Periodização
Periodização
Periodização
Força
A primeira fase adaptação anatômica tem como objetivo
adaptar progressivamente os músculos, os ligamentos, as arti-
culações e o sistema ósseo para incrementar o aumento de car-
gas mais pesadas durante as fases posteriores de treinamento. O
método mais simples a se considerar para a adaptação anatômi-
ca é o treinamento em circuito, especialmente porque oferece
uma estrutura organizada e alterna os grupos musculares.
O treinamento em circuito pode ser usado desde a pri-
meira semana de adaptação anatômica. Para atletas iniciantes,
deve-se começar com exercícios que usam o próprio peso cor-
poral, como flexões de braço, abdominais, agachamentos, saltos
e flexões em barras. Posteriormente, é importante avançar para
exercícios com implementos leves e pesos. Depois, começa-se
com halteres e outras máquinas para o treinamento de força. Os
exercícios de fase de adaptação anatômica devem ser seleciona-
dos para envolverem a maioria dos grupos musculares.
Exemplo de treinamento em circuito segundo Bompa
(2001, p. 135-136):
Próprio peso corporal
1) Meio agachamento.
2) Flexões dos braços.
3) Abdominais com flexão do joelho.
4) Saltos baixos, com as duas pernas, sem sair do lugar.
5) Extensões da coluna.
6) Flexões na barra.
2) Supino.
3) Abdominais na prancha.
4) Extensão do quadril com cargas leves (vulgo "bom dia").
5) Remada alta.
6) Flexão das pernas.
7) Puxada pela frente.
8) Desenvolvimento de ombro.
9) Flexão plantar.
Planejamento do programa
O método de carga máxima pode ser usado apenas depois
de no mínimo 2 a 3 anos de treinamento de força geral (adap-
tação anatômica), com o uso de cargas mais leves, em razão da
tensão do treinamento e do uso de cargas máximas.
Veja o passo a passo do método:
• Aplique o princípio de aumento progressivo da carga no
treinamento.
• Comece um plano anual para o treinamento de força,
baseado no conceito de periodização.
• Se um atleta não conseguir superar o platô, alterne os
estímulos.
• Aumente a proporção entre os tipos concêntrico e ex-
cêntrico de contração. O treinamento excêntrico adicio-
nal produz uma melhora na força máxima.
Carga
• 100 a 95%: de 15 a 25 repetições.
• 95 a 90%: de 20 a 40 repetições.
• 90 a 80%: de 35 a 85 repetições.
• 80 a 75%: de 70 a 110 repetições.
• Um ID de 3 a 6 minutos é necessário.
Velocidade de contração
Os movimentos são realizados rapidamente, de um modo
explosivo.
Método Isométrico
Produz alta tensão no músculo, tornando esse método
mais útil durante a fase de força máxima. Também pode ser usa-
do na fase de manutenção. O treinamento pode aumentar a for-
ça máxima de 10 a 15 vezes mais que outros métodos, porém
possui claras limitações no desenvolvimento da potência e da
resistência muscular.
A força isométrica é aplicada contra uma resistência, a ten-
são do músculo acumula-se gradativamente, chegando ao máxi-
mo em cerca de 2 a 3 segundos e, ao final, diminui em um tempo
muito menor (de 1 a 2 segundos).
Método Isocinético
Isocinética significa “movimento igual", ou seja, mantém
a mesma velocidade em toda a faixa de movimentos. Um equi-
pamento especialmente criado permite que os músculos encon-
trem a mesma resistência para contrações tanto concêntricas
quanto excêntricas.
Os atletas podem adquirir ganhos em hipertrofia, depen-
dendo da carga e do número de repetições. Em velocidades
maiores, que criam maior resistência, estes podem experimen-
tar ganhos em força máxima.
Um programa de treinamento criado para contração isoci-
nética deve seguir a mesma metodologia que o método de carga
máxima.
Método excêntrico
Durante a fase excêntrica, a força é produzida enquanto o
músculo se estende. O treinamento excêntrico cria maior tensão
nos músculos que as contrações isométricas ou isotônicas. Uma
vez que uma maior tensão muscular significa, em geral, maior
desempenho da força, o treinamento excêntrico poderia ser con-
siderado como um método superior de treinamento.
Planejamento do programa
Apenas atletas com histórico de 3 a 5 anos de treinamento
de força devem usar o método, pois emprega cargas muito pe-
sadas (de 110 a 160%). Pode ser usado apenas em uma sessão
ou em uma fase curta de treinamento, ou combinado a outros
métodos.
A velocidade de execução é lenta, pois a carga é
supermáxima.
P= F× V
Método isotônico
A tentativa de movimentar um peso tão rapidamente e
com tanta força quanto possível, por toda a faixa de movimento,
é um dos métodos clássicos do treinamento de potência.
Pesos livres ou outros equipamentos que possam ser movi-
dos rapidamente são bons métodos para desenvolver a potência.
Planejamento do programa
Durante a fase de força máxima, o atleta acostuma-se com
cargas máximas ou supermáximas. Portanto, usar cargas entre
30 a 80% de 1 RM para o desenvolvimento da potência não é um
desafio. O desafio é usar esse tipo de carga e criar, ao mesmo
tempo, uma aceleração alta.
Um número baixo de repetições (de 4 a 10) é sugerido, já
que o elemento fundamental para o treinamento de potência é o
vigor das repetições, não o modo como são realizadas.
Deve-se ser seletivo na escolha dos exercícios para o treina-
mento de potência. Eles devem ser muito específicos ao esporte,
a fim de imitar suas habilidades motoras. Selecione o menor nú-
mero de exercícios (de 2 a 4), de modo que possa ser realizado o
maior número de séries possível (3 a 6), para o benefício máximo
dos músculos motores primários, com velocidade de execução
tão alta quanto possível.
Método balístico
É quando a força interna do atleta excede claramente a re-
sistência externa, como, por exemplo, com a medicine ball, em
que ocorre um movimento dinâmico (balístico).
Planejamento do programa
Os exercícios balísticos podem ser planejados para o final
de uma sessão de treinamento ou após o aquecimento, depen-
dendo dos objetivos almejados. O treinamento é melhorado
quando o organismo está descansado.
Cada repetição deve começar dinamicamente, com a ten-
tativa de aumentar a velocidade de modo constante. Isso per-
mite um maior envolvimento de unidades motoras de CR, não
sendo necessário um grande número de repetições, mas o fator
determinante é a velocidade.
As repetições devem ser interrompidas quando a velocida-
de declina.
Planejamento do programa
A carga para o método de resistência à força está ligada
ao exercício executado. Para a fase isométrica, a contração deve
durar de 3 a 4 segundos ou o tempo necessário para se chegar a
uma tensão máxima.
Para exercícios nos quais a resistência é oferecida por um
haltere, a carga deve ser de 80 a 90% para a fase de estímulo e de
30 a 50% para as repetições explosivas. Selecione os exercícios
com cuidado, para combinar a direção de contração do músculo
motor primário. Para obter a máxima vantagem com a potência,
mantenha baixo o número de exercícios (de dois a quatro), de
modo que um grande número de conjuntos (de três a cinco) pos-
sa ser executado.
Este treinamento pode ser realizado separadamente ou
combinado a outros métodos de treinamento de potência.
Método Pliométrico
Um dos métodos de maior sucesso para ganho de potência
talvez seja o treinamento que emprega exercícios pliométricos,
conhecido também como ciclo de alongamento-encurtamento.
Esse ciclo refere-se a exercícios em que o músculo é carregado
em uma contração excêntrica (alongamento), seguida imediata-
mente por uma contração concêntrica (encurtamento).
Planejamento do programa
Para a criação efetiva de um programa pliométrico, deve
haver a consciência de que os exercícios variam em relação à in-
tensidade, sendo classificados em diferentes grupos para uma
melhor progressão.
O nível de intensidade é diretamente proporcional à altura
ou extensão de um exercício. O programa é dividido em dois gru-
pos principais: exercícios de baixo impacto e de alto impacto. Pe-
ríodos de 2 a 4 anos são gastos na incorporação de exercícios de
baixo impacto para adaptação de ligamentos, tendões e ossos.
Força de aterrissagem/reativa
O atleta precisa ter o poder de controlar a aterrissagem e a
potência reativa para realizar rapidamente qualquer outro movi-
mento. A força necessária para controlar e absorver o choque da