Clinica Medica Prova - PDF Unifesp 2017
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PROGRAMAS
ALERGIA E IMUNOLOGIA
ENDOCRINOLOGIA
GASTROENTEROLOGIA
NEFROLOGIA
PNEUMOLOGIA
REUMATOLOGIA
1) Paciente masculino de 52 anos, hipertenso e diabético, iniciou quadro de tontura de instalação súbita uma semana antes
de buscar assistência médica. Descreveu como sensação vertigem, tendendo a cair para o lado esquerdo e necessitando de
apoio. Concomitantemente, apresentou diplopia e cefaleia hemicraniana à esquerda, contínua, iniciando em região occipital e
irradiando para região frontal, com aspecto “em facada”. Posteriormente, apresentou parestesia em membros superiores e
inferiores à esquerda que ocorreram com a piora da cefaleia, reduzindo a sensibilidade na hemiface esquerda. Ao exame
físico, apresentava pressão arterial de 150x70 mmHg, marcha atáxica, necessitando olhar o chão para se manter em pé, com
forte tendência à lateropulsão para a esquerda, tremor de intenção em ambas as mãos e hippus incoercíveis. Durante
investigação, paciente apresentava importante instabilidade postural, nistagmo, disfagia, rouquidão e paralisia do palato. A
principal possibilidade diagnóstica é
a) acidente vascular da circulação cerebral posterior caracterizada como síndrome medular lateral.
b) acidente vascular da circulação anterior: síndrome da artéria cerebral média.
c) acidente vascular da circulação posterior conhecida como síndrome do mesencéfalo medial.
d) enxaqueca.
e) cefaleia em salvas.
2) Homem é internado com febre, náuseas, vômitos, cefaleia de forte intensidade e confusão mental. Ao exame, observa-se
fraqueza dos membros inferiores, sinal de Babisnki bilateralmente, rigidez de nuca e sinais de Kernig e Brudzinski. Ausência
de proptose, ptose ou quemose. Evoluiu com rebaixamento do nível de consciência e crise convulsiva generalizada. Como
complicação de uma provável meningite bacteriana, a principal hipótese diagnóstica é
3) Homem, 72 anos, é atendido no ambulatório de clínica médica. De acordo com o relatado por sua esposa, este paciente
vem apresentando alucinações visuais e vigília flutuante. No mês anterior, apresentou episódio de intensa “agitação”, sendo
prescrito risperidona. Após o início desta medicação houve acentuada piora motora e quatro episódios de queda da própria
altura, não sugestivas de síncope. Na avaliação clínica, há sinais de parkinsonismo e alteração cognitiva. Ausência de disartria
e afasia. Entre as doenças abaixo, a mais provável é
a) Síndrome de Korsakoff.
b) Hidrocefalia normobárica.
c) Demência com corpúsculos de Lewy.
d) Demência por degeneração corticobasal.
e) Demência frontotemporal.
4) Paciente de 52 anos, sexo feminino, comparece à consulta com o clínico apresentando descuido com a aparência,
lentificação psicomotora, lacônica e dizendo que perdeu a vontade de viver. A hipótese diagnóstica do médico é de transtorno
depressivo maior. Quanto à ideação suicida, pode-se afirmar, EXCETO:
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6) Um paciente alcoolista crônico apresenta-se ao exame desnutrido, com oftalmoplegia, ataxia e confusão mental. A
substância que deve ser administrada, precocemente, a fim de reverter o quadro é
a) glicose.
b) piridoxina.
c) tiamina.
d) niacina.
e) riboflavina.
8) Com relação aos transtornos no espectro do autismo (TEA), é ERRADO afirmar que
a) os TEA são altamente hereditários.
b) o diagnóstico de TEA aumentou consideravelmente nas últimas décadas.
c) vacinas com conservantes em mercúrio aumentam o risco de TEA.
d) na síndrome de Asperger, os indivíduos apresentam sintomas semelhantes ao autismo com linguagem preservada.
e) o papel etiológico de fatores ambientais como infecções perinatais, drogas ilícitas e álcool ainda não está bem
elucidado.
9) Na investigação de paciente com quadro de poliúria (diurese > que 3000 ml/24h), a osmolalidade urinária encontrada é
maior que 300 mosm/L. Diante do quadro, pode-se definir se tratar de/do
10) A nefrotoxicidade causada pela Anfotericina B é dependente da dose e da duração do tratamento. As manifestações
clínico laboratoriais comuns dessa nefrotoxicidade é a seguinte:
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11) Ao investigarmos paciente que apresenta quadro de hiponatremia hipovolêmica, detecta-se no exame uma concentração
de sódio urinário menor que 20 mM. O possível fator causal é
a) Deficiência de mineralocorticoides.
b) Excesso de diuréticos.
c) Cirrose.
d) Diarreia.
e) Cetonúria.
12) Paciente com lesão renal aguda em investigação etiológica apresenta exame de urina (EAS) que mostra eosinofilúria. A
condição que poderia justificar esse achado é
a) Doença ateroembólica.
b) Vasculite.
c) Hipertensão maligna.
d) Pielonefrite.
e) Glomerulonefrite.
13) Mulher de 32 anos, apresentando quadro de irritabilidade, insônia, perda ponderal, polifagia, perda da libido, palpitações
e calor excessivo. Refere também diplopia e sensação de “corpo estranho” nos olhos. Ao exame físico apresenta pele quente e
úmida, tremor de extremidades e sopro na ausculta cervical anterior. O provável diagnóstico da paciente é o seguinte:
a) As provas de função tireoidiana devem ser feitas 3 a 4 semanas após início do tratamento com tionamidas.
b) Acropatia é um sinal patognomônico da doença.
c) A mensuração dos anticorpos anti-TPO e imunoglobulinas tireoestimulantes para o seu diagnóstico é fundamental.
d) A causa mais comum é o adenoma tóxico.
e) A presença de sopro cervical fala a favor do diagnóstico de tireoidite aguda.
14) A Cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda do diabetes que resulta da deficiência relativa ou absoluta de
insulina combinada com excesso dos hormônios contrarreguladores. Em relação ao tratamento da CAD, é CORRETO afirmar
que
15) A Síndrome de Sjogren é uma doença autoimune crônica, lentamente progressiva, que afeta preferencialmente mulheres
de meia idade. Em relação a essa síndrome, pode-se afirmar que
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16) Paciente feminina, de 40 anos, vem à consulta com queixa de febre, calafrios, artralgia e tenossinovite migratórias dos
joelhos, mãos, punhos e tornozelos com início há 1 semana. Agora apresenta artrite de joelho esquerdo, com importante
comprometimento funcional. Tem relato de ter apresentado disúria alguns dias antes do início dos sintomas. No exame físico,
apresenta erupções cutâneas tipo pústulas hemorrágicas em superfícies extensoras das pernas. Em relação ao provável
diagnóstico, é CORRETO afirmar que
17) A deficiência de ferro é uma das formas mais prevalentes de má nutrição. Globalmente, 50% das anemias são atribuíveis
à deficiência de ferro. Em relação às anemias ferroprivas, é CORRETO afirmar que
20) Todos os pacientes com insuficiência renal aguda manifestam algum grau de azotemia. Os achados abaixo são
característicos da azotemia pré-renal, EXCETO:
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21) A prevalência de doença renal crônica (DRC) no mundo tem aumentado substancialmente. São causas de DRC sem
redução de tamanho renal, inclusive, podendo cursar com rins de tamanho relativamente aumentado:
23) Paciente masculino de 42 anos, obeso, diabético controlado em uso de metformina e glibenclamida, apresentando
hipertensão não controlada em MAPA utilizando os medicamentos hidroclorotiazida, anlodipino e losartana em doses
máximas. É INCORRETO afirmar que
24) Mulher de 23 anos, previamente hígida, com histórico de consumo moderado de álcool, apenas aos fins de semana,
comparece ao ambulatório de clínica médica com dor em hipocôndrio direito, icterícia com padrão colestático e elevação de
TGO e TGP > 500 U/L. Ao realizar sorologia para hepatites virais (A, B e C) possui todos os resultados não reagentes. É
CORRETO afirmar que
a) o consumo alcoólico diário de até 25g de etanol por dia torna improvável a hipótese de autoimunidade.
b) o sexo feminino não é fator epidemiológico importante para o diagnóstico.
c) a hipergamaglobulinemia é fator contrário à hipótese de autoimunidade.
d) a solicitação de anti-LKM, FAN e anti- SLA deverá ser realizada.
e) a histologia da biópsia hepática não típica de hepatite autoimune descarta o diagnóstico.
25) É CORRETO afirmar que um dos critérios diagnósticos do diabetes mellitus tipo 2, segundo o Standards of Medical Care
in Diabetes da ADA 2016, é
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26) Paciente sexo feminino de 35 anos queixando de sono não reparador, com urgência de movimentação das pernas
causada por sensação de formigamento pior no período noturno. É INCORRETA a seguinte hipótese diagnóstica:
27) Paciente portador de AIDS apresenta à consulta ambulatorial tendinite de tornozelos e punhos, dor, limitação à
movimentação com calor e edema em joelho direito e pontos de exantemas maculopapulares descamativos em tronco. É
INCORRETO o seguinte procedimento:
a) Iniciar ceftriaxone.
b) Coletar hemoculturas.
c) Punção de líquido sinovial de joelho direito.
d) Iniciar azitromicina.
e) Iniciar corticoterapia.
28) Sobre o uso de oxigênio suplementar contínuo no DPOC, É INCORRETO afirmar que reduz a mortalidade em
a) pacientes com hipoxemia em repouso < 88% de Sat O2.
b) pacientes com hipoxemia em repouso < 90% de Sat O2 e hipertensão pulmonar.
c) pacientes com hipoxemia em repouso < 90% de Sat O2 e Ins Cardíaca Direita.
d) é proporcionalmente ao número de horas de suplementação por dia.
e) pacientes com hipoxemia exercício induzida e hipoxemia noturna.
29) Durante uma consulta médica em um posto de saúde, observa-se um paciente, masculino, 42 anos, apresentando
diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica de difícil controle. Notamos a presença de fácies de característica grosseira,
protuberância da mandíbula, lábios e sobrancelhas grossas e pavilhão auricular aumentado. A alteração semiológica NÃO
esperada em um exame mais minucioso é
a) dedos em salsicha.
b) aumento recente no número do tamanho dos calçados.
c) fisionomia modificada comparada com fotos prévias.
d) aumento considerável na estatura nos últimos meses.
e) macroglossia.
30) Paciente de 80 anos, com 55 Kg, em tratamento paliativo devido a uma neoplasia de esôfago distal, com disfagia para
sólidos e alimentos pastosos, em dieta líquida e suporte nutricional por sonda nasoenteral há 6 semanas. O setor de oncologia
solicita à clínica médica alta hospitalar para tratamento domiciliar. A melhor indicação de via para aporte nutricional seria
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31) Em um paciente com meningite criptocócica em uso de anfotericina B desoxicolato como forma de tratamento devem ser
tomadas as seguintes precauções, EXCETO:
a) Eletrocardiograma semanal.
b) Diluição dom SFO0,9%.
c) Avaliação frequente da função renal.
d) Avaliação frequente de hipocalemia.
e) Considerar pré-medicação com antitérmico.
33) Um paciente, com 55 anos de idade, professor, apresentou, nos últimos seis meses, quadro importante de perda
ponderal (20 kg), disfagia para sólidos e líquidos e fraqueza muscular generalizada. No exame neurológico, foi observada
tetraparesia com reflexo cutâneo plantar em extensão bilateral e miofasciculações difusas, sem comprometimento sensitivo.
Com base nesse quadro clínico, o diagnóstico mais provável é de
a) polimiosite.
b) esclerose lateral amiotrófica.
c) carcinomaepidermoide de esôfago.
d) tumor medular cervical.
e) linfoma cervical.
34) O sinal em que a temperatura retal ultrapassa a axilar em 1°C nas pelviperitonites é denominado sinal de
a) Levine.
b) Lenander.
c) Castro.
d) Faget.
e) Von Graeffe.
35) O sinal em que ocorre diminuição da frequência do pulso associada à febre alta, ou em elevação (Dissociação pulso-
temperatura da febre tifoide, febre amarela e leptospirose) é o sinal de
a) Leser –Trelat.
b) Pitres.
c) Lemos Torres.
d) Cullen.
e) Faget.
36) A medicação tuberculostática, cujos efeitos adversos podem incluir alterações auditivas e do equilíbrio, é
a) isoniazida.
b) etambutol.
c) pirazinamida.
d) rifampicina.
e) estreptomicina.
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37) O quadro clínico da hepatite C (HCV), também, compreende diversas manifestações extra-hepáticas, que apresentam,
em geral caráter autolimitado quando presentes no decorrer da infecção aguda. Porém, se as manifestações ocorrerem na
vigência da infecção crônica são, frequentemente, persistentes e podem alterar o curso evolutivo da infecção. As
manifestações extra-hepáticas ocorrem em 40 a 70% dos pacientes com hepatite C crônica, geralmente, em estágios mais
avançados da infecção pelo HCV. Estas manifestações parecem ser resultado do processo de adsorção, replicação do vírus
nos tecidos e órgãos extra-hepáticos, ou ambos, assim como de mecanismos imunológicos. A patogênese da maioria das
condições extra-hepáticas é de origem autoimune. A lesão renal mais característica por deposição de crioprecipitados nos
glomérulos associada à hepatite C é
38) Enfermo HIV+/ aids, bissexual masculino, branco, 34 anos, com febre, hepatoesplenomegalia e dor abdominal; linfócitos
T CD4= 35 células/ mm3 e carga viral de 143.970 cópias/ mL.Verifica-se à percussão desaparecimento da macicez hepática.
Esse sinal sugere o diagnóstico de
40) Enfermo masculino, 29 anos, pardo, homossexual, HIV+ de longa data sem tratamento, com contagem de linfócitos T
CD4= 13 células/ mm3. Inicia esquema de terapia antirretroviral com tenofovir, lamivudina e efavirenz. Cerca de seis semanas
após, apresenta quadro de linfadenopatia devido ao Mycobacteriumtuberculosis e abscessos renais, sendo iniciado esquema
RIPE para tratamento da tuberculose. Nessa ocasião, reavaliação laboratorial revela CD4 de 210 células/mm3. A melhor
conduta seria
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42) Na doença de Hodgkin, alguns casos cursam com período afebril, que persiste por vários dias ou semanas, intercalado
por períodos de febre sem grandes oscilações diárias, padrão conhecido como febre de Pel-Ebstein. Este padrão evolutivo
caracteriza febre do tipo
a) recorrente.
b) contínua.
c) intermitente.
d) regular.
e) remitente.
43) Unhas de Muehrcke (também conhecidas como linhas de Muehrcke ou leuconiquia estriada, ou transversal) são linhas
brancas horizontais, paralelas à lúnula, que se alternam com bandas de coloração ungueal normal. A compressão da unha
contra o leito ungueal causa desaparecimento das linhas. Ao contrário das linhas de Beau que afetam a própria lâmina
ungueal, as linhas de Muehrcke afetam o leito vascular e não se modificam com o crescimento das unhas. O mecanismo pelo
qual se formam é desconhecido, mas estão frequentemente associadas com
a) Condições associadas à hipoalbuminemia, como cirrose hepática, síndrome nefrótica, desnutrição e quimioterapia.
b) Azotemia e lúpus eritematoso sistêmico.
c) Anemia ferropriva.
d) Psoríase.
e) Insuficiência renal crônica, onicomicose e quimioterapia
46) Paciente masculino, 25 anos, apresenta teste de HIV positivo atendido no ambulatório de Imunologia do HUGG. Não
apresenta outras comorbidades. No momento, encontra-se em bom estado geral e com exame físico normal. Sobre a
indicação de terapia antirretroviral, o procedimento CORRETO é
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49) O defeito de campo visual, geralmente, presente nas lesões tumorais que envolvem o quiasma óptico central é conhecido
como
50) Mulher de 45 anos apresentou dor e descoloração na ponta dos dedos de ambas as mãos em exposição ao frio. Ela tinha
tido os mesmos sintomas todos os invernos da última década. A história clínica e o exame físico do paciente não revelaram
sinais ou sintomas sugestivos de lúpus eritematoso sistêmico. Ela relatou que não fumava. Sua história de um início súbito dos
sintomas é consistente com um diagnóstico caracterizado por alterações exageradas da cor vasoconstritora (palidez e cianose)
nos dedos, geralmente devido à exposição ao frio. A paciente recebeu uma recomendação para manter as mãos quentes para
evitar novos ataques. Os tratamentos farmacológicos, como os bloqueadores dos canais de cálcio, a nitroglicerina tópica, o
sildenafil e outros vasodilatadores podem desempenhar um papel no manejo de seus ataques. O teste sorológico mais
comumente positivo neste paciente é
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