle de vetores (competência da União, estados
e municípios) de acordo com as necessidades referentes às ações sob sua competência;
-Reposição de peças para equipamentos de aspersão de inseticidas.;
-Lâminas, lamínulas, estiletes, papel-filtro para detecção/diagnóstico.

Equipamentos/Material Permanente:
-Veículos de transporte, desde que tenham seu uso destinado exclusivamente às atividades da área de vigilância em saúde;
-Equipamentos que se fizerem necessários para estruturar a vigilância municipal e/ou estadual, tais como: computadores, fax,
linhas telefônicas, celulares, projetores de slides, retroprojetores, televisões, vídeos, máquinas para fotocópias etc.;
-Aquisição e/ou assinatura de livros, periódicos e publicações na área de vigilância em saúde;
-Equipamentos para estruturar rede de frio para imunizações no município e/ou estado;
-Equipamentos de aspersão de inseticidas;
-Equipamentos para suporte laboratorial.

Bloqueio do repasse
De acordo com a Portaria n° 204/07, as transferências fundo a fundo do Ministério da Saúde para os estados, Distrito Federal
e/ou municípios serão suspensas nas seguintes circunstâncias:
-quando os recursos nos estados, Distrito Federal e/ou municípios estiverem sem movimentação bancária e com saldos
correspondentes a seis meses de repasse, sem justificativa;
-quando da indicação de suspensão decorrente de relatório da auditoria no bloco de financiamento correspondente, realizada
pelos componentes estadual ou nacional, respeitado o prazo de defesa do estado, Distrito Federal e/ou município envolvido.

A regularização do repasse da parcela mensal do bloco da Vigilância em Saúde ocorrerá a partir do mês de competência da
apresentação dos documentos comprobatórios do comprometimento de pelo menos 60,0% do saldo existente no bloco.
Quando se tratar de municípios, a SVS/MS comunicará o bloqueio à respectiva secretaria estadual de saúde.

Para justificar o comprometimento dos recursos do PFVPS poderão ser acatadas as seguintes documentações: notas de
empenho em fase de liquidação; pagamentos efetivados após a data de verificação do saldo bancário; processos licitatórios em
andamento, com edital já publicado; processos licitatórios com recursos administrativos e/ou judiciais; ou recursos destinados à

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

reserva técnica para aplicações emergenciais, aprovados pela Comissão Intergestores Bipartite, no valor máximo de 1,0% do
PFVPS da respectiva unidade federada.

Para a comparação entre o valor total do saldo e o valor correspondente a seis meses de repasse, não serão computados os
montantes depositados retroativamente, em função de alterações ou atualizações do PFVPS − esses valores somente serão
considerados após 180 dias da data do depósito. O gestor receberá retroativamente os valores retidos, na hipótese de
comprovação da aplicação dos recursos até 120 dias após a data do bloqueio. Caso a comprovação ocorra após 120 dias do
bloqueio, o valor retido será repassado para a secretaria estadual de saúde, que aprovará na Comissão Intergestores Bipartite a
aplicação do mesmo.

Para esclarecimentos acerca do repasse do PFVPS, as secretarias municipais de saúde podem acessar os sites:
www.saude.gov.br/svs e www.fns.saude.gov.br.

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
1
Vigilância Epidemiológica
de Doenças e Agravos
Transmissíveis
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Aids
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Implementar a Vigilância Epidemiológica (VE) da Aids em Pernambuco, contribuindo para o enfrentamento da epidemia,
prevenção de novos casos e melhoria da assistência aos pacientes.
DEFINIÇÃO DE CASO
Aids em criança:
Toda pessoa com menos de 13 anos que tenha evidência laboratorial de infecção pelo vírus HIV 1/2, segundo as
normas vigentes do Ministério da Saúde (Portaria SVS/MS Nº 151 de 14/10/2009) mais evidência de imunodeficiência. Em
indivíduos menores de 18 meses de idade a evidência de infecção do HIV 1/2 se dá através de testes de detecção de RNA
viral (carga viral), em dois momentos diferentes, sendo o primeiro exame realizado a partir do segundo mês de vida e o
segundo exame com no mínimo um mês de intervalo do primeiro e ambos precisam apresentar carga viral detectável com
valores acima de 1.000 cópias/mm³.
*Critérios de definição de aids em crianças*: CDC adaptado (doença indicativa de aids e/ou contagem de linfócitos TCD4+
menor do que o esperado para a idade atual) ou ainda critério excepcional óbito (menção de aids ou termos equivalentes
em algum campo da declaração de óbito e investigação epidemiológica inconclusiva (aquela que não consegue descartar o
caso como aids, porém não o encaixa em critérios existentes).

Aids em adultos:
Toda pessoa com 13 anos ou mais que tenha evidência laboratorial de infecção pelo vírus HIV 1/2, segundo as normas
vigentes do Ministério da Saúde (Portaria SVS/MS Nº 151 de 14/10/2009). Toda pessoa que tenha dois Testes Rápidos de
HIV Reagentes.Toda pessoa que tenha um TESTE ELISA HIV Reagente + Confirmatório Reagente, e preencha os critérios
de definição de casos. (Critério Rio/Caracas: apresentar doenças que somem 10 pontos; Critério CDC Adaptado:
apresentar uma doença definidora de aids, ou contagem de células CD4 menor que 350; Critério Óbito: declaração de
óbito com menção de aids).
NOTIFICAÇÃO
Aids em criança e Aids em adulto:
Os profissionais da unidade de saúde em que o paciente for diagnosticado devem preencher a ficha do Sinan AIDS
CRIANÇA ou AIDS ADULTO, corretamente, de forma legível (letra de forma), sem deixar campos em branco. Não abreviar
nomes. Os profissionais necessitam ter especial atenção quanto ao item “Provável Modo de Transmissão”, sem omitir,
supor ou inferir o dado, promovendo um diálogo aberto onde o paciente ou seu responsável possa se colocar o mais
honestamente possível sem receio de críticas.
A notificação de casos de aids é feita pelos Serviços de Assistência Especializada (SAE), para onde devem ser
encaminhados todos os pacientes diagnosticados com HIV.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Os profissionais da unidade de atendimento em que o paciente for diagnosticado devem preencher a ficha do Sinan e
remetê-la para a VE do município. A VE do município, por sua vez, deve revisar as fichas recebidas das unidades de
saúde e resgatar os dados que estiverem faltando. Posteriormente, devem digitar todas as fichas no Sinan e fazer uma
transferência semanal de dados para a VE da Gerência Regional de Saúde (Geres).
INVESTIGAÇÃO
Aids em criança:

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

Verificar o que motivou a não realização ou o diagnóstico tardio da mãe e a não adoção das medidas de prevenção da
transmissão vertical do HIV.
Aids em criança e adulto:
Nos casos de aids por transfusão de sangue, comunicar a Geres e iniciar uma investigação in loco para rever prontuário,
identificando e confirmando a transfusão anterior ao diagnóstico. Uma vez confirmado, comunicar ao Programa Estadual
para continuidade da investigação junto com a APEVISA; nos casos de transmissão por UDI, verificar se o paciente fez uso
realmente de droga injetável e tem essa exposição como o provável meio de transmissão do HIV. O uso de outras drogas
pode contribuir com o aumento da vulnerabilidade à infecção, mas não define a classificação do provável meio de
transmissão na ficha; nos casos que entram no banco do Sinan por óbito deve ser feita investigação para verificar o que
motivou o não diagnóstico precoce e a não notificação anterior do caso.
Lembrar que todos os dados são confidenciais e que as ações de investigação não podem levar a uma quebra dessa
confidencialidade.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Aids em crianças:
A transmissão vertical (mãe – filho) é o principal modo de transmissão do HIV em crianças. Assim, a medida de
prevenção é diagnosticar precocemente a gestante HIV+ no pré-natal e/ou parto e fazer corretamente o seguimento da
mesma: antirretrovirais na gestação e parto, parto cesário eletivo (dependendo da carga viral da mãe), inibição da lactação
com o fornecimento de fórmula infantil, xarope de AZT para criança desde o nascimento até 42 dias de vida (Protocolo
PACTG 076 - disponível em www.aids.gov.br).
Aids em adulto:
Estimular as medidas de prevenção entre a população geral e grupos de maior vulnerabilidade: uso correto e sistemático
do preservativo em todas as relações sexuais, não compartilhamento de instrumentos perfuro cortantes, realização de
testagem para infecção pelo HIV.
CONTROLE
Aids em criança:
Captação precoce da gestante para o inicio do pré-natal (importância de realizar o teste anti-HIV no 1º e 3º trimestre
gestacional, bem como no parto); Documentar a sorologia da gestante na carteira de gestante; Notificar o caso de gestante
(a fim de fazer o seguimento gestacional com o PACTG 076); Prevenção da transmissão sexual (informação e educação
visando a prática do sexo seguro); Prevenção da transmissão sanguínea (triagem dos hemoderivados com testes de
detecção para o HIV. Inclui-se nesta via, a triagem da gestante a fim de evitar a transmissão para o filho).
Aids em adulto:
Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) devem realizar ações contínuas de prevenção as DST/Aids no seu território.
Realizar ações extramuros incluindo saúde e prevenção nas escolas (SPE). Priorizar grupos mais vulneráveis. Promover e
facilitar a distribuição de preservativos.
COLETA DE AMOSTRAS
Todas as UBS devem realizar o aconselhamento pré-teste; realizar o Teste Rápido (TR) anti-HIV se possível. Realizar
coleta de sangue para o teste ELISA ou encaminhar para uma unidade de maior complexidade ou CTA.
LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br ; www.aids.gov.br; www.saude.pe.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portaria SVS/MS nº 151 de 14/10/2009; Portaria MS/GM nº 104 de 25/01/2011
-Portaria Estadual nº 104 de 09/03/2012

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TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES


Setor Telefone Email
DGCDA/ Gerência de Prevenção e 3184-0204/0206 [email protected]
Controle da Aids e outras DST/ 3184-0207/0212 [email protected]
Coordenação de Prevenção de DST 3184-0208 [email protected]
Assistência 3184-0209 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da gestante HIV positivo
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Implementar a Vigilância Epidemiológica (VE) da GESTANTE HIV+ em Pernambuco, contribuindo para a prevenção da
transmissão vertical do HIV (transmissão de mãe para filho).
DEFINIÇÃO DE CASO
Toda gestante que tenha evidência laboratorial de infecção pelo vírus HIV 1/2, segundo as normas vigentes do
Ministério da Saúde. (Portaria SVS/MS Nº 151 de 14/10/2009); Toda gestante que tenha dois Testes Rápidos de HIV
Reagentes; Toda gestante que tenha um TESTE ELISA HIV Reagente + Confirmatório Reagente.
NOTIFICAÇÃO
Os profissionais de saúde da unidade em que a gestante for diagnosticada devem preencher a ficha do Sinan
GESTANTE HIV+, corretamente, de forma legível (letra de forma), sem deixar campos em branco. Não abreviar nomes. As
fichas devem ser disponibilizadas nos serviços de pré-natal, UBS, maternidades e ambulatórios materno-infantis públicos e
privados que atendem a mulher gestante.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Após o preenchimento da ficha do Sinan, os profissionais da unidade de saúde (US) devem remetê-la para a VE do
município. A VE por sua vez deve revisar as fichas recebidas das US e resgatar os dados que estiverem faltando. Por fim,
deve digitar todas as fichas no Sinan e fazer uma transferência SEMANAL de dados para a VE da Gerência Regional de
Saúde (Geres).
INVESTIGAÇÃO
Analisar as causas da não realização ou realização tardia dos testes na gestante (que devem ser feitos nas primeiras
consultas e no início do terceiro trimestre da gestação e na maternidade na entrada para o parto); Verificar no caso de
gestante HIV+ se o companheiro também foi testado; Verificar se a gestante HIV+ foi encaminhada para um Serviço de
Assistência Especializada (SAE); Verificar se a parturiente HIV+, assim como o recém-nascido, receberam as medidas
profiláticas da transmissão vertical do HIV.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Estimular as mulheres a se testarem juntamente com o companheiro, antes de iniciarem as relações desprotegidas (sem
camisinha) com o objetivo de engravidar; Orientar as gestantes que permanecem em vulnerabilidades para a infecção pelo
HIV a continuarem usando preservativo durante a gravidez; Os casais soro discordantes devem ser acompanhados nos
SAE para planejamento da gravidez.
CONTROLE
Devem ter início nas ações de atenção ao pré-natal, quando se esclarece à gestante sobre os benefícios do diagnóstico
precoce do HIV. Neste sentido, as UBS, os serviços de pré-natal e de saúde da mulher devem garantir o acesso ao teste
anti-HIV, e promover ações de aconselhamento pré e pós teste. Além disso, a disponibilização de preservativos
masculinos e femininos faz parte de todo o processo educativo, inclusive, das ações dirigidas aos casais soro
discordantes.
COLETA DE AMOSTRAS
Os testes devem ser realizados nas primeiras consultas de pré-natal, no início do terceiro trimestre e na maternidade

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quando do início do trabalho de parto.


LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br ; www.aids.gov.br; www.saude.pe.gov.pe
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portarias: SVS/MS Nº151, de 14/10/2009; MS/GM Nº104, de 25/01/2011; SES-PE Nº104, de 09/03/2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES

Setor Telefone Email

DGCDA/ Gerência de Prevenção e


3184-0204/ 0206 [email protected]
Controle da Aids e outras DST/
3184-0207/ 0212 [email protected]
Coordenação de Prevenção e Controle da
3184-0208 [email protected]
Aids
Assistência 3184-0209 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da criança exposta ao HIV
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Prevenir a transmissão vertical do HIV em Pernambuco, contribuindo para o enfretamento da epidemia de aids,
prevenção de novos casos e melhoria da assistência aos pacientes.
DEFINIÇÃO DE CASO
Todas as crianças nascidas de mães com HIV+ ou com suspeita de infecção e ainda aquelas que tenham sido
amamentadas por mulheres infectadas ou com suspeita de HIV (mães de leite).
NOTIFICAÇÃO
Os profissionais da unidade de saúde em que a parturiente infectada pelo HIV+ for atendida devem preencher a ficha do
Sinan CRIANÇA EXPOSTA AO HIV após o nascimento do concepto e preencher a ficha de gestante HIV+, se não
preenchida anteriormente durante a gestação. Deve ser preenchida corretamente, legível (letra de forma), sem campos em
branco. Não abreviar nomes e ter especial atenção aos itens que informam o uso de antirretroviral, tipo de parto e
aleitamento, sem omitir, supor ou inferir o dado, monitorando o seguimento correto do protocolo de prevenção da
transmissão vertical do HIV e sífilis.
A notificação de casos de criança exposta ao HIV é feita pelas unidades de saúde que atendem a parturiente HIV+ ou
ainda nos Serviços de Assistência Especializada (SAE) no primeiro atendimento da criança exposta.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Os profissionais da unidade de saúde em que a parturiente infectada foi notificada devem remeter a ficha do Sinan para
a VE do município. A VE, por sua vez, deve revisar as fichas recebidas das US e resgatar os dados que estiverem
faltando. Por fim, deve digitar todas as fichas no Sinan e fazer uma transferência semanal de dados para a VE da Gerência
Regional de Saúde (Geres).
INVESTIGAÇÃO
Monitorar o fluxo das maternidades com a notificação da criança exposta ao HIV e sucessiva referência em tempo hábil
nos SAE.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Ações de educação em saúde com o estímulo ao uso sistemático do preservativo como forma de evitar as doenças
sexualmente transmissíveis e em especial o HIV; estímulo a testagem anti-HIV nas mulheres juntamente com os seus
parceiros sexuais antes de iniciarem as relações desprotegidas com o objetivo de engravidar, bem como na atenção ao
pré-natal, testando a gestante, esclarecendo sobre os benefícios do diagnóstico precoce para a utilização do protocolo da
prevenção da transmissão vertical do HIV e Sífilis.
CONTROLE
Promover ações de aconselhamento a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e aids nos serviços de saúde,
especialmente na atenção pré-natal; Captar precocemente as gestantes para o início do pré-natal (importância de realizar
o teste anti-HIV nas primeiras consultas; no início do 3º trimestre e na entrada da maternidade no início do trabalho de
parto); Documentar a sorologia da gestante na carteira de gestante; Notificar o caso de gestante HIV+; Notificar a criança
exposta ao HIV; Disponibilizar os antirretrovirais para as gestantes e parturientes HIV+ e crianças expostas; Disponibilizar
a fórmula láctea infantil para a criança exposta ao HIV como forma de garantir a substituição do leite materno;
Disponibilizar os inibidores de lactação para as parturientes HIV+ evitando assim a amamentação e possível transmissão
do vírus para o recém nascido.

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COLETA DE AMOSTRAS
Em todas as unidades de saúde deve ser realizado o aconselhamento pré-teste e, se disponível, deve ser realizado o teste
rápido anti-hiv para todas as gestantes. Caso não esteja disponível o TR, realizar o aconselhamento pré-teste e coletar
amostra de sangue para o teste ELISA HIV. Caso não seja possível realizar a coleta encaminhar a gestante para uma
unidade de saúde de maior complexidade ou para o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).
LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br ; www.aids.gov.br; www.saude.pe.gov.br.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portarias: SVS/MS nº 151 de 14/10/2009; GM/MS nº 104 de 25/01/2011; SES-PE nº 104 de 09/03/2012; GM/MS nº 488 de
17/06/1998
-Nota técnica nº 62/07 GAB/UIV/PN-DST/AIDS/SEVS/MS
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/ Gerência de Prevenção e 3184-0204/0206 [email protected]
Controle da Aids e outras DST/ 3184-0207/0212 [email protected]
Coordenação de Prevenção de DST 3184-0208 [email protected]
Assistência 3184-0209 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Coqueluche
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
- Acompanhar a tendência temporal da doença, para detecção precoce de surtos e epidemias, visando adotar medidas de
controle pertinentes; Aumentar o percentual de isolamento em cultura, com envio de 100% das cepas isoladas para o
laboratório de referência nacional, para estudos moleculares e de resistência bacteriana a antimicrobianos.
DEFINIÇÃO DE CASO
Suspeito: Todo indivíduo independente da idade e estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais,
associado a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística, guincho e/ou vômitos pós-tosse.
Confirmado:
-Critério laboratorial: todo caso suspeito de coqueluche com isolamento de B.pertussis.
-Critério clínico-epidemiológico: Todo caso suspeito que teve contato com caso confirmado como coqueluche pelo
critério laboratorial, durante o período de transmissibilidade
-Critério clínico: Todo caso suspeito cujo hemograma apresente leucocitose acima de 20 mil leucócitos/mm³ e linfocitose
absoluta acima de 10 mil linfócitos/mm³, desde que sejam obedecidas as seguintes condições resultado da cultura
negativa ou não realizada; inexistência de vínculo epidemiológico; depois de realizado diagnóstico diferencial descartando
outras etiologias.
Descartado: Caso suspeito que não se enquadre em nenhuma das situações descritas anteriormente.
NOTIFICAÇÃO
De acordo com Portaria Estadual nº104 de 09/03/2012 a notificação da coqueluche foi acrescentada ao anexo II como
doença de notificação compulsória imediata estadual. Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às
Secretarias Municipais de Saúde (SMS) e estas deverão também informar de forma imediata a Secretaria Estadual de
Saúde (SES).
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
As unidades notificadoras encaminham de forma imediata ao Cievs por meio de fax ou email as fichas de investigação; o
Cievs repassa as fichas para área técnica, que envia por email para as Geres e estas devem encaminhar às SMS dos
municípios de residência para conhecimento, investigação e medidas de controle, devendo o fluxo tanto em esfera
municipal como estadual ocorrer de forma imediata. O envio de fichas de investigação da SES diretamente à SMS ocorre
exclusivamente para os municípios de Recife, Olinda, Jaboatão e Paulista, por email, com cópia para a I Geres.
As fichas são digitadas no Sinan na SMS de ocorrência, e as SMS de residência baixam pelo fluxo de retorno e
acrescentam os dados da investigação, medidas realizadas e encerramento dos casos.
INVESTIGAÇÃO
Todo caso suspeito e seus comunicantes devem ser imediatamente investigados, a fim de garantir a coleta oportuna de
material para a realização de cultura de B.pertussis. A ficha de investigação contém os elementos essenciais a serem
coletados em uma investigação de rotina. Todos os campos devem ser preenchidos, mesmo quando a informação for
negativa. Outros itens e observações podem ser incluídos, conforme as necessidades, principalmente os exames
complementares, enfatizando o hemograma, especificamente o nº de leucócitos e linfócitos, que fornecem subsídios para
o encerramento adequado dos casos.

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A vacinação dos suscetíveis é feita na rotina da rede básica de saúde. A mesma deve ser aplicada mesmo em crianças
cujos responsáveis refiram história da doença. A DTP (tríplice bacteriana) ou DTPa (tríplice acelular) é recomendada até a
idade de seis anos (6 anos, 11 meses e 29 dias), sendo que a vacina combinada DTP+Hib+HB é preconizada p ara os
menores de um ano pelo MS. Considera-se pessoa adequadamente vacinada quem recebeu três doses de vacina DTP
(contra difteria, tétano e coqueluche) ou DTP+ HIB (contra difteria, tétano, coqueluche e infecções graves causadas pelo
Haemophilus influenzae) ou DTP+HIB+HB (contra difteria, tétano, coqueluche, infecções graves causadas pelo
Haemophilus influenzae e hepatite B).
O MS preconiza a administração de 3 doses da vacina DTP+Hib+HB, a partir dos 2 meses de vida, com intervalo de 60
dias. Doses reforço da vacina DTP deverão ser aplicadas aos 15 meses e aos 4 anos.
Também deve ser ressaltada a importância da procura aos serviços de saúde se forem observadas as manifestações
que caracterizam a definição de caso suspeito de coqueluche.
CONTROLE
-Em casos isolados e surtos proceder à vacinação seletiva da população suscetível (vacinação de bloqueio), visando
aumentar a cobertura vacinal na área de ocorrência dos casos.
-Quimioprofilaxia de acordo com a indicação do Ministério da Saúde (GUIA VE 7ª edição).
COLETA DE AMOSTRAS
A coleta de material de nasofaringe deve ser realizada nos casos suspeitos a fim de identificar a circulação da
B.pertussis. Priorizar os casos em que a antibioticoterapia ainda não foi instituída ou que estão em uso de antimicrobiano
no máximo há 03 dias.
Em situação de surto de síndrome coqueluchoide deve-se coletar material de nasofaringe para realização de cultura. Na
impossibilidade de coletar material de todos os casos, selecionar uma amostra adequada de pacientes considerando: (i)
tempo de doença - coletar espécime clínico de casos em fase aguda da doença (menos de 04 semanas de evolução); (ii)
tempo de uso de antibiótico - priorizar casos antes do uso de antibioticoterapia ou no máximo com 3 dias de tratamento;
(iii) distribuição dos casos- coletar casos de pontos distintos.
Obs: Não se deve aguardar os resultados dos exames para instituição do tratamento, desencadeamento das medidas de
controle e de outras atividade da investigação, embora sejam imprescindíveis para confirmar os casos e nortear o
encerramento das investigações.
Condições para coleta:
-Observar as condições do meio de transporte principalmente sua data de validade (60 dias);
-A coleta de material deve ser realizada preferencialmente no início dos sintomas (fase catarral), antes do tratamento ou
no máximo com 03 dias de antibioticoterapia;
-Utilizar swabs finos com hastes flexíveis, estéreis e alginatados.
LINKS ÚTEIS
-www.opas.org.br; www.saude.gov.br/svs; www.saude.pe.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES:
-Guia de Vigilância Epidemiológica 7ª Edição. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS, 2009.
-Portaria Estadual Nº 104, republicada no DOE Nº45 em 09 /03/2012.
-POP LACEN. Isolamento de Bordetella Pertussis de Amostras Clínicas em Nasofaringe.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de
3184-0224 [email protected]
Agravos Agudos/ Coordenação de Doenças

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Imunopreveníveis
CIEVS Plantão 24h: 9488-4267 [email protected]
Lacen – Bacteriologia 3181-6319 [email protected]
Lacen – Recepção 3181-6317 [email protected]
PNI Estadual 3184-4000/01 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Difteria
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Investigar todos os casos suspeitos e confirmados com vistas à adoção de medidas de controle pertinentes para evitar a
ocorrência de novos casos; Aumentar o percentual de isolamento em cultura, com envio de 100% das cepas isoladas para
o laboratório de referência nacional, para estudos moleculares e de resistência bacteriana a antimicrobianos; Acompanhar
a tendência da doença, para detecção precoce de surtos e epidemias.
NOTIFICAÇÃO
Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente para o desencadeamento da investigação e adoção das medidas
de controle, bem como incluído no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
As unidades notificadoras encaminham imediatamente ao Cievs por fax ou email as fichas de investigação; o Cievs
repassa as fichas para área técnica, que envia por email para as Geres e estas devem encaminhar as SMS de residência
para conhecimento, investigação e medidas de controle pertinentes, de forma imediata. O envio de fichas de investigação
da SES diretamente a SMS ocorre exclusivamente para os municípios de Recife, Olinda, Jaboatão e Paulista, por email
com cópia para a I Geres.
As fichas são digitadas no Sinan na SMS de ocorrência, e as SMS de residência baixam por meio do fluxo de retorno e
acrescentam os dados da investigação, medidas realizadas e encerramento dos casos.
INVESTIGAÇÃO
Devido ao curto período de incubação e alta transmissibilidade, a investigação dos casos e dos comunicantes deverá ter
início imediatamente após a notificação do caso suspeito. Visando a detecção precoce de outros casos, é importante
desencadear busca ativa na comunidade, escola, local de trabalho, perguntando se há casos de “amigdalite”, além de
verificar se nos serviços de emergência e internação, apareceram casos com clínica compatível, pois a instituição da
terapêutica específica (SAD e antibiótico), o mais precocemente possível, diminui a letalidade da doença.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
As pessoas devem ser informadas quanto à importância da vacinação como medida de prevenção e controle da difteria.
Deve-se dar ênfase à necessidade de administrar o número de doses preconizado pelo calendário vigente. Cabe ressaltar
que toda população sob risco deve ser alertada para procurar os serviços de saúde, caso observe manifestações clínicas
compatíveis com a definição de caso suspeito de difteria.
CONTROLE
-Logo que se tenha conhecimento da suspeita de casos de difteria, deve-se desencadear um bloqueio vacinal seletivo com
DTP e/ou dT nas áreas onde o paciente esteve no período de transmissibilidade;
-Coletar material de comunicantes para pesquisa de portadores e iniciar a quimioprofilaxia dos comunicantes íntimos. É
importante lembrar que a vacina DTP é indicada para crianças de dois meses a seis anos completos. O Ministério da
Saúde preconiza a administração de três doses da vacina DTP+Hib+HB(pentavalente), a partir de dois meses de vida, com
intervalo de 60 dias entre as doses. Doses subsequentes da vacina DTP deverão ser aplicadas aos 15 meses (1º reforço)
e aos 4 anos de idade (2º reforço).A vacina dT deve ser administrada a partir de sete anos completos. O esquema
preconizado para os que não têm história de vacinação prévia contra a difteria (DTP ou DTPa ou DT ou dT) é a

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administração de três doses, com intervalo de dois meses entre elas (intervalo mínimo de 30 dias) e uma dose de reforço a
cada 10 anos. Nas pessoas com vacinação prévia contra a difteria (DTP ou DTPa ou DT ou dT), deve-se completar o
esquema, ou seja, considerar as doses (comprovadas) aplicadas anteriormente e nunca reiniciar o esquema.
COLETA DE AMOSTRAS
Coleta e remessa de material para exames (Coleta de nasofaringe, orofaringe e lesões de pele dos casos e
comunicantes)
-Deve-se retirar material das lesões existentes (ulcerações, criptas das amígdalas), exsudatos de orofaringe e de
nasofaringe, que são as localizações mais comuns, ou de outras lesões cutâneas, conjuntivas, genitália externa, etc., por
meio de swab estéril, antes da administração de qualquer terapêutica antimicrobiana.
-Deve-se realizar cultura separada do material de nasofaringe ou da via oral e de lesão de pele.
-Na coleta do material da orofaringe, não remover a pseudomembrana, pois sua remoção acelera a absorção da toxina e
leva ao sangramento.
-A coleta deve ser efetuada antes da administração de antibióticos.
Obs: Não devem ser aguardados os resultados dos exames para o desencadeamento das medidas de controle e outras
atividades da investigação, embora sejam imprescindíveis para a confirmação de casos e para nortear o encerramento das
investigações.
LINKS ÚTEIS:
www.opas.org.br; www.saude.gov.br/svs ; www.saude.pe.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Guia da Vigilância Epidemiológica 7ª Edição MS/SVS
-Nota Técnica de 13 de Agosto de 2010 MS/SVS (ALERTA DO CENÁRIO ATUAL)
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de Agravos
3184-0224 [email protected]
Agudos/Coordenação de Doenças Imunopreveníveis
Cievs – Plantão 24h 9488-4267 [email protected]
Lacen- Bacteriologia 3181-6319/6317 [email protected]
PNI Estadual 3184-0000 3184-0001 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica das Doenças Exantemáticas
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Identificação precoce de casos para adoção das medidas de prevenção e controle, bem como identificar e monitorar as
demais condições de risco.
DEFINIÇÃO DE CASO
Sarampo
Suspeito: Todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular,
acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite; ou todo indivíduo
suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou
ao exterior.
Confirmado:
-Laboratorial: caso suspeito cujo exame laboratorial teve resultado “reagente” ou “positivo para IgM” e a análise clínica
epidemiológica indica a confirmação do sarampo. Todos os casos IgM + ou reagente para o sarampo devem ser
analisados pela SMS/SES/SVS/MS.
-Vínculo epidemiológico: caso suspeito, contato de um ou mais casos de sarampo confirmados pelo laboratório, e que
apresentou os primeiros sintomas da doença entre 7 a 18 dias da exposição do contato.
Todo caso suspeito cujo exame laboratorial teve resultado “não reagente” ou “negativo para IgM”, em amostra coletada
entre o 1° e o 3° dias a partir do aparecimento do exantema, e que teve contato com um ou mais casos confirmados por
laboratório (entre 7 a 18 dias antes do aparecimento dos sinais e sintomas).
-Clínico: caso suspeito que, na avaliação clínica, os sinais e sintomas são compatíveis e não houve coleta de amostra para
sorologia; ou não foi investigado; ou evoluiu para óbito sem a realização de exame laboratorial.
A confirmação clínica do sarampo representa uma falha do sistema de vigilância epidemiológica.
Rubéola
Suspeito: Todo paciente que apresente febre e exantema máculo-papular, acompanhado de linfoadenopatia
retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história de
viagem ao exterior ou de contato nos últimos 30 dias, com alguém que viajou ao exterior.
Confirmado:
-Laboratorial: quando a interpretação dos resultados dos exames sorológicos for positiva para rubéola.
-Vínculo epidemiológico: caso suspeito que teve contato com um ou mais casos de rubéola, confirmados por laboratório, e
que apresentou os primeiros sintomas da doença entre 12 a 23 dias após a exposição ao caso.
-Clínico: quando há suspeita clínica de rubéola, mas as investigações epidemiológica e laboratorial não foram realizadas
ou concluídas. Como o diagnóstico de rubéola não pode ser confirmado nem descartado com segurança, esse caso
representa uma falha do sistema de VE.
NOTIFICAÇÃO E FLUXO
Obrigatória e imediata, devendo ocorrer nas primeiras 24 horas.
US SMS SES MS
A notificação também pode ser feita por meio do Cievs que funciona 24 horas. Após a notificação, o Cievs entra em
contato com a área técnica estadual que comunica à SMS e ao MS.

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INVESTIGAÇÃO
A investigação deve ser realizada pela SMS em até 48 horas.
-Confirmar suspeita diagnóstica; Identificar área de transmissão e sua extensão; Identificar a existência de surtos; Realizar
coleta de amostra clínica; Distribuição temporal, espacial e segundo atributos pessoais.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
-Vacinação de rotina - crianças aos 12 e 15 meses com a vacina tríplice viral. A meta d e cobertura é de 95%.
-Ações de educação em saúde informando a população sobre a doença e suas formas de transmissão.
CONTROLE
-Vacinação de bloqueio limitada aos contatos de seis meses a 39 anos, com o objetivo de evitar casos secundários. A
vacinação de bloqueio deve ocorrer preferencialmente em até 72 horas após a exposição.
-Operação limpeza é realizada frente a um caso confirmado ou surto, com o objetivo de interromper a cadeia de
transmissão do vírus, numa área geográfica determinada.
-Isolamento dos casos durante o período de transmissibilidade.
COLETA DE AMOSTRAS
A amostra de sangue do caso suspeito deve ser colhida no primeiro atendimento do paciente até, no máximo, 28 dias
após o início do aparecimento do exantema.
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br; www.saude.pe.gov.br
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de Agravos [email protected]
3184-0226/0225
Agudos/Coordenação de Doenças Imunopreveníveis [email protected]
PNI Estadual 9204-7223 [email protected]
Lacen 3181-6308/6309 [email protected]
Cievs 3184-0192 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Hanseníase
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVO
Detectar e tratar precocemente os casos novos para interromper a cadeia de transmissão e prevenir as incapacidades
físicas.
DEFINIÇÃO DE CASO
Considera-se caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais e que necessita
de tratamento poliquimioterápico: (i) lesão(ões) e/ou área(s) de pele com alteração de sensibilidade; (ii) acometimento de
nervo(s) periférico(s), com ou sem espessamento, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e
(iii) baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico.
O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico. É realizado por meio da análise da história e das condições
de vida do paciente e do exame dermato-neurológico.
A recidiva consiste no caso que concluiu com êxito o tratamento PQT/OMS e que, posteriormente, desenvolve novos
sinais e sintomas da doença. Geralmente ocorre em período superior a 5 anos após a cura.
NOTIFICAÇÃO
Doença de notificação compulsória em todo território nacional e de investigação obrigatória. Os casos diagnosticados
devem ser notificados na semana epidemiológica de ocorrência do diagnóstico, utilizando-se a ficha de notificação e
investigação do Sinan.
As unidades notificantes são, geralmente, aquelas que prestam atendimento ao SUS, incluindo as UBS/USF. Essas
unidades devem preencher e enviar mensalmente o Boletim de Acompanhamento de Casos/SINAN (Anexo V, da
Portaria SVS/SAS/MS nº 3.125/2010) ao nível central da SMS.
Dentre as atribuições de cada nível do sistema cabe a todos efetuar análise da qualidade dos dados, como
duplicidade de registros, completitude dos campos e consistência dos dados, análises epidemiológicas e divulgação das
informações. No entanto, cabe somente ao primeiro nível informatizado a complementação de dados, correção de
inconsistência e vinculação/exclusão de duplicidades.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
As unidades notificantes enviam semanalmente as fichas de notificação/investigação para as SMS, que enviam os
arquivos de transferência de dados uma vez por semana à Gerência Regional de Saúde (Geres). A Geres envia os
dados à Secretaria Estadual de Saúde (SES) que por sua vez, envia ao MS.
INVESTIGAÇÃO
A investigação epidemiológica tem por finalidade a descoberta de casos entre os contatos intradomiciliares. Para fins
operacionais, considera-se contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente de
Hanseníase nos últimos cinco anos. Assim, todos os contatos intradomiciliares dos casos detectados devem fazer o
exame dermato-neurológico. Os casos com suspeita de comprometimento neural sem lesões cutâneas, os de
diagnóstico duvidoso e os casos em menores de 15 anos deverão ser encaminhados aos serviços de referência para
confirmação diagnóstica.

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Vigilância de casos em menores de 15 anos


Todas as notificações de casos em menores de 15 anos deverão ser revisadas e investigadas. As US municipais,
diante desse caso, devem preencher o “Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica de Casos de Hanseníase
em Menores de 15 anos” (Anexo II, da Portaria SVS/SAS/MS nº 3.125/2010) e, se confirmado o caso, remeter esse
protocolo à SMS, com a ficha de notificação do Sinan, anexando cópia no prontuário do paciente. A SMS por sua vez,
encaminha o protocolo à SES.
Vigilância de Recidivas
Os casos notificados como recidiva deverão ser investigados e validados. As US, diante de um caso suspeito, devem
preencher a “ficha de intercorrências pós-alta por cura” (Anexo VI, da Portaria SVS/SAS/MS nº 3.125/2010) e,
encaminhar o caso para a unidade de referência mais próxima. Uma vez confirmado o caso, remeter a ficha para a SMS,
juntamente com a ficha de notificação do Sinan, anexando cópia no prontuário do paciente. A SMS por sua vez,
encaminha o protocolo à SES.
Óbitos
Os óbitos, cuja causa no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) seja a Hanseníase, deverão ser
investigados e, caso sejam confirmados, deverão ser notificados no Sinan.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Apesar de não haver uma forma de prevenção específica, existem medidas que podem evitar novos casos e as
formas multibacilares, tais como: diagnóstico e tratamento precoces, exame dermato-neurológicos dos contatos
intradomiciliares e aplicação da vacina BCG.
CONTROLE
Diagnóstico Precoce dos Casos: se dá por meio da detecção ativa (demanda espontânea) e passiva
(encaminhamento). As equipes de saúde devem organizar ações de investigação epidemiológica, exame de coletividade
(campanhas, inquéritos) e exame de grupos específicos (prisões, asilos, etc.).
Prevenção de Incapacidades: todos os casos, independente da forma clínica, devem ser avaliados quanto ao grau de
incapacidade no momento do diagnóstico e, no mínimo, 1 vez por ano, inclusive na alta por cura.
Vacinação BCG: a vacina BCG-ID deverá ser aplicada nos contatos intradomiciliares, sem presença de sinais e
sintomas de hanseníase, no momento da avaliação, independentemente de serem contatos de casos PB ou MB. No
entanto, os contatos menores de 1 ano de idade já vacinados e os contatos que possuem duas cicatrizes vacinais, não
deverão receber nenhuma dose da vacina.
Educação em Saúde: componente estruturante do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, compreende três
eixos: comunicação em saúde; educação permanente; e mobilização social. Essas ações devem ser conduzidas sempre
em consonância com as políticas vigentes.
UNIDADES DE REFERÊNCIA
Nível Secundário
-Hospital Geral Otávio de Freitas (Nota técnica PE Nº 006 /2011 de 16/12/2011) Ambulatório
-Hospital Geral da Mirueira (Nota Técnica PE Nº 001/2012 de 17/01/2012) Ambulatório/ Internamento
clínico/Reabilitação.
Nível Terciário
-Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira - IMIP (Nota Técnica PE Nº 05 / 2012 de 27/04/2012) Ambulatório/
Internamento cirúrgico- Reabilitação.
LINKS ÚTEIS
- www.saude.gov.br;

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- http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portaria_n_3125_hanseniase_2010.pdf
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portaria nº 3125, de 07/10/2010; Nota técnica PE Nº 006 /2011, de 16/12/2011; Nota Técnica PE Nº 05/2012, de
27/04/2012; Nota Técnica PE Nº 001/2012, de 17/01/2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/ Gerência de Doenças Transmitidas por
3184-0200
Micobactérias/Coordenação do Programa de Controle [email protected]
3184-0352
da Hanseníase

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica das Hepatites Virais
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Implementar a VE das hepatites virais no estado de Pernambuco, contribuindo para o enfrentamento da doença e
prevenção de novos casos assim como para a melhoria da assistência aos pacientes.
DEFINIÇÃO DE CASO
O suspeito de hepatite viral pode apresentar-se das seguintes formas:
1. Sintomático ictérico- Indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente (recente ou não), com ou sem sintomas e/ou
indivíduo que desenvolveu icterícia subitamente e evoluiu para óbito.
2. Sintomático anictérico - Indivíduo sem icterícia, que apresente um ou mais sintomas e apresente valor aumentado das
aminotransferases (TGO e TGP).
3. Assintomático - Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada e/ou comunicante de caso confirmado de
hepatite e/ou indivíduo com alteração de aminotransferases.
4. Suspeito com marcador sorológico reagente - Indivíduo assintomático doador de sangue, com um ou mais
marcadores reagentes para hepatite. A, B, C, D ou E e/ou indivíduo assintomático com marcador reagente para hepatite
viral A, B, C, D ou E.
NOTIFICAÇÃO
As Unidades de Saúde (UBS, Policlínica, Hospitais, etc) que tiverem casos suspeitos de hepatites virais devem
preencher corretamente a Ficha do Sinan de forma legível, sem deixar campos em branco e não abreviar nomes.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
A VE do município deve revisar as fichas recebidas das unidades de saúde e resgatar os dados que estiverem faltando.
Digitar todas as fichas no SINAN e fazer uma transferência SEMANAL de dados para a Vigilância Epidemiológica da
Regional de Saúde (GERES).
INVESTIGAÇÃO
Para determinar as suspeitas das hepatites B ou D, observar história de estada em outros países e/ou região
Amazônica. Para casos de hepatite A, buscar história de contatos, comunicantes e exposição a possíveis fontes de
contaminação.
Na suspeita de casos de hepatite por transmissão parenteral/sexual – deve-se investigar uso de sangue,
hemocomponentes e hemoderivados principalmente se ocorreu antes de 1993; uso de drogas injetáveis, e passagem por
unidades de hemodiálise. Uma vez confirmado, deve-se buscar parceria com saúde ambiental, vigilância da água e
APEVISA (a depender do tipo de hepatite).
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Orientação quanto à qualidade da água para consumo e à higiene pessoal; profissionais da área da saúde precisam
obedecer às normas universais de biossegurança, incluindo a vacinação; comunicantes devem iniciar imediatamente o
esquema de vacinação contra as hepatites A e B (não vacinados) ou completar esquema dos que não completaram;
utilização de preservativo nas relações sexuais; em casos de hepatites com transmissão parenteral, sexual, vertical e
percutânea (B, C e D), os pacientes devem ser orientados em relação ao não compartilhamento de objetos de uso pessoal

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

como lâmina de barbear, escova de dente, alicates de unha; o HBsAg pode ser encontrado no leite materno de mães
HBsAg positiva, no entanto, a amamentação não traz riscos adicionais para os seus recém- nascidos, desde que tenham
recebido a primeira dose da vacina e imunoglobulina nas primeiras 12 horas de vida; na hepatite C não há evidências
conclusivas que o aleitamento acrescente risco à transmissão do HCV, exceto na ocorrência de fissuras e sangramentos
nos mamilos; é recomendável a administração de imunoglobulina contra o HBV e vacina contra a hepatite (nas primeiras
12 horas de vida) em filhos de mães HBsAg positivas; a segunda e terceira doses da vacina devem seguir o calendário
vacinal normal; a imunização contra Hepatite A está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais
(Crie), estando indicada apenas para casos especiais;
Vacinação contra o vírus da hepatite B – a vacina está disponível para menores de 0 até 29 anos no Crie para situações
especiais e em salas de vacina de postos de saúde e maternidades.
Imunoglobulina humana anti-hepatite B - a imunoglobulina humana anti-hepatite tipo B (IGHAHB) é indicada para
pessoas não vacinadas após exposição ao vírus da hepatite B.
CONTROLE
Hepatite A - Os comunicantes devem ser encaminhados para vacinação.
Hepatite B - Controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica; Vacinação contra hepatite B, disponível
no SUS para as seguintes situações: menores de um ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas
primeiras 12 horas após o parto e crianças e adolescentes entre um a 29 anos de idade e população especifica; Uso de
imunoglobulina humana Anti-Vírus da hepatite B em recém-nascidos de mães portadoras do HBsAg e/ou contatos sexuais
com portadores ou com infecção aguda (o mais cedo possível e até 14 dias após a relação sexual) e/ou vítimas de
violência sexual (o mais cedo possível e até 14 dias após o estupro) e/ou acidentes ocupacionais; Uso de equipamentos de
proteção individual pelos profissionais da área da saúde; Não compartilhamento de objetos perfuro cortantes.
Hepatite C- triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen; triagem de doadores de órgãos sólidos como
coração, fígado, pulmão e rim; triagem de doadores de córnea ou pele; controle de infecção em hospitais, laboratórios,
consultórios dentários, serviços de hemodiálise.
COLETA DE AMOSTRAS
Coleta de amostras clínicas (marcadores virais) - o sangue (para a separação do soro ou plasma) deverá ser coletado
assepticamente em tubo de coleta a vácuo (preferencialmente com gel separador) ou com o auxílio de seringas
descartáveis; neste último caso, vertendo o conteúdo para um tubo seco e estéril para aguardar a coagulação. Em caso de
utilização de plasma, o sangue deverá ser coletado com ACD ou EDTA. Nunca usar heparina como anticoagulante. Os
tubos contendo o sangue deverão ser centrifugados a 2.500 rpm por 10 minutos, à temperatura ambiente. O soro ou
plasma deve ser acondicionado em tubo de polipropileno, esterilizado e hermeticamente fechado, devidamente
identificado. No rótulo, colocar o nome completo, número de registro laboratorial e data de coleta. A tampa deve ser
vedada e fixada com filme de parafina ou esparadrapo. Pode ser acondicionado entre 2ºC e 8ºC por 72h. Para períodos
maiores, conservar entre -20ºC e -70ºC. Transportar em saco plástico transparente bem vedado (por um nó ou por
elástico), em um isopor ou caixa térmica contendo gelo reciclável ou gelo seco (a quantidade de gelo deverá corresponder
a, no mínimo, 1/3 do volume da embalagem). Usar, preferencialmente, gelo seco. Se não for possível, utilizar gelo
embalado em sacos plásticos bem vedados. Nunca congelar sangue total e não colocá-lo em contato direto com o gelo.
Coleta para procedimentos de biologia molecular (HBV-DNA e HCV-RNA) – coleta conforme instruções acima. A
amostra deverá ser centrifugada e separada nas duas primeiras horas após a coleta e conservada entre -20ºC e -70ºC.
Evitar congelamentos e descongelamentos sucessivos. Transporte da amostra conforme orientações acima.
Hepatite A, B, C e D (sorologias) - Método: Imunoensaio enzimático de micropartículas - MEIA; Ensaio imunoenzimático
– ELISA. Orientações para coleta: informar ao paciente a necessidade de jejum de 4 horas, salvo em casos de urgência;
Coletar 3ml de soro em tubos vacuntaimer com gel separador. Conservação e transporte: conservar sob refrigeração
entre 2 a 8 °C até 5 dias e para tempo prolongado a -20°C até seis meses; Os tubos devem ser embalados

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individualmente e transportados em estantes dentro de maleta térmica com gelo reciclável.


Biologia Molecular (B e C) – Procedimento: coletar 5,0 ml de sangue em tubos BD vacutainer PPT; Amostras coletadas
com heparina são inadequadas para o teste. Homogenizar de 8 a 10 vezes após a coleta; Deixar a temperatura ambiente
por 10 minutos; Centrifugar a 1.100G, para um melhor resultado centrifugar a amostra em até 2 horas após a coleta; Enviar
os tubos em pé em estantes em caixas de isopor com gelo reciclável que mantenha a temperatura entre 2 e 8°C dentro de
48 horas, acompanhado do laudo médico de solicitação e APAC devidamente preenchida. Obs: Os tubos BD vacutainer
PPT são específicos para uso em métodos em biologia molecular, mantendo a estabilidade da amostra por 48 horas.
LINKS ÚTEIS
www.aids.gov.br; www.saude.pe.gov.br; www.lacen.pa.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
Portaria GM Nº 2.080, de 31/10/2003; Portaria GM Nº 2.577, de 27/10/2006; Portaria GM Nº 221, de 13/07/2011; Portaria
Nº 457, de 21/05/2012; Portaria Nº 34, de 28/09/2007.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/ Gerência de Prevenção e Controle da Aids e 3184-0213
[email protected]
outras DST/ Coordenação de Prevenção das Hepatites 3184-0211
[email protected]
Virais 3184-0205

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Influenza
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Monitorar as cepas dos vírus influenza que circulam nas regiões brasileiras; Identificar a circulação dos vírus respiratórios
para a adequação da vacina de influenza sazonal para o hemisfério sul; Avaliar o impacto da vacinação contra a doença;
Isolar espécimes virais e enviar ao Centro Colaborador de Influenza para as Américas da OMS; Identificar vírus respiratórios
de acordo com a patogenicidade e virulência em cada período sazonal, visando à orientação terapêutica de acordo com o
agente; Garantir tratamento oportuno nos casos de Síndrome Gripal (SG) com fator de risco e SRAG; Acompanhar a
tendência da morbidade e da mortalidade associadas à doença; Responder a situações inusitadas; Detectar e oferecer
resposta rápida à circulação de novos subtipos que possam estar relacionados à pandemia de influenza.
DEFINIÇÃO DE CASO
Síndrome Gripal (SG)
Indivíduos maiores de seis meses que apresentem febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor
de garganta e pelo menos um dos sintomas: cefaleia, mialgia e artralgia. Obs: Crianças menores de seis meses de idade:
febre de início súbito mesmo que referida e sintomas respiratórios.
Surto de síndrome gripal – ocorrência de pelo menos três casos de SG em ambientes fechados/restritos, com intervalos de
até cinco dias entre as datas de início de sintomas
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):
Indivíduos de qualquer idade internado, com síndrome gripal que apresente dispneia ou saturação de oxigênio menor que
95% ou desconforto respiratório.
NOTIFICAÇÃO
Imediata ao Cievs os casos de SRAG internados ou óbitos por SRAG, ou casos agregados de SG (surtos) com devido envio
de amostra ao Lacen e digitação no SinanWeb nos casos de SRAG e os surtos no SinanNet (módulo surto).
Obs.: Os casos de surto de SG que evoluírem para forma grave, de acordo com a definição de caso de SRAG, deverão ser
notificados individualmente no SinanWeb.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Unidade notifica ao Cievs que envia para a área técnica e esta para as Geres de ocorrência e residência. As Geres se
responsabilizam pelo o envio às SMS. A SMS de ocorrência digita o caso no SinanWeb e SMS de residência investiga,
complementa os dados e realizar as medidas pertinentes.
INVESTIGAÇÃO
Para caracterizar e descrever o evento, a unidade notificadora, SMS de residência (caso isolados) / SMS ocorrência
(surtos) deverá registrar: (i) dados de identificação; (ii) antecedentes de exposição; (iii) tipo de contato com casos
semelhantes (contato próximo, utilização de ambiente comum, entre outros); (iv) a caracterização clínica dos casos
suspeitos, atentando para a existência, no grupo acometido, de pessoas com fatores de risco para o desenvolvimento de
complicações da doença.
Atenção em casos de surtos: verificar se a notificação do surto corresponde à definição padronizada; a história vacinal
(contra influenza) dos casos e destacar outras informações relevantes, detectadas durante a investigação epidemiológica,
que não estão contempladas na ficha de investigação.

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Medidas de caráter geral (que também se aplicam aos surtos institucionais e hospitalares); Higiene das mãos com água e
sabão, depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro, antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz; Evitar
tocar os olhos, nariz ou boca, após contato com superfícies; Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis a cada
uso) a boca e nariz, ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis; Evitar entrar em contato com outras
pessoas suscetíveis, caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas; Evitar aglomerações e ambientes fechados (devem-
se manter os ambientes ventilados); Repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
A imunização para as pessoas com fatores de risco deve ser feita de acordo com as recomendações do MS.
CONTROLE
Quimioprofilaxia nos casos indicados pelo Protocolo de Tratamento de Influenza - 2012 SVS/MS.
COLETA DE AMOSTRAS
Nos casos de SG as coletas serão realizadas exclusivamente na US (05 coletas por SE) com objetivo principal da
identificação dos vírus circulantes para adequação da vacina.
Os casos de SRAG internados deverão ser coletados, preferencialmente até 03 dias do início dos sintomas, podendo ser
coletado até o 7º dia do início dos sintomas através de swab combinado (nasal/oral).
LINKS ÚTEIS
www.portal.saude.opas.org.br; www.saude.gov.br/svs; www.portal.saude.pe.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Protocolo de Tratamento de Influenza –2012-SV/MS; Portaria Nº 2.693, de 17/11/2011
-Nota Técnica LACEN 2012 (Coleta, transporte e acondicionamento de amostras clínicas)
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerências de Agravos Agudos/Coord. de
3184-0224 [email protected]
Doenças Imunopreveníveis
Cievs - Plantão 24h: 9488-4267 [email protected]
Lacen – Virologia 3181-6340/6232 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica das Meningites
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Monitorizar a situação epidemiológica das meningites no estado; Orientar quanto às medidas de prevenção e controle e
avaliar a efetividade do uso dessas tecnologias; Detectar surtos.
DEFINIÇÃO DE CASO
Suspeito
-Crianças acima de um ano e adultos com: febre, cefaleia intensa, vômitos acompanhado ou não de: rigidez da nuca,
sinais de irritação meníngea (Kernig, Brudzinski), convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo.
-Em crianças menores de um ano, sintomas clássicos acima referidos podem não ser tão evidentes. É importante
considerar para suspeita diagnóstica sinais de irritabilidade, como choro persistente, e verificar a existência de
abaulamento de fontanela.
Confirmado
-Todo caso: (i) confirmado pelos seguintes exames laboratoriais: cultura, contraimunoeletroforese e látex; (ii) suspeito, com
história de vínculo epidemiológico com caso confirmado laboratorialmente por um dos exames acima; (iii) suspeito, com
bacterioscopia positiva ou clínica sugestiva, com petéquias (meningococcemia).
NOTIFICAÇÃO
No estado todo caso suspeito ou confirmado de Doença Meningocócica é de notificação imediata. É de responsabilidade
do serviço de saúde notificar todo caso suspeito às autoridades municipais de saúde, que deverão providenciar, de forma
imediata, a investigação epidemiológica e avaliar a necessidade da adoção das medidas de controle pertinentes.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
A unidade de saúde notificante deve encaminhar a ficha de notificação do caso para o município de ocorrência já
encerrada, respeitando o prazo de período oportuno (60 dias) para digitação no Sinan.
Só após a inclusão do caso no Sinan é que o município de residência e o nível central poderão ter acesso a essa ficha no
sistema. Caso seja necessário, o município pode acrescentar informações na ficha de investigação do caso.
Em caso suspeito de doença meningocócica deve-se enviar imediatamente a ficha de notificação por fax, email ou
telefone para SES para ser encaminhada à Geres referente ao município de residência do paciente.
INVESTIGAÇÃO
É realizada com o objetivo de caracterizar clinicamente o caso (incluindo a análise dos exames laboratoriais) e identificar
as possíveis fontes de transmissão. Deve-se verificar a necessidade de identificação de contatos e a implementação de
medidas de controle. A ficha de investigação do Sinan contém as informações essenciais a serem coletadas em uma
investigação de rotina. Todos os campos devem ser criteriosamente preenchidos, mesmo que a informação seja negativa.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. É possível, para alguns, dispor
de medidas de prevenção primária, tais como: quimioprofilaxia e vacinas. As vacinas são específicas para determinados
agentes etiológicos, algumas fazem parte do calendário básico de vacinação da criança, outras estão indicadas apenas em
situações de controle de surto e algumas são indicadas para grupos especiais.

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CONTROLE
A quimioprofilaxia é indicada para os contatos íntimos de casos de doença meningocócica e meningite por H. influenzae,
e para o paciente, no momento da alta, no mesmo esquema preconizado para os contatos, exceto se o tratamento da
doença foi com ceftriaxona. A droga de escolha para a quimioprofilaxia é a rifampicina, administrada em dose adequada e
simultaneamente a todos os contatos íntimos, preferencialmente até 48 horas da exposição à fonte de infecção, sendo
considerados o prazo de infectibilidade e o período de incubação da doença. O uso restrito da droga visa evitar a seleção
de estirpes resistentes de meningococos.
COLETA DE AMOSTRAS
O diagnóstico etiológico dos casos suspeitos é de extrema importância para a VE, tanto na situação endêmica, quanto
em situações de surto. A punção lombar para coleta de líquor e a coleta de sangue e/ou fezes devem ser realizadas logo
após a suspeita clínica, preferencialmente antes do início do tratamento com antibiótico. O tratamento imediato, entretanto,
não impede a coleta de material, seja líquor, sangue ou outro, mas recomenda-se que a coleta das amostras seja feita o
mais próximo possível do início do tratamento.
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br; www.saude.pe.gov.br; www.opas.org.br .
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-NT n° 001/2009 CGDT/DEVEP/SVS/MS; NT n° 02/2009; NT n° 01/2009; NT nº 53/2011/CGDT/DEVIT/SVS/MS; NT n°
020/2011; NT/SES-PE n° 13/2012; NT SES-PE n° 01/2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de Agravos 3184.0223 [email protected]
Agudos/Coordenação de Doenças Imunopreveníveis 3184.0224/25 [email protected]
Hospital Correia Picanço 3184.3938 [email protected]
Cievs 3184.0192/ 0193 [email protected]
Farmácia Central do Estado 3181.6106/6107 [email protected]
Lacen 3181.6317 -
PNI Estadual 3184.4000/3995 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Paralisia Flácida Aguda (PFA) /
Poliomielite
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Manter erradicada a poliomielite no Brasil. Monitorizar a ocorrência de casos de paralisia flácida aguda (PFA) em
menores de 15 anos de idade.
DEFINIÇÃO DE CASO
Suspeito
Todo caso de deficiência motora flácida, de início súbito, em menores de 15 anos, independente da hipótese
diagnóstica de poliomielite.
Caso de deficiência motora flácida, de início súbito, em indivíduo de qualquer idade, com história de viagem a países
com circulação de poliovírus nos últimos 30 dias, que antecederam o início do déficit motor, ou contato no mesmo período
com pessoas que viajaram para esses países, que apresentem suspeita diagnóstica de poliomielite.
Confirmado
-Poliovírus selvagem – caso de PFA em que houve isolamento de poliovírus selvagem na amostra de fezes do caso, ou
de um de seus contatos, independente de haver ou não sequela, após 60 dias do início da deficiência motora.
-Poliovírus derivado vacinal (PVDV) – caso de PFA com isolamento de PVDV e sequela, 60 dias após déficit motor.
NOTIFICAÇÃO
Obrigatória e imediata, devendo ocorrer nas primeiras 24 horas.
US SMS SES MS
A notificação também pode ser feita através do CIEVS que é de funcionamento 24 horas. Após a notificação o CIEVS
entra em contato com a área técnica estadual que comunica a SMS e MS.
INVESTIGAÇÃO
A investigação deve ser realizada em até 48 horas.
Deve-se: caracterizar clinicamente o caso; coletar uma amostra de fezes; preencher a ficha de investigação
epidemiológica; visitar imediatamente o domicílio para complementar dados da ficha de investigação e buscar outros
casos quando necessário; orientar medidas de controle pertinentes; realizar a revisita do caso para avaliação de sequela,
aos 60 dias após o início da deficiência motora; classificar o caso, conforme os critérios estabelecidos; retroalimentar a
fonte notificadora.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
-Vacinação de rotina: com a Vacina Inativada -VIP em todas as crianças aos 2 e 4 meses e com a Vacina Oral -VOP
aos 6 meses e, campanhas de vacinação em menores de 5 anos com a VOP.
-Ações de educação em saúde: informando a população sobre a doença e suas formas de transmissão.
CONTROLE
A principal proteção ocorre pela manutenção de elevadas coberturas vacinais na rotina e nas campanhas de vacinação
em massa, com a vacina VOP.
COLETA DE AMOSTRAS
A amostra de fezes do caso suspeito deve ser colhida preferencialmente até 14 dias após a data do início do déficit

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motor. A SES deve ser informada após a coleta e a amostra é enviada para a virologia do LACEN para posterior
transporte para a FIOCRUZ-RJ onde será analisada.
LINKS ÚTEIS
www.saude.pe.gov.br; www.saude.gov.br.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-PORTARIA Nº 104, DE 25/01/2011; Guia de vigilância epidemiológica - 7º Edição;
Informe técnico da introdução da vacina inativada poliomielite. Brasília, Maio, 2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de
3184-0226 [email protected]
Agravos Agudos/Coordenação de Doenças
3484-0225 [email protected]
Imunopreveníveis
PNI Estadual 9204-7223 [email protected]
Lacen 3181-6307/08/09 [email protected]
Cievs 3184-0191
[email protected]
Cievs - notificação 24 horas 9488-4267

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Sífilis
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Implementar a VE da sífilis em Pernambuco, contribuindo para a prevenção e controle da doença, prevenção da
transmissão vertical do Treponema pallidum e melhoria da assistência aos pacientes.
DEFINIÇÃO DE CASO
Sífilis primária: cancro duro (pode passar despercebido na mulher) + adenopatia satélite.
Sífilis secundária: lesões cutâneo-mucosas, generalizadas, poliadenopatia e outros.
Sífilis terciária: lesões cutâneo-mucosas, alterações neurológicas, cardiovasculares e osteoarticulares.
Sífilis em gestantes:
Toda gestante que tenha evidência clínica de sífilis e/ou sorologia não treponêmica reagente, com qualquer titulação,
realizado em qualquer semana do pré-natal, com teste treponêmico reagente ou não realizado.
Sífilis congênita:
-Toda criança nascida de mãe com sífilis (evidência clínica e/ou laboratorial), diagnosticada durante a gestação, parto ou
puerpério.
-Todo indivíduo com menos de 13 anos com suspeita clínica e/ou epidemiológica e que não apresentem evidência de
transmissão ou abuso sexual.
NOTIFICAÇÃO
Sífilis em gestantes:
Doença de notificação compulsória desde 2005 – digitação no Sinan NET com CID O98.1. A ficha deve ser disponibilizada
em todos os serviços de saúde públicos e privados que atendem a mulher gestante.
Sífilis congênita
Doença de notificação compulsória desde 1986 – digitação no Sinan NET com CID A50.9. A ficha deve ser disponibilizada
nos serviços públicos e privados que realizam atendimento a crianças.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Sífilis em gestantes/Sífilis congênita:
A ficha de notificação deve ser preenchida de forma legível sem deixar campos em branco e sem abreviar nomes. A
Unidade de Saúde notificante avalia a ficha quanto à sua completude e, em seguida, a envia para a VE municipal. Esta,
por sua vez, revisa as fichas recebidas, e em seguida resgata os dados que estiverem faltando. Todas as fichas devem ser
digitadas no Sinan e ser feita a transferência SEMANAL de dados para a VE da Geres.
INVESTIGAÇÃO
Sífilis em gestantes:
No pré-natal a informação referente ao tratamento realizado da mãe e do parceiro é primordial e deve ser registrada na
carteira da gestante (data do tratamento, droga e dose utilizada). No caso da gestante com sífilis na gestação anterior deve
ser feita a investigação clínica, e se positiva, deve ser efetuada uma nova notificação. Quando há a identificação de
gestante com sífilis na hora do parto, deve-se tratar a puérpera e notificar a criança com sífilis congênita.
Sífilis congênita:
Verificar as causas da não realização ou realização tardia do pré-natal e/ou dos testes de sífilis na gestante e das

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causas do não tratamento do parceiro. Verificar se o tratamento do RN com sífilis foi feito corretamente e se houve o
seguimento para controle de cura.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Sífilis em gestantes:
A promoção da saúde deve ser enfocada por meio de ações de informação, educação e comunicação para as questões
relacionadas às doenças sexualmente transmissíveis em geral. A transmissão vertical pode ocorrer em qualquer fase
gestacional, por isso torna-se importante estimular o uso de preservativo durante todo esse período, tendo ele uma dupla
função (anticonceptiva e profilática). Além disso, a transmissão para o bebê pode ocorrer durante o parto se houver lesões
genitais maternas e no aleitamento ocorrerá se houver lesão mamária. Caso a gestante não tenha feito pré-natal
adequado, deve ser feita sorologia na maternidade. A sorologia deve ser solicitada nos casos de aborto espontâneo,
natimorto ou morte perinatal. A convocação de parceiros é imprescindível.
Sífilis congênita:
Diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e em seu(s) parceiro(s); realização de teste de sífilis nas
mulheres com intenção de engravidar, nas consultas ginecológicas e nas de prevenção do câncer (colo e mama);
tratamento imediato dos casos diagnosticados em mulheres e seus parceiros, de preferência com Penicilina Benzatina de
acordo com a fase da doença. Para isso devem ser disponibilizadas as medicações injetáveis em todas as unidades de
saúde; fazer o controle de cura mensalmente.
CONTROLE
A medida mais efetiva é oferecer a toda gestante assistência pré-natal adequada. Captar precocemente a gestante para
o pré-natal e realizar, no mínimo, seis consultas; realizar dois testes na gravidez (1º e 3º trimestre) e um na hora do parto;
tratar imediatamente os casos diagnosticados em gestantes e seus parceiros. É indispensável a realização do tratamento
mesmo na impossibilidade do diagnóstico laboratorial. O tratamento imediato dos casos em mulheres e seus parceiros
deve ser realizado, preferencialmente, com Penicilina Benzatina de acordo com a fase da doença. Para isso devem ser
disponibilizadas as medicações injetáveis em todas as US (Portaria MS Nº 156/06). Documentar as sorologias e tratamento
na carteira da gestante. O VDRL pode ser feito em ocasiões como: antes da gravidez, curetagem pós-aborto, etc.
COLETA DE AMOSTRAS
Todas as Unidades Básicas de Saúde devem realizar o Teste Rápido de Sífilis. Realizar coleta de sangue para o teste
VDRL ou encaminhar para uma unidade de maior complexidade ou Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), quando
necessário. As UPAS, policlínicas, urgências, hospitais e principalmente maternidades devem dispor do teste de VDRL.
LINKS ÚTEIS:
-www.saude.gov.br ; www.aids.gov.br; www.saude.pe.gov.br .
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portarias: Nº 156, de 19/01/2006; SVS/MS Nº151 de 14/10/2009; MS/GM Nº104 DE 25/01/2011; SES-PE Nº104 DE
09/03/2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
[email protected]
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle da Aids e
3184-0204/0206/0207 [email protected]
outras DST/ Coordenação de Prevenção de DST
[email protected]
Assistência 3184-0209 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica dos Surtos de Doenças Transmitidas
por Alimentos (DTA)
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVO
Reduzir a incidência das doenças transmitidas por alimentos (DTA) em Pernambuco, a partir do conhecimento do
problema e de sua magnitude, subsidiando as medidas de prevenção e controle.
DEFINIÇÃO DE SURTO
Ocorrência na qual dois ou mais indivíduos apresentam sinais e sintomas semelhantes após a ingestão de um mesmo
alimento/água considerado contaminado por evidência clínica-epidemiológica e/ou laboratorial, ou um indivíduo com uma
doença rara como: botulismo, Síndrome Hemolítico-Urêmica, cólera, entre outras.
NOTIFICAÇÃO
Todo surto de DTA é de notificação compulsória imediata (até 24 horas após sua ocorrência). A comunicação de um
surto deve ser feita por telefone, e-mail e outros, aos níveis hierárquicos superiores.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO
Segue abaixo de forma esquemática.
INVESTIGAÇÃO
A VE realiza o inquérito, a coleta amostras clínicas, o processamento/análise dos dados e a digitação no Sinan; a Visa
realiza a inspeção sanitária, elabora a lista de verificação e realiza a coleta de amostras de alimentos; a VA realiza a
investigação ambiental e faz a coleta de amostras de água; o Laboratório realiza a análise das amostras clínicas e
bromatológicas; outros técnicos poderão ser convocados (Assistência, Secretaria de Agricultura, Ceatox, dentre outros).
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Orientar quanto à manipulação, produção, acondicionamento, armazenamento e/ conservação dos alimentos; realizar
busca ativa de novos casos; estimular a notificação dos surtos de DTA.
COLETA DE AMOSTRAS
Coletar amostras biológicas durante o inquérito, o mais precocemente possível (na fase aguda de doença),
preferencialmente antes do tratamento dos doentes. No caso de grandes surtos, coletar em pelo menos 20% dos casos.
Deve-se coletar também amostras dos não doentes e manipuladores. As amostras biológicas uma vez rotuladas e
identificadas devem ser enviadas ao Lacen.
LINKS ÚTEIS www.saude.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portarias: GM/MS nº 104/2011; SES–PE nº 104/2012. NT de maio 2011- Prevenção de surtos de DTA em escolas
públicas de Pernambuco. NT nº 22/2011 SES-PE- Cianobactérias – sua importância na saúde pública.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de Agravos
3184-0226/0219 [email protected]
Agudos/Coordenação de DTHA
Lacen – recepção de amostras clínicas 3181-6306 [email protected]
Lacen – recepção de amostras bromatológicas 3181-6312 [email protected]
Vigilância Sanitária Estadual – Apevisa 3181-6264 -

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica do Tétano Acidental
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Reduzir a incidência dos casos de tétano acidental; conhecer todos os casos suspeitos e investigar oportunamente
100% deles, com objetivo de assegurar o diagnóstico e o tratamento precoces, adotando assim medidas de controle
oportunas; avaliar o impacto das medidas de controle; promover educação continuada, incentivando o uso de
equipamentos e objetos de proteção, a fim de evitar ocorrência de ferimentos ou lesões.
DEFINIÇÃO DE CASO
-Suspeito: todo paciente acima de 28 dias de vida que apresenta um ou mais dos seguintes sinais/sintomas: disfagia,
trismo, riso sardônico, opistótono, contraturas musculares localizadas ou generalizadas, com ou sem espasmos,
independente da situação vacinal, da história de tétano e de detecção ou não de solução de continuidade de pele ou
mucosas.
-Confirmado: todo caso suspeito cujos sinais/sintomas não se justifiquem por outras etiologias e apresente trismo,
disfagia, contratura dos músculos da mímica facial (riso sardônico, acentuação dos sulcos naturais da face, pregueamento
frontal, diminuição da fenda palpebral), rigidez abdominal (abdome em tábua), contratura da musculatura paravertebral
(opistótono), da cervical (rigidez de nuca), de membros (dificuldade para deambular), independente da situação vacinal, da
história prévia de tétano e de detecção de solução de continuidade da pele/mucosas. A lucidez do paciente reforça o
diagnóstico.
NOTIFICAÇÃO
A notificação de casos suspeitos deverá ser feita imediatamente por profissionais da saúde ou qualquer pessoa da
comunidade à equipe de Vigilância Epidemiológica (VE) do município.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
A equipe de VE municipal encaminhará a notificação às VE regional ou estadual e esse nível ao MS.
INVESTIGAÇÃO
Iniciada imediatamente após a notificação de um caso suspeito para permitir que as medidas de controle sejam adotadas
em tempo oportuno. Nela devem ser consideradas a identificação do paciente, dados da história clínica, o
acompanhamento da evolução do caso, as medidas implementadas no curso da doença e a identificação da área de risco.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A principal forma de prevenção é vacinar a população desde a infância com a vacina antitetânica. O esquema completo
recomendado pelo MS é de três doses administradas no primeiro ano de vida, com reforços aos 15 meses e de quatro
anos de idade. A partir dessa idade, um reforço a cada 10 anos após a última dose administrada ou cinco anos se for
gestante.
CONTROLE
Além da vacinação de rotina destaca-se, em particular, a identificação e vacinação de grupos de risco, tais como,
trabalhadores da construção civil, da agricultura, catadores de lixo, trabalhadores de oficinas mecânicas, etc. Destaca-se,
ainda, a importância da atualização técnica dos profissionais de saúde quanto ao tratamento adequado dos ferimentos e
esquemas vacinais recomendados para prevenção da doença.

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

Logo após a notificação de um caso suspeito deve-se verificar a ocorrência de outros casos no município, levantar os
fatores determinantes e traçar estratégias de implementação das ações de prevenção do tétano.
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br; www.saude.pe.gov.br; www.opas.org.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portaria nº08/2010: Tétano Acidental; Guia de Vigilância Epidemiológica, 7ª edição/2009.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de
Agravos Agudos/Coordenação de Doenças 3184-0224 [email protected]
Imunopreveníveis
[email protected]
Hospital Oswaldo Cruz 3184-1456
[email protected]
PNI Estadual 3184-4000/3995 [email protected]
CIEVS 31840192/0192(fax) [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica do Tétano Neonatal
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Conhecer todos os casos suspeitos de tétano neonatal e investigar com qualidade 100,0% deles; implementar ações
preventivas com finalidade de atingir a meta de eliminação da doença; avaliar a efetividade das medidas de prevenção e
controle.
DEFINIÇÃO DE CASO
-Suspeito: todo RN que ao nascer sugou normalmente nas primeiras horas e, entre o 2° e o 28° dias de vida, apresentou
dificuldade em mamar, choro constante, independente do estado vacinal da mãe, do local e das condições do parto. São
também considerados suspeitos todos os óbitos, nessa mesma faixa etária, de crianças que apresentavam essas mesmas
características, com diagnóstico indefinido ou ignorado.
-Confirmado: o Ministério da Saúde define como caso confirmado, todo RN que nasceu bem, sugou normalmente nas
primeiras horas e, entre 2° e o 28° dias de vida, apresentou dificuldade respiratória, evoluindo para deixar de mamar e
apresentou dois ou mais dos seguintes sinais/sintomas: trismo, contratura dos músculos da mímica facial, olhos cerrados,
pele da fronte pregueada, lábios contraídos, hiperflexão dos membros superiores junto ao tórax, hiperextensão dos
membros inferiores e crises de contraturas musculares, com inflamação ou não do coto umbilical.
NOTIFICAÇÃO
A notificação dos casos suspeitos ou confirmados deverá ser feita imediatamente por profissionais de saúde ou por
qualquer pessoa da comunidade.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Deverá ser feita à VE Municipal, que repassará a informação à Vigilância Epidemiológica Regional (quando houver) e
esta à Vigilância Epidemiológica Estadual, a qual notificará o Ministério da Saúde.
INVESTIGAÇÃO
A investigação epidemiológica deve ser feita nas primeiras 72 horas após a notificação de um caso suspeito ou
confirmado. As informações devem ser buscadas tanto no âmbito hospitalar como no domicílio com familiares,
preferencialmente com a mãe do recém-nascido.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A principal forma de prevenir o tétano neonatal é a vacinação de todas as mulheres em idade fértil (MIF), gestantes e
não gestantes entre 12 a 49 anos, com esquema completo da vacina dT. Para a população indígena de MIF utiliza-se a
faixa etária de 10 a 49 anos.
A realização do pré-natal é extremamente importante para prevenir tétano neonatal. Nele são realizadas as ações
preventivas de vacinação (atualização ou início do esquema vacinal), promoção do parto asséptico, da amamentação, do
planejamento familiar e dos cuidados de higiene com recém-nascido, em especial do coto umbilical.
CONTROLE
- O atendimento higiênico ao parto utilizando material estéril, incluindo instrumentos cortantes, fios e outros, para o cuidado
do cordão umbilical e do coto é medida fundamental na profilaxia do tétano neonatal;
- Orientação das mães e os responsáveis com relação aos cuidados com os recém nascidos e o tratamento higiênico do

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

coto umbilical com álcool 70%;


- Vacinação de 100% das mulheres em idade fértil (gestantes e não gestantes);
- Melhoria da cobertura e da qualidade do pré-natal e da atenção ao parto e puerpério;
- Cadastramento e capacitação das parteiras curiosas tradicionais atuantes em locais de difícil
acesso, visando eliminar a ocorrência da doença.
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br ; www.saude.pe.gov.br; www.opas.org
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
- Ministério da Saúde, Guia de Vigilância Epidemiológica, 7ª Edição/2009.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e
Controle de Agravos
3184-0224 [email protected]
Agudos/Coordenação de Doenças
Imunopreveníveis
[email protected]
Hospital Oswaldo Cruz 3184-1456
[email protected]
PNI Estadual 3184-4000/3995 [email protected]
CIEVS 31840192/0192(fax) [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Tuberculose
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVO
Conhecer a magnitude da doença (morbidade e mortalidade), sua distribuição e fatores de risco e tendência no tempo,
dando subsídios para as ações de controle.
DEFINIÇÃO DE CASO
Todo indivíduo com diagnóstico bacteriológico confirmado – baciloscopia ou cultura positiva – e com diagnóstico
baseado em dados clínico-epidemiológicos e em resultados de exames complementares.
NOTIFICAÇÃO
Todos os casos confirmados são notificados por meio da ficha de notificação, a qual é inserida pela VE no Sinan no
nível municipal. Os casos com indicação de tratamento especial são também notificados no SITETB (Sistema de
Informação de Tratamentos Especiais de Tuberculose). Esses casos devem ser atendidos e acompanhados por unidades
de referência secundária e terciária. As correções/completude de dados deverão ser efetuadas sempre pelo primeiro nível
informatizado do Sinan no município. A SMS deverá verificar se existem registros de incluídos nas bases municipais do
SIM, SIH, SIA e SIAB e que não constem no SINAN, para completude dos dados.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
A entrada de dados da ficha de notificação/investigação no SINAN deverá ser realizada pelo município que diagnosticou
o caso, independentemente do local de residência do paciente.
Após a transferência do registro corrigido, enviar o lote de informações para o nível regional e este seguirá para o nível
estadual, que por sua vez enviará ao nível nacional.
Coleta de dados realizada pelo
Caso de TB Encaminhamento da ficha
município que diagnosticou o caso
diagnosticado para Vigilância
(preenchimento da ficha de
Epidemiológica municipal
notificação)

O nível regional encaminha os lotes para Caso informado ao nível regional de saúde,
o nível estadual, que por sua vez através de lotes semanais gerados pelo SINAN
encaminha para o nível federal. operador do SINAN

Em caso de transferência do caso em tratamento para outra unidade de saúde dentro do mesmo município, a unidade
que dará continuidade ao tratamento deverá notificá-lo novamente, modificando o tipo de entrada para transferência. Da
mesma forma, em caso de transferência para outro município ou estado.
Os dados devem ser atualizados mensalmente no boletim de acompanhamento e no SINAN municipal. Os casos
diagnosticados com fármaco-resistência deverão ser encaminhados para referência terciária para serem notificados no
SITETB.
INVESTIGAÇÃO
Ocorre por meio da busca ativa de sintomáticos respiratórios (SR) - pessoas que tossem por três semanas ou mais:
Deve-se realizar busca ativa de SR no território adstrito pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família; Todos os
comunicantes/conviventes dos casos diagnosticados devem ser examinados; Nos serviços de saúde em geral, a

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abordagem do SR deve ser realizada no momento da admissão e os casos suspeitos devem ser isolados até a chegada do
resultado dos exames de baciloscopia; É importante a identificação de SR e/ou casos de TB na população vivendo com
HIV/AIDS; No Sistema Penitenciário a busca ativa deve ser realizada no momento do ingresso dos privados de liberdade.
Essa busca ativa é realizada rotineiramente de modo que contemple toda a população carcerária das unidades prisionais;
Em outras instituições fechadas (asilos de idosos, hospitais psiquiátricos, albergues de população em situação de rua) a
busca ativa deve ser realizada na admissão e, periodicamente, de acordo com o tempo de permanência das pessoas na
instituição; Na população indígena e moradores de rua a busca ativa do SR deve acontecer por meio de abordagem
individual.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Disseminação de informações (palestras, orientação no momento da triagem, panfletagem, uso da mídia, dentre outros
meios de comunicação); Exame dos contatos de casos de tuberculose; Ações de biossegurança entre profissionais de
saúde e profissionais que realizam abordagem de rua; Tratamento correto dos casos diagnosticados.
MEDIDAS DE CONTROLE
Tratamento correto dos casos de tuberculose para quebrar a cadeia de transmissão; Tratamento Diretamente Observado
(TDO), como principal estratégia para evitar o abandono de tratamento; Ações de prevenção de um modo geral:
Campanhas de busca ativa de suspeitos respiratórios; Monitoramento periódico dos indicadores de tuberculose;
Implantação das medidas administrativas, de controle ambiental e proteção respiratória em Instituições de saúde e
Unidades Prisionais.
COLETA DE AMOSTRAS
-Orienta-se coleta de duas amostras de escarro para a baciloscopia, em dias consecutivos, sendo a primeira no momento
da identificação do SR e outra no dia seguinte, em jejum;
-Para os casos de retratamento (reingresso após abandono e recidiva) devem ser solicitados Baciloscopia e cultura com
teste de sensibilidade. A Baciloscopia será encaminhada para o laboratório do município ou referência mais próxima e a
cultura de BK para o laboratório de referência, conforme anexo 02 (Cobertura do exame de Cultura de BK).
UNIDADES DE REFERÊNCIA
-Referência Terciária Estadual: Casos TBMR/XDR: Hospital Otávio de Freitas e Hospital das Clínicas.
-Referência Terciária Estadual Infantil: Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP).
LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br/svs ; blogdatuberculose.blogspot.com.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil - MS, 2011; Tratamento Diretamente Observado da
Tuberculose na Atenção Básica: Protocolo de Enfermagem/ MS, 2011.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES

Setor Telefone Email


DGCDA/ Gerência de Doenças Transmitidas por
Micobactérias/Coordenação do Programa de Controle da 3184-0202 [email protected]
Tuberculose

Lacen - Setor de Diagnóstico Laboratorial de Micobactérias 3181- 6190


[email protected]
3181- 0623
ANEXOS
Fluxograma de atendimento de casos de Tuberculose Pulmonar
Cobertura do exame de Cultura de BK para os municípios

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Cobertura do exame de cultura de BK

Laboratório GERES Municípios


Recife, Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo, Camaragibe, Chã Grande, Fernando
I de Noronha, Igarassu, Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão, Moreno,
Olinda, Paulista, Pombos, São Lourenço, Vitória
Limoeiro, Bom Jardim, Buenos Aires, Carpina, Casinhas, Chã de Alegria,
Cumaru, Feira Nova, Glória do Goita, João Alfredo, Lagoa do Carro, Lagoa
II
do Itaenga, Machados, Nazare da Mata, Orobó, Passira, Paudalho,
Salgadinho, Surubim, Tracunhaém, Vertente do Lério, Vicência
Palmares, Água Preta, Amaraji, Barreiros, Belém de Maria, Catende, Cortes,
Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Lagoa dos Gatos, Maraial,
LACEN Central III
Primavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, São Benedito do Sul, São José
da Coroa Grande, Sirinhaém, Tamandaré, Xexéu
VIII Petrolina, Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó,
Stª Maria da Boa Vista
Serra Talhada, Betânia, Calumbi, Carnaubeira da Penha, Flores, Floresta,
XI Itacuruba, Stª Cruz da Baixa Verde, São José da Baixa Verde,
São José do Belmonte, Triunfo
Aliança, Camutanga, Condado, Ferreiros, Goiana, Itambé, Itaquitinga,
XII
Macaparana, São Vicente Ferrer, Timbaúba
Caruaru, Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim,
Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim, Cupira,
Frei Miguelinho, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Jurema, Panelas, Pesqueira,
Lab. Mun. Caruaru IV
Poção, Riacho das Almas, Sairé, Sanharó, Stª Cruz do Capibaribe, Stª Maria
do Cambucá, São Bento do Una, São Caetano, São Joaquim do Monte,
Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertentes
Garanhuns, Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Calçado,
V Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Iati, Itaiba, Jucati, Jupi, Lagoa do Ouro,
Lab. Mun. Arcoverde Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Saloá, São João, Teresinha

VI Arcoverde, Buíque, Custódia, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Manari, Pedra,


Petrolândia, Sertania, Tacaratu, Tupanatinga, Venturosa
Salgueiro, Belém de São Francisco, Cedro, Mirandiba, Serrita, Terra Nova,
VII
Verdejante

Ouricuri, Araripina, Bodocó, Exú, Granito, Ipubi, Moreilândia, Parnamirim, Stª


Lab. Mun. Ouricuri IX
Cruz, Stª Filomena, Trindade

Afogados da Ingazeira, Brejinho, Carnaíba, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim,


X
Quixabá, Stª Terezinha, São José do Egito, Solidão, Tabira, Tuparetama

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Vigilância Epidemiológica
das Zoonoses e Endemias
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica dos Acidentes por Animais
Peçonhentos
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Reduzir a incidência dos acidentes por animais peçonhentos e diminuir a gravidade, a frequência de sequelas e a
letalidade, mediante o uso adequado da soroterapia.
DEFINIÇÃO DE CASO
Paciente com evidências clinicas compatíveis com envenenamento por animal peçonhento, com ou sem identificação
animal causador do acidente.
NOTIFICAÇÃO
Todo acidente por animal peçonhento atendido na Unidade de Saúde deve ser notificado, independentemente do
paciente ter sido ou não submetido a soroterapia, por meio da ficha específica de investigação do Sinan.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Unidade de Saúde Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Estadual de Saúde MS
INVESTIGAÇÃO
Consiste na obtenção detalhada de dados do acidente, mediante o preenchimento da ficha de investigação, para
determinar o tipo de envenenamento, a gravidade das manifestações clínicas e a soroterapia instituída. Deve ser realizada
em todos os casos confirmados, independentemente da aplicação de antiveneno.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Não acumular material inútil junto da habitação, (lixo, entulhos, etc.); evitar trepadeiras encostadas a casa, folhagens
entrando pelo telhado ou mesmo pelo forro; controlar o número de roedores existentes na área (isso também evita a
aproximação de serpentes peçonhentas que deles se alimentam) combater a proliferação de insetos, principalmente
baratas e cupins, pois são alimentos para escorpiões. Não montar acampamento junto a plantações, pastos ou matos,
áreas onde normalmente há roedores e maior numero de serpentes. Não fazer piquenique as margens de rios ou lagoas,
deles mantendo distância segura, e não se encostar a barrancos durante pescarias. Afastar as camas das paredes e evitar
pendurar roupas fora de armários. Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede e terrenos baldios.
Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meia-canas e rodapés. Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia
em portas, janelas e ralos. Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros. Preservar
os predadores naturais de escorpiões, como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas.
CONTROLE
Não existem medidas especificas para controle da população dos animais peçonhentos. Por serem animais silvestres,
são proibidos a captura e o transporte não autorizados legalmente. Portanto, a prevenção é a única garantia para que não
haja acidentes.
-Vigilância Ambiental: a proteção de predadores naturais como as emas, seriemas, gaviões, gambás e cangambás, e a
manutenção de animais domésticos como galinhas e gansos próximos as habitações, em geral afastam os animais
peçonhentos.
-Ações de Educação em Saúde: as estratégias de atuação junto às comunidades expostas ao risco de acidentes devem
incluir, além das noções de prevenção dos acidentes, medidas de orientação para a não realização de práticas caseiras e
alternativas no manejo dos pacientes tais como o uso de torniquete ou garrote, sucção e incisão no local da picada, a

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

colocação de substâncias como alho, borra de café, medicamentos fitoterápicos e outras terapias alternativas.
LINKS ÚTEIS
-www.butantan.gov.br; www.saude.gov.br; wwwsaude.pe.gov.br
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Coordenação de Prevenção e
3184-0221 [email protected]
Controle das Zoonoses
CEATOX 0800-722 6001 -

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Dengue
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
- Reduzir o risco de transmissão da dengue nas áreas endêmicas; Detectar e controlar precocemente as epidemias;
Reduzir a letalidade de DCC/FHD/SCD, mediante avaliação do procedimento de diagnóstico e tratamento.
DEFINIÇÃO DE CASO
A padronização da classificação de casos permite a comparação da situação epidemiológica entre diferentes
localidades. A classificação é retrospectiva e, para sua realização, devem ser reunidas todas as informações clínicas,
laboratoriais e epidemiológicas do paciente, e é imprescindível que o profissional de saúde consulte a Classificação de
Risco e Manejo Clínico proposto pelo Ministério da Saúde.
Caso suspeito de dengue clássico - Paciente que tenha doença febril aguda, com duração máxima de 07 dias,
acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retroorbital, mialgia, artralgia, prostração,
exantema. Além desses sintomas, deve ter estado nos últimos quinze dias em área onde esteja ocorrendo transmissão de
dengue ou haja a presença de Aedes aegypti.
Caso suspeito de FHD - É todo caso suspeito de dengue clássico que também apresente manifestações hemorrágicas,
variando desde a prova do laço positiva até fenômenos mais graves, como hematêmese, melena e outros. A ocorrência de
manifestações hemorrágicas, acrescidas de sinais e sintomas de choque cardiovascular (pulso arterial fino e rápido ou
ausente, diminuição ou ausência de pressão arterial, pele fria e úmida, agitação), leva a suspeita de síndrome de choque.
Caso confirmado de dengue clássico - É o caso confirmado laboratorialmente. No curso de uma epidemia, a
confirmação pode ser feita por critério clínico-epidemiológico, exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter
confirmação laboratorial.
Caso confirmado de FHD - É o caso em que todos os critérios abaixo estão presentes.
-Febre ou história de febre recente, com duração de 07 dias ou menos;
-Trombocitopenia (≤ 100.000/mm3);
-Tendências hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos seguintes sinais: prova do laço positiva, petéquias,
equimoses ou púrpuras, sangramentos de mucosas, do trato gastrointestinal e outros;
-Extravasamento de plasma, devido ao aumento de permeabilidade capilar, manifestado por: hematócrito apresentando um
aumento de 20% no valor basal (valor do hematócrito anterior à doença), ou valores superiores a: 45% em crianças, 48%
em mulheres e a 54% em homens; ou queda do hematócrito em 20%, após o tratamento; ou presença de derrame pleural,
pericárdico, ascite ou hipoalbuminemia;
-Confirmação laboratorial específica.
Caso de Dengue com Complicações - É todo caso suspeito de dengue que apresente uma das situações abaixo:
-Caso suspeito de dengue que evolui para forma grave, mas não possui TODOS os critérios para ser encerrado como
FHD.
A presença de UMA das alterações clínicas e/ou laboratoriais abaixo é suficiente para encerrar o caso como dengue
com complicações:
-Alterações neurológicas; disfunção cardiorrespiratória; insuficiência hepática; hemorragia digestiva importante (volumosa);
derrame pleural, pericárdico e ascite; plaquetopenia < inferior a 20.000/mm3; ou leucometria igual ou inferior a 1.000/mm3;

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caso suspeito de dengue que evolui para óbito, mas não possui TODOS os critérios para ser encerrado como FHD.
Caso de síndrome do choque da dengue (SCD) - Preenche todos os critérios de FHD e apresenta colapso circulatório
com pulso fraco e rápido, diminuição da pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação, ou preenche
todos os critérios de FHD e apresenta choque profundo, com pressão arterial e pulso imperceptíveis.
Caso descartado
-Caso suspeito, com diagnóstico laboratorial negativo (02 resultados negativos, amostras pareadas IgM), desde que se
comprove que as amostras foram coletadas e transportadas adequadamente;
-Caso suspeito de dengue com diagnóstico laboratorial de outra entidade clínica;
-Caso suspeito, sem exame laboratorial, cujas investigações clínica e epidemiológica são compatíveis com outras
patologias.
NOTIFICAÇÃO
Doença de notificação compulsória - todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica,
sendo imediata a notificação das formas graves da doença e óbitos suspeitos.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
- Preencher a ficha de notificação individual dos casos e Cartão de Acompanhamento Ambulatorial do Paciente Com
Dengue;
- Encaminhar diariamente as fichas de notificação devidamente preenchida para a Vigilância Epidemiológica (Municipal),
lembrando que as formas graves e/ou óbito suspeitos são de notificação imediata via telefone, fax, e-mail, etc., e em
caso de amostras laboratoriais para fins de diagnóstico (sorologia, PCR ou isolamento viral), encaminhar cópia da ficha de
notificação ao Laboratório de referência (LACEN);
- Manter as fichas de notificação com digitação atualizada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
OBS.: A vigilância epidemiológica deverá informar, imediatamente, a ocorrência de caso suspeito à equipe de controle
vetorial local para a adoção das medidas necessárias de combate ao vetor. Em situações epidêmicas, a coleta e o fluxo
dos dados devem permitir o acompanhamento da curva epidêmica, com vistas ao desencadeamento e avaliação das
medidas de controle.
INVESTIGAÇÃO
- Todos os casos notificados deverão ser investigados;
- Preencher a ficha de investigação de dengue e encerrar o caso oportunamente (até 60 dias após a data de notificação).
OBS.: Durante uma epidemia, a digitação de todas as fichas de notificação do Sinan deverá ser mantida. Na digitação das
fichas de investigação deverão ser priorizados os casos graves e óbitos em relação aos casos de dengue clássica.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
É necessário promover a comunicação e a mobilização social para que a comunidade adquira conhecimentos sobre
como evitar a dengue, participando efetivamente da eliminação contínua dos criadouros reais e potenciais do mosquito.
Essas ações são de responsabilidades das três esferas de gestão, devendo ser conduzidas de forma intersetorial, com
apoio de entidades da sociedade civil. Devem ser utilizados meios de comunicação de massa (por seu grande alcance e
eficácia), além da produção e distribuição de material que contemple as especificidades regionais.
CONTROLE
Atualmente o controle da dengue é uma atividade complexa, os diversos fatores são importantes determinantes na
manutenção e dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor. Dentre esses fatores, destacam-se o
surgimento de aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, irregularidade no abastecimento de água,
destinação imprópria de resíduos, o grande fluxo de pessoas e cargas entre as regiões, e as condições climáticas
favoráveis.
A única forma de combater a dengue é evitar a proliferação do mosquito transmissor (Aedes aegypti). Dessa forma,

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

cabe a cada cidadão evitar e/ou eliminar os possíveis criadouros, estas ações poderão ser complementadas e orientadas
pelos ACE (Agente de Combate as Endemias) com também pelos ACS (Agente Comunitário de Saúde).
COLETA DE AMOSTRAS
A comprovação laboratorial das infecções pelo vírus de dengue (VDEN) pode ser feita por meio de detecção de
antígenos NS1, isolamento viral, pesquisa de anticorpos (sorologia), detecção de genoma viral (RT-PCR) ou por estudo
histopatológico seguido de pesquisa de antígenos virais por imunohistoquímica.
SOROLOGIA: Método de escolha para a confirmação laboratorial na rotina. Coletado amostra de soro a partir o 6º dia do
início dos sintomas. A amostra deve ser enviada ao LACEN no primeiro dia útil após a coleta, sendo necessária
refrigeração se enviada em até 48 h, ou congelamento a -20º C, se enviada após 48 h. O transporte deve ser em caixa
térmica abastecida de bateria de gelo.
ISOLAMENTO VIRAL ou PCR: é o método mais específico para identificação do sorotipo do VDEN responsável pela
infecção, porém só poderá ser detectado até o 5º dia do início dos sintomas, mas preferencialmente até o 3º dia. A amostra
deve ser enviada ao LACEN no mesmo dia da coleta. O transporte deve ser em caixa térmica abastecida de bateria de
gelo.
DETECÇÃO DE ANTÍGENOS NS1: método imunoenzimático (Elisa) que permite a detecção de antígenos virais
específicos de dengue do tipo NS1 detectado até o 3º dia do início dos sintomas. É um método utilizado para triagem das
amostras destinadas a isolamento viral em unidades sentinelas. O MS não recomenda este método para fins de
diagnóstico e encerramento de casos.
DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO ou IMUNOHISTOQUÍMICA: realizado em material obtido após a morte do paciente.
As lesões anatomopatológicas podem ser encontradas no fígado, baço, coração, linfonodos, rins e cérebro.
OBS.: No período epidêmico realizar a sorologia em apenas uma amostra dos pacientes com dengue clássico (em geral,
tem-se estabelecido a coleta de sangue de um a cada dez pacientes com sintomas do dengue), pois a confirmação da
maioria dos casos será feita pelo critério clínico-epidemiológico, após a confirmação laboratorial da circulação viral na área.
A coleta é obrigatória para 100% dos casos graves (DCC/FHD/SCD).
LINKS ÚTEIS
-www.combateadengue.pr.gov.br ; www.saude.gov.br/svs.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-DENGUE: DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO – ADULTO E CRIANÇA/MS,SVS, Diretoria Técnica de Gestão. 4ª ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2011; DIRETRIZES NACIONAIS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE EPIDEMIAS DE
DENGUE/MS, SVS, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: MS, 2009; LEI nº 11.350 de 26/10/2006; Nota
Técnica nº 82/2005 (CGPNCD/DIGES/SVS/MS); Nota Técnica nº 41/2006 (CGPNCD/DIGES/SVS/MS); Nota Técnica nº
15/2009 (CGPNCD/DIGES/SVS/MS); Nota Técnica nº 58/2009 (CGPNCD/DEVEP/SVS/MS); Nota Técnica nº 109/2010
(CGPNCD/DEVEP/SVS/MS); Nota Técnica nº 20/2010 (CGLAB/SVS/MS); Nota Técnica nº 10/2011
(CGPNCD/DEVEP/SVS/MS); Nota Técnica nº 118/2011 (CGPNCD/DEVEP/SVS/MS); Nota Técnica nº 88/2012
(CGPNCD/DEVEP/SVS/MS).
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
Diretoria Geral de Controle de Doenças e
Agravos/ Coordenação de Prevenção da 31840218/0217 [email protected]
Dengue e Febre Amarela
CIEVS 3184-0192/0332 [email protected]
LACEN 3184-0117 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Doença de Chagas
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
- Detectar precocemente os casos de Doença de Chagas Aguda (DCA), com vistas à aplicação de medidas de prevenção;
Proceder à investigação epidemiológica de todos os casos agudos, visando à adoção de medidas de controle adequadas;
Manter eliminada a transmissão vetorial por T. infestans e sob controle as outras espécies importantes na transmissão
humana da doença; Notificação e digitação no Sinan dos casos agudos; Detectar surtos de casos agudos; Estruturar e/ou
fortalecer as equipes de vigilância entomológica e educação em saúde, com técnicos capacitados em epidemiologia e
controle da doença; Integrar as ações de controle da doença nas ações básicas de saúde nos municípios.
DEFINIÇÃO DE CASO
AGUDO: manifestações de doença febril, que podem persistir por até 12 semanas. A evolução natural dessa fase, mesmo
não tratada nem diagnosticada, tende ao desaparecimento das manifestações clínicas inespecíficas (prostração, diarréia,
vômitos, inapetência, cefaléia, mialgias, aumento de gânglios linfáticos, exantema com ou sem coceira). Na DCA, temos
como manifestações clínicas específicas (miocardite difusa com vários graus de severidade, pericardite, cardiomegalia,
insuficiência cardíaca e outras).
São comumente observados: edema de face ou de membros inferiores ou generalizados, tosse dispnéia, dor torácica,
arritmias, icterícia, hepatomegalia ou esplenomegalia e outros.
Situações que reforçam a suspeita: Residente ou visitante de área com ocorrência de triatomíneos; se foi recentemente
transfundido ou transplantado; ingestão de alimento suspeito de contaminação pelo T. cruzi ou recém-nascido de mãe
infectada.
CRÔNICO: Ausência de quadro indicativo de doença febril nos últimos 60 dias, com sorologia reagente por dois métodos
distintos (ELISA, HAI ou IFI).
Manifestações clínicas, de acordo com a fase:
- Fase indeterminada: nenhuma manifestação clínica.
- Fase cardíaca: os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração, miocardiopatia chagásica (bloqueio de ramo,
cardiomegalia e outros).
- Fase digestiva: distúrbios no esôfago e no intestino (megaesôfago/magacolón).
NOTIFICAÇÃO
A DCA é um agravo de notificação compulsória imediata devendo todos os casos ser imediatamente notificados e
digitados no Sinan e notificados ao Cievs; os casos crônicos não devem ser notificados. A notificação deve ocorrer por meio
da ficha de notificação.
Para todos os casos de DCA, deve ser preenchida a ficha de notificação e investigação de caso de DCA do Sinan. O(s)
caso(s) deverá(ão) ser encerrado(s) num prazo de 60 dias.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Serviço de Saúde

Caso com suspeita clínica e/ou epidemiológica


(aguda ou crônica)

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Fase aguda Fase Crônica

Parasitológico
Sorologia Sorologia
(pesquisa de T. cruzi)

Retornar ao médico que solicitou o


+ - Encerrar o caso
exame ou Encaminhar à Unidade
informar a SMS
de Saúde ou ao Serviço de
Referência para acompanhamento
Retornar ao médico que solicitou o
e avaliação
exame ou Encaminhar à Unidade de
Saúde ou ao Serviço de Referência
para tratamento etiológico

Atribuições da Gerência Regional de Saúde (Geres)/Município:


Investigação epidemiológica; Realizar exames (parasitológico e sorológico dos contatos); Realizar ação de controle
vetorial; Preenchimento da ficha de notificação e digitação do Sinan. OBS: A droga para o tratamento etiológico é gratuito,
disponibilizado pelo Ministério da Saúde às Secretarias Estaduais.
INVESTIGAÇÃO
Quando ocorrer caso agudo, deve-se observar a forma de transmissão:
-Vetorial: investigação epidemiológica, entomológica e reservatório.
-Oral: investigação epidemiológica, entomológica, reservatório e inspeção sanitária para avaliação do alimento suspeito de
contaminação.
-Congênita: exames laboratoriais na mãe e no filho até 6º mês.
-Transfusional/transplante: inspeção sanitária no hospital ou hemocentro.
-Acidental: verificar a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI)
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
A detecção de casos agudos é difícil, pelo fato da fase inicial ser clinicamente inaparente com sinais inespecíficos. A sua
incidência está diretamente relacionado às condições da habitação, dessa forma as medidas de combate ao vetor
transmissor da doença é a melhor solução até o momento, já que ainda não dispomos de vacina.
-Melhoria das condições de moradia; Ação de vigilância do vetor (pesquisa entomológica nos domicílio e controle químico
com uso de inseticida, que varia de acordo com a espécie capturada); Uso de medidas de proteção (telas em janelas e
mosquiteiros sobre as camas, manter limpas as residências, seus arredores e não encostar as cercas de madeiras nas
paredes); Os insetos capturados pelos agentes de saúde ou de endemias do município e aqueles oriundos dos Postos de
triatomíneos (PIT) deverão ser enviados para o Laboratório de Entomologia da Geres. O envio não deve demorar, pois
dificulta o exame dos triatomíneos (barbeiro) para saber se é portador ou não do Trypanosoma cruzi; Educação em saúde
com a população e nas escolas; Controle da qualidade do sangue e dos hemoderivados por meio da vigilância sanitária.
COLETA DE AMOSTRAS
- DCA: coleta de sangue para parasitológico (devendo ocorrer no laboratório da Regional de Saúde).

- DCC: coleta de sangue para sorologia (a coleta deve acontecer no município e o soro deve ser encaminhado para o
Lacen).

- Triatomíneo: capturado pelo agente municipal e/ou pelo Posto de Informação de Triatomíneo (PIT). Deverá ser enviado

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ao laboratório de entomologia da Geres para identificação e exame para T. cruzi.


-Envio de sangue:
-Municípios das II, V, VI, VII, X, XI e XII Geres: as amostras deverão ser enviadas para a respectiva Geres que reenviarão
ao Centro de Triagem e Aconselhamento (CTA) do município Sede da Geres, onde os resultados serão processados e
liberados via internet pelo sistema GAL (Gerenciador Laboratorial).
-Municípios da III e IX Geres: enviarão ao Laboratório do Hospital Regional (Palmares e Ouricuri), os quais processarão as
amostras e os resultados liberados via internet pelo sistema GAL (Gerenciador Laboratorial).
-Municípios da IV e VIII Geres: as amostras serão processadas no laboratório da própria Geres e os resultados liberados
via internet pelo sistema GAL (Gerenciador Laboratorial).
-Envio de triatomíneo:
Municípios da I e XII Geres os triatomíneos deverão ser enviados ao Laboratório de Endemias /LABEND. Para os demais
municípios os triatomíneos deverão ser encaminhados ao Laboratório de entomologia da respectiva Geres.
LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br; www.fiocruz.br; www.saúde.pe.gov.br.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Nota Técnica Nº 36/2012 – CGDT/DEVEP/SVS/MS; Nota Técnica em 11/05/2012 (Regionalização da realização dos
exames de sorologia para Dengue, Doença de Chagas, Hepatites e Leishmaniose).
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de Doenças
3184-0220 [email protected]
Negligenciadas Transmitidas por Vetores/ Coordenação de Doença
3184-0216 [email protected]
de Chagas, Tracoma e Malária
LACEN 3184-3919 -

LABEND 3181-6316 -

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Esquistossomose mansônica e
Geohelmintíases
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
A detecção precoce e tratamento de todos os portadores de Shistosoma mansoni com o objetivo de evitar ou reduzir a
ocorrência de formas graves e óbitos, reduzir a prevalência da infecção e o risco de expansão da doença.
CICLO DA DOENÇA
No ambiente aquático, ocorre a eclosão dos ovos e liberação da forma ativa infectante do hospedeiro intermediário,
denominada miracídio. Essa forma apresenta grande capacidade de locomoção e afinidade quimiotática aos moluscos; a
sua garantia de sobrevivência esta diretamente relacionada ao encontro com o hospedeiro intermediário. Algumas horas
após a penetração dos miracídios no caramujo tem inicio um complexo processo de alterações morfológicas que darão
origem as cercárias. O contato com águas contaminadas por cercarias é o fator predisponente para a infeccao, pois o
homem adquire a esquistossomose através da penetração ativa da cercária na pele. Ambientes de água doce de pouca
correnteza ou parada utilizados para atividades profissionais ou de lazer, como banhos, pescas, lavagem de roupa e louca
ou plantio de culturas irrigadas, com presença de caramujos infectados pelo S. mansoni, constituem os locais adequados
para se adquirir a esquistossomose.
DEFINIÇÃO DE CASO
A esquistossomose mansônica é uma doença causada pelo verme Shistosoma mansoni que apresenta os seguintes
sintomas:
-Na fase aguda: cerca de 3 a 7 semanas após a infecção surgem sintomas também conhecidos como ‘’Febre de
Katayama’’ apresentando, febre, anorexia, dores no corpo e no abdômen, cefaleia, alternância de diarreia e constipação,
náuseas, vômitos e tosse seca.
-Na fase crônica: após 6 meses da infecção podem apresentar comprometimento hepatointestinal, fibrose periportal com
esplenomegalia e complicações vacuolopulmonar e neurológico.
É considerado um casos suspeito de esquistossomose todo indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica, com
quadro clínico sugestivo das formas aguda, crônica ou assintomática, com história de contato com coleções de águas onde
existam caramujos potencialmente infectados. Os mesmos devem realizar o exame parasitológico de fezes para pesquisa
de ovos de Shistosoma mansoni e, dependendo da forma clínica, também deverão realizar outros exames de apoio ao
diagnóstico como ultrassonografia, endoscopia digestiva alta e ressonância magnética. O tratamento dos casos é
ambulatorial.
Já as geohelmintíases são causadas por vermes que necessitam de um período no solo para sua evolução e em
seguida parasitam o intestino humano. Os casos normalmente apresentam-se assintomáticos, porém podem eventualmente
apresentar febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental. As
geohelmintíases de ação gastrointestinal estão distribuídas em todo o território nacional. A sua disseminação se dá por
ambientes contaminados com material fecal de portadores infectados. Portanto, a falta de saneamento básico, o consumo
de água não potável, a ingestão de alimentos contaminados e a falta de informação de meios preventivos sobre a doença
favorecem os índices elevados destes parasitos, dentre elas destacam-se a ascaridíase, ancilostomíase e tricuríase.

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

NOTIFICAÇÃO
A esquistossomose é uma doença de notificação compulsória nas áreas não endêmicas. Entretanto, recomenda-se que
todas as formas graves na área endêmica, bem como os casos de surtos sejam notificadas. Os casos confirmados devem
ser notificados e investigados por meio da ficha de investigação de caso de esquistossomose do SINAN. Nas áreas
endêmicas é utilizado o Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (SISPCE) para o
registro dos dados operacionais e epidemiológicos dos inquéritos coproscópicos, assim como as informações das
atividades educativas e pesquisas malacológicas.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO

Áreas não Todos os


portadores de Notificados no SINAN
endêmicas
esquistossomose

Todos os portadores de
Registrados no
esquistossomose e geohelmintíases,
Sistema de
detectados em inquéritos, demanda
Informação SISPCE
espontânea, busca ativa ou solicitação
Áreas Endêmicas médica

Portadores de esquistossomose nas Notificados no


formas graves e surtos da doença SINAN

INVESTIGAÇÃO
A investigação deverá ser realizada em todos os casos detectados a fim de saber a procedência do paciente, sua história
clínica e o provável local de infecção para que as medidas de controle sejam desencadeadas. Nas áreas não endêmicas e
em caso de surtos, deve-se utilizar a ficha de investigação do SINAN – Esquistossomose.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Medidas de saneamento ambiental reduzem a proliferação e a contaminação dos caramujos da espécie Biomphalaria
(hospedeiros intermediários). Devem levar em consideração àquelas que provoquem o menor impacto ao meio ambiente,
observando-se a legislação ambiental em vigor. Paralelamente a essas medidas, as ações de Educação em Saúde devem
preceder e acompanhar todas as atividades de controle levando-se em consideração os hábitos sociais e culturais das
populações expostas ao risco.
CONTROLE
Controle de hospedeiros intermediários – as medidas direcionadas ao caramujo (Biomphalaria glabrata e
Biomphalaria straminea) são de natureza complementar e têm indicação nas situações de levantamento de áreas ainda não
conhecidas quanto à sua situação epidemiológica. Serão consideradas as seguintes ações: Pesquisa de coleções hídricas
a fim de determinar seu potencial de transmissão; Medidas de saneamento ambiental, para dificultar o desenvolvimento e
proliferação do hospedeiro intermediário (caramujo); Tratamento químico, quando indicado, dos criadouros de importância
epidemiológica (de acordo com legislação ambiental em vigor).
Controle dos portadores - realização de inquéritos coproscópicos pelo método Kato-Katz a cada dois anos deve fazer
parte das ações de controle das áreas endêmicas pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMS), bem como o tratamento
de todos os portadores com o objetivo de reduzir a carga parasitária e impedir que esses pacientes evoluam para as formas
mais severas da doença. É importante realizar exames coproscópicos nos conviventes do caso positivo e também realizar o
tratamento naqueles que forem diagnosticados. Além disso, é recomendável a realização de novo exame parasitológico de
fezes três meses após o tratamento como forma de verificar o controle de cura.

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COLETA DE AMOSTRAS
As amostras de fezes deverão ser coletadas e encaminhadas para o laboratório de endemias municipal a fim de que seja
realizada a pesquisa de ovos de Shistosoma manoni e/ou outras geohelmintíases pelo método Kato-katz, que possibilita
estimar a carga parasitária. É imprescindível a integração de todos os envolvidos no programa (Equipes do PSF, VE, VA, os
Agentes de Controle de Endemias, o Laboratório e a Farmácia).
LINKS ÚTEIS
-www.who.int/; www.fiocruz.br/; www.saude.gov.br
;
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES:
Portaria n° 2.472, de 30/08/2010; Portaria n° 2.556 de 28/10/2011; Portaria n° 3.208, de 29/12/2011; Nota Técnica n°
04/2012, SES-PE; Nota Técnica n° 14/2012, SES-PE.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de 3184-0216 [email protected]
Doenças Negligenciadas Transmitidas por Vetores 3184-0220 [email protected]
Lacen – Gerência 3181-6972 [email protected]
Farmácia Central do Estado
3181-6421 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Filariose Linfática
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Interromper a transmissão da filariose linfática evitando surgimento de novos casos, reduzir a transmissão vetorial e
manter os serviços de assistência aos portadores de morbidade filarial.
DEFINIÇÃO DE CASO
A filariose linfática é uma enfermidade debilitante, com graves consequências sociais e econômicas. Esta doença é
causada pelo verme nematoide Wulchereria bancrofti através da picada de fêmeas de Culex quinquefasciatus (muriçoca).
Existem 03 formas de infecção:
-Assintomática: os pacientes não apresentam sintomas da doença, mesmo com a presença do parasito;
-Doença aguda: febre filarial (dor, inflamação dos linfonodos, geralmente acompanhada por náuseas e vômitos);
-Doença crônica (pessoas com morbidades): pode ocasionar linfedema em ambos os sexos, bem como hidrocele em
homens ou aumento das mamas em mulheres.

Caso suspeito: indivíduo que resida ou tenha residido em área endêmica, com uma ou mais manifestações clínicas
sugestivas de filariose e que se enquadre em um ou mais critérios de diagnóstico, como: apresentar exame parasitológico
para pesquisa de microfilárias a partir das 23h (Gota espessa ou filtração em membrana de policarbonato) positivo;
pesquisa de antígenos filariais circulantes (Og4C3 – Elisa, teste do cartão ICT - positivo); sinal da “dança das filárias”
visualizado em ultrassonografia; exame histopatológico evidenciando a presença do parasito, entre outros.
NOTIFICAÇÃO
É de notificação compulsória em Pernambuco. Em situação de detecção de novos focos, deve-se notificar como agravos
inusitados de acordo com a normatização do Ministério da Saúde.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Em âmbito nacional, a Filariose poderá ser notificada no conjunto de ‘’doença de interesses nacional’’. Deverá ser
preenchido o formulário de “notificação individual’’ de doenças padronizado pelo Sinan tanto em áreas endêmicas, como
não endêmicas.
INVESTIGAÇÃO
Em áreas endêmicas e não endêmicas, na eventualidade de ocorrer um caso confirmado de filariose, a ficha de vigilância
epidemiológica deverá ser preenchida, o caso deverá ser tratado com a terapêutica específica (Dietilcarbamazina – DEC) e
acompanhado clínica e laboratorialmente. Além disso, é necessário realizar a busca ativa dos moradores e proceder com o
inquérito hemoscópico (gota espessa) no domicílio do portador e no peri-domicílio em pelo menos um raio de 10 casas para
direita e 10 para esquerda, 10 para frente e 10 para trás, a partir da residência do indivíduo infectado.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Nas áreas endêmicas é importante realizar inquéritos hemoscópicos por meio de exames de gota espessa e/ou cartão
ICT para pesquisa de antígeno filarial, bem como o tratamento coletivo por meio de DEC em áreas com transmissão ativa, o
controle e o monitoramento do vetor e ações de educação em saúde com a população residente em áreas de risco.

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CONTROLE
O controle se dá através de medidas de saneamento ambiental associado ao controle vetorial por eliminação de
criadouros, o combate às larvas e aos insetos adultos, como também proteção individual com uso de repelentes e
mosquiteiros.
COLETA DE AMOSTRAS
A coleta de amostras para exame parasitológico para pesquisa de microfilárias é realizada em postos fixos e volantes de
acordo com a programação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Após coleta das amostras, deverão ser
encaminhadas para o laboratório de endemias municipal para serem processadas e analisadas de acordo com a técnica
recomendada pelo Ministério da Saúde. É importante destacar que o município deve enviar 100% das lâminas positivas e
20% das negativas para o controle de qualidade do Laboratório de Endemias da Gerência Regional de Saúde (Geres).
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br/; www.cpqam.fiocruz.br; www.saude.pe.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-PORTARIA ESTADUAL Nº 104 – PUBLICADA NO DOE Nº 34, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle de Doenças 3184-0216 [email protected]
Negligenciadas Transmitidas por Vetores 3184-0220 [email protected]
Lacen – Gerência 3181-6972 [email protected]
Farmácia Central do Estado 3181-6421 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica dos(as) Hantaviroses
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Detectar precocemente casos e/ou surtos; Conhecer a história natural da Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus
(SCPH) no Brasil; Estudar a tendência da doença; Identificar fatores de risco associados à doença e recomendar medidas
de prevenção e controle.
DEFINIÇÃO DE CASO
Suspeitos: paciente com doença febril, geralmente acima de 38°C, e mialgias, acompanhadas de um ou mais dos
seguintes sinais e sintomas: calafrio, astenia, dor abdominal, alterações gastrointestinais, cefaléia, tosse seca, insuficiência
respiratória aguda de etiologia não determinada ou edema pulmonar não cardiogênico na primeira semana da doença, ou
paciente com enfermidade aguda apresentando quadro de edema pulmonar não cardiogênico com evolução para óbito, ou
paciente com doença febril e história de exposição à mesma fonte de infecção de um ou mais casos de hantavirose,
confirmado(s) laboratorialmente.
Confirmados: Laboratório - sorologia reagente para anticorpos séricos específicos para hantavírus da classe IgM;
soroconversão para anticorpos séricos específicos da classe IgG; imunohistoquímica de tecidos positiva; PCR positivo.
Epidemiológico - indivíduo que tenha freqüentado áreas conhecidas de transmissão de hantavírus ou exposição à mesma
situação de risco de pacientes confirmados laboratorialmente, apresentando, obrigatoriamente, as seguintes alterações:
raios X de tórax com infiltrado intersticial bilateral nos campos pulmonares, com ou sem presença de derrame pleural que
pode, quando presente, ser uni ou bilateral; hemoconcentração (hematócrito > 45%); trombocitopenia (plaquetas <130 mil
plaquetas/mm3).
NOTIFICAÇÃO
Doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Unidade de Saúde Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Estadual de Saúde MS
INVESTIGAÇÃO
A investigação deve ser iniciada o mais precocemente possível com vistas à identificação do local provável da infecção
(LPI) e os fatores determinantes para a ocorrência da doença.
Com a definição do LPI de qualquer caso humano, há necessidade de se conhecer a fonte de infecção, ou seja, o roedor
reservatório. Em áreas onde ele não é conhecido, deve-se realizar as atividades de investigação ambiental/ecológica com
vistas a determinar a espécie de roedor que atua como reservatório do hantavírus.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Informar à população da região sobre a doença, os roedores envolvidos e as vias de transmissão. Orientá-los sobre as
medidas de prevenção e controle da hantavirose e a importância de procederem às ações de combate aos reservatórios
para manter a área livre da presença desses animais, como por exemplo, roçar o terreno em volta da casa, dar destino
adequado aos entulhos, manter alimentos em recipientes fechados.
CONTROLE
Conhecimento prévio da biologia e do comportamento dos roedores, de acordo com seus habitats em cada área

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(domiciliar, peridomiciliar ou silvestre):


- Anti-ratização: eliminar todos os resíduos, entulhos e objetos inúteis que possam servir para abrigos, tocas e ninhos de
roedores, bem como reduzir suas fontes de água e alimento; armazenar insumos e produtos agrícolas (grãos,
hortigranjeiros e frutas) em silos ou tulhas situados a uma distância mínima de 30 metros do domicílio. Vedar fendas e
quaisquer outras aberturas com tamanho superior a 0,5 cm, para evitar a entrada de roedores nos domicílios; remover
diariamente as sobras dos alimentos de animais domésticos.
- Desratização: em áreas rurais não é rotineiramente recomendado o controle químico de roedores, tendo em vista que as
medidas de anti-ratização geralmente são suficientes. Se necessário, frente a uma alta infestação, a mesma só poderá ser
feita nas áreas limite entre o domicílio/ peridomicílio e peridomicílio/silvestre, sempre por profissionais especializados.
- Manejo Ambiental: práticas de higiene e medidas corretivas no meio ambiente, tais como saneamento e melhoria nas
condições de moradia, tornando as habitações e os locais de trabalho impróprios à instalação e à proliferação de roedores
(anti-ratização), associados às desratizações focais, quando extremamente necessário.
COLETA DE AMOSTRAS
Tipo de
Tipo de material Quantidade Nº de amostras Período da coleta
diagnóstico
1ª amostra: primeiro
dia do atendimento;
Uma amostra (se não 2ª amostra: nos
Elisa IgM, Média de 5 ml de concluir o diagnóstico, primeiros dias de
Sangue venoso (soro)
Elisa IgG sangue ou de soro coletar até duas ou três internação; 3ª
amostras do paciente) amostra: 2-3
semana após o
início dos sintomas.
Colher até o 7º dia
Soro, plasma, sangue,
PCR Média de 5ml Uma amostra após o início dos
coágulo, ou biópsia de pulmão
sintomas
Material de necropsia Fragmentos de
Necropsia: realizar,
(fragmentos de pulmão, baço, 1cm² fixado em
preferencialmente,
IHC rim, linfonodo, coração, formol tamponado a Uma amostra
até oito horas após
pâncreas, glândula pituitária, 10% ou em blocos
o óbito
cérebro e fígado) de parafina
LINKS ÚTEIS
portal.saude.gov.br
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
[email protected]
DGCDA/Coordenação de Prevenção e Controle
3184-0221
das Zoonoses

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar
Americana (LTA)
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Diagnosticar e tratar precocemente os casos detectados, visando reduzir as deformidades provocadas pela doença, nas
formas cutânea e mucosa. A forma mucosa, se não diagnosticada e tratada de forma precoce, leva a deformidades graves,
podendo evoluir para óbito.
DEFINIÇÃO DE CASO
Caso suspeito
Leishmaniose cutânea: indivíduo com presença de uma ou várias úlceras cutâneas, com fundo granuloso e bordas
infiltradas em molduras.
Leishmaniose mucosa: indivíduo com presença de úlcera na mucosa nasal, com ou sem perfuração, ou perda do septo
nasal, podendo atingir lábios, palato e nasofaringe.
Caso Confirmado
Critério clínico laboratorial de leishmaniose cutânea e/ou mucosa: a confirmação dos casos clinicamente suspeitos deverá
preencher, no mínimo, um dos critérios: Residência, procedência ou deslocamento para área com confirmação de
transmissão e presença do parasito nos exames parasitológicos direto ou indireto; Residência, procedência ou
deslocamento para área com confirmação de transmissão e Intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva;
Residência, procedência ou deslocamento para área com confirmação de transmissão por outros métodos de diagnóstico
positivo.
Critério clínico epidemiológico: todo caso com suspeita clínica, sem acesso a métodos de diagnóstico laboratorial, e com
residência, procedência ou deslocamento para área com confirmação de transmissão. Nas formas mucosas, considerar a
presença de cicatrizes cutâneas como critério complementar para confirmação do diagnóstico.
NOTIFICAÇÃO
Todo caso confirmado de LTA é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se realizar a
investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de
controle pertinentes. A unidade de saúde notificadora deve utilizar a ficha de notificação/investigação do Sinan
encaminhando-a para ser processada, conforme o fluxo estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Unidades ambulatoriais de saúde/hospitais/outras fontes Secretaria Municipal de Saúde Regional de Saúde
Secretaria Estadual de Saúde Ministério da Saúde.
INVESTIGAÇÃO
-Identificação do paciente;
-Coleta de dados clínicos e epidemiológico;
-Caracterização do local provável de infecção: Investigar se o paciente se deslocou para áreas endêmicas no período de
até seis meses anterior ao início dos sintomas; Realizar busca ativa de casos humanos no local onde o mesmo reside ou
trabalha; Realizar pesquisa entomológica do foco, a fim de definir a possibilidade de transmissão domiciliar.
-Evolução do caso: ressalta-se a necessidade de estruturar o serviço para acompanhar os pacientes até a cura clínica,
conforme as normas técnicas, visando reduzir as formas graves da doença (forma mucosa) e evitar deformidades.
-Encerramento do caso: de forma oportuna (até 180 dias após a notificação), conforme evolução clínica.

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A LTA é transmitida ao homem por meio da picada de flebotomíneos fêmeas infectadas, conhecidos popularm ente como
mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. Não há transmissão de pessoa a pessoa. A interação reservatório-parasita
é considerada um sistema complexo e já foram registrados como hospedeiros e possíveis reservatórios naturais algumas
espécies de roedores, marsupiais, edentados e canídeos silvestres. São numerosos os registros de infecção em animais
domésticos, no entanto, não há evidências científicas que comprovem o papel desses animais como reservatórios, sendo
considerados hospedeiros acidentais.
Para evitar os riscos de transmissão, algumas medidas preventivas ambientais, individuais ou coletivas, devem ser
estimuladas, tais como: Uso de repelentes, quando exposto a ambientes onde os vetores possam ser encontrados; Evitar a
exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite); Uso de mosquiteiros de malha fina, bem como a
telagem de portas e janelas; Limpeza de quintais e terrenos; Poda de árvores de modo a aumentar a insolação, a fim de
diminuir o sombreamento do solo; Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir à aproximação de mamíferos
comensais, como marsupiais e roedores, prováveis fontes de infecção para os flebotomíneos; Limpeza periódica dos
abrigos de animais domésticos; Manutenção de animais domésticos distantes do intradomicílio durante a noite, de modo a
reduzir a atração dos flebotomíneos para esse ambiente; Em áreas potenciais de transmissão, sugere-se uma faixa de
segurança de 400 a 500 metros entre as residências e a mata.
CONTROLE
- Dirigido aos casos humanos: organização de serviços de saúde para atendimento precoce dos pacientes, visando
diagnóstico, tratamento adequado e acompanhamento dos mesmos.
- Dirigido ao controle vetorial: o controle químico só é indicado para as áreas de transmissão, associado a evidências de
adaptação das espécies em ambiente domiciliar conforme dados epidemiológicos e entomológicos. Não há indicação de
controle químico para ambiente silvestre.
- Dirigido ao controle de reservatório canino: não são recomendadas ações objetivando o controle de animais silvestres e
domésticos. A eutanásia em cães só é indicada quando os animais doentes evoluírem para o agravamento das lesões
cutâneas, com surgimento de lesões mucosas e infecções secundárias que podem conduzir o animal ao sofrimento.
COLETA DE AMOSTRAS
- Exame Imunológico
O teste de primeira escolha é o teste intradérmico (Intradermorreação de Montenegro – IDRM), que se fundamenta na
visualização da resposta de hipersensibilidade celular retardada. A IDRM geralmente persiste positiva após o tratamento,
ou cicatrização da lesão cutânea tratada ou curada espontaneamente, podendo negativar nos indivíduos fraco reatores e
nos precocemente tratados. Em áreas endêmicas a IDRM positiva pode ser interpretada como leishmaniose anterior ou
mesmo aplicação anterior de antígeno de IDRM, exposição ao parasito sem doença (infecção), alergia ao diluente do teste
ou reação cruzada com outras doenças (doenças de Chagas, esporotricose, hanseníase virchowiana, tuberculose,
cromomicose, entre outras). Nas populações de área endêmica, na ausência de lesão ou cicatriz, a positividade varia entre
20 e 30%.
- Exame parasitológico por meio de exames diretos e indiretos.
A demonstração direta do parasita é procedimento de primeira escolha e são utilizados os seguintes procedimentos:
escarificação, biópsia com impressão por aposição e punção aspirativa.
- Coinfecção Leishmania/HIV
A LTA pode modificar a progressão da doença pelo HIV e a imunodepressão causada por esse vírus facilita a
progressão da LTA. O diagnóstico da coinfecção com HIV tem implicações na abordagem da leishmaniose em relação ao
diagnóstico, à indicação terapêutica e ao monitoramento dos efeitos adversos, à resposta terapêutica e à ocorrência de
recidivas. Portanto recomenda-se oferecer a sorologia para HIV para todos os pacientes com LTA, independentemente da
idade.

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LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br ; www.saude.pe.gov.br.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
- Portaria GM/MS Nº 104 de 25 de janeiro de 2011.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle das
[email protected]
Zoonoses e Endemias/ Coordenação de 3184-0214
[email protected]
Prevenção da Leishmaniose, Raiva e Peste
3184-0332/0192
Cievs [email protected]
9488-4267
LABEND - Diagnóstico de Leishmaniose 3184-3909 -
Centro de Referência diagnóstico e tratamento da LV
Hospital Universitário Oswaldo Cruz
Rua Arnóbio Marques, 310, Santo Amaro – Recife-PE. CEP: 50.100-130.
Tel.: (81) 2101-1333/2101-1433/2101-1352/2101-1356

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Leishmaniose Visceral (LV)
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Reduzir as taxas de letalidade e grau de morbidade por meio do diagnóstico e tratamento precoce dos casos e diminuir
os riscos de transmissão mediante o controle da população de reservatórios e do agente transmissor.
DEFINIÇÃO DE CASO
Caso suspeito: todo indivíduo proveniente de área com ocorrência de transmissão, com febre e esplenomegalia ou todo
indivíduo de área sem ocorrência de transmissão, com febre e esplenomegalia desde que descartados os diagnósticos
diferenciais mais frequentes na região.
Caso confirmado
Critério clínico laboratorial
--Presença do parasito no exame parasitológico direto ou cultura;
--Imunofluorescência reativa com título de 1:80 ou mais, desde que sejam excluídos outros diagnósticos diferenciais;
--Testes imunocromatográficos, comumente conhecidos como teste rápido, que utilizam antígenos recombinantes.
Critério clínico-epidemiológico
--Paciente de área com transmissão de LV, com suspeita clínica sem confirmação laboratorial, mas com resposta favorável
ao teste terapêutico.
NOTIFICAÇÃO
Todo caso de LV é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se realizar a investigação
epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle
pertinentes. A investigação deverá ser encerrada até 60 dias após a notificação. A unidade de saúde notificadora deve
utilizar a ficha de notificação/investigação do Sinan, encaminhando-a para ser processada, conforme o fluxo estabelecido
pela Secretaria Municipal de Saúde.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Unidades ambulatoriais de saúde/hospitais/outras fontes Secretaria Municipal de Saúde Regional de Saúde
Secretaria Estadual de Saúde Ministério da Saúde.
INVESTIGAÇÃO
-Identificação do paciente;
-Coleta de dados clínicos e epidemiológico;
-Caracterização do local provável de infecção: Investigar se o paciente se deslocou para áreas endêmicas no período de
até seis meses anterior ao início dos sintomas; Realizar busca ativa de casos humanos e caninos; Realizar levantamento
entomológico, caso ainda não tenha sido verificada a presença do vetor.
-Classificação final dos casos humanos.
-Evolução do caso: ressalta-se a necessidade de estruturar o serviço para acompanhar os pacientes até a cura clínica. Em
situações nas quais os pacientes não compareceram às consultas agendadas durante o tratamento, é necessária a busca
ativa dos faltosos.
-Encerramento dos casos humanos.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO

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A LV é transmitida ao homem por meio da picada de fêmeas de flebotomíneos da espécie Lutzomyia longipalpis e
Lutzomyia cruzi, conhecidos popularmente como "mosquito-palha, birigui, asa branca, tatuquira e cangalhinha". Esses
insetos têm hábitos vespertinos e noturnos, atacando o homem e os animais, principalmente no início da noite e ao
amanhecer. No Brasil, não há registro de transmissão direta de pessoa para pessoa.
As medidas preventivas visam à redução do contato homem-vetor, podendo ser realizadas medidas de proteção
individual, dirigidas ao vetor e à população canina, tais como: uso de mosquiteiros com malha fina; telagem de portas e
janelas; uso de repelentes; manejo ambiental, através da limpeza de quintais, terrenos e praças, eliminação de fontes de
umidade, não permanência de animais domésticos dentro de casa, eliminação e destino adequado de resíduos sólidos
orgânicos, entre outras medidas de higiene e conservação ambiental que evitam a proliferação do inseto vetor.
CONTROLE
-Dirigido aos casos humanos: organização de serviços de saúde para atendimento precoce dos pacientes, visando o
diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento até a cura.
-Dirigido ao controle vetorial: o controle químico imediato está indicado para as áreas com registro do 1º caso autóctone de
LV e em áreas de surto. Em áreas de transmissão moderada e intensa o controle químico deve ser programado no período
em que se verifica o aumento da densidade vetorial. Nas áreas de transmissão esporádica não há indicação de controle
químico.
-Dirigido ao controle de reservatório canino: eutanásia canina é recomendada a todos os animais sororreagentes, ou seja,
títulos a partir de 1:40 e/ou com exame parasitológico positivo. O tratamento de cães que estiverem com LV é ilegal,
conforme a Portaria Interministerial Nº 1.426, de 11 de julho de 2008, e coloca em risco a saúde da família, comunidade e
de outros cães.
COLETA DE AMOSTRAS

LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br; www.saude.pe.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portaria GM/MS Nº 104, de 25 de janeiro de 2011; Resolução Nº 714, de 20 de junho de 2002; Resolução RDC Nº 33, de
25 de fevereiro de 2003; Portaria Interministerial Nº 1.426, de 11 de julho de 2008.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Gerência de Prevenção e Controle das 3184-0214 [email protected]

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Zoonoses e Endemias/ Coordenação de Prevenção [email protected]


da Leishmaniose, Raiva e Peste
3184-0332/0192
Cievs [email protected]
9488-4267
LABEND - Diagnóstico de Leishmaniose 3184-3909 -

Centro de Referência para diagnóstico e tratamento da LV


Instituto Materno Infantil de Pernambuco – Imip
Rua dos Coelhos, 300 – Recife-PE. CEP: 50.007-550.
Tel.: (81) 2122-4100/2122-4192/2122-4722
Hospital Universitário Oswaldo Cruz
Rua Arnóbio Marques, 310, Santo Amaro – Recife-PE. CEP: 50.100-130.
Tel.: (81) 2101-1333/2101-1433/2101-1352/2101-1356
Hospital das Clínicas/Universidade Federal de Pernambuco – HC/UFPE
Rua Prof. Moraes e Rego, s/n, Cidade Universitária – Recife-PE. CEP: 50.050-901.
Tel.: (81) 2126-3633/2126-3620/2126-3703/2126-3818

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Leptospirose
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Monitorar a ocorrência de casos e surtos, assim como determinar a sua distribuição espacial e temporal; Reduzir a
letalidade da doença, mediante a garantia de diagnóstico e tratamento precoce e adequado; Identificar os sorovares
circulantes em cada área; Direcionar as medidas preventivas e de controle destinadas à população, ao meio ambiente e
aos reservatórios animais.
DEFINIÇÃO DE CASO
Caso Suspeito: indivíduo com febre de início súbito, mialgias, cefaléia, mal-estar e/ou prostração, associados a um ou
mais dos seguintes sinais e sintomas: sufusão conjuntival ou conjuntivite, náuseas e/ou vômitos, calafrios, alterações do
volume urinário, icterícia, fenômeno hemorrágico e/ou alterações hepáticas, renais e vasculares compatíveis com
leptospirose ictérica (síndrome de Weil) ou anictérica grave.
Indivíduo que apresente sinais e sintomas de processo infeccioso inespecífico com antecedentes epidemiológicos
(exposição a enchentes, lama ou coleções hídricas potencialmente contaminadas, exposição a esgoto e fossas, atividades
que envolvam risco ocupacional como coleta de lixo, limpeza de córregos, manejo de animais e agricultura em áreas
alagadas e contato com animais infectados - roedores, cães, bovinos) sugestivos nos últimos 30 dias anteriores à data de
início dos sintomas.
Caso Confirmado: Clinico – laboratorial - presença de sinais e sintomas clínicos compatíveis, associados a um ou mais
dos seguintes resultados de exames laboratoriais: teste Elisa-IgM reagente, soroconversão na reação de microaglutinação,
isolamento da Leptospira e imunohistoquímica positiva para leptospirose. Clinico – epidemiológico - todo caso suspeito que
apresente sinais e sintomas inespecíficos associados com alterações nas funções hepáticas e/ou renais e/ou vasculares e
antecedentes epidemiológicos (descritos acima) que, por algum motivo, não tenha coletado material para exames
laboratoriais específicos ou estes tenham resultado não-reagente com amostra única coletada antes do 7º dia de doença.
NOTIFICAÇÃO
Doença de notificação compulsória. Tanto a ocorrência de casos suspeitos isolados como surtos devem ser notificados
para o desencadeamento das ações de vigilância epidemiológica e controle.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Unidade de Saúde Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Estadual de Saúde MS
INVESTIGAÇÃO
A investigação epidemiológica de cada caso suspeito e/ou confirmado deverá ser realizada com base no preenchimento
da ficha específica de investigação pelo município de residência, visando determinar a forma e local provável de infecção
(LPI), o que irá orientar a adoção de medidas adequadas de controle.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Adotar medidas de prevenção da doença, especialmente antes e durante o período das grandes chuvas. A desinfecção
de domicílios após as enchentes, evitar entrar ou permanecer desnecessariamente em áreas alagadas ou enlameadas
sem a devida proteção individual, descartar os alimentos que entraram em contato com águas contaminadas e verificar se
o tratamento da água de uso doméstico está adequado são exemplos de medidas importantes. Medidas de anti-ratização
são indicadas, principalmente em áreas endêmicas sujeitas a inundações. Ações continuadas de informação, comunicação

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e educação em saúde deverão ser empreendidas.


CONTROLE
-Controle de reservatórios: controle da população de roedores
Anti-ratização – visa modificar as características ambientais que favorecem a penetração, instalação e livre proliferação de
roedores, por meio da eliminação dos fatores que propiciem o acesso desses animais a alimento, água e abrigo;
Desratização – visa à eliminação direta dos roedores através de métodos mecânicos (ratoeiras) e químicos (raticidas).
Estas atividades devem ser planejadas e executadas por equipes devidamente capacitadas.
Os métodos biológicos (predadores) não são aplicáveis na prática; segregação e tratamento de animais domésticos
infectados e/ou doentes e proteção das áreas humanas de moradia; imunização de animais domésticos e de produção
(caninos, bovinos e suínos); cuidados com a higiene, remoção e destino adequado de excretas de animais e desinfecção
permanente dos canis ou locais de criação.
COLETA DE AMOSTRAS
Tipo de Tipo de Nº de
Quantidade Período de coleta
diagnóstico material amostras
Cultura 1,2 e 3 gotas por tubo Fase aguda, preferencialmente antes do
Sangue (total=3 tubos por 1 tratamento antibiótico. Ideal até o 7º dia do
paciente) início dos sintomas
Micro- Amostras pareadas nas fases aguda e
aglutinação Soro (sem convalescente: a primeira, no primeiro
3,0ml 2
hemólise) atendimento; a segunda, após um intervalo de
14 a 21 dias (máx. 60)
Elisa IgM Fase aguda (no primeiro atendimento); se for
Soro (sem
3,0ml 1 ou 2 negativo, coletar uma segunda amostra em 5-7
hemólise)
dias
Macro- Soro (sem Fase aguda (no primeiro atendimento); se for
3,0ml 1 ou 2
aglutinação hemólise) negativo, repetir em 5-7 dias
LINKS ÚTEIS
www.saude.pe.gov.br/; www.saude.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/leptospirose_29_09_11.pdf
-http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/nt_quimioprofilaxia_lepto_desastres_naturais_2012.pdf
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email

DGCDA/Coordenação de Prevenção e Controle das Zoonoses 3184-0221 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Malária
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
-Detectar os casos de Malária e realizar oportunamente o tratamento, além da aplicação de medidas de prevenção;
Reduzir a morbi-mortalidade da malária por meio do diagnóstico e tratamento oportunos e adequados dos casos positivos;
Reduzir as formas graves da malária; Evitar a ocorrência e proceder a investigação epidemiológica de casos autóctones;
Adotar medidas específicas de controle do vetor transmissor; Notificar e digitar os casos no Sinan; Estruturar e/ou
fortalecer as equipes de vigilância em saúde entomológica e educação em saúde, com técnicos capacitados em
epidemiologia e controle da doença; Integrar as ações de controle da malária, nas ações básicas de saúde nos municípios
com polos turísticos.
DEFINIÇÃO DE CASO
Quadro clínico: febre alta, acompanhada de calafrios, mal-estar, sudorese intensa profusa e cefaléia, que ocorrem em
padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Podem ainda ocorrer sintomas como náuseas, vômitos,
astenia, fadiga, anorexia, dor abdominal.
Toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para área de transmissão da doença, no período de 8 a 30 dias anterior
à data dos primeiros sintomas, que tenha febre ou não.
OBS. Existe a possibilidade de aparecimento de sintomas em período maior que 30 dias, após a exposição.
NOTIFICAÇÃO
É uma doença de notificação compulsória, na qual todos os casos positivos devem ser notificados e digitados no Sinan e
notificados ao Cievs. Para registrar no Sinan, o caso deverá ser encerrado e identificar se o mesmo é ou não autóctone do
município de residência.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL GERES CASO SUSPEITO
(LABEND, IV, VII, VIII e IX)
Pesquisa do Plasmódio em sangue
-

GERES/MUNICÍPIO
1.Investigação epidemiológica.
- + 2.Realizar ação de controle vetorial (se
indicado).

Encerrar o caso Retornar ao médico que solicitou o exame ou encaminhar a Unidade de Saúde ou
Serviços de Referência para tratamento específico

OBS. De acordo com a espécie de Plasmódio o tratamento será disponibilizado pelas referências do diagnóstico
laboratorial e a medicação é disponibilizada pelo MS às Secretarias Estaduais de Saúde.

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INVESTIGAÇÃO
Deve identificar se o paciente apresentou ou não alguns sintomas; verificar a data dos primeiros sintomas e confirmar a
realização do diagnóstico laboratorial.
Identificar se a pessoa esteve nos últimos dias entre 8 a 30 dias anteriores à data dos primeiros em área endêmica
(Amazônia legal e países africanos) e se ocorreu a permanência no local corresponde aos horários habituais de
alimentação do vetor (do anoitecer ao amanhecer); Identificar área de transmissão (local provável da infecção) que deve
ser feita mediante a entrevista com o paciente, familiares, responsáveis ou pessoas da comunidade. Os dados deverão ser
anotados na ficha de notificação.
OBS. Após a notificação de um ou mais casos de malária e a determinação do local de transmissão faz-se a busca ativa
de outros casos, cuja área de delimitação deve ser definida por critérios entomológicos e epidemiológicos.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
O controle químico poderá ser utilizado (ver Nota Técnica Nº 011/2012); Estruturar e/ou fortalecer as equipes de vigilância
em saúde e educação em saúde; Integrar as ações de controle da malária, nas ações básicas de saúde nos municípios;
Informar a população sobre a doença e a necessidade de procurar a unidade de saúde ou Serviços de Referência aos
primeiros sintomas; Cuidados com a proteção individual (evitar frequentar locais de transmissão a noite, uso de
mosquiteiros, repelentes, roupas que protejam pernas e braços, telas nas janelas e nas portas em área de transmissão);
Informar ao viajante que caso apresente algum sintoma da doença no período de 6 meses após ter retornado de uma área
de risco, deverá procurar orientação médica.
COLETA DE AMOSTRAS
A coleta e preparo da amostra de sangue para exame de malária devem ser feitas por técnicos devidamente
capacitados pelo LABEND/LACEN, de acordo com os procedimentos detalhados no “Manual de Diagnóstico Laboratorial
de Malária” do MS. A coleta da amostra de sangue, preparação da lâmina e exame microscópico imediato é realizada
pelos técnicos dos laboratórios (LABEND, IV, VII, IX Geres). Para os demais municípios os exames são realizados no
LABEND. No caso de testes rápidos, seguir as orientações do fabricante e proceder com o registro do resultado na ficha
de notificação.
LINKS ÚTEIS
www.saude.pe.gov.br/; www.saude.gov.br; www.fiocruz.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
Nota Técnica Nº 007/CGPNCD/DEVEP/SVS/MS; Nota Técnica Nº 011/CGPNCD/DEVEP/SVS/MS.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/ Gerência de Prevenção e Controle de Doenças [email protected]
3184-0220
Negligenciadas Transmitidas por Vetores/ Coordenação de Doença [email protected]
3184-0216
de Chagas, Tracoma e Malária om
LACEN 3184-3919 -
LABEND 3181-6316 -

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Peste
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Monitorar a circulação da Yersinia pestis, bactéria causadora da peste, mantida entre os roedores por meio da picada de
pulgas infectadas. Esse monitoramento é feito mediante a prova de hemoaglutinação de sangue de carnívoros e roedores
domésticos (Ratus ratus), captura e quarentena de roedores silvestres, coleta de pulgas dos roedores domésticos e
silvestres e cultura das pulgas dos roedores.
DEFINIÇÃO DE CASO
Paciente proveniente de municípios e/ou localidades com histórico de peste, que apresentem quadro clinico compatível
com a doença, sob três formas clínicas: bubônica, pneumônica e septicêmica.
- Forma bubônica ou ganglionar: varia desde formas leves, que apresentam adenopatia com ou sem supuração, a formas
mais graves e letais. As formas graves têm início abrupto, presença de bubões ganglionares doloridos, febre alta, calafrios,
cefaléia intensa, dores generalizadas, anorexia, náuseas, vômitos, confusão mental, hipotensão arterial, prostração e mal
estar geral, coma e morte entre 48 e 72 horas, se não houver tratamento.
- Forma pneumônica: pode ser primária a peste bubônica ou septicêmica por disseminação hematogênica. É a fase mais
grave e perigosa da doença, devido ao seu quadro clínico e alta contagiosidade, podendo provocar epidemias. Inicia-se
com quadro infeccioso grave, de evolução rápida, cianose, expectoração sanguinolenta rica em bactérias. Surgem
fenômenos de toxemia, delírio, coma e morte, se não houver o tratamento precoce.
- Forma septicêmica: aparece no final da fase bubônica não tratada.
NOTIFICAÇÃO
A peste é uma doença de notificação compulsória (deve ser comunicada imediatamente, pela via mais rápida, às
autoridades sanitárias) que continua tendo destaque no regulamento sanitário internacional. Devido ao seu potencial de
causar formas pneumônicas de elevado poder contagioso, deve-se informar imediatamente a rede Cievs.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Unidade de Saúde Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Estadual de Saúde (Cievs) MS
INVESTIGAÇÃO
Consiste na obtenção detalhada do quadro clínico, coleta de sangue para teste sorológico, notificação e investigação
imediata do caso no Sinan.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Municípios com histórico de casos de peste humana em décadas passadas são considerados endêmicos e, portanto,
estão obrigados a fazer a vigilância da doença por meio de: Educação e participação comunitária das populações das
localidades consideradas endêmicas; Realização periódica de coleta de sangue de carnívoros, (animais sentinelas) com o
objetivo de detectar precocemente a circulação da doença.
CONTROLE
Diagnóstico, tratamento, notificação e investigação precoce dos casos confirmados.
COLETA DE AMOSTRAS
Casos com suspeita clínica para peste deve-se realizar coleta para sorologia. A amostra é encaminhada para o
laboratório de referência – Lacen.

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LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br

PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
- Regulamento Sanitário Internacional, 2005.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Coordenação de Prevenção e
3184-0214 [email protected]
Controle das Zoonoses

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica da Raiva.
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Detectar precocemente a área de circulação do vírus da raiva, em animais (urbano e silvestre), visando impedir a
ocorrência de casos humanos. Garantir tratamento oportuno aos indivíduos expostos ao risco.
DEFINIÇÃO DE CASO
Todo doente que apresentar quadro clínico compatível de encefalite rábica, com comprovação laboratorial, associado a
antecedentes de agressão ou contato com animal suspeito.
NOTIFICAÇÃO
Notificação compulsória imediata. Notificação no Sinan e comunicação por telefone, fax e/ou e-mail.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Municípios Geres Nível Central (Coordenação de Zoonoses) Nível Federal (MS/SVS)
INVESTIGAÇÃO
Deverá ser realizada pelo município por meio da ficha de investigação do Sinan, imediatamente após o conhecimento da
suspeita do caso, em um período de até 48 horas após a notificação.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
As medidas de prevenção visam erradicar a raiva humana e controlar a raiva animal.
CONTROLE
O controle da raiva deve ser focado nos reservatórios da doença nas áreas rurais e urbanas. Realização do bloqueio de
foco até 72 horas, campanhas anuais de vacinação em massa de cães e gatos, associados a trabalhos de educação em
saúde. O tratamento profilático nos casos de agressões por animais é fundamental.
COLETA DE AMOSTRAS
A coleta de encéfalos para o diagnóstico da raiva deve ser realizada por profissional capacitado. A amostra deve ser
acondicionada em isopor ou caixa térmica com gelo e encaminhada para o laboratório de apoio animal (Lanagro)
localizado no bairro de Dois Irmãos.
LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portarias: N°3252 de 22/11/2009; N°104 de 25/01/2011; Lei 14.139 de 31/08/2010.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/Coordenação de Prevenção e Controle das Zoonoses 3184-0214 [email protected]

PNI estadual 3184-4000 [email protected]

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica de Tracoma
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
- Reduzir a prevalência a menos de 5,0% em crianças de 1 a 15 anos matriculados na rede pública de ensino, nos 22
municípios prioritários do SANAR até 2014; Eliminar o tracoma como causa de cegueira nos municípios não prioritários.
DEFINIÇÃO DE CASO
Casos com história de “conjuntivite prolongada” ou que apresente sintomatologia ocular de longa duração (ardor,
prurido, sensação de corpo estranho, fotofobia, lacrimejamento e secreção ocular) principalmente entre 1 a 15 anos de
idade.
NOTIFICAÇÃO
O Tracoma não é uma Doença de Notificação Compulsória (DNC) nacional, entretanto é uma doença sob Vigilância
Epidemiológica de interesse nacional, devendo todos os casos diagnosticados positivos serem notificados na ficha 2
(Controle de Casos – Boletim de Inquérito Tracoma) e digitados no Sinan. A Portaria Estadual Nº 104 de 09 de março de
2012, acrescenta o Tracoma como DNC estadual.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO

INQUÉRITO EM ESCOLA PÚBLICA (EXAME OFTÁLMICO EXTERNO)

Ficha 01: Inquérito/Busca Ativa

NEGATIVO POSITIVO (TI/TF)

Busca ativa dos


SES TRATAMENTO
comunicantes
(Encerra o caso)

NEGATIVO POSITIVO (TI/TF)


Preencher a Ficha 02
(Encaminhar as Fichas 1 e 2)
TRATAMENTO

SES MUNICÍPIO
(CONSOLIDAR) Preenche a Ficha 02 (Envia a Ficha 2 para o
DIGITAR NO SINAN)

INVESTIGAÇÃO
Desde que haja confirmação da existência de um ou vários casos numa comunidade, escola, bairro, creche, povoado
deve-se desencadear medidas de vigilância visando à detecção de casos a ele associado, ou seja, os comunicantes e a
busca ativa de outros casos.

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE


Fonte de infecção: Os casos de Tracoma inflamatório (TF e/ou TI) devem ser tratados, não tendo necessidade de isolar o
paciente positivo.
- Os casos de entrópio palpebral e triquíase tracomatosa deverão ser encaminhados para avaliação e cirurgia corretiva das
pálpebras.
- Os casos de opacidade corneana (CO) devem ser encaminhados ao Serviço de Referência.
Medidas sanitárias: saneamento e a regularidade no abastecimento de água, armazenamento adequado do lixo e coleta
regular.
- Hábitos de higiene pessoal: lavar as mãos e o rosto, evitar coçar os olhos, evitar o uso toalhas e roupas de cama de
outras pessoas.
- Integrar as ações de controle do tracoma nas ações da ESF e desenvolver ações educativas em saúde.
COLETA DE AMOSTRAS
Durante os inquéritos serão submetidas às coletas de material conjuntival de uma amostra de 10% dos indivíduos com
diagnóstico clínico de tracoma para a pesquisa da bactéria Chlamydia tracomatis, posteriormente as lâminas são enviadas
para o LACEN.
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br; www.fiocruz.br; www.saude.pe.gov.br.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
Portaria 2.556 de 28/10/2011; Portaria Estadual Nº 104 de 09/03/2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGCDA/ Gerência de Prevenção e Controle de Doenças
3184-0220 [email protected]
Negligenciadas Transmitidas por Vetores/ Coordenação de
3184-0216 [email protected]
Doença de Chagas, Tracoma e Malária

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
3
Vigilância
de Riscos Ambientais
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano
(Vigiagua)
Elaboração: janeiro/2013

O PROGRAMA
O Vigiagua consiste no conjunto de ações adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para garantir à
população o acesso à água compatível com o padrão de potabilidade, estabelecido na legislação vigente (Portaria MS nº.
2914/2011), como parte integrante das ações de prevenção dos agravos transmitidos pela água e de promoção da saúde,
previstas no SUS.
OBJETIVOS
Reduzir a morbi-mortalidade por doenças e agravos de transmissão hídrica, por meio de ações de vigilância sistemática
da qualidade da água consumida pela população; Buscar a melhoria das condições sanitárias das diversas formas de
abastecimento de água para consumo humano; Avaliar e gerenciar o risco à saúde das condições sanitárias das diversas
formas de abastecimento de água; Monitorar sistematicamente a qualidade da água consumida pela população, nos
termos da legislação vigente; Informar a população sobre a qualidade da água e riscos à saúde; Apoiar o desenvolvimento
de ações de educação em saúde e mobilização social; Coordenar o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da
Água (SISAGUA).
META
Realizar coleta e análise laboratorial de no mínimo 100,0% das análises de água do Sistema de Abastecimento de
Água preconizadas pela Diretriz Nacional do Vigiagua para os parâmetros:
-Microbiológicos: coliformes totais e coliformes termotolerantes ou Escherichia coli.
-Físicos: turbidez.
-Químicos: cloro residual livre (CRL).
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DE MUNICÍPIOS NO PROGRAMA
Todos os municípios devem desenvolver as atividades do Vigiagua.
ATIVIDADES DE ROTINA
O monitoramento da qualidade da água é um dos instrumentos de verificação da potabilidade da água e de avaliação
dos riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água possam representar a saúde humana.
Este monitoramento abrange as seguintes atividades:
-Elaboração de um plano de amostragem, incluindo: definição dos pontos de coleta de amostras, definição do número e
frequência de amostras e definição dos parâmetros a serem analisados;
-Coleta e análise laboratorial de amostras de água: identificação de laboratórios de referência (regional ou municipal) para
o encaminhamento das amostras;
-Alimentação mensal dos resultados do monitoramento da qualidade da água no Sistema de Informação de Vigilância da
Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA;
-Alimentação mensal dos dados fornecidos pelo controle da qualidade da água no SISAGUA: o envio dos dados de
controle é de responsabilidade dos fornecedores de água.
Os planos de amostragens podem ser orientados, dentre outros, pelos seguintes aspectos: representatividade espacial
e temporal; densidade populacional; locais com grande afluência de público – como centros comerciais e terminais
rodoferroviários e aeroportuários; locais estratégicos (população vulnerável) como hospitais, creches, escolas, asilos;
locais com população expostas em áreas contaminadas; distribuição espacial das doenças de transmissão hídrica.

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

Parâmetros a serem analisados, frequência e número de amostras:


Parâmetros
- Parâmetros microbiológicos: coliformes totais, coliformes termotolerantes ou Escherichia coli.
- Parâmetros físicos: turbidez
- Parâmetros químicos: cloro residual livre
- Parâmetros orgânicos: agrotóxicos
- Parâmetros inorgânicos: mercúrio
Obs.: Dependendo da capacidade instalada do município, pode-se pensar na inclusão de outros parâmetros de interesse
imediato de acordo com a necessidade local.
Frequência
- Mensal: colimetria, turbidez, cloro residual livre (CRL)
- Semestral: agrotóxicos e mercúrio
Número: deverá ser calculado em função da população total do município
População total do município
Parâmetro

manancial
Tipo de

> 100.000
10.001 a

20.001 a

50.001 a
100.000
< 5.000

5.001 a
10.000

20.000

50.000
CRL e superficial ou
Turbidez subterrâneo 10 14 18 25 36 53

População total do município


Parâmetro

manancial
Tipo de

> 100.000
10.001 a

20.001 a

50.001 a
100.000
< 5.000

20.000

50.000

Coliformes superficial ou
10 18 25 36 40
totais subterrâneo

Parâmetro Tipo de manancial Número de amostras


Agrotóxicos e mercúrio Superficial ou subterrâneo 2

Nota: para os parâmetros agrotóxicos e mercúrio definiu-se a realização de 1 (uma) amostra semestral independente da
população total do município.
FLUXO DE ATUAÇÃO
Consideram-se princípios básicos que norteiam o modelo de vigilância da qualidade de água para consumo humano:
- Respeito à descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera do governo, com ênfase na
descentralização das ações para os municípios, garantida a regionalização e a hierarquização da organização da rede de
serviços de saúde;
- Integralidade das ações desenvolvidas pela vigilância da qualidade da água para consumo humano no sentido de
estender suas atividades a toda e qualquer forma de abastecimento de água, seja coletivo ou individual, de gestão pública
ou privada, compreendendo ações de caráter preventivo e corretivo, abrangendo toda a cadeia sistêmica do

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

abastecimento de água, desde o manancial até o ponto de consumo;


- Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades das ações de vigilância da qualidade da água para
consumo humano, incluindo sua orientação programática e a alocação de recursos;
- Integração das ações da vigilância da qualidade da água para consumo humano com as áreas de meio ambiente,
saneamento e recursos hídricos;
- Divulgação de informações à população dos dados de qualidade da água e os possíveis riscos inerentes ao seu
consumo.
A atuação do VIGIAGUA baseia-se na avaliação e gerenciamento de risco ambiental e epidemiológico através do
controle pelos prestadores de serviços de abastecimento e da vigilância feita pelo setor saúde e se estende sobre todas e
quaisquer formas de abastecimento de água coletivas ou individuais, na área urbana e rural, de gestão pública ou privada,
incluindo as instalações intradomiciliares.
FONTE DE VERIFICAÇÃO:
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA.
LINKS ÚTEIS:
www.saude.gov.br
NORMAS E LEGISLAÇÕES
-Decreto nº 79.367, de 09/03/1977; Decreto nº 5.440, de 04/05/2005; Decreto nº 7.217, de 21/06/2010; Portaria nº 2.914,
de 12/12/2011; Diretriz nacional do plano de amostragem da vigilância em saúde ambiental relacionada à qualidade da
água para consumo humano.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES

Setor Telefone Email


[email protected]
DGCDA/ Coordenação de Vigilância Ambiental
3184-0190 [email protected]
de Riscos Ambientais
[email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição do Ar
(Vigiar)
Elaboração: janeiro/2013

O PROGRAMA
A Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade do Ar (Vigiar) é parte integrante do Subsistema Nacional de
Vigilância em Saúde Ambiental – SINVISA, que vem sendo estruturado pelo MS desde 2001. Seu campo de atuação
prioriza as regiões onde existam diferentes atividades de natureza econômica ou social que gerem poluição atmosférica
de modo a caracterizar um fator de risco para as populações expostas, denominadas Áreas de Atenção Ambiental
Atmosférica de interesse para a Saúde - 4AS que inclui: Regiões metropolitanas; Centros industriais; Áreas sob impacto
de mineração; Áreas sob influência de queimadas; Áreas sob influência de incêndios florestais; Áreas de relevância para a
saúde pública, de acordo com a realidade loco-regional.
OBJETIVOS
Prevenir e reduzir os agravos à saúde da população exposta aos fatores ambientais relacionados aos poluentes
atmosféricos; Avaliar os riscos à saúde decorrente da exposição aos poluentes atmosféricos; Identificar e avaliar os
efeitos agudos e crônicos decorrentes da exposição aos poluentes atmosféricos; Estimular a intersetorialidade e
interdisciplinaridade entre os órgãos que possuam interface com a saúde no que diz respeito às questões de qualidade do
ar; Subsidiar o setor Ambiental na formulação e execução de estratégias de controle da poluição do ar, tendo em vista a
proteção da saúde da população; Fornecer elementos para orientar as políticas nacionais e locais de proteção à saúde da
população frente aos riscos decorrentes da exposição aos poluentes atmosféricos.
META
Preenchimento do Instrumento de Identificação dos Municípios de Risco (IIMR) para a Vigilância em Saúde de
Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos, conforme modelo padronizado.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Todos os municípios de Pernambuco devem realizar atividades do Vigiar.
ATIVIDADES DE ROTINA
Preencher o IIMR.
O preenchimento do IIMR contribuirá para o mapeamento das Áreas de Atenção Ambiental Atmosférica de Interesse para
a Saúde – 4AS, áreas consideradas prioritárias para atuação do VIGIAR.
O preenchimento do IIMR deverá ser realizado por meio da internet no Painel de Informações em Saúde Ambiental e
Saúde do Trabalhador – PISAST (www.saude.gov.br/svs/pisast) até dia 30 de novembro de cada ano ou em data
estabelecida pelo Ministério da Saúde.
FONTE DE VERIFICAÇÃO
PISAST, pelo site www.saude.gov.br/svs/pisast.
NORMAS E LEGISLAÇÕES
Política Nacional de Meio Ambiente – Lei n° 6.938/1981; Resolução CONAMA n° 018/1986 ;Resolução CONAMA n°
005/1989; Resolução CONAMA n° 003/1990; Resolução CONAMA n° 382/2006; Resolução CONAMA nº 315/2002.
LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br/svs/pisast ; pisast.saude.gov.br; www.denatran.gov.br; www.ibge.gov.br; www.inpe.br.

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES

Setor Telefone Email

[email protected]
DGCDA/ Coordenação de Vigilância Ambiental de
3184 0190- [email protected]
Riscos Ambientais
[email protected]

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância de Populações Expostas a Solo Contaminado
(Vigisolo)
Elaboração: janeiro/2013

O PROGRAMA
O Programa Vigisolo é parte integrante do Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (SINVSA). Constitui-
se em uma importante intervenção para prevenção e promoção da saúde no que diz respeito ao conhecimento da
situação ambiental, especificamente sobre substâncias químicas presentes no solo que podem ocasionar danos à saúde
humana.
OBJETIVOS
Desenvolver ações de vigilância de populações expostas a solo com suspeita de contaminação, visando recomendar e
instituir medidas de promoção, prevenção dos fatores de risco e atenção integral à saúde.
META
Mínimo de uma área cadastrada pelos municípios com população acima de 100 mil habitantes e uma área cadastrada
em 5,0% dos municípios com população abaixo de 100 mil habitantes.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Municípios acima de 100.000 habitantes e os elegíveis pelo Projeto Vigisus II (Moreno, Ipojuca, Itapissuma, Ilha de
Itamaracá, Igarassu, Abreu e Lima e São Lourenço).
ATIVIDADES DE ROTINA
Identificar áreas com populações expostas a contaminantes químicos; cadastrar as áreas no momento da visita de campo;
inserir os dados coletados no Sistema de Informação de Populações Expostas a Solos Contaminados (Sissolo); inserir
relatório das ações realizadas durante o ano no Sissolo.
Nota: O prazo para envio do relatório, pelo município, é até o dia 15 de novembro de cada ano.
FLUXO DE ATUAÇÃO:
Identificar e priorizar áreas com populações expostas a solo contaminado, desenvolver estratégia de gestão para
atuação em áreas com populações expostas, em especial para avaliação de risco à saúde humana por exposição a
contaminantes químicos e protocolo de vigilância e assistência à saúde. Estimular ações intra-setoriais entre as áreas de
vigilância ambiental, epidemiológica, sanitária, saúde do trabalhador, atenção básica e laboratórios públicos e, realizar
articulação com os órgãos ambientais.
LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES

Setor Telefone Email


DGCDA/ Coordenação de Vigilância Ambiental de Riscos [email protected]
3184-0190
Ambientais

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância em Saúde Ambiental dos riscos decorrentes de
desastres de origem natural (Vigidesastres)
Elaboração: janeiro/2013

O PROGRAMA
A Vigilância em Saúde Ambiental relacionada aos riscos decorrentes dos desastres naturais (Vigidesastres) é um
programa da Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde. O Programa baseia-se nas diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde e é composto pelo modelo, campo e
forma de atuação, com proposta de ações básicas e estratégicas, competências e atribuições para os três níveis de
governo.
OBJETIVOS
-Estabelecer diretrizes para organização, preparação e resposta do setor saúde do município;
-Intensificar a articulação e integração intrassetorial;
-Fortalecer a intersetorialidade do setor saúde com outras instituições;
-Restabelecer o atendimento na rede dos serviços de saúde.
-Estabelecer fluxo de comunicação dialógica;
-Fortalecer a participação social e a educação em saúde.
META
Desenvolver Plano de Contingência para Desastres de Origem Natural e Antropogênica.
FLUXO DE ATUAÇÃO
A gestão do Vigidesastres deve contemplar ações que integram as estratégias de gestão do risco com seus
componentes de: planejamento, gerenciamento, acompanhamento da evolução do risco, monitoramento e avaliação das
ações, dirigida à redução do risco, ao gerenciamento de desastres e à recuperação dos efeitos à saúde humana. As
estratégias têm como objetivo a proteção da saúde da população contra as consequências dos desastres, considerando a
magnitude do risco para a definição das prioridades, e respeitar as estruturas organizacionais existentes. Identificar,
direcionar e fortalecer ações de atenção integral à saúde da população atingida por desastres, incluindo ações de atenção
psicossocial.
INSTRUMENTO DE ATUAÇÃO
Plano de Contingência para Desastres.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
[email protected]
DGCDA/Coordenação de Vigilância Ambiental de Riscos
3184-0190 [email protected]
Ambientais
[email protected]

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101
Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
4
Ações Estratégicas em
Vigilância Epidemiológica
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de
Pernambuco - CIEVS/PE
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
O Cievs/SES-PE foi instituído pela Portaria Estadual Nº 493/2009 e compõe a Rede Nacional de Monitoramento e
Respostas às Emergências em Saúde Pública, a Rede Cievs/SUS. Tem a finalidade de fomentar a captação de
notificações, busca de notícias de interesse para a saúde pública, manejo e análise de dados e informações estratégicas
relevantes à prática da vigilância em saúde, bem como congregar mecanismos de comunicação avançados. Funciona em
regime de plantão 24 horas por dia, 7 dias por semana para dispor de informação e comunicação, apoiando no processo
de tomada de decisão.
NOTIFICAÇÃO
Os eventos que devem ser notificados ao Cievs estão na Lista Estadual de Doenças de Notificação Compulsória
Imediata do anexo II da Portaria SES/PE nº 104 de 17 de fevereiro de 2012, assim como aqueles que alterem o padrão
epidemiológico local. De acordo com o art. 7 da Portaria Nº 104/2011: “A notificação compulsória é obrigatória a todos os
profissionais de saúde [...] e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino [...]”.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Após receber a notificação o Cievs aciona os setores envolvidos, apoia e monitora as respostas referentes ao
evento, repassando as informações às áreas técnicas da SES-PE e à Rede Cievs/SUS. Os eventos são verificados e
avaliados quanto ao seu potencial de se tornar uma Emergência de Saúde Pública Estadual (ESPIE) ou Emergência de
Saúde Pública Nacional (ESPIN).
PROCEDIMENTOS REALIZADOS (FERIADO E FINAL DE SEMANA)
O Cievs está de prontidão nos finais de semana e feriados para a detecção e notificação de eventos, através de plantão
sobreaviso 24 horas, email notifica e disque-notifica.
LINKS ÚTEIS
-NOTIFICAÇÃO IMEDIATA: CASO SUSPEITO, SURTO OU AGREGAÇÃO DE CASOS OU ÓBITOS:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=9517
-DESASTRE DE ORIGEM NATURAL OU ANTROPOGÊNICOS:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=9521
-DENGUE (FORMA GRAVE - DCC, FHD, SCD E ÓBITO)
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=9525
-PERFIL NO FACEBOOK DA FAN PAGE CIEVS PERNAMBUCO:
http://www.facebook.com/pages/Cievs-Pernambuco/5223566577784655
-PERFIL NO TWITTER DO CIEVS PERNAMBUCO:
https://twitter.com/CIEVSPE
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
Portaria SES/PE nº 104 de 17 de fevereiro de 2012 – da Lista de Notificação Compulsória e Imediata Estadual.
E-MAILS IMPORTANTES PARA NOTIFICAÇÃO
[email protected]

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

[email protected]
TELEFONES IMPORTANTES
Horário comercial:
0800-281-3041 (ligação gratuita)
(81) 3184-0191
(81) 3184-0192
(81) 3184-0193 (Fax)
Destinados apenas aos profissionais de saúde para notificação imediata:
9488-4267 (24h)

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica do Serviço de
Verificação de Óbito - SVO
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
O Serviço de Verificação de Óbito (SVO) realiza necropsias de pessoas falecidas de morte natural sem ou com
assistência médica (sem elucidação diagnóstica) com o objetivo de esclarecer as causas mortis, após o consentimento ou
autorização de uma pessoa da família ou responsável.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
SVO RECIFE - Localização: Cidade Universitária, Recife.
De segunda à sexta-feira: das 07:00 às 18:30 para recebimento de cadáver e o plantão técnico até às 19h.
Sábados, domingos e feriados: das 07:00 às 16:30 para recebimento de cadáver e o plantão técnico até às 17h.
SVO CARUARU - Localização: BR 232-km, 130 - Bairro: Indianápolis, Caruaru.
De segunda à sexta-feira: 24hs para recebimento de cadáver e o plantão técnico até às 23h.
Sábados, domingos e feriados: Encaminhar para o SVO Recife.

NORMAS E ROTINAS
É necessário que o cadáver esteja acompanhado de parentes ou pelo responsável legal e que ambos apresentem
documento contendo foto e assinatura (RG, CNH, CTPS, CARTEIRA DE ÓRGÃO DE CLASSE, entre outros, que seja
válido em todo território nacional), comprovando o grau de parentesco. O óbito deverá ter ocorrido a mais de seis horas e
até 24 horas. Cadáver com mais de 24 horas de óbito só será aceito se o mesmo estiver conservado pelo frio (câmara
frigorífica), uma vez que os corpos quando não conservados desta forma, inviabilizam os achados anatomopatológicos,
devendo estes serem encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML), a critério do médico plantonista. Cadáver
procedente de hospital deve ser encaminhado com a Guia de Remoção de Cadáver preenchida (Nome do hospital, data
do óbito, hora do óbito, nome do cadáver, nome dos pais e autorização para necropsia) e assinada pelo médico que o
encaminhou.
OBSERVAÇÃO
Nos casos em que não for possível a realização de necropsia por falta de autorização ou consentimento da família ou
responsável, o seguinte fluxo deve ser seguido:
-O médico responsável pela assistência ao paciente, ou substitutos, podendo ser um médico do serviço público de saúde
mais próximo do local onde ocorreu o evento e, na sua ausência, por qualquer médico da localidade. Se a causa da morte
for desconhecida, poderá registrar "causa indeterminada".
-As Secretarias Municipais de Saúde (SMS) deverão indicar o médico que emitirá a Declaração de Óbito (DO), caso
restem dúvidas sobre a atribuição.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-CFM - CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (Brasil). Resolução CFM nº 1.776/2005. Brasília, 2005; Portaria nº 1.405,
de 29 de junho de 2006; Portaria nº 116, de 11 de fevereiro de 2009; Resolução nº 1081/82, de 12 de março de 1982.

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107
Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES


Setor Telefone Email
Diretoria Geral de Informações e Ações Estratégicas
3184-0333 [email protected]
de Vigilância Epidemiológica/ Gerência da Rede
3184-0334 [email protected]
SVO
SVO Recife 2126-8557 [email protected]
SVO Caruaru 3727-7877 [email protected]

Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco


108
Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica Hospitalar (VEH)
Elaboração: janeiro/2013

DESCRIÇÃO
O ambiente hospitalar é reconhecido como importante fonte de notificação das Doenças de Notificação Compulsória
(DNC) e demais agravos de relevância epidemiológica, possibilitando a detecção precoce, o rápido desencadeamento das
ações de investigação epidemiológica e o estabelecimento das ações de controle.
HISTÓRICO
No estado de Pernambuco, a implantação da Vigilância Epidemiológica Hospitalar (VEH) ocorreu na década de 1990,
pelos Hospitais Oswaldo Cruz, Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) e Hospital Correia Picanço.
Atualmente, estão implantadas 27 VEH e uma Vigilância em Âmbito Laboratorial (VE-LAB), sob a coordenação estadual
(listagem em anexo).

OBJETIVO
Detectar, notificar e investigar no ambiente hospitalar a ocorrência das doenças de notificação compulsória e de outros
agravos emergentes e reemergentes, na forma de casos ou surtos, de forma precoce e oportuna, visando à adoção de
medidas adequadas de prevenção e controle; Monitorar outros problemas de interesse do sistema de vigilância em saúde
(vigilância dos óbitos maternos, fetais, infantis e de outros óbitos evitáveis; DANT/violência/acidente por transporte
terrestre; saúde do trabalhador); Desempenhar funções de unidade sentinela para programas específicos de vigilância de
doenças e agravos, segundo as características do hospital e a situação epidemiológica do território/região de saúde onde o
mesmo se encontra.
PRÁTICAS OPERACIONAIS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Sistema de busca ativa para detecção de DNC; Notificação e investigação de DNC; Notificação imediata de DNC; Análise e
divulgação das informações epidemiológicas; Monitoramento e capacitação para preenchimento da Declaração de Óbito
(DO) e/ou da Declaração de Nascido Vivo (DN); Monitoramento e investigação hospitalar de óbitos fetais, infantis,
maternos, mulheres em idade fértil e por causas mal definidas; Integração com o laboratório, arquivo médico e farmácia
hospitalar; Parceria com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e Gerência de Risco; Função Sentinela
(Rotavírus, Monitorização de Doença Diarreica Aguda - MDDA, Coqueluche, Influenza/Síndrome Respiratória Aguda
Grave, saúde do trabalhador, acidente de transporte terrestre, entre outras).
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO
Vigilância Epidemiológica Hospitalar > Secretaria Municipal de Saúde > Regional de Saúde > Secretaria Estadual
de Saúde> Ministério da Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde deverá estabelecer parceria com a VEH no sentido de buscar/coletar sistematicamente
as notificações e investigações epidemiológicas realizadas no ambiente hospitalar, uma vez que o processamento, a
oportunidade e a regularidade de alimentação dos sistemas de informações epidemiológicas (Sinan, Sinasc e SIM) são de
competência municipal.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
Portaria GM/MS Nº 1119 de 05/06/2008; Portaria SVS/MS Nº116 de 11/02/2009; Portaria GM/MS Nº3252 de 22/12/2009;
Portaria GM/MS Nº 72 de 11/01/2010; Portaria GM/MS Nº 104, de 25 de janeiro de 2011; Portaria Estadual Nº 104, de
17/02/2012.

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br/svs; www.anvisa.gov.br; www.datasus.gov.br; www.saude.pe.gov.br; www.who.int/;
www.opas.org.br; www.cdc.gov;
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES

Setor Telefone Email


DGIAEVE/ Gerência de Informações Estratégicas/
3184-0188 [email protected]
Coordenação de Vigilância Epidemiológica em Âmbito
[email protected]
Hospitalar
Vigilância Epidemiológica HospitalarNúcleos

Hospital Agamenon Magalhães 3184-1648 [email protected]
Hospitala das Clínicas 2126-3665 [email protected]
Hospital do Servidor do Estado 3183-4595 [email protected]
Instituto de Medicina Integral Profº Fernando Figueira
2122-4193 [email protected]
(IMIP)
Hospital Jaboatão Prazeres 3184-4157 [email protected]
CISAM 3182-7737 [email protected]
Hospital da Restauração 3181-5695 [email protected]
Hospital Barão de Lucena 3184-6601 [email protected]
Hospital Getúlio Vargas 3184-5862 [email protected]
Hospital Otávio de Freitas 3182-8629 [email protected]
Hospital Correia Picanço 3184-3938 [email protected]
Hospital Geral de Areias 3182-3053 [email protected]
Hospital Universitário Oswaldo Cruz 3184-1456 [email protected]
PROCAPE 3181-7117 [email protected]
VE-LAB/Lacen 3181-6311 [email protected]
Hospital João Murilo 3526-8855 [email protected]
Hospital Belarmino Correia 3626-8647 [email protected]
Hospital José Fernandes Salsa 3628-8792 [email protected]
Hospital Reg. Dr. Sílvio Fernandes Magalhães 9975-5982 [email protected]
Hospital Regional do Agreste 3719-9364 [email protected]
Hospital Jesus Nazareno 37199340 [email protected]
Hospital Dom Moura (87)3761-8149 [email protected]
Hospital Dr. Rui de Barros Correia (87)3821-8303 [email protected]
Hospital Inácio de Sá (87)3871-8318 [email protected]
Hospital Dom Malan (87)3232-7000 [email protected]
Hospital Fernando Bezerra (87)3874-4856 [email protected]
(87)3838 8845 [email protected]
Hospital Emília Câmara -
Hospital Profº Agamenon Magalhães (87)3831-9603 [email protected]

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5
Vigilância Epidemiológica
de Doenças e Agravos
Não-Transmissíveis
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Transporte Terrestre
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Conhecer e monitorar a situação dos Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) e de seus fatores de risco; Promover
campanhas e ações de educação permanente e propor medidas de intervenção nos fatores de risco para os ATT, em
articulação com a sociedade civil e intra/intersetorias, em especial, com o órgão do trânsito.
DEFINIÇÃO DE CASO
Acidente de transporte terrestre (ATT) é todo acidente que envolve um veículo destinado, ou usado no momento do
acidente, para transporte terrestre de pessoas ou mercadorias de um lugar para outro.
NOTIFICAÇÃO
Os ATT são agravos de notificação compulsória em unidades sentinelas do estado de Pernambuco. A obrigatoriedade
da notificação dos casos de ATT consta na Portaria Estadual n° 219, de 11 de abril de 2011.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
A notificação é feita nas Unidades Sentinela de Informações sobre Acidentes de Transporte Terrestre (USIATT), por
meio da Ficha de Registro de Vítimas de Acidentes de Transporte Terrestre .
Atualmente existem 10 USIATT localizadas na I Região de Saúde e 11 nas demais Regiões, totalizando 21 unidades
sentinela. As notificações realizadas em cada unidade sentinela são digitadas em Epi Info, no próprio serviço, a encargo da
Vigilância Epidemiológica de Âmbito Hospitalar (VEAH), ou do setor indicado pelo gestor da unidade, no caso da mesma
não possuir núcleo de epidemiologia. Apenas na USIATT da VIII Região de Saúde, por orientação da Vigilância
Epidemiológica do Município de Petrolina, a digitação das fichas é realizada no Núcleo de Prevenção de Violências e
Promoção da Saúde desse município.
A transferência do banco de dados atualizado com os atendimentos registrados até o último dia do mês anterior é feita,
simultaneamente, para a Vigilância Epidemiológica do Município, da Geres e do nível central da SES/PE até o dia 10 de
cada mês. Essa transferência é feita por e-mail, utilizando os endereços eletrônicos informados pelos respectivos gestores.
O e-mail do nível central da SES que recebe os bancos é: [email protected].
É importante ressaltar que está prevista a implantação de nova ficha de notificação e de novo sistema de informação, a
partir de maio de 2013. Ressalta-se, ainda, que mesmo os municípios que não possuem USIATT em seu território podem
analisar as informações das bases de dados regionais e estaduais para planejarem suas intervenções, considerando que
as USIATT são serviços de referência em traumatologia para os quais convergem as principais ocorrências do estado.
INVESTIGAÇÃO
Não existe procedimento de investigação dos casos de ATT e a ficha é encerrada em até 24 horas da entrada da vítima
do acidente na USIATT.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
- Realização de campanhas e desenvolvimento de programas e projetos de intervenção focados nos fatores de risco
(excesso de velocidade, uso do álcool, ausência de habilitação, não uso do capacete e do cinto de segurança, dentre
outros), nos grupos de risco (pedestres, ciclistas e motociclistas) e nos pontos críticos de ocorrência de acidentes nos
Municípios;
- Capacitação de gestores e profissionais de saúde, educação e trânsito, bem como de representantes de movimentos e
conselhos sociais que tenham por objetivo a prevenção de lesões e mortes no trânsito e a promoção da paz no trânsito,

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

especialmente em grupos mais vulneráveis: pedestres, ciclistas e motociclistas;


- Articulação com os Poderes Judiciário e Legislativo e com os setores de infraestrutura, planejamento urbano, transporte e
trânsito, segurança pública e outros setores de governo, do setor privado e sociedade civil para estimular a promoção de
ambientes seguros, saudáveis e sustentáveis, visando à mobilidade humana, acessibilidade, controle dos ruídos e da
poluição do ar;
- Articulação com os órgãos da justiça e de transporte e trânsito para a aplicação de medidas de fiscalização das leis de
trânsito;
Para executar tais medidas de prevenção é essencial a atuação intersetorial, principalmente com o setor do Trânsito e
Educação. A parceria com as organizações não governamentais e a sociedade civil também é fundamental. Nesse sentido,
é bastante oportuna a estratégia estadual de constituição do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto
(CEPAM) e dos respectivos Comitês Regionais, como instâncias de articulação e definição de ações intersetoriais. A
estruturação dos Núcleos de Prevenção de Violência e Promoção da Saúde - NPVPS (Portaria MS/GM nº 936/2004)
também representa importante papel nessa articulação, fortalecendo a vigilância de acidentes.
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br; www.detran.pe.gov.br; www.saude.pe.gov.br; www.vias-seguras.com; www.abrambrasil.org.br;
www.new.paho.org/bra
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portarias: MS/GM nº 737, de 16/05/2001; MS/GM nº 936, de 19/05/2004; MS/GM n° 687, de 30/03/2006;
nº 320 de 20/10/2010; SES-PE n° 219, de 11/04/2011; MS/GM nº 1.600, de 7/07/2011.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGPMAVS/Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não
3184-0340
Transmissíveis e Promoção da Saúde/ Coordenação de Vigilância [email protected]
3184-0509
de Acidentes e Violências

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT)
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Conhecer e monitorar a situação das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e de seus fatores de risco; Promover
campanhas e ações de educação permanente e propor medidas de intervenção nos fatores de risco para as DCNT, em
articulação com a sociedade civil e intra e intersetorias.
DEFINIÇÃO DE CASO
As DCNT são grupos de doenças que se caracterizam por terem uma etiologia incerta, múltiplos fatores de risco,
longos períodos de latência, curso prolongado e por estarem associadas a deficiências e incapacidades funcionais. Seus
principais grupos são as doenças do aparelho circulatório, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes. Essas
doenças têm em comum um conjunto de fatores de risco modificáveis, passíveis de ações de prevenção. Esses fatores
são principalmente: tabagismo, inatividade física, consumo excessivo de álcool e outras drogas, obesidade, dislipidemias e
a alimentação inadequada, com ingestão insuficiente de frutas e verduras e excesso de sal, açúcar e gordura.
NOTIFICAÇÃO
Existe ficha de registro apenas para o câncer. Para as outras doenças, a vigilância é realizada com base em
informações do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) e de
inquéritos como o VIGITEL (vigilância sobre fatores de risco e proteção para as doenças crônicas por inquérito telefônico).
A notificação dos casos confirmados de câncer é compulsória em Unidades de Assistência de Alta Complexidade de
Oncologia (UNACON), Centros de Assistência de Alta Complexidade de Oncologia (CACON) e Centros de Referência de
Alta Complexidade de Oncologia. A obrigatoriedade dessa notificação consta na Portaria n° 741 de 19 de dezembro de
2005, e é realizada por meio da Ficha de Registro de Tumor. Esta ficha alimenta o Sistema do Registro Hospitalar de
Câncer (SisRHC/INCA).
Atualmente existem no Estado 11 Unidades de Saúde que oferecem serviços de oncologia de alta complexidade e são
fontes de informação para o SisRHC/INCA: Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Hemope, Hospital Universitário
Oswaldo Cruz (HUOC), Hospital Barão de Lucena (HBL), Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP),
Hospital das Clínicas (HC) e Serviço de Quimioterapia de Pernambuco (Sequipe), localizadas na cidade do Recife; Hospital
Regional do Agreste (HRA) e Centro de Oncologia de Caruaru (CEOC), localizadas na cidade de Caruaru; Casa de Saúde
Nossa Senhora Perpétuo do Socorro, localizada na cidade Garanhuns; e Hospital Dom Malan/Centro de Oncologia Dr.
Muccini, localizada na cidade de Petrolina.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
As informações sobre os casos de câncer são coletadas através dos prontuários e anotadas na Ficha de Registro de
Tumor, sendo posteriormente digitadas no SisHRC pelo registrador. A transferência do banco de dados da Unidade de
Saúde para o INCA deve ser realizada anualmente até o mês de setembro do ano corrente.
Os dados do SisRHC podem ser acessados através do link: https://irhc.inca.gov.br/RHCNet/logoff.action, da seguinte
maneira: 1) clicar em “TABULAR DADOS”, no item “TABULADOR HOSPITALAR”; 2) clicar em “CONSULTAS”, no item
“BASE ESTADUAL”; 3) selecionar o Estado e clicar em “ENVIAR”. Desejando-se informações específicas de cada
município deve-se selecionar no Tabulador Hospitalar o item “PROCEDÊNCIA”.
INVESTIGAÇÃO

Os casos notificados de câncer são acompanhados através da Ficha de Seguimento onde constarão informações tais

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

como: avaliação da doença, qualidade de vida do paciente, tratamento realizado, ocorrência de metástase e recidivas da
doença.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
As ações devem ser desenvolvidas de forma intersetorial envolvendo as áreas técnicas como Educação, Esporte e
Lazer, Alimentação e Nutrição e Atenção Primária à Saúde. Entre as atividades que podem ser realizadas estão o incentivo
a alimentação saudável e a prática de atividade física; a prevenção do tabagismo e o consumo de álcool e outras drogas,
entre outras.
Alguns Programas têm se destacado na prevenção das DCNT, como o Programa Academia da Saúde/das Cidades e o
Programa de Controle do Tabagismo e de Outros Fatores de Risco de Câncer.
LINKS E ÚTEIS
-www.saude.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES3
-Portarias: MS/GM n° 687, de 30 de março de 2006; MS/GM nº 2.439, de 08 de dezembro de 2005; MS/GM nº 741, de 19
de dezembro de 2005.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGPMAVS/Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não 3184-0347
Transmissíveis e Promoção da Saúde/ Coordenação de 3184-0339 promoçã[email protected]
Mobilização Comunitária e Promoção de Modos de Vida 3184-0340
Saudáveis

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica das Violências Domésticas, Sexuais e
Outras Violências Interpessoais e Autoprovocadas
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Conhecer e monitorar a situação das violências e de seus fatores de risco; Articular a Rede de Atenção e Proteção às
Pessoas em Situação de Violência e integrá-la; Promover ações de educação permanente para os profissionais de saúde
em relação à notificação e ao diagnóstico da suspeita de violência; Promover campanhas e ações educativas para a
população em geral, com enfoque na prevenção da violência e estímulo à cultura de paz; Propor medidas de intervenção
nos fatores de risco para as violências, em articulação com outros parceiros da sociedade civil e intra/intersetorias.
DEFINIÇÃO DE CASO
Considera-se violência o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra
pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano
psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.
NOTIFICAÇÃO
Casos suspeitos ou confirmados de qualquer tipo de violência contra crianças, adolescentes, mulheres e pessoas idosas
são objetos de notificação compulsória. Também são objetos de notificação compulsória os casos de violências
doméstica/intrafamiliar, sexual, autoprovocada (suicídio e tentativa de suicídio), tráfico de pessoas e intervenção por
agente legal público, exercidas contra homens com idade de 20 a 59 anos. Desse modo, para homens da referida faixa
etária as violências como brigas em estádio de futebol e bares não devem ser notificadas.
A obrigatoriedade da notificação desses casos consta na Portaria MS/GM n° 104, de 25 de janeiro de 2011. O
instrumento de coleta é a Ficha de Notificação/Investigação Individual de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras
Violências, do Sinan.
INVESTIGAÇÃO
Para as violências até o momento não existe procedimento de investigação dos casos, de modo que a ficha é encerrada
no momento da notificação (data de encerramento da ficha é a mesma da notificação), mesmo que a classificação final do
caso não seja a opção “confirmado”, mas sim “provável” (suspeito).
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
É fundamental a ação intersetorial, principalmente com a Atenção Primária à Saúde, Educação, Assistência Social e
Segurança Pública e a estruturação da rede de atenção e proteção às pessoas em situação de violência. Essa rede deve
incluir os serviços de saúde (centros de referência à saúde da mulher, da criança e do adolescente; a rede de urgência e
emergência; Centro de Atenção Psicossocial – CAPS e serviços especializados de atendimento às pessoas em situação
de violência) e os órgãos de defesa de direitos, assistência social e proteção integral: conselhos de direitos, conselhos
tutelares, casas abrigo, Ministério Público, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), organismos
de políticas públicas para mulher, delegacias gerais e especializadas, entre outros.
O Núcleo de Prevenção de Violência e Promoção da Saúde (NPVPS), cujas atribuições constam na Portaria MS/GM nº
936/2004, também deve compor a referida rede, fortalecendo a vigilância de violências. Atualmente, em Pernambuco, 16
municípios possuem NPVPS: Bezerros, Bom Jardim, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Cabrobó, Caruaru, Ibimirim,
Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Limoeiro, Olinda, Paudalho, Petrolina, Recife, Santa Maria da Boa Vista, Sirinhaém.
Além desses, mais 38 municípios, apesar de não terem constituído esses núcleos, desenvolvem ações intersetoriais.
Além da articulação da rede, visando proteger a vítima de outros episódios de violência, em especial quando esta é

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doméstica, algumas ações de prevenção que podem ser desenvolvidas: Orientação a pais e educadores quanto à
prevenção da violência intrafamiliar e na escola; Capacitação de gerentes e de seguranças de estabelecimentos de
funcionamento noturno para a proteção e garantia de direitos humanos dos frequentadores; Incentivo e apoio a programas
e projetos escolares visando melhorar o desenvolvimento das crianças e adolescentes em situação de risco e
vulnerabilidade; Articulação e mobilização intersetorial para a proposição e elaboração de atividades de promoção da
saúde com ênfase nos fatores de risco, em especial, o abuso do álcool e de outras drogas, e fatores proteção para
violências; Articulação com outros setores para o desenvolvimento de ações de prevenção e intervenções em ambientes e
entornos escolares; Articulação com outros setores para o desenvolvimento de ações de prevenção e intervenções em
estádios de futebol e ambientes de diversão; Articulação com outros setores, incluindo o Poder Legislativo, Judiciário e
instâncias de controle social, para a promoção de ambientes seguros, saudáveis e sustentáveis, visando à obtenção de
melhorias como iluminação e segurança públicas, dentre outras; Articulação com o setor de atenção à saúde para que
sejam oferecidos serviços de apoio psicológico não só para a vítima, mas também para a sua família e para o agressor.
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br; www.fiocruz.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portaria MS/GM nº 737, de 16/05/2001; Portaria MS/GM nº 936, de 18/05/2004; Portaria MS/GM n° 687, de 30/03/2006;
Portaria MS/GM n° 104, de 25/01/2011; Lei n° 8.069/1990; Lei n° 10.741/2003; Decreto nº 5.099, de 3/06/2004; Lei
Federal nº 12.461 de 26/07/2011; Lei estadual nº 14.633, de 23/04/2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGPMAVS/ Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não [email protected]
3184-0340
Transmissíveis e Promoção da Saúde/ Coordenação de Vigilância [email protected]
3184-0509
de Acidentes e Violências

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6
Promoção da Saúde
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Programa Academia da Saúde
Elaboração: janeiro/13

HISTÓRICO
Em 7 de abril de 2011, o MS lançou o Programa Academia da Saúde (PAS), instituído pela Portaria nº 719. O Programa
se estabelece com espaço físico denominado de pólo, que consiste em um estabelecimento de saúde articulado com a
Estratégia de Saúde da Família (ESF) e os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), contribuindo para o
fortalecimento das ações de promoção da saúde no território.
Pernambuco tem destaque no cenário atual por ter sido modelo, com o Programa Academia das Cidades, similar ao
PAS. No estado, 107 municípios possuem o PAS, totalizando 192 pólos.
OBJETIVO
O objetivo do PAS é contribuir para a promoção da saúde da população, a partir da implantação de pólos com
infraestrutura, equipamentos e pessoal qualificado para a orientação e a realização de práticas corporais, atividades
físicas, de lazer, modos de vida saudáveis e prevenção da violência.
ATIVIDADES REALIZADAS
Promoção e orientação de práticas corporais e atividades físicas (ginástica, lutas, capoeira, dança, jogos esportivos e
populares, yoga, tai chi chuan, dentre outros); Realização de atividades que promovam a educação alimentar e nutricional;
Promoção de práticas artísticas (teatro, música, pintura e artesanato);
-Planejamento e gestão das ações do Programa, em conjunto com a equipe de Atenção Primária à Saúde e usuários;
Estímulo e apoio às ações de promoção da saúde desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde; Identificação entre os
usuários de sinais e sintomas de doenças e agravos (hipertensão arterial, obesidade, pessoas em situação de violência,
dentre outros) e encaminhamento a unidades de saúde e articular com os profissionais da Atenção Primária à Saúde para
o seu acompanhamento; Estímulo e apoio a iniciativas de mobilização da população relacionadas aos objetivos do
Programa.
FORMAS DE ADESÃO AO PROGRAMA
Existem três formas de financiamento pelo MS:
Proposta de Custeio: se aplica para municípios que têm projetos similares à Academia da Saúde como, por exemplo, a
Academia das Cidades, e desejam optar por receber incentivo de custeio para as atividades do programa. Para solicitar o
recurso de Custeio, o município deverá seguir alguns passos: Vincular uma equipe do NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da
Família) ou uma UBS (Unidade Básica de Saúde) ao PAS. Tal vinculação determinará a fonte do recurso, conforme
descrito no tópico “Recursos” deste documento; Cadastrar cada pólo no SCNES (Sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde) com pelo menos 1 (um) profissional de saúde de nível superior, com carga horária de 40h
semanais, ou 2 (dois) profissionais de nível superior, com carga horária de 20h semanais; Cadastrar a proposta, por pólo,
no site do Fundo Nacional de Saúde, munido de documentação obrigatória exigida na Portaria nº 1.402/2011; Contemplar
o PAS no Plano Municipal de Saúde*.
Proposta de Construção: existem três modalidades de Pólo do PAS a serem construídos: Modalidade Básica,
Modalidade Intermediária e Modalidade Ampliada. Independente da modalidade, para o município solicitar o recurso de
construção, deve cadastrar a proposta, por pólo, no site do Fundo Nacional de Saúde, munido de documentação
obrigatória exigida na Portaria nº 1.401/2011. No cadastro da proposta o município deve informar a equipe do NASF a qual
o Pólo estará vinculado*.

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

Proposta de Construção por Emenda Parlamentar: para solicitar recurso de construção do Pólo por emenda
parlamentar, o município deverá seguir os seguintes passos: Contatar e articular com um parlamentar de sua região para
cadastro do município e acesso ao sistema do Fundo Nacional de Saúde; Cadastrar a proposta, por pólo, no site do Fundo
Nacional de Saúde, munido de documentação obrigatória exigida na Portaria nº 1.401/2011. Durante o cadastramento da
proposta no site, o município deverá inserir a senha dada pelo parlamentar da sua região*.
*Após análise da proposta, o Ministério da Saúde publicará portaria específica habilitando o município a receber o incentivo
pleiteado.
RECURSOS
Para propostas de Custeio: se o pólo é cadastrado com vinculação à equipe do NASF, o incentivo financeiro será oriundo
do PAB Variável (Piso Variável da Atenção Básica) e o repasse será de R$ 3.000,00 (três mil reais) mensal por pólo. Se o
pólo é cadastrado com vinculação à UBS, o incentivo financeiro será oriundo do (PVVPS) Piso Variável de Vigilância e
Promoção da Saúde e o repasse será de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais) anual por município.
Para propostas de Construção: se a proposta de construção é para a Modalidade Básica, o valor de repasse será de R$
80.000,00 (oitenta mil reais); para a Modalidade Intermediária, o valor será de R$ 100.000,00 (cem mil reais) e; para a
Modalidade Ampliada, o valor do repasse será de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) por pólo. Estas duas
possibilidades de adesão e recursos estão em vigor em 2013.
LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br; www.fns .saude.gov.br;
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
- Portaria nº 719, de 7 de abril de 2011; Portaria nº 1.401, de 15 de junho de 2011; Portaria nº 1.402, de 15 de junho de
2011; Portaria nº 536, de 9 de setembro de 2011; Portaria nº 359, de 5 de março de 2012.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
promoçã[email protected]
DGPMAVS/Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não
3184-0340
Transmissíveis e Promoção da Saúde/ Coordenação de Mobilização
3184-0339
Comunitária e Promoção de Modos de Vida Saudáveis

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Programa de Controle do Tabagismo e de Outros Fatores de
Risco de Câncer
Elaboração: janeiro/2013

HISTÓRICO
Desde 1989, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde responsável pela Política Nacional de
Controle do Câncer, coordena as ações nacionais do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e de Outros Fatores
de Risco de Câncer.
As ações desse Programa são desenvolvidas em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde e de
vários setores da sociedade civil organizada, sobretudo, das sociedades científicas e de conselhos profissionais da área da
saúde. Todas as ações são executadas sob a ótica da promoção da saúde, abrangendo diversos fatores de risco e de
proteção para o câncer, mas o principal enfoque do Programa é o tabagismo. Em Pernambuco, o Programa foi implantado
no âmbito estadual desde 1990. Atualmente, 129 municípios desenvolvem ações desse Programa.
OBJETIVO
Reduzir a morbimortalidade por câncer, por meio da diminuição da prevalência de fumantes, da eliminação da poluição
tabagística ambiental, da redução do consumo excessivo de álcool, da redução da exposição excessiva às radiações
solares, bem como da adoção de hábitos alimentares saudáveis e da prática de atividades físicas pela população. Para
tanto, o Programa é composto por subprogramas, dirigidos aos ambientes de trabalho, escolas e unidades de saúde:
“Programa Ambientes Livres do Fumo”, “Programa Saber Saúde” e Programa Abordagem e Tratamento do Fumante.
ATIVIDADES REALIZADAS
Programa Ambientes Livres do Fumo: eliminar a poluição tabagística ambiental dos ambientes de trabalho, unidades de
saúde e nas escolas, reduzindo a prevalência de fumantes ativos e passivos.
Algumas atividades desse subprograma são: Disseminação de informações sobre os malefícios do tabagismo ativo e,
sobretudo, passivo nos ambientes de trabalho, unidades escolares e unidades de saúde; Cadastramento de ambientes de
trabalho, unidades escolares e unidades de saúde municipais, utilizando formulários do INCA, disponibilizados pela SES;
Envio dos cadastros realizados às SES, continuamente;
Capacitação das equipes das unidades de saúde, escolas e ambientes de trabalho para a implantação do programa nas
suas dependências; Sinalização e fiscalização da restrição do uso do fumo nesses ambientes, em parceria com a vigilância
sanitária municipal.

Programa Saber Saúde: formar cidadãos críticos capazes de fazer opções conscientes que contribuam para sua saúde, a
saúde coletiva e a do meio ambiente em geral, sob a ótica da promoção da saúde, na busca de uma melhor qualidade de
vida. O público-alvo é formado por alunos do Ensino Fundamental (6-14 anos). Os alunos do Ensino Médio (15-18 anos)
são agregados ao processo como multiplicadores. Os materiais de apoio utilizado nas ações do subprograma são: livros,
guia metodológico, revistas para crianças e adolescentes, adesivos, cartazes e vídeos, disponibilizados pelo INCA.
As atividades contempladas no subprograma são: Disseminação de informações, pelos professores aos alunos, sobre
os malefícios do tabagismo, uso prejudicial do álcool, exposição excessiva à radiação solar, alimentação inadequada,
inatividade física e sexo sem proteção; Realização de atividades relacionadas ao consumo do tabaco e outros fatores de
risco de câncer no cotidiano da escola, em todas as disciplinas, como parte do projeto pedagógico. Dentre as atividades
propostas estão a prática de uma alimentação saudável na escola, com estímulo à criação de hortas, e atividades ao ar

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livre em horários apropriados e protegidas do sol; Capacitação de alunos do Ensino Médio, utilizando o mesmo material de
apoio, para serem multiplicadores.
Programa Abordagem e Tratamento do Fumante: tem o objetivo de promover a cessação de fumar na população. Para
tanto, podem ser utilizadas duas abordagens: a) abordagem cognitivo-comportamental, que envolve a mudança de
crenças, comportamento e o estímulo ao autocontrole, superando a dependência e as dificuldades em parar de fumar; b)
abordagem com apoio medicamentoso para minimizar os sintomas da síndrome de abstinência. Essa abordagem tem
como condição indispensável que o fumante esteja participando da abordagem cognitivo-comportamental.
Esse subprograma envolve as seguintes ações: Divulgação de métodos eficazes para a cessação de fumar, por meio de
campanhas, mídia, serviço gratuito de telefonia e redes sociais; Oferecimento de sessões geralmente em grupo, com
duração de até 12 meses. No 1° mês as sessões são semanais, abordando questões relativas ao tabagismo e às
dificuldades encontradas pelos participantes em parar de fumar. No 2º mês as sessões são quinzenais com conteúdo
flexível, a critério do coordenador, abordando as experiências dos não-fumantes. Do 3º ao 12º mês, as reuniões são
mensais, para manutenção da condição de não-fumante. Para as quatro primeiras sessões, são disponibilizados aos
municípios quatro manuais contemplando os temas específicos de cada sessão; Oferecimento de terapia de reposição de
nicotina, por meio de adesivo transdérmico, goma de mascar e/ou pastilhas e, ainda, a depender da avaliação clínica, é
oferecido o antidepressivo Bupropiona.
É importante salientar que todos os medicamentos são fornecidos pelo INCA/MS, contudo, para que a SMS os receba é
imprescindível que anualmente preencha uma planilha com o planejamento do tratamento no ano seguinte e, ainda, que a
cada três meses envie à SES a planilha de prestação de conta dos medicamentos utilizados.
Comunicação e Mobilização Social: como diretriz transversal do Programa são realizadas ações pontuais, como
campanhas, seminários e eventos em geral, direcionadas para a mudança de comportamento e cultura da população.
Essas ações abordam os malefícios causados pelo tabagismo desde o plantio do tabaco até o seu consumo. Costumam
ser realizadas nas seguintes datas comemorativas: 31 de maio – Dia Mundial sem Tabaco; 29 de agosto – Dia Nacional de
Combate ao Fumo; e 27 de Novembro – Dia Nacional de Combate ao Câncer.
ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA
Para o município implantar o Programa de Controle do Tabagismo e de Outros Fatores de Risco de Câncer é necessário
manifestar o seu interesse à SES, por meio da Coordenação de Mobilização Comunitária e Promoção de Modos de Vida
Saudáveis para que seja oferecido um treinamento sobre a descentralização do Programa aos técnicos e gestores
municipais. Os técnicos terão que estabelecer parcerias, principalmente com a Educação e a Vigilância Sanitária do
município. Também é importante estabelecer parceria com a Atenção Primária à Saúde, Coordenação do Programa Saúde
na Escola (PSE), Programa Academia da Saúde/das Cidades, Saúde do Trabalhador, Organizações não governamentais
(ONG), sociedades científicas, conselhos profissionais e outros.
Pelo fato de cada subprograma apresentar especificidades, envolvendo diferentes parceiros e profissionais a serem
treinados, após o treinamento inicial, abordando o Programa de modo geral, são realizados treinamentos específicos,
voltados para cada subprograma.
Os primeiros treinamentos são ministrados pela SES, contudo, posteriormente, cada município deve assumir a
capacitação dos profissionais de sua rede de saúde e educação. E, ainda, cada município deve monitorar a implantação do
Programa em seu território.
LINKS ÚTEIS
www.inca.gov.br; www.saude.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Lei n.º 9.294 de 15/06/1996; Lei n.º 10.167 de 27/12/2000; Portaria n.º 1.498 de 22/08/2002; Portaria MS n.º 1.575 de
29/08/2002; Portaria MS n.º 1.035 de 31/05/2004); Decreto nº 5.658, de 02/01/2006.

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TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES


Setor Telefone Email
3184-0347
DGPMAVS/ Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não
3184-0339 [email protected]
Transmissíveis e Promoção da Saúde/ Coordenação de Mobilização
3184-0340 promoçã[email protected]
Comunitária e Promoção de Modos de Vida Saudáveis

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7
Vigilância em
Saúde do Trabalhador
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Procedimento Operacional Padrão


Vigilância em Saúde do Trabalhador
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
A Vigilância em Saúde do trabalhador (VISAT) é definida na Política Nacional de Saúde do Trabalhador (Portaria
GM/MS Nº 182/12) como sendo um dos componentes do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Visa à promoção da
saúde e a redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos
agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos (Portaria GM/MS Nº
3.252/09). A especificidade de seu campo é dada por ter como objeto a relação da saúde com o ambiente e os processos
de trabalho, abordada por práticas sanitárias desenvolvidas com a participação dos trabalhadores em todas as suas
etapas. Neste sentido, a VISAT deve se inserir no processo de construção da Rede de Atenção à Saúde, coordenada pela
Atenção Primária à Saúde (Portaria GM/MS Nº 3.252/09). Compreende uma atuação contínua e sistemática, ao longo do
tempo, no sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à
saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seus aspectos tecnológico, social, organizacional e
epidemiológico, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a eliminá-los
ou controlá-los (Portaria GM/MS Nº 3.120/98).
REDE DE SAÚDE DO TRABALHADOR EM PERNAMBUCO
A portaria GM/MS Nº 2728/09 dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST).
Toda a rede de saúde, nos três níveis de atenção, deverá realizar ações de promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e
tratamento de doenças e agravos relacionados ao trabalho. O atendimento inicial do trabalhador deverá ser feito na rede
básica (acolhimento, identificação, notificação, investigação epidemiológica, diagnóstico e tratamento dos casos
confirmados de agravos e/ou acidentes relacionados ao trabalho). Havendo dificuldade para diagnóstico ou tratamento o
paciente poderá ser encaminhado para as 36 unidades de referência do estado, também chamadas de Unidades Sentinela
em Saúde do Trabalhador.
Além das Unidades Sentinelas existem os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) que
desempenham as funções de suporte técnico, educação permanente, coordenação de projetos de promoção, vigilância e
assistência à saúde dos trabalhadores, na sua área de abrangência. A atuação principal dos CEREST é na área de
Vigilância em Saúde do Trabalhador. Demais atribuições dos CEREST podem ser encontradas na Política Nacional de
Saúde do Trabalhador no capítulo IV, seção II. Pernambuco possui um CEREST Estadual e oito CEREST Regionais.
NOTIFICAÇÃO
Teoricamente, qualquer doença ou agravo poderá ter relação com o trabalho, por isso é preciso que os profissionais da
rede fiquem atentos a história clínica do paciente, a circunstância do adoecimento, sua ocupação atual e pregressa para
estabelecer o nexo entre sua doença/agravo e sua trajetória profissional. Várias fichas de notificação/investigação de
agravos de notificação compulsória possuem o campo que indaga sobre a ocupação e se o agravo está relacionado ao
trabalho. É preciso orientar os profissionais de saúde para importância destas informações para planejar ações de saúde
do trabalhador, uma vez que atualmente é baixa a completitude no preenchimento destes campos e o planejamento e
análise da situação de saúde do trabalhador são prejudicados.
Os casos notificados pelas unidades de saúde são armazenados no banco de dados do SINAN. A vigilância em saúde dos
Municípios, das Gerências Regionais e os CEREST Regionais deverão fazer o acompanhamento deste banco e

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

desencadear ações integradas de vigilância objetivando análise do processo produtivo e intervenção para promover saúde
e evitar novos casos. O principal objetivo neste caso são ações de promoção e prevenção das doenças e agravos
relacionados ao trabalho.
A portaria 104 de 2011 define no anexo III os agravos que são de notificação compulsória nas Unidades Sentinela em
Saúde do Trabalhador, tais como: Acidente de trabalho grave, Acidente de trabalho com material biológico, Intoxicação
exógena relacionada ao trabalho, Câncer relacionado ao trabalho, Dermatoses ocupacionais, Lesões por Esforço
Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT), Perda Auditiva Induzida por Ruído
(PAIR), Pneumoconioses e Transtornos mentais relacionados ao trabalho.
A definição de cada agravo de saúde do trabalhador pode ser encontrada nas fichas de notificação do SINAN para este
agravo, disponível no site http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Segue o fluxo padrão dos demais doenças/agravos do SINAN.
INVESTIGAÇÃO DO CASO
A investigação dos casos é inicialmente feita nas unidades de saúde, buscando-se o preenchimento de todos os
campos da ficha de notificação. Em seguida as equipes de vigilância em saúde podem buscar mais detalhes para
confirmação do caso. Cabe a todos os profissionais da saúde comunicar e caracterizar situações de exposição ao risco; a
notificação do caso; e desenvolver ações de promoção e prevenção. Cabe ao médico e enfermeiro emissão de
Comunicação de Acidente de Trabalho e orientações sobre procedimentos trabalhistas; além do encaminhamento para
rede especializada, se necessário. Cabe ao médico o diagnóstico e tratamento conforme protocolos vigentes; e
estabelecer o nexo causal.
Metodologia para investigação na Vigilância em Saúde do Trabalhador
A investigação em saúde do trabalhador possui procedimentos que variam de acordo com o agravo e o processo
produtivo que se irá investigar. Ex: investigação de um acidente grave na construção civil é diferente de um caso de
intoxicação exógena por agrotóxico na agricultura. Por isso para cada caso deve se realizar uma preparação prévia da
equipe que irá realizar a investigação.
Fase Preparatória:
Levantar a cadeia produtiva;
Definir a equipe;
Realizar estudo prévio para levantamento dos riscos relacionados à atividade a ser investigada;
Realizar estudo prévio da aplicação da legislação pertinente para o processo produtivo a ser investigado;
Elaborar roteiro de inspeção;
Preparar recursos para registro audiovisual;
Articular com sindicatos e outros órgãos e serviços que possuam interfaces com o ramo produtivo;
Fases da ação de vigilância em saúde do trabalhador nos locais de trabalho:
Solicitar as presenças de representante ou responsável técnico da empresa e do vice-presidente da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA para expor o motivo da visita e acompanhamento da ação;
Solicitar (previamente, no momento da inspeção ou posteriormente) documentações/ informações referentes à
empresa; trabalhadores; processo produtivo; organização do trabalho; prevenção de Riscos; controle de saúde
do trabalhador;
Identificar e reconhecer os riscos: físico, químico, biológico, decorrente da organização do trabalho; condições de
higiene e conforto; condições ambientais em relação à eliminação de resíduos sólidos, líquidos e gasosos e
formas de tratamento; ruído externo; limpezas de filtros e descartes;
Coletar amostras do ambiente de trabalho (produtos, substâncias químicas, resíduos, água, matérias-primas, etc)
para análises laboratoriais;

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

Solicitar medições (na suspeita da existência de riscos adicionais).


Avaliação da ação de vigilância em saúde do trabalhador:
A partir das informações coletadas, a equipe deverá:
Analisar os resultados das amostras laboratoriais coletadas e das medições;
Analisar os dados epidemiológicos obtidos e de outros sistemas de informações;
Elaborar relatórios de vistoria, indicando irregularidades e solicitando medidas de eliminação, correção, controle
e prevenção;
Aplicar procedimentos administrativos como termos, autos de infração e de imposição de penalidade, embargos,
interdições ou outros adotados pelos municípios;
Propor ações educativas a serem desenvolvidas nos locais de trabalho;
Discutir assistência aos trabalhadores adoecidos ou com suspeita.
EXAMES LABORATORIAIS DE INTERESSE A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR E COLETA DE
AMOSTRAS
Em alguns casos poderá ser necessário realizar coleta de amostras para diagnóstico de agravos ou riscos relacionados
ao trabalho. Comumente os exames toxicológicos são uma importante ferramenta auxiliar para a identificação e
mensuração da intoxicação pelas substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho. São utilizados para confirmar
casos clinicamente suspeitos, detectar novos casos de exposição, controlar a qualidade dos produtos ou alimentos
potencialmente associados à exposição, e controlar os níveis de poluentes nos ambientes, e os níveis biológicos de
exposição aos agentes patogênicos.
A rede dispõe de unidades de saúde que possuem exames disponíveis para o diagnóstico dos pacientes que procuram
atendimento nos serviços de saúde já com alguns sinais e sintomas. Além disso, o Centro de Assistência Toxicológica
(CEATOX) orienta cidadãos e profissionais de saúde em casos de intoxicação pelo telefone 0800 722 6001 durante 24
horas todos os dias da semana.
Caso ainda não haja situação de adoecimento e sim de exposição a riscos, a vigilância dispõe do LACEN- (81) 3181-
6560 para dar suporte laboratorial à vigilância em saúde. Em alguns casos se faz necessário realizar estudos prévios do
processo produtivo e das substâncias envolvidas para determinar que marcadores de saúde deverão ser acompanhados
nos trabalhadores. Cita-se como exemplo um dos exames que pode auxiliar no diagnóstico de intoxicações por agrotóxico
(Organofosforados e Carbamatos) é a dosagem da colinesterase. É importante ressaltar que a análise da atividade dessa
enzima não deve ser utilizada de maneira isolada, ou seja, nem sempre um resultado alterado significará intoxicação, é
preciso confrontar os resultados com a história clinica do paciente. Atualmente a dosagem de colinesterase está
descentralizada pelo LACEN nos municípios de Recife, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru e Salgueiro.
A NR 7 - Programa de controle médico de saúde ocupacional, da Portaria n.º 3.214, de 08/06/1978 do Ministério do
Trabalho, prevê que todo o trabalhador que manuseia agrotóxicos (incluindo os agentes de controle de endemias do
município) deve realizar a dosagem de colinesterase no exame admissional.
Recomenda-se também aqui aos municípios buscar apoio técnico junto aos CEREST Regionais que dão cobertura ao
seu território.

LINKS ÚTEIS
www.saude.gov.br/svs/pisat
www.renastonline.org
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
PORTARIA Nº 1.823, DE 23 DE AGOSTO DE 2012 ; Portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999; Portaria nº 777/GM
de 28 de abril de 2004 ; Portaria nº 666/GM de 26 de setembro de 2002; Portaria nº 698/GM de 30 de março de 2006 ;
Manual RENAST Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ManualRenast07.pdf

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TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES


Nome Telefone Email
Diretoria Geral de Promoção, 81-31840613 [email protected]
Monitoramento e Avaliação da Vigilância
em Saúde/ Gerência de Atenção a Saúde
do Trabalhador
CEREST Estadual 81-31816533 [email protected]
CEREST Recife 33551850 [email protected]

CEREST Goiana 81- 92278950 [email protected]


CEREST Cabo 81-35216711 [email protected]
CEREST Jaboatão 81 - 33422208 [email protected]
CEREST Palmares 81 - 36622153 [email protected]
CEREST Ouricuri 87 - 38628551 [email protected]
CEREST Petrolina 87 - 38623751 [email protected]
CEREST Caruaru 81 - 37011714 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Vigilância Epidemiológica das Intoxicações Exógenas
Elaboração: janeiro/2013

OBJETIVOS
Identificar, notificar e realizar ações de promoção e prevenção à saúde em relação aos agravos relacionados à
intoxicação por substâncias químicas. Atualmente a área técnica de intoxicações exógenas da Secretaria Executiva de
Vigilância à Saúde está ligada a Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador. Mesmo ligada a esta Gerência, a área
técnica é responsável por apoiar Gerências Regionais de Saúde e municípios em todos os casos de intoxicação
exógena, relacionados ao trabalho ou não.
DEFINIÇÃO DE CASO
Todo aquele indivíduo que, tendo sido exposto a substâncias químicas (agrotóxicos, medicamentos, produtos de uso
doméstico, cosméticos e higiene pessoal, produtos químicos de uso industrial, drogas, plantas e alimentos e bebidas),
apresente sinais e sintomas clínicos de intoxicação e/ou alterações laboratoriais provavelmente ou possivelmente
compatíveis. Atenção para os casos de intoxicação por alimentos e bebidas contaminados por material biológico
(bactérias, vírus, toxinas de origem alimentar, entre outros), pois não são casos de intoxicação exógena. Intoxicação
exógena está relacionada somente a substâncias químicas.
NOTIFICAÇÃO
A notificação de casos de intoxicação exógena é fundamental para organizar ações de vigilância em saúde no âmbito
municipal, estadual e federal. A partir da notificação vamos traçar o perfil epidemiológico deste agravo e planejar ações.
Por exemplo, podem estar acontecendo muitos casos de intoxicação por chumbinho no município e a Vigilância Sanitária
municipal poderá planejar ações para combater a venda deste produto, articular os Agentes Comunitários de Saúde para
realizar diálogos com os moradores sobre o perigo e a ilegalidade do chumbinho, entre outras ações.
O instrumento para notificação e investigação é a ficha de notificação por Intoxicação Exógena do Sinan-Net,
disponível em:
http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/SinanNet/fichas/Intoxicacao_Exogena.pdf.
A intoxicação Exógena é um agravo de notificação compulsória em toda a rede de saúde de acordo com a portaria
GM/MS número 104, de 25 de janeiro de 2011. Assim, as equipes de Vigilância em Saúde dos municípios deverão
preparar todos os profissionais da rede, desde a atenção primária até as unidades mais especializadas, para a correta
notificação de casos. Está disponível na internet um instrutivo de preenchimento da ficha de Intoxicação Exógena no
endereço eletrônico:
http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/SinanNet/instrucionais/Intoxicacao_Exogena.pdf
A Área técnica de Intoxicação Exógena da SEVS disponibiliza um instrutivo próprio com mais detalhes sobre os
campos da ficha aos profissionais de saúde interessados, bastando solicitar por um dos meios de contato no final deste
documento.
No âmbito do Estado de Pernambuco, em caso de surto, caso grave ou óbito suspeito ou confirmado por intoxicação
exógena a notificação é imediata. Ou seja, os serviços de saúde devem notificar em até 24 horas as autoridades
sanitárias do município de ocorrência do evento.
Obs.: Os casos de surtos alimentares deverão ser notificados e investigados na ficha de Doença Transmitida por
Alimentos do Sinan.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Por ser um agravo de notificação compulsória, os casos de intoxicação exógena devem ser notificados por toda a rede

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

de saúde, tanto pública como privada e pode ser feita por qualquer profissional de saúde.
A Vigilância em Saúde do município deve pactuar junto às unidades de saúde o período para recolhimento das fichas
e local para digitação. Lembramos essa notificação segue o fluxo padrão do Sinan.
Como especificado na Portaria Estadual 104 publicada no Diário Oficial do Estado Nº 45, de 9 de março de 2012, em
caso de surto, caso grave ou óbito suspeito ou confirmado por intoxicação exógena a notificação é imediata.
Os municípios também deverão comunicar os casos à sua respectiva Gerência Regional de Saúde ou, ainda, ao
Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/PE). Caso não consiga contato é possível ser feita
comunicação pelo telefone (81) 9488-4267 (plantão 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias por ano. O Cievs
ainda disponibiliza o FormSus para notificação via Web no endereço:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=9517
INVESTIGAÇÃO
A investigação de casos de indivíduos que sofreram intoxicação exógena é fundamental para conclusão do
diagnóstico e realizar ações de prevenção para evitar novos casos.
Na própria ficha de notificação/investigação por intoxicação exógena contém informações que irão orientar a
investigação como grupo de agente tóxico, via de exposição, circunstância, tipo de atendimento, entre outras. Os
municípios têm um prazo de 180 dias para encerrar a investigação de casos de intoxicação exógena.
Uma fonte de informação importante para investigação de casos é a FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de
Produtos Químicos). A FISPQ é um documento obrigatório para a comercialização de produtos químicos e fornece
informações sobre vários aspectos dos produtos quanto à segurança, à saúde e ao meio ambiente, bem como
recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. As empresas que utilizam produtos
químicos em seus ambientes de trabalho são obrigadas a manter este documento em suas dependências.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
-Manter medicamentos, produtos de limpeza, cosméticos e outros produtos que possam causar intoxicação fora do
alcance de crianças; -Seguir as orientações médicas, ler a bula de medicamentos e não realizar automedicação; -Não
armazenar produtos de limpeza fora do recipiente original; -Somente comprar raticidas, produtos domésticos/saneantes
com rótulo onde se possa identificar o número de registro do produto no Ministério da Saúde ou no Ministério da
Agricultura; -Seguir orientações do fabricante e usar corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
recomendados.
COLETA DE AMOSTRAS
Como podem ocorrer casos de intoxicação por diferentes substâncias, vias de exposição e circunstâncias não
podemos definir um processo padrão de coletas de amostras.
Em casos de intoxicação, sempre que possível, deve-se coletar a embalagem do produto que causou intoxicação para
correta identificação.
Um dos exames que pode auxiliar no diagnóstico de intoxicações por agrotóxico (Organofosforados e Carbamatos) é
a dosagem da colinesterase. É importante ressaltar que a análise da atividade dessa enzima não deve ser utilizada de
maneira isolada, ou seja, nem sempre um resultado alterado significará intoxicação. Assim, deve-se contatar o Lacen ou
o Laboratório de Referência para seu município para identificar quais Unidades realizam a dosagem de colinesterase e
qual o procedimento que deve ser adotado.
A NR 7 - Programa de controle médico de saúde ocupacional, da Portaria n.º 3.214, de 08/06/1978 do Ministério do
Trabalho, prevê que todo trabalhador que manuseia agrotóxicos (incluindo os agentes de controle de endemias do
município) deve realizar a dosagem de colinesterase no exame admissional. Também determina que este exame seja
repetido, no mínimo, semestralmente.
LINKS ÚTEIS
-www.anvisa.gov.br; www..fiocruz.br ; www.saude.pe.gov.br

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PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
-Portaria GM/MS Nº 104, de 25/01/2011; Portaria Estadual 104 publicada no Diário Oficial do Estado Nº 45, de 9 de
março de 2012; NR 07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Quadro 1. Parâmetros para
Controle Biológico da Exposição Ocupacional a Alguns Agentes Químicos.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
[email protected]
DGPMAVS/ Gerência de Atenção a Saúde do Trabalhador 3184-0613
[email protected]
Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) 0800 722 6001 [email protected]
CIEVS 3184-0192 -

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Sistemas de
Informação em Saúde
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
Elaboração: janeiro/2013

DESCRIÇÃO
É um sistema de vigilância epidemiológica, cujo objetivo é captar dados sobre os óbitos do país a fim de fornecer
informações sobre mortalidade para todas as instâncias do sistema de saúde.
CONCEITO
É o conjunto de ações relativas à coleta, codificação, processamento de dados, fluxo, consolidação, avaliação e
divulgação de informações sobre óbitos ocorridos no país.
OBJETIVOS
Conhecer a situação de saúde da população e gerar ações visando sua melhoria; Contribuir na formulação de indicadores
epidemiológicos como instrumentos estratégicos de suporte ao planejamento das ações, atividades e programas voltados
à gestão em saúde; Subsidiar a tomada de decisão em diversas áreas da assistência à saúde.
DOCUMENTO – PADRÃO
Declaração de Óbito (DO).
A QUEM COMPETE O PREENCHIMENTO DO DOCUMENTO PADRÃO
Médicos. Os Cartórios APENAS emitem DO em localidades sem médicos.
ATRIBUIÇÕES
- Âmbito Federal: normatização, consolidação, avaliação e retroalimentação dos dados, divulgação da informação e
desenvolvimento de ações para o aprimoramento da qualidade do Sinasc;

- Âmbito Estadual: normatização, consolidação, avaliação, envio regular e retroalimentação dos dados, divulgação da
informação e desenvolvimento de ações para o aprimoramento da qualidade do Sinasc;

- Âmbito Municipal: distribuição de DO às Unidades Notificadoras; Coleta de DO nas Unidades Notificadoras; Revisão do
preenchimento da DO; Resgate de informações; Codificação; Digitação e transferência dos dados; Investigação de óbitos
de mulheres em idade fértil, maternos, fetais e infantis e Discussão dos óbitos maternos, fetais e infantis em Grupo
Técnico/Comitê; Retroalimentação; Consolidação; Monitoramento de Indicadores Operacionais e Epidemiológicos;
Avaliação e divulgação de informação; Orientação em serviço; desenvolvimento de demais ações para o aprimoramento da
qualidade do SIM.

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

FLUXO DA INFORMAÇÃO
Unidade Notificadora emite a DO e envia o
arquivo de transferência

Secretaria Municipal de Saúde digita e envia o


arquivo via transferidor

Gerência Regional de Saúde envia o arquivo


via transferidor

Secretaria Estadual de Saúde Ministério da Saúde

OPORTUNIDADE
É a redução no intervalo de tempo entre a ocorrência dos óbitos, sua captação pelos SIM e a transferência dos dados
para os níveis hierárquicos superiores.
OPORTUNIDADE DA INVESTIGAÇÃO
Investigação realizada e inserida no módulo do SIMWEB em até 120 dias da ocorrência do óbito
REGULARIDADE
É o quantitativo esperado de óbitos a serem transferidos no prazo de até 60 (sessenta) dias após o encerramento do
mês de ocorrência do óbito, por meio eletrônico, via aplicativo (Sisnet), de modo contínuo e regular.
INDICADORES E METAS PACTUADOS
Indicador Meta Periodicidade Pactuação
Cobertura do SIM ≥ 90% Trimestral Monitoramento SEVS
% de óbitos enviados regularmente (para os
≥ 80% Mensal Monitoramento SEVS
municípios maiores de 30.000 habitantes)
% de arquivos de transferência enviados
regularmente (para os municípios menores de Regular Mensal Monitoramento SEVS
30.000 habitantes)
% dos óbitos infantis investigados em tempo Mensal PACTO, Atenção Primária,
≥ 50%
oportuno (até 120 dias após a data do óbito) Monitoramento SEVS, COAP
Mensal PACTO, COAP, Monitoramento
% dos óbitos fetais investigados ≥ 35%
SEVS
% dos óbitos de mulheres em idade fértil Mensal
≥ 80% PACTO, COAP
investigados
% dos óbitos maternos declarados investigados Mensal
em tempo oportuno (até 120 dias após a data do 100,0% Monitoramento SEVS
óbito)
% de óbitos com causa definida ≥ 95% Mensal Monitoramento SEVS
Geres com Grupo de Técnico para discussão de Todas as
óbitos maternos funcionando Geres Mensal Monitoramento SEVS
Municípios ≥50 mil hab. com Grupo de Técnico Todos os
para discussão de óbitos maternos funcionando municípios ≥ Mensal Monitoramento SEVS
50 mil
habitantes

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

ACESSO ÀS INFORMAÇÕES E LINKS ÚTEIS


www.datasus.gov.br ; www.saude.gov.br
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
Manual de procedimento do sistema de informações sobre mortalidade, 2001; A Declaração de Óbito: Documento
Necessário e Importante; Manual de Instruções para o preenchimento da Declaração de Óbito, 2011; Manual de vigilância
do óbito infantil e fetal e do Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal, 2009; Guia de vigilância epidemiológica do óbito
materno, 2009; Manual de Preenchimento das Fichas de Investigação do Óbito Infantil e Fetal, 2011; Manual de
Preenchimento das Fichas de Investigação do Óbito Materno, 2011; Portaria GM/MS Nº 72 de 11/01/2010; Portaria
SVS/MS Nº116 de 11/02/2009; Portaria GM/MS Nº 1119 de 05/06/2008; Portaria Nº 201, de 03/11/2010.
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
Diretoria Geral de Informações e Ações Estratégicas em 3184-0195
Vigilância Epidemiológica/ Gerência de Monitoramento e 3184-0196 [email protected]
Vigilância de Eventos Vitais/ Coordenação do Sim

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)
Elaboração: janeiro/2013

DESCRIÇÃO
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) é responsável pela coleta, transmissão e disseminação de
dados gerados rotineiramente pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica visando apoiar o processo de investigação dos
casos e subsidiar a análise das informações epidemiológicas das doenças e agravos de notificação compulsória.
CONCEITO
Sistema de informação de abrangência nacional que concentra dados originados a partir do registro de casos suspeitos
e ou confirmados de doenças e agravos de notificação compulsória, de interesse nacional, estadual e municipal.
OBJETIVO
O Sinan tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo Sistema de Vigilância
Epidemiológica das três esferas de governo, por intermédio de uma rede informatizada, para apoiar o processo de
investigação e dar subsídios à análise das informações de vigilância epidemiológica das doenças de notificação
compulsória.
DOCUMENTO PADRÃO
Fichas notificação/investigação padronizadas e específicas para cada agravo/doença
ATRIBUIÇÕES MUNICIPAIS
- Gestão: O Sinan possui gestão compartilhada entre as três esferas (municipal, estadual e nacional).
- Distribuição e controle: os municípios são responsáveis pela reprodução e distribuição dos instrumentos de
notificação/investigação. O controle numérico (margem numérica) é repassado da SES para as Gerências Regionais de
Saúde (Geres) e estas distribuem aos municípios.
- Emissão e preenchimento do instrumento: Os instrumentos são emitidos pelos municípios e devem ser preenchidos em
unidades notificadoras.
- Investigação epidemiológica: os casos suspeitos de doenças/agravos de notificação compulsória devem ser investigados
para confirmação ou descarte. Esta investigação é realizada pelo município de residência do paciente.
- Análise e divulgação: compete às três esferas (municipal, estadual, nacional) analisar os dados inseridos no sistema, bem
como divulgar informações epidemiológicas embasadas nestes dados. Este processo facilita a formulação e avaliação das
políticas públicas, planos e programas de saúde e subsidia o processo de tomada de decisões, com vistas a contribuir para
a melhoria da situação de saúde da população.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
Unidades ambulatoriais/hospitais/outras fontes Secretaria Municipal de Saúde Regional de Saúde
Secretaria Estadual de Saúde (Nível Central) MS
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
- Portaria GM/MS Nº 104, de 25/01/2011; Portaria Estadual Nº 104, de 17/02/2012; Portaria GM/MS Nº 201, de 03/11/2010;
Sinan: normas e rotinas/Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica. – 2. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2007.
A QUEM COMPETE O PREENCHIMENTO DO DOCUMENTO PADRÃO
Os profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

públicos e particulares de saúde e ensino, laboratórios, entre outros.


FLUXO PADRÃO
-Secretaria Municipal de Saúde (Semanal) Regional de Saúde (até a quarta-feira da SE seguinte)
-Regional de Saúde (Semanal) SES (até a quinta-feira da SE seguinte)
-Secretaria Estadual de Saúde (Quinzenal) Ministério da Saúde (1º ao 3º dia útil/16º ao 18º dia útil)
OPORTUNIDADE
O indicador de encerramento oportuno refere-se a um dos indicadores de acompanhamento do Sinan. Através deste, é
possível calcular o percentual de casos notificados que foram encerrados oportunamente, isto é, com informações sobre o
diagnóstico final (classificação final) e data de encerramento preenchida. O prazo foi estabelecido pelo Ministério da Saúde
(MS), por nota técnica, para cada doença/agravo incluído no indicador.
Este indicador possibilita à vigilância epidemiológica verificar a velocidade com que está encerrando os casos a partir do
momento em que são notificados. Para o MS, considera-se oportunidade aceitável se pelo menos 80% dos casos
notificados são encerrados no intervalo de tempo esperado. Valores mais próximos de 100% denotam agilidade ao sistema
de vigilância no fluxo da informação.
A informação da investigação concluída oportunamente fornece o conhecimento de casos confirmados e descartados e,
por conseguinte permite orientar a aplicação e avaliação das medidas de controle em tempo hábil.

REGULARIDADE
- Regularidade de envio de lotes: envio de lotes de transferência das bases de dados dentro dos períodos estabelecidos.
Este envio deve ocorrer de maneira contínua para o nível hierárquico imediatamente superior.
- Regularidade de notificações: os municípios devem registrar notificações individuais de agravos de notificação
compulsória ou notificação negativa ou de surto ou de epizootias. São analisadas 08 semanas epidemiológicas (SE)
consecutivas. Caso o município não apresente notificações neste período, ele será considerado irregular e os recursos
financeiros poderão ser suspensos.

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

INDICADORES E METAS PACTUADAS


- Percentual de encerramento oportuno das doenças de notificação compulsória listadas pelo Ministério da Saúde. Meta:
80,0% de encerramento oportuno (meta nacional e estadual).
- Percentual de municípios com encerramento oportuno ≥80% de doenças de notificação compulsória listadas pelo
Ministério da saúde. Meta: 45,0% do total de municípios (meta estadual).
- Envio regular de lotes de transferência. Meta: 80,0% de lotes enviados regularmente.
LINKS ÚTEIS
-www.saude.gov.br
ACESSO ÀS INFORMAÇÕES
www.saude.gov.br/sinanweb
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGIAEVE/Gerência de Informações
Estratégicas/Coordenação do Sinan 3184-0189 [email protected]

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Vigilância Epidemiológica da Natalidade
Elaboração: janeiro/2013

DESCRIÇÃO
O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) é um sistema de vigilância epidemiológica cujo objetivo é
captar dados sobre os nascidos vivos (NV) do país, a fim de fornecer informações sobre natalidade para todas as
instâncias do sistema de saúde.
CONCEITO
É o conjunto de ações relativas à coleta, codificação, processamento de dados, fluxo, consolidação, avaliação e
divulgação de informações sobre NV ocorridos no país.
OBJETIVOS
Fornecer informações sobre natalidade para subsidiar a vigilância da criança de risco assim como o planejamento das
ações de saúde materno e infantil e contribuir para redução do subregistro de nascimento.
DOCUMENTO PADRÃO
Declaração de Nascido Vivo (DN).
RESPONSÁVEL PELA EMISSÃO
Profissional de saúde que prestou assistência durante o parto ou imediatamente após o nascimento. Os Cartórios de
Registro Civil podem emitir a DN para os NV de partos domiciliares que não tiveram assistência profissional ou
imediatamente após o nascimento para mulheres residentes de área descoberta pela Atenção Primária à Saúde.
ATRIBUIÇÕES
- Âmbito Federal: normatização, consolidação, avaliação e retroalimentação dos dados, divulgação da informação e
desenvolvimento de ações para o aprimoramento da qualidade do Sinasc;

- Âmbito Estadual: normatização, consolidação, avaliação, envio regular e retroalimentação dos dados, divulgação da
informação e desenvolvimento de ações para o aprimoramento da qualidade do Sinasc;

- Âmbito Municipal: distribuição de DN às Unidades Notificadoras; Coleta de DN nas Unidades Notificadoras; Revisão do
preenchimento da DN; Resgate de informações; Codificação; Digitação e transferência dos dados; Retroalimentação;
Consolidação; Monitoramento de Indicadores Operacionais e Epidemiológicos; Avaliação e divulgação de informação;
Orientação em serviço; desenvolvimento de demais ações para o aprimoramento da qualidade do Sinasc.
FLUXO DA INFORMAÇÃO
Unidade Notificadora emite a DO e envia o
arquivo de transferência

Secretaria Municipal de Saúde digita e envia o


arquivo via transferidor

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

Gerência Regional de Saúde envia o arquivo


via transferidor

Secretaria Estadual de Saúde Ministério da Saúde

REGULARIDADE
Entende-se por regularidade o envio do quantitativo esperado de nascidos vivos a serem transferidos no prazo de até 60
(sessenta) dias após o encerramento do mês de ocorrência do nascimento, por meio eletrônico, via aplicativo (Sisnet), de
modo contínuo e regular.
OPORTUNIDADE
É a redução no intervalo de tempo entre a ocorrência do nascimento, sua captação pelo Sinasc e a transferência dos
dados para os níveis hierárquicos superiores.
PORTARIAS E NORMATIZAÇÕES
- Manual de procedimentos do Sinasc, 1999; Manual de Instruções para preenchimento da DNV, 2001;
Portaria MS/SVS Nº 20 de 03/10/2003; Portaria MS/SVS Nº 16 de 23/04/2004; Manual SIM e Sinasc para profissionais do
Programa de Saúde da Família (PSF), 2004; Portaria GM/MS Nº 116, de 11/02/2009; Manual de Instruções para
preenchimento da Declaração de Nascido Vivo, 2011; Lei 12.662 de 05/06/2012.
INDICADORES E METAS PACTUADAS
Indicador Meta Periodicidade Pactuação
Cobertura do Sinasc ≥ 95% Mensal Monitoramento SEVS
% de nascimentos enviados regularmente (para
≥ 80% Mensal Monitoramento SEVS
os municípios maiores de 30.000 habitantes)
% de arquivos de transferência enviados
regularmente (para os municípios menores de Regular Mensal Monitoramento SEVS
30.000 habitantes)

ACESSO ÀS INFORMAÇÕES E LINKS ÚTEIS


www.saude.pe.gov.br, www.saude.gov.br; www.datasus.gov.br/
TELEFONES E E-MAILS IMPORTANTES
Setor Telefone Email
DGIAEVE/Gerência de Monitoramento e Vigilância de Eventos 3184-0195
[email protected]
Vitais/Coordenação do Sinasc 3184-0196

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Guia para Gestão da Vigilância em Saúde - Procedimentos Operacionais Padronizados

Legislação Básica

Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da
saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

Portaria GM/MS n° 1.172, de 15 de junho de 2004. Regulamenta a NOB SUS 01/96 no que se refere às
competências da União, estados e Distrito Federal na área de vigilância em saúde, define a sistemática de
financiamento e dá outras providências.

Portaria conjunta SE/SVS n° 8, de 29 de junho de 2004. Define o Teto Financeiro de Vigilância em Saúde – TFVS e
dá outras providências.

Portaria SVS/MS nº 16, de 4 de maio de 2005. Regulamenta a suspensão do repasse mensal dos recursos do Teto
Financeiro de Vigilância em Saúde – TFVS.

Portaria GM/MS nº 399, de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o Pacto pela Saúde 2006 − Consolidação do SUS e
aprova as diretrizes operacionais do referido Pacto.

Portaria GM nº 204, de 29 de janeiro de 2007. Regulamenta as transferências federais para ações e serviços de
saúde, na forma de blocos de financiamento.

Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005. Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e
serviços comuns, e dá outras providências.

Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007. Dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União
mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras providências.

Portaria n° 3.252, de 22 de dezembro de 2009. Aprova as diretrizes para execução e financiamento das ações de
Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e dá outras providências.

Portaria nº 104, de 25 de janeiro de 2011 - Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o
disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em
saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios,
responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde.

Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor
sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a
articulação interfederativa, e dá outras providências.

Portaria Estadual nº 104 – publicada no DOE-PE nº 34, de 17 de fevereiro de 2012: acrescenta doenças e agravos
estaduais à lista nacional de Doenças de Notificação Compulsória e dá outras providências. Republicada no DOE-
PE nº45, de 9 de março de 2012, por ter saído com incorreção do original.

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Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Cooperação Técnica:

AIDS
CIEVS
PERNAMBUCO

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