Métodos de Planejamento Ambiental
Métodos de Planejamento Ambiental
Métodos de Planejamento Ambiental
Método de Lewis
Método de Steinitz
Carl Steinitz foi pesquisador da universidade de Harvard onde junto com seus
colaboradores desenvolveu pesquisas sobre diferentes modelos matemáticos e técnicas
para automatizar as respostas aos problemas de incorporação dos dados do meio físico
ao planejamento territorial. Esse processo se dá mediante o auxílio de ordenadores, o
que permite uma grande capacidade e rapidez no tratamento dos dados.
Seu mais famoso trabalho, o programa Ingrid, foi o que proporcionou ao sistema
computacional uma dinâmica maior. Esse sistema se apóia no inventário do meio físico
e seu arquivo, previamente codificado e “georreferenciado” em um banco de dados,
legível por identificador (ID), sendo assim, é feito o estabelecimento das atividades
potenciais que têm em conta as possibilidades da área de estudo, as necessidades
existentes e a orientação do planejamento.
As análises desenvolvidas com este método tem como resultado a determinação
da capacidade e da vulnerabilidade do território para cada uma das unidades, sendo
apresentado em forma de mapas de capacidade e vulnerabilidade, esses dados são
implementados com dados sociais, político e econômico, dando origem à primeira
proposta a ser avaliada de forma automática. Como resultado dessa avaliação, os
resultados obtidos podem ser corrigidos, a fim de se aproximar mais dos objetivos
perseguidos, de aumentar a capacidade e diminuir o impacto.
O Ingrid permite que os mapas de capacidade possam ser alterados conforme
incorporação de novas informações ao banco de dados, pois este fica aberto a novas e
diversas informações.
Figura 01: Demonstração do processo de analise ambiental desenvolvido por Steinitz
Fonte: http://envs6108.blogspot.com/2005/11/carl-steinitz-framework-for-landscape.html Acessado em
18/08/2007
Método de Hillis
Método de Johns
Uma das metodologias mais brilhantes da década de 1960 e que até hoje pode
ser encontrada nas mais variadas aplicações é o método de Ian Mcharg, que era segundo
Almeida (1993), especialmente preocupado pelo modo como os processos biológicos
deveriam ser reconhecidos como critérios restritivos e orientadores no planejamento
regional.
O método em questão, parte de uma descrição ecológica, que é mais do que
somente um inventário de paisagens, pois trata dos processos de interação entre as
unidades, avaliando as possibilidades de ordenação e planificação e suas conseqüências
sobre o meio ambiente.
Segundo Cersósimo (2006) esse método é essencialmente baseado em análise
espacial com utilização de variáveis sócio-ambientais que são classificadas como
restrições ou fatores de aptidão, integradas numa única escala de valores, com pesos
diferenciados em função da relação do empreendimento com cada variável.
O desenvolvimento desse método utiliza sistemas gráficos de sobreposição de
mapas de recursos naturais e culturismo, mapas de capacidade intrínseca e mapas de
capacidade combinada. Para se chegar a esses resultados Mcharg cria três matrizes: a
primeira identifica todos os usos do solo pretendidos e cruza cada uso com todos os
outros para determinar compatibilidades ou incompatibilidades; a outra matriz faz
referencia aos recursos necessários para cada uso; e a ultima indica por uso do solo as
conseqüências de sua operacionalização.
Por fim, o método expõe um sistema de recomendações muito claro, permitindo
identificar para um mesmo espaço, a coexistência criteriosa de diferentes usos. Esse
método é bem argumentado e coerente, mas segundo Almeida (1993) não finaliza, de
todo, o processo de planejamento.
Quadro 02: Principais fatores considerados nos estudos de ordenamento territorial
realizados por McHarg (1979).
Fonte:http://www.igeo.pt/instituto/cegig/got/3_Docs/Files/mestrado_ass/cap1.pdf Acessado em 21/08/2007
Método de Tricart
Jean Léon François Tricart orientou estudos integrados do meio ambiente natural
e introduziu novos métodos com emprego em diversas regiões do mundo. Tricart (1977)
afirma que já não há ecossistema que não seja modificado pelo homem, sendo assim sua
metodologia assenta-se sobra o sistemismo ecológico, que permite estudar as relações
entre os diversos componentes do meio ambiente. A esse sistemismo ecológico, Tricart
dá o nome de dinâmica dos ecótopos ou ecodinâmica.
Os estudos feitos utilizando essa metodologia têm como principal objetivo a
avaliação do impacto da inserção da tecnologia humana no ecossistema, ou seja,
determinar a taxa aceitável de extração de recursos, sem degradação do ecossistema, ou
determinar quais as medidas que devem ser tomadas para permitir uma extração mais
elevada sem degradação.
Para tanto, estabeleceu uma escala de avaliação dividindo o ambiente em três
meios morfodinâmicos, a saber:
- Meios Estáveis, que tem lenta evolução, resultante da permanência no tempo
de combinações de fatores como cobertura vegetal densa, dissecação moderada do
relevo e ausência de manifestações vulcânicas. Geralmente, as relações complexas se
estabelecem entre essas diversas condições, compondo mecanismos de compensação e
auto-regulação.
- Meios Intergrades, que se caracterizam pela interferência permanente de
morfogênese e pedogênese apresentando-se de maneira concorrente sobre um mesmo
espaço, assegurando a passagem gradual entre os meios estáveis aos instáveis. São
meios delicados e suscetíveis a fenômenos de amplificação, transformando-se em meios
instáveis cuja explotação fica comprometida.
- Meios Instáveis, são aqueles onde impera a morfogênese, tendo como
desencadeador desse processo as condições bioclimáticas agressivas, com ocorrência de
variações fortes e irregulares de ventos e chuvas, relevo com vigorosa dissecação,
inexistência de cobertura vegetal densa o que acarreta inundação dos fundos de vales,
dando uma geodinâmica intensiva para o espaço.
Para esta metodologia os dados de entrada são os mapas de todas as unidades
territoriais básicas e localização, identificação e análise dos diferentes processos e
sistemas com uma interação dinâmica, tendo como resposta a subdivisão em unidades
hierarquizada e representada em forma de mapas que dão suporte ao uso apropriado
para o território.
Metodologias de Planejamento Ambiental com a utilização de Geotecnologias
+ consolidação recuperação
POTENCIALIDADE
- expansão conservação
- VULNERABILIDADE +
1 – Áreas produtivas:
1.1 – De consolidação ou fortalecimento do desenvolvimento humano, pois tem
baixa vulnerabilidade e alta potencialidade;
1.2 – Destinada à expansão do potencial, pois tem baixa vulnerabilidade e baixa
potencialidade;
2 – Áreas crítica:
2.1 – Recuperação, tendo em vista o alto potencial de desenvolvimento e, por
conseguinte alta vulnerabilidade.
2.2 – Conservação, pois é observado uma baixa potencialidade e uma alta
vulnerabilidade.
Além dessas considerações a metodologia ainda ressalta as áreas institucionais
de preservação permanente, como parques nacionais e estaduais; áreas de uso restrito e
controlado, como reservas indígenas e extrativistas; e áreas de interesse estratégico,
como as áreas de fronteiras.
Metodologia de Planejamento Ambiental do Laboratório de Geoprocessamento
(LAGEOP - UFRJ)
A proposta elaborada por Xavier (2001) é uma proposta diferenciada das outras
duas não sendo criada especificamente para o ZEE, mas também para uso próprio. Essa
metodologia permite identificar relações de contingência, conexão, proximidade e
funcionalidade entre partes componentes da situação ambiental levando em
consideração a visão sistêmica do ambiente. Para tanto essa metodologia baseia-se
essencialmente em técnicas de geoprocessamento e estrutura-se em dois eixos,
diagnósticos de situações existentes ou de possíveis ocorrências e prognósticos onde são
feitas previsões e zoneamentos, e, eventualmente, sugeridas provisões quanto aos
problemas ambientais em estudo.