APEGO

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Danielle Rossini e Valéria Ramalho

Apego
Entendendo um pouco mais e agindo à favor
de um vínculo bacana com os pequenos!
Apego
Entendendo um pouco mais e agindo à favor
de um vínculo bacana com os pequenos!

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Todos os direitos reservados ® 2017 Bom pra Cuca

Este trabalho é feito com muito cuidado e carinho. Vamos adorar ver
essas nossas ideias por aí.
Então, ao usar informações que colocamos aqui, não deixe de citar a
fonte e colocar links para que outras pessoas também possam acessar
este e-book.

O link para obtenção do e-book é:

https://www.bompracuca.com.br/bonus-apego

bompracuca.com.br

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O que é o Bom pra cuca .......................................5
O porquê deste e-book ......................................................................................................6
Quem somos nós ...............................................................................................................6

Teoria do Apego...................................................8
Um pouco de base para você decidir depois........................ 8
Estilos de apego .............................................................................................................. 10

Ações à favor de um apego seguro .....................14


Você faz do seu jeito, mas sabendo como funciona! ..........14
Preparando tudo…. .........................................................................................................14
O que os estudos dizem que funciona ............................................................................16
Ideias para fazer funcionar .............................................................................................17

Referências ........................................................22

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O que é o Bom pra cuca
O Bom pra Cuca é um projeto que busca empoderar gentes grandes, no cuidado e atenção
com as gentes pequenas.

Para isso, refletimos e trocamos com estas gentes grandes vários princípio e conceitos das
neurociências, psicologia e pedagogia.

Mas nessa nossa troca temos alguns pontos que são fundamentais:

- temos que colocar no Bom pra Cuca as informações de forma que fiquem claras, mas
que levem as outras cucas à refletirem também;

- então, o Bom pra Cuca não propõem fórmulas, mas troca ingredientes;

- buscamos trocar para, então, você fazer do seu jeito, mas sabendo como funciona!

E para você saber mais de como a nossa cuca funciona, te convidamos para conhecer os
nossos canais. Assim, você saberá um pouco mais como são os nossos ingredientes e se ele
combina com o que você precisa para criar as suas próprias receitas….

São eles:

‣ o nosso site: www.bompracuca.com.br

‣ nosso canal no Youtube: http://bit.do/bompracucayoutube

‣ nossas páginas no Facebook

‣ Bom pra Cuca Educadores: http://bit.do/bompracucaeduface

‣ Bom pra Cuca Pais: http://bit.do/bompracucapaisface

‣ nossas páginas no Instagram

‣ Bom pra Cuca Educadores: http://bit.do/bompracucaeduinsta

‣ Bom pra Cuca Pais: http://bit.do/bompracucapaisinsta

Vem com a gente por todos os estes lugares e vamos juntos colocar as nossas cucas para
funcionar!

E mais, temos sempre o nosso e-mail como um canal aberto. Então, se preferir, é só
escrever no [email protected], que respondemos!

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O porquê deste e-book

Este e-book faz parte da websérie Apego do Bom pra Cuca que lançamos em 2017.

Se você ainda não espiou olha ela aqui: http://bit.do/bompracucawebserieapego

Mas esta websérie surgiu como e para quê?

Bem, o surgimento veio das nossas reflexões e do nosso conhecimento. Pois, além da
Teoria do Apego ser incrível enquanto conceito, ela dá vários elementos para nos
observarmos e observarmos os pequenos, bem como dá parâmetros para termos ações
que favorecem o desenvolvimento bacana dos pequenos, tanto agora, quanto trazendo
reflexos para a vida deles no futuro!

E outro motivo é que entendendo mais o que é e como pode funcionar, podemos
considerar nossas pequenas ações do dia a dia à favor do desenvolvimento de um vínculo
que favoreça o desenvolvimento dos pequenos.

E isso não necessariamente significa que vai-se fazer uma criação embasada no apego,
mas que pode ser à favor de um vínculo bacana.

E por fim, ao fazermos este material, trazemos as questões sobre o Apego de mais de uma
forma, pois temos os vídeos acionando seus canais visuais e o e-book os de base mais
verbal. Com isso podemos acessar diferentes canais de aprendizagem…eis uma estratégia
neuroeficiente!

Quem somos nós

E ok, chegamos aqui cheia de ideias e vontades, não é? Mas quem somos nós?

Somos duas parceiras e amigas apaixonadas pelas nossas áreas de trabalho. No nosso dia
a dia e em nossas conversas crescemos e levamos juntas os nossos ingredientes para
produzir e fazer crescer o Bom pra Cuca.

Vamos falar um pouquinho de nós…..

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Danielle Rossini Valéria Ramalho

Psicóloga
Educadora e Pedagoga

Mestre em Ciências pelo HCFMUSP


Especialista em Neuroeducação

CRP 06/69311

Mãe da Ana
Mãe da Mariana, Marina, Lúcia e Gabriel

Para começar eu tenho que te dizer que


sou uma psicóloga e neuropsicóloga Sou professora de Educação Infantil e
apaixonada pela profissão.
apaixonada pelo trabalho com os
Desde 2002 atuo em psicoterapia e pequenos.

neuropsicologia. Mas ao longo dessa É desde 2006 que atuo como educadora
jornada profissional descubro, a cada dia, do ensino infantil, mas as experiências e
o quanto somos únicos e que as nossas aprendizados são desde a época do
potencialidades são incríveis!
Magistério.

Então, com essa visão, mergulho de Acredito que nesta jornada, além da busca
cérebro e alma nos meus projetos.
por conhecimento que me auxiliem a
Com um bocado de estudos e abraçada realizar meu trabalho cada vez melhor, é
por um exercício ético e coerente, entendo preciso ter um olhar muito especial e
que o meu trabalho pode ser um responsável para com a individualidade de
facilitador no processo de mudança de cada criança que convivo diariamente.
quem me procura, mas o grande
responsável pela mudança é aquele que
me procurou, ou seja, você!

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Teoria do Apego
Um pouco de base para você decidir depois
Aqui traremos um texto embasado em um post de um blog querido para o qual a Dani
escreveu algumas vezes, o Blog da Mãe Coruja.

Vamos lá!

Bem, vamos começar com a ideia do que é Apego.

Apego remete à ideia de vínculos!

E a ideia de vínculos envolve o Apego = Vínculos!


como nos relacionamos.

É o estar ligado à alguém, mesmo que não haja uma reciprocidade na relação. Aquela
coisa de encantamento só de olhar o seu bebê dormindo sabe…

Esta não é a única teoria do desenvolvimento que explora as relações dos adultos com os
pequenos lá no começo da vida. Mas é uma teoria muito difundida e trabalhou sobre um
ponto incrível, que é a observação!

Ela foi consolidada por John Bowlby e, posteriormente, por Mary Ainsworth. Eles
inovaram a compreensão da relação materno-infantil.

Entre outras coisas, acompanharam e atentaram para a forma como os cuidadores se


relacionam com as crianças e como as crianças reagem a isso.

Os estudos nesta área continuam à todo vapor.

Hoje já se comprova que isso não só é importante naquele momento, mas é


determinante para a vida!

Inclusive porque estas relações criam marcas emocionais associadas a padrões de


respostas cerebrais. Assim, isso será meio que o script de como serão as relações no
futuro.

Para termos uma leve noção de como isso pode se desenvolver, vamos usar o exemplo da
amamentação.

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Podemos partir do princípio de que lá no comecinho o bebê se coliga à nós, adultos, quase
que por uma necessidade fisiológica. Porém, já no começo destes momentos ele vai aos
poucos relacionando uma necessidade fisiológica à algo mais emocional.

É mais ou menos isso que ocorre na amamentação:

‣ primeiro só mata a fome;

‣ aí começa a matar a fome e aquecer;

‣ aí junta isso à sensação boa de ter uma voz de de alguém que cuida por perto;

‣ até chegar ao momento em que mamar também significa afeto, amor…

Ah tá, Dani & Val….mas amor e aconchego


mata a fome?

Não sei, mas de qualquer forma ajuda, e


muito, a suportar. E isso parece bem
demonstrado como no clássico estudo e
Harlow com os bebês macacos1 .

Deixo o link aqui para você ver o vídeo:


http://bit.do/bompracucaharlow

E usando o vídeo como base para uma reflexão, vale à pena se perguntar:

o que mais pesa na consolidação dos vínculos com os pequenos, suprirmos as


necessidades físicas ou as necessidades afetivas?
você já parou para observar quais são as necessidades afetivas dos pequenos que
estão com você?
e você consegue dizer quais são as suas ações que suprem as necessidades afetivas
dos pequenos que estão com você?

1este era um período (em torno dos anos 60) em que se usavam mais animais em experimentos
psicológicos; os valores eram distintos dos que temos hoje. Hoje a realidade nos experiementos
psicológicos são bem diferentes…ainda bem!

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Estilos de apego

Bem, com estas reflexões em mente, podemos pensar nas diferentes formas/estilos de
apego.

Cada estilo de apego avaliará quais são os comportamentos típicos do cuidador e os das
crianças. Ou seja, é desta relação que caracterizamos cada um deles.

Então, juntando algumas propostas, entre os 0 e 18 meses, pensamos em trazer os


seguintes estilos de apego e alguns comportamentos característicos em cada um deles
aqui:

Apego Seguro
- Comportamentos típicos do cuidador: As reações são proporcionais e coerentes e
consistentes! Tem uma atenção continuada às necessidades da criança e forma um
vínculo genuíno.

- Comportamentos típicos da criança: Usa o cuidador como um porto seguro quando quer
explorar. Se incomoda com a ausência dele, sendo que é passível de ser confortada por
outras pessoas, mas prefere o seu cuidador.

Apego Ansioso
- Comportamentos típicos do cuidador: É superprotetor e não permite que a criança
vivencie riscos, que, mesmo que monitorados, a permitam explorar e ampliar seus
repertórios. A criança não consegue trilhar para um comportamento mais autônomo.

- Comportamentos típicos da criança: São excessivamente grudadas, como se “pegajosas”.


É incapaz de suportar a ausência do cuidador e fica procurando garantias desta
presença o tempo todo.

Apego Ambivalente
- Comportamentos típicos do cuidador: Tem respostas inconsistentes, pois há momentos
em que responde às necessidades da criança e há momentos em que é negligente. Talvez
pelo cuidador ser um “leitor” pouco habilidoso das necessidades da criança, tende
responder quando os pequenos já são mais expressivos afetivamente.

- Comportamentos típicos da criança: Por não ser capaz de usar o cuidador como uma
base segura, tende a se antecipar às possibilidades de separação, se aproximando. Aí
quando a separação ocorre, na volta do cuidador a criança tende reagir com

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ambivalência, raiva e relutando em voltar ao cuidador e à brincadeira. Não é acalmada
por estranhos e frequentemente tem um padrão ansioso, pois tem a sensação de que
perderá o cuidador a qualquer momento.

Apego Evitativo
- Comportamentos típicos do cuidador: Dá pouca ou nenhuma atenção às necessidades
afetivas da criança, sendo do tipo que age com o “pára de chorar” e manda a criança
reagir, estimulando a independência. A questão principal aqui é que a ação do cuidador,
distancia ele e a criança do afeto que mobilizou aquela situação de desconforto.

- Comportamentos típicos da criança: Se esquiva do afeto e compartilha isso muito


pouco. Nem se irrita com a ausência do cuidador, nem expressa calorosidade no retorno
dele. O cuidador e outras pessoas tem quase o mesmo significado afetivo para a criança
e ela os trata e forma semelhante. Se a criança não se mobiliza afetivamente/não sente
apego e nem sente que é importante para o outro, então apresenta a tendência a
comportamento rebeldes e de baixa estima.

Apego Desorganizado
- Comportamentos típicos do cuidador: Aqui, o papel de cuidador tende a se dar de forma
desorganizada.Por exemplo, horas se está no papel de quem assusta, horas daquele que
está assustado; tanto se afasta, quanto invade. E nisso se constroem erros de
comunicação afetiva e comportamentos de maus tratos.

- Comportamentos típicos da criança: Sem uma concepção clara de como se portar, a


criança usa comportamentos até mesmo estereotipados e pouco consonantes com as
respostas afetivas esperadas em certas situações. Algo como se aproximar, só que de
rosto virado.

Aqui falamos de forma pontual e pensamos em disponibilizar estas informações de mais


duas formas para você assentar a poeira sobre estes estilos de apego:

A. Um resumão com o infográfico à seguir (que você também acessa em: http://bit.do/
bompracucainfoapego) e;

B. Na nossa websérie Apego que você acessa aqui: http://bit.do/


bompracucawebserieapego

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Pronto! Que maravilha, vamos todos trilhar pelos
caminhos do apego seguro e ser feliz….só que
não, hein!

Olha, eu não sei quanto à você, mas apesar de


tanta terapia na cabeça e um bom tempo
trabalhando com tudo isso, cada vez que
(re)leio algo lindo sobre o exercício da
maternidade/parentalidade (com o qual me
identifico), vibro com os acertos e me culpo de
vários erros. Mas como coloca Andrew
Solomon, é muito difícil abarcarmos o
perfeccionismo nesse nosso papel de mãe e pai.

E agora que já pode reduzir sua auto-crítica e ser mais feliz (sim, este é dos pontinhos que
ajuda na promoção da felicidade), considere quais são os elementos na sua vida que lhe
trazem bases seguras, afetivamente falando.

Na questão dos vínculos, que deve ir além dos vínculos de mãe/pai, geralmente nos traz
tranqüilidade o fato de integrarmos de forma coerente e proporcional o que pensamos e
sentimos, para então expressarmos e agirmos com o outro de forma realmente
produtiva….Ops, isso lembra o apego seguro!

Mas esse é um exercício que acho que vamos morrer fazendo, porque naturalmente
oscilamos (por fatores internos ou externos), mas é a COERÊNCIA, CONSISTÊNCIA e
PERSISTÊNCIA que podem fazer dessas bases seguras e produtivas muito mais a nossa
regra do que a nossa excessão.

Fácil, claro que não! E muitas vezes precisaremos de ajuda para persistir, seja um apoio
profissional ou não.

Mas o que vai te fazer saber também disso é tentar.

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Ações à favor de um apego


seguro
Você faz do seu jeito, mas sabendo como
funciona!
E chegamos aqui no ponto de colocarmos a mão na massa.

Juntamos até aqui alguns ingredientes conceituais, não é?

Mas para fazermos esta relação crescer forte e gostosa, precisamos de mais alguns
ingredientes.

E com uma pegada Bom pra Cuca, tenho alguns avisos sobre esta alquimia na qual nos
metemos….

1. Pensamos aqui em alguns ingredientes que achamos essenciais. Mas os grandes


chefes /alquimistas só são grandes por darem seus toques pessoais aos processos
certo?

2. Temos que deixar muito claro: este e-book é um meio de promoção de reflexões e
idéias, mas não de receitas, e muito menos tem a pretensão de esgotar o assunto, ok.

Preparando tudo….

Com o que vemos até aqui fica claro: nosso foco é estimular um estilo de apego seguro.

Mas por que, Dani e Val? Bem, os estudos indicam de várias maneiras o quanto vínculos
embasados em um apego seguro é um dos fatores de proteção para o desenvolvimento
sadio.

Ou seja, se em nossos pequenos grupos - como a família, por exemplo - temos um sistema
que nos acolhe e protege, isso tende a nos fazer buscar e passar adiante este tipo de
relação. E inclusive nos traz seguranças para sermos criativos e buscarmos soluções
quando este jeito e lugar bacana de funcionar não está tão fácil….

O desenvolvimento de um estilo de apego seguro é um processo, que entre outras coisas


depende de investimentos no nosso tripé do desenvolvimento: afetos; formas de pensar/
cognição e questões associadas às relações sociais.

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Mas além de sabermos NO QUE investir (nestes três pontos) para deixar a nossa estrutura
sólida, temos que ser capazes de saber COMO investir neles a ponto de favorecer um
apego seguro, não é?

O que os estudos dizem que funciona

E mais do que nós dizermos para vocês o que achamos que funciona, precisamos tomar o
cuidado e atenção de buscar informações em fontes seguras.

E para isso existe a literatura científica para nos ajudar.

Para não estendermos muito nosso breve e-book, vamos usar o parâmetro de estudos que
juntam vários estudos, chamados meta-análise.

É um tipo de estudo muito confiável, pois usa critérios bem rígidos para comparar
diferentes estudos e achados, buscando ver o que disso tudo parece funcionar de verdade!

E… segundos os estudos o que parece funcionar é:

- sensibilizar os pais para saberem o que é o apego seguro;

- mas isso é pouco…então, precisa-se também apoiar os pais para desenvolverem ações
associadas ao apego seguro;

- e mais…ajudar os pais a perceberem quais são as suas representações internas, ou seja,


o que ficou para eles das relações que eles tiveram com os seus pais…

E temos ainda que pensar em duas coisas: funciona independente de serem pais
biológicos ou adotivos; e é mais efetivo quando ambas as figuras parentais, no caso de
casais, participam.

Fantástico!! Então ações associadas à promoção de um apego seguro podem sim ajudar no
desenvolvimento de crianças afetivamente, neurocognitivamente e socialmente mais
saudáveis! Sim, o apego seguro pode ser uma destas vias e está muito ao nosso alcance,
não é?

E pensando em tudo que trilhamos por aqui….gostaria de te propor mais uma reflexão.
Vamos lá?

1. Veja este vídeo que tietamos no Bom pra Cuca lá no Youtube:

http://bit.do/bompracucasupercrebro

2. Agora busque refletir quais são as ações associadas a um estilo de apego seguro
que podem ajudar os pequenos a virarem grandes como o video propõe no final…

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Ideias para fazer funcionar

Bem, mas eu tenho que te revelar uma coisa: os mesmo estudos mostram que um
programa de treino parental (algo como uma escola para pais) bacana e direcionado para
promoção de vínculos mais associados ao apego seguro, não será concluído em pouco
tempo ou com estas pitadas pontuais que damos por aqui.

Mas tudo bem!

Esta não é a nossa proposta.

O nosso objetivo é te mobilizar como começar a saber mais disso que ouvimos bastante
hoje em dia, mas que nem sempre sabemos o que é ou nem sempre nos sentimos à
vontade com o que ouvimos.

E também é importante sabermos que os estudos apontam que em torno de 62% das
formas de vínculos que eles estudaram eram “naturalmente" associados ao apego seguro.
Ou seja, ao estudarem os comportamentos típicos de pais e de filhos, sem que tivessem
passado por alguma forma de treino parental ou aplicassem alguma técnica em específico,
naturalmente se estabelecia um estilo de apego seguro entre os avaliados.

Gente, isso é um alívio! Temos mais chances de estar investindo bem e tendo um retorno
positivo!

Ufa! E munidos desta motivação de que estamos no caminho certo, te propomos trilhar
conosco algumas ideias que podem estar associadas aos que os estudos dizem que
funcionado quando se trata de formas de promoção de vínculos associados a um apego
seguro.

Com as reflexões à seguir…vamos à elas!

Sensibilizando
Isso é um pouco do que fizemos até aqui, não é mesmo?

Te apresentamos de forma breve e bastante simples do que é a Teoria do Apego, mas


esperamos que tenha sido sensibilizadora.

Além disso, tocamos na ideia do quanto é importante para agora e para o futuro a
manutenção de vínculos mais apoiados no apego seguro.

Bem, mas para ajustarmos cada vez mais este conceito, gostaria de deixar aqui o espaço
para você colocar no concreto, por escrito o que ficou disso para você.

Então anote a sua resposta e reflita sobre ela, ok….não julgando a si ou julgando se está
certa ou erra, mas para deixar claro para você mesmo estes conceitos.

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Com o que trocamos por aqui, o que você entende que é a Teoria do Apego?

E o que ficou para você do estilo de apego seguro?

E assim que a nossa Websérie Apego estiver liberada (no http://bit.do/


bompracucawebserieapego) , você consegue pensar em suas respostas junto com os dois
primeiros vídeos: O que é Apego; e Apego Seguro

Apoiando
A ideia do apoio é estar lado a lado com os pais para o desenvolvimento de estratégias que
promovam ações associadas ao estilo de apego seguro.

Mas sabemos dos limites para o apoio aqui neste e-book e em nossa Websérie Apego.

Porém, como somos um pouco inquietas e pensamos que reflexões são boas ferramentas,
te propomos o nosso mantra do COMO, que usamos no Cognição S.A, nosso outro e-book
gratuito do Bom pra Cuca Pais (você acha ele no link: http://bit.do/
bompracucapaisebook2).

Mas vamos replicar esta parte aqui para te dar pitadas de apoio neuroeficientes…

“E eu sei, nenhum de nós tem sangue de barata e todo pai e mãe tem um lado Darth
Vader.

E ok!!!! Está tudo bem com isso. Respira!

Mas então, o que fazemos para tentar administrar o máximo possível estas situações e
diminuirmos as vezes em que o nosso lado negro da força pode aparecer?

Realmente você tem que acionar a sua habilidade de autocompaixão para imprimir um
pouco de tranquilidade na sua parentalidade.

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E é claro que o sistema é altamente complexo e nem tudo no universo é culpa dos
pais….mas que o COMO fazemos agora com os nossos pequenos vão trazer marcas
importantes, isso vão!

E para não deixar nenhuma dúvida, o ponto de partida para uma parentalidade/
maternagem ativa, consciente, coerente, neuroeficiente é VOCÊ!!

Não perca isso de vista e passe essa informação para frente!

Seja aqui no ou em qualquer outra forma de treino parental que você


venha buscar, as chances do programa proposto ser eficiente possivelmente começará em
um ponto dentro de você!

Então agora que eu espero ter mobilizado um pouco você - seja porque aconteceu com
você ou porque empaticamente te toca - , busque captar os 3 pontos fundamentais do
COMO . São eles:

3 pontos do COMO
o que seu está em jogo naquele momento que

Se perceber 😳
está marcando a sua forma de sentir, a sua
forma de ler/entender aquela situação e que
acaba recrutando seus padrões de reação?
o meu pequeno está fazendo ou reagindo a tal
situação por qual motivo? tem algo da fase na
Tentar entender 🤔 qual está que tem a ver com aquilo? será que
ele/ela já sabe lidar com aquilo de alguma
outra forma mais eficiente?
então, por mais que algo daquilo me
incomode eu preciso ser a gente grande da
história e segurar um pouco a onda.

Antes de reagir, empatizar 🤗


respirando fundo, tento me colocar no lugar
dele/dela e ver como está percebendo aquilo
para então buscar uma forma mais
neuroeficiente de lidar com aquele momento
apocalíptico (ou não!)!!

Moleza? Claro que não, né.

Mas considerar estes 3 pontos do COMO como um mantra realmente


te ajuda a mediar o o que você irá fazer.”

(trecho do Cognição S.A.: A criação de filhos, do seu jeito e com pitadas neuroeficientes!)

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E essa proposta dos 3 pontos do COMO é apenas um toque para a gente levar para o dia a
dia. É uma espécie de carta na manga, que nos apoia, nos momentos em que percebemos
que não está tão fluido os nossos comportamentos mais voltados a um apego seguro.

E lembre, se você está aqui, como mãe/pai/educador, está buscando ações refletidas e
pensadas e isso é o que te coloca a favor de um desenvolvimento bacana dos pequenos
….parabéns!!

Olhando pra dentro


Uau..chegamos neste ponto final, mas que na verdade é o nosso ponto de partida, não é?

De novo, esse é um exercício profundo e aqui nos limitaremos, mas isso não nos impede
de nos sensibilizarmos e olharmos para dentro!

Então eis uma boa hora de revisitarmos a nossa história, o que nos traz sentido.

Vamos aqui nos fazer algumas perguntas e sinta-se muito, muito à vontade de ir até onde
quiser e puder aprofundar neste exercício, ok?

Vamos lá!

Num fluxo de ideias, sem certo ou errado, o que ficou para você dos vínculos
que você teve com as pessoas significativas na sua vida, principalmente quando
pequeno?

Num fluxo de ideias, sem certo ou errado, o que você percebe no seu dia
a dia, no vínculo que você estabelece com o(s) seus(s) pequenos, que se
relaciona àqueles vínculos que você teve na sua história?

Agora busque colocar aqui as coisas boas que você traz disso, sejam
coisas bacanas que você viveu na sua história de pequeno e/ou o que
esta história te permite viver de bacana hoje com o(s) seu(s) pequeno(s).

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E por fim, descreva aqui as ações continuadas que mostram a sua
atenção à necessidade do(s) seu(s) pequeno(s) e como você pode
promover estas ações de forma proporcional, coerente e consistente no
dia a dia de vocês.

Bem, e com a expectativa de que você venha a colocar a mão na massa, com as suas
pitadas especiais aqui fechamos os nossos ingredientes sensibilizadores.

Mas isso não significa que ficamos só aqui!

Temos os nossos vários canais Bom para Cuca abertos para trocas e reflexões. E estão
todos listados no começo do nosso e-book….

E se o nosso papo continua e cresce, queremos saber de você o que você acha, como você
se sente e se tem algo que você precisa de nós que possamos te ajudar por aqui.

Esperamos MESMO suas opiniões sobre este e-book, suas questões para nos dar ideias de
materiais e o que mais você quiser no nosso e-mail: [email protected].

Isso é MUITO importante para nós…

E para fechar, vai mais um video que encontramos por aí. Ele traz uma boa ideia do ponto
onde podemos começar…. http://bit.do/bompracucaponto

Obrigada por ter estado até aqui conosco e nos vemos sempre no

Um beijo grande, Dani & Val

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Referências
Bowlby, J. (2002). Apego e perda: vol1 - a natureza do vínculo. Martins Fontes. São
Paulo.

Abreu, C.N. (2005). Teoria do Apego: fundamentos, pesquisas e implicações clínicas. Casa
do Psicólogo. São Paulo.

Portinari, D. B. (2013). A Teoria do Apego de John Bowlby e os estudos de apego em


adultos.

Van Ijzendoorn, M. H., Schuengel, C., & BAKERMANS–KRANENBURG, M. J. (1999).


Disorganized attachment in early childhood: Meta-analysis of precursors, concomitants,
and sequelae. Development and psychopathology, 11(02), 225-250.

Mountain, G., Cahill, J., & Thorpe, H. (2017). Sensitivity and attachment interventions in
early childhood: A systematic review and meta-analysis. Infant Behavior and
Development, 46, 14-32.

Ramires, V. R. R., & Schneider, M. S. (2010). Revisitando alguns conceitos da teoria do


apego: comportamento versus representação. Psicologia: teoria e pesquisa, 26(1), 25-33.

Facompré, C. R., Bernard, K., & Waters, T. E. (2017). Effectiveness of interventions in


preventing disorganized attachment: A meta-analysis. Development and Psychopathology,
1-11.

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