Embalagens para Perfumes

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Elaine Borkoski

Embalagens para Perfumes Femininos

TCC - Trabalho de Conclusao de Curso apresentado


ao Curso de Design, habilita,ao em Design Grafico,
como requisito parcial para obten9iio do
grau de Designer Grafico da
UTP - Universidade Tuiuti do Parana,
Orientada pelos professores Marcelo Catto Gallina
e Joaquin Fernandez Presas

Curitiba
UTP
2006
Elaine Borkoski

Embalagens para Perfumes Femininos

TCC - Trabalho de Conclusao de Curso apresentado


ao Curso de Design, habilita9ao em Design Grafico,
como requisito parcial para obteny80 do
grau de Designer Grafico da
UTP - Universidade Tuiuti do Parana,
Orientada pelos professores Marcelo Catto Gallina
e Joaquin Fernandez Presas

Curitiba
UTP
2006
Oedico este trabalho a minha familia que
apostou no meu sucesso, apesar das
dificuldades. Oedico tambem a uma pessoa
muito importante, minha referencia
profissional e sempre esteve ao meu lado.

;v
Agradeyo todos que me ajudaram
neste projeto, principalmente
me us colegas e professores.
Sumario

lista de Figuras.. ......... ix


Resumo ..... ...... xiii
Abstract.. . .. xiv

INTRODUyAo .. . xv

REVISAo BIBLlOGAAFICA .. . 01
Hist6ria do Perfume ...01
o Perfume na Antiguidade.. ..01
o Perfume na Europa.. . 03
o Perfume no Brasil - terra de aromas . . 04
Notas de saida: tropicalidade pura . ...05
Notas de corpo: mosaico lascinante.. ..06
Notas de lundo: lesta e Ie 06
Anatomia do Perfume. . 07
Materia-Prima 07
Produtos da Perfumaria.. . 07
Substancias Vegetais . . 07
Substancias Animais . . 08
Metodos de Extra~ao . . 08
Enfloragem.. . 09
Macera~ao 10
Extra~ao de citricos.. . ..10
Destila~o a vapor .. ......10
Destila~o a vapor seco . . ..10
Solvente voliltil . . 10
Classifica~ao Olfativa . . 10
Familias Femininas.. . . 10
Familias Masculinas.. . 10
Floral 11
Oriental. . 11
Chipre... . 11
Lavanda. . 12
Fougere. . 12
Oriental. . 12
Chipre . . 12
o futuro do perfume. . 13
Hist6ria do Papel . . 14
Design de Embalagem. . 14
linguagem Visual das Embalagens 15
A constru~ao da linguagem visual das embalagens 15
Como 0 design de embalagem funciona . . . 16
Consumidor e a embalagem . ... 16
10 pontos chaves para 0 design de embalagem . . 16
Marketing e embalagem . . 16
Hist6ria do Vidro 17
vi
Orienle Medio . . 17
o vidro no Imperio Romano.. . 18
o vidro romano e paleocrislao . . 18
o vidro islamico 18
o vidro chines . . 18
o vidro na Europa Ocidenlal . ... 18
o vidro no Brasil 19
Fabricantes de Vidro no Brasil 19
Composi~ao do vidro .20
Processo de fabrica~ao do frasco de vidro . ...20
Impressao em vidro 22
HoI Slamping . . 22
Silk Screen . . . .22
Decalco . . 23
Decora~ao ou Pinlura . . 23
Or~amenlo . . 23
Par que utilizar 0 vidro 23
Mercado da Perfumaria e Cosmetic os . . .24

MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA 25

Metodologia ............................................................................ .25


Problema. . 25
Objetivo .....25
Publico Alvo . . 25
Parametros e Requisitos . . 26
Similares .......... .27
Concorrentes . . 28
Conceito ....................32
Perfume 1 ............................................................................... 33
Perfume 2 ...................... 34
Perfume 3. . 35
Gera-;ao de altemativas de names . . 36
Altemativa escolhida e Conceito . . 36
Geraf):ao de alternativas da marca . . 37
Allernaliva escolhida . . 38
Gera~aode altemativas as frascos . . 38
Allernaliva escolhida . ..41

RESULTADOS. . .42
Marca. . ..42
Cores .. ..42
Logolipo. . .43
Grade de conslru~ao . . .43
Area de prole~ao . . ..44
Aplicat;toes . ...44
Verseo Monocromatica ..................... ..44
Verseo sem volume. . ... ..44
vii
Versao Logotipo . . .45
Redul'ao. . .45
Recomendac6es .. . .45
Restric;6es .:. . .46
Embalagem. . .47
Frasco. . 50
Pe<;as Promocionais . . 51
Display. . 51
Folders .. . 52
Camiseta. . 53
Sacola .. . 53
CONCLusAo E RECOMENDA<;:OES ......................... 54
Bibliografia ....55

viii
Lisla de Figuras

Figura 1: foto do produto


Figura 2: Recebimento das flores
Fonte: Livre Lily Essence - 0 Boticario . . " 11
Figura 3: Prepare das flares
Fonte: Livro Lily Essence - 0 Boticario . . 11
Figura 4: Distribui,ao das flores
Fonte: Livro Lily Essence - 0 Boticario . 11
Figura 5: Preparo das flores
Fonte: Livro Lily Essence - 0 Boticario . . 11
Figura 6: Preparo das placas
Fonte: Livro Lily Essence - 0 Boticario 11
Figura 7: Montagem das placas
Fonte: Livro Lily Essence - 0 Boticario 11
Figura 8: Processo de Enfloragem
Fonte: Livre Lily Essence - 0 Boticario . 11
Figura 9: Lavagem
Fonte: Livro Lily Essence - 0 Boticario 11
Figura 10: Purificagao
Fonte: Livre Lily Essence - 0 Boticario 11
Figura 11: Carregamento
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagem_processo . . .. 22
Figura 12: Prensagem
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.br/default.asp?secao=embalagem_processo 22
Figura 13: Parison
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagem_processo 22
Figura 14: Sopro
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.br/default.asp?secao;;;;embalagem_processo . . 22
Figura 15: Resfriamento
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.br/default.asp?secao;;;;embalagem_processo 22
Figura 16: Prensado-Soprado
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.br/default.asp?secao;;;;embalagem_processo . . 22
Figura 17: soprado - soprado
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.br/default.asp?secao;;;;embalagem_processo 23
Figura 18: soprado - soprado
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.br/default.asp?secao;;;;embalagem_processo 23
Figura 19: soprado - soprado
Fonte: http://www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefauILasp?secao=embalagem_processo 23
Figura 20: soprado - soprado

ix
Fonte: http: ••www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagem_processo . . 23
Figura 21: soprado - soprado
Fonte: http: ••www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagem_processo . .. 23
Figura 22: so prado - soprado
Fonte: http: ••www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagem_processo . .. 23
Figura 23: soprado - soprado
Fonte: http: ••www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagem_processo 23
Figura 24: soprado - soprado
Fonte: http: ••www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagemyrocesso ... . .. 23
Figura 25: soprado - soprado
Fonte: http: ••www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagem_processo . .. 24
Figura 26: soprado - soprado
Fonte: http: ••www.saint-gobain-
embalagens.com.brldefault.asp?secao=embalagem_processo . . 24
Figura 27: Painel publico
Fonte: do autor . . . 28
Figura 28: Floratta in Golden
Fonte: www.oboticario.com.br . ..... 29
Figura 29: Floratta in blue
Fonte: www.oboticario.com.br . 29
Figura 30: Floratta in Rose
Fonte: www.oboticario.com.br . ...... 29
Figura 30: Fleur
Fonte: www.oboticario.com.br .. . 29
Figura 31: Blue Musk
Fonte: www.oboticario.com.br . . 29
Figura 32: Vert
Fonte: www.oboticario.com.br . ... 29
Figura 33: Lime
Fonte: www.oboticario.com.br .. . ..... 29
Figura 34: Quasar
Fonte: www.oboticario.com.br . . 29
Figura 35: Quasar Fire
Fonte: www.oboticario.com.br . .. .... 29
Figura 36: Marina de Bourbon
Fonte: www.mairaperfumes.com.br .. . ..... 30
Figura 37: Marina de Bourbon
Fonte: www.mairaperfumes.com.br . ...... 30
Figura 38: Arbo
Fonte: www.oboticario.com.br . . 30
Figura 39: Myriad
Fonte: lNWW.oboticario.com.br ,.. . 30
Figura 40: Quasar
Fonte: www.oboticario.com.br .. . . 31
Figura 41: Floratta
Fonte: www.oboticario.com.br . . 31
Figura 42: Femme
Fonte: www.oboticario.com.br .. . 31
Figura 43: Hypnose
Fonte: wwvv.mairaperiumes.com.br . . 32
Figura 44: Miracle
Fonte: www.mairaperiumes.com.br . . 32
Figura 45: J.Lo
Fonte: www.mairaperfumes.com.br . . 32
Figura 46: painel perfume 1
Fonte: do autor . . 34
Figura 47: painel perfume 2
Fonte: do autor . . 35
Figura 48: painel perfume 3
Fonte: do autor ... . 36
Figura 49: gera<;:ao da marca
Fonte: do autor . . 37
Figura 50: marca
F ante: do autor . . 38
Figura 51: gera<;:6es 2 frascos
Fonte: do autor . . 39
Figura 52: gera<;:6es 3 frascos
Fonte: do autor . . 40
Figura 53: desenho tecnico
Fonte: do autor . . 41
Figura 54: marca unica
Fonte: do autor . . 42
Figura 55: cores CMYK
Fonte: do autor . . 42
Figura 56: cores RGB
Fonte: do autor . 43
Figura 57: logotipo Unica
Fonte: do autor . . .. 43
Figura 58: grade de constru<;:ao
Fonte: do autor . . 43
Figura 59: area de prote<;:ao
Fonte: do autor . . 44
Figura 60: versao monocromatica
Fonte: do autor . . 44
Figura 61: versao sem volume
Fonte: do autor . . 44
Figura 62: versao logotipo
Fonte: do autor . . 45
Figura 63: redu<;:ao
Fonte: do autor . . 45
Figura 64: recomend8yoes
Fonte: do autor . . 45

xi
Figura 65: restri~6es
Fonte: do autor .. . 46
Figura 66: embalagem unica brisa
Fonte: do autor . . 47
Figura 67: embalagem unica golden
Fonte: do autor . . 48
Figura 68: embalagem unica fire
Fonte: do autor .. . 49
Figura 69: frascos unica brisa, golden, fire
Fonte: do autor . .. 50
Figura 70: displays unica brisa, golden, fire
Fonte: do autor . .. 51
Figura 71: folder unica brisa
Fonte: do autor . .. 52
Figura 72: folder unica golden
Fonte: do autor . .. 52
Figura 73: folder unica fire
Fonte: do autor .. . 53
Figura 74: camisetas Unica
Fonte: do autor . . 53
Figura 75: sacolas Unica
Fonte: do autor . .. 53

xii
Resumo

Este trabalho de gradu8g8o tern como objetivo mostrar a importancia do design num
projeto de embalagens de perfumes. 0 pertume e urn elemento essencial para a
mulher. Suas fragrancias sao compostas par flores, frutos, sementes, madeiras,
folhas e diversos recursos que a natureza oferec8. Para 0 perfume ser chamar a
atenc;:aodo consumidor, ele precisa diferenciar-se dos seus concorrentes atrav8S do
frasco, pec;a fundamental.

Palavras-chave: perfume, embalagem, frasco

xiii
Abstract

This work of graduation have the object show the importance of design in the project
perfume's packing. The perfume is an essential element to many women. Your
fragrance are consisting flowers, fruits, seeds, woods, leafs, different resourcers that
the nature offer and to the perfume attracy attention of consumer itself need
difference the other products through bottle object fundamental.

Key-words: perfume, packing, bottle.

xiv
Introduc;:ao

Este trabalho visa desenvolver frascos, embalagens e peyas promocionais para


perfumes femininos. Os tres de perfumes terao os mesmos frascos e a mesma
linguagem visual facada em cada perfume

o objetivo deste projeto e tornar 0 produto mais competitiv~ e reduzir as custos de


produgiio e trabalhar com 0 publico de forma diferenciada.

o publico sao mulheres a partir de 20 anos que apreciem perfumes e queiram ter urn
momenta especial tanto no trabalho, em casa au encontros.
Linha de Embalagens Unica

xvi
REVISAo BIBLlOGAAFICA

Historia do Perfume

o Perfume na Antiguidade
As primeiras referencias ao perfume remetem a Antiguidade orienta! e aD pavo perto
do Rio Nilo. Para os egipcios 0 perfume era 0 nectar dos deuses e com ele a alma
dos mortos podia ser tocada.

Na mumific8gao, 0 prepare egfpcio dos corpos para envia-Ios a eternidade, era


utilizado mirra, musgo de carvalho, resina de pinho e Qutros ingredientes com
propriedades antimicrobianas.

Cleopatra, simbolo da sedu9ao representa 0 apice do Egito na perfumaria.


Costumava banhar -S8 em 61eo dos mais bern selecionadas ervas. Em sua visita a
Roma, deixou urn rastra de rosas par ande passou.

Igual aos egipcios, as hindus tambem Gultuam a relagao de perfume e espirito. A


partir de 1.500 a.Ce introduzida a religiao vedica na india, ande suas oragoes sao
acompanhadas com perfume e suas palavras serao transportadas por um aroma
que alcangara os deuses.

Em 560 a. C surge 0 budismo, estimulando banhos e rituais de limpeza e purificagao;


61eos e pomadas finalizavam 0 processo. 0 uso dos aromas continuou a cada
religiao e na cultura indiana. Identificar odores fortes faz parte da Kama-Sutra. 0 uso
de fragrantes balsamos nos rituais de banho e na sedugao e apontado como 0
caminho de encontro das almas dos amantes com os deuses.

A cultura islamica tem um papel fundamental no campo dos perfumes. As


fragrancias faziam parte desta cultura, notavelmente por seus conceitos de higiene e
pelo cultivo dos prazeres nos sentidos. Em casas, palacios e nas tendas queimava-
se incensos que nao faltavam em comemoragoes.

Os arabes criaram ate um frasco especial (gulabdan) para vaporizar a agua de rosas
nos convidados durante as festas. Segundo a lenda islamica, a rosa foi criada a
partir de uma gota de suor do profeta Maome. Mas nao s6 a rosa tinha significado
especial para os arabes. Narcisos, violetas, tulipas, jasmins e flo res de laranjeiras
eram cultivados em jardins para a pratica de meditagao.

Embora modesta se comparada a contribuigao de outras civilizagoes na Antiguidade,


a perfumaria entre os povos do leste asiatico tem que ser mencionada. as chineses
contribufram para a perfumaria alem do campo dos cheiros. A porcelana
incrementou 0 comercio dos 61eos essenciais, ela permitiu aquecer altas
temperaturas e extrair 0 alcool etfltco do vinho (pelo resfriamento do concentrado em
agua fria).
Tanto na China quanta no Japao, arvores, plantas, flores e aromas entram na receita
de equilibrio de jardins e de ambientes. Atualmente conhecido, 0 Feng Shui,
disciplina que estuda maneiras de harmonizar os espa90s de modo a tirar proveito
de energias positivas e neutralizar as negativas.

Os japoneses habituados a adaptar e aperfeiyoar tudo 0 que importavam,


transformaram muitas fragrancias originarias da China. Assim como a cerimonia do
cha, criaram um ritual para apreciaC;;ao do incenso. Trata-se do Koh-do. Os
japoneses tambem criaram uma linguagem escrita espedfica para aroma. Sao 54
ideogramas que representam combinac;oes de cheiros e temas evocativos das
esta96es.

A apreciagao dos aromas e tao intensa, que criaram habitos e embalagens para
cultiva-Ios. Ao ser vestido 0 quimono recebia saches com 61eos e p6s-aromaticos. As
mulheres usavam uma touca perfumada para quando acordar seus cabelos
ficassem perfumados.

Os gregos tambam apreciavam incensos e f6rmulas aromaticas para atrair a ateng80


dos deuses. Por volta de 800 a. C as cidades de Atenas e Corinto jil exportavam
oleos de flores e de plantas. Temperos e condimentos tambem desempenhavam
papel importante na vida religiosa e cotidiana dos gregos. Homens e rnulheres
utilizavam substancias perfumadas para higiene e prazer. Os gregos aplicavam
perfume antes e ap6s das refeigoes e usavam patalas moidas para sofisticar
receitas.

Na mesma apoca que os gregos e fenicios se expandiam em colonias na peninsula


iberica, os etruscos se instalaram na regiao, fundando varias cidades, entre elas
Roma. Os etruscos desenvolveram uma cultura fragrante na Italia central. Os
periumistas produziam 61eos com plantas mediterraneas, como a murta e 0 pinho, e
empregavam resinas em suas f6rmulas.

Sob a influencia da Gracia e do Oriente, 0 mundo romano adquiriu conhecimento


desta arte em todas as formas: rituais religiosos, praticas funerarias 8 habitos do
cotidiano.

Na Roma imperial, as perfumistas vendiam unguentos 8m jarros ceramicos 8


perfumes em frascos de vidros. Os italianos queriam frascos mais sofisticados e
tornaram-se mestres do vidro soprado. No seculo III, Roma tornou-se a capital do
banho. Mais de 100 casa de banho eram encontradas na cidades, nelas haviam
diferentes tipos de banho: frio, morno, quente e massagens.

Ate hoje Roma evoca rosa. As rosas enfeitavam ruas e casas e corpos eram
perfumados por elas.

8aseado nos dados do Livro Brasil Essencia, abaixo est§o algumas datas
importantes da historia do perfume:

4.000 a.C - Fim do periodo neolitico e inicio da Antiguidade.


3.000 a. C - 0 processo de mumifica""o e praticado e ha os primeiros vestigios da
existencia do vidro, tanto par egipcios quanta par fenicios, no Oriente Media.

2.000 a.C - Livro Assirio das Ervas registra matarias-primas odorfferas, e escrituras
sabre medicina chinesa abordam elementos aromaticos.

1.800 a.C - A macera9ao e utilizada na Mesopotamia.

1.500 a.C - Primeiros recipientes elaborados para perfumes surgem no Egito e na


Assiria.

1.400 a. C - A fabrica""o do vidro e praticada na Asia Ocidental.

950 a. C - Rei Salomao escreve 0 Cantico dos Canticos.

800 a. C - Atenas e Corinto, na Grecia, exportam 61eos aromaticos.

750 a.C - Funda9ao de Roma.

650 a.C - Babil6nia torna-S8 centro comercial de especiarias e perfume.

500 a.C - Encontrado em Sidon metodo de fabrica9ao de frascos por moldes.

330 a.C - Teofrasto escreve 0 primeiro tratado sabre cheiras.

100 a. C - Rota da Seda dissemina especiarias, e he§: varios estudos importantes


sabre plantas e aromas.

50 a.C - Os SiriDS desenvolvem a tecnica de insuflagaa de vidro, inventanda a


cachimba da insuflag8a.

Ana ZERO - Aa nascer, Cristo, recebe incenso e mirra de presente.

50 d. C - Romanos aperfei90aram a arte de fabrica9ao do vidro e importam


toneladas de incensa e mirra no primeira secul0 da era crista.

100 d.C - Periodo romano de difusao de tecnologia e cultura na fabrica""o do vidro.

250 d.C - Alquimistas desenvolvem as primeiras destilarias em Alexandria.

476 d.C - Queda de Roma.

o Perfume na Europa
Com a queda de Roma, a perfumaria adormeceu no Ocidente. A igreja candenau a
usa de incensos e perfumes, que eram considerados acess6rios da luxuria. Mais
tarde algumas igrejas renderam-se a arte das aromas.
Com as cruzadas, houve um intercambio cultural, fusao do conhecimento oriental
com a helen is mo. Os arabes espalharam seu conhecimento e criaram a pedra
filosofal e a elixir da vida e da juventude.

Em 1320 os italianos aperfeigoaram a destilagao do alcoo!. Maravilhados com as


resultados, criaram as aguas esplendidas, ou seja, os primeiros perfumes.

Ap6s esta descoberta, 0 perfume comegou a ser comercializado. Com isso as


tecnicas de produgao de perfume difundiram-se por toda Europa. A paixao par
perfumes era tanta que eles nao se limitavam s6 aos cuidados corporais, eram
utilizados tambem para perfumar ambientes, aromatizadores e eram usados para a
protegao contra doengas.

A maioria dos perfumes do seculo XVIII tinha uma nota de jasmim, ambar e oleos
essenciais de varias flares. Os ingredientes variavam de substancias animais e
vegetais, tais como sandalo, alecrim, rosa, lavanda, etc.

Na Franga, Grasse e Paris, duas cidades complementares da perfumaria, foram


ganhando reputagao a produgao de perfumes de alto padrao. 0 perfume feito de
forma artesanal tinha sua f6rmula social como parte dos luxos diarios de toda
mulher, encantando a alta burguesia com doces fragrancias e frascos charmosos.

o romantismo se alimentava de fragrancias suaves, deixando em alta as aromas


florais e doces, por outro lado um novo universo caminhava para as aromas cada
vez mais fortes.

o perfume no Brasil - terra de aromas


As primeiras amostras da fertilidade brasileira foram os troncos de pau-brasil, de
cerne avermelhado. A madeira acabou dando nome ao territ6rio - primeiro Vera
Cruz e Santa Cruz, depois Terra dos Brasis e final mente Brasil: uma nagao com
nome de arvore.

Os viajantes estrangeiros encantaram-se pela nao exploragao da materia - prima e


pelas lindas indias. Os indios (nativos) por sua vez nao acreditaram que eles viam
de tao longe buscar seu "arabutan".

Em 22 de abril de 1500, Pedro Alvares Cabral encontrou gente boa e inocente


andando nus naquele territorio coberto de matas verdes e com rios de aguas
cristalizadas. A coroa portuguesa queria muito 0 territorio das terras inexploradas
que raviam de tudo - terra, gente, animais, preciosidades ... Os portugueses que
chegaram se se admiravam com a floresta trapicais, dotadas de cheiras e cores de
um paraiso de sentidos.

Seus corpos nus, branzeados recebiam pinturas no lugar de roupas. Essas pinturas
eram c6digos socia is que facilitavam a comunicaC;ao entre as tribes. Os natives
tin ham consciencia da importancia das riquezas da sua terra e de seus recurses
como fonte de vida.
Em 1616, quando iniciou a ocupagao na Amazonia, a extrativismo vegetal atraiu
milhares de estrangeiros interessados nas "drogas do sertao", como a urucum e
guarana.

( ... ) Tern bons rostos e bons narizes, bern feitos. Andam nus, sem nenhuma
cobertura. Neo fazem caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas - e 0 fazem
com tanta inocencia como mostrar 0 rosto. (... ) Contemplamos tres ou quatro
moyas, bem moyas, bem gentis, com cabelos muito pretos e muito
compridos. Suas vergonhas eram tao altas e tao limpas de pelos que, de n6s
tanto as olhannos, passamos a nao ler vergonha alguma. ( ... ) Era tao bem
feila, tao redonda, e sua vergonha tao graciosa, que a muilas mulheres da
nossa terra, vendo lais feicaes, causaria vergonha par nao terem as suas
como a dela.

(Da carta de Pero Vaz de Caminha, Renala Ashcar, Brasil Essencia)

Notas de saida: tropicalidade pura


Oesde a descobrimento foram registradas praticas odoriferas que se manifestam ate
hoje, que sao para cultura os deuses, delimitar espac;os, discemir bans ou rna us
alimentos e determinar hierarquias. Flores, folhas, ervas e resinas preparam 0 corpo
para a guerra, caga ou para a amor. Tambem marcam 0 nascimento, puberdade,
casamento e marie.

Outro choque cultural entre colonizados e colonizadores diz a respeito a agua. Para
as indios, a agua sempre foi sagrada, provedora de alimentos e pureza. Os banhos
diarios eram associ ados agarantia de saude e nao de higiene.

Muitas plantas e ervas usadas pel os indios como medicamentos tinham resultados
surpreendentes. Eram recolhidos venenos naturais para eagar, pescar e guerrear,
mas e na area de saude que seu conhecimento destaca-se: chas, banhos e
incensos de ervas aromaticas perfumam 0 Brasil de hoje, curando nao sO males do
corpo, mas da alma tambem.

Os portugueses ficaram com urn pedac;o da terra do mundo onde a natureza e


exuberante, rica em metais e pedras preciosas. Urn paraiso repleto de matas
virgens, de gente inocente e de lindas mulheres. Comec;ava a nascer urn pava
rniscigenada. Estavam lan-;:adas as sementes da cultura brasileira.

( ... ) Alem, muito alem daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu
Iracema. Iracema, a virgem dos labios de mel, que tinha cabelos mais negros
que a asa da grauna e mais longos que seu lalhe de palmeira. 0 favo do jati
nao era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como
seu Mlito pertumado ( ) A noresta destila suave fragrancia e exalava
arpejos harmoniosos ( ) Qualro luas tinham aluminado 0 ceu depois que
lracema deixava os campos do lpu; e tres depois que ela habitava nas praias
do mar a cabana do seu esposo. A aJegria morava em sua alma (... ) Como
colibri borboletando entre as flores da acacia, ela discorria as amen as
campinas. A luz da manM ja encontrava suspensa ao ombro do esposo e
sorrindo, como a enredil):a que entreJal):a 0 tronco robusto e todas as manMs
o coroa de nova grinalda ( ... ) Era a hora do banho da manha; atirava-se a
agua e nadava com as garyas brancas e as vennelhas jayanas ( ... ) Ali
cresciam na frescura e na sombra as frutas mais saborosas de todo 0 pais
(... ) Martim banhou-se na agua do rio e passeou na praia para secar 0 corpo
ao vento e ao sol. Ao seu lado is Jracema e apanhava 0 ambar amarelo que 0
mar arrojava. Todas as noites a esposa perfumava seu corpo e a alva fede,
para que 0 amor do guerreiro deilasse neJa.

( Jose de Alencar, Iracema.)

Notas de corpo: mosaico fascinante


A mistura fascinante de culturas e religioes deu corpo ao buque chamado Brasil. Dos
imigrantes, 0 Brasil absorveu seus habitos e crengas, transformando-os em sua
essencia vital.

Diferentes povos e diferentes origens desenvolveram suas culturas. Os negros, que


eram escravizados, contribuiram bastante na cultura e religi80. Com muita danc;a,
musica e ervas perfumadas nasciam os mestic;os de branco com indio.

Nas cerim6nias afro-brasileiras, adores ajudam na comunicaC;80 com os espiritos: a


queima de incensos e ervas preparava sua chegada.

Foi na Bahia que as crenc;as africanas fincaram suas raizes. Alem de oferecer urn
espetaculo em fragrancia, a Bahia exalava cheiros inigualaveis.

Ainda depois de 5 seculos 0 povo do Brasil transpira cultura.

Notas de lunda: lesta e Ie


A Fe e 0 elemento rna is importante, comp6em urn acorde doce e poderoso. No
Brasil he uma busca peta felicidade. Atraves da crenc;a, orac;6es e musica os
brasileiros celebram a liturgia.

Em cada celebral'ao durante as 500 anos sempre estava presente alma popular.a
Em Ouro Preto, Minas Gerais as ruas sao cobertas par desenhos feitos com
serragem representando simbolos sagrados.

As festas juninas tornaram-se tradiy80 e espalharam-se por todo 0 Brasil, saudando


as santos: Santo Antonio, Sao Pedro e Sao Joao. Vidros especiais de perfumes sao
encontrados junto aos orat6rios nas pequenas cidades do interior do pais, como
oferenda aos santos e anjos guardi6es da casa. Muitos homenageiam a Padre
Cicero, elevado ao povo a
categoria de santo.

Na regiao Norte podem ser encontradas varias delicias como: frutas, peixes,
condimentos, raizes, fothas, 61eos da floresta amaz6nica e remedios para todos as
males. A vida gira em torno do rio Amazonas. Ern suas pequenas profundezas vive a
boto cor-de-rosa, que surge na forma de urn rapaz para seduzir as mulheres.

No comec;o do secula XX, no carnaval alem de serpentina e confetes foi introduzido


a lanl'8-perfume. Em 1965 loi proibido par entusiasmar demais as folioes.

a Brasil e um pais com tanta beleza, tanta praia e natureza, que deve ser mantida
com cui dado. Urn pais que e movido a
beleza e sensualidade das mutatas, da ginga
e das formas. Nao h<i problema que resista a tanta energia.
Anatomia do Perfume
o aroma traz diferentes associac;6es. Relacionamos 0 aroma com a perda de
alguma pessoa, urn momento feliz ou fazemos relac;:aocom vinculos sociais: 0 filho
reconhece a mae pelo cheiro.

A criag80 de perfumes e
considerada urna arte e qualquer forma de arte exige
inspirac;ao, harmonia, misterio e sensibilidade. 0 artista tern 0 poder de despertar 0
sonho.

Na perfumaria cada aroma s chamado de nota e blend (mistura) de acordes ou


harmonia da fragrancia. As notas musicais sao objetivas, denominadas sinais
impressos. Na perfumaria, as notas estao no af - saida, corpo e funde.

Notas de saida: impressao inicial. Notas leves, que "escapam do frasco", Sao notas
ffescas como Iimao, laranja, bergamota, lavanda, pinho e eucalipto.

Notas de corpo: as notas expressam 0 principal tema da fragrancia. Os ingredientes


sao menDS volateis e evaporam mais devagar. Sao notas de flores, folhas e
especiarias.

Notas de fundo: garantem a fixagao da fragrancia. Ultimo acarde a ser percebido.


Pouco volateis, as ingredientes evaporam lentamente. Sao notas mais densas, como
resinas, madeira e origem animal.

Materia-Prima
Ha um seculo existiam 150 ingredientes para a elabora9ao de perfumes, haje sao
quase 1.000 extratos. Embera a fragrancia remeta a flor, as 61eos utilizados na
composi9ao de perfume sao de raizes, felhas, caules, sementes, frutos, resinas,
casca de arvores OU flores. Cabe ao perfumista ver as possibilidades de
cambina90es.

Produtos da Perfumaria
o concreto de uma ess€mcia e
obtido pela extrac;ao, com salventes, de varias partes
de uma planta. Ele contsm ceras que sao eliminadas par meio de do alcool, que da
solubilidade; 0 processo tambsm enfatiza a fragrancia. 0 produto resultante - 0
absoluto - apresenta grande pureza, e de altfssima qualidade e per isse e
muito
care.

Denomina~ao Concentracao da Fragrfmcia


Parfum extrato de perfumel. 15 a 35%
Eau de parfum 10a 18%
Eau de Toilette aQua de toalete) 5a 10%
Eau de Colegne agua de colonia 3a5%
Splash ate 3%
Tabela 1

Substancias Vegetais
A flor e a principal fonte inspirac;ao para os perfumistas. Mas existem outras
substancias vegetais que resultam em 61eos essenciais. Estes sao: raizes e rizomas,
o patchuli, musgos e madeiras de arvores, ervas aromaticas (noz-moscada, canela,
baunilha, anis, pimenla ... ), graos e as frutas.

Algumas flares utilizadas:

Rosas: 5.000 variedades. As rosas mais utilizadas sao: Rosa de Grasse e Rosa da
Turquia.

Jasmim: Planta nativa da Persia. Os Jasmins rna is utilizados sao: Jasminum


Officina Ie, Jasminum Sambac e Gardenia Jasminoides.

Tuberosa: Esta flor ja foi proibida aos jovens, pais poderiam intoxicar-se. Seu cheiro
e embriagante e extrac;ao muito cara.

lIangue-llangue: Planta origin,;ria da india, Indonesia, Filipinas e Madagascar.


Simbol0 afrodisiaco que cobre a cama nas noites de nupcias.

Flor de laranjeira: simbolo da virgindade. As flares receberam 0 nome da princesa


Nerola.

Substancias Animais
Os aromas de origem animal (musk, civette, ambergris e castoreum) sao
responsaveis pel as notas de fundo do perfume, au seja, funcionam como excelentes
fixadores.

Musk: pertencente ao genera Moschus, 0 Moschus mochusferus, ou almiscareiro e


uma criatura agressiva que marca seu territ6rio por meio de secrec;oes. 00
almiscareiro aproveita-se a secrec;ao odorifera produzida par uma glandula
abdominal; a morte do animal e inevitavel para a remoc;c3o da gla.ndula.

Civette: a civetta ou gato-de-algalia, e


urn animal do tamanho de uma raposa. Oeste
gato e util uma glandula, proxima aos genitais. Seu odor da lugar a nota de long a
dura,ao.

Ambergris: material solido excretado pel a baleia cahote (Physeler caleden) e usado
como fixador. Acredita-se que grandes cefal6podes (como a sepia ou a lula) quando
engolidos pela baleia, irritam 0 revestimento interne do estomago, que se defende
produzindo uma pasta de grumos.

Castoreum: conhecido como castor, ele oferece uma substancia odorifera secretada
par glandula, que serve para engordurar a pele. 0 castoreum e excelente fixador e e
encontrado em fragrancia orientais do tipo chipre e masculinas.

Metodos de Extra9iio
Sao sete os metodos de extrac;ao de materias-primas para perfumaria. Os mais
antigos sao a enfloragem (enfleurage), utilizada para processar flares sensiveis ao
calor; e a maceraC;Bo, semelhante a
enfloragem, mas com aquecimento. Os outros:
esmagamento especifico para citricos; tres tipos de destila9iio (a vapor, a vapor
seco e fracionada), usados nos mais variados tipos de flares e folhas; e em solvente
quimico, usado para varias partes de plantas e flores.

Enfioragem
Baseia-se na mistura de 61eos essen cia is com a gordura. Usado em plantas
delicadas como jasmim e tuberosa. As flores sao colocadas em molduras cobertas
com gordura inodora, que absorve a fragrancia das flores. As flores vao sendo
substituidas a cada 24 horas.

Estas imagens mostrarao daramente como e


leito 0 processo de enfloragem. As
flares utilizadas sao os lirios. Este processo foi feito para 0 peliume Lily Essence do
o Boticario.

Fig. 08: processo de enfloragem Fig. 09: lavagem Fig. 10: purifica9io
Maceragao
Processo similar a enfloragem, mas na fase final a po mad a saturada de fragrancia e
aquecida. Usado em flores como rosa e flor de laranjeira, que nao produzem depois
de colhidas.

Extra<;80 de citricos
A casca das frutas citricas sao esmagadas e arranhadas. 0 g05tO amargo da polpa
da fruta apresenta notas que geralmente aparecem no aroma final de alguns 61eos
de frutas citricas.

Oestila<;80 a vapor
Executada em alambiques e
urn dos mais simples e antigos processos de extra<;;ao.
o material odorifero pode ser separado com vapor. A mistura do 61eo da planta e do
vapor S8 condensa e e
coletada num frasco.

Destila<;;80 a vapor seeo


As plantas sao colocadas numa grelha que recebe jatos de vapor superaquecido. As
particulas de 61eo sao vaporizadas e depois condensadas em serpentina refrigerada.
o e
61eo essen cia I coletado como no metodo anterior.

Solvente volatil
A 8xtra<;;ao por meio de solventes quimicos permite a obten9Eto de substancias de
varias partes da planta como bel6es e folhas frescas. Os solventes utilizados devem
ser puros para nao haver residuos apos a evaporay:ao. As plantas sao colocadas no
extrator e passam por uma serie de lavagens com solventes. A mistura de extrato e
solvente e
concentrada e parcial mente destilada. 0 produto final e
concreto.

Classifica~ao Olfativa
Perfume e emoc;ao estao ligados. Conceitos subjetivos podem definir uma fragrancia
como dace, amarga, seca romantica, fresca, forte, sensual, radiante e intensa.
Porem a forma mais adequada de descrever urn perfume segue criterios objetivos
que exigem certo conhecimento tecnico.

Familias Femininas
As familias femininas sao classificadas em:

Floral: verde, frutal, fresco, floral, aldeidico, doce.

Oriental: ambarado, especiado.

Chipre: frutal, animal, amadeirado, fresco, verde.

Lavanda: fresca, almiscarada.

Familias Masculinas
Fougere: fresco, amadeirado e ambarado.

Oriental: Especiado e ambarado.

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Chipre: amadeirado, couro, conffero, fresco e cftrico.

Logo abaixo e possivel conferir suas classificayoes de cada familia olfativa.

Familia feminina
Floral
Aqui se reune a maior concentrayao de perfumes femininos. A combina<;8o de varias
flares num mesmo perfume surgiu entre as decadas de 30 e 40.

Floral Verde: fragrancias com caracteristicas de frescor verde em harmonia com a


composiyao floral.

Floral Frutal: desenvolvido na decada de 70. Os temas utilizados, combinados com


os buques florais sao: cassis, abacaxi, damasco, passego ou ma<;a.

Floral Fresco: temas leves, suaves e primaveris. Apresenta toques de bergamota ou


oulros componentes cftricos. Englobam as aguas de colonia puras e leves, como as
que combinam jasmim com herbais frescos.

Floral Floral: rosa e jasmim sao temas nas cria<;oes e outras flores como ilangue-
ilangue, narciso, tuberosa, Iris e cravo.

Floral Aldeidico: comb ina buques fiorais realyados pela adiyao de aldeidos.

Floral Dace: Intensa direyao olfativa, originada no inicio do seculo XX. Tambem
chamada de florientaL Alguns perfumes pertencentes a
familia: L'Origan, L'Heure
Bleue, Poison entre oulros.

Oriental
Sua introduyao fOI feita no infcio do sEkulo XX. Ricos e quentes sao almiscarados ou
especiados, traduzindo volupia e exotismo.

Oriental arnbarado: tambem chamado de oriental doce, essa categoria tern urn toque
sulil de frescor. Contrastado com sua base de especiarias como baunilha e outros
elementos doces.

Oriental especiado: ingredientes como 0 cravo - noz moscada e canela. Sao


combinados com madeira ou com elementos animais. Pode aparecer acordes
florais.

Chipre
Notas citricas de bergamota com um fundo de musgo carvalho, patchuli e outras
madeiras.

Chipre Frutal: caracterizado por acentos frulais, semelhantes ao aroma de pessego,


garantem a tenacidade da fragrancia.

11
Chipre Animal: os componentes animais transmitem uma tenacidade ainda maior
para a feminilidade. Ainda nao ganhou versoes brasileiras.

Chipre Amadeirado: a caracteristicas mais marcantes e 0 forte acento do patchuli.


Chipre Fresco: 6de Lancome, Diorella de Christian Dior.

Chipre Verde: composigoes com acentuados acordes verdes caracterizados por


herbacios ou suaves variagoes de acordes florais.

Lavanda
Familia olfativa particularmente masculina, mas no Brasil e uma preferencia
feminina. Lavanda e sinonimo de alfazema - nome que batiza varios frescos.

Lavanda Fresca: caracterizada por seu frescor e leveza, representa uma nota de
lavanda quase pura.

Lavanda Almiscarada: dentro do conceito agua de colonia sua personalidade


encontra-se no frescor de notas de lavanda persistente notas de fundo
almiscaradas.

Familia masculina
Fougere
Esta familia olfativa e baseada entre de lavanda e notas de musgo de carvalho e
cumarina.

Fougere fresco: 0 frescor da lavanda e dominante no grupo, marcados por variagoes


sabre a nota de fougere.

Fourgere amadeirado: esta categoria combina notas fougere com notas mais
quentes, vindas de elementos de madeiras. Ha 0 equilibria entre notas de saida e
notas de base.

Fourgere ambarado: Encontrado normalmente no mercado americana, esta


subcategoria tem um leve toque oriental.

Oriental
Pode-se encontrar notas espedadas, algumas doces e outras fortes. 0 conceito
oriental nas fragrElnciasmasculinas e recente; nao existe nenhum representante aqui
no Brasil.

Oriental especiado: compreende as aguas de colonia. As fragrancias que


representam este conceito sao: Old Spice e Opium Pour Homme.

Oriental ambarado: engloba perfumes doces para hom ens e as derivados


masculinos que vieram das fragrancias femininas do tipo oriental. Essa criagao e
dada pelos nuances doces, como 0 mel sabre 0 fundo de baunilha.

Chipre
Combinag8o entre notas cftricas em contraste com 0 musgo de carvalho e patchulli.

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Chipre amadeirado: nesta variayao as influencias se devem a tres 61eos essenciais
amadeirados, sandalo, patchulli e vertiver.

Chipre couro: ainda nao existem representantes no Brasil, mas os perfumes que
representam esta subcategaria sao: Aramis, Gucci Pour Homme e P610.

Chipre Conifero: classificaC;80botanica de arvores como 0 pinheiro. Forte conotaC;80


natural dando enfase a urn aeento espartivo.

Chi pre Fresco: frescor realc;adoem nuances de grandes impacto. Musgo e


elementos amadeirados garantem a tenacidade das notas de fundo. Exemplares:
Armani Pour Homme, Kenzo Pour Homme, Hugo ( Hugo Boss), Ck One.

Chipre citrico: sempre usado como agua de toalete. Com 0 passar do tempo 0
objetivo era tomar a fixa9ao mais persistente. Exemplares: Eua de Cologne
Imperiale, Eau Sauvage, entre outros.

o futuro do perfume
Na industria brasileira de perfumaria e cosmetica dedica-se a criac;ao de produtos
inovadores. 0 Brasil, conhecido como" 0 gigante deitado em ber90 eSpIElndido", que
acaba de completar SODanos anima-se ao ver suas perspectivas na perfumaria e
sua riqueza da biodiversidade local.

Quinto pais em extensao territorial, 0 Brasil tern mais de 8,5 milh6es de quilometros,
16 mil quil6metros de fronteiras para a America do Sui e 7 mil qUil6metros de litoral.
Urn pais que pode ser descrito como uma verdadeira aventura de sentidos: 0 cheiro
da mata, 0 sabor das frutas, 0 sol, os sons dos bichos e a visao de azuis e verdes
mares.

A floresta e uma verdadeira celebray80 a vida, que abriga um universo vivo.

De acordo com as pesquisa da Conservation Internacional ( organiza9ao nao


governamental) 0 Brasil e 0 pais com maior diversidade biol6gica no mundo,
concentrando 23 por cento do total das especies do planeta. E surpreendente, que
em meio de toda essa riqueza tenham merecido estudos apenas 5 por cento da flora
mundial e apenas 1 par cento seja utilizado como materia-prima.

o ria Amazonas comanda a vida da regiao, percorrendo da nascente ate a foz,


quase 700 quil6metros, com largura entre 2 a 30 quil6metros. Com a maior vaz80 de
agua do planeta, movimenta por ano 800 milh6es de toneladas de sedimentos (terra,
minerios e materia-organica).

A reg lao Amaz6nica e uma farmacia natural, que tern grande potencial de principios
ativos para novas invenc;oes. Esta farmacia desvendada pel os nativos possui
remedios como 0 quinino, que trata a malaria, a vincristina e a vimblastina, drogas
mais recentes para 0 cancer, folhas de jaborandi sao usadas como coltrio contra 0
glaucoma grac;as ao ingrediente pilocarpina.

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A tarefa dos perfumistas baseia-se numa mistura de ingredientes capaz de criar
imagens impalpaveis em uma nova fragrancia. Cada etemento encontrado e
classificado em familia, genera e especie anatisando quimicamente.

a perfume tera ainda uma longa hist6ria, com descobertas de novas fragrancias,
odores e materia-prima. S6 basta saber desfrutar destas maravilhas que 0 Brasil tern
a oferecer.

Historia do Papel
o papiro comel'ou a ser utilizado para a escrita de simbolos egipcios em 2.200 a.C.
Na china em 1.100 a.C era normal registrar curtas senten98s nos ossos dos mortos.
Acredita-se que isso tenha influenciado a escrita chinesa, por ela ser vertical e de
baixo para cima.

Segundo a maior parte dos historiadores, 0 papel so surge na Era crista. Em 105,
Ts'ai Lun, anunciou a invenc;ao de um sistema de fabrical'ao de papel. 0 processo
era cozinhar, bater e esmagar fios de arvores, fibras texteis e trapos, espalhando a
pasta numa peneira para secagem. Assim nascia a primeira folha de papel.

Esta tecnica se desfez em 761, quando os arabes atacaram a cidade de


Samarcanda, que integrava ao territorio Chines. Os arabes conheceram a tecnica e
leva ram para Bagda.

A arte do papel na Europa desenvolveu lentamente. As fabricas no territorio da Italia


foram as primeiras a utilizar a marca d'agua.

As Americas conhecem a fabricac;ao do papel em 1690, com a instala9ao de uma


fabrica na Filadelfia.

A celulose era obtida fermentando trapos de linho umedecidos durante 45 dias,


cozinhados, batidos, lavados e por final alvejados e levados ao sol.

A inven9ao da primeira maquina para fabricac;ao de papel e atribuida ao frances


Nicholas Louis Robert, mas a primeira maquina construlda sao pelos irmaos
Fourdriner.

Design de Embalagem
A industria no Brasil ve 0 design como fator decisive e muito importante para 0
sucesso de seus negocios. Segundo dados do livro Design de Embalagens - curso
basi co, 0 consumo de embalagens de vidro no Brasil e de 3 U$$ per capita.

Antigamente, a embalagem foi uma ferramenta importante para 0 desenvolvimento


das cidades. Ela protegia e transportava os produtos. Com 0 passar do tempo, a
embalagem foi tendo novas fun¢es, passou a expor, vender 0 produto e conquistar
o consumidor pelo seu visual.

Segundo Fabio Maestriner, 0 design compreende a atividade de desenhar ou


projetar para a industria, seguindo uma metodologia, a fungao que 0 produto final
tera. No design de embalagem a linguagem visual e 0 principal diferencial.

14
o design de embalagem compreende em:
• Tornar compreensivel 0 eonteudo e viabilizar a compra
• Agregar valor ao produlo, inlerfere na qualidade percebida e forma conceilo
sobre 0 fabricante elevando a imagem da marea.
• Uma ferramenta de marketing e instrumento de venda.

Linguagem Visual das Embalagens


Com a evolu~o do mercado e 0 crescimento da coneorrencia entre os produtos, a
embalagem lornou-se um falor de influencia e decisao de compra. Ap6s a Segunda
Guerra mundial surgiram os supermereados e a venda em sistema de auto-servigo
fez que as produtos eontivessem a informag8o necessaria para coneretizar a venda.

Os elemenlos basicos (selos, brasees, faixas, logolipos desenhados) das


embalagens antigas, ainda continuam nas embalagens atuais, mas em formas mais
modernas.

A constru9i!0 da linguagem visual das embalagens


A mane ira mais eficaz de identificar um prod uta e pelo seu envoltorio ou recipiente.
o design e 0 que permile diferenciar uma garrafa de champagne de uma garrafa de
coca-cola.

A navegag80 e 0 surgimento das primeiras empresas dedicadas ao comercio deram


grande impulsao a conslru9ao da linguagem da embalagem. Os lecidos ja Iraziam
rotulos com desenhos elaborados.

Em 1798, a inven9ao da maquina de fazer papel de Nicolas Lois Robert e a lilografia


popularizou 0 r6lulo. Alem da evolu9i!o dos r6lulos, a Revolu9i!o Induslrial
desenvolveu novas lecnologias de embalagem.

A primeira lala descarlavel foi invenlada por William Painler em 1885. A garrafa de
vidro da Coca-Cola foi invenlada em 1894. Alem de lalas e garrafas, 0 papel ja havia
se moldado nas formas de cartueho, caixinhas, estojos, saehes, etc.

No inicio do seculo XX, a industria de cosmetieos e perfumaria trazia para seus


produtos 0 estilo art noveau.

Nos anos 40, a embalagem recebeu urn novo elemento visual, 0 splash. Os
splashes eram elementos visuais ehamativos que mostravam os atributos do prod uta
nas embalagens. Com 0 fim da Segunda Guerra Mundial, surgiram os meios de
eomunieageo, televiseo e supermercados. Estes estabeleceram as padr6es visuais
da embalagem.

Nos anos 60, no auge da revolu9ao cullural da mulher, a Pop Art percebeu 0 poder e
a influencia da embalagem na vida dos consumidores.

De la ate os dias atuais, a desenvolvimento da linguagem seguiu as mesmos


caminhos da sociedade de consumo como um todo. Passou a absorver as grandes

15
avan<;os tecnol6gicos e a incorporar as conquistas realizadas pelo design e a
comunica<;ao visual.

Como 0 design de embalagem funciona


A embalagem precisa armazenar, proteger, transportar e expor 0 produto. Para 0
design e preciso focar na comunica<;ao e na utilizagEio da embalagem como
instrumento de venda.

Para 0 marketing, a embalagem e uma ferramenta poderosa, quando bem


conduzida pode tornar-se fator decisivo no ponto de venda. 1550acontece porque
ela e um item obrigatario do prod uta.

Consumidor e a embalagem
Para iniciar um projeto e fundamental conhecer 0 publico alvo do produto. A partir de
uma pesquisa a empresa tem ciencia dos habitos, necessidades e desejos dos
consumidores e direciona as suas decis6es. A importancia de um bom design esta
no fato dele agregar valor a cada etapa do processo, resultando numa boa
embalagem.

10 pontos chaves para 0 design de embalagem


1. Conhecer 0 produto
2. Conhecer 0 consumidor
3. Conhecer 0 mercado
4. Conhecer 0 concorrente
5. Conhecer os aspectos tecnicos da embalagem
6. Objetivos mercadol6gicos
7. Estrategia de design
8. Desenhar de forma consciente
9. Trabalhar integrado com a industria
10. Revisao final do projeto

Marketing e embalagem
o marketing e um grande aliado ao design, pois ele agrega valor ao projeto e
garante bons resultados. E um conhecimento importante para a elabora9E1o de um
projeto.

Sua origem veio no lim da Segunda Guerra Mundial (1930-1945), onde os paises
deixaram de concentrar sua produyao em armamentos para concentrar em bens de
consumo. Quando 0 consumidor determinou seu papel nas vendas, ele direcionou
as decis6es da industria.

Marketing e produyao constituem papeis importantes nos negacios. A produ<;ao


fornece aos consumidores produtos e serviyos desejados e 0 marketing identifica
esses desejos e cria desejos de con sumo.

Para conhecer melhor 0 mercado, concorrencia ou publico-alvo de qualquer produto


au servi<;o e fundamental uma pesquisa de mercado. Com a pesquisa e posslvel

16
identificar qual e 0 problema, direcionar a projeto, analisar dados de pesquisa e
mostrar qual linha ou estudos foi feito para 0 projeto.

Do ponto de vista do marketing, 0 design e urn aspecto importante que diferencia um


produto no mercado. Uma nova embalagem faz parte da estrategia de marketing de
um produto, pais ela age junto com a consumidor. Influencia 0 consumidor na
compra.

A embalagem envolve promogao e protegao do produto, tendo um importante papel


na estocagem, transporte e exposi9ao do produto. Ela a torna mais atraente ao
consumidor e facilita 0 manuseio e sua utilizacyao.Tambem a embalagem tern
capacidade de transformar produtos e criar 0 impulso de compra.

o ponto de venda e
importante para 0 marketing. Os elementos que contribuem para
a produtividade de um produto no ponto de venda sao: planejamento da loja, design,
disposic;aode mercadorias e a comunicac;aovisual.

Para a comunica9ao visual ser efetiva no marketing, ela deve considerar se a loja au
vitrine tern destaque e a diferencia dos concorrentes, se a consumidor consegue
localizar com facilidade 0 que procura e se no ponto de venda 0 consumidor e
motivado a comprar.

Historia do Vidro
A descoberta do vidro baseia-se numa lenda registrada par Plfnio. Esta lenda conta
que os navegantes fenicios estavam acendendo uma fogueira na areia da praia e
observavam 0 material que se formava entre as brasas.

A lenda pode ser verdadeira, porque 0 componente basico do vidro e


a areia (silica),
que se funde com uma substancia alcalina (soda) e cal (carbonato de sodio). A soda
era tirada de algas marinhas.

A tecnica mais antiga da fabrica<;aodo vidro e a vitrifica9ao por cozimento.

Nao se sabe quando come90u a fabrica9ao do vidro, mas segundo dados do livro 0
Vidro, e provavel que tenha sido entre 1567 a 1320 a. C. 0 exemplo desse periodo
sao frascos de perfume que lembram pequenos vasos de varios tipos.

A vitrificagao se fazia a partir da aplicagiio de pastas de vidro sobre objetos ja


moldados. 0 comercio maritima com a Fenicia popularizou a fabricac;ao de vidro. 0
vidro egipcio continuou a ser feito nos perfodos helenfsticos e romanos.

Oriente Medio
o acontecimento decisivo na historia do vidro foi 0 desenvolvimento da tecnica de
insuflac;aoe novas tecnicas apareceram, deixando 0 vidro incolor e transparente.

Apos urn tempo, surgiu um novo metodo. 0 vidro era soprado dentro de moldes.

17
o vidro no Imperio Romano
Com a extensao do imperio Romano, a industria do vidro entrou em nova fase. No
norte da Italia havia uma vidraria.

o Oriente Media, a Fenicia, a Grecia, e a Macedonia embora continuassem a


produzir vidro, os vidros remanos estavam afrente em questao de qualidade.

Os ramanos dividiam a vidro em dais grupos: finalidade estetica e utensllios


funcionais. Na primeira categaria, as tac;as eram elegantes, de cores vivas e com
fundo transparente.

Oesde os seculos I e II entrou numa nova fase. A qualidade do vidro baixou por
razoes econ6micas. Por volta do seculo II e III 0 vidro era mais leve e mais barato.
Os utensilios de vidro dessa epoca tinham detalhes interessantes, lados ondulados,
fin~s, sem pes e formas conicas.

o vidro romano e paleocristao


A prodw;:ao de vidro cantinuou ap6s a desintegrac;ao do Imperio romano, mas
comec;ou a exibir variac;6es de outras regr6es.

A decorac;ao em relevo e a gravac;ao eram encantradas em tac;as e copos. Os


objetos de vidro costumavam conter inscric;6es, trac;os grossos, emblemas
estilizados e simbolos cristaos.

o vidro islamico
A produgao isliimica do vidro adquiriu importancia entre 750 a 1258. 0 vidro chegou
a ter 0 mesmo valor dos cristais e pedras preciosas.

A imitac;ao de pedras preciosas era comum na arte islamica e foram recebidas no


Ocidente como obras de grande beleza.

As decorac;6es vitrificadas eram feitas em cores vivas e sabre fundo transparente e


representam, por exemplo, batalhas e cortejos militares.

o vidro chines
A maioria dos vidros encontrados na China e de origem acid ental. Durante a dinastia
Ham (206 a.C - 220 d.C) era usado como urn substituto mais barato do jade em
estatuas de pequenos animais.

Acredita-se que a tecnica de sapro fai introduzida pelos europeus no secula V, mas
a produc;aa chinesa parece ter ficado restrita a imitac;6es de desenhos do Ocidente
au a c6pias de artigos que eram feitos de ceramiC8 au pedra.

o vidro na Europa Ocidental


o vidro na idade media inicial era mais para a usa cotidiano do que objeto de arte.
Uma razao para essa tendencia foi 0 desenvolvimento da produC;ao de vinho, onde 0
vidra era usado para fazer garrafas e tac;as. Esse vidro era impure, de cor verde e
azul.

18
No seculo XIII e XIV a vidraria italiana come90u a influenciar a produ9ao de vidro na
Fran9a, Alemanha, Inglaterra e Espanha. A qualidade do vidro melhorou muito.
Havia objetos utilitarios e vitrais. Os vitrais eram processos parecidos com 0 da
vitrifica~o romana: pequenos peda90s de vidro eram colocados lado a lado, em
estrutura de ferro e depois moldados e pintados sob altas temperaturas.

o vidro no Brasil
1624/35 A hist6ria da industria do vidro no Brasil iniciou-se com as invas6es
holandesas (1624/35), em Olinda e Recife (PE). A oficina fabricava
vidros para janelas, copos e frascos. Com a saida dos holandeses a
fabrica fechou. Todo 0 vidro pas sou a ser importado de Portugal e
posteriormente da Europa e das colonias inglesas.

1810 0 vidro voltou a entrar no mapa econ6mico do pars, 0 portugues


Francisco Ignacio da Siqueira Nobre recebeu carta regia autorizando a
instalayao de urna industria de vidro no Brasil. A fabrica instal ada na
Bahia produzia vidros Ii 50S, de cristal branco, frascos, garraf6es e
garrafas.

1861 A industria vidreira brasileira apresenta as seus produtos na exposiC;ao


nacional na Escola Central, no largo Sao Francisco, no Rio de Janeiro.

1875 Urn alemao da Renania, Conrado Sorgenicht estabeleceu em Sao


Paulo, uma oficina para fabricaC;ao de vitrais, as primeiros fabricados
no Brasil.

1878 Francisco Antonio Esberard funda a fabrica de Vidros e Cristais do


Brasil, em Sao Cristovao (RJ). A f"brica trabalhava com quatro grandes
fornos e tres menores, e com maquinas a vapor e eletrica. A fabrica de
Vidro Esberard, esteve ativa ate 1940.

1895 Em 1895, foi fundada em Sao Paulo a Vidraria Santa Marina, hoje urn
dos grandes grupos industriais do pars.

1960 Em 1960, a grupo Santa Marina se associou a industria francesa, e 0


grupo Saint-Gobain passou a ser seu acionista majoritario.

1978 Da Gra-Bretanha veio 0 grupo Pilkington, que em 1978 adquiriu a


Providro, fabrica de vidro laminado e a Blindex.

Hoje, mais de 200 empresas produzem vidro no Brasil, 24 das quais


integralmente automatizadas, atendendo aos mercados interno e
externo.

Fabricantes de frascos de vidro no Brasil


Como existem mais de 200 empresas que produzem vidro e objetos de vidro, as
empresas que possuem uma boa qualidade em seus produtos sao Wheaton do
Brasil, Vidraria Anchieta, Saint-Gobain, DuPont.

19
Esta qualidade se comprova pela carteira de clientes como 0 Boticario, Natura,
Avon, entre outras.

Composieao do Vidro
o vidro e urn material duro, tragil e transparente. Apesar de S8 comportar como
solido e um liquido resfriado. 0 vidro obtem-se por fusao em torno de 1.250 de
dioxido de silicio (Si02), carbonato de sodio (Na2C03) e carbonato de calcio
(CaC03). A manipula9ao do vidro so e possivel enquanto esta fundido e quente.

Processo de fabricaCao do frasco de vidro


Informa90es retiradas do site da Industria Saint-Gobain. Processo de fabrica9ao
classificado como "prensado-soprado" de um pote de vidro.

1. Carregamento: a gota de vidro chega dentro do pre-molde e se deposita


sabre urn pino de prensagem.

2. Prensagem: 0 vidro, prensado contra 0 pre-molde, e


forc;ado a escoar entre 0
pino de prensagem e as paredes do pre-molde ate a forma9iio do gargalo.
Neste processo, a 9argalo e
a ultima regiao do "Paris~n" a ser conformada.

3. Transfen;ncia: 0 "Parison" preso pelo gargalo e transferido desde 0 pre-molde


ate 0 molde, onde a conformaC;8o final sera realizada.

4. Assopro final: injeta-se ar comprimido dentro do "Parison" for9ando-o a tomar


o formato final dentro de uma forma.

5. ExtraC;8o: ap6s 0 assopro final e a abertura da forma, urn mecanismo de


garras pega 0 artigo pelo do gargalo e a coloca sobre uma placa de
ventilaC;80 ende 0 artigo sera resfriado.

1.
\if WFig. 11: carregamento
2,

Fig. 12: prensagem

20
3.
~ 4.
~~ 5.
Fig. 13: parison Fig. 14: sopro Fig. 15: resfriamento
Processo de fabrica,ao elassifieado como "soprado-soprado" de uma garrafa de
vidro.

1. Carregamento: uma gota de vidro cai dentro do pre-molde para inicia da


eonforma,ao. Nesta etapa aeontece a forma9ilo quase completa do gargalo.

2. Compressao: 0 ar eomprimido injetado dentro do pre-molde eompleta a


forma,ao do gargalo e garante a sua estabilidade dimensional.

3. Assopro do "Parison": oar comprimido e


injetado dentro do molde de vidro,
obrigando-a a ocupar 0 espagD intern a do pre-mol de, formando 0 "Parison"
(pre formato).

4. Transferencia: 0 wParison" preSQ pelo gargalo e


transferido desde a pre-molde
ate 0 molde, cnde a conformag8o final sera realizada.

5. Assopro final: injeta-s8 ar comprimido dentro do "Parison" foryando-o a tamar


o formata final dentro de uma forma.

6. Extra98o: ap6s 0 assopro final e a abertura da forma, urn mecanisme de


garras pega 0 artigo pelo do gargalo e a eoloea sobre uma plaea de
ventila~o cnde 0 artigo sera resfriado.

L
1. 4.

Fig. 16 Fig. 17 Fig. 18: Fig. 19·

21
4.1
1100Fig. 20:
4.2
Fig. 21:
5.
Fig. 22:
5.1

Fig. 23:

6.1
Fig. 24: Fig. 25:

Impressao em vidro
Segundo Antonio Tavares, representante de vendas da empresa Wheaton do Brasil,
os processos de impresseo em vidro sao:

Silk Screen
Eo processo mais utilizado para a impressao em vidro. 0 silk screen e muito
parecido com a serigrafia.

Para este processo e fabricada urna tela que S8 adequa ao formata do vidro. A
partir desta tela a tinta entra em cantata com 0 vidro. Depois 0 frasco segue para urn
forno de cQzimento onde sera feito a fundigao da tinta no vidro. Quando feit8 a e
fundi<;iio a tinta faz parte do vidro, fica gravada. Ap6s a fundig80 e
muito difieil
remover a tinta do vidro.

Para representar cores especiais como prata e dourado sao usadas tintas especiais
como a platina e ourina. a
custo deste produto muito alto. e
Hot Stamping
Este processo de impressao consiste na grav8g8o da marea atrav8S de uma
estampa. A estampa e
aquecida e quando entra em contato com 0 produto ela e
impressa.

22
Este processo a utilizado em materials como papel e polimeros. No vidro ele nao a
utilizado porque a tlnta nao fica gravada no prod uta. A empresa Wheaton do Brasil
esta desenvolvendo uma tacnica para esse processo.

Decalco
Este processa baseia-se na aderencia de uma pelicula no vidro.

A pelicula a impressa com uma tinta organica, cnde com urn gel ela transferida e
para a vidro. Ap6s a transferencia, a frasco vai para urn forno uma temperatura a de
6000 C. Com 0 aquecimento a pelicula derrete e adere no vidro.

DecoralYao au Pintura
Para pintar a frasco de vidro e
usada uma tinta organica, de diferentes cores. Ap6s a
aplica<;iio da tinta, 0 frasco e
aquecido, fazendo que a tinta fique no vidro. Este
processo nao funde 0 vidro.

Or~amento
Para a produ.;;ao de frascos e necessario os rafes e desenhos lacnicos do frasco de
perfume. Eo possivel fornecer 0 protetipo para 0 molde.

A quanti dade de produzida varia de acordo com a complexidade da forma. Se 0


frasco nao e
complexo a quanti dade e
de 50.000 a 70.000 frascos. Se 0 modelo do
frasco for complexo esta quantidade diminui para 40.000 a 50.000.

Apes a produl'ao dos frascos, a entrega feita semanalmente e


( 12 mil frascos). 0
processo de fabrical'ao e impressao pode variar de 120 a 150 dias.

Par que utilizar 0 vidro?


A embalagem de vidro e
ecologicamente correta, pois pade ser faci/mente reulilizada
pelo consumidor para guardar pequenos objetos, alimentos ou bebidas; pode
retarnar para novo envase pelo fabricante do prod uta consumido; au pade ser
tata/mente reciclada. Eo canceito dos 3 R's que a caracteriza: Reutilizavel,
Retarnavel, Reciclavel.

o vidro ea unico material que passui tres lmportantes qualidades que a diferencia
de outros materials utilizados em embalagens:

100% Reciclavel: 0 vidro e


infinitamente reciclavel. Urn recipiente de vidro reciclado
possui as mesmas qualidades de um fabricado com malarias-primas virgens,
independentemente do numero de vezes que a material for utilizado. E a unica
embalagem amiga da natureza.

Retornavel: As embalagens como garrafas de refrigerantes e cervejas podem ser


reaproveitadas diversas vezes, sem que haja problemas de deformalYaO au abSOfyaO
de sabores quando forem lavadas em temperaturas elevadas au com detergentes
adequados.

Reutilizavel: Recipientes de vidro acabam sendo reulilizados de maneira diferente

23
daquela em que foram produzidos. Podem ser utilizados para armazenar alimentos
au ate como objetos de decoraC;ao.

Mercado da Perfumaria e Cosmeticos


Baseado nos dados da reportagem de Sandra Azedo da Gazeta Mercantil de
2/6/2004, em 2003, a industria brasileira de cosmeticos faturou R$ 11 bith5es, saito
consideravel de mais de 80% sobre 0 numero de 1998, quando a receita foi de R$
5,9 bilh6es. 0 Brasil esta hoje na setima posi980 entre os paises que mais
consomem produtos dessas categorias e, segundo especialistas, apresenta ainda
um alto potencial para crescer.

Este avanc;o tecnol6gico foi comprovado quando a empresa 0 Boticario investiu 4


milh6es no perfume Arbor feminino. Foi utilizada uma nova tecnologia, chamada
livings, que permite extrair a fragn3ncia da planta sem que ela morra.

Elaine Pinheiro Simoes, diretora de marketing do 0 Boticario, conta que as pesquisa


realizadas as mulheres brasileiras valorizam a fixaC;8o do perfume, embalagem
diferenciada e pre90 alternativo. 0 Boticario, hoje possui mais de 2.240 pontos de
venda no Brasil e mais de 611 no exterior.

Nao 56 0 Boticario investe em tecnologia e pesquisa, segundo Denise Figueiredo,


diretora da unidade de negocios da divis80 de cosmeticas da Natura, a natura
anualmente investe 3% do seu faturamento em pesquisas. Tudo isso para cumprir a
exigencia dos consumidores.

Toda essa tecnologia, a empresa francesa Saint-Gobain tinha, pais em 1994,


quando a real igualou-se com 0 d6lar, as empresas quiseram melhorar as suas
embalagens e assim foi possivel importar frascos da Saint-Gobain na Franc;a. Mas
em 1999, as grandes empresas (Boticario, Avon, Natura, entre outras) pediram para
que a Saint-Gobain produzisse frascos no Brasil com a mesma qualidade europeia.

Este intercambio de tecnologia tambem faz parte para a Avon. Os cremes anti-age
(anti-idade), sao criados na matriz e desenvolvidos no Brasil. Hoje, a Avon instalada
ha 45 anos no Brasil, possui mais de 880 mil consultoras, numero maior que dos
EUA (600 mil consultoras).

A medida que as grandes avanyam as empresas de men or porte tambsm est80


investindo na qualidade de seus produtos. A eontsm 1g, por exemplo, comec;ou no
setor com deo-colonias e vendas diretas. A empresa conta com urn 650 itens,
vendidos em 202 pontos-de-venda no Brasil e lojas no Mexico, Guatemala, Fran9a e
a caminho da Espanha. "Passamos a utilizar uma tecnologia mais maderna, criamas
alguns produtos com urn conceita de luxo e ainda aprimorarnos a essencia e a
embalagens de nossas colonias. Um dos resultados desse satto de qualidade e que
aumentamos a venda no ano passado em 39%", exemplifica a gerente de
comunicaC;80, Evandro Madeira.

24
MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA

As eta pas de trabalho serao apresentadas com base na metodologia de Bruno


Munari, que sao: problema, objetivo, defini9ao do publico-alvo, parametres e
requisitos, analise de similares e concorrentes, definiyao do canceito, gerar;a,o de
alternativas e prod uta final.

Metodologia
Baseado na metodologia de Bruno Murani, a metodologia utilizada para a
elabora,ao do projeto de embalagens para perfumes foi:
- Defini,ao do problema
- Solu,ao
- Pesquisa de textual
(Iivros, revistas, jornais, enciclopedias e sites)
- Pesquisa de referencias
(refen3ncias de designers, materiais dos concorrentes diretos e similares)
- Coleta de dados
(entrevistas e pesquisas com a publico)
- Analise
(sele,ao de conteudo)
- Gera,ao de alternativas
- Desenvolvimento
- Ajustes/altera,ao
- Analise final
- Pret6tipo
- Finaliza,aollmpressao

Problema
o mercado de cosmeticos e perfumaria a cada ana esta crescendo e inovando.
Segundo Rogerio de Oliveira, chefe do departamento de embalagens, 0 Boticario
lan,a em media mais de 200 produtos por ano. Entre estes produtos estao: linhas de
maquiagens, xampus, condicionadores, protetores solar, hidratantes, desodorantes
e perfumes masculinos e femininos. Por ano sao lan9ados em media 7 a 8
perfumes. Com isso, cresce a competitividade entre as produtos.

o designer tem um papel fundamental na cria9ao de embalagens, pois ele e


responsavel par tornar a produto mais atrativo no mercado e com valor competitiv~.

Objetivo
o objetivo deste trabalho e trabalhar de forma diferente em rela,ao ao publico alvo,
tentar atingir mulheres de todas as idades.
Como a mercado a cada ano esta mais competitivo, trabalhar com um modelo de
frasco para as tres perfumes, tornando a produto mais competitivo e ajudando a
preservar a natureza.

Pliblico Alvo
o publico-alvo sao mulheres a partir de 20 anos, que ten ham perfis jovens,
classicos, sedutores e que apreciem perfumes.

25
Qualquer mulher pode-se sentir rna is jovern ou rnais sedutora, nao irnporta a idade.
o perfume representa uma historia, urn momento que fica marcado para a mulher.
Senhoras, executivas, gravidas, rnulheres solteiras e casadas, jovens, enfirn,
qualquer mulher que queira ter um born momento marcado em sua hist6ria.

Parametros e Requisitos
Os frascos e embalagens desenvolvidos deveriio chamar a atengiio das mulheres
de forma que elas se identifiquem com cada perfume e desejem compra-Ios.

26
o objetivo das embalagens e tornar 0 produto atraente, chamando a aten9ao mais
que seus concorrentes. Os materials promocionais deverao seguir a mesma
linguagem visual formando um conjunto de pe9as e produtos, passando 0 conceito
do projeto.

Em rela980 ao publico-alvD naD devera ser estabelecido faix8-etaria para a usa dos
produtos. Poderao ser associadas mulheres de diferentes idades para representar
diferentes situa90es.

Similares
Linha Floratta - 0 Boticario

Fig. 27: Fig. 28: Fig. 29:

o Boticario - Fleur I Blue Musk I Vert I Lime

) / I
I

Fig 30 Fig 31: Fig. 32: Fig. 33:

Quasar - 0 BoticariD

oFig. 34: Fig. 35:

27
Marina de Bourbon

Fig. 36: Fig. 37:

Concorrentes

Analise dos erfumes nacionais:

Arbo: 0 Boticario
Essencia: fresca
Cor do Frasco: verde
Usa: ocasi6es especiais dia. Ideal para
passeios (2 pessoas) em shopping,
cinema ...
Conceito: traz para a ambiente a
sensa~aode estar perto da natureza.
Frasco: 0 formato do frasco remete a
uma folha.

Fi 38: arbo

Myriad: 0 Boticario
Essencia: dace e forte. Fragrancia
marcante

,: Cor do Frasco: possui detalhes


na tampa
Usa: ocasi6es especiais noite.
Conceito: Perfume mais sofisticado.
vermelho

1r Mulheres maduras, decididas e


sensuais.
Frasco: formato diferente
//;'7":" tr Prego: 66,90

28
Fi 39: m riad

Quasar Fire: 0 Boticario


Essencia: floral e torte
Cor do Frasco: vermelho
Usa: ocasi6es especiais noite.
Conceito: Perfume lan~ado no dia dos
namorados. Fogo, paixao e seduc;ao.
Frasco: cor marcante e representac;ao
da mulher no trasco

Quasar: 0 Boticario
Essencia: floral e cftrica
Cor do Frasco: azul
Uso: Perfume para ser usado ao dia.
Frasco: cor suave representa
tranquilidade e representac;ao da mulher
no frasco.
Fi 40: uasar
Linha Floratta: 0 Boticario
Embalagem: os trascos silo trabalhados,
tem texturas de flores e tolhas.
Transmitem 0 conceito do produto. A
linha contem os seguintes perfumes:
Floratta in Blue, in Rose, in Gold.
A pintura do frasco e classificada como
decora<;ao. Para fazer a decorac;ao sao
necessarios 5.000 frascos para 0
aproveitamento da tinta e para Ter a
mesma tonalidade da cor. Os detalhes
em dourados silo teitos pelo processo de
silk-screen.
Essencia: citrica, doce e floral
Cores:azul: tranquilidade,mar,imensidao.
Fig. 41: floratla
rosa: rosa, flores, amor, menina.
dourado: sOfisticac;ao,riqueza,
ouro.
Conceito: perfumes sofisticados. Para
mulheres elegantes.
Frasco: cada cor representa um publico.
No trasco silo trabalhados desenhos de
rosas em relevo.

29
Femme. com
Essencia: floral e doce
Cores do Frasco: tons de amarelo,
dourado.

Femme. connect
Essencia: marcante e floral.
Cores: rosa. Representa a mulher.
Lan,amento: dia dos namorados.

Fi 42: femme
Perfume do Brasil
A Natura lan,ou um perfume com a cara
do BrasiL Sua essencia a feita com a
mataria-prima da Amazonia, a pripioC8.

Embalagem: 0 lormato baixo e redondo


representa inova9aO e lembra a
amazonia (cora,80 do brasil).0 Ira seD e
leito de vidro (soprado-soprado) e a
embalagem e leita de plastico.

Cores: a utilizado muito verde, para


representar a natureza. Tambam sao
trabalhadas as cores que representam 0
Fig. 43: perfume do brasil
Brasil (verde e amarelo).

Publico-alva: a essencia a um pouco


amadeirada. Nao sao todas as mulheres
que gostam deste tipo de essencia.

Comunica9ao: a comunica9aO a feita


com anuncios no pr6prio catalogo de
produtos da natura.

30
Analise dos perfumes importados:

Hypnose: Uincome
A Lancome lanyou a perfume com essencia
de fior de maracuja e vanilla.
Embalagem: 0 frasco tem um formato
inovador e continuo, representam 0 conceito
do nome hypnose.
Cores: prata e lilas. 0 lilas representa a fior
do maracuja e a sensualidade.
Publico-Alvo: mulheres sedutoras e sensuais.
Nao existe idade para ser sensual, isto quer
dizer que toda e qualquer mulher pode usar a
perfume.
Comunicagao: como 0 produto e importado,
nao e veiculado comercial, mas divulgagao do
perfume e feita par anuncios em revistas de
Fig. 44: Hypnose moda e beleza, alem do site da Uincome.

Miracle: Lancome
Essencia: fioral frutal e suave
Cor do Frasco: rosa claro, detalhes em prata
Usa: No trabalho
Conceito: Aroma agradavel. Transmite
tranquilidade
Frasco: simples e elegante com as detalhes
em prata (TAMPA).
Prego: 149,00

Fi . 45: miracle

J. Lo: Jeniffer Lopez


h 0 Essencia: floral frutal e suave
Cor do Frasco: salmao claro
jl:! Usa: Perfume para ser usado no dia.
Conceito: Mulheres sen sua is, que querem
"ser" a J.Lo.
Frasco: fonmato diferente
Prego: 169,90
Obs.: a produto oferece um colar com as
iniciais da celebridade como brinde.
Fig. 46: J.LO

31
Conceito
A mulher quando procura um perfume, ela procura urn momenta especial, um
perfume que parec;a com ela. 0 perfume ja faz parte do ritual de beleza.
Toda mulher tern direito de sentir-se rna is jovem ou rna is bonita, nao importa a
ida de. Seja num ambiente de trabalho, num passeio com as amigas, num encontro
amoroso, em casa, em qualquer lugar.
Com isso foram definidos conceitos para cada perfume.

32
Perfume 1
Fragrancia: floral fresco.

Conceito
Como a fragrancia e suave, este perfume ira passar a sensavao de tranquilidade,
bem·estar, leveza e harmonia. Ideal pra ser usado durante dia, quando acorda, ap6s
o banho e em ambientes de trabalho (exceto reunioes). Segue abaixo urn painel de
imagens que representam as situa90es especificadas.

33
Perfume 2
Fragrancia: floral floral.

Conceito
A fragrancia e especial, marcante, feita com flores e rosas bem selecionadas.
Transmite seguran"", auto-estima e mostra a sensualidade da mulher. Ideal para ser
usada em momentos especiais, importantes e romanticos, durante 0 dia. Par
exemplo, 0 perfume pode ser usado em reuni6es e almoyos de trabalho, shopping,
cinema, museus e em encontros. Segue abaixo urn painel de imagens que
representam as situay6es especificadas.

34
Perfume 3
Fragrancia: floral doce.

Conceito
Fragrancia forte e marcante, somente usada par mulheres que queiram ser
sedutoras, confiantes, atraentes e arrasadoras. 0 perfume eideal para ser utilizado
a noite em jantares, bares e casas noturnas, primeiros encontros e para demonstrar
sensualidade. Segue abaixo um painel de imagens que representam as situa90es
especificadas.

Fig. 48: painel perfume 3

35
Gerayao de Alter~ativas de Nomes
Para este projeto foram listados os seguintes nomes relacionados abeleza, flores,
elogios, situac;oes, enfim palavras que se encaixem no mundo feminino:

Own Lenda Beautiful


Only One Alma Charme
Flores do Brasil Alma Feminina Charmosa
Femininas Unica Encantadora
Always Mistic Wonderful
Moments Mistica Maravilhosa
T ransformayao Especial ME
Story Happy

Altemativa Escolhida e Conceito


o nome escolhido foi UNICA

Conceito: partindo da ideia que toda mulher quer se sentir especial, quer urn
momenta irnportante, quer perfume que a torne unica. A unica mulher linda. A unica
mulher sedutora. A unica profissional sucedida. A unica jovern apaixonada. A unica
mulher realizada.

36
Gera~ao de Alternativas da Marca
Para a marca foram elaborados alguns estudos de tipologia e forma. Inicialmente, na
palavra Unica foram modificadas letras e retirado 0 acento. Ap6s isso, patalas e
flores foram adicionadas a marca, mas estes elementos nao passam 0 conceito de
(lnica. Par fim, a elipse foi utilizada por ser uma forma feminina, continua, segura e
centralizadora.

UNicA
@A~
®
Y!rolI@® V N C A

--
1

UNk/\

UN I C/\

UN~C/\

Fig. 49: gera!foes marca


8
37
Alternativa Escolhida

Fig. 50: marca

Gera~aode Alternativas dos Frascos


Para 0 desenvolvimento das alternativas, primeiro fcram analisados diferentes
formatos de frascos e suas disposi980 em ambientes como lojas, shoppings, vitrines,
quiosques.

Primeiramente fcram trabalhados frascos com formas arredondadas e elipses para


que representassem a marca. Tambem fcram elaborados estudos com linhas curvas
representando a silhueta do corpo feminino.

Analisando as primeiras alternativas foi conclufdo que os primeiros estudos nao


representam 0 conceito do projeto. 0 frasco precisa transmitir exclusividade, passar
o conceito da palavra (mica.

Fig. 50: gerac6es frasco

38
/-0

(
\

Fig. 51: gera90es 2 frasco

39
f\.,
\ II
: Ii
In f ,

i /,
.1
j VI'
1\1
)
L
\'
li
..

Fig. 52: gerac;oes 3 frasco

40
Alternativa Escolhida
o frasco representa 0 conceito de exclusividade/unica. A mistura de retas com linhas
curvas demonstra urn frasco made rna.

Para representar 0 frasco, fcram


desenvolvidos alguns estudos em resina.
Esta tecnica exige 0 cumprimento de
algumas etapas, que sao:

(t!
1": planificar 0 frasco e definir medidas.
2": desenvolver prot6tipo em P.U para
molde. Gorrigir todas as imperfei~6es para
que a peQa final nao contenha as mesmas.
3a Desenvolver molde em silicone
i (borracha para molde) e uma caixa para
'\1< jogar 0 silicone. Guidar para que 0 prot6tipo
nao encoste nas laterais da caixa. Deixar a
\! U
\/
\1
-
z Tampa
pe~ descansar por 12 horas.
4":Relirar a pe~ dentro do molde e fazer
turos para despejar a resina.
sa: Despejar a resina e esperar secar.

I::::> 68: Lixar 0 frasco em resina com uma lixa


que nao marque a pe~.
78: Finalizac;ao.

Fig. 53: desenho tecnico

41
RESULTADOS

Neste capitulo contem as aplicac;:oes praticas do conhecimento adquirido durante a


desenvolvimento do projeto. Os resultados do projeto estao apresentados em
imagem com uma breve explic8C;:80 sabre cada urn.

Marca
A alternativa escolhida atende os objetivos do projeto e aD conceito da marca. A
elipse representa centraliz8c;:ao, atenc;:ao facada em urn 56 objeto. Para diferenciar
cada penume foram gerados tres nomes de classific8C;:80, que sao:

Brisa: representa tranquilidade, sensibilidade e leveza.


Golden: representa sofistic8C;:80, confianc;:a e valor.
Fire: representa fogo, paix80 e seduc;:ao.

Fig. 54: marea Unica

Cores
As cores utilizadas na marca estao associadas as palavras: brisa, golden e fire. Para
a impressao da marca deverao ser seguidos os padr6es CMYK e RGB.

• •
Cores CMYK Cores CMYK Cores CMYK

• •
75/0/15/0 0120/10010 20/100/100/10

75/0/15/30 25/50/10010 20/100/100/60

Fig. 55: cores CMYK

42
• •
Cores RGB Cores RGB Cores RGB

• •
0/186/213 255/203/5 183/33138

0/1421163 • 197/137/48 102/010

Fig. 56: cores RGB

Logotipo
o logotipo e uma tipografia exclusiva. Com base num tipo ja
existente foram
modificadas as letras e retirado acentos resultando num logotipo moderno e unico.
o resultado alcan9ado para 0 logotipo atende as os requisitos estabelecidos e
principalmente 0 conceito do projeto.

UNICA Fig. 57: logotipo (mica

Grade de constrUl;ao
A malha grafica tem como objetivo auxiliar a reprodu<;ao da marca em grandes
escalas.

'~,

UNICA

Fig. 58: grade de construyao

43
Area de prote9iio

Para garantir a legibilidade e leitura da marca


(Jnica, foi definida uma area de prote9ao
para a diagrama,ao e aplica,ao da marca.
Medida: 2x.

Fig. 59: area de prote9B.o

Versao Monocromatica
Em casa ande houver restrilfoes para a aplicac;ao das marcas Unica em cores, foram
desenvolvidas aplicac;:oes monocromaticas em preto.

Fig. 60: versao monocromatica

Versao sem volume


Quando houver a necessidade da reproduc;ao da marca em materials como 0 vinil,
ande nao e passivel reproduzir 0 volume da marca, e recomendada a utilizac;ao da
marca sem volume.

Fig. 61: versao sem volume

44
Versao Logotipo

UNICA
l-;l'-~~te('
Fig. 62: versao logotipo

Redugao
Para que a marca da Linha Unica tenha legibilidade e leitura, sua redu<;ao podera
ser ate tras em.

8 em 5 em 3 erl\

Fig. 63: reduqao

Recomenda<;oes
Quando a marca Unica for aplicada em fundos e
recomendada a
utiliza<;ao de uma
defesa em cor branca para destacar a marca e diferencia-la do fundo.

45
Restrigoes
Esta proibida qualquer alteragaa na marca que prejudique sua leitura au altere 0
sentido das marcas. Abaixo segue imagens que expressam as restrigoes.

Fig. 65: restrit;6es

46
Embalagens

Fig. 66: Embalagem Unica Brisa

47
@ 0 @

()

Fig. 67: Embalagem Unica Golden

48
Fig. 68: Embalagem Unica Fire

49
Frasco

,I

Fig. 69: Frascos Unica Brisa, Golden e Fire

50
Peyas Promocionais

Display
Para melhorar e integrar a visualiza9iio dos perfumes loi criado tres displays, urn
para cada perfume. com uma imagem que representa 0 momento ideal para usar 0
perfume. 0 display podera ser usado no interior de lojas e vitrines.

Unica Golden

Fig. 70: Displays Unica Brisa, Golden e Fire

51
Folders

®
®
®
@
~=:.-==:-:=--::..::=--=
_ ...._-- --------
®
®
"

------- - -----
®

Fig. 71: Folder Unica Brisa

Fig. 72: Folder Unica Golden

52
®
_ wb

--~---
e
••• _ ••• ••••• _

- ------ -_ ..-------~
_--_._---
--- ----
- ---
..•- --------
®
® ~'.~ --.---
®

Fig. 73: Folder Unica Fire

Camiseta

Fig. 74: Camisetas Unica

Sacola

Fig. 75: Sacolas Unica

53
CONCLusAo E RECOMENDACOES

Pode-s8 concluir que 0 design tern papel fundamental para urn projeto de
embalagem. Para diferenciar-se dos concorrentes, a embalagem precisa ser
atraente, precisa atrair a aten<,;ao do consumidor.

Analisando as requisitos, 0 projeto chegou ao resultado esperado e atingiu as


expectativas. Para dar continuidade ao projeto, sugere-s8 investir em campanhas
publicitarias para fazer 0 lan9amento da Linha Unica. A divulga,ao das pe9as
graficas devera ser em revistas de moda e beleza. Para 0 lan<;amento da linha e
recomendada a criagao de um hot-site.

A linha de perfumes Unica podera ampliar 0 seu catalogo de produtos, adicionando


produtos como: cremes hidratantes, sabonetes, xampus e condicionadores ..

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Bibliografia

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Cultural, 2001

MAESTRINER, Fabio. Design de Embalagem - curso bilsico. Sao Paulo: Edilora

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