Revista Do Ibdh Numero 3 2002
Revista Do Ibdh Numero 3 2002
Revista Do Ibdh Numero 3 2002
Andrew Drzemczewski
Ph.D. (Universidade de Londres); Ex-Professor Visitante da Universidade de Londres; Diretor da Unidade de
“Monitoring” do Conselho da Europa; Conferencista em Universidades de vários países.
Christophe Swinarski
Ex-Consultor Jurídico do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV-Genebra); Delegado do CICV no Extremo
Oriente e Ex-Delegado do CICV na América do Sul (Cone Sul); Conferencista em Universidades de vários países.
5
Fernando Luiz Ximenes Rocha
Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará; Professor da Faculdade de Direito da Universidade
Federal do Ceará; Ex-Diretor Geral da Escola Superior da Magistratura do Ceará; Ex-Procurador Geral do
Município de Fortaleza; Ex-Procurador do Estado do Ceará; Ex-Procurador Geral do Estado do Ceará; Ex-Secretário
da Justiça do Estado do Ceará; Ex-Secretário do Governo do Estado do Ceará.
Flávia Piovesan
Procuradora do Estado de São Paulo; Professora de Direito Constitucional e Direitos Humanos da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo.
Héctor Fix-Zamudio
Professor Titular e Investigador Emérito do Instituto de Pesquisas Jurídicas da Universidade Nacional Autônoma do
México; Juiz e Ex-Presidente da Corte In-teramericana de Direitos Humanos; Membro da Subcomissão de
Prevenção de Discriminação e Proteção de Minorias das Nações Unidas; Membro do Conselho Diretor do Instituto
Interamericano de Direitos Humanos.
Jean-Bernard Marie
Diretor de Pesquisas do “Centre National de la Recherche Scientifique” (França); Professor da Faculdade de Direito
da Universidade de Estrasburgo; Conferencista em Universidades de vários países.
Gilberto Sabóia
Secretário Nacional de Direitos Humanos; Embaixador do Brasil; Subchefe da Delegação do Brasil à II Conferência
Mundial de Direitos Humanos (1993).
Thomas Buergenthal
Ex-Juiz e Ex-Presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos; Presidente Honorário do Instituto
Interamericano de Direitos Humanos; Juiz da Corte Internacional de Justiça; Ex-Integrante da Comissão da Verdade
para El Salvador.
6
APRESENTAÇÃO
O Instituto Brasileiro de Direitos Humanos (IBDH) tem a satisfação de dar a público o terceiro
número de sua Revista, instrumento pelo qual contribui com periodicidade regular para o desenvolvimento do ensino
e da pesquisa na área dos direitos humanos, visando à promoção desses no âmbito da realidade brasileira. No
entendimento do IBDH, o ensino e a pesquisa em direitos humanos orbitam necessariamente em torno de alguns
conceitos básicos. Há que afirmar, de início, a própria universalidade dos direitos humanos, inerentes que são a
todos os seres humanos, e conseqüentemente superiores e anteriores ao Estado e a todas as formas de organização
política. Por conseguinte, as iniciativas para sua promoção e proteção não se esgotam – não podem esgotar-se – na
ação do Estado.
Para lograr a eficácia das normas de proteção, há que partir da realidade do quotidiano, há que
reconhecer a necessidade da contextualização das normas de proteção em cada sociedade humana. Os avanços
logrados nesta área têm-se devido, em grande parte, sobretudo às pressões da sociedade civil contra todo tipo de
poder arbitrário, somadas ao diálogo com as instituições públicas. A cada meio social está reservada uma parcela da
obra de construção de uma cultura universal de observância dos direitos humanos.
Os textos que compõem este terceiro número da Revista do IBDH enfeixam uma variedade de
tópicos atinentes à temática dos direitos humanos. As contribuições enfocam pontos de extrema relevância, como...
Em anexo, ...
Está o IBDH convencido de que o progresso da proteção internacional dos direitos humanos
encontra-se hoje diretamente ligado à adoção e aperfeiçoamento das medidas nacionais de implementação,
preservados naturalmente os padrões internacionais de salvaguarda dos direitos humanos. Toda a temática dos
direitos humanos encontra ressonância imediata na sociedade brasileira contemporânea. O convívio com a violência
em suas múltiplas formas, a insegurança da pessoa e o medo diante da criminalidade, a brutalidade dos níveis
crescentes de destituição e exclusão, a desconfiança da população quanto à eficácia da lei, a chaga da impunidade,
clamam pela incorporação da dimensão dos direitos humanos em todas as áreas de atividade humana em nosso meio
social.
Entende o IBDH que, no presente domínio de proteção, o direito internacional e o direito interno
se encontram em constante interação, em benefício de todos os seres humanos protegidos. Assim sendo, manifesta o
IBDH sua estranheza ante o fato de não se estar dando aplicação cabal ao art. 5°, § 2°, da Constituição Federal
Brasileira vigente, de 1988, o que acarreta responsabilidade por omissão. No entendimento do IBDH, por força do
art. 5°, § 2°, da Constituição Brasileira, os direitos consagrados nos tratados de direitos humanos em que o Brasil é
Parte incorporam-se ao rol dos direitos constitucionalmente consagrados. Há que os tratar dessa forma, como
preceitua nossa Constituição, para buscar uma vida melhor para todos quantos vivam no Brasil.
7
Como um repositório de pensamento independente e de análise e discussão pluralistas sobre os
direitos humanos, a Revista do IBDH busca o desenvolvimento do ensino e da pesquisa sobre a matéria em nosso
País. Desse modo, na tarefa de consolidação de um paradigma de observância plena dos direitos humanos em nosso
meio, espera o IBDH poder dar sua contribuição à redução do fosso que separa o quotidiano dos cidadãos brasileiros
do ideário embutido na Constituição Federal e consagrado nos tratados internacionais de proteção dos direitos
humanos em que o Brasil é Parte.
8
I
DOMESTIC VIOLENCE AGAINST WOMEN AS A
HUMAN RIGHTS VIOLATION
Research Assistant, Solicitors Indemnity Fund, London, England, UK; Master of Laws, University of London –
University College London, England, UK; Qualified Lawyer, Federal University of Ceara, Fortaleza, Brazil;
Member of the International Law Association, Committee on Feminism and International Law, London, England,
UK.
“Murder cannot be conceived of as legitimate response to adultery and what is being defended in this type of crime
is not honor, but self-esteem, vanity and the pride of the Lord who sees his wife as property”. (Decision of the
Superior Tribunal of Justice, Brazil’s highest Court of Appeal, Brasilia, March 11, 1991).
10
Furthermore, as it can be seen from the table
below, the notifications of threats at both district and
Specialized Women Police Stations in Rio de Janeiro
D. Murder
rose 256,6% from 1991 to 1999. This alarming rise
follows an enhancement in the adoption of significant “To kill someone” is the definition of murder
social measures to combat abuse and violence against outlined in Art. 121 of the Brazilian Penal Code.
women. It also reflects both a change in women’s Imprisonment from 6 - 20 years is the penalty for
behavior as well as the ascent of a broad-based culture Simple Murder or from 12 - 30 years for Qualified
of respect for women’s rights within the Brazilian Murder. This punishment can be reduced from 1/3 to
society11. 2/3. It is also a crime decided by the jury and it is
compulsory for a State Attorney to take legal procedures
against the murderer.
NOTIFICATIONS OF VIOLENCE AGAINST
WOMEN AT DISTRICT POLICE STATIONS AND Punishment of a wife or partner-murder is far
SWPS IN RJ, 1991 - 1999 from being the legal norm in Brazil. In cases of murder
YEAR THREATS of wives by their husbands, a certain cultural
1991 4,243 extenuating argument that justifies the acquittal and
1992 5,581 reduces the sanction applied to the defendant has been
1993 6,343 applied. It is the so-called “honour defence” which is a
1994 5,912 defence not formally recognized in law13. This argument
1995 7,876 is always invoked as a way of blaming the victim who is
1996 9,085 accused of betraying the honour of the husband/partner
1997 10,864 and the home. Therefore, the woman becomes the
1998 12,295 culprit and the perpetrator becomes a hero. “Honour” is
1999 15,132 broadly defined to include perceived adulterous conduct
% Growth 256,6% – any activity by the woman outside of the conjugal
norm is deemed an attack on the man himself
legitimating a violent response14. Although the Supreme
C. Attempted Murder Court abolished the concept of “defence of honour” as
justification for murdering a wife, the courts are still
This crime is outlined in Article 12 of the reluctant to prosecute and convict men who claim they
Brazilian Penal Code. It reads, “Try to kill a person”. killed their wives for marital infidelity. This last point is
For instance, a husband tries to kill his wife but she does particularly significant, given that, in June 1998, the
not. The case of Maria da Penha Maia Fernandes12 National Human Rights Movement reported that female
brought before the Inter-American Commission on murder victims were 30 times more likely to have been
Human Rights on 20/08/1998 illustrates this kind of killed by current or former husband or lover than by
crime. The petition states that on May 29, 1983, Mrs. others15. The case below is an example16:
Maria da Penha Maia Fernandes, a pharmacist, was the
victim of attempted murder by her then husband, Marco Act I. In 1990, Joao Lopes, a bricklayer, stabbed to
Antônio Heredia Viveiros, an economist, at her home in death his wife and her lover after catching them together
Fortaleza, Ceará State. He shot her while she was in a hotel room;
asleep, bringing to a climax a series of acts of
aggression carried out over the course of their married Act II. He is on State Jury Trial. The lower court
life. As a result of this, Mrs. Fernandes sustained serious acquitted Lopes of the double murder on the grounds of
injuries, had to undergo numerous operations, and legitimate defense of honor. Under Article 483 of the
suffered irreversible paraplegia and other physical and Criminal Procedure Code, the lower court judge cannot
psychological trauma. interfere in the Jury’s decision;
The penalty for attempted murder varies from 6- Act III. On March 11, 1991, the Superior Tribunal of
20 years imprisonment in the case of Simple Attempted Justice, Brazil’s highest Court of Appeal, nullified the
Murder and from 12-30 years for Qualifying Attempted lower and appellate court decisions. The court found
Murder. This type of criminal injury is tried by a jury. that there is no offence to the husband’s honor by the
What is more, the victim does not need the assistance of wife’s adultery. In addition, the highest court found that
a lawyer for an effective access to court because a State “homicide is not an appropriate response to adultery”.
Attorney must deal with the legal procedure against the Finally, the court proclaimed that “what is defended in
accused.
11
such cases is not honor but the pride of the lord who sexual relations are considered a marital duty and
sees his wife as property”17; refusal to perform it, is a legal motive for separation.
Thus, in Brazil, the prevalent idea is that, sexual
Act IV. The case returns to the State Jury Trial. The violence against a woman by her husband is seen as
Lopes case was re-tried on August 29, 1991; the lower defence of marital rights21. For example, Art 107 of the
court ignored the High Court’s ruling and again Penal Code (1940) allows rapists to go free if they
acquitted Lopes of the double homicide on the grounds marry their victims. Also, Article 1520 of the current
of honor18. Civil Code Draft reinforces the denial of women’s
sexual autonomy and bodily integrity. This article
In wife-murder cases, Brazilian courts ignore allows the marriage of a minor to avoid imposition or
evidence of premeditation and intent to kill, and focus servicing of criminal sentence. As a result, the general
instead on the behavior of the victim19. Hence, the idea is that marriage reinstates the honour of the victim.
accused’s lawyers call attention to the behavior of the As stated by the Brazilian human rights lawyer Leila
victim, who “arrived late at home”, “wore sexy Linhares, the proposition is that rape affects only the
clothes”, “travelled to work”, “went to the gym”, honor of the victim not her body. Therefore, the State
“started to drive a car”20. supposes that the punishment of the perpetrator is of
interest only to the victim herself, not to the whole
society. As a result, the majority of victims of rape do
E. Marital Rape not take court action.
Like wife or partner-murder, reliable sources It appears that marriage is the only acceptable
indicate that men who commit marital rape are rarely space in which women’s honour can be considered to be
convicted. This is maybe because the understanding of safe. As in many other situations it is the women and
domestic violence has pre-eminently been limited to girls who are deemed to be in danger who must be
physical violence: non-consensual sex aspects have removed from that danger, rather than the sexually
been comparatively neglected or omitted. Rape is predatory men who must change or be punished. Danger
broadly defined as involuntary sexual intercourse is defined by being subject to this abuse outside
through the use of physical force, threats or marriage; once married the same acts are no longer
intimidation. Many countries do not recognize rape by a considered unacceptable. Corrective action does not
man of his wife either as a criminal offence or as a focus on the sexuality of the men or their behaviour.
violation of human rights. In Brazil, for example, Young girls and adult women are raped and sexually
according to Article 213 of the Penal Code, the meaning abused; their abusers have the social legitimacy of
of rape is restricted to “sexual intercourse with a woman marriage in which to carry out their assaults22.
involving violence or serious threat of violence”.
However, the above provision is inadequate because
only theoretically applies to sexual violence, which III. The Response of
occurs within the family. And, under this concept of
rape, marital rape does not encompass all sort of
International Law
coercive and forced sexual activity. If Brazilian
domestic law were to be changed to perceive all sex
without a woman’s approval as rape, not just beyond A. How Human Rights
marriage, then the numbers of legally recognized rapes
would be much higher than those of present official
Instruments are made part
figures. of the National Legal System
In this essay rape is considered a grave violation The first option for those who seek to remedy
of the fundamental human right to liberty and security breaches of women’s international rights may be to
of person. In addition, marital rape also may be a petition the domestic courts. How the woman’s suit will
violation of the right to life if it results in the death of be perceived depends in part on the status of a treaty in
the victim. For example, when rape results in infection the national law. A treaty will only be binding upon a
with the AIDS virus, the ultimate consequence is also a state by accession or signature followed by ratification.
violation of the right to life. Furthermore, states might adopt the provisions of
human rights instruments within its national legal
The Brazilian Criminal Law treats women system either by the “transformation” approach or by
victims of rape in a discriminatory manner because it the “incorporation” approach. For instance, the
considers rape a crime against a person. And because approach of Brazil to treaties is the “transformation
12
approach”. It means that Brazil use the treaty provisions acceding to the African Charter, Botswana also had
as the basis for enacting appropriate national legislative taken on board the provisions of other conventions.
rules. Accordingly, Article 5, paragraph 1 of the 1988
Brazilian Constitution reads: “The provisions defining In this case, the Botswana Court of Appeal,
fundamental rights and guarantees are immediately under s 24 of the Interpretation Act 1984 states that “ as
applicable” and Article 5 paragraph 2 compliments as an aid to the construction of the enactment a court may
follows: “ The rights and guarantees expressed in this have regard to any relevant international treaty
Constitution do not exclude others deriving from the agreement or convention”. So, the Court decided that
regime and from the principles adopted by it, or from ICCPR and CEDAW convention applied. And using
the international treaties in which the Federative that construction they held that the Citizenship Act s 4
Republic of Brazil is a party”. contravened the Botswana Constitution; the Anti-gender
discrimination provision and it also contravened Art. 18
So, if a woman wishes to invoke articles of the (3) of the African Charter and all other articles of the
Convention on the Elimination of All Forms of international conventions which do not allow gender
Discrimination against Women (CEDAW) in a national discrimination. The decision in Unity Dow case is in
court or before an administrative tribunal, the woman tune with Art 27 of the Vienna Convention on the Law
relies upon the corresponding national provision and not of Treaties 1969 which says that states parties may not
on the articles of the treaty itself. In spite of this, invoke its provisions of internal law as a justification for
nothing can impede women of using, in national courts, not complying with an international treaty.
provisions established in human rights treaties to back
up what is actually made up in the Constitution but not Similarly, in Longwe-v-Intercontinental Hotels
covered extra-upon by local legislation. The ([1993] 4 LRC), the High Court of Zambia held that
aforementioned innovative advocacy strategy could be “the petitioner had clearly been discriminated against on
justified since ratification of treaties by a nation state the basis of gender, contrary to the Constitution of
without reservations is a clear testimony of the Zambia, the African Charter and the CEDAW
willingness by that state to be bound by the provisions Convention”.
of such a document.
Again, in Ephrahim-v-Pastory and Another
This strategy has been used successfully in the ([1990] LRC), the High Court of Tanzania held that the
Unity Dow-v-Attorney General case23. In this case, the Inheritance Laws were discriminatory to females in that,
applicant, Unity Dow, was a citizen of Botswana by unlike their male counterparts, they were barred from
birth and descent. On March 1984 she married Peter selling clan land. The High Court concluded that this
Nathan Dow, a citizen of the United States of America. customary law flew in the face of the CEDAW
One child was born to them on 29 October 1979 (prior Convention, African Charter and Bill of Rights, which
to their marriage) and two children were born to them had been ratified by Tanzania.
after the marriage. The first child was a citizen of
Botswana under s21 of the Constitution. The
Citizenship Act 1984 repealed s 21 of the Constitution
B. Legal, Judicial and
and provided in s 4 is that a person born in Botswana Administrative Measures
after the Act would be a citizen if at the time of his birth
his father was a citizen or, in the case of a child born out taken by Brazil to combat
of wedlock, his mother was a citizen. Therefore, the two
children born after the marriage were not citizens of
Domestic Violence
Botswana. The Women’s movement in Brazil helped insert
a new constitutional clause in the post-dictatorship
The applicant contended that s4 of the Constitution (1988) and stimulated society and state to
Citizenship Act 1984 contravened rights and freedoms take a new look at the problem of domestic violence.
guaranteed by the Constitution and international human Article 226 (VIII) of Brazil’s Constitution establishes
rights instruments. Botswana had not signed up to that “ the state shall ensure assistance to the family in
CEDAW convention and ICCPR at the time. But what the person of each of its members, creating mechanisms
is interesting is that it had signed up to the African to suppress violence within the family”. Moreover,
Charter. Art. 18 of that instrument ensures the Article 226 (V) reads: “ The rights and duties of marital
elimination of every discrimination against women and society shall be exercised equally by the man and the
children. In addition, the African Charter makes woman”. Since then, the range of individuals and
provisions for incorporation of other Conventions and collective rights and duties, both from private as well as
Declarations, which by definition means that in public sphere have been considerably amplified
13
incorporating other dimensions of life24. Today, for politico-economic difficulties, which made the
instance, the concept of human rights violations legislature deal with daily crises instead of necessary
includes domestic violence as a serious crime against structural functions. It is also due to certain
the individual and society, which will not be excused or incompetence of the legislative branch, and to the rigid
tolerated. However, notwithstanding formal guarantees structure of the juridical system, which discourages
of equality, Brazilian women’s lives continue to be conditions for easy access or rapid action, innovations,
characterized by pervasive discrimination and which would harm the system’s patriarchal logic. Nor
substantive inequality. can one deny that the majority of parliamentarians and
indeed, the majority of jurists – are not well prepared
Since 1988 the above guarantees have not been and keep their distance from the juridical problems of
as well advanced as hoped at the legal, judicial and women26.
administrative level. This is not due to any failure to
address this area. The women’s movement in Brazil has It is worth mentioning some achievements of
submitted proposals to change the Civil Code and the Brazilian Women since the enacting of the 1988
Penal Code, and to create other laws to guarantee Constitution. At state level, the State Council of the
women’s rights. For example, as a result of their great Status of Women of the State of Sao Paulo decided to
effort, the new Civil Code Draft Project represents an undertake a creative project. Inspired by the CEDAW
undeniable advance because its provisions are designed Convention, this governmental organization decided to
with a view to compatibility with the Brazilian open for signature a treaty between the mayors of all
Constitutional standards. Among those the Principle of municipalities and the governor of the State of Sao
equality of rights of men and women adopted in Article Paulo. In September ’92, they ratified the Convencao
5o, I of that Bill of Rights: “Men and women have equal Paulista sobre an Eliminacao de todas as Formas de
rights and duties under the terms of this Constitution”. Discriminacao contra a Mulher. The document states
that “ violence against women is the most tragic
In fact, the new Civil Code Draft is innovative in manifestation of sex discrimination and it is a duty of
that it introduces legal rights so as not to discriminate on everyone who combats or prevents violence in our
a number of specified grounds, including gender, in the society to recognize, identify, denounce, and punish
protection of women’s human rights. For instance, physical and social aggression that harms the dignity of
among the new innovations there has been the the body, of the feelings, and of the image of women”27.
elimination of the notion that the man must be in charge
for the introduction of the concept that man and woman At the national level, in 1992 the women’s
shall share together administration of the matrimonial movement in Brazil called the National Congress to
alliance. Furthermore, it also adopts as the norm the implement a Parliamentary Commission of Inquiry
concept of adequate balancing of responsibilities of the (CPI) to identify violence against women. From January
spouses or partners as to children instead of the 1991 to August 1992 three women Federal Deputies
predominance of fatherhood. Moreover, it replaces the analyzed 265,219 cases from 20 counties. The reports of
term “man” for “person” when used broadly to refer to a the Specialized Women Police Stations constituted the
human being. Additionally, it allows the husband to main source of information. In the end, the CPI
adopt his wife’s surname. Finally, the aforementioned proposed a number of measures to tackle violence
draft establishes that the custody of a child will be given against women28.
to the parent who is in the best position to take care of
the best interests of the child25. Moreover, as a result of a regional seminar on “
Penal Law and Women in Latin America and the
The final adoption of the above measures will Caribbean” (Sao Paulo, April 1992), a specific draft law
prove that the government of Brazil has taken on domestic violence was formulated. And in 1995, the
reasonable steps to prevent women’s human rights Federal Deputy Marta Suplicy proposed this draft as a
violations. Undoubtedly, the measures that this new law Law Project No. 132/1995 to the National Congress.
introduces will represent considerable advancement in
the Brazilian legal and judicial system and consist of a It is also worth mentioning the launch of the
meaningful achievement for the women’s movement, National Programme for Human Rights by the Brazilian
which for decades, has claimed that there was an urgent Federal Government on 14 May 1996. This program
need for legislation along the lines of the 1988 calls for an integrated set of public policies and
Constitution. But more can be done to ensure that any initiatives on the part of the civil society to eliminate
act of domestic violence against women is considered gender discrimination and consolidate citizenship.
and treated as a illegal act. It is clear that these Violence against women is one of the critical areas of
guarantees were not approved long ago due to the concern. Federal, State and Municipal government are
14
committed to the targeting of domestic and sexual organization to intervene in the domestic affairs of
violence against women providing, for example: member states30.
training for lawyers and using media for raising
awareness. Institutional arrangements have also been In international law a further public/private
made and Women’s Rights Defence bodies, different distinction is drawn. It is almost exclusively addressed
ministries and the National Council for Women’s Rights to the public, or official activities of states; states are not
are to implement and monitor human rights treaty held responsible for “private” activities of their
commitments. Furthermore, the Legislative and judicial nationals or those within their jurisdiction31. For
bodies are to enforce the laws on equality. For instance, example, personal relations and family issues are
it is recommended that a gender perspective be taken consigned to the “ private” sphere. Therefore, there is a
into account in all legislative proposals, whenever they general view that family should not be subjected to any
are pertinent29. interference. For example, Art 17 of the ICCPR states “
No one shall be subjected to arbitrary or unlawful
interference with his privacy, family, home or
V. Can the International System correspondence, nor to unlawful attacks on his honor
Help with an Adequate and reputation”. In addition, there is also the idea that
the family is the fundamental group unit of society and
Response to Domestic is entitled to protection by society and the state in
Violence Against Women? accordance to Art. 23 of the ICCPR. As a result, the
family is insulated as a matter of privacy.
15
support on the basis of any law as such. As a result, if a when private individuals infringe women’s rights. Not
state wishes to interfere with the family because there is all international human rights instruments make it clear
a demonstrable objective of the state than that in its provisions that a state which is a party to it either
interference will be lawful. This was demonstrated in acquire or do not acquire responsibility for private or
the case of Airey-v-Ireland32. The applicant wished to non-governmental interference with various rights that
petition for a judicial separation in the Irish High Court are guaranteed. It has been argued that one must rely on
because her husband was an alcoholic who frequently the general principles governing state responsibility.
threatened her with, and occasionally subjected her (and Article 3 of the Draft Articles on State Responsibility
her children) to physical violence. But she lacked the drawn up by the International Law Commission states
means to employ the services of a lawyer and legal aid that
for civil proceedings was not available. In an
application to the Commission, the applicant alleged “There is an international wrongful act of a state
that these facts constituted violations of Art.6 European when:
Convention on Human Rights (right to a fair hearing in (a) Conduct consisting of an action or omission
the determination of civil rights) by reason of the fact is attributable to the state under international law; and
that her right of access to a court was effectively denied, (b) That conduct constitutes a breach of na
and Art.8 of the Convention (right to respect for private international obligation of the state”.
and family life) by reason of the State's failure to
provide an accessible legal procedure for the Whilst Article II (II) of this draft provides that
determination of rights and obligations created by Irish states cannot be held responsible for non-state actors,
family law. The Commission formed the view that there Article 8 broadens the range of conduct attributable to a
had been a violation of Art.6 of the Convention, which state, it provides that:
conclusion in its view rendered examination under Art.8 “The conduct of a person or a group of persons
of the Convention unnecessary, and referred the case to shall also be considered as an act of the state under
the Court. international law if:
(a) It is established that such person or group of
The Court took the view that “respect for family persons was in fact acting on behalf of that state...”
life” does not simply compel the state to abstain from
such interference. In addition to this primary negative Clearly, Article 8 can be demonstrated by the
undertaking there may be positive steps to be taken by Brazilian case. Magistrates, prosecutors, police and
the states to ensure effective protection and respect for lawmakers all perform certain duties under the scope of
family life. law and on behalf of that state. However, the concept of
imputability proposed by the International Law
In Marckx-v-Belgium, the same approach was Commission does not encompass the maintenance of a
used to establish a positive obligation. There the Court legal and social system in which violence or
stated, in the context of the right to “ respect for family discrimination against women is endemic and where
life”, that “ it does not merely compel the state to such actions are trivialized or discounted. It could be
abstain from such interference…there may be positive argued that, given the extent of the evidence of violence
obligations inherent in an “effective respect” for family against women, failure to improve legal protection for
life”33. One could argue that Brazil has failed to women and to impose effective sanctions against the
undertake positive steps to ensure respect for private perpetrators of violence against women should engage
and family life because it has been very slow in state responsibility34.
providing preventive measures, including public
information and education programs to change attitudes Some provisions in international human rights
concerning stereotyped roles for men and women. documents make state liability for violation of rights
very clear. For example, Article 2(e) of the CEDAW
Convention stipulates that “ states parties agree to
B. State Responsibility for pursue all appropriate measures to eliminate
Violation of Women’s Rights discrimination against women by any person,
organization or enterprise”; Moreover, the CEDAW
The use of violence towards women by the Committee, the expert body that considers the progress
State’s representatives does not generate academic made in the implementation of the CEDAW
problems for attributing state responsibility. States are Convention, in its Recommendation No 19 emphasizes
generally perceived as responsible for acts of its agents. “that gender discrimination is not restricted to action by
Nevertheless, international law has not been very clear or on behalf of governments...under general
in dealing with the issue of the responsibility of the state international law and specific human rights covenant,
16
states may also be responsible for private acts if they was responsible for failing to take necessary diligence to
fail to act with due diligence to prevent violations of provide an environment in which human rights could be
rights or to investigate and punish acts of violence, and enjoyed. Therefore, this focus undertaken in Velasquez
for providing compensation”. Rodrigues case offers a framework for holding states
like Brazil liable for domestic violence against women
The decision of the European Court of Human by non-state actors, i.e., their husbands or partners.
Rights in the X and Y –v- Netherlands and the opinion
of the Inter-American Court of Human Rights in the In Velasquez Rodrigues-v-Honduras the Inter-
Velasquez Rodrigues-v-Honduras case both define state American Court criticized disappearances because they
responsibility as being centered on affirmative duties to were “ a means of creating a general state of anguish,
protect against violations even if performed by private insecurity and fear...” Women victims of intrafamilial
citizens. violence testify that they experience similar feelings.
Such feelings are contrary to the right to a sense of
In X and Y v. Netherlands35 the court held that physical privacy as protected by international human
the positive obligation on the state extended to the rights law. Thus, states parties to treaties that enshrine
circumstances of private activities. Here, there had been the protection of privacy have an emerging duty to
a sexual assault on a 16-year-old, mentally handicapped prevent intrafamilial violence where there is an
girl by an adult male of sound mind. It had not been established pattern of domestic violence. Furthermore,
possible to bring a criminal charge against the man party states are obliged to investigate and punish those
because of a procedural gap in Dutch law. The Court violations that do occur40.
conceded that there was a wide discretion for a state to
determine what steps it should take to intervene between Regarding the obligation to investigate the Inter-
individuals. The government’s position was that there American system has been categorical. In Mejia
were civil remedies available to the girl and so she was Egocheaga-v-Peru the Inter-American Commission on
not bereft of protection. However, affirming the Airey Human Rights explicitly stated that “ investigation must
case, the court found that the civil remedies were not be for a purpose and be assumed by the state as a
without their practical drawbacks and that the absence specific duty and not as a simple matter of management
of an effective criminal remedy in these circumstances of private interests that depends on the initiative of the
constituted a failure by the Dutch authorities to respect victim or his family in bringing suit or on the provision
Y’s right to private life36. Arguably, privacy in the sense of evidence by private sources, without the public
of physical integrity offers greater latitude for authority effectively seeking to establish the truth...”41.
countering forms of domestic violence. Hence, in states Moreover, in its recent decision on reparation in the
that do not investigate a persistent pattern of severe cases of El Amparo-v-Venezuela and Neira Alegria-v-
forms of domestic violence and that lack adequate civil Peru (both in September 1996) the Inter-American
remedies and criminal prosecutions, victims of such Court reaffirmed the duty of the State to effectively
violence might have a cause of action under human investigate the facts and punish the authors of every
rights treaties37. human rights violation42.
In Velasquez Rodriguez v Honduras case38 the Therefore, the reasoning used in the
Inter-American Court concluded that Honduras was aforementioned cases offers a framework for holding
responsible for disappearances even if they were not states liable for domestic violence against women by
carried out by agents who acted under cover of public their husbands or partners. For instance, Brazil can be
authority, because the state’s apparatus failed to act to held responsible since it has failed to prevent domestic
prevent the disappearances or to punish those violence or to respond to it as required by the American
responsible. This case concerned Velasquez Rodriguez, Convention on Human Rights. Article 1 (1) of the
a student at the National Autonomous University of convention says: “The State Parties to this convention
Honduras who disappeared on September 12, 1981. He undertake to respect the rights and freedoms recognized
was allegedly kidnapped and detained without a warrant herein and to ensure to all persons subject to their
for his arrest, by members of the National Office of jurisdiction the free and full exercise of those rights and
Investigations and of the Armed Forces of Honduras. freedoms”.
During his detention he was taken to various locations
where he was interrogated and tortured. Therefore,
because Honduran officials either carried out or
C. Individual Petition and
acquiesced in the kidnappings, the court concluded that Reporting Mechanism
the government failed to guarantee his human rights39.
The Inter-American Court essentially said that the state
17
The International Covenant on Civil and Political 23506, which specifically provides that a Peruvian
Rights-ICCPR, American Convention on Human citizen who considers that his or her constitutional rights
Rights-ACHR, Convention on the Elimination of All have been violated may appeal to the Human Rights
Forms of Discrimination against Women-CEDAW Committee of the United Nations, the author seeks
Convention, OAS Convention on the Prevention, United Nations assistance in vindicating her right to
Punishment and Eradication of Violence against equality before the Peruvian courts. The Committee is
Women and the Special Rapporteur mandate offer a of the view that Peru is under an obligation, in
wide variety of legal measures and mechanisms that if accordance with the provisions of article 2 of the
used in conjunction with national effort can help to Covenant, to take effective measures to remedy the
tackle domestic violence against women in Brazil and violations suffered by the victim. In this respect the
elsewhere. The following section will begin by Committee welcomes the State party's commitment,
analyzing the significant role that the reporting and expressed in articles 39 and 40 of Law No. 23506, to
individual mechanisms provided in human rights co-operate with the Human Rights Committee, and to
instruments can play in that. implement its recommendations.
The Human Rights Committee established under Brazil ratified the ICCPR in 24.04.92 but did not
the ICCPR has both a reporting and individual ratify the First Optional Protocol. Thus, currently
complaint procedure. The latter is only available to Brazilian women cannot complain before the
women from countries that have ratified the First Committee that Brazil’s failure to prosecute domestic
Optional Protocol to the ICCPR. A mechanism is violence infringes, for instance, their right to equality
therefore established for women victims of domestic before the law guaranteed in Article 26 of the ICCPR.
violence to bring complaints before the Human Rights
Committee against their countries. The function of the The American Convention on Human Rights
committee is to gather all necessary information, by establishes the reporting and individual petition system
means of written exchanges with the parties (the State for the protection of women’s rights. The Inter-
and the Complainant), to consider the admissibility and American Human Rights Commission and the Inter-
merits of complaints and to issue its “views”. It should American Court of Human Rights are the organizations
be noted that the Committee is not a court, does not which promote respect for and defence of human rights
issue “ judgments” and has no means to enforce any in the states parties to the convention. Both are judicial
views, which it might adopt43. Avellana-v-Peru44 is an bodies. The American Court has the power, for instance,
example of a case where a woman used the Optional to take action on women’s petition containing
Protocol to the ICCPR to challenge sex discrimination. denunciations of domestic violence as a violation of
Ms Avellana claimed that the Government of Peru has human rights guaranteed in the convention. It is
violated, articles 2, paragraphs 1 and 3, 16, 23, important to note that, according to Article 61(1) of the
paragraphs 4 and 26, of the Covenant, because she has ACHR, “ only States parties and the Commission shall
been allegedly discriminated against simply because she have the right to submit a case to the court”. Thus, so
is a woman. The author is the owner of two apartment far, under the American Convention individuals do not
buildings in Lima, which she acquired in 1974. It have automatic and direct access to the American
appears that a number of tenants took advantage of the Courts of Human Rights as an international tribunal.
change in ownership to cease paying rent for their Accordingly, the main function of the American
apartments. After unsuccessful attempts to collect the Commission is not to be a party of the legal procedures
overdue rent the author sued the tenants. The court of but to play the role of legal assistant of the American
first instance found in her favour and ordered the Court to safeguard the applicability of the American
tenants to pay her the rent. The Superior Court reversed Convention. The claims of female victims of marital
the judgment on the procedural ground that the author battering, rape and murder should contain facts
was not entitled to sue because, according to article 168 demonstrating that the general failure of the state to
of the Peruvian Civil Code, when a woman is married prosecute domestic violence led to their physical and
only the husband is entitled to represent matrimonial mental suffering. And, according to Article 48 ACHR,
property before the Court. The author appealed to the when the Commission considers the women’s petition
Peruvian Supreme Court submitting that the Peruvian admissible, it shall request information from the
Constitution abolished discrimination against women. government of the state indicated as being responsible
However, the Supreme Court upheld the decision of the for the alleged violations.
Superior Court.
The Commission will then examine the matter in
Having thus exhausted domestic remedies in order to verify the facts. If necessary, the Commission
Peru, and pursuant to article 39 of the Peruvian Law No. will carry out an investigation and, if requested, receive
18
oral or written statements. Moreover, the Commission Brazil. In addition, Articles II and XVIII of the
places itself at the disposal of parties concerned with a American Declaration of the Rights and Duties of Man,
view to reaching a friendly settlement. According to as well as Article 7 of the Convention of Belém do Pará.
Article 50, if a settlement is not reached, the It also concludes that this violation forms a pattern of
Commission transmits a report stating its conclusions discrimination evidenced by the condoning of domestic
and recommendations to the parties concerned. Article violence against women in Brazil through ineffective
61(2) states that the Commission is free to submit a case judicial action. The IACHR recommends that the State
to the Court after issuing its report. conduct a serious, impartial and exhaustive
investigation in order to establish the criminal liability
However, Article 62(I) reads that the Court has of the perpetrator for the attempted murder of Mrs.
only jurisdiction upon party states who have recognized Fernandes and to determine whether there are any other
that in their instrument of ratification to the convention. events or actions of State agents that have prevented the
Finally, according to Article 63(I), if the Court has rapid and effective prosecution of the perpetrator. It also
jurisdiction over a case and finds that there has been a recommends prompt and effective compensation for the
violation of a right, it will specify the measures victim, and the adoption of measures at the national
necessary to remedy the violation. It can also rule that level to eliminate tolerance by Brazil of domestic
fair compensation be paid to the victim. violence against women.
Brazil deposited its instrument of ratification to The most extensive instrument dealing with the
the ACHR on 25 September 1992 but without accepting protection and promotion of women’s rights as human
the jurisdiction of the Inter-American Court of Human rights is the United Nations CEDAW Convention. It
Rights. This meant Brazilian women could lodge a was adopted in 1979 by the United Nations General
petition with the Commission but could not have their Assembly and entered into force on 03 September 1981.
case heard by the Inter-American Court, under the It explains what constitutes discrimination against
individual petition mechanism, although individual women and determines an agenda for national action
cases might be cited as examples by NGO’s presenting plans to terminate discrimination against women in all
evidence and observations under the reporting spheres of life such as: politics, education, employment,
mechanism. Fortunately, all this changed on 10 health care, economics, marriage, family, law and the
December 1998 when the State of Brazil deposited, in application of the law. However, although CEDAW
accordance with Article 62 of the ACHR, its instrument establishes rights for women in areas not previously
of recognition of the compulsory contentious subject to international standards, it does not contain
jurisdiction of the Inter-American Court of Human explicit provisions for confronting violence against
Rights on all matters relating to the interpretation or women. To compensate for this lacuna, the CEDAW
application of the convention for events that occur as Committee in its General Recommendation No. 19
from that date45. specifically addressed gender-based violence. It
includes gender-based violence as “ a form of
The Maria da Penha Maia Fernandes-v-Brazil discrimination that seriously inhibits women’s ability to
case is an example of petition lodged with the Inter- enjoy rights and freedoms on a basis of equality with
American Commission on Human Rights (hereinafter men”46.
"the IACHR"). On August 20, 1998 the IACHR
received a petition filed by Mrs. Maria da Penha Maia Until the entry into force of the Optional
Fernandes, the Center for Justice and International Law Protocol to the CEDAW Convention on 22 December
(CEJIL), and the Latin American and Caribbean 2000, there were only two ways for women to tell the
Committee for the Defense of Women’s Rights government and the international community if and how
(CLADEM) (hereinafter "the petitioners"). The IACHR they were discriminated against: by the Reporting
analyzes admissibility requirements and considers the Procedure (Art.18) and by the Inter-state Procedure
petition admissible pursuant to Articles 44, 46(2)(c) and (Art.29). The latter is susceptible to an extensive
47 of the ACHR, and 12 of the Convention of Belém do number of reservations and has never been enforced.
Pará. With respect to the merits of the case, the IACHR The aforementioned protocol incorporated a third
concludes that the State violated the right of Mrs. option, the Communication Procedure.
Fernandes to a fair trial, equal protection and judicial
protection, guaranteed in Articles 8, 24 and 25 of the Party States are required to submit reports within
ACHR, in relation to the general obligation to respect one year of the Convention coming into effect for the
and guarantee rights set forth in Article 1(1) of that state concerned and thereafter every four years and
instrument because of the unwarranted delay and whenever the committee so requests. Articles 2 and 18
negligent processing of this case of domestic violence in stipulate that reports should indicate the legislative,
19
judicial, administrative or other measures to eliminate human rights protections were included in the process of
all forms of discrimination against women, including redrafting the 1988 national constitution.
discriminatory treatment of women victims of domestic
violence. Moreover, Recommendation No. 19 requires The Communication Procedure introduced by the
states to take into consideration gender-based violence Optional Protocol to CEDAW is the first international
when reporting under the CEDAW Convention. individual complaint procedure specifically directed to
gender issues. Article 2 allows either individuals or
Prior to the Optional Protocol the only power the groups of individuals to submit individual complaints to
CEDAW Committee had was the moral pressure it the CEDAW monitoring Committee. Communications
could exert based on general awareness about domestic may also be submitted on behalf of individuals, with
violence in a population, and the accompanying public their consent, unless it can be shown why that consent
international debate. This is because the reporting was not received. Under this communication
method of promoting and protecting human rights is mechanism, the CEDAW Committee is equipped to
often seen as one of the powerless forms of express its views on what is required from States in
enforcement. Also, because a self-reporting system individual circumstances. This enables Party States to
tends to produce reports which describe only the bare better understand the significance of the duties they
legal provisions. In general, states do not provide have agreed by assenting to CEDAW. The Committee
critical information on targets to be achieved, but findings would result in jurisprudence providing both
monitoring committees may refer to data received from understanding about specific issues and direction about
NGO’s and others in their “ comments” or their state’s commitments under CEDAW. In accordance
alternate reports. with DAW until 22 September 2001, 27 countries are
party to the Optional Protocol and 68 signatories have
Norma Forde, a member of CEDAW Committee, signed it. Brazil signed the protocol on 13 March 2001
noted that the work of CEDAW is far more effective but it has not ratified it yet despite the pressure of
when its members have recourse to sources of women’s human rights activists.
information in addition to data contained in reports of
states parties. Accordingly, she explained, CEDAW has The Inter-American Convention on the
requested the Division for the Advancement of Women Prevention, Punishment and Eradication of Violence
(DAW) at the UN Secretariat in New York to compile against Women was adopted by countries of the Latin
statistics garnered from official UN sources relevant to American Region on 9 June 1994 in Belem do Para,
member’s reports. CEDAW has also requested UN Brazil. Brazil ratified this landmark document on 27
specialized agencies to provide it with relevant November 1995. Article 10 sets out the mechanism of
information and encourages NGOs to send them protection available for women. It includes a reporting
information particularly on major problems facing system similar to that under the CEDAW Convention
women in the reporting countries47 but also provides an individual right of petition and a
right for non-governmental organizations to lodge
According to DAW, as of May 2001, 168 complaints with the Inter-American Commission of
countries are party and four have signed the CEDAW Human Rights.
Convention. Brazil ratified this treaty on 01 February
1984 with a number of reservations regarding domestic On 4 March 1994 the United Nations
life and it entered into force on 21 March 1984. The Commission on Human Rights appointed Radhika
Initial Report by Brazil was due on 02 March 1985; and Coomaraswamy as the first person to hold the position
afterwards the periodic reports were due on 02 March of Special Rapporteur on Violence against Women. Dr.
1989, on 02 March 1993; 02 March 1997 and finally 0 Coomaraswamy explains that special rapporteurs are
March 2001. So far Brazil has no reports submitted to independent fact-finders whose mandate contains three
the CEDAW Committee, despite the fact that one year main components. The first is to set out the pervasive
prior to the due date, the UN General Secretary invites and grievous nature of violence against women. The
the state party to submit its reports. Consequently, the second involves identifying and investigating factual
CEDAW committee has been unable to verify the situations, as well as allegations, which may be put
progress Brazil has made to comply with its treaty before her by governments and non-governmental
obligations. Although Brazil promised to use the organizations (NGOs). The third component is to
convention as a basis for reforms that would improve its recommend measures aimed at preventing women’s
legal system’s treatment of violence against women, it rights violations. The Special Rapporteur visited Brazil
has yet to take concrete steps to comply with it. At least, in May 1996 to investigate and identify more precisely
in Brazil, women used CEDAW to ensure that women’s the issue of domestic violence. One of her tasks was to
establish dialogue with the government of Brazil to find
20
solutions for the elimination of domestic violence. She they may understand the importance of not condoning
looked at the criminal justice system and spoke to domestic violence.
individual victims, often brought by NGOs. The reports
of Special Rapporteurs have been regarded as one of the b. The simplification of criminal judicial
most authoritative mechanisms in the UN’s monitoring proceedings so that the time taken for proceedings can
and reporting system. The Special Rapporteur on be reduced, without affecting the rights and guarantees
women also can play a very important role in cases of related to due process.
domestic violence. In the case of individual complaints,
if the Special Rapporteur is satisfied that it is a genuine c. The establishment of procedures that serve as
case falling within her mandate, she can submit it to the alternatives to judicial mechanisms, to resolve domestic
relevant government for their comments. conflict in a prompt and effective manner and create
awareness regarding its serious nature and associated
criminal consequences.
Conclusion
d. An increase in the number of special police
The right to be free from domestic violence is stations to address the rights of women and to provide
not directly stated in international human treaties. them with the special resources needed for the effective
Because domestic violence often results in battery, rape processing and investigation of all complaints related to
and murder, it is implied in the “ right to life” (Article 4 domestic violence, as well as resources and assistance
ACHR), “ to physical, mental and moral integrity” from the Office of the Public Prosecutor in preparing
(Article 5 ACHR) and “security of person” (Article 7). their judicial reports.
Including “ freedom from slavery or servitude” (Article
6 ACHR), “equality before the law” (Article 24 ACHR), e. The inclusion in teaching curriculums of
“ equal rights of men and women” (Article 1 ACHR), “ units aimed at providing an understanding of the
right to privacy”(Article 11 ACHR) and “right of the importance of respecting women and their rights
family” (Article 17 ACHR). These norms are cited as a recognized in the Convention of Belém do Pará, as well
basis for arguing that domestic violence constitutes a as the handling of domestic conflict.
human rights violation meaning, ultimately, that all
human rights have a gender amplitude that ought to be There are many problems in approaching human
understood in order for women’s human rights to be rights with reference to domestic violence: firstly, the
realized, safeguarded and enjoyed. distinction between public and private life in
international law. It means that states are almost
Analysis of domestic violence as an abuse of exclusively responsible for acts of its officials.
human rights can be addressed in national courts with Secondly, there is a limited concept of state
the view to improve protection available to women. responsibility for violations of rights by private
Cases such as Unity Dow, Longwe and Ephrahim have individuals. Thirdly, human rights practice does not
resulted in rulings that are favorable to this advocacy tend to focus on the causes of domestic violence, which
strategy. However, when domestic courts fail to protect are rooted in economic, legal and social factors. These
women against that violence, international litigation factors do not work to women’s advantage.
represents a positive mechanism. Women’s right to state
protection from domestic violence can be achieved. Nevertheless, such problems should not obscure
Victims have to prove a pattern of violence and a the advantages in using human rights system. It employs
systematic failure by the state to act with due diligence the reporting and individual petition mechanism to bring
to prevent violations of rights and to investigate and pressure on states that fail to prosecute domestic
punish acts of domestic violence. Cases like Maria da violence. The former should produce positive results by
Penha Maia Fernandes-v-Brazil illustrate that the law embarrassing offending governments in the
can be changed. The Inter-American Commission on international arena. The latter provides the possibility
Human Rights thus recommends that the Brazilian State for specific redress and opportunity for development of
continues to expand the reform process that will put an a detailed jurisprudence. Thus, it aims to bring changes
end to the condoning of domestic violence against to law and practice, which presently discriminate
women in Brazil and discrimination in handling it. In against women. Both these mechanisms depend on
particular, the Commission recommends: international as well as national political will to protect
women in domestic violence.
a. Measures to train and raise the awareness of
officials of the judiciary and specialized police so that
21
Notas
1. Children’s exposure to domestic violence and states should include legislation to remove the
sex-based stereotypes socializes them to accept defense of honor in regard to the assault or
such violence as a legitimate response to stress. murder of a female family member. See
Studies of battered spouses consistently reflect International Human Rights Report Vol. 1, n. 1
that men who grow up in abusive home (1994).
environments are far more likely to become
abusive as adults. See Rhode, D.L., Justice and 14. Romany, C, “ State Responsibility Goes Private:
Gender: Sex discrimination and the law, A Feminist Critic of the Public/Private
Harvard University Press, Cambridge, Distinction in International Human Rights
Massachusetts, London, (1989) 244. Law”, in Coo, R. (ed.) Human Rights of
Women: National and International
2. http://www.uninstraw.org/mensroles/ Perspectives, (1994) 326.
background.html
15. 1999 IACHR 1443, p.14.
3. Calumny, defamation and injure should be
perceived as forms of psychological gender- 16. Human Rights Watch, Criminal Injustice:
based violence when committed by men against Violence Against Women in Brazil, Washington
their wives or partners. See Articles 138, 139 DC, (1991) 25 – 26.
and 140 of the Brazilian Penal Code.
17. Before Brazil became independent from
4. U.N. Doc. Op. cit., p.15. Portugal in 1822 the colonial laws permitted the
murder of a woman and her lover by her
5. Herman, J. and Barsted, L., O Judiciário e a husband. Nevertheless, the opposite was not
Violência contra a Mulher: A Ordem Legal e a allowed. Until as recently as 1962 women had
(Des) Ordem Familiar, Cadernos Cepia, RJ, to have their husbands authorization to work
(1995) 79. outside the home or to travel nearby.
9. Brazilian Newspaper: “O Globo”, 24/11/00. 21. Barsted, L., Violêcia contra a Mulher e
Cidadania: uma Avaliação das Políticas
10. See footnote 5. Públicas, Cadernos Cepia, Rio de Janeiro,
(1994) 21.
11. http://www.iser.org.br/portug/indicador_mulher.
html 22. Sen, P., LSE, for CHANGE, Change
Programme on Non-Consensual Sex in
12. Inter-American Commission on Human Rights, Marriage, Pilot Phase Country Report: India,
Organization of American States, Report N. 1991.
54/01, Case 12.051, Maria da Penha Maia
Fernandes, Brazil, April 16, 2001. 23. Unity Dow-v-Attorney General [1991] LRC
(Const) 575.
13. CEDAW Committee General Recommendation
N. 19, in its Art 16 (r), (ii) recommends that
1
24. Pimentel, S., “O novo Codigo Civil representa
um avanço significativo na legislação?” In 35. X and Y v. Netherlands. 91 Eur. Ct. H. R. (Ser
Folha de São Paulo, Brazilian Newspaper, A), (1985).
18/08/2001, p. 2 – Tendências/Debates.
36. Harris, D.J., O’Boyle, M., and Warbrick, C., “
25. Ibid., p. 2. Law of the European Convention on Human
Rights”, Butterworths (1995), 323.
26. Pimentel, S., “Special Challenges Confronting
Latin American Women” in Kerr, J. (Ed.) Ours 37. -Van Bueren, G., “ The International Protection
by Right: Women’s Rights as Human Rights, of Family Member’s Rights as the 21st Century
Zed books, (1993) 30. Approaches”, 17Human Rights Quarterly
(1995)0 752;
27. Ibid., p. 31
38. Velasquez Rodrigues v. Honduras, Human
28. Soares, L.E., Violência Contra a Mulher: Rights Law Journal, Vol.: 9: 212.
Levantamento e Análise de dados sobre o Rio
de Janeiro em Contraste com Informações 39. See Shelton, D., “ Private Violence, Public
Nacionais, ISER, Rio de Janeiro (1993) 17. Wrongs and the Responsibility of States”
Fordhamm Int’l L. J., 13 (1990) 5, 10.
29. Summary of the national action plans and
strategies for implementation of the platform for 40. Van Bueren, G., loc. cit.
action; document prepared by DAW as an
informal paper for the 42nd session of the 41. Mejia Egocheaga and another v. Peru,
Commission on the Status of Women (March “Butterworths Human Rights Cases”,
1998). Butterworths, London (1996) 256.
30. Kim, N., “ Toward a Feminist Theory of Human 42. 10 Interights Bulletin (1996) 94.
Rights: Straddling the Fence between Western
Imperialism and Uncritical Absolutism”, 25 43. O’Flaherty, M., Human Rights and the UN
Columbia Human Rights Law Review (1993) Practice Before the Treaty Bodies, Sweet &
68/69. Maxwell, London (1996) 47.
31. Charlesworth H., and Chinkin, C., “ Violence 44. Graciela A. del Avellana-v-Peru,
Against Women: A Global issue”. In J. Stubbs Communication N.202/1986 (28 October 1988),
(Ed.). Women, Male Violence and the Law U.N. Doc. Supp. n. 40 (A/44/40) at 196 (1988).
(Institute of Criminology Series, n. 06, (Sydney
1994) 14. 45. 1999 IACHR1443.
32. Eur. Ct. H. R. (Ser A), (1979). 46. International Human Rights Report, Vol. 1, n. 1
(1994).
33. Harris, D.J., O’Boyle, M. and Warbrick, C.,
Law of the European Convention on Human 47. Cook, R.. (ed.) “ Women’s International Human
Rights, Butterworths, London (1995) 19. Rights Law: The Way Forward”. In Human
Rights of Women: National and International
34. Charlesworth, H., and Chinkin, C., “ The Perspectives, Routledge, (1995) 24.
Gender of Jus Cogens” 15 Human Rights
Quarterly (1993) 73.
2
II
A PERSONALIDADE E CAPACIDADE JURÍDICAS
DO INDIVÍDUO COMO SUJEITO DO DIREITO
INTERNACIONAL1
Ph.D. (Cambridge); Juiz Presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos; Professor Titular da
Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco; Membro Titular do Institut de Droit International; Membro dos
Conselhos Diretores do Instituto Internacional de Direitos Humanos (Estrasburgo) e do Instituto Interamericano de
Direitos Humanos.
1.. Trabalho de pesquisa que serviu de base a duas Humanos", El Sistema Interamericano de
conferências ministradas pelo Autor no Protección de los Derechos Humanos en el
Congresso Nacional em Brasília: a primeira, Umbral del Siglo XXI – Memoria del Seminario
palestra inaugural do Seminário "A Proteção (Nov. 1999), San José de Costa Rica, Corte
Internacional dos Direitos Humanos das Interamericana de Derechos Humanos, 2001,
Mulheres", realizado no âmbito da V pp. 3-68; A.A. Cançado Trindade, "El Nuevo
Conferência Nacional de Direitos Humanos, no Reglamento de la Corte Interamericana de
Auditório da Câmara dos Deputados em Derechos Humanos (2000): La Emancipación
Brasília, aos 25 de maio de 2000; e a segunda, del Ser Humano como Sujeto del Derecho
palestra de encerramento do Seminário sobre a Internacional de los Derechos Humanos", 30/31
Justiça Internacional, realizado pela Comissão Revista del Instituto Interamericano de
de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados Derechos Humanos (2001) pp. 45-71.
no Auditório Nereu Ramos, aos 20 de setembro
de 2001. 3. A.A. Cançado Trindade, Princípios do Direito
Internacional Contemporâneo, Brasília, Editora
2. A.A. Cançado Trindade, "The Procedural Capacity Universidade de Brasília, 1981, pp. 20-21. Para
of the Individual as Subject of International um relato da formação da doutrina clássica, cf.,
Human Rights Law: Recent Developments", inter alia, e.g., P. Guggenheim, Traité de droit
Karel Vasak Amicorum Liber – Les droits de international public, vol. I, Genève, Georg,
l'homme à l'aube du XXIe siècle, Bruxelles, 1967, pp. 13-32; A. Verdross, Derecho
Bruylant, 1999, pp. 521-544; A.A. Cançado Internacional Público, 5a. ed., Madrid, Aguilar,
Trindade, "The Consolidation of the Procedural 1969 (reimpr.), pp. 47-62; Ch. de Visscher,
Capacity of Individuals in the Evolution of the Théories et réalités en Droit international
International Protection of Human Rights: public, 4a. ed. rev., Paris, Pédone, 1970, pp. 18-
Present State and Perspectives at the Turn of the 32; L. Le Fur, "La théorie du droit naturel
Century", 30 Columbia Human Rights Law depuis le XVIIe. siècle et la doctrine moderne",
Review – New York (1998) pp.1-27; A.A. 18 Recueil des Cours de l'Académie de Droit
Cançado Trindade, "L'interdépendance de tous International de La Haye (1927) pp. 297-399.
les droits de l'homme et leur mise en oeuvre:
obstacles et enjeux", 158 Revue internationale 4. Cf. Association Internationale Vitoria-Suarez,
des sciences sociales – Paris/UNESCO (1998) Vitoria et Suarez – Contribution des
pp. 571-582; A.A. Cançado Trindade, "A Théologiens au Droit International Moderne,
Emancipação do Ser Humano como Sujeito do Paris, Pédone, 1939, pp. 169-170.
Direito Internacional e os Limites da Razão de
Estado", 6/7 Revista da Faculdade de Direito da 5. Cf. Francisco de Vitoria, Relecciones – del Estado,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro de los Indios, y del Derecho de la Guerra,
(1998-1999) pp. 425-434; A.A. Cançado México, Porrúa, 1985, pp. 1-101; A. Gómez
Trindade, "El Derecho de Petición Individual Robledo, op. cit. infra n. (11), pp. 30-39.
ante la Jurisdicción Internacional", 48 Revista
de la Facultad de Derecho de México – UNAM 6. Francisco de Vitoria, De Indis – Relectio Prior
(1998) pp. 131-151; A.A. Cançado Trindade, (1538-1539), in: Obras de Francisco de Vitoria
"El Acceso Directo de los Individuos a los – Relecciones Teológicas (ed. T. Urdanoz),
Tribunales Internacionales de Derechos Madrid, BAC, 1960, p. 675.
Humanos", XXVII Curso de Derecho
Internacional Organizado por el Comité 7. A.A. Cançado Trindade, "Co-existence and Co-
Jurídico Interamericano – OEA (2000) pp. 243- ordination of Mechanisms of International
283; A.A. Cançado Trindade, "Las Cláusulas Protection of Human Rights (At Global and
Pétreas de la Protección Internacional del Ser Regional Levels)", 202 Recueil des Cours de
Humano: El Acceso Directo de los Individuos a l'Académie de Droit International de La Haye
la Justicia a Nivel Internacional y la (1987) p. 411; J. Brown Scott, The Spanish
Intangibilidad de la Jurisdicción Obligatoria de Origin of International Law – Francisco de
los Tribunales Internacionales de Derechos Vitoria and his Law of Nations, Oxford/London,
Clarendon Press/H. Milford – Carnegie 17. P.P. Remec, The Position of the Individual..., op.
Endowment for International Peace, 1934, pp. cit. supra n. (8), pp. 36-37.
282-283, 140, 150, 163-165 e 172.
18. Ibid., p. 37.
8. P.P. Remec, The Position of the Individual in
International Law according to Grotius and 19. J. Spiropoulos, L'individu en Droit international,
Vattel, The Hague, Nijhoff, 1960, pp. 216 e 203. Paris, LGDJ, 1928, pp. 66 e 33, e cf. p. 19.
20. Ibid., p. 55; uma evolução nesse sentido, agregou,
9. Ibid., pp. 219-220 e 217. haveria de aproximar-nos do ideal da civitas
maxima.
10. Ibid., pp. 243 e 221.
21. Cf. L. Le Fur, "La théorie du droit naturel...", op.
11. A. Gómez Robledo, Fundadores del Derecho cit. supra n. (3), p. 263.
Internacional, México, UNAM, 1989, pp. 48-
55. 22. W. Friedmann, The Changing Structure of
International Law, London, Stevens, 1964, p.
12. Cf., a respeito, o estudo clássico de Hersch 247.
Lauterpacht, "The Grotian Tradition in
International Law", 23 British Year Book of 23. Cf. C.Th. Eustathiades, "Les sujets du Droit
International Law (1946) pp. 1-53. international...", op. cit. infra n. (47), p. 405.
24. Ibid., p. 406.
13. Por conseguinte, em casos de tirania, admitia
Grotius até mesmo a intervenção humanitária; 25. Para uma crítica à incapacidade da tese dualista
os padrões de justiça aplicam-se vis-à-vis tanto de explicar o acesso dos indivíduos à jurisdição
os Estados como os indivíduos. Hersch internacional, cf. Paul Reuter, "Quelques
Lauterpacht, "The Law of Nations, the Law of remarques sur la situation juridique des
Nature and the Rights of Man", 29 Transactions particuliers en Droit international public", La
of the Grotius Society (1943) pp. 7 e 21-31. technique et les principes du Droit public –
Études en l'honneur de Georges Scelle, vol. II,
14. Ibid., p. 26. Paris, LGDJ, 1950, pp. 542-543 e 551.
15. C. Sepúlveda, Derecho Internacional, 13a. ed., 26. Cf., e.g., Y.A. Korovin, S.B. Krylov, et alii,
México, Ed. Porrúa, 1983, pp. 28-29. Wolff International Law, Moscow, Academy of
vislumbrou os Estados-nação como membros de Sciences of the USSR/Institute of State and
uma civitas maxima, conceito que Emmerich de Law, [s/d], pp. 93-98 e 15-18; G.I. Tunkin,
Vattel (autor de Le Droit des Gens, 1758), Droit international public – problèmes
posteriormente, invocando a necessidade de théoriques, Paris, Pédone, 1965, pp. 19-34.
"realismo", pretendeu substituir por uma
"sociedade de nações" (conceito menos 27. Stefan Glaser, "Les droits de l'homme à la
avançado); cf. F.S. Ruddy, International Law in lumière du droit international positif", Mélanges
the Enlightenment – The Background of offerts à Henri Rolin – Problèmes de droit des
Emmerich de Vattel's Le Droit des Gens, Dobbs gens, Paris, Pédone, 1964, p. 117, e cf. pp. 105-
Ferry/N.Y., Oceana, 1975, p. 95; para uma 106 e 114-116. Daí a importância da
crítica a esse retrocesso (incapaz de competência obrigatória dos órgãos de proteção
fundamentar o princípio de obrigação no direito internacional dos direitos humanos; ibid., p.
internacional), cf. J.L. Brierly, The Law of 118.
Nations, 6a. ed., Oxford, Clarendon Press, pp.
38-40. 28. Sobre a evolução histórica da personalidade
jurídica no direito das gentes, cf. H. Mosler,
16. C.W. Jenks, The Common Law of Mankind, "Réflexions sur la personnalité juridique en
London, Stevens, 1958, pp. 66-69; e cf. também Droit international public", Mélanges offerts à
R.-J. Dupuy, La communauté internationale Henri Rolin – Problèmes de droit des gens,
entre le mythe et l'histoire, Paris, Paris, Pédone, 1964, pp. 228-251; G. Arangio-
Economica/UNESCO, 1986, pp. 164-165. Ruiz, Diritto Internazionale e Personalità
Giuridica, Bologna, Coop. Libr. Univ., 1972,
pp. 9-268; G. Scelle, "Some Reflections on
Juridical Personality in International Law", Law 34. Cf. ibid., pp. 223 e 215.
and Politics in the World Community (ed. G.A.
Lipsky), Berkeley/L.A., University of California 35. S. Séfériadès, "Le problème de l'accès des
Press, 1953, pp. 49-58 e 336; J.A. Barberis, Los particuliers à des juridictions internationales",
Sujetos del Derecho Internacional Actual, 51 Recueil des Cours de l'Académie de Droit
Madrid, Tecnos, 1984, pp. 17-35; J.A. Barberis, International de La Haye (1935) pp. 23-25 e 54-
"Nouvelles questions concernant la personnalité 60.
juridique internationale", 179 Recueil des Cours
de l'Académie de Droit International de La 36. A.N. Mandelstam, Les droits internationaux de
Haye (1983) pp. 157-238; A.A. Cançado l'homme, Paris, Éds. Internationales, 1931, pp.
Trindade, "The Interpretation of the 95-96, e cf. p. 103.
International Law of Human Rights by the Two
Regional Human Rights Courts", Contemporary 37. Ibid., p. 138.
International Law Issues: Conflicts and
Convergence (Proceedings of the III Joint 38. G. Scelle, Précis de Droit des Gens – Principes et
Conference ASIL/Asser Instituut, The Hague, systématique, parte I, Paris, Libr. Rec. Sirey,
July 1995), The Hague, Asser Instituut, 1996, 1932 (reimpr. do CNRS, 1984), pp. 42-44.
pp. 157-162 e 166-167; C. Dominicé, "La
personnalité juridique dans le système du droit 39. Alejandro Álvarez, La Reconstrucción del
des gens" Theory of International Law at the Derecho de Gentes – El Nuevo Orden y la
Threshold of the 21st Century – Essays in Renovación Social, Santiago de Chile, Ed.
Honour of Krzysztof Skubiszewski (ed. J. Nascimento, 1944, pp. 46-47 e 457-463, e cf.
Makarczyk), The Hague, Kluwer, 1996, pp. pp. 81, 91 e 499-500.
147-171.
40. Hildebrando Accioly, Tratado de Direito
29. Ibid., p. 123. Internacional Público, vol. I, 1a. ed., Rio de
Janeiro, Imprensa Nacional, 1933, pp. 71-75.
30. K.J. Partsch, "Individuals in International Law",
Encyclopedia of Public International Law (ed. 41. Levi Carneiro, O Direito Internacional e a
R. Bernhardt), vol. 2, Elsevier, Max Planck Democracia, Rio de Janeiro, A. Coelho Branco
Institute/North-Holland Ed., 1995, p. 959. Fo. Ed., 1945, pp. 121 e 108, e cf. pp. 113, 35,
43, 126, 181 e 195.
31. R. Cassin, "L'homme, sujet de droit international
et la protection des droits de l'homme dans la 42. Ph.C. Jessup, A Modern Law of Nations – An
société universelle", in La technique et les Introduction, New York, MacMillan Co., 1948,
principes du Droit public – Études en l'honneur p. 41.
de Georges Scelle, vol. I, Paris, LGDJ, 1950,
pp. 81-82. 43. H. Lauterpacht, International Law and Human
Rights, London, Stevens, 1950, pp. 69, 61 e 51.
32. Cf., to tocante à proteção internacional, A.A.
Cançado Trindade, "The Consolidation of the 44. Ibid., p. 70.
Procedural Capacity of Individuals in the
Evolution of the International Protection of 45. Cf. ibid., pp. 8-9. Para uma crítica à concepção
Human Rights: Present State and Perspectives at voluntarista do direito internacional, cf. A.A.
the Turn of the Century", 30 Columbia Human Cançado Trindade, "The Voluntarist Conception
Rights Law Review – New York (1998) pp. 1- of International Law: A Re-assessment", 59
27; A.A. Cançado Trindade, "The Procedural Revue de droit international de sciences
Capacity of the Individual as Subject of diplomatiques et politiques – Sottile (1981) pp.
International Human Rights Law: Recent 201-240.
Developments", Karel Vasak Amicorum Liber –
Les droits de l'homme à l'aube du XXIe siècle, 46. Maurice Bourquin, "L'humanisation du droit des
Bruxelles, Bruylant, 1999, pp. 521-544. gens", La technique et les principes du Droit
public – Études en l'honneur de Georges Scelle,
33. P.N. Drost, Human Rights as Legal Rights, vol. I, Paris, LGDJ, 1950, pp. 21-54.
Leyden, Sijthoff, 1965, pp. 226-227.
47. C.Th. Eustathiades, "Les sujets du Droit 54. R. Cassin, "Vingt ans après la Déclaration
international et la responsabilité internationale – Universelle", 8 Revue de la Commission
nouvelles tendances", 84 Recueil des Cours de Internationale de Juristes (1967) n. 2, pp. 9-10.
l'Académie de Droit International de La Haye
(1953) pp. 402, 412-413, 424, 586-589, 601 e 55. P. Reuter, Droit international public, 7a. ed.,
612. Tratava-se, pois, de proteger o ser humano Paris, PUF, 1993, p. 235, e cf. p. 106.
não só contra a arbitrariedade estatal, mas
também contra os abusos dos próprios 56. Ibid., p. 238.
indivíduos; ibid., p. 614. Cf., no mesmo sentido,
W. Friedmann, The Changing Structure..., op. 57. Cf., e.g., R. Cassin, "Vingt ans après la
cit. supra n. (22), pp. 234 e 248. Déclaration Universelle", 8 Revue de la
Commission internationale de juristes (1967)
48. C.Th. Eustathiades, "Les sujets du Droit pp.9-17; K. Vasak, "Le droit international des
international...", op. cit. supra n. (47), pp. 426- droits de l'homme", 140 Recueil des Cours de
427, 547 e 610-611. Ainda que não endossasse a l'Académie de Droit International de La Haye
teoria de Duguit e Scelle (dos indivíduos como (1974) pp. 374-381 e 411-413; H. Lauterpacht,
únicos sujeitos do direito internacional), – tida International Law and Human Rights, London,
como expressão da "escola sociológica" do Stevens, 1950, pp. 54-56 e 223-251; A.A.
direito internacional na França, – Eustathiades Cançado Trindade, Tratado de Direito
nela reconheceu o grande mérito de reagir à Internacional dos Direitos Humanos, vol. I,
doutrina tradicional que visualizava nos Estados Porto Alegre, S.A. Fabris Ed., 1997, pp. pp. 68-
os únicos sujeitos do direito internacional; o 87; A.A. Cançado Trindade, The Application of
reconhecimento da subjetividade internacional the Rule of Exhaustion of Local Remedies in
dos indivíduos, a par da dos Estados, veio International Law, Cambridge, University
transformar a estrutura do direito internacional e Press, 1983, pp. 1-445; A.A. Cançado Trindade,
fomentar o espírito de solidariedade "Co-Existence and Co-Ordination of
internacional; ibid., pp. 604-610. Os indivíduos Mechanisms of International Protection of
emergiram como sujeitos do direito Human Rights (At Global and Regional
internacional, mesmo sem participar do Levels)", 202 Recueil des Cours de l'Académie
processo de criação de suas normas; ibid., p. de Droit International de La Haye (1987) pp. 1-
409. 435; W.P.Gormley, The Procedural Status of
the Individual before International and
49. P. Guggenheim, "Les principes de Droit Supranational Tribunals, The Hague, Nijhoff,
international public", 80 Recueil des Cours de 1966, pp. 1-194; C.A. Norgaard, The Position of
l'Académie de Droit International (1952) pp. the Individual in International Law,
116, e cf. pp. 117-118. Copenhagen, Munksgaard, 1962, pp. 26-33 e
82-172; P. Sieghart, The International Law of
50. G. Sperduti, "L'individu et le droit international", Human Rights, Oxford, Clarendon Press, 1983,
90 Recueil des Cours de l'Académie de Droit pp. 20-23; P.N. Drost, Human Rights as Legal
International de La Haye (1956) pp. 824, 821 e Rights, Leyden, Sijthoff, 1965, pp. 61-252; M.
764. Ganji, International Protection of Human
Rights, Genève/Paris, Droz/Minard, 1962, pp.
51. Ibid., pp. 821-822; e cf. também G. Sperduti, 178-192; A.Z. Drzemczewski, European
L'Individuo nel Diritto Internazionale, Milano, Human Rights Convention in Domestic Law,
Giuffrè Ed., 1950, pp. 104-107. Oxford, Clarendon Press, 1983, pp. 20-34 e 341;
G. Cohen-Jonathan, La Convention européenne
52. C. Parry, "Some Considerations upon the des droits de l'homme, Aix-en-Provence/Paris,
Protection of Individuals in International Law", Pr. Univ. d'Aix-Marseille/Economica, 1989, pp.
90 Recueil des Cours de l'Académie de Droit 29 e 567-569; D.J. Harris, M. O'Boyle e C.
International de La Haye (1956) p. 722. Warbrick, Law of the European Convention on
Human Rights, London, Butterworths, 1995, pp.
53. Como rapporteur do Grupo de Trabalho da 580-585 e 706-714; D. Shelton, Remedies in
Comissão de Direitos Humanos das Nações International Human Rights Law, Oxford,
Unidas, encarregado de preparar o projeto da University Press, 1999, pp. 14-56 e 358-361.
Declaração (maio de 1947 a junho de 1948).
58. A.A. Cançado Trindade, "A Emancipação do Ser
Humano como Sujeito do Direito 76. R.Y. Jennings, "The International Court of Justice
Internacional...", op. cit. supra n. (2), pp. 427- after Fifty Years", 89 American Journal of
428 e 432-433. International Law (1995) pp. 504-505.
59. F.A. von der Heydte, "L'individu et les tribunaux 77. S. Rosenne, "Reflections on the Position of the
internationaux", 107 Recueil des Cours de Individual in Inter-State Litigation in the
l'Académie de Droit International de La Haye International Court of Justice", International
(1962) pp. 332-333 e 329-330; e cf. A.A. Arbitration Liber Amicorum for Martin Domke
Cançado Trindade, "The Domestic Jurisdiction (ed. P. Sanders), The Hague, Nijhoff, 1967, p.
of States in the Practice of the United Nations 249, e cf. p. 242.
and Regional Organisations", 25 International
and Comparative Law Quarterly (1976) pp. 78. Ibid., p. 249, e cf. p. 243.
715-765.
79. Para um estudo, cf., e.g.: A.A. Cançado Trindade,
60. F.A. von der Heydte, op. cit. supra n. (59), p. "Exhaustion of Local Remedies in International
345. Law Experiments Granting Procedural Status to
Individuals in the First Half of the Twentieth
61. Ibid., pp. 356-357 e 302. Century", 24 Netherlands International Law
Review (1977) pp. 373-392; C.A. Norgaard, The
62. Ibid., p. 301. Cf. também, a respeito, e.g., E.M. Position of the Individual in International Law,
Borchard, "The Access of Individuals to Copenhagen, Munksgaard, 1962, pp. 109-128;
International Courts", 24 American Journal of M.St. Korowicz, Une expérience de Droit
International Law (1930) pp. 359-365. international – La protection des minorités de
Haute-Silésie, Paris, Pédone, 1946, pp. 81-174;
63. Cf. relato in: J. Spiropoulos, L'individu en Droit dentre outros.
international, Paris, LGDJ, 1928, pp. 50-51; N.
Politis, op. cit. infra n. (64), pp. 84-87; Marek 80. A.A. Cançado Trindade, "A Emancipação do Ser
St. Korowicz, "The Problem of the International Humano como Sujeito do Direito
Personality of Individuals", 50 American Internacional...", op. cit. supra n. (2), pp. 427-
Journal of International Law (1956) p. 543. 428 e 432-433.
64. N. Politis, Les nouvelles tendances du Droit 81. F.A. von der Heydte, "L'individu et les tribunaux
international, Paris, Libr. Hachette, 1927, pp. internationaux", 107 Recueil des Cours de
76-77 e 69. l'Académie de Droit International de La Haye
(1962) pp. 332-333 e 329-330; e cf. A.A.
65. Ibid., pp. 77-78. Cançado Trindade, "The Domestic Jurisdiction
of States in the Practice of the United Nations
66. Ibid., pp. 82-83 e 89. and Regional Organisations", 25 International
and Comparative Law Quarterly (1976) pp.
67. Ibid., p. 90, e cf. pp. 92 e 61. 715-765.
82. F.A. von der Heydte, op. cit. supra n. (81), p.
68. J. Spiropoulos, op. cit. supra n. (63), pp. 50-51. 345, e cf. p. 301; cf. também, a respeito, e.g.,
69. Ibid., pp. 25 e 31-32. E.M. Borchard, "The Access of Individuals to
International Courts", 24 American Journal of
70. Ibid., pp. 32-33 e 40-41. International Law (1930) pp. 359-365.
71. Ibid., pp. 42-43 e 65. 83. Como o holocausto, o gulag, seguidos de novos
atos de genocídio, e.g., no sudeste asiático, na
72. Ibid., p. 44, e cf. pp. 49 e 64-65. Europa central (ex-Iugoslávia), na África
(Ruanda).
73. Ibid., pp. 51-52, e cf. p. 53.
84. Com incidência direta destes cânones nos
74. Ibid., p. 61. métodos de interpretação das normas
internacionais de proteção, sem necessariamente
75. Ibid., p. 62, e cf. p. 66. se afastar das regras gerais de interpretação dos
tratados consagradas nos artigos 31-33 das duas tais como o da "competência nacional
Convenções de Viena sobre Direito dos exclusiva" ou domínio reservado dos Estados,
Tratados (de 1969 e 1986). Cf. A.A. Cançado como emanação da soberania estatal, – das
Trindade, Tratado de Direito Internacional dos normas internacionais de proteção dos direitos
Direitos Humanos, vol. II, Porto Alegre, S.A. humanos. Com o desenvolvimento do Direito
Fabris Ed., 1999, cap. XI, pp. 23-200. Internacional dos Direitos Humanos, é o próprio
Direito Internacional Público que se enriquece,
85. Por exemplo, sob o artigo 25 da Convenção na asserção de cânones e princípios próprios do
Européia de Direitos Humanos; cf. H. Rolin, presente domínio de proteção, baseados em
"Le rôle du requérant dans la procédure prévue premissas fundamentalmente distintas das que
par la Commission européenne des droits de têm guiado seus postulados no plano das
l'homme", 9 Revue hellénique de droit relações puramente inter-estatais. O Direito
international (1956) pp. 3-14, esp. p. 9; C.Th. Internacional dos Direitos Humanos vem assim
Eustathiades, "Les recours individuels à la afirmar a aptidão do Direito Internacional
Commission européenne des droits de Público para assegurar, no presente contexto, o
l'homme", in Grundprobleme des cumprimento das obrigações internacionais de
internationalen Rechts – Festschrift für Jean proteção por parte dos Estados vis-à-vis todos os
Spiropoulos, Bonn, Schimmelbusch & Co., seres humanos sob suas jurisdições.
1957, p. 121; F. Durante, Ricorsi Individuali ad
Organi Internazionali, Milano, Giuffrè, 1958, 87. Como assinalado in A.A. Cançado Trindade,
pp. 125-152, esp. pp. 129-130; K. Vasak, La Tratado de Direito Internacional dos Direitos
Convention européenne des droits de l'homme, Humanos, vol. I, Porto Alegre, S.A. Fabris Ed.,
Paris, LGDJ, 1964, pp. 96-98; M. Virally, 1997, pp. 68-87.
"L'accès des particuliers à une instance
internationale: la protection des droits de 88. Para um exame da matéria, cf. ibid., pp. 68-87.
l'homme dans le cadre européen", 20 Mémoires
Publiés par la Faculté de Droit de Genève 89. Cf. nesse sentido: Comissão Européia de Direitos
(1964) pp. 67-89; H. Mosler, "The Protection of Humanos (ComEDH), caso Scientology Kirche
Human Rights by International Legal Deutschland e.V. versus Alemanha (appl. n.
Procedure", 52 Georgetown Law Journal (1964) 34614/96), decisão de 07.04.1997, 89 Decisions
pp. 818-819. and Reports (1997) p. 170; ComEDH, caso
Zentralrat Deutscher Sinti und Roma e R. Rose
86. Há que ter sempre presente que, distintamente das versus Alemanha (appl. n. 35208/97) decisão de
questões regidas pelo Direito Internacional 27.05.1997, p. 4 (não-publicada); ComEDH,
Público, em sua maioria levantadas caso Federação Grega de Funcionários de
horizontalmente sobretudo em nível inter- Alfândega, N. Gialouris, G. Christopoulos e
estatal, as questões atinentes aos direitos 3333 Outros Funcionários de Alfândega versus
humanos situam-se verticalmente em nível Grécia (appl. n. 24581/94), decisão de
intra-estatal, na contraposição entre os Estados 06.04.1995, 81-B Decisions and Reports (1995)
e os seres humanos sob suas respectivas p. 127; ComEDH, caso N.N. Tauira e 18 Outros
jurisdições. Por conseguinte, pretender que os versus França (appl. n. 28204/95), decisão de
órgãos de proteção internacional não possam 04.12.1995, 83-A Decisions and Reports (1995)
verificar a compatibilidade das normas e p. 130 (petições contra os testes nucleares
práticas de direito interno, e suas omissões, com franceses no atol de Mururoa e no de
as normas internacionais de proteção, seria um Fangataufa, na Polinésia francesa); ComEDH,
contrasenso. Também aqui a especificidade do caso K. Sygounis, I. Kotsis e Sindicato de
Direito Internacional dos Direitos Humanos Policiais versus Grécia (appl. n. 18598/91),
torna-se evidente. O fato de que este último vai decisão de 18.05.1994, 78 Decisions and
mais além do Direito Internacional Público em Reports (1994) p. 77; ComEDH, caso
matéria de proteção, de modo a abarcar o Asociación de Aviadores de la República, J.
tratamento dispensado pelos Estados aos seres Mata el Al. versus Espanha (appl. n. 10733/84),
humanos sob suas jurisdições, não significa que decisão de 11.03.1985, 41 Decisions and
uma interpretação conservadora deva se aplicar; Reports (1985) p. 222. – Segundo esta mesma
muito ao contrário, o que se aplica é uma jurisprudência, para atender à condição de
interpretação em conformidade com o caráter "vítima" (sob o artigo 25 da Convenção) deve
inovador – em relação aos dogmas do passado, haver um "vínculo suficientemente direto" entre
o indivíduo demandante e o dano alegado, n. 41, Voto Concordante do Juiz A.A. Cançado
resultante da suposta violação da Convenção. Trindade, parágrafos 1-46.
90. Corte Européia de Direitos Humanos, caso Norris 96. Declaração e Programa de Ação de Viena de
versus Irlanda, Julgamento de 26.10.1988, Série 1993, parte II, pars. 40 e 75, respectivamente. –
A, vol. 142, p. 15, par. 31. A elaboração de ambos Projetos de Protocolos
encontra-se virtualmente concluída, em seus
91. A evolução da noção de "vítima" (incluindo a traços essenciais, aguardando agora a aprovação
vítima potencial) no Direito Internacional dos por parte dos Estados.
Direitos Humanos encontra-se examinada em
nosso curso: A.A. Cançado Trindade, "Co- 97. Declaração e Programa de Ação de Viena de
existence and Co-ordination of Mechanisms of 1993, parte II, par. 90.
International Protection of Human Rights (At
Global and Regional Levels)", 202 Recueil des 98. Recorde-se que, no caso Loizidou versus Turquia
Cours de l'Académie de Droit International de (sentença sobre exceções preliminares de
La Haye (1987) pp. 243-299, esp. pp. 262-283. 23.03.1995), a Corte Européia de Direitos
92. Lamento, pois, não poder compartilhar a Humanos descartou a possibilidade de restrições
insinuação constante em parte da bibliografia – pelas declarações turcas – em relação às
especializada européia contemporânea sobre a disposições-chave do artigo 25 (direito de
matéria, no sentido de que o direito de petição petição individual), e do artigo 46 (aceitação de
individual talvez não seja eficaz no tocante a sua jurisdição em matéria contenciosa) da
violações sistemáticas e maciças de direitos Convenção Européia. Sustentar outra posição,
humanos. A experiência acumulada no sistema agregou, "não só debilitaria seriamente a função
interamericano de proteção aponta exatamente da Comissão e da Corte no desempenho de suas
no sentido contrário, e graças ao direito de atribuições mas também diminuiria a eficácia da
petição individual muitas vidas foram salvas e Convenção como um instrumento constitucional
se logrou realizar a justiça em casos concretos da ordem pública (ordre public) européia"
em meio a situações generalizadas de violações (parágrafo 75). A Corte descartou o argumento
de direitos humanos. do Estado demandado de que se poderia inferir
a possibilidade de restrições às claúsulas
93. Cf. OEA, Conferencia Especializada facultativas dos artigos 25 e 46 da Convenção
Interamericana sobre Derechos Humanos – por analogia com a prática estatal sob o artigo
Actas y Documentos (San José de Costa Rica, 36 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça.
07-22.11.1969), doc. OEA/Ser.K/XVI/1.2, A Corte Européia não só lembrou a prática em
Washington D.C., Secretaría General de la contrário (aceitando tais cláusulas sem
OEA, 1978, pp. 43 e 47. restrições) dos Estados Partes na Convenção
Européia, mas também ressaltou o contexto
94. A outra modalidade de petiçãõ, a inter-estatal, só fundamentalmente distinto em que os dois
foi consagrada em base facultativa (artigo 45 da tribunais operam, sendo a Corte Internacional de
Convenção Americana, a contrário do esquema Justiça "a free-standing international tribunal
da Convenção Européia – artigo 24 – neste which has no links to a standard-setting treaty
particular), o que realça a relevância atribuída such as the Convention" (parágrafos 82 e 68). A
ao direito de petição individual. Este ponto não Corte da Haia, – reiterou a Corte Européia, –
passou despercebido da Corte Interamericana de dirime questões jurídicas no contencioso inter-
Direitos Humanos, que, em seu segundo estatal, distintamente das funções dos órgãos de
Parecer, sobre o Efeito das Reservas sobre a supe_visão de um "tratado normativo" (law-
Entrada em Vigor da Convenção Americana making treaty) como a Convenção Européia.
sobre Direitos Humanos (de 24.09.1982), Por conseguinte, a "aceitação incondicional" das
invocou esta particularidade como ilustrativa da cláusulas facultativas dos artigos 25 e 46 da
"grande importância" atribuída pela Convenção Convenção não comporta analogia com a
Americana às obrigações dos Estados Partes vis- prática estatal sob o artigo 36 do Estatuto da
à-vis os indivíduos, por estes exigíveis sem a Corte Internacional de Justiça (parágrafos 84-
intermediação de outro Estado (parágrafo 32). 85).
95. Corte Interamericana de Direitos Humanos, caso
Castillo Petruzzi versus Peru (Exceções 99. [Primeiro] Protocolo Facultativo do Pacto de
Preliminares), Sentença de 04.09.1998, Série C, Direitos Civis e Políticos, artigo 3; Convenção
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Skriftserie (n. 13/1994), 1994, pp. 1-103;
Discriminação Racial, artigo XIV(6); Rebecca J. Cook, "State Responsibility for
Convenção das Nações Unidas contra a Tortura, Violations of Women's Human Rights", 7
artigo 22; Convenção Européia de Direitos Harvard Human Rights Journal (1994) pp. 125-
Humanos, artigo 27; Convenção Americana 175; Rebecca J. Cook, "State Accountability
sobre Direitos Humanos, artigo 46; Carta under the Convention on the Elimination of All
Africana de Direitos Humanos e dos Povos, Forms of Discrimination against Women",
artigo 56. – Ademais, as três Convenções Human Rights of Women – National and
regionais (a Americana, artigo 47; a Européia, International Perspectives (ed. R.J. Cook),
artigo 27; e a Africana, artigo 56) determinam Philadelphia, University of Pennsylvania Press,
ademais que uma petição não deve ser 1994, pp. 228-256; Joan Fitzpatrick, "The Use
"manifestamente infundada" ou of International Human Rights Norms to
insuficientemente substanciada. Combat Violence against Women", in ibid., pp.
532-571; IIDH/CLADEM, Protección
100. Para um estudo, cf. E. Schwelb, "The Abuse of Internacional de los Derechos Humanos de las
the Right of Petition", 3 Revue des droits de Mujeres – I Curso Taller, San José de Costa
l'homme/Human Rights Journal (1970) pp. 313- Rica, 1997, pp. 13-254; para outro estudo, em
332. perspectiva histórica, cf. Hilkka Pietilä e Jeanne
Vickers, Making Women Matter – The Role of
101. Esta condição tem sido invocada quando, por the United Nations, 3a. ed., London, Zed Books,
exemplo, o demandante usa linguagem 1996, pp. 1-166.
difamatória contra o demandado, ou o
demandante deixa de atender a pedidos do órgão 107. Para um estudo detalhado de seus travaux
de supervisão em questão de esclarecimento préparatoires, cf. A. Byrnes e J. Connors,
sobre a petição. "Enforcing the Human Rights of Women: A
Complaints Procedure for the Women's
102. E.g., Convenção das Nações Unidas contra a Convention?", 21 Brooklyn Journal of
Tortura (artigo 22), [primeiro] Protocolo International Law (1996) pp. 679-783.
Facultativo do Pacto de Direitos Civis e
Políticos (artigo 3), Convenção Européia de 108. Cf. M.-A. Eissen, El Tribunal Europeo de
Direitos Humanos (artigo 27). Derechos Humanos, Madrid, Civitas, 1985,
pp. 28-36.
103. A "incompatibilidade" com o tratado de direitos
humanos tem por vezes se configurado quando 109. Council of Europe, Protocol n. 9 to the
o órgão de supervisão em questão considera que Convention for the Protection of Human Rights
o assunto da petição recai fora do âmbito de sua and Fundamental Freedoms – Explanatory
competência. Report, Strasbourg, C.E., 1992, pp. 8-9, e cf. pp.
3-18; para outros comentários, cf. J.-F. Flauss,
104. A.A. Cançado Trindade, "Exhaustion of Local "Le droit de recours individuel devant la Cour
Remedies in International Law and the Role of européenne des droits de l'homme – Le
National Courts", 17 Archiv des Völkerrechts Protocole n. 9 à la Convention Européenne des
(1977-1978) pp. 333-370. Droits de l'Homme", 36 Annuaire français de
droit international (1990) pp. 507-519; G.
105. Cf., sobre a matéria, A.A. Cançado Trindade, Janssen-Pevtschin, "Le Protocole Additionnel n.
The Application of the Rule of Exhaustion of 9 à la Convention Européenne des Droits de
Local Remedies in International Law, l'Homme", 2 Revue trimestrielle des droits de
Cambridge, Cambridge University Press, 1983, l'homme (1991) n. 6, pp. 199-202; M. de Salvia,
pp. 1-443; A.A. Cançado Trindade, O "Il Nono Protocollo alla Convenzione Europea
Esgotamento de Recursos Internos no Direito dei Diritti dell'Uomo: Punto di Arrivo o Punto
Internacional, 2a. edição atualizada, Brasília, di Partenza?", 3 Rivista Internazionale dei
Editora Universidade de Brasília, 1997, pp. 1- Diritti dell'Uomo (1990) pp. 474-482.
327.
110. O Regulamento A aplicável a casos relativos a
106. Para um estudo, cf., e.g., Else A. Grannes, The Estados Partes na Convenção Européia que não
United Nations Women's Convention, ratificaram o Protocolo n. 9, e o Regulamento B
Oslo/Noruega, Institutt for Offentlig Retts
aplicável a casos referentes a Estados Partes na pp. 673-675; H. Petzold, "Epilogue: la réforme
Convenção que ratificaram o Protocolo n. 9. continue", Protection des droits de l'homme: la
perspective européenne – Mélanges à la
111. Para o mais completo estudo deste último até o mémoire de Rolv Ryssdal (eds. P. Mahoney et
presente, cf. Andrew Drzemczewski, "A Major alii), Köln/Berlin, C. Heymanns Verlag, 2000,
Overhaul of the European Human Rights pp. 1571-1587.
Convention Control Mechanism: Protocol n.
11", 6 Collected Courses of the Academy of 114. Sobre os travaux préparatoires do Protocolo,
European Law (1997)-II, pp. 121-244. Cf. cf., e.g., "Government Legal Experts Meeting
também: S. Marcus Helmons, "Le Onzième on the Question of the Establishment of an
Protocole Additionnel à la Convention African Court on Human and Peoples' Rights"
Europénne des Droits de l'Homme", 113 (Cape Town, South Africa, September 1995), 8
Journal des Tribunaux – Bruxelles (1994) n. African Journal of International and
5725, pp. 545-547; R. Bernhardt, "Reform of Comparative Law (1996) pp. 493-500; e cf. o
the Control Machinery under the European texto do Protocolo de 1998 à Carta Africana de
Convention on Human Rights: Protocol n. 11", Direitos Humanos e dos Povos, reproduzido in
89 American Journal of International Law 20 Human Rights Law Journal (1999) pp. 269-
(1995) pp. 145-154; J.A. Carrillo Salcedo, "Vers 271.
la réforme dy système européen de protection
des droits de l'homme", in Présence du droit 115. Para uma avaliação, cf., e.g., M. Mubiala, "La
public et des droits de l'homme – Mélanges Cour Africaine des Droits de l'Homme et des
offerts à Jacques Velu, vol. II, Bruxelles, Peuples: mimetisme institutionnel ou avancée
Bruylant, 1992, pp. 1319-1325; H. Golsong, judiciaire?", 102 Revue générale de Droit
"On the Reform of the Supervisory System of international public (1998) pp. 765-780.
the European Convention on Human Rights", 13
Human Rights Law Journal (1992) pp. 265-269; 116. Cf. texto in: 7 Revue universelle des droits de
K. de V. Mestdagh, "Reform of the European l'homme (1995) pp. 212-214; e cf. M.A. Al
Convention on Human Rights in a Changing Midani, "Présentation de la Charte arabe des
Europe", in The Dynamics of the Protection of droits de l'homme", Direitos Humanos: A
Human Rights in Europe – Essays in Honour of Promessa do Século XXI, Porto, ELSA, 1997,
H.G. Schermers (eds. R. Lawson e M. de Blois), pp. 77-81.
vol. III, Dordrecht, Nijhoff, 1994, pp. 337-360.
117. Para um estudo geral, cf. A.A. Cançado
112. Que me foram proporcionados pelo Presidente Trindade, "El Sistema Interamericano de
da Corte Européia (Professor Luzius Protección de los Derechos Humanos (1948-
Wildhaber), em nossa reunião conjunta na sede 1995): Evolución, Estado Actual y
daquele Tribunal em Estrasburgo, em 30-31 de Perspectivas", in Derecho Internacional y
outubro de 2000. Derechos Humanos / Droit international et
droits de l'homme (eds. D. Bardonnet and A.A.
113. Não surpreende, pois, que já se considere, no Cançado Trindade), La Haye/San José de Costa
âmbito do sistema europeu de proteção, uma Rica, Académie de Droit International de La
"reforma da reforma" para enfrentar as Haye/IIDH, 1996, pp. 47-95, esp. pp. 81-89; C.
dificuldades correntes; cf., a respeito, e.g., L. Grossman, "Desapariciones en Honduras: La
Wildhaber, "Some Reflections on the First Year Necesidad de Representación Directa de las
of Operation of the `New' European Court of Víctimas en Litigios sobre Derechos Humanos",
Human Rights", in Millennium Lectures – The in The Modern World of Human Rights – Essays
Coming Together of the Common Law and the in Honour of Th. Buergenthal (ed. A.A.
Civil Law (ed. B.S. Markesinis), Oxford, Hart Cançado Trindade), San José of Costa Rica,
Publ., 2000, pp. 215-224; J.A. Pastor Ridruejo, IIDH, 1996, pp. 335-373; J.E. Méndez, "La
"El Tribunal Europeo de Derechos Humanos: Participación de la Víctima ante la Corte
La Reforma de la Reforma", in El Sistema Interamericana de Derechos Humanos", in La
Interamericano de Protección de los Derechos Corte y el Sistema Interamericanos de Derechos
Humanos en el Umbral del Siglo XXI – Humanos (ed. R.N. Navia), San José de Costa
Memoria del Seminario (Noviembre de 1999), Rica, Corte I.D.H., 1994, pp. 321-332.
vol. I, San José de Costa Rica, Corte
Interamericana de Derechos Humanos, 2001,
118. Cf. P. Mahoney e S. Prebensen, "The European
Court of Human Rights", The European System 127. Cf. A.A. Cançado Trindade, Informe: Bases
for the Protection of Human Rights (eds. R.St.J. para un Proyecto de Protocolo a la Convención
Macdonald, F. Matscher y H. Petzold), Americana..., op. cit. supra n. (124), pp. 3-64; e
Dordrecht, Nijhoff, 1993, p. 630. cf. também A.A. Cançado Trindade, "El Acceso
Directo de los Individuos a los Tribunales
119. Cf. o Regulamento de 1991 da Corte Internacionales de Derechos Humanos", XXVII
Interamericana, artigos 44(2) e 22(2), e cf. Curso de Derecho Internacional Organizado
também artigos 34(1) e 43(1) e (2). por el Comité Jurídico Interamericano – OEA
(2000) pp. 243-283.
120. Corte Interamericana de Derechos Humanos,
casos Godínez Cruz e Velásquez Rodríguez 128. A.A. Cançado Trindade, "The Future of the
(Indemnización Compensatoria), Sentenças de International Protection of Human Rights",
21.07.1989. Boutros Boutros-Ghali Amicorum
Discipulorumque Liber – Paix, Développement,
121. Cf. a intervenção do Juiz A.A. Cançado Démocratie, vol. II, Bruxelles, Bruylant, 1998,
Trindade, e as respostas do Sr. Walter Márquez pp. 961-986. – Para a necessidade de superar os
e da Sra. Ligia Bolívar, como representantes das atuais desafios e obstáculos à vigência dos
vítimas, in: Corte Interamericana de Derechos direitos humanos, cf. A.A. Cançado Trindade,
Humanos, Transcripción de la Audiencia "L'interdépendance de tous les droits de
Pública Celebrada en la Sede de La Corte el l'homme et leur mise-en-oeuvre: obstacles et
Día 27 de Enero de 1996 sobre Reparaciones – enjeux", 158 Revue internationale des sciences
Caso El Amparo, pp. 72-76 (mimeografado, sociales – UNESCO (1998) pp. 571-582; e cf.
circulação interna). A.A. Cançado Trindade, A Proteção
122. Cf. as duas resoluções da Corte, de 10.09.1996, Internacional dos Direitos Humanos e o Brasil
sobre os casos Velásquez Rodríguez e Godínez (1948-1997): As Primeiras Cinco Décadas, 2a.
Cruz, respectivamente, in: Corte Interamericana ed., Brasília, Editora Universidade de Brasília
de Derechos Humanos, Informe Anual de la (Edições Humanidades), 2000, pp. 139-161.
Corte Interamericana de Derechos Humanos
1996, pp. 207-213. 129. Corte Interamericana de Derechos Humanos,
caso Villagrán Morales y Otros Versus
123. Para um estudo recente, cf. A.A. Cançado Guatemala, Sentença (quanto ao mérito) de
Trindade, "El Nuevo Reglamento de la Corte 19.11.1999, Série C, n. 63, párs. 1-253, e Voto
Interamericana de Derechos Humanos (2000): Concordante Conjunto dos Juízes A.A. Cançado
La Emancipación del Ser Humano como Sujeto Trindade e A. Abreu Burelli, parágrafos 1-11.
del Derecho Internacional de los Derechos
Humanos", 30/31 Revista del Instituto 130. Corte Interamericana de Direitos Humanos, caso
Interamericano de Derechos Humanos (2001) Castillo Petruzzi versus Peru (Exceções
pp. 45-71. Preliminares), Sentença de 04.09.1998, Série C,
n. 41, Voto Concordante do Juiz A.A. Cançado
124. E.g., interpretação dos artigos 44, 48(1)(f), Trindade, parágrafo 35.
63(1), 57 e 61 da Convenção Americana, e
artigo 28 do Estatuto da Corte; cf. A.A. 131. Para meus extensos argumentos em favor do
Cançado Trindade, Informe: Bases para un acesso direto dos indivíduos à justiça em nível
Proyecto de Protocolo a la Convención internacional, e em particular à Corte
Americana sobre Derechos Humanos, para Interamericana de Direitos Humanos, cf. A.A.
Fortalecer Su Mecanismo de Protección, San Cançado Trindade, "El Sistema Interamericano
José de Costa Rica, Corte Interamericana de de Protección de los Derechos Humanos (1948-
Derechos Humanos, 2001, pp. 3-64. 1995): Evolución, Estado Actual y
Perspectivas", in Derecho Internacional y
125. Sob o artigo 63(2) da Convenção Americana. Derechos Humanos / Droit international et
droits de l'homme (eds. D. Bardonnet e A.A.
126. A saber, México, Costa Rica, El Salvador, Cançado Trindade), La Haye/San José,
Guatemala, Honduras, Paraguai, República Académie de Droit International de La
Dominicana, e Estados Unidos. Ademais, o Haye/Instituto Interamericano de Derechos
Canadá esteve presente como observador. Humanos, 1996, pp. 47-95; A.A. Cançado
Trindade, "Memorial em Prol de uma Nova Cançado Trindade, parágrafos 1-46 (texto in:
Mentalidade quanto à Proteção dos Direitos OEA, Informe Anual de la Corte
Humanos nos Planos Internacional e Nacional", Interamericana de Derechos Humanos – 1998,
Anais do VI Seminário Nacional de Pesquisa e pp. 419-435); e cf., mais recentemente, Corte
Pós-Graduação em Direito (CONPEDI), Rio de Interamericana de Direitos Humanos, Parecer
Janeiro, Ed. Universidade do Estado do Rio de sobre o Direito à Informação sobre a
Janeiro (UERJ), 1997, pp. 3-48; A.A. Cançado Assistência Consular no Âmbito das Garantias
Trindade, "Consolidação da Capacidade do Devido Processo Legal (OC-16/99), de
Processual dos Indivíduos na Evolução da 01.10.1999, Voto Concordante do Juiz A.A.
Proteção Internacional dos Direitos Humanos: Cançado Trindade, parágrafo 30 (texto in: OEA,
Quadro Atual e Perspectivas na Passagem do Informe Anual de la Corte Interamericana de
Século", Direitos Humanos no Século XXI (eds. Derechos Humanos – 1999, pp. 607-608).
P.S. Pinheiro e S.P. Guimarães), vol. I, Brasília,
IPRI/FUNAG, 1998, pp. 19-47; A.A. Cançado 133. A.A. Cançado Trindade, "El Sistema
Trindade, "El Derecho de Petición Individual Interamericano de Protección de los Derechos
ante la Jurisdicción Internacional", 48 Revista Humanos (1948-1995): Evolución, Estado
de la Facultad de Derecho de México – UNAM Actual y Perspectivas", in Derecho
(1998) pp. 131-151; A.A. Cançado Trindade, Internacional y Derechos Humanos / Droit
"The Consolidation of the Procedural Capacity international et droits de l'homme (eds. D.
of Individuals in the Evolution of the Bardonnet e A.A. Cançado Trindade), La
International Protection of Human Rights: Haye/San José de Costa Rica, Académie de
Present State and Perspectives at the Turn of the Droit International de La Haye/IIDH, 1996, pp.
Century", 30 Columbia Human Rights Law 47-95, esp. pp. 81-89. Cf. os mesmos
Review – New York (1998) n. 1, pp. 1-27; A.A. argumentos in A.A. Cançado Trindade,
Cançado Trindade, "The Procedural Capacity of "Perfeccionamiento del Sistema Interamericano
the Individual as Subject of International de Protección: Reflexiones y Recomendaciones
Human Rights Law: Recent Developments", Les De Lege Ferenda", 4 Journal of Latin American
droits de l'homme à l'aube du XXIe. siècle – Affairs (1996) pp.31-34.
Karel Vasak Amicorum Liber, Bruxelles,
Bruylant, 1999, pp. 521-544. 134. Recorde-se que, sob a Convenção Européia de
Direitos Humanos, já há algum tempo todos os
132. Como relator do projeto do Regulamento de Estados Partes, sem exceção, reconheciam a
1996 da Corte, propus o locus standi in judicio competência obrigatória da Corte Européia de
dos indivíduos ante a Corte em todas as etapas Direitos Humanos em matéria contenciosa (sob
do processo; o Regulamento de 1996 aceitou o artigo 46, anterior ao Protocolo n. 11 à
esta posição no tocante à etapa de reparações Convenção), – hoje tornada ipso facto
somente (cf. supra); no entanto, abriu caminho mandatória pela vigência do Protocolo n. 11 à
para que, no mais recente Regulamento (de Convenção Européia.
2000) da Corte, já em vigor, se viesse a adotar,
enfim, minha proposta original. Cf., a respeito: 135. Nos casos contenciosos, enquanto que na etapa
Corte Interamericana de Direitos Humanos, anterior ante a Comissão as partes são os
caso Castillo Páez versus Peru (exceções indivíduos reclamantes e os Estados
preliminares), Julgamento de 30.01.1996, demandados, ante a Corte comparecem a
Explicação de Voto do Juiz A.A. Cançado Comissão e os Estados demandados. Vê-se,
Trindade, parágrafos 16-17; Corte assim, a Comissão no papel ambíguo de, ao
Interamericana de Direitos Humanos, caso mesmo tempo, defender os interesses das
Loayza Tamayo versus Peru (exceções supostas vítimas e defender igualmente os
preliminares), Julgamento de 31.01.1996, "interesses públicos" como uma espécie de
Explicação de Voto do Juiz A.A. Cançado Ministério Público do sistema interamericano de
Trindade, parágrafos 16-17 (textos in: OEA, proteção. Cabe evitar esta ambigüidade.
Informe Anual de la Corte Interamericana de
Derechos Humanos – 1996, pp. 57 e 73, 136. O aperfeiçoamento do mecanismo do sistema
respectivamente); Corte Interamericana de interamericano de proteção deve ser objeto de
Direitos Humanos, caso Castillo Petruzzi versus considerações de ordem essencialmente
Peru (exceções preliminares), Julgamento de jurídico-humanitária, inclusive como garantia
04.09.1998, Voto Concordante do Juiz A.A. adicional às partes – tanto os indivíduos
demandantes como os Estados demandados – of the Volksgeist: Nationalism, Good and Bad",
em casos contenciosos de direitos humanos. At Century's End (ed. N.P. Gardels), San Diego,
Alti Publ., 1996, p. 94.
137. Corte Interamericana de Direitos Humanos, caso
Castillo Páez versus Peru (exceções 141. Em um ensaio luminoso publicado há pouco
preliminares), Julgamento de 30.01.1996, mais de meio século, no mesmo ano da adoção
Explicação de Voto do Juiz A.A. Cançado da Declaração Universal de Direitos Humanos,
Trindade, parágrafos 16-17; Corte o historiador Arnold Toynbee, questionando as
Interamericana de Direitos Humanos, caso próprias bases do que se entende por
Loayza Tamayo versus Peru (exceções civilização, – ou seja, avanços bastante
preliminares), Julgamento de 31.01.1996, modestos nos planos social e moral, – lamentou
Explicação de Voto do Juiz A.A. Cançado que o domínio alcançado pelo homem sobre a
Trindade, parágrafos 16-17, textos in: OEA, natureza não-humana infelizmente não se
Informe Anual de la Corte Interamericana de estendeu ao plano espiritual; A.J. Toynbee,
Derechos Humanos -1996, pp. 56-57 e 72-73, Civilization on Trial, Oxford, University Press,
respectivamente; Corte Interamericana de 1948, pp. 262 e 64. Outro historiador, Eric
Direitos Humanos, caso Castillo Petruzzi e Hobsbawn, em nossos dias retrata o século XX
Outros versus Peru (exceções preliminares), como um período da história marcado sobretudo
Julgamento de 04 de setembro de 1998, Voto pelos crimes e loucura da humanidade. E.
Concordante do Juiz A.A. Cançado Trindade, Hobsbawm, Era dos Extremos – O Breve Século
parágrafos 1-46, texto in: OEA, Informe Anual XX, São Paulo, Cia. das Letras, 1996, p. 561.
de la Corte Interamericana de Derechos Que abusos e crimes tenham sido cometidos em
Humanos -1998, pp. 419-435. nome do poder público é injustificável,
porquanto o Estado foi concebido – não se
138. A.A. Cançado Trindade, "Co-existence and Co- deveria esquecer – como promotor e garante do
ordination of Mechanisms of International bem comum; Jacques Maritain, The Person and
Protection of Human Rights (At Global and the Common Good, Notre Dame, University of
Regional Levels)", 202 Recueil des Cours de Notre Dame Press, 1966 (reimpr. 1985), pp. 11-
l'Académie de Droit International de La Haye 105.
(1987) pp. 410-412.
142. Cf., e.g., A.A. Cançado Trindade, Tratado de
139. Cf., sobre este último ponto, A.A. Cançado Direito Internacional dos Direitos Humanos,
Trindade, Tratado de Direito Internacional dos vol. II, Porto Alegre, S.A. Fabris Ed., 1999, pp.
Direitos Humanos, vol. II, Porto Alegre, S.A. 412-420; J.A. Carrillo Salcedo, "Droit
Fabris Ed., 1999, pp. 412-420; A.A. Cançado international et souveraineté des États", 257
Trindade, "The International Law of Human Recueil des Cours de l'Académie de Droit
Rights at the Dawn of the XXIst Century", 3 International de La Haye (1996) pp. 132-146 e
Cursos Euromediterráneos Bancaja de Derecho 204-207; Maurizio Ragazzi, The Concept of
Internacional – Castellón (1999), pp. 207-215. International Obligations Erga Omnes, Oxford,
Clarendon Press, 1997, pp. 43-163 e 189-218.
140. Tão bem ressaltado, por exemplo, nos
derradeiros escritos de Bertrand Russell, de Karl 143. A.A. Cançado Trindade, "A Emancipação do
Popper, de Isaiah Berlin, dentre outros; cf. B. Ser Humano como Sujeito do Direito
Russell, "Knowledge and Wisdom", Essays in Internacional e os Limites da Razão de Estado",
Philosophy (ed. H. Peterson), N.Y., Pocket 6/7 Revista da Faculdade de Direito da
Library, 1960 (2a. impr.), pp. 498-499 e 502; K. Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Popper, The Lesson of This Century, London, (1998-1999) pp. 425-434.
Routledge, 1997, pp. 53 e 59; I. Berlin, "Return
III
EL SISTEMA PENITENCIARIO DESDE LA
PERSPECTIVA DE LOS DERECHOS HUMANOS:
UNA VISIÓN DE LA REALIDAD MEXICANA Y DE
SUS DESAFÍOS
Procurador del Estado de Ceará; Profesor de la Facultad de Derecho de la Universidad Federal de Ceará;
Miembro del Consejo Nacional de PolítIca Criminal y Penitenciaria del Ministerio de Justicia de Brasil, de la
Academia Brasileña de Derecho Criminal y de la Sociedad Americana de Criminología; Consejero Científico del
ILANUD; Vicepresidente de la Sociedad Brasileña de Victimología.
El desrespeto a dichos principios puede Una labor mucho más difícil en cárceles
provocar, y provoca efectivamente, serios conflictos, superpobladas, una vez ejercido con excesivo rigor,
comprometiendo el orden interno y la propia de modo continuo y rutinario, sobre todo a través de
gobernabilidad de la cárcel. reglas no escritas (de presos o custodios), el control
favorece la formación de grupos de dominadores y
La Comisión Nacional de Derechos dominados, en que cada grupo desarrolla, por
Humanos, en “Los Derechos Humanos en la consiguiente, un comportamiento distinto: el primero,
Aplicación de Sanciones en los Centros de Reclusión de contenido represivo; el segundo, de obediencia o
Penitenciaria”, señala, con arreglo al numeral 27 de insumisión.
las Reglas Mínimas para el Tratamiento de los
Reclusos, que Es común que los mecanismos de control se
vuelvan más intensos en cárceles planeadas, en
“El orden es una de las condiciones que se términos de ubicación, arquitectura y régimen, para
requieren para vivir con dignidad en las prisiones; dar énfasis a la seguridad, en donde se reafirma,
por tal razón, debe garantizarse fundamentalmente según Alessandro Baratta, su función de depósito “de
por medio de la responsabilidad de los internos y individuos aislados del resto de la sociedad y, por
autoridades, y sólo cuando ello no baste se podrá tanto, neutralizados en su potencial peligrosidad
recurrir a las sanciones disciplinarias, las que deberán respecto a la misma.”35
aplicarse con prudencia y con firmeza, sin que se
justifique la utilización de medios que rebasen los El aislamiento y su consecuente
límites que impone el respeto a los Derechos incomunicación es, por ejemplo, uno de los más
Humanos.”33 severos castigos que se puede inflingir al preso y
constituye la manifestación más explícita del control
No se olvide que entre las causas de los de los reclusos por el Estado, en un régimen que
disturbios en 15 centros penitenciarios mexicanos, en valora demasiado la búsqueda del orden, que
el período de 1993 a 1994, mencionadas en la persigue a toda costa la seguridad interna y que se
ponencia anterior, están: el aislamiento injustificado, caracteriza por el autoritarismo, por una estrategia de
la prohibición de visitas y los maltratos. poder en que, de acuerdo con Elías Neuman, “el
Estado logra una de las formas más tangibles de
Verdad es que la relación control y dominación, mediante la coerción física
preso/administración no puede basarse en la violencia como detentador de la receta absoluta de una
institucional, so pena de estimularse un orden, o falso violencia racionalizada que planifica y centraliza al
orden, que funciona al revés. Por ello, según Julián individuo.”36
Carlos Ríos Martín y Pablo Cabrera Cabrera, no debe
haber espacio para técnicas de tratamiento que Diversos autores advierten para los riesgos
“adquieren una especial dureza, pasando a ser de supervalorar la seguridad y la disciplina, lo que
empleadas como verdaderos recursos para la requiere de un control desmesurado sobre el recluso,
despersonalización y el aniquilamiento de la con la pérdida casi total de su autonomía.
identidad y para hacer desaparecer la resistencia
Augusto F. G. Thompson, autor del clásico transparencia en los procedimientos establecidos para
“La Cuestión Penitenciaria”, añade: la concesión de estos beneficios.”39
3. ___________ Penología. 2ª ed. México: Porrúa, 17. NEUMAN, Elías. Op. cit., p. 168.
2000, p. 218.
18. Idem, p. 146.
4. GALINDO, Antonio Sánchez. Narraciones
Amuralladas. México: Impresos Chávez, 19. PASQUEL, Alfonso Zambrano. Derecho
2001, p. 53. Penal, Criminología y Política Criminal.
Buenos Aires: Depalma, 1998, p. 66.
5. NEUMAN, Elías. El Estado Penal y la Prisión-
Muerte. Buenos Aires. Ediciones Universidad, 20. BETTIOL, Giuseppe. O Problema Penal.
2001, p. 24. Coimbra: Coimbra Editora, 1967. Apud
BITTENCOURT, Cezar Roberto. Novas
6. Idem, p. 152. Penas Alternativas. Análise Político-Criminal
das Alterações da Lei n. 9.714/98. São Paulo:
7. ROMERO, Cecilia Sánchez y VEJA, Mario Saraiva, 1999, p. 3.
Alberto Houed. La Abolición del Sistema
Penal: Perspectivas de Solución a la 21. CALÓN, Cuello. Apud BUJÁN, Javier
Violencia Institucionalizada. Costa Rica: Alejandro y FERRANDO, Víctor Hugo. La
Editec, 1992, p. 18. Cárcel Mexicana. Una Perspectiva Crítica.
Buenos Aires: Ad-Hoc, 1998, pp. 97-98.
8. GUILLERMÍN, Alejandro Flores. Prólogo Apud
BRINGAS, Alejandro H.. y ROLDÁN, Luis 22. DÍAZ, Antonio Labastida y CASTILLEJA,
F., p. 11. Ruth Villanueva et al. El Sistema
Penitenciario Mexicano. México: Instituto
9. CHAVERRI, Monia Granados et al.. El Sistema Mexicano de Prevención de Delito e
Penitenciario: Entre el Temor y la Esperanza. Investigación Penitenciaria. 1996, p. 35.
México: Orlando Cardenas Editor, 1991, p.
20. 23. BARROS LEAL, César. Op. cit., pp. 54-55.
10. TAVIRA, Juan Pablo de. ¿Por qué Almoloya? 24. GALINDO, Antonio Sánchez. Manual de
Análisis de un Proyecto Penitenciario. Conocimientos Básicos para el Personal de
México: Diana, 1995, p. 45. Centros Penitenciarios. México: Comisión
Nacional de Derechos Humanos. 1990, p. 33.
11. FONSECA, José Fernández. La Vida en los Apud BRINGAS, Alejandro H.. y
Reclusorios: Espeluznantes Sucesos QUIÑONES, Luis F. Roldán. Op. cit., p. 26.
Ocurridos en las Cárceles de México. México:
Edamex, 1992, p. 67. 25. COMPETENCIA DE LA COMISIÓN
NACIONAL DE DERECHOS HUMANOS
12. ZAFFARONI, José Raúl. Apud BRINGAS, EN LOS CENTROS DE RECLUSIÓN DEL
Alejandro H. y QUIÑONES, Luis F. Roldán. PAÍS. México: Comisión Nacional de
Op. cit., p. 136. Derechos Humanos, 1995, p. 5.
13. GARCÍA, Julio Scherer. Cárceles. México: 26. GUAZZELLI, Carlos Frederico. O Desafio da
Editorial Extra Alfaguara, 1998, p. 11. Assistência Jurídica aos Encarcerados. Texto
Mimeografado. Apud BARROS LEAL,
14. LINS E SILVA, Evandro. Apud BARROS César. Direitos do Homem e Sistema
LEAL, César. Prisón: Crepúsculo de una Era. Penitenciário (Enfoque da Realidade
México: Porrúa, 2000, p. 30. Brasileira). In Revista do Instituto Brasileiro
de Direitos Humanos, organizada por Antonio
Augusto Cançado Trindade e César Oliveira 36. NEUMÁN, Elías. Cárcel y Sumisión. In
de Barros Leal. Ano 2, n. 2, 2001, p. 76. Revista do Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária do Ministerio da
27. IRIGOYEN, Julieta González. La Civilización Justiça do Brasil. Vol. 1, n. 10, jul./dez. 1997.
en la Sombra: História, Razón y Pensamiento Brasília, DF.
Poético. Tijuana, México: Editorial Aretes y
Pulseras, 1999, p. 79. Apud BARROS LEAL, 37. THOMPSON, Augusto F. G. A Questão
César. Os Cárceres Mexicanos: uma Visão Penitenciária. Petrópolis: Vozes, 1976, p. 41.
Panorâmica. In Revista do Conselho Nacional
de Política Criminal e Penitenciaria do 38. MARTÍN, Julián Carlos Ríos y CABRERA
Ministério da Justiça do Brasil. Vol. 1, n. 14, CABRERA, Pablo. Op. cit., p. 94.
julho/00 a dez./00, p. 73.
39. SARRE, Miguel. El Respeto a los Derechos
28. RAMÍREZ, Sergio García. Manual de Humanos como Garantía de Orden en el
Prisiones (La Pena y la Prisión). 4ª ed.. Sistema Penitenciario Mexicano. In Anexo 2
México: Porrúa, 1998, p. IX. de La Supervisión de los Derechos Humanos
en la Prisión: Guía y Documentos de Análisis.
29. GALINDO, Antonio Sánchez. Control Social y México: Comisión Nacional de Derechos
Ejecución Penal en México (Pasado Humanos, p. 137.
Inmediato y Perspectivas Futuras). In Revista
do Conselho Nacional de Política Criminal e 40. CARPIZO, Jorge. Derechos Humanos y
Penitenciária do Ministério da Justiça do Ombudsman. 2ª ed. México:
Brasil. Vol. 1, n. 14, julho/00 a dez./00, p. 45. Porrúa/Universidad Autónoma de México,
1998, p. 46.
30. Op. cit., pp. 45-46.
41. Idem, p. 46.
31. COMPETENCIA DE LA COMISIÓN
NACIONAL DE DERECHOS HUMANOS 42. Idem, p. 66.
EN LOS CENTROS DE RECLUSIÓN DEL
PAÍS. México: Comisión Nacional de 43. ARENAL, Concepción. Apud GALINDO,
Derechos Humanos, 1995, p. 10. Antonio Sánchez. Narraciones Amuralladas.
México: Impresos Chávez, 2001, p. 78.
32. VIOLENCIA EN CENTROS
PENITENCIARIOS DE LA REPÚBLICA * Síntesis de tres ponencias impartidas por el autor
MEXICANA: REPORTE DE en el taller “Sistema Penitenciario y Derechos
INVESTIGACIÓN. México: Comisión Humanos”, organizado por el Poder Ejecutivo de
Nacional de Derechos Humanos, 1996, p. 20. Baja California, Procuraduría de los Derechos
Humanos y Protección Ciudadana del
33. LOS DERECHOS HUMANOS EN LA
APLICACIÓN DE SANCIONES EN LOS Estado de Baja California e Instituto
CENTROS DE RECLUSIÓN Interamericano de Derechos Humanos (de San
PENITENCIARIA. México: Comisión José, Costa Rica), en Tijuana, México, en los días
Nacional de Derechos Humanos, 1995, p. 15. 10 y 11 de diciembre de 2001.
CHRISTOPHE SWINARSKI
« …..we may further reasonably assume that the making of the distinction which the existence of given words
implies must serve some purpose, however unfathomable, to whatever extent that purpose may be a mixed product
of imagination and reason, of the less conscious and the more conscious processes of mind, of intentions and happy
accident, of particular social circumstances and development »
(Ph. Allott « Eunomia : New Order for a New World », Oxford University Press, Oxford-New York, 1990, pp. 10 et
11).
Finalement, c’est la troisième thèse qui a La Conférence de Téhéran, où, tout d’abord,
prévalu. Pour ses protagonistes les deux systèmes une résolution sur le « Respect and Enforcement of
étaient appelés à devenir mutuellement Human Rights in the Occupied Territories » appelait
complémentaires. Pour la thèse « complémentariste » à l’application conjointe des droits de l’homme et du
DIH et, après, la résolution XXIII sur le « Respect du l’homme, droit du travail etc.), ou encore sur un
droit de l’homme en période de conflit armé » ont été critère « organique », c’est-à-dire celui de l’organe
adoptées. Cette dernière a été suivie, déjà en 1968 par principal chargé de l’appliquer ou/et d’en contrôler
la fameuse résolution 2444 / XXIII de l’Assemblée l’observance (organes de l’ONU, organes de la
Générale de l’ONU, par laquelle, le Secrétaire Convention Européenne, Américaine ou Africaine,
Générale a été chargé de « étudier les mesures qui CICR etc.) par une classification « situationelle », qui
pourraient être prises pour assurer une meilleure s’attacherait davantage aux circonstances de la
application des conventions et des règles de caractère protection, et encore plus aux effets que les différents
humanitaire existant lors de tout conflit armé », ainsi systèmes normatifs étaient aptes à produire pour les
que « la nécessité d’élaborer de nouvelles concernés.
conventions internationales de caractère
humanitaire…… »8 Une telle classification des systèmes
existants de la protection par le droit international de
La notion de « droits de l’homme la personne humaine peut se concevoir comme suit :
applicables dans les conflits armés » venait de naître,
en articulant, une fois pour toutes, le lien, désormais La première catégorie contiendrait des règles
incontournable, entre des situations d’applicabilité du de protection à la disposition de tout individu en tant
DIH et des droits de l’homme. que membre de l’Humanité (« Mankind »). Pour
pouvoir s’en réclamer, il suffit d’en être membre
En DIH ce même lien a été entériné par le (actuel ou virtuel) ;
Protocole additionnel de 1977. On y a, avant tout,
reconnu expressis verbis que les garanties La deuxième catégorie de ces règles
fondamentales de la personne humaine en DIH, s’appliquerait à l’individu en fonction de sa qualité
s’inspirait des celles d’instruments de droits de objective (a savoir indépendante de sa volonté) dans
l’homme, en ce qui concerne les conflits la société humaine, telles, par exemple, les règles
internationaux, et l’on y a puisé, jusqu’à leur protégeant spécifiquement la femme, l’enfant,
substance dans ce même domaine en ce qui est des l’handicapé etc.
conflits non-internationaux.
Le troisième groupe des règles entendrait
4. La prolifération des régimes spécifiques pourvoir à la protection de l’individu selon sa
de protection internationale de la personne humaine, fonction dans la société humaine (fonction
fondés sur les instruments particuliers à vocation susceptible de changer). Dans cette catégorie, l’on
universelle ou régionale, a, plus encore, rendu trouverait, par exemple, les normes internationales
complexe les rapports entre le DIH et les droits de sur le travail ou les règles internationales médicales.
l’homme, comme ces derniers venaient de s’enrichir
des nouvelles normes et procédures adoptées sur la Finalement, la quatrième catégorie se
base d’autres traités pas nécessairement appartenant composerait des règles applicables à l’individu, qui,
au cadre du corpus iuris de droits de l’homme, de iure ou de facto perdrait la pleine protection du
proprement dit. Plusieurs d’entre eux avaient pourtant droit interne, se trouvant ainsi dans le besoin des
des incidences directes ou indirectes sur l’application règles internationales. Il s’agit des situations
et la mise en œuvre des dispositions du DIH. La d’urgence, voire d’exception, par rapport à des
complexité des rapports entre les normes, provenant situations ordinaires. Le DIH et le droit des réfugiés
des différents systèmes et applicables par de en constitueraient des exemples.
différents organes devenait parfois inextricable,
autant pour les décideurs internationaux, que, pour Il va de soi, qu’une telle catégorisation n’est
les destinataires de ces normes, ces derniers ne pas exhaustive. Un être humain peut, au même
sachant pas trop lesquelles d’entre elles moment, avoir besoin de protection à plus d’une de
correspondaient de manière la plus adéquate à leurs ces catégories.
besoins de protection.
Cependant, d’autres catégorisations
Il devenait de plus en plus important de existantes n’étant, elles non plus, exhaustives, celle-ci
compléter la classification existante de ces normes en permettrait de mieux cerner les situations, dans
droit international, basée surtout sur un critère lesquelles plusieurs normes peuvent simultanément
« systémique », à savoir la provenance de la norme produire des effets de protection, sans qu’il soit
d’instruments composant une branche matérielle du d’emblée nécessaire d’aborder la question de
droit international (droit humanitaire, droits de « convergences » entre plusieurs systèmes normatifs
distincts.9 protége pas suffisamment les êtres humains dans les
périodes de violence interne, de troubles, de tensions
Or, pour la question qui nous intéresse à et de crise ».12
savoir les rapports entre le DIH et les droits de
l’homme, «….. indépendamment de l’influence que Devant la fin-de-non-recevoir des Etats d’un
les normes d’un certain ordre juridique peuvent nouvel instrument normatif de ce genre, le débat s’est
exercer sur celles d’un autre, il y a des cas, dans transféré dans le cadre général des préparatifs de la
lesquels une norme présentant des potentialités plus Conférence de Vienne sur le droits de l’homme d’une
larges est elle même entendue et incorporée dans un part et de l’autre, dans celui, qui après avoir produit
ordre différent, et même supérieur. Une telle situation la création des tribunaux ad hoc pour l’ex-
et loin d’être simple. En effet, l’extension – on peut Yougoslavie (1993) et pour le Ruanda (1994), a
dire la transplantation – d’une norme dans un ordre abouti à l’adoption du Statut de Rome, en 1998.
juridique différent peut entraîner une modification
plus ou moins importante de son contenu dans un L’état de ce débat à la IIième Conférence de
nouveau milieu juridique, du fait de son adaptation et Vienne se reflète, sur la base d’une documentation
de son interprétation dans un ordre différent ».10 préparée par le CICR, dans son document final, la
« Déclaration et le Programme d’Action », sous trois
C’est précisément cette difficulté que paragraphes ; qui expriment respectivement les
rencontrent souvent les normes des deux droits en préoccupations devant l’intensification des violations
question, et c’est bien celle-ci que la catégorisation des droits de l’homme dans les conflits armés,
« situationnelle » permettrait d’éviter. invitant les parties aux conflits à mieux y assurer le
respect du DIH ; exhortent les Etats à ratifier les
5. La troisième phase du débat sur les instruments humanitaires et les encourage, tout
rapports entre le DIH et les droits de l’homme qui comme l’ONU même, à prendre des mesures
commence pendant les années quatre-vingt, se nécessaires pour parachever leur mise en œuvre,
prolonge jusqu’à nos jours. Il y va surtout de leur invitant les Nations Unies, dans leur œuvre de
applicabilité, ou, plus précisément, de leur adéquation promouvoir les droits de l’homme, à assurer le plein
à l’applicabilité dans des situations qui puissent respect du DIH dans toutes les situations de conflits
relever à la fois de ces deux droits. armés, conformément aux objectifs et aux principes
de la Charte.13
Les problèmes sémantiques qui marquent ce
débat apparaissent, pour la grande majorité d’entre Autant l’association expresse du Nations
eux, à cette même étape. Unies à la promotion et la mise en œuvre du DIH, en
tant que l’un des aspects de son action en matière de
Il s’agirait tout d’abord des situations qui droits de l’homme est significative, l’inclusion
échappaient formellement aux champs d’application « paritaire » des normes des droits de l’homme et du
respectifs des deux droits, c’est-à-dire des DIH dans les compétences des tribunaux ad hoc l’est
circonstances, où le droit humanitaire ne pouvant pas encore plus, puisqu’elle consacre leur application
encore s’appliquer les droits de l’homme, n’assurait dans les mêmes situations, sans distinctions
plus convenablement la protection de l’individu. hiérarchiques et différences d’origine ; les deux
tribunaux devenant ainsi les organes de sanction de
Ces « zones grises » ont premièrement deux droits.
amené le débat vers la recherche d’un minimum
commun entre les deux droits, sous forme d’un Le Tribunal Pénal International, au moment
catalogue des normes devant s’appliquer en toute de sa constitution, va devenir à son tour un organe
situation, indépendamment de la qualification permanent de la communauté internationale, habilité
juridique que l’un ou l’autre de ces droits pouvait en sans aucune distinction de même genre, à sanctionner
donner, c’est-à-dire en l’absence d’une définition de l’inobservance du DIH et des droits de l’homme,
la portée formelle de ses normes.11 Parmi plusieurs selon les dispositions du Statut de Rome.
tentatives de soumettre un tel catalogue à
l’acceptation de la communauté internationale la plus Les conséquences de cette « rencontre »
connue est celle de la Déclaration de Turku /Abo, entre les deux droits sur le plan normatif (les mêmes
laquelle met en relief le fait « que le droit instruments), de la mise en œuvre (le même appareil
international du point de vue des normes de sanctions) et sur le plan herméneutique (le même
humanitaires et des normes relatives aux droits de pouvoir d’interprétation et la même jurisprudence)
l’homme applicables dans les conflits armés, ne inaugureront sans doute la quatrième étape non
seulement du débat, mais des rapports de substance plus importante que soulève ce terme est celle de
entre les deux droits.14 savoir s’il portait aussi sur une relation hiérarchique
éventuelle entre les normes de deux systèmes. La
thèse « intégrationniste » avec sa distinction entre le
III. Terminologie du débat droit humanitaire sensu stricto et sensu largo laissait
entrevoir une possibilité de la subordination
6. La « vie commune » du DIH et des droits hiérarchique des tous les deux corps normatifs à un
de l’homme en droit international a été, de point de ordre supérieur, le rapide abandon de cette thèse par
vue terminologique, orchestrée par une série de mots- ces protagonistes ne permettant pas toutefois
clés qui en marquaient l’évolution. d’émettre d’hypothèse sur le contenu spécifique de
cet ordre. Le seul indice dans ce sens aurait pu
Les deux premières étapes de cette évolution provenir de l’aspect chronologique de la thèse; en
correspondent surtout aux termes : toute logique, les règles du droit humanitaire
« interdépendance » « coexistence » et classique y auraient eu la primauté sur celles de droits
«coordination ». de l’homme, du fait de leur antériorité (par la force de
principe « lex posterior derogat priori »). Encore
Ces termes se réfèrent, en l’occurrence, aux d’autres indices sur la nature de cette
rapports entre les deux corps de règles, en tant interdépendance pourraient se trouver dans les
qu’ensembles autonomes, et connotent, sur le plan opinions qui mettaient en doute l’existence d’une
global, la relation entre eux dans le droit international véritable différence de portée juridique entre le DIH
tout entier. et les droits de l’homme15, ou dans celles qui
annonçaient la disparition du droit humanitaire, si ce
A la deuxième étape, trois nouveaux termes dernier devait se confondre avec les droits de
sont venus s’y ajouter, à savoir ceux de l’homme.16
« complémentarité », de « concurrence des champs
d’application » et de « convergence ». Ces mots Autrement dit, « l’interdépendance »
s’adressent déjà plus directement aux relations entre s’adressait au fait que les deux corps de règles se
les effets des deux systèmes, plutôt qu’à des rapports trouvaient a l’intérieur de la normative générale de
globaux entre eux. droit international, fait qui d’ailleurs eût été
seulement admis, pour le DIH, peu de temps avant la
Finalement, la troisième étape a vu Deuxième Guerre Mondiale.17
apparaître encore trois termes de ce lexique,
notamment ceux de « confluence », de 8. En ce qui est de la « coexistence », ce
« transplantation » et de « interpollinisation » (cross- terme à été tout particulièrement étudié sous l’angle
pollination). Ce sont des termes visant à saisir les des mécanismes de protection dans le langage de
relations fonctionnelles entre les deux systèmes, la droits de l’homme eux-mêmes. En particulier, A.A.
substance, sinon la réalité des telles relations étant Cançado Trindade a organisé tout son exposé sur les
préalablement admise et reconnue. droits de l’homme sur cet axe, qui lui a permis
d’analyser l’état de ce droit à l’époque, avec un autre,
Leur signification et la fonction qu’ils celui de la coordination – outil dont il s’est servi pour
puissent avoir eues, et continuer à avoir, dans en décortiquer la dynamique.18 Le même terme
l’articulation du discours sur le DIH et les droits de semble équivalent à celui de la « connexion intime et
l’homme, apportent un éclairage fort intéressant au nécessaire » qu’un autre éminent juriste latino-
propos de cette étude. américain a assorti, à la même époque, à la relation
entre les deux droits, le faisant étendre à une relation
7. Ainsi, la relation qualifiée de complémentarité entre eux.19
« d’interdépendance » entre les deux droits était sans
doute la plus ancienne dans le lexique de ces Dans la poursuite de cette réflexion,
rapports. Les trois thèses mentionnées au début de ce Cançado Trindade, dans ses nombreux travaux sur la
travail ne représentent en effet que des réponses à la question, a proposé la figure de la protection de la
question de savoir : de quelle manière le DIH personne humaine par les règles internationales à
dépend-elle des droits de l’Homme et vice-versa. trois versants: droits de l’homme, droit international
Dans la mesure, dans laquelle les deux normatives humanitaire et droit des réfugiés.20 L’avantage de la
devaient se rencontrer à l’intérieur du droit figure consiste indubitablement en construire un
international en vigueur, il devait y avoir entre elles « topos » conceptuel, dans lequel les trois droits
un rapport d’interdépendance ce genre. La question la tendent vers le même sommet, où la protection atteint
sa plénitude. Son relatif désavantage serait, qu’il ne celui pour lequel une norme provenant d’un système
s’adresse pas suffisamment aux rapports de exige, qu’on étende les effets de la protection au-delà
complémentarité entre les normes spécifiques de trois de ce que stipule la règle de l’autre, toutes les deux
systèmes, question que, par ailleurs, le même auteur a étant applicables à la même situation : ainsi, par
beaucoup étudiée et substantiellement enrichie. exemple, parmi les garanties judiciaires de l’art. 14
du Pacte des droits civils et politiques figure, au
Une autre formule de la coexistence est sus- paragraphe 6, de droit à la compensation pour une
jacente au langage utilisé dans l’un des premiers condamnation abusive, que les garanties de l’art. 75
travaux sur ce sujet dont l’auteur parle d’un du Protocole I ne contiennent pas. Une personne au
« rapprochement » – terme qui, tout en affirmant bénéfice de deux dispositions peut, par conséquent,
l’existence d’une distance entre les deux droits, leur obtenir davantage de protection à titre de la
attribue une dynamique de mouvement de l’un vers disposition des droits de l’homme qu’à titre de celle
l’autre, sans toutefois prétendre encore à la du DIH.24 Les deux dispositions se trouvent ainsi
coordination entre les deux.21 Cette dernière, dans la dans une relation de complémentarité du point de vue
même situation de coexistence, est déjà souhaitée, ou des leurs effets pour la personne protégée.
tout au moins souhaitable, pour un autre auteur qui la
proposait au conditionnel, en disant : « if two sets of 10. Une figure d’espèce de la
rules established by two separate branches of complémentarité est celle de la « concurrence des
international law apply to the same situation….it is champs d’application ». Il s’agit des situations où les
obviously necessary to compare and, if possible, co- deux systèmes déploient, en même temps et en même
ordinate them. »22 circonstances, des effets juridiques, contenant les
normes de portée identique et ou hautement
9. Par la « complémentarité » des deux analogue.
systèmes normatifs l’on peut entendre deux situation
sensiblement différentes. Dans la première, le L’exemple typique d’une telle concurrence
système tout entier, soit celui des droits de l’homme, est la situation des droits irréfragables (« noyau
soit celui du DIH, peut être considéré dur ») des instruments de droits de l’homme, qui
complémentaire de l’autre, dans les circonstances, où continuent de s’appliquer après la suspension
la protection par l’un d’entre eux s’avère insuffisante. d’autres droits provenant de ces instruments, aux
conditions prévues (art 4 ; art. 15 et art. 27
Pour le DIH de telles circonstances respectivement, du Pacte de droits civils et politiques,
interviennent lorsque la situation de violence armée de la Convention Européenne et de la Convention
n’atteint pas encore le seuil d’applicabilité établi par Interaméricaine) ; « les droits de l’homme et le droit
l’art. 3 commun des Conventions de 1949 et, à un humanitaire qui sont des systèmes juridiques distincts
niveau plus élevé, par l’article premier des Protocole et leurs mécanismes propres s’appliquent de manière
II de 1977. Dans ces situations, lesquelles concurrente… »25
correspondent aux fameuses « zones grises », les
droits de l’homme , de portée régionale ou Certes, la figure de la « concurrence » peut,
universelle, restés en vigueur peuvent suppléer la pour une norme précise, aboutir aux mêmes résultats
carence des normes humanitaires applicables. Même que celle de la « complémentarité ». Cependant, elle
dans les situations, où une partie de la protection oblige à l’examen préalable, en vue de son
humanitaire peut s’effectuer aux moyens de procédés applicabilité à une situation donnée, de l’ensemble
qui l’étendent au-delà de l’application formelle des des règles entrant dans le champ commun dans de
instruments du DIH – il faut y mentionner surtout l’un et/ou l’autre droit, avant de pouvoir prendre en
l’acceptation de l’offre des services du CICR – le considération des rapports concrets entre cette norme
complément de la protection des droits de l’homme et des normes éventuellement applicables, pour en
est nécessaire. En effet, « …..les troubles intérieures évaluer les effets de protection pour les concernés.
et les tensions internes ne sont pas, à ce jour inclus
dans le champ d’application du droit international 11. Le troisième terme largement utilisé
humanitaire ; le CICR y a développé des activités ad depuis la période, où la dynamique commune de DIH
hoc. Cela ne signifie pas, pour autant, qu’il n’existe et des droits de l’homme venait d’être admise, est
pas de protection juridique internationale applicable celui de la « convergence » entre ces deux systèmes.
ce type de situation, couvertes par les instruments
universels et régionaux des droits de l’homme ».23 Ce terme semble, lui aussi, avoir un double
sens. D’une part l’on entend par la convergence tout
Un autre sens de la complémentarité est simplement le fait que les deux normatives ont des
finalités communes, celles de protéger l’être humain. 1998 portant le statut de la future Cour Pénale
Dans ce sens, la convergence prend plutôt pour le Internationale dont la définition des compétences
point de départ la différence d’actes constitutifs, relève résolument des deux droits (art. 7 et 8).
d’organes et des procédures respectifs, n’écartant pas
toutefois les effets complémentaires et la concurrence 13. Le terme de « transplantation » vise une
des champs d’application des deux droits. 26La figure situation où une norme élaborée dans un système est
de « trois versants » peut dès lors être considéré transférée, fréquemment telle quelle, dans un autre,
comme celle d’une convergence. dans lequel elle acquiert un nouveau titre de sa
validité.29
L’autre lecture du terme concernerait plutôt
le processus de la dynamique des deux droits, mettant Le cas évident d’une telle « transplantation »
l’accent sur leur aptitude, en dépit de toutes les est offert par le Titre II (art. 4-6) du Protocole II de
différences susmentionnées, à trouver un grandissant 1977, dans lequel les garanties fondamentales de
domaine d’application en commun, où l’on relève traitement humain « ……constituent le niveau
comme différence principale celle de leurs minimal de protection auquel tout individu peut
vocations respectives; le DIH étant plus tourné vers prétendre en tout temps et sont à la base des droits de
les objectifs de protection des victimes tandis que les l’homme. Comme le Protocole a son propre champ
droits de l’homme se trouvant concernés plutôt par d’application, il était important qu’elles y figurent,
les violations.27 adaptées et complétées en fonction des circonstances
aux quelles il est destiné. Le présent titre contient
Dans toutes les deux lectures, la pratiquement tous les droits irréfragables du
convergence semble plutôt exclure tout au moins en Pacte ».30
l’état actuel du droit, la fusion des deux normatives
dans un système unique de protection de la personne 14. Enfin, le terme « inter-pollinisation »
de droit international. (« cross-pollination ») trouve avant tout sa place dans
le cadre d’application de deux droits. Il y va
12. En revanche, cette éventualité ne paraît d’éclaircir, de définir la portée et, généralement,
pas exclue pour ceux qui parlent de la « confluence » d’interpréter un concept ou un procédé d’un droit à
de deux systèmes. Les premières acceptions de ce l’aide de l’autre.
terme semblent partir des arguments de la thèse
intégrationniste, qui insistant sur les traits communs Un tel transfert du « pollen » normatif peut
entre les deux droits sous l’angle de leurs finalités résulter en des solutions nouvelles communes aux
communes, plutôt que de s’attacher aux différences deux, ou bien avoir, cours seulement pour l’un
entre eux, déjà dans les années quatre-vingt (cf. infra d’entre eux ; « By providing some guidance as to the
notes 15 et 16) possiblilities and limits of cross-pollination between
the two legal sytems, the analysis informs their
Envisagée comme un postulat de la doctrine, possible convergence and, ultimately, contributes to a
la confluence atteint actuellement le niveau normatif. deeper understanding of human rights and
Le Statut du Tribunal pour l’ex-Yugoslavie, arrêté humanitarian law ».31
dans la résolution S/Res/827/1993, par le Conseil de
Sécurité, et, l’année suivante, le Statut du Tribunal À titre d’exemple, l’actualité herméneutique
pour le Ruanda, de la résolution S/Res/955/1994, du procédé « d’interpollinisation » a été récemment
mentionnent uniquement dans la définition générale affirmée dans un cas devant la Cour Interaméricaine
de la compétence de ces juridictions le droit des Droits de l’Homme.32 Son rôle est naturellement
international humanitaire. Or, dans les deux cas, leurs voué à grandir, vers une véritable pratique commune
champs de compétence se trouvent élargis par d’interprétation, dans le cadre des jurisprudences de
l’inclusion des droits de l’homme (art. 5 et art. 3 toutes les juridictions, existantes et futures, qui seront
respectivement). Dans les deux cas, l’extension de la appelées à traiter les cas relevant des deux droits. La
notion des crimes de guerre dans les situations de cohérence de cette jurisprudence est indispensable et
conflit non international se trouve à la clé de la constitue d’ores et déjà un nouveau « topos » de
démarche. La jurisprudence de ces tribunaux a non confluences entre le droit humanitaire et les droits de
seulement confirmé, mais considérablement l’homme.
approfondi cette confluence.28
9. cf. Ch. Swinarski : « Common Prospects and 21. cf. A. S. Calogeropoulos – Stratis : « Droit
Challenges…. ». Op. cit., pp. 466-467. Humanitaire et Droits de l’ ». Op. cit., pp. 232-
235.
10. N. Valticos : « Pluralité des Ordres Juridiques
Internationaux et Unité du Droit International », 22. A. H. Robertson : « Humanitarian Law and
dans J. Makarczyk (ed.), « Theory of International Human Rights ». Op. cit., p. 795.
Law at the Threshold of the 21st Century ; essays
in Honour of Krzysztof Skubiszewski » Kluwer 23. S.-S. Junod : « Commentaire de l’article premier
Law International, The Hague – London – du Protocole II » dans Y. Sandoz, Ch. Swinarski,
Boston, 1996, p. 319. B. Zimmermann (éds.) dans « Commentaire des
Protocoles additionnels », CICR – Nijhoff,
11. cf. inter alia, Th. Meron : « Human Rights in Genève, 1986, par. 1479, cf. aussi : J. de Maio
Internal Strife : The International Protection », (éd.) : « The Challenges of Complementarity » ;
Grotius Society, 1987. Report on the Fourth Workshop for Human
Rights and Humanitarian Organizations, ICRC,
12. Cité selon D. Schindler, J. Toman : « Droits des Geneva, 2000.
Conflits Armés ». Op. cit., p. 1265.
24. cf. N. Jayawickrama : « The Right to Fair Trial
13. cf. A.A. Cançado Trindade : « Tratado dos Under the International Covenant on Civil and
Direitos Humanos ». Op. cit., pp. 302-313. Political Rights » et. Ch. Swinarski : « On the
Right to Fair Trial Under International
14. cf. ibidem, pp. 275-302. Humanitarian Law », dans Byrnes (éd.) « The
Right to Fair Trial in International and
15. cf. cf., par exemple, R. Quentin-Baxter : Comparative Perspective », University of Hong-
« Human Rights and Humanitarian Law », dans Kong, 1997, respectivement pp. 37-58 et 26-37.
« Australian Yearbook of International Law »,
1985, pp. 94-96. 25. S. Junod : « Commentaire du Titre II du
Protocole II », dans Y. Sandoz, Ch. Swinarski, B.
16. cf. par exemple, H. Meyrowitz : « Le Droit de la Zimmermann (éds.) « Commentaire… ». Op. cit.,
Guerre et les Droits de l’ » dans « Revue de Droit par. 4513.
Public et de la Science Politique en France et à
l’étranger », 1959, pp. 1061-1062 ; cf. aussi A. 26. A.A. Cançado Trindade utilise, en portugais, le
Migliazza : « L’Évolution de la Réglementation terme « aproximação » cf. «Tratado dos Direitos
de la Guerre à la Lumière de la Sauvegarde des Humanos». Op. cit., pp. 275-284.
Droits de l’Homme », dans « RCADI », 132,
1972, vol. III, pp. 142 ss. 27. cf. M. Sassòli : « Mise en Ouvre du DIH et des
Droits de l’Homme ». Op. cit., p. 61.
17. A. H. Robertson : « Humanitarian Law and
Human Rights ». Op. cit., p. 794, dit « ….Down 28. cf., inter alia, I. Bantekas : « Principles of
to the time of the second world war, humanitarian Individual Responsability for Violations in
law was accepted as an autonomous branch of International Humanitarian Law after ICTY »,
international law… »
Liverpool University, en offset, 1999, qui en offre 32. cf. Cas « Las Palmeras, excepciones preliminares,
l’analyse le plus complet. sentencia del 4 de Febrero 2000, serie C. N° 66 et
spécialement le vote raisonné du Président
29. cf. infra, la note 10. Cançado Trindade.
30. S.-S. Junod : « Commentaire du Titre II… » dans 33. A. A. Cançado Trindade : « Reflexiones sobre
Y. Sandoz, Ch. Swinarski, B. Zimmermann el Desarraigo como Problema de Derechos
(éds.), « Commentaire…. ». Op. cit., par. 4510 et Humanos frente a la Conciencia Jurídica
4511. Universal », dans A. A. Cançado Trindade, J.
Ruiz de Santiago, « La Nueva Dimensión de las
31. R. Provost : « International Human Rights and Necesidades de Protección del Ser Humano en el
Humanitarian Law ». Op. cit., p. 11. Inicio del Siglo XXI », ACNUR, San José de
Costa Rica, p. 77.
V
DERECHOS HUMANOS Y POLÍTICAS FRENTE A LA MUNDIALIZACIÓN DE LOS FLUJOS
MIGRATORIOS Y DEL EXILIO
CRISTINA ZELEDÓN M.
Politóloga costarricense; Encargada, desde 1988, del Programa de Poblaciones Migrantes y Afectadas por la
Violencia del Instituto Interamericano de Derechos Humanos; Coordina desde 1992 la Secretaría Técnica de la
Consulta Permanente sobre Desplazamiento Interno en las Américas-CPDIA, instancia interagencial que
desarrolla tareas de asistencia técnica, misiones in situ, información, capacitación y coordinación de
organizaciones vinculadas a la temática; ha escrito numerosas ponencias sobre migraciones y derechos humanos;
en setiembre del año en curso fue elegida miembro, por un periodo de siete años, de la Comisión de Iglesias sobre
Asuntos Internacionales del Consejo Mundial de Iglesias, con sede en Ginebra, Suiza.
REFUGIADO DEPORTADOS
El que define el artículo 1-A de la Convención de El migrante expulsado, rechazado o devuelto por un
Ginebra sobre el estatuto de los Refugiados, de 1951 Estado a su país de origen o a un tercer Estado. Por lo
y su Protocolo de 1967: “…toda persona que debido general, es deportado al país fronterizo del Estado
a fundados temores de ser perseguido por motivos de expulsor.
raza, religión, nacionalidad, pertenencia a
determinado grupo social u opiniones políticas, se MIGRANTE EXTRARREGIONAL Y
encuentre fuera del país de su nacionalidad (o EXTRACONTINENTAL EN TRANSITO
residencia) y no pueda o, a causa de dichos temores,
no quiera acogerse a la protección de tal país…”. Migrante extrarregional es el nacional de un país del
También puede ser reconocido como refugiado toda continente que está fuera de la región
persona que “… ha huido de su país porque su vida, centroamericana. Migrante extracontinental es el
su seguridad y libertad han sido amenazadas por la nacional de un país que está fuera del continente.
violencia generalizada, la agresión extranjera, los
conflictos internos, la violación masiva de los MIGRANTE FORZADO
derechos humanos u otras circunstancias que hayan
perturbado gravemente el orden público…”, El que emigra a un tercer país por causas ajenas a su
conforme a la Conclusión Tercera de la Declaración voluntad. El origen de esas causas puede ser
de Cartagena de 1984. económico, político o desastres naturales. La Iglesia
denomina a este tipo de migrante refugiado de facto.
DESPLAZADOS INTERNOS
Objetivo general
Proveer asistencia de emergencia a la población Propiciar encuentros binacionales entre los diferentes
meta, evitando el asistencialismo. sectores que componen las redes de cada país, a fin
de colaborar en la propuesta de soluciones en
Promover la inserción y reinserción de la población aquellas situaciones en las que la problemática se
meta desde el inicio. hace más aguda, de modo especial en las zonas
fronterizas.
Proponer y desarrollar programas para el desarrollo
humano sostenible de la población meta. Apoyar las acciones que se encaminen a la
ratificación de la Convención Internacional sobre la
Identificar y proponer soluciones a la problemática Protección de los Derechos de todos los Trabajadores
específica de mujeres, niñas y niños dentro de cada Migratorios y de sus Familias, adoptada por la
categoría de la población meta. Asamblea General de las Naciones Unidas en su
Resolución 45-158, del 18 de diciembre de 1990.
Concretar el establecimiento de centros
especializados para la recepción y atención de la Promover la formación de foros permanentes de
población meta en zonas fronterizas y de alto tránsito migración, incluyendo en ellos el tema de refugio, en
de esta población, a fin de dar trato equitativo y los países donde no existen y fortalecer los ya
acorde con los principios internacionales. existentes, tomando en cuenta las experiencias del
pasado, analizando debilidades y fortalezas, para
Brindar apoyo psicosocial y espiritual a la población sacar nuevos modelos de acción.
meta.
Analizar la actual presencia del ACNUR y cómo
Hacer del conocimiento de la opinión pública, por adecuar esta situación a los objetivos y
parte de los sectores de la Iglesia y de los funcionamiento de las redes y al contexto socio-
Organismos No Gubernamentales, los hechos político actual.
evidentes de
Sensibilizar la opinión pública a fin de globalizar el
concepto de solidaridad con la población meta.
Referencias
9. Rogers, Rosemarie, Copeland, Emily. Forced 15. Salvadó, Luis Raúl. Balance y perspectivas del
Migration: Policy Issues in the Post-Cold War fenómeno migratorio en América Latina: punto
World. Massachusetts, The Fletcher School of de aproximación desde la perspectiva de la
Law and Diplomacy. Tufts University, 1993. protección de los derechos humanos.
Guatemala, mayo 1998. p. 13.
10. Op. cit..
16. Carlos Contreras, compilador, Reforma
11. Cf. Cuéllar, Roberto. Declaración Universal de política, gobernabilidad y desarrollo social.
los Derechos Humanos. Su importancia en el Retos del siglo XXI, (Caracas: Nueva Sociedad,
área de migración y refugio. En: Memoria del 1996). Introducción al texto.
Seminario regional protección de las personas
refugiadas en la nueva realidad 17.Cierto es que se presenta el problema de la
centroamericana. San Salvador, El Salvador, 9- vigencia vía ratificación de estos instrumentos,
10 de julio, 1998. ACNUR/Ministerio de pero el punto a destacar ha sido el de la
Relaciones Exteriores de El Salvador, pp. 31- preocupación creciente de la comunidad
41. internacional para lograr que la cuestión
migratoria sea atendida básicamente con la
perspectiva de los derechos humanos.
“Il y a la notion du choix dans une b) la liberté que doit imprégner la vie de
situation où celle-ci ne peut pas s’effectuer, ni de tout homme doit être tournée vers le respect à la
manière mécanique ni logique par analyse des faits dignité humaine;
et déduction à partir de règles existantes, parce que
la situation et les possibilités trouvées sont c) le droit que doit avoir tout individu à
difficiles à qualifier, circonscrire ou identifier à une distribution équitable des bienfaits et charges
cause du système de référence axiologique avoir dans le domaine du bien-être vital.
l’air vide ou conflictuel”2.
Malgré les tensions subies par la
Ce tte vision indéfinie, d’incertitude et de Bioéthique dans son essai de réalizer cet idéalisme
manque de précision dans le choix de possibilités humaniste, la validité de ses principes et
d’intervention, ainsi que dans la difficulté l’universalité de sa vigueur semblent indiscutables
d’identifier des systèmes de références A fin d’illustration, il est tout-à-fait important de
axiologiques, exigent une gestion responsable de la présenter les principaux paradigmes éthiques qui
vie humaine et permettent une conceptualisation de sont étroitement liés au surgissement de ce nouveau
la Bioéthique à partir de trois perspectives champ de connaissance.
différentes:
1) Le Jusnaturalisme: la doutrine
a) comme support de référence de jusnaturaliste défend la croyance en l’existence
réflexion et d’investigation interdisciplinaire sur les d’une loi naturelle qui ordonne le cosmos et les
défis des progrès scientifiques et des techniques conduites humaines selon un fin prédeterminée.
biomédicales; Précisément, la grande partie des restrictions
morales qui refusent l’avancement de la recherche
b) comme méthode d’analyse qui et son application dans le champ des sciences
recherche et réfléchit sur les dilemmes éthiques biologiques (on peut prendre, par exemple, le cas
associés à la recherche biologique et à son emploi des interventions des actuelles techniques
médical; et reproductives) prend comme référence cette
doutrine excessivement renforcée par la vieille
c) comme exigence normative préoccupée interprétation de l’origine divine de cette loi
à assurer la primauté de la personne et à limiter naturelle;
2) L’Utilitarisme: le discours qui oriente
les principes d’ordre utilitariste prend comme
3. Le Biodroit et l’applica-tion
référence l’évaluation des coûts et bénéfices réelle de la Bioéthique
implicites dans la réalisation d’un acte, vu que son
approbation éthique dépend de ses conséquences. D’un autre côtè, la Bioéthique ne se limite
L’évocation de cette ligne de raisonnement dérive pas à une rélation d’antagonisme entre la science et
de la pensée de Stuart Mill quand il considère l’éthique. Elle s’articule aussi avec le Droit,
l’argument selon lequel il faut cherher le plus grand puisque celui-ci, comme ordre normatif, a pour
bien pourle plus grand nombre de personnes et tache de discipliner l’application réelle des
selon lequel il n’y a pas de place pour les procédés biomédicaux. Cette intervention du Droit
minorités; dans le champ de la biomédicine dérive d’une
exigence de principes posés par la propre réflexion
3) L’impératif catégorique: se rapporte à la de la rationalité de l’éthique civile devant
formule kantienne du principe selon lequel, chaque l’application réelle de la science médicale en tant
type de conduite individuelle doit suivre une règle que technique et manipulation des structures
à laquelle on octroie une validité universelle et de biologiques.
caractère a-historique. La conscience individuelle
est de telle forme régie par cette règle de conduite Du point de vue conceptuel, le Bio-droit
que le principe est élevé à la catégorie de loi et est émerge comme un nouveau droit de formation
connu par tous les hommes, une fois qu’il prend beaucoup récente au sein de la science juridique,
pour base la rationalité comme critère d’éthicité de dont l’objet d’analyse verse sur les principes et
la conduite. normes juridiques qui ont pour but immédiat de
créer, proteger, transférer, modifier ou éteindre
Néanmoins, cette conceptualisation n’est droits découlants des rapports entre individus, entre
pas à l’abri des critiques, car elle que ne résoud pas individus et
la difficulté qu’on a de justifier éthiquement la groupes, entre ceux-ci et l’État, liés au debut de
rationalité de certains types d’expériences sur des la vie, à son cours ou sa fin.
êtres humains.
On peut dire, alors, que le Biodroit, en
En synthèse, la question fondamentale tant que champ frontalier d’analyse de normes et
qui reste est la suivante: “Tout ce qu’on peut faire principes spécifiques liés au controle de l’action du
techniquement on peut-on le faire éthiquement?”. domaine biomédical, gravite autour de valeurs
Finalement, il s’agit d’une demande hors du temps amplement reconnues qui imposent la valeur de la
qui finit toujours en rélation d’antagonisme entre vie et la valeur de la mort comme principes
“technique” et “éthique”, entre “science” et fondamentaux.
“conscience”, et que rénouvelle les questions sur
l’application concrète de la biomédicine. En effet, ces principes qui avalisent les
procédures d’intervention légale du Biodroit,
Cependant, il faut considérer que le respect s’appuient en fait sur les mêmes valeurs défendues
à de tels principes, de la part d’une éthique civile, par la Bioéthique: c’est-à-dire, le respect de la vie,
ne doit pas s’orienter vers une attitude restrictive et de la dignité humaine, de la liberté individuelle, de
intolérante à la recherche et aux expériences la sécurité, à la protection de la santé, etc. Mais,
scientifiques qui doivent repousser les limites du c’est dû à l’impossibilité d’identifier um code de
bien-être des individus, mais en évitant la violation valeurs éthiques de large acceptation que le
de ces principes. D’où, le choix d’un paradigme Biodroit acquiert la legitimité d’opiner et
pour la défense d’une science réfractaire aux d’instruire la réglementation des relations
conceptions sacrées de l’ordre naturel et capable référenciées ci-dessus au sein d’une activité
d’assumer comme critère de conduite le respect à légiférente de l’État. Ça a été, par exemple,
l’être humain. Car, c’est seulement à partir de ce l’argument logique de justification de défense du
point; c’est-à-dire, comme instance normative du Biodroit.
processus d’humanisation, que l’on peut
comprendre de manière effective le caractere Cette question, néanmoins, a suscitéé une
éthique de l’activité biomédicale. forte controverse au sein de la communauté
scientifique internationale ainsi que les critiques de De ces documents, d’ autres d’une portée
la part des hommes de sciences et des organismes plus limités, ont dérivés et ont été circonscrits à
liés aux recherches en biotechnologies avancées, plusieurs pays: La Convention Européenne des
ont mis à l’ordre du jour la discussion sur la Droits de l’Homme et la Convention Américaine,
legitimité de l’État dans son intervention de oú est evidente le droit à la protection de la vie
manière unilatérale sur un domaine dans le cas humaine, affirmé par l’article 3º de la Déclaration
de la biomédicine qu’il est hors d’atteinte de la Universelle des Droits de l’Homme: “tout être
connaissance du législateur et de celui qui applique humain a droit à la vie”; et par l’article 6.1. du
la loi. Pacte International des Droits Civils et Politiques:
le “droit à la vie est inérent à la personne humaine.
Face à cette eventualité, deux alternatives Ce droit sera protégé par loi”.
sont invoquées: d’un côté, l’exigence que l’État
doit assumer l’ entière responsabilité d’imposer et D’autres organismes internationaux ont été
de surveiller l’accomplissement de certaines crées dans ces dernières années, tels que: la
normes générales ou, de l’autre, d’accorder aux National Commission for Protection of Human
individus la permission d’appliquer librement, cas Subjects of Biomedical and Behavioral Research,
par cas, les principes éthiques considerés les plus créé par le Congrès Nord-Américain, en 1974; Le
appropriés à l’usage et à l’application manipulative Commité International de Bioéthique de l’Unesco,
des technologies biomédicales. crée en 1991, et qui a préparé le texte de la
Déclaration Universelle du Genoma Humain et des
Il est évident qu’aucune de ces Drois de l’Homme, publié le 25 juin 1997.
alternatives ne peut être acceptable. La complexité
de l’objet exige l’adoption d’une connaissance Au Brésil, les situations qui entourent la
interdisciplinaire de fait qui doit être balisé par un manipulation du patrimoine génétique humain
processus de prise de décision par des experts en seront traitées à la lumière de normes et principes
sciences de la vie, par des spécialistes dans le du Droit Constitutionnel, du Droit Civil et du Droit
domaine de la bioéthique et du Droit et par des Pénal et de quelques normes extravagantes qui
observateurs sociaux, en general, afin qu’on puisse traitent de discipliner les eventuels conflits legaux à
tracer une réglementation convenable qui soit propos de la défense du Consommateur (Loi
susceptible à l’ingérence d’une rationalité éthique- 8.078/90). Cette loi dispose sur les conditons
juridique. d’avancement et de récupération de la santé, ainsi
que de l’organisation et du fonctionnement des
De cette façon, la présence du législateur services similaires, la Loi 8.501/92, sur l’usage de
reste sans doute manifeste quand s’affrontent cadavre non réclamé, dans le but d’études ou
devant nous distinctes sources normatives de recherches scientifiques; la Loi 8.974/95 qui
caractère international qui ont un rôle direct à jouer réglemente les incises II et V du § 1º de l’article
dans le réglement juridique des États. 225 de la Constitution Fédérale et établit des
normes pour l’usage des téchniques de
Dans le domaine du Droit International, l’ingénieurie génétique et libération dans
par exemple, la normative qui affecte directement l’environnement d’organismes génétiquemente
le Biodroit, est celle qui se rapporte aux droits de modifiés, la Loi nº 9.434/97 qui dispose sur
l’homme et plus concrètement au droit à la vie. l’arrachement d’organes, tissus et parties du corps
Dans ce sens, il convient de rappeler que la humain dans le but de transplante et traitement;
Résolution de l’Assemblée Générale des Nations outre les Résolutions du Ministère de la Santé qui
Unies, du 10 décembre 1948, a adoptée la traitent de matière congénère.
Déclaration des Droits de l’Homme. Cette
déclaration qui, en 1952, a été à la souce de deux Néanmoins, le Droit International ne
documents qui, en 1966, sont transformés en deux dispose pas d’une efficacité pleine dans la sphère
pactes internationaux : l’un concernant les Droits des ordonnances juridiques des États membres en
Économiques, Sociaux et Culturels et l’autre les ce qui concerne l’accomplissement de telles
Droits Civils et Politiques. obligations, en laissant au législateur national, aux
législations constitutionnelles et
infraconstitutionnelles, le rôle de créer des normes
et systèmes effectifs qui disciplinent et protégent de ces connaissances vont bien au dela du domaine
des droits individuels et des groupes derivés du medical ou technologique, embrassant d’autres
progrès et de l’application de la connaissance champs de connaissances comme la psychologie, la
technologique et scientifique à la vie humaine. sociologie, la philosophie, le droit, la biologie,
l’anthropologie, l’écologie, la théologie, etc., allié
Dans ces termes, le Biodroit exerce un rôle au respect des différentes cultures et valeurs.
fondamental dans le débat autour des principes qui
doivent servir de référence dans la réglementation Cette recherche n’a pas de frontiéres pré-
légale spécifique et qui, à leur tour, s’attache aux établies, une fois que les problèmes n’ont pas de
demandes et appréciations scientifique et éthique solutions univoques ou unidimentionnelles. A
dans les domaines d’intervention biomédicale partir de là, l’exigence d’une posture dedogmatisée,
suivants: manipulation génétique lato sensu, dans l’espoir de découvrir les meilleurs chemins.
transplant d’organes entre êtres vivants et pos
mortem, nature juridique de l’embryon, genoma A ce sujet, Pessini et Barchifontaine,
humain, procréation assistée, recombinaison de quand ils traitent des étymes “bios” et éthos”,
gênes, avortement, euthanasie, propriété du corps affirment:
vif et mort, droit à la santé, création et
enregistrement de brevets sur les êtres vivants et “le “bios” éxige qui nous prenions en
eugénie. compte sérieusement les disciplines et les
implications de la connaissance scientifique, de
La compréhension la plus adéquate au façon à comprendre les questions, percevoir ce qui
fondement de ces principes juridiques, du point de est en jeu et apprendre à évaluer les conséquences
vue d’une herméneutique normative de rationalité possibles des découvertes et leurs applications.
éthique-juridique, réside dans le but d’une Alors que le “ethos”, à son tour, est une tentative
ordonnance constitutionnelle qui impose à tous les de déterminer les valeurs fondamentales de notre
individus, groupes hégémoniques et à l’État le vie. Considérée dans son contexte social, c’est une
devoir de reconnaître et respecter LA DIGNITÉ tentative d’évaluer les actes personnels et des
HUMAINE, consacrée par l’article 1º, incise III, de autres en fonction d’une certaine méthodologie ou
la Charte Constitutionnelle, fondement primordial de certaines valeurs de base”3.
de la Republique du Brésil et de l’État
démocratique de droit. C’est à partir de ce principe Née de cette préoccupation, la bioéthique
fondamental que doivent s’orienter toutes les autres instaure la conjugaison d’une exigence à la
normes et principes de la législation tentative dans le sens de reunir pratiques et
infraconstitutionnelle. évènements qui, par nature, transcendent les limites
de la certitude, de la garantie et du contrôle
mécaniciste sur les effets de l’usage et application
4. Considérations Finales des technosciences biomédicales, devenant peut-
être le domaine le plus dynamique et le plus
À la suíte de cet exposé, il faut remarquer suggestif de la réflexion philosophique.
le sens et la signification qui atteignent la réflexion
sur l’amélioration et la réalisation de l’espèce Le Biodroit, à son tour, surgit à la croisée
humaine. Le but de la science est, sans aucun de cette réflexion comme le mentor d’équité,
doute, de contribuer à l’amélioration des conditions chargé d’axaminer les differentes questions et
de vie et d’existence de l’être humain, d’agir en connaissance de cause, dans l’élaboration
principalement en ce qui concerne la qualité de vie d’une normative générale qui, d’un côté, rend
et de santé physique et mentale. possible le progrès et la pratique de recherches
biologiques et biomédicales, et d’un autre, interdit
Cependant, les interventions les expériences jugées abusives ou qui se mantient
technologiques et scientifiques ne peuvent être comme des pratiques antiéthiques.
realisées selon les interêts économiques, moraux ou
éthiques fixés par un groupe professionnel qui
contrôle l’un ou l’autre type de connaissance Cependant, il faut être prudent et
spécialisée. Voilà pour quoi, l’étude et l’application prévoyant, car on ne doit pas considérer la morale
comme un ensemble de contraintes, mais un
vecteur d’une liberté éthique et d’une conduite
sociale responsable. Pêut-être est-il possible de
conclure avec l’affirmation de Marc-Vergnes:
Professor convidado da Universidade de Friburgo (Suíça, para lecionar a diciplina Direitos Humanos no
Mestrado em Direito Constitucional da Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
A Segunda Guerra Mundial foi o motivo A idéia dos direitos humanos não perdeu
trágico para a universalização e a nada de sua força, apesar da negligência de alguns
institucionalização dos direitos humanos no nível países e governos. Mesmo a tentativa de abuso dos
internacional. Com a criação da ONU em 1946 e a direitos humanos para atender a fins econômico-
Declaração Mundial dos Direitos Humanos no ano imperialísticos – em particular pelos Estados
de 1948 a positivação internacional dos direitos Unidos da América (EUA) – não poderiam fazer
humanos teve início. Os dois Pactos Internacionais desacreditar a sua idéia principal. No contrário: Os
dos direitos sociais, econômicos e culturais (Pacto direitos humanos preponderam defronte as
I) e dos direitos políticos e civis (Pacto II) surgiram revoluções tecnológico-industriais permanentes e
no ano de 1966. Ao lado das várias convenções da nova pobreza.
internacionais sobre temas especiais dos direitos
humanos ( p.ex. tortura, apartheid, discriminação, Depois da queda do muro de Berlim e do
mulheres, crianças e meio ambiente), foram criadas colapso do comunismo, Bruno Simma e Ulrich
também convenções e instituições em algumas Fastenrath vêem a oportunidade para uma proteção
regiões do mundo, em particular nas Américas e na internacional dos direitos humanos mais eficaz
Europa. “sem dúvida decisivamente melhorada“.3Uma
contribuição prestou a Declaração Russa sobre os
Esta evolução causou em alguns países Direitos e as Liberdades do Homem no dia 5 de
europeus “uma mudança na situação jurídica que setembro de 1991.4 Anteriormente, os direitos
não pode ser sobrestimada“1Por exemplo, a fundamentais soviéticos foram condicionados pela
Constituição Austríaca não conhece ‘direitos legitimidade socialista, no sentido de que eles
fundamentais‘, mas somente ‘direitos garantidos deveriam servir para “a evolução da sociedade
pela lei constitucional‘. Só com a ratificação da socialista“, a sociedade sem classes. Já a
Convenção Européia sobre a Proteção dos Direitos jurisprudência soviética aceitava a
Humanos que estes foram introduzidos na ordem suprapositividade dos direitos humanos nos anos
constitucional austríaca e concretizados setenta. Alexander Blankenagel concluiu que com
principalmente pela jurisprudência. Estes direitos esta idéia a atividade do Estado tem um papel
evoluíram aqui paralelamente ao desenvolvimento particular, isto é, “contra ela o Estado não pode
jurídico internacional.2 infringir sem perder sua legitimidade ou –
imprimindo ainda mais cuidado – sem ter uma
Com o novo constitucionalismo, cujo obrigação mais forte para justificá-la“.5
advento se deu com o pós-guerra e com a
descolonização, os direitos humanos encontraram O maior objetivo da ONU é impedir a
um lugar mais sólido e especial nas constituições Guerra, que se expressa com “a nossa fé nos
dos estados novos no mundo inteiro. Não admira direitos fundamentais do homem, na dignidade e no
que os direitos humanos sejam hoje um tema valor da pessoa humana, na igualdade de direitos
principal no projeto para uma constituição de homens e mulheres, assim como das nações,
européia. grandes e pequenas“.6Um outro fim é a colaboração
“resolvendo os problemas internacionais de caráter
econômico, social, cultural ou humanitário,
I - A marcha irresistível dos promovendo e estimulando o respeito pelos direitos
direitos humanos através do do homem e pelas liberdades para todos, sem
distinção de raça, sexo, língua ou religião“ (art. 1
direito internacional pú-blico cif. 3). A Assembléia Geral “iniciará estudos e fará
recomendações destinadas“ (art. 13).
A colaboração internacional na área No ano de 1981, 168 dos 173 estados
econômica e social tem como base, principalmente, tiveram uma constituição na forma de um
“o respeito universal e efetivo aos direitos do documento escrito que tem cláusulas pétreas em
homem e das liberdades fundamentais para todos, favor dos direitos humanos. Lawrence W. Beer vê
sem distinção de raça, sexo, língua ou religião“ “uma compreensão comum de um dos poucos
(art. 55, letra c). modelos modernos e alternativos de
governabilidade e de direito que surgiram pela
Decisivo é, porém, o trabalho primeira vez na história“.9
desenvolvido nas regiões do mundo como mostram
os exemplos da Europa e das Américas. Os estados Para a obrigação dos estados, oriunda dos
de uma região mundial são “homogêneos pelas tratados multilaterais, o direito internacional
tradições e mentalidades para oferecer aos seus público é tido numa ordem jurídica de colaboração
cidadãos uma proteção mais eficaz e generosa e de solidariedade que exige medidas concretas dos
contra a omissão do poder do Estado como fosse Estados e reclama a concretização das mesmas.
possível ao nível da ONU, onde o termo direitos Para a abertura dos caminhos do recurso no direito
humanos – hoje sobretudo entre o Norte e o Sul – internacional público em favor das pessoas
por causa das culturas diferentes, sempre será individuais, o princípio absoluto da soberania do
discutido“7 Estado é flexibilizado. As ordens estatais do direito
sempre evoluíram como ordens executivas das
convenções e pactos internacionais dos direitos
II - Das instituições do direito humanos. A inclusão dos direitos humanos nas
público internacio-nal até a constituições nacionais revela a difusão das normas
internacionais, a segurança da proteção jurídica e a
criação das instituições possibilidade de materialização destes direitos. O
nacionais dos direitos resultado é uma estratificação mundial dos direitos
humanos. Neste sentido, Patrice Gelard fala de uma
humanos constituição mundial dos direitos humanos já
existente, mas ainda não perfeita, a qual põe
Na Europa a Convenção Européia para a exigências concretas às constituições e às
proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades instituições nacionais para proteger e promover
Fundamentais (CEDH) no ano de 1950 tornou-se mais os direitos humanos.10 Contudo, não existe
eficaz para centenas de milhões de pessoas somente ainda um estado mundial.
após a ratificação pelos Estados anteriormente
comunistas do Leste Europeu. A CEDH é tida Como “resposta da filosofia do direito
como pioneira de um ‘direito público europeu‘ contra o desafio da globalização“ Mathias Lutz-
(‘droit publique européen‘) pela jurisdição dos seus Bachmann propõe uma estatização global mínima,
órgãos (a Corte e, até 1998, a Comissão). acompanhada dos princípios da subsidiariedade e
do federalismo. “Nós devemos pensar numa forma
Também o ‚Cesto 3‘ dos atos finais da de soberania graduada intra-estatal que proíba
sessão de Helsinki no ano de 1992 da Conferência distinguir e ordenar horizontal e verticalmente uma
de Segurança e Colaboração na Europa (CSCE, pluralidade de competências e de níveis
hoje: Organização de Segurança e Colaboração na políticos.“11 Este pensamento se baseia no artigo
Europa, OSCE) vai nesta direção. Nas resoluções insuperável de Immanuel Kant, intitulado “A Paz
seguintes de Stockholm e de Paris os direitos da Perpétua“, do início do século XIX, o qual possui
autonomia para as relações diretas com a situação política e
minorias foram fortalecidos. econômica moderna.
6. Bruno Simma/Ulrich Fastenrath. Op. cit., p. 1. 15. José Ayala Lasso, Human Rights after the
World Conference, in Manfred Nowak (Ed.).
7. Bruno Simma/Ulrich Fastenrath. Op. cit., p. Op. cit., p. 203.
XXXVI.
16. Ingrid Kirchner, Die Weltkonferenz für
8. Vide Wolfgang Benedek, Das System des Menschenrechte – Fünf Jahre danach, in
Menschenrechts schutzes in Afrika und Europa: Gabriele von Arnim/Volkmar Deile/Franz-Josef
Erfahrungen und Perspektiven. Zweite Afro- Hutter/Sabine Kurtenbach/Carsten Tessmer
Europäische Konferenz der Friedrich- (Hrsg.), Jahrbuch Menschenrechte 1999,
Naumann-Stiftung in Strassburg vom 26.-31. Frankfurt a.M., 1998, p. 110.
März 1990, in EuGRZ 1990, pp. 340 – 342.
17. In Manfred Nowak (ed.). Op. cit., pp. 175 –188.
9. Lawrence W. Beer, Towards Human Rights
Constitutionalism in Asia and the United 18. Vide Gérard Fellous, La Commission nationale
States?, in Greenberg Douglas/Katz Stanley consultative des droits de l'homme. 1987-1988,
N./Oliviero Melanie Beth/Wheatley Steven C.
in Les Droits de l'homme en Questions. Livre institutionelle Voraussetzungen für
Blanc, Paris, 1989, pp. 341 – 369. Demokratisierung in den Ländern des Südens,
in Betz Joachim/Brüne Stefan (Hrsg.), Jahrbuch
19. Vide Julian Kokott, Indonesian National der Dritten Welt 1998. Daten – Übersichten –
Commission on Human Rights: Two Years of Analysen, München 1997, pp. 38s.; Andreas
Activities, in HRLJ (Human Rights Law Mehlen, Es gibt keine verfrühte Demokratie:
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Instrumentos importantes para a formação de Afrika, in Betz Joachim/Brüne Stefan (Hrsg.),
uma cultura geral dos direitos humanos formam Jahrbuch der Dritten Welt 1998. Daten –
os institutos dos direitos humanos nas Übersichten – Analysen, München, 1997, pp.
universidades e os grupos acadêmicos de 47-62.
pesquisas (vide, p. ex., o Instituto Austríaco
para Direitos Humanos‘ na Universidade de 23. Vide Tony Clarke, MAI – Der Vertrag der
Salzburgo; Franz Matscher, Bericht über die 10 Herrschaft der Konzerne. Eine erste Analyse
jährige Tätigkeit des Instituts, in ÖIMR- des Multilateralen Abkommens über
Newsletter 1997/3a, Sonderheft zum Festakt Investitionen (MAI), das die globale Herrschaft
"10 Jahre Österreichisches Institut für der Konzerne zu konsolidieren versucht,
Menschenrechte" (Salzburg, 2. Juli 1997), pp. Canadian Centre for Policy Alternatives
123 – 129). (CCPA) 1997, sobre as conseqüências negativas
do projeto‚ Multilateral Agreement on
20. Vide Norberto Bobbio, Das Zeitalter der Investment‘ (MAI) de OECD.
Menschenrechte (“A Era dos Direitos“). Ist
Toleranz durchsetzbar?, Berlin, 1998, pp. 22 – 24. Ulrich Beck, Risikogesellschaft. Auf dem Weg
28. in eine andere Moderne, Frankfurt a.M., 1986,
pp. 305s.
21. Vide Matthias Lutz-Bachmann, op. cit., p. 215.
Universität Heidelberg/Alemanha.
Wie verhalten sich zu diesen neuen Formen Vergleichbar ist in emerging democracies
transnationaler Wirtschaft und Rechtsbildung die die Entwicklung der Zivilgesellschaft nicht einfach
neuen Formen transnationalen Widerstands? geduldig abzuwarten, sondern durch Gruppen,
Initiativen und überlegt voluntaristische
Im vergangenen Jahrzehnt haben Tausende Einzelaktionen (zu denen Pilotverfahren und
von NGOs , Bürgervereinigungen und Rechts- wie Musterprozesse im Rechtssystem zählen)
Umweltinitiativen eine Art sozialen Weltgewissens voranzutreiben (Müller 1997) – nicht zuletzt auch
begründet: durch konstruktive Vorschläge, durch durch Formen zunehmender partizipativer
Protest, durch symbolische Aktion; durch „lokale“ Demokratie – der Ortsname „Porto Alegre“ hat hier
i.S. von konkret themenbezogener Demokratie auf schon eine globale Strahlkraft entwickelt. Mit
kommunaler, nationaler und transnationaler Ebene anderen Worten: wenn man nicht völlig resignieren
.Ortsnamen wie Seattle, Davos, Washington und Prag will und die politischen Früchte der Aufklärung und
– jetzt Moderne vernichten lassen will – Menschenrechte,
Porto Alegre – stehen daher für eine Anstrengung, Rechtsstaat, Demokratie -, dann braucht die Welt des
die globalen Vorgänge demokratisch infrage zu 21. Jahrhunderts eine Globalisierung von unten.
stellen und, als Fernziel, legitim zu ändern. Die
global players werden kritisch beobachtet, ihr Gegen die Globalisierung oligopolistischen
räuberisches Handeln vor einer entstehenden Kapitals ist die Demokratie zu globalisieren – in
Weltöffentlichkeit delegitimiert; der Appell an Formen, die selber demokratisch strukturiert sind, als
Änderungen des Konsumverhaltens kann ferner ein bewegliche Selbstorganisation; mit einem durch den
Drohpotential aufbauen, das über den politisch- Widerstand nach und nach zu schaffenden globalen
moralischen Druck auf nationale Regierungen „Volk" als Akteur und Medium weltöffentlicher
erheblich hinausgeht. Statt abzuwarten, wie eine Kommunikation, Kritik und einer Konstruktion
globale Öffentlichkeit sich aufgrund globalisierender besserer Optionen: für eine künftige
Kommunikation durch die neuen Medien „von Weltgesellschaft, in der die Ökomie wieder für die
Menschen da sein wird.
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IX
REPRESENTAÇÃO POLÍTICA: CONTRIBUIÇÃO PARA UM DEBATE INACABADO
GILBERTO BERCOVICI
Doutor em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Integrante do Núcleo
"Direito e Democracia" da Área de Filosofia do CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
I - Os conceitos clássicos de representação política primeira ordem. Este sistema é formado pelas
instituições jurídico-políticas, pela máquina
administrativa e pela rede simbólica que constituem a
A idéia de representação política é
base do poder público. É um sistema formal, pelo
amplamente utilizada. Atualmente, quase todos
qual pessoas, coisas e atos são tornados públicos. Seu
querem ser governados por representantes e todo
caráter público é definido por regras de procedimento
governo almeja representar os seus governados. Sem
e sem consideração de conteúdo material. A
dúvida, para Hanna Pitkin, a popularidade do
legitimidade se define pela sua conformidade ao
conceito de representação é originária da sua relação
determinado no sistema jurídico-normativo. Esse
com a democracia e a liberdade, ao menos no
sistema inclui os modelos constitucionais de
imaginário das pessoas1.
representação. O sistema de representação de
segunda ordem marca o terreno da política. O que se
Grande parte dos princípios da democracia discute é a dimensão material do caráter público. Os
moderna surgiram na Inglaterra do século XVII, com
atos praticados pelas pessoas que, de acordo com as
a abertura do poder político inglês à participação e ao
regras procedimentais, são públicas só serão
controle social, por meio da hegemonia do
efetivamente públicos de acordo com a sua
Parlamento sobre o rei. O poder político começou a
determinação material, verificada em função de sua
abrir canais à participação do corpo social, surgindo congruência com os interesses presumidos ou com a
novos dispositivos institucionais que recolocaram a vontade expressa da sociedade concreta. Neste nível,
questão democrática num horizonte histórico sem
podem ser questionados se os institutos formais de
medida comum com a antiga democracia ateniense.
determinação da esfera pública efetivamente a
A questão da democracia tornou-se inseparável das
determinam3.
instituições representativas modernas, no sentido
restrito de um corpo de delegados diretos da
O debate sobre a representação política
sociedade, cuja função é a de antepor-se e de
durante a Revolução Francesa, de crucial importância
controlar o titular do poder real, embora os
para o Ocidente4, teve como principal fonte as obras
mecanismos de participação e controle social do
de Montesquieu e de Jean-Jacques Rousseau5. Para
poder não tenham sido abertos irrestritamente a todos
Montesquieu, o povo deveria fazer por si mesmo tudo
os cidadãos. Ao mesmo tempo, teve início a divisão
o que pudesse realizar, deixando para seus ministros
interna do poder político, com a constituição de
(delegados, representantes), nomeados por ele, a
mecanismos de equilíbrio e controle recíproco entre
execução das tarefas que não conseguisse cumprir. O
os órgãos estatais. A democracia moderna é, assim,
povo possuiria suficiente capacidade para escolher
constitutivamente abstrata, compatível com a
(“Le peuple est admirable pour choisir ceux à qui il
separação entre Estado e sociedade e fundada nessa
doit confier quelque partie de son autorité”), mas
separação2.
não para governar6. Um dos inconvenientes da
democracia dos antigos era o fato de o povo deliberar
A representação política pode ser sobre os negócios públicos, capacidade que, para
entendida como um sistema jurídico de imputação do
Montesquieu, não possui, ao contrário dos seus
caráter público a coisas, pessoas e atos e como um
representantes, plenamente capazes de decidir sobre a
mecanismo de reduplicação e reapresentação dos
vida pública7. Segundo Montesquieu, o povo detém o
elementos definidores da identidade social,
Poder Legislativo, que é exercido pelos seus
instituídos na instância política fundamental. Este representantes: “Comme, dans un État libre, tout
nível político constitui o que, para João Carlos Brum homme qui est censé avoir une âme libre doit être
Torres, se denomina sistema de representação de
gouverné par lui-même, il faudrait que le peuple en atividades privadas afastaram os cidadãos do debate
corps eût la puissance législative. Mais comme cela sobre os negócios públicos15. O povo, embora
impossible dans les grands États, et est sujet à capacitado para escolher os representantes, seria
beaucoup d’inconvénients dans les petits, il faut que incapaz de tratar dos negócios de Estado. O mandato
le peuple fasse par ses représentants tout ce qu’il ne imperativo, herança medieval defendida por
peut faire par lui-même”8. Rousseau, foi substituído pela idéia de que o
deputado era representante não de sua localidade,
Rousseau considerava todo governo mas de toda a nação.
legítimo republicano, pois república, para ele, era
todo Estado regido por leis, cujo autor deveria ser o Do outro lado do Atlântico, as idéias de
povo9. A democracia necessitaria de um Estado Montesquieu sobre o governo representativo também
pequeno, onde fosse fácil reunir todo o povo e onde seriam aplicadas16. Os autores do The Federalist,
cada cidadão pudesse conhecer os outros. O governo particularmente Madison, defendiam uma forma de
democrático seria uma forma tão perfeita que não governo que evitasse que as facções17 se tornassem
conviria aos homens10. Não poderia haver governo uma maioria apta a controlar o Estado. O objetivo do
representativo, pois a soberania, fruto da volonté bom governo seria o de garantir os bens públicos e os
générale, não se representa: ou é ela mesma, ou é direitos privados contra as facções, assegurando ao
outra. Os deputados não podem fazer a lei, pois esta mesmo tempo o espírito e forma do governo popular.
deriva diretamente do povo, sob pena de ser nula11. Este governo só poderia ser o governo republicano:
Para Rousseau, a lei só poderia ser elaborada como “The two great points of difference between a
na antiga Atenas, através da reunião de todos os democracy and a republic are: first, the delegation of
cidadãos, não de representantes, em praça pública. A the government, in the latter, to a small number of
concepção de Rousseau sobre a representação pode citizens elected by the rest; secondly, the greater
ser resumida nesta frase: “Quoi qu’il en soit, à number of citizens, and greater sphere of country,
l’instant qu’un peuple se donne des représentants, il over which the latter may be extended”18. A
n’est plus libre; il n’est plus”12. democracia pura (a ateniense, como vimos) se
caracterizaria por um pequeno número de cidadãos
No entanto, em um escrito posterior sobre que se uniriam e administrariam pessoalmente o
o Governo da Polônia (Considérations sur le governo, não resolvendo os malefícios advindos do
Gouvernement de Pologne et sur sa Rèformation surgimento das facções. Já a república teria a opinião
Projetée), Rousseau acabou admitindo a do povo, portanto também a das facções, filtrada
representação política como algo inevitável nos pelas assembléias. Além disso, a grande extensão da
Estados de grande extensão territorial: “Un des plus república dividiria a esfera de interesses: os interesses
grands inconvénients des grands États, celui de tous amplos e gerais seriam tratados na assembléia
qui y rend la liberté le plus difficile à conserver, est nacional e os interesses locais e particulares, nas
que la puissance législative ne peut s’y montrer elle- assembléias estaduais19.
même, et ne peut agir que par députation. Cela a son
mal et son bien, mais le mal l’emporte”13. O grande Ainda para apreendermos bem o atual
problema para Rousseau passou a ser o da corrupção significado da representação política, precisamos
dos representantes. Esta questão só poderia ser analisar brevemente o momento da discussão sobre o
solucionada por meio de duas medidas. Uma seria a surgimento do Estado moderno, travado com a
implantação de mandatos curtos, através da constante distinção entre liberdade dos antigos e liberdade dos
freqüência de reuniões das Dietas (Parlamento modernos. Um dos autores que melhor tratou desta
polonês). Outra seria o mandato imperativo: os passagem Benjamin Constant20.
representantes deveriam estar sempre sujeitos
exatamente às instruções que receberam de seus Benjamin Constant busca deixar patente a
constituintes. Essas medidas, para Rousseau, fariam irreiterabilidade da experiência clássica grega,
com que os deputados estivessem mais próximos do citando o exemplo ainda recente da Revolução
povo, do corpo social que os elegeu14. Francesa, e do Terror que se seguiu a ela, como prova
do fracasso dessa tentativa de ressurreição da
A posição de Montesquieu, defendida por liberdade dos antigos21. Para os antigos, a liberdade
Sièyes e outros, prevaleceu no debate constitucional se concretizava com as decisões em praça pública,
francês, excluindo a idéia de democracia direta. As como participação ativa e decisiva dos cidadãos das
instituições representativas derivariam de fatores deliberações políticas. A liberdade era uma questão
naturais que inviabilizam o exercício direto da pública, exercida através do cidadão livre e cujo
soberania por toda a população. Além disso, as conteúdo era melhor expressado no exercício da
soberania22. Com o fim da escravidão (típica da interesses representados. O conceito de representação
Antigüidade), as funções e tarefas essenciais da vida ligou-se de tal maneira ao Estado de Direito liberal
social foram assumidas pelos homens livres23. A vida que seus opositores acabaram por rejeitar
privada e o conjunto de liberdades e direitos integralmente esse conceito. O contraste não se dá
subjetivos passam a ser o interesse principal a ser propriamente entre representação e não-
preservado pelos modernos. A liberdade fundamental representação, mas entre diferentes formas de
passa a ser a liberdade individual. Assim Benjamin representação31. A representação possui vários
Constant resumiu as diferenças fundamentais entre a aspectos, que abordam, em sua maioria, apenas uma
liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos: parte do conceito, não sua totalidade. Hanna Pitkin
“Le but des anciens était le partage du pouvoir social estuda os seguintes aspectos da representação: “A
entre tous les citoyens d’une même patrie. C’était là discussion of Thomas Hobbes serves both to
ce qu’ils nommaient liberté. Le but des modernes est introduce his particular view and to demonstrate the
la securité dans les jouissances privées; et ils difficulties inherent in any such plausible but partial,
nomment liberté les garanties accordées par les and hence incorrect, definition. Hobbes’ definition is
institutions à ces jouissances”24. Com a mudança do essentially formalistic, conceiving of representation
enfoque sobre a liberdade, o governo não pode mais in terms of formal arrangements which precede and
ser arbitrário, pois seus limites agora são impostos initiate it: authorization, the giving of authority to
através das liberdades individuais dos cidadãos (o act. From this view we turn to one which is
que não ocorria com os antigos25). A liberdade diametrically opposed, yet equally formalistic,
política é usufruída apenas como forma de garantir a defining representation by certain formal
liberdade individual26. A cidadania se torna arrangements that follow and terminate it:
esporádica, através das eleições periódicas, e a accountability, the holding to account of the
soberania se abstrai. Nesse contexto surge o sistema representative for his actions. Both these formalistic
representativo que, para Constant, poderia ser assim views32 take it for granted that representation must be
definido: “Le système représentatif est une done by human beings; but (...) we consider views of
procuration donnée à un certain nombre d’hommes representation as a standing for rather than an
par la masse du peuple, qui veut que ses intérêts acting for, a phenomenon which may be
soient défendus, et qui néanmoins n’a pas le temps de accomplished equally well by inanimate objects. We
les défendre toujours lui-même”27. examine, first, descriptive representation, the making
present of something absent by resemblance or
Da soberania tornada abstrata pelos reflection, as in a mirror or in art33; and then
modernos decorre o traço fundamental da política symbolic representation, in which no resemblance or
moderna, que é o da abstração do Estado: isto é, a reflection is required and the connection to what is
separação, autonomização e especialização de um represented is of a different kind34. Each of these
centro de poder em relação ao corpo de cidadãos28. O kinds of representing by stand for brings with it a
Estado moderno surge nesse processo combinado de corresponding notion of activity, the making of a
fundação da soberania, despatrimonialização e descriptive representation or the creation of a
despersonalização do poder, dando origem ao symbol35. (...) a view which again links
domínio público29. O Estado enquanto instância representation with activity – not a making of
abstrata representa, incorpora e une a multiplicidade representations or symbols, but an acting for
diversa e contraditória do todo social. O Estado others36, and not just the formalistic trappings that
abstrato é o locus em que a comunidade real encontra surround action, but the substance of the activity
unidade e identidade. Dessa abstração deriva a itself”37.
constituição do sistema representativo. A
representação política é instituída como forma de Partindo destas concepções de Hanna
compensar a distância agora existente, sem deixar de Pitkin, que as encara apenas como abordagens
ser controlável, entre o Estado (enquanto projeção parciais, não englobando a totalidade do conceito de
autonomizada da sociedade) e os indivíduos (que representação38, podemos observar que o atual debate
retornam sobre essa projeção) para lhe dar forma30. sobre representação política busca um esforço em
superar o referencial individualista (um indivíduo
II - O debate atual sobre a representação política
sendo representado ou representando outro)39,
Não existe um conceito unívoco de empenhando-se em situar as instituições
representação. A representação política pode ser representativas dentro dos padrões estruturais
entendida de diversas maneiras, cada uma delas inerentes aos sistemas políticos das sociedades
implicando diferentes suposições acerca de quem e o complexas, como trata a abordagem funcionalista da
que deve ser representado e qual a natureza dos representação política, adotada por Celso
Campilongo. Essa abordagem critica a noção de examinar a representação política exclusivamente no
representação política enquanto “congruência” entre âmbito das relações entre eleitores e eleitos45.
representantes e representados. A representatividade
das decisões não está tão associada à natureza ou A representação política passa a ser vista
congruência com que são tomadas, mas sim com o como um conjunto de ações que confere legitimidade
modo de tomada dessas decisões. Algo semelhante à ao poder. A eleição popular cria uma identificação
legitimação pelo procedimento40: pouco importa se a simbólica entre representado e representante, gerando
decisão é justa, exata ou congruente41, pois nas um mínimo de consenso46 e tornando esse consenso
sociedades complexas a natureza da decisão cede independente da situação concreta em que ele é
lugar aos procedimentos que generalizam o obtido. Deste modo, o representante exerce um
reconhecimento das decisões42. A identificação entre mandato não apenas referente ao que lhe foi
os desejos dos representados e as atitudes dos conferido, mas também ao que não lhe foi:
representantes não mais responde à grande variedade “Separam-se, assim, a formação do poder
de relações representativas que ocorrem nos sistemas representativo do seu exercício, que gozam, então, de
políticos contemporâneos. Dessa maneira, o estudo certa independência, permitindo-se a manutenção de
da representação não pode estar limitado às relações um mesmo quando fracasse o outro: se o eleito for
eleitorais ou intra-individuais. O que identifica essa mal, isto não invalidará a eleição”47. O representante
representação não é a ação individual exercida por foi eleito num procedimento institucionalizado,
algum participante, mas a estrutura e o portanto é digno de representar o representado. O
funcionamento do sistema como um todo43. Ou, poder representativo se legitima não porque expresse
como escreveu Hanna Pitkin: “Political um consenso real, mas porque permite uma
representation is primarily a public, institutionalized antecipação bem-sucedida do consenso presumido
arrangement involving many people and groups, and dos representados48.
operating in the complex ways of large-scale social
arrangements. What makes it representation is not O modelo clássico trabalha com a idéia
any single action by any one participant, but the
over-all structure and functioning of the system, the de que o apoio recebido pelos representantes
patterns emerging from the multiple activities of decorreria da sua capacidade de oferecer respostas
many people. It is representation if the people (or a legislativas ou políticas que atendessem a interesses
constituency) are present in governmental action, específicos dos representados, isto é, o chamado
even though they do not literally act for themselves. “suporte específico”. Mas essa concepção não explica
Insofar as this is a matter of substantive acting for a tolerância dos representados a longos períodos de
others, it requires independent action in the interest frustração na realização de suas exigências ou à
of the governed, in a manner at least potentially satisfação apenas parcial dessas exigências. Esse
responsive to them, yet not normally in conflict with conceito de “suporte específico” vem sendo
their wishes. And perhaps that can make sense and is substituído pelo de “suporte difuso”, segundo o qual,
possible even in politics, if we understand how and o sistema político obtém lealdade e reconhecimento
where to look for it”44. através do apoio difuso recebido de seus membros. A
representação política, além de enfatizar a relação
O sistema político, para Luhmann, mantém representante-representado, incorpora uma série de
um conjunto de trocas com o seu ambiente, símbolos dos valores primordiais da sociedade, que
permitindo a tomada de decisões coletivas passa a representar também. Apesar da descrença que
vinculantes. As atividades governamentais, incluindo atinge os representantes, a representação política
o sistema representativo, abrangem apenas parte do continua a ser um instrumento de direção e
sistema político. As políticas adotadas nas implementação de políticas públicas. Dessa maneira,
instituições representativas já foram selecionadas e o representante, quando defende interesses
definidas em outros lugares, em todas as particulares de seus eleitores, cria “suporte
organizações ocupadas na pré-escolha das específico”; quando razoavelmente independente dos
alternativas apresentadas nos órgãos representativos, representados, pode gerar “suporte difuso”; quando
como partidos, sindicatos, organizações patronais, eleito de acordo com as regras constitucionais,
etc. As alternativas decisórias, portanto, foram propicia legitimação pelo procedimento49.
selecionadas previamente, portanto, as alternativas de
relações entre representantes e representados são Na atualidade, a complexidade das
formuladas, na maioria das vezes, fora dos vínculos relações político-sociais fazem com que cada vez
de representação. Dessa maneira, torna-se difícil haja menos congruência entre representantes e
representados. A abordagem sistêmico-funcionalista
examina a representação política através do conceito prazos e passou a ser conjuntural, exigindo medidas
de responsividade. O governo representativo é o imediatas, principalmente no tocante à inflação. Os
governo responsível50, isto é, sensível aos desejos partidos e o Congresso Nacional estão voltados para
populares, não se levando em conta a efetiva políticas de médio e longo prazos, enquanto o Poder
concretização desses desejos. Um dos elementos da Executivo encampou os problemas econômicos
responsividade é a congruência da relação (conjunturais, dinâmicos e provisórios). O recurso
representativa no campo legislativo. Outro elemento constante a decretos-leis (ou, numa versão mais
é todo tipo de serviço (favores, tráfico de influência, moderna, medidas provisórias) fez com que o Poder
etc) prestado pelo representante à sua clientela. Executivo “avançasse” sobre o Poder Legislativo.
Também é elemento da responsividade a alocação de Até mesmo na elaboração do orçamento, o papel dos
recursos para seu reduto eleitoral, destinando receitas parlamentares tem sido o de simples homologadores
em benefício de seus representados. A última (desde que o Executivo não corte muito em suas
característica da responsividade não é material, mas emendas particulares)55.
simbólica. Ao responder simbolicamente aos
representados, o representante ganha “suporte difuso” Para Guillermo O’Donnell, as democracias
que lhe confere liberdade de ação legislativa e reserva recém-instaladas na América Latina, apesar de
de credibilidade por parte de seus representados (um possuírem todas as características clássicas de uma
exemplo é a apresentação de um projeto de lei democracia política, não são democracias
impossível de ser aprovado). A responsividade dos representativas, mas democracias delegativas. Essas
representantes não é reduzível simplesmente à reação democracias delegativas não são democracias
às demandas dos representados. Há inúmeras consolidadas ou institucionalizadas, mas podem ser
possibilidades de responder a essas demandas, duradouras. Ao mesmo tempo em que não se detecta
podendo o representante agir imperativa ou nenhuma possibilidade de regresso autoritário,
livremente, dependendo da situação. Por isso, para tampouco se vislumbram avanços em direção a uma
Celso Campilongo, a análise da representação representatividade institucionalizada. Isso se deve,
política com base na congruência entre representante entre outros fatos, à crise social e econômica que
e representado não é útil. Esse tipo de análise esses regimes democráticos herdaram que os
desconsidera uma série de fatores, como a iniciativa conduzem na direção da democracia delegativa56.
do representante, outros aspectos da responsividade e Deste modo, não há mais a necessidade das políticas
o caráter simbólico da representação51. públicas passarem por uma série de poderes ou
instâncias autônomos (o que torna a tomada de
III - A crise da representati-vidade no Brasil
decisões em uma democracia representativa
O sistema político brasileiro dá mostras de relativamente lenta), dividindo-se a responsabilidade
falta de representatividade, graças, entre outros pela tomada de decisões57. Para Weffort, são
fatores, à crescente incapacidade dos partidos democracias cuja construção ocorre em meio às
políticos em promover grandes agregações de condições políticas de uma transição na qual foi
interesses numa sociedade complexa, heterogênea e impossível a completa eliminação do passado
com desigualdades sociais e regionais enormes52. autoritário. A transição no meio de crise econômica e
Estes fatos, aliados às crises econômicas, geraram a social acentuou as desigualdades, tomando formas
perda da racionalidade decisória do Estado brasileiro. institucionais que enfatizaram mais a delegação do
O equilíbrio entre os poderes foi rompido, com que a representação ou a participação58. A
notória prevalecência do Poder Executivo sobre os democracia delegativa “é uma espécie particular de
demais, fragmentando a lógica de atuação do Estado. democracia representativa, na qual há uma
Além disso, a maior parte da Constituição de 1988 preponderância de comportamentos e relações
não foi regulamentada, portanto, não foi delegativas no interior de um padrão institucional
concretizada53, e já está sendo alterada. definido pelo sistema representativo”59. É uma
preeminência de lideranças personalizadas sobre
As sociedades, como a brasileira, relações parlamentares ou partidárias60.
marcadas pela concentração de renda, pela
desigualdade de oportunidades sociais e políticas A principal característica de uma
caracterizam-se pelo fato dos grandes contingentes democracia delegativa é o fato de o candidato que
eleitorais terem um papel secundário na articulação ganha uma eleição presidencial ser autorizado a
das políticas públicas. Isso, conseqüentemente, gera a governar o país da maneira que lhe parecer mais
apatia e o desinteresse de boa parte da população pela conveniente e, se as relações de poder existentes o
tomada de decisões políticas54. A política econômica permitirem, até o final de seu mandato. O presidente
deixou de ter caráter totalizante de médio e longo encarna a nação, podendo decidir o seu destino. O
que ele faz no governo não precisa ser, A marginalização dos partidos e do
necessariamente, o que prometeu na campanha, pois Congresso das decisões mais importantes aprofunda
ele pode governar o país como quiser. Sua os defeitos imputados a essas instituições; o
sustentação política não pode vir de um partido, pois Congresso Nacional não se sente politicamente
ele transcende aos partidos, estando acima das responsável pelas políticas públicas implementadas,
disputas mesquinhas de poder entre os políticos61. declinando o prestígio de todos os partidos e
políticos, gerado pelas críticas constantes do Poder
A democracia delegativa, apesar de Executivo à lentidão e clientelismo do Poder
extremamente personalista, não é antidemocrática, Legislativo64. No caso brasileiro, as instituições
embora seja menos liberal que a democracia representativas caracterizam-se pela sua completa
representativa. A democracia delegativa é irresponsabilidade política, não estado submetidas a
majoritária: ela advém da formação de uma maioria, qualquer controle ou prestação de contas, a não ser o
em eleições limpas, que autoriza a alguém se tornar da imprensa, que nem sempre procura informar
por alguns anos o dirigente e intérprete máximo da corretamente a opinião pública65, sustentando o
vontade nacional. Se a maioria não se forja sistema de dominação através da troca de favores
diretamente nas eleições, ela precisa ser criada, com o Executivo66.
através da instituição das eleições em dois turnos. As
eleições tornam-se processos de escolha A crise de representatividade faz parte de
extremamente emocionais, para que o povo sinta uma crise maior, da chamada “Crise do Estado”.
quem é o mais capacitado para dirigir o país. Com o Estado Social, deixou de existir a linha
divisória entre Estado e sociedade vigente durante o
O presidente se isola das instituições liberalismo. O Estado passou a ter um caráter
políticas e interesses organizados e se torna o único intervencionista e a cidadania política expandiu-se
responsável pelo sucesso ou fracasso de suas políticas para as grandes massas. O tema da representação
públicas. Os partidos e o Congresso Nacional podem, deve ser colocado no centro do debate sobre o
embora não devam sempre, exercer o poder de crítica fundamento do poder normativo estatal: como tomar
às políticas implementadas. Os tribunais, sempre decisões vinculantes e legítimas em contextos sociais
baseados em “formalismos”, também podem obstar altamente complexos, gerando um Estado com
medidas inconstitucionais, mas necessárias para a crescente dificuldade em responder às reivindicações
salvação nacional. Aliás, se o problema for a da sociedade. Isso ocasiona também a crise das
Constituição, basta que se mudem os dispositivos que instituições representativas, que não são mais vistas
"emperram o desenvolvimento". Os partidos aliados como legítimas portadoras das demandas sociais
podem recusar apoio à política presidencial por causa junto ao Estado, que, como afirmamos acima, nem
das quedas de popularidade, o que isola ainda mais o sempre tem como corresponder a essas demandas.
presidente, reforçando a tendência a ignorar ou evitar
as outras instituições62. As mudanças no papel do Estado também
contribuíram para a descrença nos Parlamentos,
Na democracia delegativa, o presidente órgãos representativos por excelência. O Estado,
não precisa prestar contas a nenhum outro órgão. Ele originalmente, monopoliza a produção normativa e o
pode elaborar e por em prática rapidamente as Parlamento detém a exclusividade da representação.
políticas necessárias, mas às custas de assumir toda a Entretanto, a fragmentação e corporativização dos
responsabilidade sozinho. Não é por acaso que interesses abrem espaço para formas mais flexíveis e
ocorrem vertiginosas variações na sua popularidade informais de legislação (contratos coletivos, pactos
no decorrer do mandato. A onipotência presidencial setoriais, etc). Ao mesmo tempo, a consulta a órgãos
se consuma através da promulgação, por meio de como sindicatos, grupos de pressão ou de classe
decretos (ou medidas provisórias), de inúmeras torna-se uma alternativa real à representação política.
medidas (como os pacotes econômicos) sobre os mais As instituições representativas atuais estão
variados problemas que afligem a nação. Esse aparelhadas para a produção de normas gerais e
“decretismo”, transformado em procedimento abstratas, não para as constantes mudanças
administrativo rotineiro, dá um viés conjunturais que hoje pedem regulamentação a fim
antiinstitucionalizante desses processos e ratifica de obter o consenso e a obediência sociais. Nesse
decisões altamente concentradoras de poder no processo de “Crise do Estado” volta à tona a crença
Executivo. Ao Congresso Nacional e aos partidos ilimitada na auto-regulação dos mercados e suas
políticos resta somente a submissão à vontade
presidencial, que é a "vontade do povo consagrada
nas urnas"63.
receitas neoliberais de desregulamentação e
desconstitucionalização67. Políticas estas cujo
principal intuito é retirar da alçada do Estado (e dos
representantes do povo, alocados nos Parlamentos) o
poder decisório sobre inúmeras matérias,
principalmente de cunho econômico. Entretanto, a
análise desse assunto necessitaria um estudo
aprofundado sobre a denominada “Crise do Estado”,
tema fascinante, mas fora do alcance dos limites
deste artigo.
Notas
1. Hanna Fenichel PITKIN, The Concept of 9. “J’appelle donc République tout État régi par des
Representation. Berkeley/Los Angeles/London: lois, sous quelque forme d’administration que ce
University of California, sd, p. 2. puisse être (...) Tout gouvernement légitime est
républicain (...) Le Peuple soumis aux lois en doit
2. João Carlos Brum TORRES, Figuras do Estado être l’auteur” Jean-Jacques ROUSSEAU, Du
Moderno – Elementos para um Estudo Histórico- Contrat Social ou Principes du Droit Politique,
Conceitual das Formas Fundamentais de Paris, GF-Flammarion, 1992, Livro II, Cap. VI.
Representação Política no Ocidente. São Paulo:
Brasiliense/CNPq, 1989, pp. 171-172. 10. “S’il y avait un peuple de dieux, il se
gouvernerait démocratiquement. Un
3. João Carlos Brum TORRES, Figuras do Estado gouvernement si parfait ne convient pas à des
Moderno cit., pp. 77-79. hommes.” Jean-Jacques ROUSSEAU, Du Contrat
Social ou Principes du Droit Politique, Livro III,
4. Vide João Carlos Brum TORRES, Figuras do Cap. IV.
Estado Moderno cit., pp. 415-420.
11. “La souveraineté ne peut être représentée, par la
5. Devemos levar em conta que todos os autores do même raison qu’elle ne peut être aliénée; elle
século XVIII, particularmente Rousseau e consiste essentiellement dans la volonté générale,
Montesquieu, falam em democracia no sentido da et la volonté ne se représente point: elle est la
democracia dos antigos, a ateniense, que reunia même, ou elle est autre; il n’y a point de milieu.
todos os cidadãos na praça pública (ágora) para Les députés du peuple ne sont donc ni ne peuvent
deliberarem sobre os assuntos políticos. Com base être ses représentants, ils ne sont que ses
nessa visão todos eles consideram a democracia commissaires; ils ne peuvent rien conclure
(democracia direta grega, bem entendido) définitivement. Toute loi que le peuple en
impraticável em países de grande extensão personne n’a pas ratifiée est nulle; ce n’est point
territorial, sendo necessária a figura do une loi. Le peuple anglais pense être libre; il se
representante (Montesquieu) ou a formação de trompe fort, il ne l’est que durant l’élection des
pequenas nações democráticas (Rousseau). Essa membres du parlement; sitôt qu’ils sont élus, il
também é a base da distinção entre governo est esclave, il n’est rien. Dans les courts moments
republicano e governo democrático que foi feita de sa liberté, l’usage qu’il en fait mérite bien
por Madison nos Artigos Federalistas, como qu’il la perde.” Jean-Jacques ROUSSEAU, Du
veremos adiante. Contrat Social ou Principes du Droit Politique,
Livro III, Cap. XV.
6. “Comme la plupart des citoyens, qui ont assez de
suffisance por élire, n’en ont pas assez pour être 12. Jean-Jacques ROUSSEAU, Du Contrat Social ou
élus; de même le peuple, qui a assez de capacité Principes du Droit Politique, Livro III, Cap. XV.
pour se faire rendre compte de la gestion des
autres, n’est pas propre à gérer par lui-même.” 13. Jean-Jacques ROUSSEAU, Considérations sur le
MONTESQUIEU, De L’Esprit des Lois. Paris: Gouvernement de Pologne et sur sa Rèformation
Éditions Garnier Frères, 1956, Livro II, Cap. II. Projetée, Paris, GF-Flammarion, 1990, p. 191.
7. “Le grand avantage des représentants, c’est qu’ils 14. Vide Jean-Jacques ROUSSEAU, Considérations
sont capables de discuter les affaires. Le peuple sur le Gouvernement de Pologne et sur sa
n’y est point de tout propre; ce qui forme un des Rèformation Projetée cit., pp. 191-198.
grands inconvénients de la démocratie.”
MONTESQUIEU, De L’Esprit des Lois, Livro 15. Essa idéia foi desenvolvida antes por Rousseau:
XI, Cap. VI. “L’attiédissement de l’amour de la patrie,
8. MONTESQUIEU, De L’Esprit des Lois, Livro XI, l’activité de l’intérêt privé, l’immensité des États,
Cap. VI. les conquêtes, l’abus du gouvernement on fait
imaginer la voie des députés ou représentants du
peuple dans les assemblées de la nation.” Jean-
Jacques ROUSSEAU, Du Contrat Social ou 21. Benjamin CONSTANT, “De la Liberté des
Principes du Droit Politique, Livro III, Cap. XV. Anciens Comparée a celle des Modernes” –
discours prononcé a l’Athénée Royal de Paris en
16. Sobre o conceito de representação utilizado no 1819, in: Cours de Politique Constitutionnelle,
The Federalist, vide Hanna Fenichel PITKIN, The Paris, Librairie de Guillamin, 1872, pp. 539-540.
Concept of Representation cit., pp. 190-198. Constant ainda se refere explicitamente a
Rousseau como um dos autores que, pretendendo
17. “By a faction, I understand a number of citizens, voltar à liberdade dos antigos, acabou servindo de
whether amounting to a majority or minority of justificativa para uma tirania in idem, pp. 549-
the whole, who are united and actuated by some 552.
common impulse of passion, or of interest,
adverse to the rights of other citizens, or to the 22. Benjamin CONSTANT, “De la Liberté des
permanent and aggregate interests of the Anciens Comparée a celle des Modernes”, pp.
community.” Alexander HAMILTON; James 541-542.
MADISON & John JAY, The Federalist. London/
Chicago: Encyclopaedia Britannica/The 23. Benjamin CONSTANT, “De la Liberté des
University of Chicago, 1952, Artigo nº 10. Anciens Comparée a celle des Modernes”, pp.
545-546.
18. Alexander HAMILTON; James MADISON &
John JAY, The Federalist, Artigo n. 10. Uma 24. Benjamin CONSTANT, “De la Liberté des
definição mais ampla é dada no Artigo nº 39: “If Anciens Comparée a celle des Modernes”, p. 548.
we resort for a criterion to the different principles
on which different forms of government are 25. “Ainsi chez les anciens, l’individu souverain
established, we may define a republic to be, or at presque habituellement dans les affaires
least may bestow that name on, a government publiques, est esclave dans tous ses rapports
which derives all its powers directly or indirectly privés.” Benjamin CONSTANT, “De la Liberté
from the great body of the people, and is des Anciens Comparée a celle des Modernes”, pp.
administered by persons holding their offices 541-542.
during pleasure, for a limited period, or during
good behaviour. It is essential to such a 26. “L’indépendance individuelle est le premier des
government that is be derived from the great body besoins modernes. En conséquence, il ne faut
of the society, not from an inconsiderable jamais en demandér le sacrifice pour établir la
proportion, or a favoured class of it; otherwise a liberté politique.” Benjamin CONSTANT, “De la
handful of tyrannical nobles, exercising their Liberté des Anciens Comparée a celle des
oppressions by a delegation of their powers, Modernes”, pp. 552 e 555. Vide também pp. 542
might aspire to the rank of republicans, and claim e 556-558.
for their government the honourable title of
republic. It is sufficient for such a government 27. Benjamin CONSTANT, “De la Liberté des
that the persons administering it be appointed, Anciens Comparée a celle des Modernes”, p. 558.
either directly or indirectly, by the people; and
that they hold their appointments by either of the 28. João Carlos Brum TORRES, Figuras do Estado
tenures just specified; otherwise every Moderno cit., pp. 30-32.
government in the United States, as well as every
other popular government that has been or can be 29. João Carlos Brum TORRES, Figuras do Estado
well organised or well executed, would be Moderno cit., pp. 76-77.
degraded from the republican character.”
30. João Carlos Brum TORRES, Figuras do Estado
19. Alexander HAMILTON; James MADISON & Moderno cit., pp. 31-32 e 76-77.
John JAY, The Federalist, Artigos n. 10 e 14.
Sobre o dilema entre interesses locais e interesse 31. Bolívar LAMOUNIER, “Representação Política:
nacional na representação política, vide Hanna A Importância de Certos Formalismos” in Bolívar
Fenichel PITKIN, The Concept of Representation LAMOUNIER; Francisco WEFFORT & Maria
cit., pp. 215-218. Victoria BENEVIDES (coords.), Direito,
Cidadania e Participação, São Paulo, TA
20. Vide João Carlos Brum TORRES, Figuras do Queiroz, 1981, pp. 232-233.
Estado Moderno cit., pp. 23-32.
32. A visão autorizativa define a representação nos matter of working on the symbol; it seems rather
termos de dar e ter autoridade. O representante é to involve working on the minds of those who are
aquele que foi autorizado a agir (“a to be represented or who are to be the audience
representative is someone who has been accepting the symbolization. In neither case is the
authorized to act”). Assim, o representante activity an acting for the represented, on behalf
recebeu o direito de agir que não possuía antes, of, instead of, in the interest of them; it is in no
enquanto o representado se tornou responsável sense a matter of agency. Both descriptive and
pelas conseqüências das decisões do representante symbolic representation supplement the
como se ele mesmo as tivesse tomado. Essa visão formalistic views we examined earlier, and thus
se concentra basicamente nas formalidades da enlarge our understanding of the concept.
relação representantes-representado, sendo por Descriptive representation introduces the idea of
isso também denominada visão formalista. Vide correspondence or likeness and the importance of
Hanna Fenichel PITKIN, The Concept of resembling one’s constituents; symbolic
Representation cit., pp. 38-39. representation suggests the role of irrational
belief, which is neglected by the formalistic view,
33. A visão descritiva é formulada com base no que a and the importance of pleasing one’s constituents.
representação aparenta ser. Um corpo Yet all these views put together still do not
representativo se distingue por uma acurada exhaust the concept of representation. We need to
correspondência com os seus representados, find an equivalent in the realm of action for the
refletindo-os sem distorções. A verdadeira descriptive and symbolic ‘standing for’ views –
representação “requires that the legislature be so not the activities of making representations or
selected that its composition corresponds symbols, but the ‘acting for’ equivalent of the
accurately to that of the whole nation, only then connection between image and original or symbol
is it realy a representative body”. A and referent.”. Hanna Fenichel PITKIN, The
representação é encarada como “espelho” da Concept of Representation cit., p. 111.
nação. O representante não age pelos outros, ele
corresponde aos representados. O que a 36. Esse conceito é centrado na atividade de
legislatura faz é menos importante do que como representar, no papel do representante. A
ela é composta. Essa visão descritiva foi a origem representação é vista como uma atividade, como a
da representação proporcional, que deve ser “the conduta correta para o representante ou o melhor
most exact possible image of the country”. Vide caminho para institucionalizar um governo
Hanna Fenichel PITKIN, The Concept of representativo. A presente visão difere das visões
Representation cit., pp. 60-62. formalistas porque nestas, embora também vejam
a representação enquanto atividade, seu conceito
34. “For they see all representation as a kind of só diz respeito aos aspectos formais que iniciam
symbolization, so that a political representative ou finalizam a atividade de representar, não se
is to be understood on the model of a flag preocupando com a natureza da atividade em si.
representing the nation, or an emblem Apesar da facilidade de ser observada a atividade
representing a cult”. A representação simbólica representativa na prática, este conceito é difícil de
faz com que o representante personifique os ser analisado teoricamente: “The activity of
representados. Um exemplo dessa representação representing as acting for others must be defined
talvez seja a “democracia delegativa”, da qual in terms of what the representative does and how
trataremos no final deste artigo. Vide Hanna he does it, or in some combination of these two
Fenichel PITKIN, The Concept of Representation considerations; but the analogies and adverbial
cit., pp. 92-94. expressions found in the literature are of limited
usefulness in defining it further. Since none of the
35. “Both descriptive and symbolic representation, analogies is an exact synonym of ‘representative’,
then, enlarge our view of the concept, but do not simple substitution is never in order. Any of them
complete it. They make it possible to speak of can sometimes (be said to) represent, but so can
representing by inanimate objects, although each almost anything. The study of groups of analogies
of them introduces a special kind of activity as seems to yield only negative results: we reach
well, the activity of making something represent. some conclusions about what substantive acting
For descriptive representation, this is an activity for others is not, rather than what it is.” Hanna
working on the thing that is to represent, making Fenichel PITKIN, The Concept of Representation
it into a likeness, map, random sample, or cit., pp. 112-115, 118, 142-143 e 212.
whatever. But symbol-making need not be a
37. Hanna Fenichel PITKIN, The Concept of condições de que se trata.” Niklas LUHMANN,
Representation cit., pp. 11-12. Vide também Legitimação pelo Procedimento cit., p. 161.
Bolívar LAMOUNIER, “Representação Política:
A Importância de Certos Formalismos” cit., p. 43. Celso Fernandes CAMPILONGO, Representação
239. Política. São Paulo: Ática, 1988, pp. 14-15 e 17.
38. Hanna Fenichel PITKIN, The Concept of 44. Hanna Fenichel PITKIN, The Concept of
Representation cit., pp. 225-227. Representation cit., pp. 221-222.
39. Sobre a origem histórica dessa abordagem, vide 45. Niklas LUHMANN, Legitimação pelo
Tercio Sampaio FERRAZ Jr, “Poder Procedimento cit., pp. 149-159 e Celso Fernandes
Representativo e Comunicação”, Filosofia CAMPILONGO, Representação Política cit., pp.
Política, n. 3, Porto Alegre, L&PM, 1986, p. 147. 24-26.
40. Vide Tercio Sampaio FERRAZ Jr.. “Poder 46. “(...) no processo legislativo dificilmente se
Representativo e Comunicação” cit., pp. 162-164 realiza uma participação direta e de acordo com
e 167. os papéis de todos os interessados. (...) Mas
continua a ser possível uma participação,
41. “Na medida em que cresce a complexidade da conciliadora de sentido, de cada indivíduo, em
sociedade no decurso do progresso civilizacional, determinados aspectos dos acontecimentos,
aumentam os problemas carecendo de solução e, participação que leva à decisão (...). O mecanismo
portanto, têm de se ultrapassar as formas mais de identificação simbólica age, contrariamente à
antigas de acordo espontâneo e confirmação do aceitação de papéis, à distância e sem obrigação
que é exato. Essas formas são substituídas por direta de atuação. (...) Mas a distância não é
mecanismos de criação e estabilização de apenas, como considerava a teoria da
símbolos, mecanismos esses indiretos e mais representação, um mal inevitável; ela é,
generalizados. (...) Devido à elevada simultaneamente, uma condição de
complexidade e variabilidade do sistema social da funcionamento da identificação simbólica e da
comunidade, a legitimação do poder político já criação da confiança, pelo fato de confundir os
não pode ceder a uma moral apresentada de forma detalhes e a multiplicidade das conseqüências
natural, antes tem de ser aprofundada no próprio práticas dos acontecimentos isolados e assim
sistema político. É, portanto, legítimo, como facilitar a redução da complexidade por parte do
Bourricaud oportunamente formula, ‘un pouvoir público.” Niklas LUHMANN, Legitimação pelo
qui accepte ou même qui institue son propre Procedimento cit., p. 158.
procès de légitimation’. (...) A legitimação pelo
procedimento e pela igualdade das probabilidades 47. Tercio Sampaio FERRAZ Jr.. “Poder
de obter decisões satisfatórias substitui os antigos Representativo e Comunicação” cit., p. 169.
fundamentos jusnaturalistas ou os métodos
variáveis de estabelecimento do consenso.” 48. Niklas LUHMANN, Legitimação pelo
Niklas LUHMANN, Legitimação pelo Procedimento cit., pp. 158-162 e Tercio Sampaio
Procedimento, Brasília, EdUnB, 1980, p. 31. FERRAZ Jr.. “Poder Representativo e
Comunicação” cit., pp. 167-171.
42. “Os procedimentos, até mesmo os processos
legislativos, nunca bastam por si só, para efetuar a 49. Celso Fernandes CAMPILONGO, Representação
legitimidade da decisão, no sentido duma Política cit., pp. 27-29 e 31-33.
reestruturação contínua das expectativas. Mas
constituem a forma pela qual o sistema político 50. De acordo com Hanna Pitkin: “representing here
contribui para a sua própria legitimação. Pela sua means acting in the interest of the represented, in
consolidação institucional e jurídica eles a manner responsive to them”. Hanna Fenichel
simbolizam a identidade de forma da decisão e a PITKIN, The Concept of Representation cit., p.
continuidade de experiências idênticas. (...) Os 209.
procedimentos constituem um dispositivo
necessário, ainda que por si só não seja suficiente, 51. Celso Fernandes CAMPILONGO, Representação
para a legitimação de decisões. Por isso, tem-se Política cit., pp. 34-38.
de se saber primeiro como funcionam e o que
podem realizar, antes de se investigarem as
52. Sobre a questão das desigualdades regionais, vide 58. Francisco WEFFORT, Qual Democracia? cit., p.
Gilberto BERCOVICI, "Constituição e Superação 85.
das Desigualdades Regionais" in Eros Roberto
GRAU & Willis Santiago GUERRA Filho (orgs.), 59. Francisco WEFFORT, Qual Democracia? cit., p.
Direito Constitucional – Estudos em Homenagem 108.
a Paulo Bonavides, São Paulo: Malheiros, 2001,
pp. 74-107. 60. Francisco WEFFORT, Qual Democracia? cit., p.
108.
53. Celso Fernandes CAMPILONGO, “Crise do
Estado, Mudança Social e Transformação do 61. Guillermo O’DONNELL, “Democracia
Direito no Brasil”, São Paulo em Perspectiva, Delegativa?” cit., pp. 30-31.
vol. 8, n. 2, São Paulo, Fundação SEADE, abril-
junho de 1994, pp. 15-16. Vide também Gilberto 62. Guillermo O’DONNELL, “Democracia
BERCOVICI, "A Problemática da Constituição Delegativa?” cit., pp. 31-32.
Dirigente: Algumas Considerações sobre o Caso
Brasileiro", Revista de Informação Legislativa n. 63. Guillermo O’DONNELL, “Democracia
142, Brasília, Senado Federal, abril/junho de Delegativa?” cit., pp. 33 e 37-38 e Francisco
1999, pp. 44-47. WEFFORT, Qual Democracia? cit., p. 92.
55. Celso Fernandes CAMPILONGO, Representação 65. Vide, especialmente, Fábio Konder
Política cit., pp. 53-56. COMPARATO, "A Democratização dos Meios
de Comunicação de Massa" in Eros Roberto
56. Guillermo O’DONNELL, “Democracia GRAU & Willis Santiago GUERRA Filho (orgs.),
Delegativa?”, Novos Estudos CEBRAP n. 31. São Direito Constitucional – Estudos em Homenagem
Paulo: CEBRAP, outubro de 1991, p. 26. a Paulo Bonavides cit., pp. 149-166.
X
LA COMPETENCIA DE LA CORTE INTERAMERICANA A LA LUZ DE SU JURISPRUDENCIA Y SU
NUEVO REGLAMENTO
Por su parte el 24 de septiembre de 1999 la En relación con los Estados partes que están
Corte Interamericana emitió dos sentencias sobre su facultados para introducir un caso ante la Corte,
competencia en los casos Ivcher Bronstein y Tribunal éstos, según el articulo 61.2 de la Convención, deben
Constitucional, la Corte entre otras hizo las siguientes agotar los procedimientos ante la Comisión. Por su
consideraciones: parte, el articulo 45 de la Convención establece que
sólo los Estados que han aceptado recíprocamente la
“La cuestión del pretendido retiro, por parte competencia de la Comisión, podrán presentar
del Perú, de la declaración de reconocimiento de la peticiones ante ese órgano. Es decir que para que un
competencia contenciosa de la Corte y de los efectos Estado pueda demandar a otro Estado ante la Corte,
jurídicos del mismo, debe ser resuelta por este ambos deben haber aceptado previamente la
Tribunal. La Corte Interamericana tiene el poder competencia de la Comisión y agotado el
inherente de determinar el alcance de su propia procedimiento previsto en ese órgano. En nuestra
competencia… opinión no es necesario que el Estado demandante
haya reconocido con anterioridad la competencia
Una objeción o cualquier otro acto contenciosa de la Corte, sino que basta que la
interpuesto por el Estado con el propósito de reconozca en declaración especial para ese caso, lo
afectarla competencia de la Corte es inocuo, pues en que sí es requisito indispensable es que el Estado
cualquiera circunstancia la Corte retiene la demandado no haya aceptado la competencia de la
compétence de la compétence, por ser maestra de su Corte bajo condición de reciprocidad39.
jurisdicción….
Cabe destacar que hasta el momento ningún
Por las razones anteriores la Corte considera Estado a demandado a otro Estado ante la Corte
que es inadmisible el pretendido retiro por el Perú de Interamericana, sin embargo, se dio el caso de un
la declaración de reconocimiento de la competencia Estado que presentó una denuncia en su contra.
contenciosa de la Corte con efectos inmediatos, así Efectivamente, Costa Rica intentó someter el Asunto
como cualesquiera consecuencias que se busque Viviana Gallardo y Otras, directamente ante la Corte,
derivar de dicho retiro, entre ellas, la devolución de la por la muerte de Gallardo y las lesiones sufridas por
demanda, que resulta irrelevante.” sus compañeras de celda, y renunció expresamente al
procedimiento ante la Comisión. La Corte no admitió
Afortunadamente en el caso peruano, el 18 para su trámite dicho asunto, argumentando que no se
de enero de 2001, el parlamento de dicho país, emitió había agotado el procedimiento ante la Comisión, y
una Resolución Legislativa N. 27401, donde derogó decidió aceptar y tramitar la solicitud subsidiaria del
la Resolución Legislativa No 27152, donde el Perú
retiraba su declaración de reconocimiento de la
cláusula facultativa de sometimiento a la
competencia contenciosa de la Corte y encargó al
Poder Ejecutivo que realizara todas las acciones
necesarias para dejar sin efecto los resultados que
Gobierno de Costa Rica para remitir el asunto a la representantes de las victimas o de sus familiares, se
Comisión Interamericana de Derechos Humanos. Por debía informar a la Corte para autorizarlos a
su parte, la Comisión declaró inadmisible la petición, intervenir en los debates a propuesta de la Comisión.
no por la condición del denunciante sino por
considerar que el Gobierno de Costa Rica había En ese sentido en una reunión entre la Corte
actuado de conformidad con las disposiciones legales y la Comisión celebrada en 199845, se acordó dar
vigentes, sancionando con todo el rigor de la ley al preeminencia al papel de la víctima ante el sistema
responsable de los actos denunciados40. interamericano, principalmente ante la Corte, y se
acordó que la Corte estudiaría la posibilidad de
A diferencia de lo que sucede ante la implementar una eventual reforma a su Reglamento
Comisión, el individuo no está legitimado para para los peticionarios pudieran presentar escritos
demandar; siguiendo el criterio tradicional de negarle autónomos en todas las etapas del proceso ante la
al individuo la personería jurídica internacional. Este Corte y no sólo en la etapa de reparaciones, en ese
criterio ha sido superado en el Sistema Europeo a mismo sentido la Asamblea General de la OEA,
través del Protocolo N.11 de la Convención Europea aprobó una resolución en la cual encomendó a la
de Derechos Humanos suscrito a comienzos de 1994, Corte Interamericana a que considerara la posibilidad
y que prevé la posibilidad de que el individuo pueda de permitir la participación directa de la víctima, en
acceder directamente a la Corte. el procedimiento ante la Corte (una vez sometido el
casos a su competencia), teniendo en cuenta la
En votos razonados en dos casos contra necesidad tanto de preservar el equilibrio procesal,
Perú: Castillo Páez41 y Loayza Tamayo42, el juez como de redefinir el papel de la CIDH en dichos
Cançado Trindade expresó que sin el locus standi in procedimientos46.
judicio de ambas partes, cualquier sistema de
protección se encuentra irremediablemente mitigado, Siguiendo esas directrices, y luego de un
por cuanto no es razonable concebir derechos sin la proceso de reflexión donde participaron activamente
capacidad procesal de vindicarlos directamente. El los estados miembros y los órganos de la OEA, así
juez Cançado afirmó en dichos votos razonados que como entidades de la sociedad civil, es que el nuevo
“el espectro de la persistente denegación de la reglamento de Corte47, da un salto cualitativo para
capacidad procesal del individuo peticionario ante la lograr la participación directa (locus standi en
Corte Interamericana, verdadera capitis diminutio, judicio) en todas las etapas ante el Tribunal, de las
emanó de consideraciones dogmáticas propias de otra presuntas victimas, sus familiares o sus
época histórica tendientes a evitar su acceso directo a representantes debidamente acreditados, ya que las
la instancia judicial internacional, consideraciones mismas podrán presentar solicitudes, argumentos y
estas que, en nuestros días, carecen de sustentación o pruebas en forma autónoma durante todo el proceso
sentido aun más tratándose de un tribunal ante el Tribunal48.
internacional de derechos humanos”. Así, una vez que la Corte notifica la demanda
a la presunta víctima, sus familiares o sus
Dentro del Sistema Interamericano se ha representantes legales, les otorga a éstos un plazo de 30
tratado de dar alguna participación a los individuos días para la presentación, en forma autónoma, de los
para actuar ante la Corte, tomando como base el escritos conteniendo sus solicitudes, argumentos y
reglamento de la Corte43, dicha participación se ha pruebas49 . Asimismo, durante el procedimiento oral,
ido ampliando a partir de la entrada en vigencia del podrán hacer uso de la palabra para la presentación de
3er. Reglamento que rigió a la Corte Interamericana, sus argumentos y pruebas, debido a su condición de
donde en su art. 23 se le otorgó a los representantes verdadera parte en el proceso50.
de las víctimas o de sus familiares presentar sus
propios argumentos y pruebas en forma autónoma44, Con el otorgamiento del locus standi in
también en su art. 22 se autorizaba para que la judicio a las presuntas víctimas, sus familiares o sus
Comisión fuera representada por cualesquiera representantes legales, en todas las etapas del proceso
persona de su elección, y en el caso de que los ante la Corte, pasan ellos a disfrutar de todas las
delegados fueran el denunciante original o los
facultades y obligaciones, en materia procesal, que, tribunal de apelación respecto de lo actuado por ella,
hasta el Reglamento de 1996, eran privativos por lo que tiene una jurisdicción limitada, que le
únicamente de la CIDH y del Estado demandado impide revisar todo cuanto se refiere al cumplimiento
(excepto en la etapa de reparaciones. Esto implica que, de los requisitos de admisibilidad de una petición
en el procedimiento ante la Corte51, podrán existir, o dirigida a la Comisión, o de las normas procesales
coexistir, tres posturas distintas: la de la presunta aplicables a las distintas etapas que deben cumplirse
víctima (o sus familiares o representantes legales), en el trámite de un caso ante ella. La Corte rechazó
como sujeto del Derecho Internacional de los Derechos tal aseveración e indicó que ella no está vinculada
Humanos; la de la CIDH, como órgano de supervisión con lo que previamente haya decidido la Comisión,
de la Convención y auxiliar de la Corte; y la del Estado sino que está habilitada para sentenciar libremente,
demandado. de acuerdo con su propia apreciación. Sin embargo
recalcó que ella no actúa, con respecto a la Comisión,
En su jurisprudencia la Corte, ha comenzado en un procedimiento de revisión, de apelación u otro
a desarrollar el concepto de victima directa e semejante. Sino que su jurisdicción plena para
indirecta52, permitiendo con ello dar una visión considerar y revisar in toto lo precedentemente
amplia al concepto de victima de la violación. Si bien actuado y decidido por la Comisión, resulta de su
esa diferenciación no ha sido expresa5354, en el carácter de único órgano jurisdiccional en la
desarrollo de algunas sentencias se ha establecido que materia.55
la víctima directa es a la que se le afectan sus
derechos fundamentales como efecto inmediato de la Este criterio ha ido variado, ya que en el
propia violación y víctima indirecta es la que caso Gangaram Panday, la Corte desestimó la
experimenta el menoscabo de sus derechos como excepción preliminar de falta de agotamiento de los
consecuencia inmediata y necesaria del daño sufrido recursos internos, ya que no fue planteada ante la
por la víctima directa, es decir que podrán ser Comisión. En su voto razonado el juez Cançado
considerados como víctimas, los familiares que Trindade enfatizó que "bajo la Convención
sufran detrimento de su integridad psíquica y moral, Americana, los dos órganos de supervisión, la
como consecuencia de una violación infringida a la Comisión y la Corte, tienen poderes definidos, aquel
victima directa de un caso. con la competencia de decidir sobre la admisibilidad
de las peticiones o comunicaciones (arts. 46-47), y
éste con la competencia (en casos contenciosos) de
III.2.b) COMPETENCIA determinar si ha habido una violación de la
RATIONE MATERIAE Convención (arts. 62.1 y 62.3). La cuestión
preliminar (procesal) de admisibilidad es una e
Por razón de la materia, la Corte es indivisible: así como se consideran definitivas e
competente de conocer cualquier caso que se le inapelables las decisiones de la Comisión sobre la
someta y que concierna a la aplicación de las inadmisibilidad de peticiones o comunicaciones, el
disposiciones de la Convención. Sobre este rechazo por la Comisión de una objeción de no
particular, la jurisprudencia de la Corte ha sido sobre agotamiento de recursos internos debería asimismo
distintos temas, tales como su competencia para considerarse definitiva y no susceptible de plantearse
pronunciarse sobre el agotamiento de los recursos de nuevo por el Gobierno demandado en el
internos, sobre la compatibilidad de la legislación procedimiento subsecuente ante la Corte"56
interna con la Convención Americana, sobre aspectos
inherentes a la soberanía de los Estados entre otros. En relación con la competencia material, la
Corte se había declarado incompetente para
En relación con la controversia de que si la pronunciarse sobre la compatibilidad de legislación
Corte es competente para conocer del agotamiento o interna con la Convención,57 este fallo olvidaba las
no de los recursos internos, el criterio de la Corte no violaciones de jure a la Convención, que los Estados
ha sido siempre el mismo. En el caso Velásquez pueden cometer mediante la adopción de normas de
Rodríguez, la Comisión sostuvo en la audiencia sobre derecho interno incompatibles con la Convención.
excepciones previas, que, como la Corte no es un
Afortunadamente este criterio varió, en la
sentencia de fondo sobre el caso Loayza Tamayo
contra Perú en el que dos decretos-leyes fueron la fecha de la remisión del informe de la Comisión a
declarados incompatibles con la Convención.58 En los Estados interesados62.
ese mismo caso en la sentencia de reparaciones, la
Corte insistió en la incompatibilidad de los dos Sin embargo, la Corte Interamericana no ha
decretos-leyes con la Convención, y en que el Estado sido tan rigurosa en la aplicación de este plazo, ya
tiene el deber de cumplir sus obligaciones de acuerdo que en varias oportunidades ha ratificado que el
con el articulo 2 de la Convención, que señala que los objeto y fin del tratado es la protección de los
Estados se comprometen a adoptar las medidas derechos humanos y, por lo tanto, la interpretación
legislativas o de otros carachote que sean necesarias que de ella se haga debe ser siempre en favor de la
para hacer efectivos los derechos y libertades persona humana. La Corte entiende que la
consagrados en la Convención.59 interpretación de todas las normas de la Convención
relativas al procedimiento que debe cumplirse ante la
En el caso Castillo Petruzzi y otros el estado Comisión para que " la Corte pueda conocer de
peruano cuando planteó sus excepciones cualquier caso " (Art. 61.2), debe hacerse de forma
preliminares60, alegó que la demanda se refería a tal que permita la protección internacional de los
aspectos inherentes a la soberanía de los Estados, y derechos humanos, que constituye la razón misma de
que un Estado soberano tenia pleno derecho a dictar la existencia de la Convención, y llegar, si es preciso,
las leyes necesarias para reprimir los delitos al control jurisdiccional. La Corte también ha
cometidos en su territorio, y la decisión de cualquiera manifestado que los tratados deben interpretarse " de
de sus organismos jurisdiccionales era definitiva, y buena fe conforme al sentido corriente que haya de
no podía ser modificada o dejada sin efecto por atribuirse a los términos del tratado en el contexto de
ninguna autoridad extranjera o supranacional. Sin éstos y teniendo en cuenta su objeto y fin ". Y siendo
embargo, la Corte61 rechazó este argumento, el objeto y fin de la Convención Americana la eficaz
recordando que fue precisamente en el ejercicio de su protección de los derechos humanos, la Convención
soberanía el Perú ratificó la Convención americana y debe interpretarse de manera tal de darle su pleno
que, en consecuencia, aceptó las obligaciones sentido y permitir que el régimen de protección de los
consagradas en ésta en relación con todas las derechos humanos, a cargo de la Comisión y de la
personas bajo su jurisdicción. Corte adquiera todo " su efecto útil ".63
1. El texto no compromete una posición institucional. OC-8/87 El habeas Hábeas bajo suspensión de
garantías (Arts. 27.2, 25.1 y 7.6 29 Convención
2.
La Conferencia se celebró en San José de Costra Americana Sobre Derechos Humanos).
Rica, con la participación de representantes de los OC-9/87 Garantías judiciales en estados de
gobiernos de Argentina, Brasil, Colombia, Costa emergencia (Arts. 27.2, 25 y 8 Convención
Rica, Chile, Ecuador, El Salvador, Estados Americana Sobre Derechos Humanos).
Unidos, Guatemala, Honduras, México, OC-10/89 Interpretación de la Declaración
Nicaragua, Panamá, Paraguay, Perú, República Americana de los Derechos y Deberes del
Dominicana, Trinidad y Tobago, Uruguay y Hombre en el marco del art. 64 de la Convención
Venezuela. Americana Sobre Derechos Humanos.
OC-11/90 Excepciones al agotamiento delos
3.
La Convención Americana sobre Derechos recursos internos (Arts. 46.1, 46.2 a y 46.2 b
Humanos entró en vigencia el 18 de julio de 1978. Convención Americana Sobre Derechos
Humanos).
4.
Opinión Consultiva número OC-1/82. "Otros OC-12/91 Compatibilidad de un proyecto de ley
Tratados" Objeto de la función consultiva de la con el art. 8.2.h de la Convención Americana
Corte (Art. 64. Convención Americana), párrafo Sobre Derechos Humanos.
19. OC-14/94 Responsabilidad internacional por
expedición y aplicación de leyes violatorias de la
5.
Ver OEA/Ser. G/CP/CAJP-1770/01 del 16 de Convención (Arts. 1 y 2 de la Convención
marzo de 2001 Informe del Presidente de la Corte Americana Sobre Derechos Humanos).
Interamericana de Derechos Humanos, Juez OC-15/97 Informes de la Comisión
Antonio Cançado Trindade, a la Comisión de Interamericana de Derechos Humanos (Art. 51 de
Asuntos Jurídicos y Políticos del Consejo la Convención Americana Sobre Derechos
Permanente de la Organización de Estados Humanos).
Americanos. OC16/99 El derecho a la información sobre la
asistencia consular en el marco de las garantías
6.
OC-1/82. "Otros Tratados" objeto de la función del debido proceso.
consultiva de la Corte (Art. 64 Convención
6.
Americana), párrafo 22. OC-10. Interpretación de la Declaración
OC-2/82 El efecto de las reservas sobre la entrada Americana de los Derechos y Deberes del
en vigencia de la Convención Americana sobre Hombre en el Marco del art. 64 de la Convención
Derechos Humanos (Arts. 74 y 75). Americana sobre Derechos Humanos.
OC-3/83 Restricciones a la pena de muerte (Arts. OC-15/97 Informes de la Comisión
4.2 y 4.4 Convención Americana Sobre Derechos Interamericana de Derechos Humanos (Art. 51
Humanos). Convención Americana sobre Derechos
OC-4/84 Propuesta de modificación a la Humanos).
Constitución Política de Costa Rica relacionada
7.
con la naturalización. OC-1/82. "Otros Tratados" objeto de la función
OC-5/85 La colegiación obligatoria de periodistas consultiva de la Corte (Art. 64 Convención
(Arts. 13 y 29 Convención Americana Sobre Americana), párrafo 25.
Derechos Humanos).
8.
OC-6/86 La expresión “leyes” en el art. 30 de la OC-15/97 Informes de la Comisión
Convención Americana Sobre Derechos Interamericana de Derechos Humanos (Art. 51
Humanos. Convención Americana sobre Derechos
OC-7/86 Exigibilidad del derecho de rectificación Humanos), párrafo 26.
o respuesta (Arts. 14.1,1.1 y 2).
9.
OC-16/99 El derecho a la información sobre la
Convención Americana Sobre Derechos asistencia consular en el marco de las garantías
Humanos). del debido proceso legal, párrafo 65.
10. 22.
Convención Americana sobre Derechos 12/91 Compatibilidad de un proyecto de ley con el
Humanos. Art. 64. art. 8.2.h de la Convención Americana Sobre
Derechos Humanos, párrafo 28.
11.
OC-15/97 Informes de la Comisión
23.
Interamericana de Derechos Humanos (Art. 51. OC-15/97 Informes de la Comisión Interamericana
Convención Americana sobre Derechos de Derechos Humanos (Art. 51 Convención
Humanos), párrafo 25. Americana sobre Derechos Humanos).7
12. 24.
Durante las audiencias celebradas sobre la Faúndez Ledezma Op. cit.
Opinión Consultiva n. 16, intervinieron además de
25.
los ocho Estados, siete individuos representantes de OC-5/85 de 13 de noviembre de 1985.
cuatro ONG (nacionales e internacionales) de
26.
derechos humanos, dos individuos de una ONG Sala Constitucional de Costa Rica. Sentencia de
actuante en pro de la abolición de la pena de inconstitucionalidad N2213-95. Caso Ajún.
muerte, dos representantes de una entidad
27.
(nacional) de abogados, cuatro profesores V. Piza Escalante, Rodolfo. La Jurisdicción
universitarios en calidad individual, y tres Contenciosa del Tribunal Interamericano de
individuos en representación de un condenado a la Derechos Humanos. En IIDH, La Corte
pena de muerte. Interamericana de Derechos Humanos 1986.
13. 28.
Cançado Trindade, Antonio Informe y Por ejemplo, el art. 29 de la Convención hace
propuestas del presidente y relator de la CIDH referencia a las normas de interpretación
ante la Comisión de Asuntos Jurídicos y Políticos determinando que no se puede limitar el goce y
del Consejo Permanente de la OEA, marzo 2001. ejercicio de cualquier derecho o libertad que
pueda estar reconocido en las leyes internas de
14.
V. Buergenthal Thomas. The Advisory los estados partes o en otros tratados en que sea
Jurisdiction of the Inter-American Court of parte uno de los Estados, ni excluir o limitar el
Human Rights. Apud Contemporary Issues in efecto que puede producir la Declaración
International Law, Essays in honor of Louis B. Americana de Derechos y Deberes del Hombre.
Sohn, M.P. Engel, Kehl, 1984. Por su parte el art. 75 hace referencia a la
Convención de Viena sobre Derecho de los
15.
OC-1. "Otros Tratados" objeto de la función Tratados en lo referente al objeto de las
consultiva de la Corte. reservas.
16. 29.
OC-10. Interpretación de la Declaración Corte Interamericana de Derechos Humanos, caso
Americana de los Derechos y Deberes del Velásquez Rodríguez sentencia del 29 de julio
Hombre en el Marco del art. 64 de la de 1998, párrafo 134, caso Godínez Cruz,
Convención Americana sobre Derechos sentencia del 20 de enero de 1989 párrafo 140; y
Humanos. caso Fairen Garbi y Solís Corrales sentencia del
15 de marzo de 1989
17. 30.
OC-3. Restricciones a la pena de muerte. Países que ha aceptado la competencia de la
Corte Bolivia, Brasil, Costa Rica, Ecuador, El
18.
OC-4. Propuesta de modificación a la Constitución Salvador, Haití, Honduras, México, Panamá,
Política de Costa Rica relacionada con la Perú, República Dominicana, Trinidad y
naturalización, párrafo 18. Tobago, Suriname, Uruguay, Venezuela,
Argentina Colombia, Chile, Guatemala,
19.
Ibídem, párrafo 19. Nicaragua, Paraguay. Los últimos 6 son lo que
hicieron la declaración expresa.
20. 31.
Ibídem, párrafo 26. Comisión Interamericana de Derechos Humanos:
Resolución n. 25/87 caso 9726 (Hugo
21.
Espadafora), Panamá; Resolución n. 1/91 caso
OC-4. Propuesta de modificación a la Constitución 9999 (Manuel Antonio Carmona) El Salvador.
Política de Costa Rica relacionada con la
naturalización. 32.
En el caso Genie Lacayo, en que supuestamente la
víctima fue muerta por efectivos militares el 28
de octubre de 1990 y el Estado de Nicaragua
40.
había reconocido la competencia de la Corte el Corte Interamericana de Derechos Humanos.
12 de febrero de 1991. La Comisión recomendó Asunto Viviana Gallardo y Otras, Resolución de
al gobierno de Nicaragua que aceptara la 15 de julio de 1981 y 30 de junio de 1983.
competencia de la Corte para este caso, con el
41.
fin de que la demanda incluyera el hecho inicial Cançado Trindade Antonio, voto razonado en.
que dio origen a las supuestas violaciones. Sin Corte Interamericana de Derechos Humanos,
embargo en su declaración especial, Nicaragua, Caso Castillo Páez, Excepciones preliminares,
aceptó la competencia única y exclusivamente sentencia del 30 de enero de 1996, párrafo 14.
en los términos contenidos en la demanda
42.
presentada por la Comisión bajo el capítulo Cançado Trindade Antonio, voto razonado en.
titulado Objeto de la Demanda, en la cual no se Corte Interamericana de Derechos Humanos,
hacia referencia al derecho a la vida. En Caso Loayza Tamayo Excepciones
consecuencia la declaración de aceptación preliminares, sentencia del 3 de enero de 1996,
general de la competencia de la Corte coincidió párrafo 14.
con el reconocimiento especial del gobierno.
43.
A la fecha la Corte ha aprobado 4 reglamentos. El
33.
El 9 de julio de 1999, el Estado del Perú procedió primero rigió a la Corte desde julio de 1980
a depositar en la Secretaria General de la OEA, hasta julio de 1991; el segundo reglamento tuvo
el instrumento mediante el cual declaraba que vigencia de agosto de 1991 a enero de 1996; el
reiteraba la declaración de reconocimiento de la tercer reglamento entró en vigencia en enero de
competencia contenciosa de la Corte 1997 hasta mayo de 2001 y el cuarto reglamento
Interamericana, y anunció que su retiro tenia entró en vigencia el 1º. de junio de 2001.
“efecto inmediato”.
44.
El antecedente práctico a esta reforma del
34.
En el instrumento de “retiro” Perú específicamente reglamento se dio en la audiencia de reparaciones,
excluyó de la jurisdicción contenciosa de la del 27 de enero de 1996, en el Caso El Amparo
Corte los dos casos pendientes en los que aun no contra Venezuela, donde el Juez Cançado
había contestado la demanda: Ivcher y Tribunal Trindade al manifestar expresamente su
Constitucional devolviendo las dos demandas a entendimiento de que al menos en aquella etapa
la Corte, y que no iba a cumplir con la sentencia del proceso no podía haber duda de que los
en el caso Loayza Tamayo. La Corte trasmitió a representantes de las víctimas eran “la verdadera
la Comisión copia de la nota del Estado parte demandante ante la Corte”, en un
pidiendo que presentara sus observaciones. determinado momento del interrogatorio pasó a
dirigir preguntas a los representantes de las
35.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. víctimas y no a los delegados de la Comisión o a
Comunicado de Prensa CDH-CP 2/01. los agentes del Gobierno, quienes presentaron sus
respuestas. Posteriormente, y por primera vez, los
36.
Compartimos la opinión de Héctor Faúndez en el representantes de las víctimas presentaron dos
sentido de utilizar la expresión actor y no escritos a la Corte (de fechas 13.05.1996 y
demandante, pues el Estado denunciado también 29.05.1996. Por su parte, en la fase de
tiene la facultad de acudir ante la Comisión. Op. cumplimiento de la sentencia de indemnización
cit., p. .355. compensatoria en los casos Godínez Cruz y
37.
Convención Americana sobre Derechos Humanos. Velásquez Rodríguez, los representantes de las
Parte II. Medios de la protección. Capítulo 8. La víctimas presentaron igualmente dos escritos a
Corte Interamericana de Derechos Humanos. la Corte (de fechas 29.03.1996 y 02.05.1996) y
Sección 2. Competencia y funciones. Art. 61. la Corte sólo determinó poner término al
proceso de estos dos casos después de
38.
Corte Interamericana de Derechos Humanos, constatado el cumplimiento, por parte de
Asunto Viviana Gallardo y otras. Decisión del Honduras, de las sentencias de reparaciones y
13 de noviembre de 1981, párrafo 22. de interpretación de ésta última, y después de
haber tomado nota de los puntos de vista no sólo
39.
Convención Americana sobre Derechos Humanos. de la CIDH y del Estado demandado, sino
Parte II.- Medios de la protección. Capítulo 8. también de los peticionarios y los representantes
La Corte Interamericana de Derechos Humanos. legales de las familias de las víctimas.
Sección 2. Competencia y funciones. Art. 62
45.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Sentencia de 4 de diciembre de 1991. Voto
Informe Anual 1998, pp. 40 y siguientes. razonado del Juez A. A. Cançado Trindade.
46. 57.
OEA/A.G., resolución AG/RES.1701 (XXX-0/00, Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
de 2000. Genie Lacayo. Excepciones Preliminares,
Sentencia de 27 de enero de 1995. Párrafo 2.
47.
Reglamento de la Corte Interamericana de Objeto de la Demanda.... "4. Que declare que la
Derechos Humanos, aprobada en su XLIX vigencia de los Decretos 591 y 600
periodo ordinario de sesiones celebrado del 16 denominados " Ley de Organización de la
al 25 de noviembre de 2000 y que entra en Auditoría Militar y Procedimiento Penal Militar
vigencia el 1º. de junio de 2001. " y " Ley Provisional de los Delitos Militares ",
que regulan la jurisdicción penal militar, son
48.
Ibídem, art. 23. incompatibles con el objeto y fin de la
Convención Americana sobre Derechos
49.
Ibídem, art. 35.4 Humanos, y que deben ser adecuados a ella de
conformidad con las obligaciones contraídas en
50.
Ibídem, art. 40.2 virtud del art. 2 de la misma". También ver
párrafo 49.
51.
Para el procedimiento en los casos pendientes ante la
58.
Corte, antes de la entrada en vigor del nuevo Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
Reglamento el próximo 01 de junio de 2001, la Loayza Tamayo. Sentencia del 17 de septiembre
Corte Interamericana adoptó una Resolución de 1997, párrafo 68.
sobre Disposiciones Transitorias (el 13 de marzo
59.
de 2001), mediante la cual decidió que: 1) los Corte Interamericana de Derechos Humanos Caso
casos que se encuentren en curso al momento de Loayza Tamayo, Reparaciones, Sentencia del 27
la entrada en vigor del nuevo Reglamento (de de noviembre de 1998 párrafos 164 y 101.
2000) continuarán tramitándose de acuerdo con
60.
las normas del anterior Reglamento (de 1996), Corte Interamericana de Derechos Humanos Caso
hasta tanto culmine la etapa procesal en la que se Castillo Petruzzi y otros, Excepciones
hallan; 2) las presuntas víctimas participarán en la Preliminares, Sentencia de 4 de septiembre de
etapa que se inicie con posterioridad a la entrada 1998, párrafo 100, letra a.
en vigor del nuevo Reglamento (de 2000), de
62.
conformidad con el art. 23 del mismo. Convención Americana sobre Derechos Humanos.
52.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso Art. 51.
Villagrán Morales y otros. Sentencia de 19 de
63.
noviembre de 1999, párrafos 173-177; Caso Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
Blake, sentencia de 24 de enero de 1998, Cayara, Excepciones Preliminares, Sentencia de
párrafos 97 y 116. 3 de febrero de 1993 párrafo 37, Caso Godínez
Cruz, Excepciones Preliminares, Sentencia de
53.
Cançado Trindade, Antonio. Voto Razonado en 26 de junio de 1987 párrafo 33.Caso Fairén
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Garbi y Solís Corrales, Excepciones
Caso Bámaca Velásquez. Sentencia de 25 de Preliminares, Sentencia de 26 de junio de 1987
noviembre de 2000. párrafo 35. Caso Velásquez Rodríguez,
Excepciones Preliminares, Sentencia del 26 de
54.
García Ramírez, Sergio. Voto Razonado junio de 1987, párrafo 30.
Concurrente en Corte Interamericana de
64.
Derechos Humanos. Caso Bámaca Velásquez. Corte Interamericana de Derechos Humanos Caso
Sentencia de 25 de noviembre de 2000. Cayara, Excepciones Preliminares, Sentencia de
3 de febrero de 1993, párrafo 42.
55.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
65.
Velásquez Rodríguez. Excepciones Cfr.Ibíd., párrafo 60.
preliminares. Sentencia del 26 de junio de 1987,
66.
párrafos 28 y 29. Según el art. 1 de la Convención Americana los
Estados portes de la Convención se
56.
Corte Interamericana de Derechos Humanos Caso comprometen a respetar los derechos en ella
Gangaram Panday, Excepciones Preliminares, reconocidos y a garantizar su libre y pleno
ejercicio a toda persona que este "sujeta a su ejemplares, una demanda debidamente firmada
jurisdicción". ...". En este caso, la demanda antecedió a la
recepción del informe pues, mientras la primera
67.
Para Héctor Faúndez los actos cometidos por ingresó a la Corte el 3 de junio de 1991, el
agentes de un estado fuera de su territorio no segundo llegó a la Secretaría de la Corte el 7 de
quedan debidamente sancionados por la junio. La Corte dictaminó que dentro de ciertos
Convención, estando sujeto solamente a las límites de temporalidad y razonabilidad, ciertas
normas jurídicas existentes en materia de omisiones o retrasos en la observancia de los
responsabilidad de los Estados. Op. cit.. procedimientos, pueden ser dispensados, si se
conserva un adecuado equilibrio entre la justicia
68.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso y la seguridad jurídica.
Fairén Garbi y Solís Corrales, Sentencia del 15
76.
de marzo de 1989, párrafo 157. Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
Castillo Petruzzi y otros, Excepciones
69.
El nuevo reglamento de la Corte introdujo una preliminares. Sentencia del 4 de septiembre de
serie de disposiciones, sobre todo con relación a 1998, párrafo 68.
la participación directa de las supuestas
77.
víctimas, sus familiares o sus representantes, en Cfr. Ibíd, párrafo 22.
todas las etapas ante la Corte, así como en lo
78.
referente a las excepciones preliminares, la Cfr. Ibíd, párrafos 25 y 26.
contestación de la demanda y las reparaciones.
79.
Op. cit.. Cfr. Ibíd, párrafos 27 y 28.
80.
Cfr. Ibíd, párrafo 29.
70.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
81.
Godínez Cruz, Excepciones Preliminares, Cfr. Ibíd, párrafo 96.
Sentencia de 26 de junio de 1987, párrafo 32
82.
“…Los términos amplios en que está redactada Convención Americana sobre Derechos Humanos.
la Convención indican que la Corte ejerce una Parte II.- Medios de la protección. Capítulo 7.
jurisdicción plena sobre todas las cuestiones La Comisión Interamericana de Derechos
relativas a un caso….” Humanos. Sección 4.Procedimiento. Arts. 48 a l
50.
71.
La demanda como su contestación y demás
83.
escritos dirigidos a la Corte, podrán presentarse Corte Interamericana de Derechos Humanos.
personalmente, vía courier, facsimilar, teles, Asunto Viviana Gallardo y Otras, Resolución de
correo o cualquier otro medio generalmente 15 de julio de 1981.Decisión del 13 de
utilizado. En el caso del envió por medios noviembre de 1981. Antecedentes, párrafo 2.
electrónicos, deberán presentarse los
84.
documentos auténticos en el plazo de 15 días. Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Op. Cit. Art. 26. Asunto Viviana Gallardo y Otras, Resolución de
15 de julio de 1981.Decisión del 13 de
72.
Reglamento de la Corte Interamericana de noviembre de 1981. Consideraciones de
Derechos Humanos. Capitulo II Art. 33. - Derecho. Sobre la renunciabilidad del
Escrito de demanda. procedimiento ante la Comisión, párrafo 25.
73. 85.
Los requisitos en cursiva, fueron introducidos en el Buergenthal Thomas. The Inter American Court of
nuevo reglamento. Human Rights, en The American Journal of
International Law. Vol. 76, n. 2 1982, pp. 238 y
74.
Caso Ivcher Bronstein. Comunicación de la s.
Secretaria de la Corte dirigida a los delegados
86.
de la Comisión. 20 de abril de 1999. Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
Velásquez Rodríguez, Excepciones
75.
En el caso Cayara, donde se aplicó el anterior Preliminares, Sentencia del 26 de junio de 1987,
Reglamento de la Corte, el mismo establecía en párrafo 30.
su art. 25.2 que "... [si] la Comisión desease
87.
introducir un caso ante la Corte [...] entregará Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
conjuntamente con su informe en veinte Cayara. Excepciones Preliminares, sentencia del
3 de febrero de 1993, párrafo 4. Caso El Excepciones Preliminares, Sentencia de 4 de
amparo, sentencia del 18 de enero de 1995, diciembre de 1991, párrafo 39 La Corte
parrafo7 y caso Caballero y Santana, sentencia consideró que el gobierno estaba obligado a
del 8 de diciembre de 1995 párrafo 8. Caso invocar de manera expresa y oportuna la regla
Genie Lacayo. Excepciones Preliminares, de no agotamiento de los recursos internos para
Sentencia de 27 de enero de 1995, párrafo 4. oponerse validamente a la admisibilidad de la
denuncia ante la Comisión interamericana.
88.
Reglamento de la Corte Interamericana de
96.
Derechos Humanos, aprobada en su XLIX Caso Castillo Páez, Excepciones Preliminares.
periodo ordinario Capítulo II Procedimiento Sentencia de 30 de enero de 1996. Serie C, n.
Escrito. Art. 33, Escrito de Demanda. 24, párrafo 40; Caso Loayza Tamayo,
Excepciones Preliminares. Sentencia de 31 de
89.
Convención Americana sobre Derechos Humanos enero de 1996. Serie C, n. 25, párrafo 40.
Parte II.- Medios de la protección. Capítulo 8.
97.
La Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso Castillo Páez, Excepciones Preliminares.
Sección 1.Organización. Art. 57. Ibíd., párrafo 40; Caso Loayza Tamayo,
Excepciones Preliminares. Ibíd. , Párr. 40; Caso
90.
En el caso Benavides Cevallos, el Estado Castillo Petruzzi, Excepciones Preliminares.
demandado solicitó una prorroga para Sentencia de 4 de septiembre de 1998. Serie C,
interponer las excepciones preliminares, ya que n. 41, párrafo 56.
inicialmente la demanda le había sido notificada
98.
en ingles. Caso Castillo Páez, Excepciones Preliminares.
Ibíd., párrafo 40; Caso Loayza Tamayo,
91.
Cfr. Corte Interamericana de Derechos Humanos, Excepciones Preliminares. Ibíd., párrafo 40;
Caso Villagrán Morales y otros, Excepciones Caso Cantoral Benavides, Excepciones
preliminares, sentencia del 11 de septiembre de Preliminares. Sentencia de 3 de septiembre de
1997, párrafo 6 y 7. 1998. Serie C, n. 40, párrafo 31; Caso Durand y
Ugarte, Excepciones Preliminares. Sentencia de
92. En los casos Loayza Tamayo contra Perú,, 28 de mayo de 1999. Serie C, n. 50, párrafo 33.
Castillo Páez contra Perú y Paniagua Morales y
99.
otros contra Guatemala, los Estados Caso la Comunidad Mayagna (sumo) Awas
demandados solicitaron que la Corte Tingni. excepciones preliminares sentencia de 1
suspendiera el procedimiento sobre el fondo de febrero de 2000.
hasta que fueran resueltas las excepciones
100.
opuestas, sin embargo la Corte declaró Reglamento de la Corte Interamericana de
improcedentes dichas solicitudes debido a que Derechos Humanos Capitulo II Procedimiento
ellas no respondían a una “situación escrito.
excepcional” y a que no se presentaron
101.
argumentos que lo justificaran. Cfr. Ibíd. Capitulo II Procedimiento escrito. Art.
37.1 Contestación de la Demanda.
93.
Reglamento de la Corte Interamericana de
102.
Derechos Humanos, aprobada en su XLIX Cfr. Ibíd.. Capitulo II Procedimiento escrito. Art.
periodo ordinario Capitulo II Procedimiento 37 Contestación de la Demanda.
Escrito. Art. 36 Excepciones preliminares.
103.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
94.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso Caso Genie Lacayo. Excepciones Preliminares,
Velásquez Rodríguez, Excepciones Sentencia de 27 de enero de 1995, párrafo 5.
Preliminares, Sentencia del 26 de junio de 1987, También ver caso Caballero Delgado y Santana,
párrafo 95. Excepciones Preliminares. Sentencia de 21 de
enero de 1994, párrafo 5.
95.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso
104.
Castillo Páez, Excepciones Preliminares, Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Sentencia del 30 de enero de 1996, párrafo 45 y Caso La Última Tentación de Cristo, Sentencia
Caso Loayza Tamayo, Excepciones de 5 de febrero de 2001, párrafos 24, 30 43.
105.
Preliminares, Sentencia del 31 de enero de Corte Interamericana de Derechos Humanos.
1996, párrafo 41. Caso Gangaram Panday, Caso Velásquez Rodríguez, Excepciones
Preliminares, Sentencia del 26 de junio de 1987, petición presentada ante la CIDH por el
párrafo 6. Caso Aloeboetoe y Otros, Defensor del Pueblo argentino, quien gestionó
Excepciones Preliminares, Sentencia de 4 de en nombre de un número alto y tal vez
diciembre de 1991.Caso Gangaram Panday, indeterminado de afectados, a título de parens
Excepciones Preliminares, Sentencia de 4 de patriæ, o bien ejerciendo una especie de class
diciembre de 1991.párrafo 5. Caso Neira actino y el amicus curiae presentado por el
Alegría y Otros. Excepciones Preliminares, Defensor del Pueblo de Perú, acerca de dos
Sentencia de 11 de diciembre de 1991, párrafo casos referentes al despido de empleados del
5. Congreso peruano (casos 11.830 y
12.038informe CIDH, 2000). Por su parte el
106.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Defensor del Pueblo de Colombia hizo una
Caso Caballero Delgado y Santana, presentación ante el pleno de la CIDH sobre los
Excepciones Preliminares, Sentencia de 21 de progresos que viene logrando la institución del
enero de 1994, párrafo 5. defensor del pueblo en los países de América
Latina y también, sobre la situación de los
107.
Reglamento de la Corte Interamericana de derechos humanos de ese país.
Derechos Humanos. Capítulo II, Procedimiento
115.
Escrito. Art. 38. Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Caso Bámaca Velásquez, Sentencia de 25 de
108.
Cfr. Ibíd. Titulo II del Proceso Capítulo I Reglas noviembre de 2000, párrafo 93.
Generales 26.
116.
OEA/A.G., resolución AG/RES. 1701 de 2000.
109.
Cfr. Ibíd.. Título II Del Proceso. Capítulo III
117.
Procedimiento oral. Arts. 39 a 42. Reglamento de la Corte Interamericana de
Derechos Humanos Arts. 23; 35.4 y 43.
110.
Cfr. Ibíd.. Título II Del Proceso. Capítulo I Reglas
118.
Generales. Art. 23 y Capitulo III Procedimiento Corte Interamericana de Derechos Humanos.
oral. Art. 40. Caso Ivcher Bronstein, Sentencia de 5 de
febrero de 2001, párrafos 67 y 68.
111.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
119.
Caso Velásquez Rodríguez, Sentencia del 29 de Corte Interamericana de Derechos Humanos.
julio de 1988, párrafo 130; Corte Interamericana Caso Fairén Garbi y Solís Corrales, Sentencia
de Derechos Humanos. Caso Fairén Garbi y del 15 de marzo de 1989, párrafo 30.
Solís Corrales, Sentencia del 15 de marzo de
120.
1989, párrafo 133. Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Caso Velásquez Rodríguez, Sentencia del 29 de
112.
El nuevo reglamento de la Corte, en su art. 43, julio de 1988, párrafos 31, 32 y 33.
señala que las pruebas deben ser ofrecidas entre
121.
otros, en el escrito de contestación de la Corte Interamericana de Derechos Humanos.
demanda y en el escrito de excepciones Caso Caballero Delgado y Santana, Sentencia
preliminares, lo cual es contradictorio con el art. del 8 de diciembre de 1995, párrafo 16 Corte
36 que establece que las excepciones Interamericana de Derechos Humanos Caso
preliminares solo podrán ser opuestas en el Castillo Petruzzi y otros contra Perú,
escrito de contestación de la demanda, puesto Excepciones preliminares, sentencia de 4 de
que el artículo estaría admitiendo que las septiembre de 1998, párrafo 68.
excepciones preliminares podrían plantearse en
122.
una etapa procesal diferente a la de la Corte Interamericana de Derechos Humanos.
contestación de la demanda. Caso Bámaca Velásquez, Sentencia de 25 de
noviembre de 2000, párrafo 44.
113.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
123.
Caso Ivcher Bronstein, Sentencia de 5 de Corte Interamericana de Derechos Humanos.
febrero de 2001, párrafo 71. Caso Caballero Delgado y Santana, resolución
de la Corte Interamericana de Derechos
114.
Las Defensorías del Pueblo de la región, tampoco Humanos del 25 de enero de 1995, párrafos 4 de
han hecho el uso que deberían del sistema la parte considerativa, y 1 de la parte
interamericano. Como antecedentes tenemos la dispositiva.
es su contenido, no puede ser admitido por no
124.
Reglamento de la Corte Interamericana de haber cumplido sus requisitos de validez como
Derechos Humanos Título II. Del Proceso. son la comparecencia del testigo ante el
Capítulo IV. De la Prueba. Art. 48. – Tribunal, su identificación, juramentación,
Objeciones contra testigos. control por parte del Estado y posibilidad de
interrogatorio por parte del juez.
125.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
136.
Caso Gangaram Panday. Sentencia de 21 de Corte Interamericana de Derechos Humanos.
enero de 1994, párrafo 53. Caso Fairén Garbi y Solís Corrales. Sentencia
del 15 de, abril de 1989, párrafo 30.
126.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
13 .
Caso Fairén Garbi y Solís Corrales, Sentencia 7 Cfr. Ibíd.
del 15 de marzo de 1989, párrafo 30.
138.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
127.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso Caballero Delgado y Santana. Sentencia
Caso Gangaram Panday. Sentencia de 21 de del 8 de diciembre de 1995, párrafo 14.
enero de 1994, párrafos 53 y 54.
139.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
128.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso Gangaram Panday. Sentencia del 21 de
Caso Velásquez Rodríguez, Indemnización enero de 1994, párrafo 29.
compensatoria. Sentencia de 21 de julio de
140.
1989, párrafos 12 y 51. Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Caso Castillo Petruzzi y otros. Excepciones
129.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Preliminares, sentencia de l4 de septiembre de
Caso Neira Alegría y Otros. Sentencia del 19 de 1998, párrafo 41.
enero de 1995, párrafo 71.
141.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
130.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso La Ultima Tentación de Cristo, sentencias
Caso Aloeboetoe y otros, Reparaciones (Art. del 5 de febrero de 2001, párrafo 70.
63.1 Convención Americana sobre Derechos
142.
Humanos, párrafo 39. Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Caso Bámaca Velásquez, Sentencia de 25 de
131.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. noviembre de 2000, párrafo 109
Caso Bámaca Velásquez, Sentencia de 25 de
143.
noviembre de 2000, párrafo 93. Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Caso Genie Lacayo. Resolución de la Corte
132.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Interamericana de Derechos Humanos, 28 de
Caso La Última Tentación de Cristo, Sentencia noviembre de 1995.
de 5 de febrero de 2001, párrafo 45.
144.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
133.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Caso Velásquez Rodríguez, Sentencia del 29 de
Caso Gangaram Panday, Sentencia de 21 de julio de 1988, párrafo 137.
enero de 1994, párrafo 30.
145.
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
134.
Reglamento de la Corte Interamericana de Caso Gangaram Panday. Sentencia de 21 de
Derechos Humanos. Título II. Del Proceso. enero de 1994, párrafo 50.
Capítulo IV De la Prueba. Art. 49. – Recusación
146.
de peritos. Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Caso Caballero Delgado y Santana. Sentencia
13 .
5 Corte Interamericana de Derechos Humanos. del 8 de diciembre de 1995, párrafo 53.
Caso Bámaca Velásquez, Sentencia de 25 de
147.
noviembre de 2000, párrafo 103. En este caso, Convención Americana sobre Derechos
la Corte consideró que la videocinta que Humanos. Parte II.- Medios de la protección.
contenía el testimonio de un testigo, aportada Capítulo 8. La Corte Interamericana de
por la Comisión como prueba documental, Derechos Humanos. Sección 3. Procedimiento.
carecía de valor autónomo, y el testimonio, que Art. 67.
Trujillo Oroza sentencia del 26 de enero de
148.
Reglamento de la Corte Interamericana de 2000.
Derechos Humanos. Título II. Del Proceso.
152.
Capítulo VI De las sentencias. Art. 55 Convención Americana sobre Derechos Humanos.
Contenido de las sentencias. Parte II. Medios de la Protección. Capítulo 8. La
Corte Interamericana de Derechos Humanos.
149.
Reglamento de la Corte Interamericana de Sección 2.Competencia y funciones. Art. 63.
Derechos Humanos. Título II. Del Proceso.
153.
Capítulo VI De las Sentencias. Art. 55. Convenio de sede entre el gobierno de Costa Rica
Contenido de las Sentencias. y la Corte Interamericana de Derechos
Humanos, suscrito en San José de Costa Rica el
150.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. 10 de septiembre de 1981.
Caso El Amparo. Reparaciones Sentencia del 14
154.
de septiembre de 1996, párrafo 13 Colombia. Ley 288 del 5 de julio de 1996
151. 155.
Corte Interamericana de Derechos Humanos. Para un análisis comparativo con el sistema
Caso Aloeboetoe y otros, sentencia del 4 de europeo consultar: Carrillo Salcedo J.A. España
diciembre de 1991 párrafo inicial de la parte y la protección de los derechos humanos y del
resolutiva; Caso El Amparo. Sentencia del 18 de Tribunal Constitucional Español. Archiv des
enero de 1995 parte dispositiva y Caso Garrido Voolkerrechts, 1994. También : Tribunal
y Baigorria, sentencia del 2 de febrero de 1996, Europeo de Derechos Humanos. Caso Ruiz
párrafos 1 y 2 de la parte dispositiva; Caso Mateos. Sentencia del 23 de junio de 1993 y
Caso Barbera, Messegue y Jabardo
XI
DECONSTRUCTING HUMAN RIGHTS: A
STANDPOINT FROM THE POSTMODERN
UNDERSTANDING OF JUSTICE
During the last third of the century a special law as a whole, has permitted their
preoccupation has arosen within the academic instrumentalization. Thus, paradoxically, a strategy to
reflection as the consequence of the lost of trust on reinterpret those rights implies to take out their
the modern explanations of the world. In such a «aura» in order to render them effective. How can it
situation, the question has lead to the thematization of be possible?. As I will try to argue, the analysis leads
the problems emerged from the «new international to focus on process which are related with the
order» by facing them in between the trends which interaction between the «local», the «regional» and
have been shaping the actual condition. the «global», and later with the definition of the post-
modern as its condition of possibility, as the very
From the sociology of human rights, this scene of this interactions; thus to begin by
preoccupation could imply a questioning about the questioning how global the so called global concern
forms and consequences that human rights assume really is, or even better, as Mushkoji has pointed out,
underneath this context, as well as the changes that "who acts on whose behalf in guaranteeing the
this could provoke in the societies of the end of the survival, development and welfare of which human
millennium. On the one hand, the appearance of community?1 is not only preferable; rather an
phenomena strictly related with the excursus to the topics related with postmodernity and
internationalisation of the free market economy has globalization is required. After all this is an attempt
set forth new answers aimed to the projection of new to build a theoretical framework where to locate the
scenes of order. Thus, the traditional categories of effective struggle for human rights.
law, within which human rights have been moving,
are put into question. Even if law has been ever
considered in connection with society, it has been
I. Globalization or
seen as a representation of the social practices, but, Westernization?
how to represent a representation?. Law is a practice
in itself, and it cannot be detached from the social During the last decade, the discussion about
processes. In this context, the «juridification of globalization has represented a troubled terrain.
society» (as a part of the colonisation of the Globalization is a very seductive word, and in a way,
lebenswelt described by Habermas) has to be it could illustrate the anxiety for the becoming of a
reinterpreted in relation with the related process of new era towards the consolidation of genuine
«socialisation of justice». Both, enlighten a space interests in a world-wide scale. In fact, many
where the boundaries among law and society are attempts to theorise about globalization have tried to
blurred, giving birth to the emergence of «third underpin the idea of a structural contingency, of a
cultures» or overlapped spaces where trivialization global complexity where economics, politics and
and vulgarization of law take place. culture play an intertwined role.
From this point of view postmodernity As Sousa Santos explains, twenty years
becomes a meta-narrative; it calls for a challenging later, the results of such movements towards
position, but not from an ingenuity standpoint. informailsm had finished by showing that:
Otherwise, it seeks to face reality by de-constructing
its narratives. Invece di una mediazione, di cui il progetto
della modernità si è sempre mostrato carente, è
Traditionally, the modern western thought venuta a manifestarsi una progressiva
demanded a linear way of thinking and approssimazione fra i poli delle dicotomie, a tal punto
problematizing things constructed upon dichotomies che ciascun polo tende a trasformarsi nella copia del
which expressed bipolar tensions: culture/nature, polo cui si oppone. In questa dimensione, le
subject/object, society/individual, state/civil society, dicotomie che soggiacciono al progetto della
public/private, and so on. The absence of mediation modernità tendono a sciogliersi e i movimenti di
among this poles expresses itself in a sort of pendular oscillazione fra i suoi poli sono più apparenti che
movements which come and go from one to another reali26.
pole of the dichotomy giving the sensation of What can be followed from aforesaid is that
revolutionary shifts. As Santos points out, at the both, the categories expressed by each pole and the
bottom of this dichotomies the image of such a dichotomies created among them, were reifications of
pendular movement is drawn by the polar distinction the issues they are trying to refer, stories utilised to
between self-referential conceptual constructions and describe processes that, however, transcend them.
disorganised empirical contents, i.e. between Generally speaking such stories have been
formality and informality23. In the linear history of constructed upon some topoi which make of the
modernity this imagery has shown the transfer from stories pretended discourses of truth. The conclusion
formal to informal by means of desestructuration. to which Sousa arrives, stresses the fact that these
Actually, at least from the second half of the last stories are actually relativized, that is that behind the
century, history is witnessing a reaction against the constructions of the dichotomies there is a space
formalist wave of the nineteen century (statalisation, where the material expressions of that categories
juridification, professionalization), towards the pole appear overlapped one in another showing other
of informalism in several fields of the human action spaces, or orders where «codes are mixed» in such a
(decentralisation, deinstituinalisation, delegalisation, way than whether formal or informal become non-
deprofesionalisation), which presents itself as a sence in themselves, spatial notions where they co-
contesting movement against the narrowness and exist displaying intersections, or what has been called
incapacity of the formality to face the challenges of a «third cultures». From this point of view, modernity
changing society. Informalism's defenders sought to is better understood as a set of discourses aimed to
find a way to escape from the formal discourses of cover such spaces as a way to map reality from a
modernity (from state, from law, from science) rational bidimensional standpoint.
holding a banner of liberation; as Cohen said, it can
be framed as reflex of the wishes of the sixties'
generation: "small is beautiful, human beings are not
and between nations to a hitherto unprecedented
2.1. A post-modern map of degree30;
Globality • «Technoscapes» are the global configuration,
also ever fluid, of technology, and of the fact
Whereas the modern map was built that technology (...) now moves at high speeds
throughout those linear binary codes, the post- across various kinds of previously impervious
modern attitude seeks otherwise to map reality by boundaries31;
rendering visible the matrix which is subjacent to the • «Finanscapes» mean the landscape where the
modern narrative. To map from the post-modern disposition of global capital is now a more
implies to scale, to project and to symbolise27 from an mysterious, rapid and difficult to follow than
interdependent standpoint, i.e. to re-signify the ever before32;
meaning of reality by relativizing the modern • «Mediascapes» appeal to the distribution of
discourses in order to render them nothing but stories. electronic capabilities to produce and
Scale is expected to show the different levels of disseminate information (...) which provides
reality (local, regional, global), projection must show large and complex repertories of images,
the intersections among such levels (local globalisms, narratives and «ethnoscapes» to viewers
global localisms) and symbolisation should permit to throughout the world33; and,
restore the continuity between reality and its • «Ideoscapes» are concatenations of images(...)
discourses by means of figurative and emotive signs but directly political and frequently have to do
(loyalty, co-operation, concertation) rather than the with the ideologies of states and the counter-
discontinuity which the divorce between the reality ideologies of movements explicitly oriented to
and its representation with conventional cognitive capturing state power or a piece of it34.
signs produce. In this way, reality is not confused
with the discourses. According to Apardurai, this landscapes are
completely intertwined, and the current facts occur in
In this sense, maybe the most interesting and through the growing disjunctures between all
attempts to map the «global mess» has been done by these scenarios. By taking in account this landscapes,
Arjun Apardurai28 who has tried to elaborate a map another conceptualisation of reality can be attempted,
of the current era by describing it as a «complex, because any phenomenon could be located in
overlapping, disjunctive order» which is pointed out between them: the combination of scalar, projective
in between five dimensions: etnoscapes, and symbolisation dimensions permit to construct the
mediascapes, technoscapes, finanscapes and phenomenon as unique and unrepetible and at the
ideoscapes. In his words: same time as changing and relative. I will come back
to this later. At this moment I just want to stress the
...the common suffix escape(...) indicate(s) possibility to deconstruct the absoluteness of the
first of all that these are not objectively given modern discourses by appealing to this model, and
relations which look the same from every angle of the opportunity to re-build the social practices,
vision, but rather that there are deeply perspectival instead of creating them from above, by departing by
constructs, inflected very much by the historical, taking in account this scenarios, since the fact that
linguistic and political situatedness of different sort they render possible a new set of the possibilities to
of actors: nationstates, multinationals, diasporic act in between the disjunctures of this landscapes. As
communities, as well as subnational groupings and Apardurai points out:
movements (whether religious, political or
economic), and even intimate face to face groups, The critical point is that both sides of the
such as villages, neighbourhoods and families. coin of global cultural process today are products of
Indeed, the individual actor is the last locus of this the infinitely varied mutual contest of sameness and
perspectival set of landscapes (...which...) are the difference on a stage characterised by radical
building blocks of (...) «imagined worlds», that is, the disjunctures between different sorts of global flows
multiple worlds which are constituted by the and the uncertain landscapes created in and trough
historically situated imaginations of persons and these disjunctures35.
groups spread around the globe29.
Briefly,
3. absolute Postmodernity, Law
• «Ethnoscapes» refer to the moving groups and and Human Rights: How to
persons which appear to affect the politics of
Represent the Representation
One of the main characteristics of the a) the studies on the role of law in postcolonial
modern discourse regards with the fact that reality is societies showed in what extent lay people have
seek to be deciphered trough representations. In this had their private own understanding of law, as
sense, every attempt to construct a code to understand well as the way in which several levels and
such a representation become a representation of the generations of norms live together in between
representation. Formally token every representation mixed and overlapped codes. Aside to official
is nothing but a meta-language of the represented. law, the co-existence of other kind of norms
But, certainly, as it was well conceived since the which run from what has been called intuitive
nineteen century by Pearce, and later by Roussell and law to a sort of «hidden rules», lead to the
Wittgenstein, this never ending recourse to relativization of the idea of a state monopoly of
representation leads inevitably to an apory where legality. Instead of that, the recognition of a
meta-languages are required to be constructed ad multiplicity of different legal orders revealed
infinitum. In regarding to what here concerns, either the presence of phenomena of legal pluralism,
law and human rights have been at the same time legal plurality and interlegality. The picture
represented and considered as representation of offered in those postcolonial scenes was soon
reality. But, isn’t in this sense, that any recourse to a verified even in the so called Rechstaat, where
broader comprehension of law or human rights -as in positive law plays just a role in between other
the case of the sociology of law and human rights- forms of governmentality schemes38. Thus,
must face, as Resta36 has expressed, the risk to community, local, regional, national and
become a representation of the representation? To international rules, whether legitim or not (scale
this question there could be drawn two simple dimension) overlaps among themselves in
possibilities: yes, if the starting point departs from the between egocentric -based in consensus- and
need to theorise about law and reality; no, if law, and geocentric models -based in conflict- (projective
then human rights, are understood themselves as dimension) symbolised sometimes as
reality. Whether a post-modern understanding of law instrumental legality -discontinuous ritualised
and human rights is possible, to understood them as moments symbolised by conventional, cognitive
the reality is possible too: paraphrasing Resta, law signs-, and some other times as imagetic
and human rights are what they are. legality -restored continuity of the social-
juridical reality, by means of figurative emotive
signs- (symbolic dimension)39.
3.1. The post-modern and the
law b) specially in the more advanced countries, this
Beside science and art, law has been, recognition has fostered the arising of new legal
undoubtedly, one of the great stories of modernity. topics, new jurisdictional areas, and
Certainly it was tough “...as the guardian of the consequently, new conflict arenas. In fact this
boundaries between the state and the citizen and of shows the increasing complexity of the legal
the boundaries between individuals, both sets of realm40. In fact, even positive law becomes
boundaries being marked by legal rights”37. more and more "...explicit liquid, ephemeral,
Nevertheless, whether the categories of state, ever negotiable and re-negotiable, disposable".
individual and citizen become relative from a post- Instead of what the absolute universal narrative
modern perspective, the privileged role of law falls of the modern legal discourse pretended of law,
down in the vacuum. And this is not just an this «contextual legality» is created and finely
intellectual assumption. Furthermore, the distance tuned to the momentary interests of the parts
between law and reality has been advertised at least involved in a given conflict and to the power
since the time of the Legal Realism. relations among them. In a few words, this has
lead to the recognition that there is a surplus of
In the realm of modern law, the legal knowledge and, consequently, to the
impossibility to sustain neither a pure theory of law trivialization of law -that is to say, to the
nor a formalist legal practice slowly discovered a vulgarization of the legal discourse.
particular sociolegal context hidden by «the model of
rules», where freedom, de-regulation, What is really interesting to note is that this
contractualization and conventionality appeared as a doesn’t denies the fact that, formally token, modern
quotidian matter. In fact, such a context has shown positivistic paradigm of law still governing social
-and also provoked- different attitudes towards law relations, but it stresses as a matter of fact that other
and norms, from scholars or from lay people either: forms of legality coexist within it, and that the more
terrain is gained by the recognition of alternative untouchable truth which however creates oriented
legalities, the more corroded become the symbolic attitudes. In order to analyse them, I will try to depart
stance of the modern one; desirably in this process, from identifying such topoi or common places with
the first should increasingly force the later to descend the ideals of the French Revolution since the fact than
into the materiality of the hic et nunc in order to Fraternitè, Egalitè and Libertè still be considered as
provoke that the positivistic legal discourse doesn’t leading values in regarding to the struggles pro
remain static and ignored, but becomes really human rights. Then I will try to relate the topos to the
effective, even if this mean to be devaluated as a pure dichotomies that they have created and with the
normative reference. In this sense to take the risk of rational principles which support them, as well as to
the trivialization of law could signify the possibility draw the attitude from this topos derived:
of a new way to appeal for justice.
a) Fraternitè. Fraternity enclose a call to find the
unity on diversity. On the top of such topos the
3.2. Deconstructing Human human becomes the core value. Here,
humankind is conceived as an absolute issue in
Rights such a way that everything which is considered
human becomes untouchable (human beings of
Within the described context human rights course, but also art, knowledge, technology).
are inevitable concerned. Even if modest, in the early But whereas unity and humanity are enabled as
modern discourse they certainly wore a paramount leading values, plurality and dishumanity are
investiture, but perspectivaly, and probably in a created as their opposite poles. Consequently
grater scale than the law, nowadays human rights are the dichotomies between human vs. dishuman
in the way to be constructed as the most important and unity vs. plurality arise. In front of the
narrative of the latest stage of modernity. On the alternative, modernity privileged humanity and
opposite of what a traditional theoretician could unity. On the one hand, modernity set all the
think, is this what must be avoided, since the fact that human matters as a central part of all the
the sacralization of rights will imply, as one can learn discourses, but at the same time it also true that
from the history law, their stagnation. This it reduced human beings to a
assumption implies a very interesting challenge white-western-male model. In such a
which should try to dissolve theory in practice, this is perspective everything which is not conceived
to say, to deconstruct human rights discourse in its according to that model is risked to be
very reality. In other words, it means a resignification considered as inhuman. Thus, some ancient
of the notion of «rights» to render it central, not in practices as well as traditions of non western
the discourse (or not only in the discourse) as it has societies appears as inhuman at the first sight
been pretended, but rather in «action». because they become unjustified from the
western standpoint. In fact, the narrative on
In fact, different from law, probably one of human rights frequently forgets that “chaque
the central features in regarding human rights is that, culture a sa prope vision du sens qu’il convient
whatever they are, there is a pragmatical recognition de donner a l’existance du monde et de
of their necessity. But this could be double-edged l’homme...42, and therefore that enable one and
knife, because that privileged position has been the unique discourse on what the human rights
condition of possibility of their instrumentalization. must be becomes an imposition. Aside to this
At the same time however, that pragmatical consideration, on the other hand, the call for
recognition appears as a disjuncture on the human unity appears in despite of the difference, and is
rights discourse. By using Apardurai’s41landscapes, supported by the idea that the late must
human rights appear, in between of the actual surrender to the first. In this case the discourse
condition, as a consustantial part of what he has seems to be aimed to reduce the cultural
called «ideoscapes» at the place of one of the highest plurality in a formal discourse of unity.
values of the humankind. From there, the discourse is
projected to the other landscapes with the shape of a Underneath both dichotomies the rational
human global concern. As well as the other modern principle which is working is that of “certitude”
narratives the spread of human rights discourse is which gives to the discourse the image of
supported upon certain dogmatic assumptions untouchable truths (nobody could openly accept
conceived as shared fundamental issues which rest on to be against humanity, as well as almost
certain dichotomies related with fundamental values. everybody should agree in the idea that if
Each one of this assumptions is considered as an plurality is permitted to be submitted in a
broader appeal to unity). In a way, by means of that must be reached. In this sense they are
certitude, if humanity and unity can be moral understood as non fulfilled promises and that’s
and ethically supported then they are the right why the rational principle behind them is
choice. “probability”. Even if they are not truth, they are
possible. Thus, the discourse is oriented towards
As a direct consequence this dichotomies universalism and equality of man, but as far as it
have shaped an attitude that assumes the form of still considering the western model the attitude
anthropocentrism. In this sense, human as a here involved leads to ethnocentrism: western is
united group of wills and necessities is located universal and sameness is equal.
at the top of all interest, no matter how far this
interest could go even in regards with the c) Libertè. Libertè is a call for freedom. Originally
destruction of what is not human (this is the it was conceived as freedom against the authority
case of environment, for instance). of the state, as a limit of the realm of state.
Nevertheless, slowly this call for freedom
b) Egalitè. Closely related to the discourse on becomes institutionalised by means of law,
humanity and unity but in another level, the call specially through the juridification of the
for equality has lead towards universalisity and everyday life. In this perspective the opposition
both equality and universalism have drown also between state and what has been called civil
another dichotomies: equality versus difference society has grown.
and universality versus particularity.
In regards to universalism/particularism
modernity has set forth that the discourse about
human rights must rest on a universal view and
as we have seen, the efforts to render human
rights universal has been a central issue since Modernity privileged state and institutions, and
the post-war. But here again history has shown in this sense, a legitimate call for human rights
how universalism could enclose the seeds of should be made throughout those institutions:
colonialism. As Rouland says: human rights courts and commissions, law,
l’universalim et les droits humaines ont international instruments. Since this fact, human
souvent servi de prétexte à l’application de la loi rights became institutionalised to the point that
du plus fort. La colonisation s’est nottament they are valid just if they are part of the positive
basée sur la nécessité de mettre fin à des law, and that they are defensible to the point
pratiques “inhumaines”43. that it is possible to do it by means of
governmental institutions. The rational value
As well as in the case of the search for a involved, thus, is “trust” and it is related with
global culture, the call for universalism means the idea that institutions, better if democratic,
by definition the annihilation of the represents the right way to do the things in
particularism. But here again arises the fact that behalf of the common welfare. In this sense, the
some particular ideals are as valid as some of attitude involved lead to a egocentric attitude
the considered universal, and viceversa some which seeks to filtrate and reduce dissatisfaction
universal ideal become non-sense in a particular through institutionalisation.
context. At the same time, the idea of equality
which is still considered as one of the pursuable
goods of the human kind, crashes with the fact
that society and human relations are constructed
upon inequality: sexual, economical, political,
and culturally token. Individuals are different
among themselves and they express different
necessities as well. Even the situations on the
life of one individual are different according
with the context, the age or the condition of that
individual.
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Martin Press, Inc. 14. Ibid. 01 June, 1995.
2. See Rojas, F.. (1993) "América Latina, el Difícil 15. Probably one of the most interesting examples of
Camino de la Concertación y de la Integración". this phenomena can be observed in the actual
Nueva Sociedad, 125, p. 9. political realm in Italy, in regarding with the
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3. See, for instance, Friedman, J. (1990) Being in the Silvio Berlusconi and his role as a paramount
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17. As it is well known the attempt of integration
4. See Smith, A.. (1992) "National Identity and the goes from the harmonization and standarization of
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(1), pp. 55-76. elimination of inner boundaries to the search of an
«european identity».
5. See Appel, K-O.. (1994) “The Situation of
Humanity as an Ethical Problem”. Praxis 18. See Smith (1992). Op. cit..
international, 4 (250).
19. Robertson (1990). Op. cit..
6. See Martin, J & Romano, A.. (1992) Multinational
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The Face of Law. Michigan, U.S.A: University of
7. See Hannerz, U. (1991) Cosmopolitans and Locals Michigan Press.
in World Culture (in Featherstone, M.. Op. cit.)
and Foster, R.. (1991) Making National Cultures 21. See, for instance, Habermas, J. (1987) The
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Anthropology, 20, pp. 233-260. Lectures. Cambridge: MA-MIT Press; Lyotard, J.
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8. Mennell, from the conception of Norbert Elias; see Knowledge. Manchester: Penguin Books; Lash, S.
Mennell, S. (1990) The Globalization of Human (1987) Modernity or Modernism. Weber and
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Theory, in: Featherstone, M.. Op. cit.. Lash, S (eds.) Max Weber. Rationalism and
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9. See Tenbruck, F.H (1990) The Dream of a Secular
Ecumene: The Meaning and Limits of Policies of 22. Foucalut, M. (1986) What is Enlightment?, in
Development, in Featherstone, M.. Op. cit.. Rabinow, P.. (ed.) The Foucault Reader. New
York: Harmonsworth.
10. Robertson, R. (1991) Mapping the global
condition, in Featherstone, M.. Op. cit.. 23. Sousa Santos, B.. (1990) Stato e Diritto nella
Transizione Post-moderna. Per un Nuovo Senso
11. Robertson, R. (1987) "Globalization and societal Comune Giuridico. Sociologia del Diritto, n. 3, pp. 5-
modernization. A note on Japan and 34.
Japanese Religion", Sociological Analysis, 47, pp. 24. Cohen, S. (1985) Vission of Social Control.
35-43. Cambridge: Polity Press.
25. Abel, R.L. (1982) The Politics of Informal Sociology of Penal Control: A Historical View and
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York: Academic Press. Sociology of Law. Onati, September 27-28.
(Documents W2-21)
26. Sousa Santos (1990). Op. cit., p. 6.
37. Hunt, A.. (1990) The Big Fear: Law confronts
27. Sousa Santos, B. (1991) Una Cartografía Postmodernism. McGill Law Journal, 35 (3), pp.
Simbólica de las Representaciones Sociales. 507-540, p. 517.
Prolegómenos a una Concepción Posmoderna del
Derecho. Nueva Sociedad, 116, pp. 18-38. 38. As it can be traced back since the work of Michel
Foucault. See, e.g., the classic of Foucault (1957)
28. Apardurai, A.. (1990) Disjuncture and Difference Surveiller et Punir. Naissance de la Prison. Paris:
in the Global Cultural Economy, in Featherstone. Op. Gallimard, or the more recent (1991)
cit.. Governmentality, in Brurchel, G., Gordon, C. &
Miller, P, (eds.) The Foucault effect: Studies in
29. Ibid, pp. 296-297. Governmentality. London: Harvester Wheatsheaf.
31. Ibidem. 40. See, for instance, Desalay, Y. (1990) The Big
Bang and the Law: The Internationalization and
32. Ibid, p. 298. Restructuration of the Legal Field, in Featherstone.
Op. cit..
33. Ibidem.
41. Op. cit..
34. Ibid, p. 299.
42. Rouland, P.N. (1993) Les Fondments
35. Ibid, p. 308. Anthropologiques des Droits del’Homme
36. Cfr. Resta, E. (1990) “La Differenza Malata”.
Paper presented at the International Workshop on 43. Ibid. p. 8.
XII
SALUD REPRODUCTIVA, GÉNERO Y DERECHOS HUMANOS
MARÍA EUGENIA ESPINOSA MORA
Dentro de nuestro país estos instrumentos En nuestro país, hemos visto recientemente
pretenden plasmarse y oficializarse con la creación que es gracias a los movimientos sociales de mujeres,
del Programa Nacional de la Mujer 1995-2000 apoyados por organismos no gubernamentales, que el
Alianza para la Igualdad (PRONAM), y a nivel gobierno ha empezado a reconocer el derecho que las
institucional se consideran incluidos en el propio mujeres tienen a un desarrollo integral, en el que se
Programa de Salud Reproductiva y Planificación incluya como parte de su vida las relaciones
Familiar 1995-2000, que plantea la «diferente personales y los derechos sexuales.
valoración social de lo femenino y lo masculino(...)y
las inequidades sociales(...)que se traducen de No obstante lo anterior, la lucha por ejercer
diferentes maneras en la salud reproductiva de la los derechos sexuales y reproductivos tiene todavía
población con especiales desventajas para las muchas barreras sociales y culturales con las cuales
mujeres»; con ello, se reconoce la necesidad de romper, ya que la propia normatividad oficial y los
programas de salud pública siguen omitiendo, con producción social, como las relaciones que se
todo y que recuperan el discurso del enfoque de establecen entre los individuos y entre éstos y las
género, cuestiones básicas sobre la sexualidad de las instancias de gobierno para cumplir con las funciones
mujeres, la cual se menciona en diferentes textos de la reproducción social. «Los poderes públicos
como «el derecho a alcanzar el nivel más elevado de [establecen] una conexión entre población, trabajo y
bienestar sexual y reproductivo», 10 pero sin un riqueza. La estadística o ciencia del Estado se
referente concreto en la Norma Oficial, en donde se [esfuerza] en conocer las leyes de la población y sus
señale el significado que va a tener la salud sexual, y efectos, con el fin de controlarlas en función del buen
tampoco se dice cuáles serán los lineamientos que gobierno: [Estas son las razones y justificaciones
guiarán su cumplimiento. político-sociales por lo que se estudian] fenómenos
tales como el de la natalidad, la fecundidad, el
Por ejemplo, de ocho puntos que contempla número de hijos legítimos e ilegítimos(...)la
el capítulo cinco sobre Salud, derechos reproductivos frecuencia de las relaciones sexuales, las prácticas
y salud reproductiva del documento «Ejecución del contraceptivas...» [Hechos que se consideran]
Programa de Acción de la Conferencia Internacional «dispositivos de poder sobre el cuerpo de la mujer:
sobre la Población y el Desarrollo», del Consejo histerización del cuerpo de la mujer (saber médico-
Nacional de Población (CONAPO), sólo dentro del psiquiátrico), socialización de conductas
punto III de Planificación Familiar, en el inciso 6, se procreadoras; psiquiatrización del «placer perverso»,
habla de la «participación del varón» pero sólo en [etc., pero una lectura política e ideológica no puede
relación con la corresponsabilidad respecto a los dejar de lado que] «estas estrategias más que reprimir
métodos de anticoncepción o toma de decisiones a la sexualidad la producen». 12
reproductivas: «La ampliación de la información y
oferta de métodos anticonceptivos para el varón, Cuando el sexo se convierte en cuestión de
particularmente del preservativo o condón, como salud pública, pasa del espacio privado al espacio
método temporal de regulación de la fecundidad y de público, se transforma en una cuestión política. Para
prevención de enfermedades de transmisión sexual, y cumplir con esta finalidad se utiliza entre otras
de la vasectomía sin bisturí como un método disciplinas a la medicina, a la pedagogía y a la
anticonceptivo permanente».11 Siendo que hace falta economía. Particularmente, el saber/poder del médico
crear toda una cultura que atraviese el entorno social, se ha ido apropiando del derecho de las mujeres sobre
que gradualmente vaya incluyendo en la práctica su sexualidad, a este hecho se le ha denominado la
cotidiana de los hombres, y en su relación con las medicalización el cuerpo, de la vida y del deseo. «El
mujeres, una concepción distinta del cuerpo saber-poder médico se ha ido apropiando de cada
femenino, que le asigne un significado social nuevo derecho obtenido por la mujer en lo que atañe
diferente a una de sus funciones biológicas, la de a su sexualidad y a su capacidad reproductiva y en la
reproducción/procreación. Es necesario que los actualidad, controla tanto el aborto como la mayoría
hombres entiendan que es a través de modificar sus de los métodos anticonceptivos».13
formas de relación con las mujeres como podrán Lo anterior nos introduce en la relación y
transformar diversos tipos de relaciones enajenantes forma de control de la sexualidad y del trabajo de las
que también los afectan a ellos. mujeres con la finalidad, como hemos visto a lo largo
2.1 - Políticas de población y de salud de la historia, de que se dedicaran de tiempo
completo a las tareas reproductivas y domésticas,
A partir de las políticas sociales de esto a la luz de los derechos humanos, se traduce en
población, de salud reproductiva y de planificación una limitación a sus derechos a la libertad y a la
familiar, se organizan las prácticas sexuales de las integridad.
personas, se refuerzan los usos y las costumbres
relacionadas con la sexualidad, en fin, se redefinen Aunada a la simbiosis del trabajo doméstico
socialmente los sexos; aspectos que constituyen los y la sexualidad, con referencia precisa a la
fundamentos que van a legitimar tanto la pasividad reproducción, se impuso la regulación de «las
sexual de las mujeres, como el dominio de su relaciones sexuales (...) a través del matrimonio y de
afectividad y que reducen su función sólo a la la monogamia...» .14 Graciela Hierro lo considera
reproducción, en la que no gozan de libertad sexual. como el fundamento de la moral sexual de Occidente
«este mandato se expresa afirmando que las
La manera en que a través de lo científico se relaciones sexuales deben ser exclusivamente
pretende legitimar el comportamiento social nos heterosexuales, y no debe realizarse ninguna
explica el sentido que en una sociedad concreta actividad sexual fuera de las uniones monogámicas
tienen tanto el sistema de dominación y de que buscan la finalidad de procrear (...) La norma
moral excluye la unión libre, las relaciones reproductivos, particularmente de las mujeres y las
homosexuales, el uso de anticonceptivos, el aborto niñas».17
voluntario y la inseminación artificial. La continencia
premarital se refuerza sólo para las mujeres Aunque los derechos reproductivos
«decentes» y la prostitución femenina (...) para las abarcan por igual a hombres y mujeres y debe haber
otras». 15 responsabilidades compartidas en materia de
fecundidad, el enfoque de género nos permite
El hogar se vuelve el espacio en el que se encontrar las situaciones o circunstancias que, con
ubican la sexualidad, la reproducción y la base en criterios, estereotipos y costumbres, hacen
maternidad, se le atribuyen diferentes significados que el personal de las instituciones de salud, la
sociales: de inclusión, intimidad y protección, familia o la pareja desvaloricen el cuerpo de la mujer,
utilizados para valorar o más bien desvalorizar las y más aún, que podamos identificar los hechos que
funciones femeninas, que mediante los procesos de afectan y que diferencian los padecimientos de
naturalización, son consideradas de manera hombres y de mujeres.
peyorativa como estados anímicos de las mujeres
durante determinado ciclo vital, y que han servido Desde la IV Conferencia Mundial sobre la
para reforzar su exclusión de los espacios públicos; Mujer (Beijing 1995) se consideró que «los actos de
construyendo así una justificación con razones no violencia contra la mujer también incluyen la
sociales sino físicas. esterilización forzada, el aborto forzado, la
utilización coercitiva o forzada de anticonceptivos
Por tal motivo, después de hacer una (...) y el infanticidio de niñas».18
reflexión crítica de esta justificación, nos «resulta
inaceptable, entonces, la afirmación de que la A partir del reconocimiento de que estas
maternidad humana se funda en la relación natural, violaciones a los derechos sexuales y reproductivos
biológica, de la madre con su hijo, en tanto la también constituyen hechos de violencia, es como se
paternidad es una función social construida por la ha podido reconceptualizar a la salud reproductiva; y
cultura».16 de ahí que surjan como propuestas de la IV
Conferencia Mundial sobre la Mujer (Beijing 1995)
nuevos valores en relación con la planificación
2.2 - Planificación familiar familiar para diseñar las políticas de población y
salud (información/consentimiento).
Las normas vigentes en cuanto a la
planificación familiar, existentes dentro del Tratando de explicarnos esta realidad y sin
ordenamiento jurídico mexicano, marcan los dejar de contrastar los derechos sexuales y
lineamientos para que «las políticas de población y reproductivos de las mujeres mexicanas en relación
los programas de planificación familiar [apoyen] los con sus condiciones de vida, hemos encontrado que
principios de elección voluntaria e informada y no persisten situaciones de maltrato y violencia que
impongan medidas coercitivas que violen los padece el género femenino en el acceso a los
derechos fundamentales, especialmente de las servicios de salud pública – entendidas por las
mujeres. mujeres como actos discriminatorios-; así como
violaciones a su integridad física; que sigue habiendo
A partir de un concepto integral se define un mortalidad materna por causa de malos tratos; que en
programa de acción que comprende «servicios en algunas ocasiones las acciones gubernamentales no
planificación familiar, salud sexual y reproductiva de respetan el derecho a la salud reproductiva y
los y las adolescentes, salud perinatal, incluyendo la particularmente, que muchas de las legislaciones
atención del parto, del puerperio y los cuidados del mexicanas todavía no han adoptado las convenciones
recién nacido, salud de la mujer, [abarcando el] internacionales aprobadas y ratificadas por México,
riesgo preconcepcional, detección oportuna y manejo como son la Convención sobre la Eliminación de
de los carcinomas cérvico uterino y mamario, Todas las Formas de Discriminación contra la Mujer
atención y manejo de la infertilidad, climaterio y y la Convención Interamericana para Prevenir,
menopausia, así como prevención y control de Sancionar y Erradicar la Violencia contra la Mujer, –
enfermedades de transmisión sexual incluido el Virus y por consecuencia, no se reconoce en la totalidad del
de la Inmunodeficiencia Humana (VIH/SIDA), en el país que los derechos reproductivos deben quedar
marco de una perspectiva de género, con la finalidad contemplados en el ámbito de los Derechos Humanos
de apoyar la defensa de los derechos sexuales y de las Mujeres, porque afectan la salud materna:
embarazo, parto, postparto y lactancia.
En la Coordinación del Programa sobre
Asuntos de la Mujer, la Niñez y la Familia de la Observemos algunos datos:
Comisión Nacional de los Derechos Humanos se han
recibido quejas sobre probables violaciones a los En cuanto al derecho a estar bien
derechos reproductivos de las mujeres que tienen que informadas, el 30% de las mujeres que sí conocen los
ver con negligencias médicas en la atención de métodos anticonceptivos o los utilizan, la decisión
enfermedades o en la práctica de pruebas propias de fue tomada en un gran porcentaje por el esposo.
las mujeres; muertes o lesiones provocadas a recién
nacidos; contracepción forzada; cesáreas mal «la Encuesta Nacional de Fecundidad
practicadas; lesiones causadas en la aplicación o menciona que un 25% de las mujeres no fueron
retiro de métodos de planificación familiar; legrados debidamente informadas sobre el procedimiento y un
legales mal practicados; embarazos no deseados a 10% informan no haber tomado la decisión por sí
pesar de la aplicación de métodos anticonceptivos; mismas». (UNIFEM 1994)
embarazos mal atendidos e histerctomías mal
practicadas. En las zonas rurales prevalece en mayor
medida la esterilización femenina, como método de
Otros factores que influyen en el anticoncepción, aunque cada vez se da más en las
comportamiento reproductivo de las mujeres, además mujeres que a mayor educación se vuelva más
de la desinformación y la carencia de recursos, son la frecuente su uso. Casi el 72% de las mujeres de 30
edad; el lugar de residencia; el nivel de educación y, años declara no desear tener más hijos y se eleva casi
por si fuera poco, podemos agregar las condiciones al doble la tasa global de fecundidad de las mujeres
de pobreza que afectan particularmente a las mujeres sin instrucción, que la de las que si recibieron
(feminización de la pobreza), sobre todo, a las instrucción.20
mujeres indígenas – las más pobres de entre las
pobres -, en ellas confluyen no sólo las formas de La Encuesta de 1995 realizada por el INEGI:
discriminación en razón de su género, sino la falta de en relación con el analfabetismo muestra que 8 de
educación, vivienda y alimentación. cada 100 son hombres y 13 de cada 100 mujeres.
A partir de una sociología de los géneros, Cuando una mujer se ha ido de copas con
podemos pensar en la construcción social de los un hombre y ha aceptado sus galanteos, el código
cuerpos sexuados, estudiar sus características y dicta la relación sexual; si la mujer no quiere, puede
multiplicidad de determinaciones, entender que la sobrevenir la violación, porque para ese hombre el
capacidad de los cuerpos y sus diferentes maneras de código era claro, tenían un solo significado, no
gozarlo, de producir el placer en otros cuerpos, importa que la mujer haya pensado en establecer
también son una construcción social. Lo que nos hace formas de comunicación diferentes, que no formen
pensar lo contrario son las formas en que se parte del discurso naturalizado, como por ejemplo,
organizan, clasifican y asignan valores, en que se su libertad para elegir con quién, cuándo y dónde
diseñan las normas, en que se prohiben ciertas sostener un intercambio sexual.45
conductas, y especialmente la forma en que se
reproducen tabúes que justifican la sumisión y la Todos estos hechos de violencia alteran en
exclusión de las mujeres. todos sentidos la vida de las mujeres y las niñas,
violan sus Derechos Humanos.
Desde el punto de vista sociológico también
se estudian las diferentes significaciones sociales del 3.1 ¿Vigencia sociológica de los Derechos Humanos?
hecho reproductivo y de la contracepción, en este
sentido adquieren relevancia las actitudes de rechazo Los Derechos Humanos tienen una
al control natal y al uso de anticonceptivos en existencia material, no basta con definirlos
relación con la libertad de decisión; así como la teóricamente, aunque alcanzan su expresión como
institucionalización de las políticas reproductivas formas de vida en las normas hay que mostrarlos en
como formas de regulación y organización de los la vida cotidiana.
comportamientos sexuales y reproductivos de la
población. La Comisión Mundial sobre la Salud de la
Mujer establecida en 1993, fijó los lineamientos
Esta visión de las cosas toma en sobre la «seguridad de la salud de la mujer», que
consideración que para alcanzar un desarrollo abarca todos los aspectos de los derechos básicos a la
humano digno se debe acceder al bienestar social y a salud: el derecho a la libertad de elección y a la
una calidad de vida en la que se puedan ejercer en seguridad personal; el derecho a una alimentación en
plenitud los derechos y potencialidades de mujeres y cantidad y calidad suficientes, el derecho a vivir y
trabajar en ambientes donde los riesgos manifiestos de tales derechos), por lo que no podemos hablar de
para la salud estén bajo control; y el derecho a tener un ámbito de igualdad y de la existencia de una
acceso a la educación, la información y una vivienda política integral de protección y defensa de sus
adecuada (...) Reafirmando la constitución de la Derechos Humanos.
organización Mundial de la Salud (OMS),cuyo texto
dice que el goce del grado máximo de salud que se El que existan quejas, como datos fácticos
pueda lograr es uno de los derechos fundamentales de de la realidad por la que atraviesa la salud de las
todo ser humano y que la salud de todos los pueblos mujeres, denunciando que persisten deficiencias
es una condición fundamental para lograr la paz y la legislativas (por ejemplo, no se reconoce en la Ley
seguridad«.46 del Instituto Mexicano del Seguro Social (IMSS) ni
del Instituto de Seguridad Social al Servicio de los
La forma de considerar la salud reproductiva Trabajadores del Estado (ISSSTE) el derecho de las
a la luz de los Derechos Humanos permite alcanzar la mujeres embarazadas a una nutrición adecuada
equidad entre los géneros y niveles de durante los periodos de gestación o lactancia;
corresponsabilidad en la toma de decisiones y en la tampoco se reconoce el derecho de las personas a
participación de las mujeres. decidir cuándo tener un hijo(a)- problemática vigente
acerca del aborto; no se ha legislado adecuadamente
Los derechos sexuales y reproductivos para responsabilizar penalmente a quienes realicen
posibilitan «el derecho humano de la mujer a tener esterilizaciones masivas), persisten prácticas
control respecto a su sexualidad (...) y a decidir libre administrativas discriminatorias, y servidores
y responsablemente respecto de esas cuestiones, sin públicos (prestadores de servicios de salud) que
verse sujeta a la discriminación y a la violencia». incurren en violaciones a esos derechos, por maltrato,
(Plataforma Beijing 95). negligencias médicas y por contracepción forzada, en
donde la atención hace distinciones entre mujeres y
Por tal motivo, entre las medidas que deben hombres no por especificidades biológicas sino por
tomar los gobiernos, la sociedad civil y el Sistema de cuestiones de género, se está manteniendo un estado
las Naciones Unidas en materia de salud están de salud precario y proporcionando una mala calidad
«erradicar todas las costumbres o prácticas en el servicio, en el que la mujer sólo importa en
tradicionales, en particular la mutilación genital tanto le brinden la atención gineco-obstétrica sin la
femenina, que son nocivas para la mujer y la niña o posibilidad de una atención integral que le permita
discriminación contra ellas, que constituyen una vida sana a partir del respeto de sus derechos
violaciones de los derechos humanos de la mujer y fundamentales, por eso decimos que sin un
son obstáculos al pleno disfrute por ella de los perspectiva diferente de la salud reproductiva, que
derechos y libertades fundamentales (...) y enjuiciar a parta de la óptica de las mujeres, no se podrá
los culpables de las prácticas nocivas para la salud de construir una salud sexual con base en la equidad de
la mujer y la niña».47 los géneros.
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13
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los Ámbitos de Justicia». Revista Mexicana de discriminando la diversidad como algo que lleva
Justicia, Nueva Época, n. 4, p.79. un signo de calidad negativo (...) es tácticamente
necesario que la mujer tome conciencia de sí, de
2. «La dificultad está entonces en el individualizar la la propia opresión y de la propia fuerza,
diversidad natural y en el reivindicar el valor de asumiendo un papel y un peso en la sociedad en la
esta diversidad, destruida por la desigualdad (...) que vive. De su propio cuerpo amputado,
la mujer – cuando impone el derecho a su propia manipulado, violado, las mujeres saben extraer la
voz que reclama un cuerpo social diverso (...) 11. Véase dicho documento editado por el Consejo
para luchar por la transformación del mundo la Nacional de Población (CONAPO).
mujer está obligada a pasar a través de la
transformación de sí misma y la del hombre». 12. Cit. Julia Varela (1993) «De las Reglas de
(Franca Basaglia. Op.cit.: 18.) Urbanidad a la Ritualización y Domesticación de
las Pulsiones», en Sabater, Fernando, coord.
3. Lineamientos para la Integración de la Perspectiva Filosofía y Sexualidad. México: Anagrama, pp.
de Género en los Organismos de la Federación 88 y 89.
Iberoamericana de Ombudsman. IIDH, Red de
Defensorías de las Mujeres, Comisión de la Unión 13. Tubert, Silvia, (1991) Mujeres sin Sombra.
Europea (mimeo). Maternidad y Tecnología. Madrid: Siglo XXI, p.
46.
4. «Es de hecho la diversidad natural convertida en
desigualdad social, lo que reúne a todas las 14. Varela, Julia. Op. cit., p. 85.
mujeres en una única categoría, cualquiera que
sea la clase a la que pertenezcan, porque la 15. Ponencia presentada en marzo de 1998 (mimeo),
inferioridad y la invalidación están ligadas al ser p. 10.
mujer y a su naturaleza». Franca Basaglia (1983)
Mujer, Locura y Sociedad. México:UAP, p.16. 16. Tubert, Silvia. Op. cit., pp. XIV, XVI y p. 51.
PAULO BONAVIDES
Mit Inkrafttreten der neuen Verfassung Der Aufstieg des militärischen Elements
vom 16. Juli 1934 wurde die dritte große zur Macht brachte die Uniform für eine Periode
konstitutionelle Epoche in Brasiliens Geschichte von über 20 Jahren ins Zentrum des Geschehens
eröffnet. Es war die Epoche der Krisen, und der Macht, genau besehen bis hin zum 5.
Staatsstreiche, Aufstände, Hindernisse, Rücktritte Oktober 1988, dem Tag, an dem die Übergangsre-
und Selbstmorde von Präsidenten wie auch die der gierung von Präsident Sarney das Inkrafttreten der
Beseitigung von Regierungen, Republiken und neuen Verfassung des Landes zu gewärtigen hatte.
Verfassungen. Jüngstes Beispiel war soeben die
neue Charta vom 5. Oktober 1988. Es ist bezeichnend, daß während der
Militärdiktatur zwei verfassunggebende
Mit der Verfassung von 1934 begann die Versammlungen nebeneinander tätig wurden: die
Phase, die uns hier besonders interessiert, da in eine schaffte als „Mündel” ohne besondere
diesem Text eine neue Strömung von Prinzipien Legitimität die halbautoritäre Charta vom 24.
Eingang fand, die bis dahin durch das geltende Januar 1967; die andere fertigte – hergeleitet aus
positive Verfassungsrecht des Landes ignoriert der Vollkraft der autoritären Gewalt und abseits der
worden waren. Diese Prinzipien sorgten für einen formal bestehenden Legalität – die „Institutionellen
Einstellungswandel auf dem Gebiet der Akte" aus, so auch die Änderung Nr. 1 der
Menschenrechte, d. h. sie ließen den sozialen Verfassung von 19,67 vom 17. Oktober 1969,
Aspekt hervortreten, der zweifellos in den bekannt als „Verfassung” der Militärjunta.
vorhergehenden Verfassungen ziemlich
vernachlässigt worden war. Der soziale Aspekt Aus dieser langen und mißratenen Periode
zeigte die Präsenz und den Einfluß der Weimarer – der dritten konstitutionellen Epoche Brasiliens –
Verfassung im Rahmen dieses grundlegenden haben wir für unsere Untersuchungen und
Orientierungswandels. Überlegungen an erster Stelle die Grundgesetze
hervorzuheben, die mit einem bestimmten Grad an
Es handelt sich um eine komplexe und Legitimität erlassen wurden und über einen
nicht selten an Tumulten reiche Epoche, die sich bestimmten Zeitraum – die Dauer interessiert in
über mehr als 50 Jahre erstreckte. Im diesem Zusammenhang nicht – die Entstehung
geschichtlichen Rückblick lassen sich in ihr, eines „normalen" Regierungssystems zuließen,
inmitten von Wechseln, Erschütterungen und einschließlich des Repräsentationsgedankens und
Widersprüchen, politische Ereignisse von größter derjenigen Regeln, die dem durch die liberale
Bedeutung für das Verständnis der Verfassungsge- Weltanschauung vertretenen Rechtsstaat
schichte Brasiliens feststellen. Solche Fakten innewohnen. Dergestalt präsentierten sich
waren: beispielsweise die Verfassungen vom 16. Juli 1934
- zunächst die kurzlebige Zweite Republik und vom 18. September 1946. Auch die gerade erst
(1934-1937), die, eingeführt mit der Verfassung in Kraft getretene Verfassung vom 5. Oktober 1988
von 1934, nicht mehr als eine Phase der Agonie gehört in diese Kategorie.
und der übergangsweisen Rekonstitutionalisierung
des Landes gewesen ist, auf unsicherem Fundament Diese Verfassungswerke sind nämlich in
in ideologisch stürmischer Zeit erriclitet und bald beträchtlicher Weise vom deutschen
darauf durch den Staatsstreich vom 10. November Konstitutionalismus des 20. Jahrhunderts auf den
1937 beseitigt wurde, brasilianischen Konstitutionalismus beeinflußt; ein
- die „kurze Periode" – wie Vargas sie nannte – der Einfluß, der vor allem von Weimar konzentrierter,
persönlichen Diktatur des Neuen Staates, ein unmittelbarer und entschiedener auf den Charakter
Regierungssystem, in dem nicht einmal die dafür des sozialen Kurses des neuen brasilianischen
geschaffene, extrem autoritäre Verfassung von den Staates eingewirkt hat als das Bonner Grundgesetz,
Machthabern beachtet wurde, dessen Einfluß – hauptsächlich in Form von
- der Staatsstreich vom 29. Oktober 1945, der eine Lehrsätzen – weniger direkt, aber deshalb nicht
Phase der konstitutionellen Restaurierung des weniger wirksam gewesen ist.
repräsentativen Systems durch die am 2. Dezember
Der geringe Grad an Einfluß, der dem problematisch und lähmten zusammen mit den
Bonner Grundgesetz von 1949 zugemessen wird, Interessengegensätzen ihre objektive
ergibt sich aus dem Umstand, daß die Verwirklichung. Es darf aber dennoch nicht die
Hauptwesenszüge der Weimarer Verfassung – der Bedeutung übersehen werden, die dieser Staat als
soziale Sinngehalt der neuen Rechte – bereits tragende Kraft einer Modernisierung eingenommen
Eingang in zwei Verfassungen der dritten hat, indem er den Institutionen einen spürbaren
konstitutionellen Epoche, nämlich die von 1934 Erneuerungsschub versetzte. Dies geschah
und 1946, gefunden hatten. selbstverständlich innerhalb der von der
Verfassung festgelegten Grundsätze.
In jeder der Verfassungen von 1934, 1946
und 1988 beherrschte eine für die gesamte Die rein formale Betrachtung der drei
Verfassungsepoche typische Tendenz den Geist der genannten Verfassungen zeigt deutlich die
verfassunggebenden Versammlungen. Sie bestand aufsteigende Linie der auf dem Gebiet der sozialen
darin, diejenige Gruppe von Rechten zu entwikeln, Rechte gewonnenen Errungenschaften,
die den Menschen als Person mit insbesondere im Bereich des verfassungsmäßigen
uneingeschränktem Anspruch auf sozialen und Verfahrens zur Sicherung der Ausübung der
juristischen Schutz zum Adressaten der Rechte. Dieser Schutz ist zunehmend verbessert
Verfassungsnormen macht. Gemeint ist also der worden, vor allem rein juristisch durch eine
Mensch, der mit seinem Staat versöhnt ist, dessen Kontrolle der Verfassungsmäßigkeit.
Form nun nicht mehr mit jener Institution des 19.
Jahrhunderts übereinstimmte, welche jeder Art von Dem Weimarer Konstitutionalismus – der
Intervention und offensivem Ansatz im Hinblick hinsichtlich seines sozialen Gehalts im
auf die Erfüllung der Grundbedürfnisse wesentlichen dem nachfolgenden Bonner Konzept
abgeschworen hatte, soweit sie das Verhältnis gleicht – verdankt der brasilianische Sozialstaat
zwischen Kapital und Arbeit betrafen. nach sachverständiger und dankbarer Bewertung all
derjenigen, die sich gründlich mit unserer zweiten
Der Einfluß des Weimarer republikanischen Verfassung aus dem Jahr 1934
Konstitutionalismus war im Jahre 1934 befaßt haben, in gesetzesterminologischer Hinsicht
entscheidend für die frühe Formulierung eines sein Grundkonzept.
Sozialstaatskonzepts, das die brasilianische
verfassunggebende Versammlung damals in Unter den unzähligen Publizisten, die den
formaler Hinsicht geschaffen hat. Dies war eine beträchtlichen Weimarer Einfluß auf die Arbeit der
kreative Leistung, die zu den wichtigsten überhaupt brasilianischen Verfassunggebenden
gehört. Sie bezeugt Bedeutung und dogmatische Versammlungen von 1933/34 behandelt haben,
Eigenständigkeit des dritten konstitutionellen genügt es, einen politischen Autor zu zitieren, der
Zyklus, in dessen Rahmen sich die herrschende der Gegenwart nahesteht. Es ist Paulo Sarasate, der
Ordnung noch immer.auf der Suche nach geschrieben hat: „Die Resonanz der Weimarer
Beständigkeit, Legitimität und endgültiger Verfassung in den brasilianischen
Konsolidierung der grundlegenden Institutionen Verfassungstexten von 1934 und 1946, die in jener
befindet. einen glänzenden Spiegel hatten, ist nicht zu
verhehlen”3.
Der Konstitutionalismus dieser dritten
Epoche ließ in Brasilien seit 1934 das faszinierende Aus dieser Spiegelung folgten für die
Modell eines Sozialstaats deutscher Prägung Verfassung von 1934 neue Inhalte: die
keimen, politisch verbunden mit demokratischen Unterordnung des Rechts auf Eigentúm unter das
Formen, in denen die Gesellschaft und die soziale bzw. kollektive Interesse, die
menschliche Person – nicht das Individuum – die wirtschaftliche und soziale Ordnung mit der
höchsten Werte darstellten; all dies jedoch Einrichtung einer Arbeitsgerichtsbarkeit,
unauflösbar verknüpft mit einer hinsichtlich Mindestlohn und mit festgelegtem bezahltem
Demokratie, Freiheit und Gleichheit auf Jahresurlaub der Arbeitnehmer, die Entschädigung
Rehabilitation und Legitimation bedachten grundlos entlassener Arbeitnehmer, Mutterschafts-
Staatskonzeption. und Kinderschutz, die Unterstützung kinderreicher
Familien so.wie Gewährung von besonderem
Dieser Staat blieb aber aufgrund staatlichen Schutz für Familie, Erziehung und
ideologischer Erschütterungen und nicht minder Kultur.
schwerwiegender Konflikte gegensätzlicher und
einander feindselig gegenüberstehender Interessen Die Reflexion des Sozialen im
für den größten Teil seiner konstitutionellen brasilianischen Konstitutionalismus der letzten 50
Ansprüche schlicht Utopie. Effizienz und die Jahre endete aber nicht an diesem Punkt. Sie
Justiziabilität der sozialen Rechte waren erschien wieder mit ihrer ganzen
programmatischen Kraft in Form des Art. 157 Abs. „germanische Formation” in starkem Maß von
4 der Verfassung vom 18. September 1946, der die zwei juristen, die während der zweiten Hälfte
verbindliche und direkte Beteiligúng des dieses Jahrhunderts großes Gewicht hatten,
Arbeitnehmers an den Unternehmensgewinnen repräsentiert und manifestiert: Pontes de Miranda,
nach Maßgabe einer genaueren Regelung in einem zweifellos de angesehenste Kommentator der
Gesetz vorschrieb. brasilianischen Verfassungen von 1934, 1946 und
1967, und Luis Pinto Ferreira, dessen Abhandlung
Zuletzt setzte sich die soziale Reflexion über das Verfassungsrecht in den fünfziger und
nicht weniger kraftvoll in der jüngsten sechziger Jahren dieses aktualisiert hat und der eine
brasilianischen Verfassung vom5. Oktober 1988 komplette junge Generation brasilianischer Juristen
fort, wie wir bei der Untersuchung einiger ihrer mit den am weitesten verbreiteten deutschen
Kapitel oder Artikel feststellen können. Verfassungslehren vertrautn gemacht hat.
Auf dem Gebiet der Grundrechte nähert II. Die Krise des Sozialstaats in Brasilien: eine
sich die jüngste brasilianische Verfassung in Krise der verfassungsgebenden Gewalt
technischer, formaler und substantieller Hinsicht
dem deutschen Grundgesetz von 1949 an und geht Das Schicksal der neuen Verfassung
in einigen Punkten darüber hinaus. Brasiliens wird hauptsächlich von der Anpassung
des neuen Textes an die gewaltigen
Sie folgt dabei auch der Tradition von Herausforderungen einer Gesellschaft abhängen,
Weimar und nimmt diese in sich auf, was die die auf der Suche nach stabilen und legitimierten
vorrangige Stellung des sozialen Faktors betrifft. Regierungen ist, von denen die Nation die Lösung
Um die Wirksamkeit der rechtlichen Soziabilität ihrer schwierigen politischen und strukturellen
und der Sozialstaatlichkeit herzustellen und zu Probleme erhoffen darf. In dieser Hinsicht
verhindern, daß, wie in den vorangegangenen erscheint die Sozialstaatlichkeit, ein von den
Verfassungen dieses Jahrhunderts, ein deutschen Verfassungen der Weimarer und Bonner
beträchtlicher Teil des Inhalts der Zeit geliefertes und vor allem im Bonner Text
Verfassungsbestimmungen über die sozialen durch bestmögliche Transparenz und Wirksamkeit
Rechte wegen Unanwendbarkeit und Zeitablaufs in perfektioniertes Konzept, als feste und
rein programmatische Vorschriften verkehrt höchstwichtige Größe zur Lösung des sich
werden, schaffte die verfassunggebende verschärfenden Mangels an Wirksamkeit und
Versammlung von 1988 ein neues Mittel des justiziabilität, den die brasilianischen
Verfassungsprozeßrechts: den sog. „gerichtlichen Verfassungsinstrumentarien während der letzten 50
Anordnungsbefehl”, dessen Reichweite und Jahre aufgewiesen haben. Als patriarchalische und
Bedeutung in der juristischen Realität Brasiliens unterentwickelte Gesellschaft in der Periode vor
erst durch die Praxis der Rechtsprechung festgelegt 1930 war es für ein Land der Eliten und
werden kann. Oligarchien, in dem es nahezu kein nennenswertes
Bürgertum gab, ein leichtes, demokratische und
Auch mit der Besonderheit, den die ersten repräsentative Mängel im institutionellen Bereich
Teil der Verfassung den Grundrechten zu verschleiern.
vorzubehalten, nähert sich die brasilianische
Verfassung von 1988 dem Bonner Grundgesetz an. Der soziale Konstitutionalismus, der das
ganze Legitimitätsproblem in der brasilianischen
Aber dies sind nicht die einzigen Ordnung hinsichtlich der Ausübung und
Bezugspunkte der brasilianischen Rechtskultur zu Organisation der Macht umfaßt, spiegelt heute die
der konstitutionellen Tradition Deutschlands. tiefe Krise' in Staat und Gesellschaft wider.
Aufgrund dieser historischen Erfahrung Verfassung betrifft, genügt zu ihrer Beseitigung das
bilden die Anwendungstauglichkeit der Mittel der Reform bzw. der Revision; ein Ausweg,
Verfassungsvorschriften auf dem Gebiet der den die Verfassung selbst anbietet und welcher der
sozialen Rechte und die Wirksamkeit der sogenannten verfassungsändernden Gewalt zusteht.
Garantien, welche die Verfassung in dieser Ist aber die Krise umfassender und tiefer, geht ihre
Hinsicht bereitstellt, die Kardinalfragen in der Dimcnsion über das übliche Maß hinaus, so fällt
Krise der brasilianischen Sozialstaatlichkeit. die Lösung wieder der verfassunggebenden Gewalt
ersten Grades zu, d. h. es wird eine neue
Das vom Bonner Grundgesetz von 1949 in Verfassung gemacht, um die Grundlagen der
der Bundesrepublik Deutschland geschaffene Rechtmäßigkeit und stabiler
Bundesverfassungsgericht wurde nicht selten als Regierungsverhä1tnisse wiederherzustellen. Die
Modell eines Gerichtshofes bezeichnet, um Krise wird aber nur dann gelöst, wenn die
erfolgreich den Problemen der Schwierigkeiten in wirksamer Weise beseitigt
Verfassungsauslegung zu begegnen und eventuelle werden. Es ist diese Möglichkeit der
Widersprüche zwischen Verfassungstext und Krisenbewältigung mit den in der Verfassung
Realität zu lösen. Das Fehlen eines ähnlichen, selbst vorgesehenen juristischen Mitteln oder mit
ausschließlich zur Behandlung außergewöhnlichen Methoden, wie der
verfassungsrechtlicher Streitigkeiten geschaffenen Ausarbeitung eines neuen Verfassungstextes,
Gerichtshofes in Brasilien ist aus juristischer Sicht welche die begrifflichen Grenzen der
zu bedauern und wird als eine der Verfassungskrise absteckt. Ohne Zweifel handelt es
beklagenswertesten Unterlassungen der neuen sich hier um eine Art von Krise, die zuweilen
Verfassung angesehen. Länder und Gesellschaften mit hochstehender
Kultur und politischer Reife befällt oder auch
Die Krise der Sozialstaatlichkeit in solche, deren politische Probleme die Beseitigung
Brasilien ist keine Krise der Verfassung, sondern und Ersetzung des Herrschaftssystems weder
eine solche der Gesellschaft, des Staates und der erfordern noch nahelegen. Die Krise pflegt hier
Regierung; mit einem Wort die Krise der eigenen wenig tiefgreifend zu sein und befällt daher weder
Institutionen in jeder nur denkbaren Hinsicht. Die die Machtstrukturen noch erschüttert sie die
politische Krise der 1823 aufgelösten und diejenige Grundlagen von Staat und Gesellschaft.
der nunmehr, 150 Jahre später, zum Abschluß
gekommenen verfassunggebenden Versammlung Was die Krise der Verfassunggebung
sind ein und dieselbe, hervorgerufen durch ihre betrifft, so ist sie es – im Gegensatz zur
aktivste treibende Kraft und gleichzeitig den Vater Verfassungskrise -, die Institutionen den Todesstoß
von Instabilität, Ungleichgewichtigkeit und versetzt, die Entwirrung des sozialen Geflechts
Erschütterung: das Soziale, das – aufgrund der erzwingt oder sogar die Revolution unvermeidlich
Insuffizienz des verfassungsmäßigen macht. Sie hängt nicht selten mit der
Instrumentariums gegenüber der Realität – Notwendigkeit zusammen, die Regierungs- oder
bestehende Strukturen angreift, Ungerechtigkeiten die Staatsform zu ändern, denn in einer solchen
in den menschlichen Beziehungen anprangert und Situation findet sich imme-- eine Gewalt oder eine
das gesamte Gefüge politischen Handelns umstürzt. Organisation, die im Namen der Rechtmäßigkeit
von Grund auf in Frage gestellt werden kann.
In diesem Zusammenhang muß man sich
eine grundlegende Unterscheidung von höchster Die Krise der Verfassunggebung ist
Wichtigkeit vergegenwärtigen: eine folglich keine Krise der Verfassung: sondern eine
Verfassungskrise und eine Krise der solche der verfassunggebenden Gewalt selbst; eine
verfassunggebenden Gewalt sind auseinander zu Gewalt,, die sich bei der Erarbeitung oder der
halten4. Reformierung einer Verfassung als völlig únfähig
erweist, die Wurzel der politischen und sozialen
Mängel, welche dem Staat, dem herrschenden
System, den Institutionen und der Gesellschaft
selbst in ihrer Gesamtheit zu schaffen macht, zu
beseitigen.
Ela tem três funções principais: dar curso às A denúncia deve ser apresentada dentro dos
denúncias individuais, quando se alega uma violação seis meses seguintes à notificação da decisão final
dos direitos humanos; preparar informes sobre a que representa o esgotamento dos recursos internos.
situação dos direitos humanos nos Estados membros Não obstante essa exigência, a Comissão tem a
da OEA; realizar estudos e propor medidas a serem flexibilidade de aceitar ou denegar petições à margem
tomadas pela OEA com o objetivo de fomentar o do prazo estabelecido pela lei, considerando as
respeito dos direitos humanos na região. circunstâncias particulares de cada caso.
1. LEDESMA, Faúndez Héctor. El Sistema 13. Chile e Uruguai haviam proposto a inserção dos
Interamericano de Protección de los Derechos DESC no projeto de Convenção, entretanto,
Humanos: Aspectos Institucionales y Procesales. foram adotados os modelos mundiais e o europeu,
San José de Costa Rica: Instituto Interamericano com a diferença, ensina a douto internacionalista
de Direitos Humanos, 1996. p. 36. Cançado Trindade, de que “a Convenção se
contenta em fazer remissão, no seu artigo 26, às
2. Realizada em Lima, em 1938. normas econômicas, sociais e culturais que
aparecem nos artigos 29-50 da Carta emanada da
3. Assinado no Rio de Janeiro, em 1947. OEA.”. Op. cit., p. 126.
4. ESPIELL, Héctor Gros. Los Derechos 14. TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. El
Económicos, Sociales y Culturales en el Sistema Sistema Interamericano de Protección de los
Interamericano. San José, Asociación Libro Libre, Derechos Humanos (1948-1995):Evolución,
1986. pp. 105-108. Estado Actual y Perspectivas. Loc. cit., pp. 70-73.
25. Ver quadro geral de adesões e ratificações (anexo 38. Os juizes que integravam a Corte, naquele
4). momento, eram o brasileiro Antônio Augusto
Cançado Trindade (Presidente), o chileno
26. COSARIN, Víctor Abramovich. Los Derechos Máximo Pacheco Gómez, o equatoriano Hernán
Económicos, Sociales y Culturales en la Salgado Pesantes, o caribenho Oliver Jackman
Denuncia ante la Comisión Interamericana de (Barbados), o venezuelano Alirio Abreu Burelli e
Derechos Humanos. In VOLIO, Lorena González o colombiano Carlos Vicente de Roux Rengifo.
(comp.). Presente y Futuro de los Derechos
Humanos: Ensayos en Honor a Fernando Volio 39. CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS
Jiménez. San José de Costa Rica, IIDH, 1998. pp. HUMANOS. Puntos Resolutivos. Op. loc. cit., pp.
149-150. 62-63.
27. TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. A 40. TRINDADE, A. A. C. & BURELLI, A. A.. Voto
Justicionalidade dos Direitos Econômicos, Concurrente conjunto de los jueces A.A Cançado
Sociais e Culturais no Plano Internacional. In Trindade y A. Abreu Burelli. In CORTE
VOLIO, Lorena González (comp.). Op. cit., p. 190. INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOS. Caso
Villagran Morales y Otros (Caso de los “Niños de
28. CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS la Calle”). Sentencia de 19 de noviembre de 1999.
HUMANOS. Resoluciones y Sentencias, n. 15,
Serie C. – Caso Aloeboete y Otros, Reparaciones. 41. O presente estudo de caso teve o
San José de Costa Rica. Secretaría de la Corte, acompanhamento do autor desta tese durante a
1994, p. 4. análise do caso pela Corte Interamericana de
Direitos Humanos em seu XLVII Período
29. CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS Ordinário de Sessões, celebrado em sua sede, San
HUMANOS. Op. cit., p. 4. José da Costa Rica, durante os dias 26, 27 e 28 de
janeiro de 2000. Assim mesmo, este autor
30. Id., ibid, p. 4. realizou 15 dias de pesquisas e estudos no Centro
de Documentação e Biblioteca Conjunta da Corte
31. Id., ibid, pp. 4-5. Interamericana de Direitos Humanos e do
Instituto Interamericano de Direitos Humanos,
32. A Corte pôde verificar e confirmar as práticas situados também naquele país centro-americano,
culturais dos Cimarrones, não só pelos durante o mês de janeiro de 2000.
documentos apresentados pela Comissão, como
também mediante relatório preparado por sua 42. CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS
enviada especial ao Suriname, a Sra. Ana Maria HUMANOS. Caso Baena Ricardo y otros.
Reyna, então, Secretária-Adjunta da Corte. Excepciones Preliminares. Sentencia de 18 de
noviembre de 1999, p. 1.
33. Para a determinação do valor da reparação por
danos materiais que perceberam os sucessores das 43. CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS
vítimas, seguiu-se o critério de relacioná-lo com HUMANOS. Op. cit,. pp. 2-3.
os ingressos que elas haveriam recebido ao longo
de sua vida laboral, caso não houvesse ocorrido o 44. O Informe n. 37/97 foi transmitido ao Estado
assassinato. panamenho em 17 de outubro de 1997.
Excepciones Preliminares. Sentencia de 18 de
45. Informe da Comissão Interamericana de Direitos noviembre de 1999. p. 6.
Humanos n. 37/97.
46. Informe da Comissão Interamericana de Direitos 50. Id., ibidem.
Humanos n. 37/97.
51. Em 19 de janeiro de 1999, o Estado panamenho
47. CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS designou como agente alterno ao senhor Jorge
HUMANOS. Caso Baena Ricardo y otros. Federico Lee.
Excepciones Preliminares. Sentencia de 18 de
noviembre de 1999, p. 5. 52. Assinaram a sentença os juizes Antônio Augusto
Cançado Trindade (Brasil), Hernán Salgado
48. A Comissão designou como seus delegados os Pesantes (Equador), Máximo Pacheco Gómez
senhores Carlos Ayala Corao e Hélio Bicudo; (Chile), Alirio Abreu Burelli (Venezuela), Oliver
como seus assessores os senhores Jorge E. Taiana Jackman (Barbados) e Carlos Vicente de Roux
e Manoel Velasco-Clark; e como assistentes as Rengifo (Colômbia).
senhoras Minerva Gómez e Viviana Krsticevic.
53. Corte Interamericana de Direitos Humanos. Caso
49. CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS Baena Ricardo y otros. Sentencia de 2 de febrero
HUMANOS. Caso Baena Ricardo y otros. de 2001.
XV
UNA POLÍTICA DE ESTADO PARA COMBATIR LA DISCRIMINACIÓN Y PROMOVER LOS DERECHOS
HUMANOS*
ROBERTO CUÉLLAR
14. el término “Estatuto” significa el Estatuto 28. la expresión “Secretario General” significa
de la Corte aprobado por la Asamblea el Secretario General de la OEA;
General de la Organización de los Estados
Americanos el 31 de octubre de 1979 29. el término “Vicepresidente” significa el
(AG/RES 448 [IX-0/79]), con sus Vicepresidente de la Corte;
enmiendas;
30. la expresión “presunta víctima” significa la
15. el término “familiares” significa los persona de la cual se alega han sido violados
familiares inmediatos, es decir, ascendientes los derechos protegidos en la Convención;
y descendientes en línea directa, hermanos,
cónyuges o compañeros permanentes, o 31. el término “víctima” significa la persona
aquellos determinados por la Corte en su cuyos derechos han sido violados de acuerdo
caso; con sentencia proferida por la Corte.
TÍTULO IV
DISPOSICIONES FINALES Y
TRANSITORIAS
Artículo 65. Reformas al
Reglamento
XVII
ORDER OF THE
INTER-AMERICAN COURT OF HUMAN RIGHTS
OF NOVEMBER 24, 2000
1. These Rules regulate the organization and
establish the procedure of the Inter-
American Court of Human Rights.
CONSIDERING:
2. The Court may adopt such other Rules as
That the delivery of judgments and advisory may be necessary to carry out its functions.
opinions by the Inter-American Court of Human
Rights has called for ongoing evaluation of the 3. In the absence of a provision in these Rules
procedures laid down in its Rules of Procedure. or in case of doubt as to their interpretation,
the Court shall decide.
That it is the duty of the Court to ensure that
the rules governing the procedures provide a genuine
and effective guarantee of human rights.
Article 2. Definitions
For the purposes of these Rules:
NOW THEREFORE,
1. the term “Agent” refers to the person
THE INTER-AMERICAN COURT OF HUMAN designated by a State to represent it before
RIGHTS, the Inter-American Court of Human Rights;
pursuant to Article 60 of the American Convention 2. the term “Deputy Agent” refers to the
on Human Rights and Article 25(1) of its Statute, person designated by a State to assist the
Agent in the discharge of his duties and to
replace him during his temporary absences;
ORDERS THE
FOLLOWING: 3. the expression “General Assembly” refers
to the General Assembly of the Organization
of American States;
RULES OF PROCEDURE OF
4. the term “Commission” refers to the Inter-
THE American Commission on Human Rights;
Approved by the Court at its Forty-ninth Regular 6. The expression “Permanent Council”
Session held from November 16 to 25, 2000 refers to the Permanent Council of the
Organization of American States;
11. the term “day” shall be understood to be a 25. the term “Secretariat” refers to the
natural day; Secretariat of the Court;
12. the expression “States Parties” refers to the 26. the term “Secretary” refers to the Secretary
States that have ratified or adhered to the of the Court;
Convention;
27. the expression “Deputy Secretary”
13. the expression “Member States” refers to
the States that are members of the refers to the Deputy Secretary of the Court;
Organization of American States;
28. the expression “Secretary General” refers
14. the term “Statute” refers to the Statute of to the Secretary General of the Organization
the Court adopted by the General Assembly of American States;
of the Organization of American States on
31 October 1979 (AG/RES. 448 [IX-0/79]), 29. the expression “Vice-President” refers to
as amended; the Vice-President of the Court;
15. the expression “next of kin” refers to the 30. the expression “alleged victim” refers to the
immediate family, that is, the direct person whose rights under the Convention
ascendants and descendants, siblings, are alleged to have been violated;
spouses or permanent companions, or those
determined by the Court, if applicable; 31. the term “victim” refers to the person whose
rights have been violated, according to a
16. the expression “report of the Commission” judgment pronounced by the Court.
refers to the report provided for in Article 50
of the Convention;
1. The functions of the President are to: 2. In the absence of the President and the Vice-
President, their functions shall be assumed
a. represent the Court; by the other judges in the order of
precedence established in Article 13 of the
b. preside over the meetings of the Statute.
Court and to submit for its
consideration the topics appearing
on the agenda;
Article 6. Commissions
c. direct and promote the work of the 1. The Permanent Commission shall be
Court; composed by the President, the Vice-
President and any other judges the President
d. rule on points of order that may deems it appropriate to appoint, according to
arise during the meetings of the the needs of the Court. The Permanent
Court. If any judge so requests, the Commission shall assist the President in the
point of order shall be decided by a exercise of his functions.
majority vote;
2. The Court may appoint other commissions
e. present a biannual report to the for specific matters. In urgent cases, they
Court on the activities he has may be appointed by the President if the
carried out as President during that Court is not in session.
period;
3. The commissions shall be governed by the
f. exercise such other functions as are provisions of these Rules, as applicable.
conferred upon him by the Statute
or these Rules, or entrusted to him
by the Court. Chapter II
2. In specific cases, the President may delegate THE SECRETARIAT
the representation referred to in paragraph
1(a) of this Article to the Vice-President, to
any of the judges or, if necessary, to the
Article 7. Election of the
Secretary or to the Deputy Secretary. Secretary
3. If the President is a national of one of the 1. The Court shall elect its Secretary, who
parties to a case before the Court, or in must possess the legal qualifications
special situations in which he considers it required for the position, a good command
appropriate, he shall relinquish the of the working languages of the Court, and
Presidency for that particular case. The same
the experience necessary for discharging his The functions of the Secretary shall be to:
functions.
a. communicate the judgments, advisory
2. The Secretary shall be elected for a term of opinions, orders and other rulings of the
five years and may be re-elected. He may be Court;
removed at any time if the Court so decides.
A majority of no fewer than four judges, b. keep the minutes of the meetings of the
voting by secret ballot in the presence of a Court;
quorum, is required for the appointing or
removal of the Secretary. c. attend the meetings of the Court held at its
seat or elsewhere;
Article 8. Deputy Secretary d. deal with the correspondence of the Court;
1. The Deputy Secretary shall be appointed on e. direct the administration of the Court,
the proposal of the Secretary, in the manner pursuant to the instructions of the President;
prescribed in the Statute. He shall assist the
Secretary in the performance of his f. prepare the drafts of the working schedules,
functions and replace him during his rules and regulations, and budgets of the
temporary absences. Court;
2. If the Secretary and the Deputy Secretary g. plan, direct and coordinate the work of the
are both unable to perform their functions, staff of the Court;
the President may appoint an Interim
Secretary. h. carry out the tasks assigned to him by the
Court or by the President;
Article 9. Oath
i. perform any other duties provided for in the
1. The Secretary and the Deputy Secretary Statute or in these Rules.
shall take an oath or make a solemn
declaration before the President undertaking
to discharge their duties faithfully, and to
respect the confidential nature of the facts
Chapter III
that come to their attention while exercising FUNCTIONING OF THE
their functions.
COURT
2. The staff of the Secretariat, including any
persons called upon to perform interim or Article 11. Regular Sessions
temporary duties, shall, upon assuming their
functions, take an oath or make a solemn During the year, the Court shall hold the sessions
declaration before the President undertaking needed for the exercise of its functions on the dates
to discharge their duties faithfully and to decided upon by the Court at the previous session. In
respect the confidential nature of the facts exceptional circumstances, the President may change
that come to their attention while exercising the dates of these sessions after prior consultation
their functions. If the President is not with the Court.
present at the seat of the Court, the
Secretary shall administer the oath.
Article 12. Special Sessions
3. All oaths shall be recorded in a document to
be signed by the person being sworn in and Special sessions may be convoked by the President
by the person administering the oath. on his own initiative or at the request of a majority of
the judges.
Article 10. Functions of the
Article 13. Quorum
Secretary
The quorum for the deliberations of the Court shall 3. The decisions of the Court shall be adopted
consist of five judges. by a majority of the judges present at the
time of the voting.
Article 14. Hearings, 4. In the event of a tie, the President shall have
Deliberations and Decisions a casting vote.
4. The minutes of the deliberations of the 3. All matters relating to provisional measures
Court shall be limited to a statement of the shall be heard by the Court composed of
subject of the discussion and the decisions Titular Judges.
taken. Separate opinions, dissenting and
concurring, and declarations made for the
record shall also be noted.
Article 17. Interim Judges
Interim Judges shall have the same rights and
Article 15. Decisions and functions as Titular Judges, except for such
limitations that have been expressly established.
Voting
1. The President shall present, point by point, Article 18. Judges Ad Hoc
the matters to be voted upon. Each judge
shall vote either in the affirmative or the 1. In a case arising under Article 55(2) and
negative; there shall be no abstentions. 55(3) of the Convention and Article 10(2)
and 10(3) of the Statute, the President,
2. The votes shall be cast in inverse order to acting through the Secretariat, shall inform
the order of precedence established in the States referred to in those provisions of
Article 13 of the Statute. their right to appoint a Judge ad hoc within
30 days of notification of the application.
2. When it appears that two or more States
have a common interest, the President shall
inform them that they may jointly appoint
one Judge ad hoc, pursuant to Article 10 of
the Statute. If those States have not TITLE II
communicated their agreement to the Court
within 30 days of the last notification of the
PROCEDURE
application, each State may propose its
candidate within 15 days. Thereafter, and if Chapter I
more than one candidate has been
nominated, the President shall choose a
GENERAL RULES
common Judge ad hoc by lot, and shall
communicate the result to the interested Article 20. Official Languages
parties.
1. The official languages of the Court shall be
3. Should the interested States fail to exercise those of the OAS, which are Spanish,
their right within the time limits established English, Portuguese and French.
in the preceding paragraphs, they shall be
deemed to have waived that right. 2. The working languages shall be those
agreed upon by the Court each year.
4. The Secretary shall communicate the However, in a specific case, the language of
appointment of Judges ad hoc to the other one of the parties may be adopted as a
parties to the case. working language, provided it is one of the
official languages.
5. The Judge ad hoc shall take an oath at the
first meeting devoted to the consideration of 3. The working languages for each case shall
the case for which he has been appointed. be determined at the beginning of the
proceedings, unless they are the same as
6. Judges ad hoc shall receive honoraria on the those already being employed by the Court.
same terms as Titular Judges.
4. The Court may authorize any person
Article 19. Impediments, appearing before it to use his own language
if he does not have sufficient knowledge of
excuses and disqualification the working languages. In such
circumstances, however, the Court shall
1. Impediments, excuses and disqualification make the necessary arrangements to ensure
of Judges shall be governed by the that an interpreter is present to translate that
provisions of Article 19 of the Statute. testimony into the working languages. The
interpreter must take an oath or make a
2. Motions for impediments and excuses must solemn declaration, undertaking to discharge
be filed prior to the first hearing of the case. his duties faithfully and to respect the
However, if the grounds therefore were not confidential nature of the facts that come to
known at the time, such motions may be his attention in the exercise of his functions.
submitted to the Court at the first possible
opportunity, so that it can rule on the matter 5. The Court shall, in all cases, determine
immediately. which text is authentic.
Article 28. Joinder of Cases d. any other document that the Court
considers suitable for publication.
and Proceedings
2. The judgments shall be published in the
1. The Court may, at any stage of the working languages used in each case. All
proceedings, order the joinder of interrelated other documents shall be published in their
cases, when there is identity of parties, original language.
subject-matter and ruling law.
3. Documents relating to cases already
2. The Court may also order that the written or adjudicated, and deposited with the
oral proceedings of several cases, including Secretariat of the Court, shall be made
the introduction of witnesses, be carried out accessible to the public, unless the Court
jointly. decides otherwise.
3. After consulting the Agents and the
Delegates, the President may direct that two Article 31. Application of
or more cases be conducted simultaneously.
Article 63(1) of the Convention
Article 29. Decisions Application of this provision may be invoked at any
stage of the proceedings.
not been met, he shall request the applicant to correct
Chapter II any deficiencies within 20 days.
WRITTEN PROCEEDINGS
Article 35. Notification of the
Article 32. Institution of the Application
Proceedings
1. The Secretary of the Court shall notify of the
For a case to be referred to the Court under Article application to:
61(1) of the Convention, the application shall be filed
in the Secretariat of the Court in the working a. The President and the judges of the
languages. Whereas the filing of an application in Court;
only one working language shall not suspend the
proceeding, the translations into the other language or b. the respondent State;
languages must be submitted within 30 days.
c. the Commission, when it is not the
applicant;
Article 33. Filing of the
Application d. the original claimant, if known;
The brief containing the application shall indicate: e. the alleged victim, his next of kin,
1. the claims (including those relating or his duly accredited
to reparations and costs); the representatives, if applicable.
parties to the case; a statement of
the facts; the orders on the opening 2. The Secretary shall inform the other States
of the proceeding and the Parties, the Permanent Council of the OAS
admissibility of the petition by the through its President, and the Secretary
Commission; the supporting General of the OAS, of the filing of the
evidence, indicating the facts on application.
which it will bear; the particulars of
the witnesses and expert witnesses 3. When notifying, the Secretary shall request
and the subject of their statements; the respondent States to designate their
the legal arguments, and the Agent, and the Commission to appoint its
pertinent conclusions. In addition, Delegates, within one month. Until the
the Commission shall include the Delegates are duly appointed, the
name and address of the original Commission shall be deemed to be properly
petitioner, and also the name and represented by its President for all purposes
address of the alleged victims, their of the case.
next of kin or their duly accredited
representatives, when this is 4. When the application has been notified to
possible. the alleged victim, his next of kin or his duly
accredited representatives, they shall have a
2. The names of the Agents or the period of 30 days to present autonomously
Delegates. to the Court their requests, arguments and
evidence.
If the application is filed by the Commission, it shall
be accompanied by the report referred to in Article 50 Article 36. Preliminary
of the Convention.
Objections
Article 34. Preliminary Review 1. Preliminary objections may only be filed in
of the Application the brief answering the application.
When, during a preliminary review of the application, 2. The document setting out the preliminary
the President finds that the basic requirements have objections shall set out the facts on which
the objection is based, the legal arguments,
and the conclusions and supporting
documents, as well as any evidence which
Chapter III
the party filing the objection may wish to ORAL PROCEEDINGS
produce.
d. statements made expressly for the 2. Evidence tendered to the Commission shall
record by the States Parties, by the form part of the file, provided that it has
Commission, by the victims or been received in a procedure with the
alleged victims, by their next of kin presence of both parties, unless the Court
or their duly accredited considers it essential that such evidence
representatives; should be repeated.
e. the statements of the witnesses, 3. Should any of the parties allege force
expert witnesses and other persons majeure, serious impediment or the
appearing at the hearing, as well as emergence of supervening events as grounds
the questions posed to them and the for producing an item of evidence, the Court
replies thereto; may, in that particular instance, admit such
evidence at a time other than those indicated
f. the text of the questions posed by above, provided that the opposing parties are
the judges and the replies thereto; guaranteed the right of defense.
g. the text of any decisions rendered 4. In the case of the alleged victim, his next of
by the Court during the hearing. kin or his duly accredited representatives,
the admission of evidence shall also be
2. The Agents, Delegates, victims or alleged governed by the provisions of Articles 23,
victims, their next of kin or their duly 35(4) and 36(5) of the Rules of Procedure.
accredited representatives, and also the
witnesses, expert witnesses and other Article 44. Procedure for
persons appearing at the hearing, shall
receive a copy of the relevant parts of the Taking Evidence
transcript of the hearing to enable them,
subject to the control of the Secretary, to The Court may, at any stage of the proceedings:
correct any errors in transcription. The
Secretary shall set the time limits for this 1. Obtain, on is own motion, any evidence it
purpose, in accordance with the instructions considers helpful. In particular, it may hear
of the President. as a witness, expert witness, or in any other
capacity, any person whose evidence,
3. The minutes shall be signed by the President statement or opinion it deems to be relevant.
and the Secretary, and the latter shall attest
to their accuracy. 2. Request the parties to provide any evidence
within their reach or any explanation or
4. Copies of the minutes shall be transmitted to statement that, in its opinion, may be useful.
the Agents, the Delegates, the victims and
the alleged victims, their next of kin or their 3. Request any entity, office, organ or
duly accredited representatives. authority of its choice to obtain information,
express an opinion, or deliver a report or
pronouncement on any given point. The
Chapter IV documents may not be published without the
EVIDENCE authorization of the Court.
4. Commission one or more of its members to
conduct measures in order to gather
Article 48. Objections to
evidence. Witnesses
Article 45. Cost of Evidence 1. Any party may object to a witness before he
testifies.
The party requesting the production of an item of
evidence shall cover its cost. 2. If the Court considers it necessary, it may
nevertheless hear, for purposes of
information, a person who is not qualified to
Article 46. Convocation of be heard as a witness.
Witnesses and Expert 3. The Court shall assess the value of the
Witnesses testimony and of the objections made by the
parties.
1. The Court shall determine when the parties
are to call their witnesses and expert
witnesses whom the Court considers it
Article 49. Objections to
necessary to hear. They shall be summoned Expert Witnesses
in the manner deemed most suitable by the
Court. 1. The grounds for disqualification applicable
to judges under Article 19(1) of the Statute
2. The summons shall indicate: shall also apply to expert witnesses.
a. the name of the witness or expert 2. Objections shall be presented within 15 days
witness; of notification of the appointment of the
expert witness.
b. the facts on which the examination
will bear or the object of the expert 3. If the expert witness who has been
opinion. challenged contests the ground invoked
against him, the Court shall rule on the
matter. However, when the Court is not in
Article 47. Oath or Solemn session, the President may, after
Declaration by Witnesses and consultation with the Permanent
Commission, order the evidence to be
Expert Witnesses presented. The Court shall be informed
thereof and shall rule on the value of the
1. After his identity has been established and evidence.
before giving evidence, every witness shall
take an oath or make a solemn declaration in 4. Should it become necessary to appoint a
which he shall state that he will speak the new expert witness, the Court shall rule on
truth, the whole truth and nothing but the the matter. Nevertheless, if the evidence
truth. needs to be heard as a matter of urgency, the
President, after consultation with the
2. After his identity has been established and Permanent Commission, shall make the
before performing his task, every expert appointment and inform the Court
witness shall take an oath or make a solemn accordingly. The Court shall rule on the
declaration in which he shall state that he value of the evidence.
will discharge his duties honorably and
conscientiously.
Article 50. Protection of
3. The oath shall be taken, or the declaration
made, before the Court or the President or
Witnesses and Expert
any of the judges so delegated by the Court. Witnesses
States may neither institute proceedings against
witnesses or expert witnesses nor bring illicit
pressure to bear on them or on their families on
Article 54. Continuation of a
account of declarations or opinions they have Case
delivered before the Court.
The Court, may notwithstanding the existence of the
Article 51. Failure to Appear conditions indicated in the preceding paragraphs, and
bearing in mind its responsibility to protect human
or False Evidence rights, decide to continue the consideration of a case.
1. When the party that has brought the case e. the conclusions of the parties;
notifies the Court of its intention not to
proceed with it, the Court shall, after hearing f. the legal arguments;
the opinions of the other parties thereto,
decide whether to discontinue the hearing g. the ruling on the case;
and, consequently, to strike the case from its
list. h. the decision, if any, on reparations
and costs;
2. If the respondent informs the Court of its
acquiescence to the claims of the party that i. the result of the voting;
has brought the case, the Court, after hearing
the opinions of the other parties to the case j. a statement indicating which text is
whether such acquiescence and its juridical authentic.
effects are acceptable. In that event, the
Court shall determine the appropriate 2. Any judge who has taken part in the
reparations and indemnities. consideration of a case is entitled to append a
separate opinion, concurring or dissenting, to the
Article 53. Friendly Settlement judgment. These opinions shall be submitted within a
time limit to be fixed by the President, so that the
When the parties to a case before the Court inform it other judges may take cognizance thereof prior to
of the existence of a friendly settlement, compromise, notification of the judgment. The said opinions shall
or any other occurrence likely to lead to a settlement only refer to the issues covered in the judgment.
of the dispute, the Court may strike the case from its
list.
Article 56. Judgment on Article 58. Request for
Reparations Interpretation
1. When no specific ruling on reparations has 1. The request for interpretation, referred to in
been made in the judgment on the merits, Article 67 of the Convention, may be made
the Court shall set the time and determine in connection with judgments on the merits
the procedure for the deferred decision or on reparations and shall be filed with the
thereon. Secretariat. It shall state with precision the
issues relating to the meaning or scope of
2. If the Court is informed that the parties to the judgment of which the interpretation is
the case have reached an agreement in requested.
regard to the execution of the judgment on
the merits, it shall verify the fairness of the 2. The Secretary shall transmit the request for
agreement and rule accordingly. interpretation to the parties to the case and
shall invite them to submit any written
comments they deem relevant, within the
Article 57. Delivery and time limit established by the President.
Communication of the
3. When considering a request for
Judgment interpretation, the Court shall be composed,
whenever possible, of the same judges who
1. When a case is ready for judgment, the delivered the judgment of which the
Court shall deliberate in private and adopt interpretation is being sought. However, in
the judgment, which shall be notified to the the event of death, resignation, impediment,
parties by the Secretariat. excuse or disqualification, the judge in
question shall be replaced pursuant to
2. The texts, legal arguments and votes shall Article 16 of these Rules.
all remain secret until the parties have been
notified of the judgment. 4. A request for interpretation shall not
suspend the effect of the judgment.
3. Judgments shall be signed by all the judges
who participated in the voting and by the 5. The Court shall determine the procedure to
Secretary. However, a judgment signed by be followed and shall render its decision in
the majority of the judges and the Secretary the form of a judgment.
shall also be valid.
1. If the interpretation requested refers to other 3. The President may invite or authorize any
treaties concerning the protection of human interested party to submit a written opinion
rights in the American states, as provided on the issues covered by the request. If the
for in Article 64(1) of the Convention, the request is governed by Article 64(2) of the
request shall indicate the name of, and Convention, he may do so after prior
parties to, the treaty, the specific questions consultation with the Agent.
on which the opinion of the Court is being
sought, and the considerations giving rise to 4. At the conclusion of the written
the request. proceedings, the Court shall decide whether
there should be oral proceedings and shall
2. If the request is submitted by an OAS organ, fix the date for such a hearing, unless it
it shall indicate how the subject of the delegates the latter task to the President.
request falls within the sphere of Prior consultation with the Agent is required
competence of the organ in question. in cases governed by Article 64(2) of the
Convention.
Article 61. Interpretation of
Article 63. Application by
Domestic Laws
Analogy
1. A request for an advisory opinion presented
pursuant to Article 64(2) of the Convention The Court shall apply the provisions of Title II of
shall indicate the following: these Rules to advisory proceedings, to the extent that
it deems them to be compatible.
a. the provisions of domestic law and
of the Convention or of other
treaties concerning the protection
Article 64. Delivery and
of human rights to which the Content of Advisory Opinions
request relates;
1. The delivery of advisory opinions shall be
b. the specific questions on which the governed by Article 57 of these Rules.
opinion of the Court is being
sought; 2. Advisory opinions shall contain:
c. the name and address of the
applicant's Agent. a. the name of the President, the
judges who rendered the opinion,
2. Copies of the domestic laws referred to in the Secretary and Deputy
the request shall accompany the application. Secretary;
TITLE IV
FINAL AND TRANSITORY
PROVISIONS
Article 65. Amendments to the
Rules of Procedure
Manuel E. Ventura-Robles
Secretary
EL NUEVO REGLAMENTO DE LA CORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOS (2000):
LA EMANCIPACIÓN DEL SER HUMANO COMO SUJETO DEL DERECHO INTERNACIONAL DE LOS
DERECHOS HUMANOS156
de
Ph.D. (Cambridge); Presidente de la Corte Interamericana de Derechos Humanos; Profesor Titular de la Universidad
de Brasilia; Miembro de los Consejos Directivos del IIDH y del
Instituto Internacional de Derechos Humanos (Estrasburgo);
Miembro Asociado del Institut de Droit International
156
. El presente estudio integra, en su primera versión, los Informes presentados por el
Autor a la Comisión de Asuntos Jurídicos y Políticos del Consejo Permanente de la
Organización de los Estados Americanos (OEA), en el Salón "Libertador Simón Bolívar" de
la sede de la OEA en Washington D.C., los días 09 de marzo de 2001, y 05 de abril de 2001,
respectivamente.
De inicio, me parece de todo oportuno y
I. Introducción. necesario, tal como lo observé en mi Informe del año
pasado a la Comisión de Asuntos Jurídicos y Políticos
(CAJP) de la Organización de los Estados Americanos
La Corte Interamericana de Derechos (OEA)157, recapitular brevemente la evolución, a lo
Humanos se ha siempre ocupado, a la par del ejercicio largo de los 21 años de existencia del Tribunal, de su
de las funciones que le atribuye la Convención Reglamento, para mejor apreciar los cambios en él
Americana sobre Derechos Humanos, del recientemente introducidos por la Corte con su actual
perfeccionamiento de los procedimientos que composición. La Corte Interamericana aprobó su
conforman el mecanismo de protección de la primer Reglamento en el mes de julio de 1980,
Convención Americana. Es lo que demuestra inspirándose en el Reglamento entonces vigente de la
claramente la evolución de su propio Reglamento y de Corte Europea de Derechos Humanos, el cual, a su
su trabajo como fruto de la utilización de la facultad vez, tomó como modelo el Reglamento de la Corte
reglamentaria que le otorga el artículo 60 de la Internacional de Justicia (CIJ). Pero muy temprano en
Convención y el artículo 25(1) de su Estatuto. Hasta su experiencia la Corte Europea se dió cuenta de que
1999, la Corte había dictado, en efecto, tres tendría que reformar su Reglamento para ajustarlo a la
Reglamentos, los cuales, a su vez, habían sido naturaleza distinta de los casos contenciosos de
reformados parcialmente. En el año 2000 la Corte derechos humanos158. En cuanto a la Corte
dictó su cuarto Reglamento, que entrará en vigor el 01
de junio de 2001, en este inicio del siglo XXI. El 157
. OEA, Informe del Presidente de la Corte
nuevo Reglamento de la Corte, inter alia, realiza el
Interamericana de Derechos Humanos, Juez
viejo ideal de la plena participación (locus standi) de
Antônio A. Cançado Trindade, a la Comisión
los individuos peticionarios en todas las etapas del
procedimiento ante la Corte, al cual me referiré más
de Asuntos Jurídicos y Políticos del Consejo
adelante (cf. infra). Permanente de la Organización de los
Estados Americanos en el Marco del Diálogo
En el presente comentario, examinaré la sobre el Sistema Interamericano de
evolución del Reglamento de la Corte en perspectiva Protección de los Derechos Humanos (16 de
histórica, los cambios significativos introducidos por el marzo de 2000), OEA documento
Reglamento de 2000, particularmente en cuanto al OEA/Ser.G/CP/CAJP-1627/00, de
fortalecimiento de la capacidad procesal internacional 17.03.2000, pp. 17-21 (también disponible
de los individuos bajo la Convención Americana sobre en portugués, inglés y francés).
158
Derechos Humanos. En seguida, expondré . Así, de conformidad con su propia
resumidamente los próximos pasos que, a mi juicio, opinión, que había expresado ya en 1974, la
deben ser dados con miras al perfeccionamiento del Corte Europea, en las reformas de su
mecanismo de protección y los procedimientos bajo la Reglamento que entraron en vigor el 01 de
Convención Americana. Y, por último, me referiré enero de 1983, aseguró la representación
brevemente al estado actual de los debates al respecto, legal directa de los individuos demandantes
en el seno de la Organización de los Estados en el procedimiento ante élla, dando mayor
Americanos (OEA).
eficacia al derecho de petición individual.
Las modificaciones introducidas en el nuevo
Reglamento afirmaron el principio básico de
II. La Evolución del Reglamento de la
Corte Interamericana de Derechos Humanos. la igualdad de tratamiento de todos ante la
jurisdicción internacional, aseguraron un
mayor equilibrio entre los intereses
1. Los Dos Primeros Reglamentos de la contrapuestos, manteniéndose fieles a la
Corte (1980 y 1991). naturaleza especial del procedimiento
establecido en la Convención Europea.
Además, pusieron un fin a la ambiguedad
del rol de la antigua Comisión Europea de
Interamericana, su primer interna corporis estuvo en
vigor por más de una década, expirando su vigencia el Ante la necesidad de agilizar los
31 de julio de 1991. procedimientos, la Corte aprobó el segundo
Reglamento en el año de 1991, el cual entró en vigor el
En razón de la influencia del Reglamento de 01 de agosto de ese mismo año. A diferencia del
la CIJ, el procedimiento, sobre todo para los casos Reglamento anterior, el nuevo Reglamento del
contenciosos, era particularmente lento159. Una vez Tribunal establecía que el Presidente llevaría a cabo,
presentado el caso ante la Corte Interamericana, el inicialmente, un examen preliminar de la demanda
Presidente citaba a una reunión a los representantes de presentada y, si advertía que los requisitos
la Comisión Interamericana de Derechos Humanos fundamentales para la prosecución del proceso no
(CIDH) y del Estado demandado, para recabar sus habían sido cumplidos, solicitaba al demandante que
respectivas opiniones sobre el orden y los plazos para subsanara los defectos constatados dentro de un plazo
la presentación de la memoria, contramemoria, réplica no mayor de 20 días. De acuerdo con este nuevo
y dúplica. En cuanto a las excepciones preliminares, Reglamento, el Estado demandado tenía el derecho de
éstas debían ser presentadas antes de que expirara el responder por escrito la demanda dentro de los tres
plazo fijado para la finalización de la primera meses siguientes a la notificación de la misma. En
actuación del procedimiento escrito, es decir, la cuanto a las excepciones preliminares, se fijó en 30
presentación de la contramemoria. Bajo este marco días el plazo para la interposición de éstas, a partir de
legal, se tramitaron los tres primeros casos la notificación de la demanda, estableciéndose,
contenciosos, y, en cuanto al ejercicio de la función sucesivamente, un plazo igual para la presentación de
consultiva, las 12 primeras opiniones consultivas. las observaciones a dichas excepciones.
Nunca una generación de Jueces ha sido tan - "Tengo la firme convicción, – tal
exigida como la actual, como lo demuestran como la he expresado en
cabalmente los Informes Anuales de la Corte en los distintas ocasiones, – de que el real compromiso
últimos años. Sin embargo, para atender a las de un país con los derechos humanos
crecientes necesidades de protección, la Corte necesita, internacionalmente reconocidos se
– particularmente a partir de la entrada en vigor del mide por su iniciativa y determinación de
nuevo Reglamento (de 2000), – considerables recursos tornarse Parte en los tratados de derechos
adicionales, humanos y materiales (especificamente, humanos, asumiendo aÑí las obligaciones
como señalado en un estudio que transmití hace meses convencionales de protección en éstos
a la Comisión de Asuntos Administrativos y consagradas. En el presente dominio de
Presupuestarios de la OEA, un presupuesto por lo protección, los mismos criterios, principios y normas
menos cinco veces mayor que el actual). Dichos deben valer para todos los Estados, jurídicamente
iguales, así como operar en beneficio de todos los seres
188 humanos, independientemente de su
. A.A. Cançado Trindade, Informe del nacionalidad o cualesquiera otras
Relator de la Corte Interamericana de circunstancias.
Derechos Humanos sobre el Proceso de
Fortalecimiento del Sistema Interamericano
189
de Protección de los Derechos Humanos: . A la cual se siguió mi segunda
Bases para un Proyecto de Protocolo a la presentación oral ante la misma Comisión de
Convención Americana sobre Derechos Asuntos Jurídicos y Políticos del Consejo
Humanos, San José de Costa Rica, CtIADH, Permanente de la OEA, el día 05 de abril de
15.06.2000 (versión preliminar, circulación 2001 (cuando yo había ya escrito el presente
interna). comentario, en su casi totalidad).
Los Estados que se han autoexcluído
del regímen jurídico de la Convención Enfatizé la importancia de la
Americana sobre Derechos Humanos tienen una jurisdiccionalización de los procedimientos bajo la
deuda histórica con el sistema interamericano Convención Americana, por constituir la vía judicial la
de protección, que hay que rescatar. Mientras todos forma más perfeccionada de protección de los
los Estados miembros de la OEA no ratifiquen la derechos de la persona humana. Del mismo modo,
Convención Americana, no acepten enfatizé además la necesidad de asegurar el acceso por
integralmente la competencia contenciosa de los individuos a la justicia, también en el plano
la Corte Interamericana, y no incorporen las normas internacional, – para lo cual ha contribuído
sustantivas de la Convención Americana en su decisivamente la adopción, por la Corte
derecho interno, muy poco se avanzará en el Interamericana, de su nuevo Reglamento de 2000.
fortalecimiento real del sistema interamericano de Renové la confianza que deposita la Corte en los
protección. Es poco lo que pueden hacer los órganos Estados Partes como garantes de la Convención
internacionales de protección, si las normas Americana: el ejercicio, por dichos Estados, de la
convencionales de salvaguardia de los derechos garantía colectiva, – subyacente a la Convención
humanos no alcanzan las bases de las sociedades Americana y a todos los tratados de derechos
nacionales. Es por ésto que me permito hoy reformular humanos, – es imprescindible para la fiel ejecución de
mi llamado, respetuoso pero franco, que espero las sentencias y decisiones de la Corte, así como para
repercuta debidamente en la conciencia jurídica de la observancia de las recomendaciones de la Comisión
totalidad de los Estados miembros de la OEA"190. Interamericana. También destaqué la cresciente
importancia de las Medidas Provisionales de
En los debates que se siguieron a mi Protección, a revelar la dimensión preventiva de la
exposición, en los cuales intervinieron 12 labor de la Corte en pro de la salvaguardia de los
Delegaciones, en apoyo a la labor de la Corte, me derechos humanos.
permití, inter alia, aclarar que la anteriormente
mencionada incorporación de la normativa sustantiva En fin, me permití señalar a las Delegaciones
de la Convención Americana al derecho interno de los presentes que, en mi entender, la búsqueda de la
Estados Partes en nada es afectada por el principio de universalidad de la aceptación integral de los tratados
la subsidiariedad de los mecanismos internacionales de de derechos humanos (ya lograda en el continente
protección de los derechos humanos. Ambos coexisten europeo), no se limita a una simple estrategia o táctica
en armonía, porcuanto aquella incorporación efectúa negociatoria en el marco del sistema interamericano de
en el plano sustantivo (o sea, de los derechos protección, por cuanto se ha tornado un clamor
protegidos), mientras que el principio de la verdaderamente universal, expresado, v.g., hace ocho
subsidiariedad se aplica específicamente a los años, en la II Conferencia Mundial de Derechos
mecanismos y procedimientos de protección Humanos (Viena, junio de 1993), y plasmado en su
internacional, o sea, en el plano procesal. principal documento final, la Declaración y Programa
de Acción de Viena191. Dicha universalidad de
190
. OEA/CAJP, Informe del Presidente de la aceptación representa, en el dominio del Derecho
Internacional de los Derechos Humanos, la esencia de
Corte Interamericana de Derechos
la lucha por la preeminencia del Derecho para la
Humanos, Juez Antônio A. Cançado
realización de la Justicia.
Trindade, ante la Comisión de Asuntos
Jurídicos y Políticos del Consejo En efecto, ningún Estado, por más poderoso
Permanente de la Organización de los que sea, puede considerarse por encima del Derecho
Estados Americanos, Washington D.C., Internacional en general, y del Derecho Internacional
OEA, 09 de marzo de 2001, pp. 10-11
(circulación interna). – Y cf., anteriormente,
191
A.A. Cançado Trindade, "Reflexiones sobre . Para un relato, de alguién que participó
el Futuro del Sistema Interamericano de en los trabajos del Comité de Redacción de
Protección de los Derechos Humanos", in El la Conferencia Mundial de Viena, cf. A.A.
Futuro del Sistema Interamericano de Cançado Trindade, Tratado de Direito
Protección de los Derechos Humanos (eds. Internacional dos Direitos Humanos, vol. I,
J.E. Méndez y F. Cox), San José de Costa Porto Alegre, S.A. Fabris Ed., 1997, pp. 119-
Rica, IIDH, 1998, pp. 573-603. 268.
de los Derechos Humanos en particular. Los Estados
que así se consideren, negándose a ratificar los tratados
de derechos humanos, carecen de legitimidad y
credibilidad para pronunciarse sobre cuestiones
atinentes a la interpretación y aplicación de dichos
tratados. La búsqueda de la plena salvaguardia y
prevalencia de los derechos inherentes al ser humano
corresponde al nuevo ethos de nuestros tiempos, – una
manifestación, en nuestra parte del mundo, de la
conciencia jurídica universal, en este inicio del siglo
XXI.
Washington D.C.,
06 de abril de 2001.
A.A.C.T.
___________________
CONSELHO EDITORIAL
Antônio Augusto Cançado Trindade (Presidente de Honra)
Ph.D. (Cambridge – Prêmio Yorke) em Direito Internacional; Professor Titular
da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco; Juiz e Vice-Presidente da
Corte Interamericana de Direitos Humanos; Ex-Consultor Jurídico do Ministério
das Relações Exteriores do Brasil; Membro dos Conselhos Diretores do Instituto
Interamericano de Direitos Humanos e do Instituto Internacional de Direitos
Humanos; Membro Associado do “Institut de Droit International”.
Carlos Weis
Procurador do Estado de São Paulo; Professor de Direitos Humanos da
Academia de Polícia do Estado de São Paulo.
Emmanuel Teófilo Furtado
Mestre em Direito; Doutorando pela Universidade Federal de Pernambuco; Juiz
do Trabalho; Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do
Ceará.
Hélio Bicudo
Ex-Deputado Federal (Partido dos Trabalhadores – São Paulo); Membro e
Presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos; Vice-Prefeito de
São Paulo.
Jaime Ordóñez
Professor Titular da Universidade da Costa Rica; Ex-Diretor do Programa de
Administração da Justiça do Instituto Interamericano de Direitos Humanos.
Margarida Genevois
Membro da Comissão de Justiça e Paz do Estado de São Paulo; Coordenadora da
Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos.
Roberto Cuellar
Diretor Executivo do Instituto Interamericano de Direitos Humanos; Ex-Diretor
de Investigação e Desenvolvimento do Instituto Interamericano de Diretos
Humanos.