Hibernação de Caldeira Flamotubular

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Procedimento para hibernação de Caldeira Flamotubular

1 – Dados do equipamento:

2 – Objetivo:

Este Procedimento tem como objetivo, estabelecer um roteiro de atividades tal, que garanta a hibernação segura do
equipamento.

3 – Documentos aplicáveis:

. Manual técnico de construção e operação do equipamento – N0 xyz

. Norma Regulamentadora NR-13

. Procedimentos de Inspeção e Testes

. Diretrizes para Hibernação de Unidades Industriais – Petrobras

. Manual de instrução do fornecedor do inibidor químico

4 – Período de hibernação:

. O equipamento será desativado temporariamente por 01 ano.

5 – Atendimento a NR-13:

. Esta atividade deverá ser devidamente relatada no Livro Registro de Segurança do Equipamento.

6 – Atividades práticas de hibernação:

6.1 – Câmara de combustão:

6.1.1 – Chaminé:

. Instalação de proteção de chuva sobre as chaminés, com cobertura de lona de plástico e/ou compensado de madeira,
para impedir a entrada e possível acúmulo de água de chuva.

6.1.2 – Refratários:

. A água absorvida pelo concreto refratário pode ser evaporada, porém, não é recomendável expor o concreto a chuvas /
intempéries, a ponto de encharcar a superfície externa.

6.1.3 – Queimador:

. Na impossibilidade da remoção, proteger o conjunto formado pela caixa de ar, lança do ignitor piloto e lança de
combustível, com plásticos apropriados e fitas adesivas, para melhor fixação e durabilidade da proteção.

6.1.4 – Tubos de passagem de gases/fornalha/espelhos:

. Devem ser limpos por escovamento mecânico, de forma a remover todos os resíduos oriundos da queima, enquanto o
equipamento esteve em operação.

6.2 – Câmara de água/vapor:

. Deve ser drenada e limpa por hidrojateamento.


. À exceção das válvulas de segurança, que devem ser mantidas durante a hibernação, para o caso de ocorrer
sobrepressão do sistema, ainda que o mesmo esteja vedado e isolado, todos os demais acessórios devem ser
removidos, embalados e guardados em local apropriado.

. Todos os bocais devem ser vedados por flangeamento / raqueteamento, à exceção do bocal de saída de vapor onde
deverá ser instalada uma coluna transparente para verificação da manutenção do nível do líquido inibidor.

. Com a coluna instalada, executar teste de alagamento para verificar a eficiência da vedação dos bocais.

. Proceder a instalação do inibidor rigorosamente de acordo com as instruções do fornecedor do produto.

6.3 – Monitoramento:

. O monitoramento do sistema deve ser executado com uma frequência mínima quinzenal.

6.4 – Relatórios:

. Toda e qualquer atividade realizada deve ser detalhada em relatórios técnicos de forma a permitir a compilação de um
Book do processo de hibernação.

6.5 – Técnicas mais comuns de hibernação temporária:

A seleção técnica a ser aplicada passa pelo porte do equipamento ou da instalação. As opções mais comuns são:

6.5.1. Inertização com Nitrogênio: A forma mais comum de preservação interna dos equipamentos e tubulações
associadas é por injeção e pressurização com Nitrogênio. Nesse sistema o circuito dos equipamentos é mantido em
pressão positiva de Nitrogênio, constantemente, com 0,5 barg, e valores limites entre 0,2 e 1,0 barg, monitorando-se a
pressão através dos manômetros instalados nos equipamentos e tubulações. A concentração de oxigênio no interior dos
equipamentos e tubulações deve ser controlada até 5% em volume. Normalmente, é utilizado o mesmo alinhamento de
Nitrogênio usado para purga de partida da unidade, que antecede a operação normal.

Para isso, deve ser usada uma válvula redutora de pressão (PCV-Pressure Control Valve), no limite de bateria da
unidade, que forneça uma saída constante de 0,5 barg e uma válvula de alívio de pressão (PSV-Pressure Safety Valve),
à jusante da PCV, calibrada para abertura em 1 barg, capaz de aliviar uma situação de sobrepressão, em caso de falha
da PCV. Em cada sistema a ser hibernado, todos os bocais dos equipamentos e as válvulas das tubulações interligadas
devem permanecer na posição aberta e assim permitir que a maior parte das tubulações e vasos seja simultaneamente
inertizada. Nos casos em que um trecho de linha é interrompido, deve ser instalada uma interligação com mangote nos
drenos para preencher com Nitrogênio o referido trecho. Além das recomendações acima, todos os bocais e bocas de
visita de vasos de pressão e outros equipamentos devem ser identificados com uma etiqueta amarela para impedir a
entrada inadvertida de pessoas em ambientes com caráter de “ambiente IPVS – Imediatamente Perigoso à Vida e à
Saúde”.

6.5.2. Proteção anticorrosiva com VCI – Inibidor Volátil de Corrosão Nota: VCI do inglês “Volatile Corrosion
Inhibitor” – inibidor volátil de corrosão. Para a proteção temporária, podem ser usados produtos ditos VCI que, além de
apresentarem propriedades inibidoras contra a corrosão, são voláteis e não usam veículos graxos. São inibidores de fácil
aplicação e o material protegido pode ser imediatamente usado, não necessitando, como no caso dos produtos graxosos
ou oleosos, de limpeza para retirar o óleo ou a graxa, antes da utilização das peças. Os VCIs são compostos orgânicos,
que inibem o processo corrosivo de materiais metálicos, sem causar danos ao meio ambiente. Este processo acontece
através da sublimação dos compostos orgânicos voláteis, com maior ou menor velocidade de acordo com a pressão de
vapor, gerando uma camada protetora sobre o material metálico. Esta barreira impede a reação de oxidação do metal.
O vapor não cria qualquer resíduo ou película sobre o metal, evitando métodos caros, longos, insalubres e poluentes de
aplicação e remoção dos protetores convencionais gordurosos. Os VCIs são ainda isentos de presença de Nitritos,
Nitratos, Sulfatos, Cromatos, Metais Pesados e Compostos Químicos Tóxicos ou prejudiciais ao Meio Ambiente e à
Saúde.

A presença dos componentes VCI sobre superfícies metálicas suprime a corrosão de três formas de atuação:

1. Apassiva o fluxo de elétrons entre as áreas anódicas e catódicas da superfície;

2. Forma uma camada física hidrofóbica, que evita contato direto da água com o metal;

3. Regula o valor de pH do eletrólito.


As formas de apresentação mais comuns do VCI são: • • • • Cápsulas; Filme plástico e filme plástico termoretrátil; Óleos,
graxas e ceras; Tintas que contêm inibidores de corrosão em sua formulação e depois da aplicação o fluido carregador
evapora e permanece uma fina camada seca ao toque.

Você também pode gostar