Relatório Eletrotecnico
Relatório Eletrotecnico
Relatório Eletrotecnico
ESTREITO
OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2010
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
SUMÁRIO
1. Introdução 4
1.1. Objetivo do Estágio 4
1.2. Atribuições como Estagiário 4
4. Atividades Desenvolvidas 12
5. Instrumental Manuseado 16
6. Dificuldades Enfrentadas 16
7. Afinidades com Conteúdos Praticados em Sala de Aula 17
8. Sugestões 17
9. Aspectos de Segurança Observados no Estágio 18
INTRODUÇÃO
OBJETIVO DO ESTÁGIO
Este estágio tem como objetivo, elevar o nível de formação profissional.
Procurando sempre mesclar os conhecimentos que adquiri no curso com os
conhecimentos que adquiri no estágio.
Quero também apontar como um objetivo a participação nas atividades da
empresa, procurando assimilar o máximo possível de informações seja executando ou
acompanhando as atividades da área de estágio.
E finalmente, adquirir responsabilidade ligada à área profissional, aprendendo
as habilidades e atitudes necessárias ao exercício da profissão, complementando o
ensino e a aprendizagem. Sendo assim, espero aproveitar o possível e extrair o
máximo de conhecimento dos meus supervisores e colegas de trabalho.
História da Empresa
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A
FURNAS nasceu com o desafio de sanar a crise energética que ameaçava, em
meados da década de 50, o abastecimento dos três principais centros
socioeconômicos brasileiros - São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Com o objetivo de construir e operar no rio Grande a primeira usina hidrelétrica de
grande porte do Brasil - a Usina Hidrelétrica de Furnas, com capacidade de 1.216 MW
- foi criada em 28 de fevereiro de 1957, através do Decreto Federal nº 41.066, a
empresa Central Elétrica de Furnas. FURNAS começou a funcionar efetivamente em
1963, em Passos (MG). Em 1º de junho de 1971, a sede foi transferida para o Rio de
Janeiro e a Empresa ganhou um novo nome: FURNAS - Centrais Elétricas S.A., que
melhor expressa a proposta de construção de um conjunto de usinas.
Hoje, FURNAS está presente no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Paraná e
Rondônia, onde funciona o Escritório de Construção de Porto Velho. A Empresa conta
com um complexo de onze usinas hidrelétricas e duas termelétricas, totalizando uma
potência de 9.910 MW, o que representa aproximadamente 10% da geração do país,
sendo 7.971 MW instalados em usinas próprias e 1.939 MW em parceria com a
iniciativa privada ou em Sociedade de Propósito Específico (SPE). Conta, ainda, com
19.277,5 km de linhas de transmissão e 46 subestações, garantindo o fornecimento de
energia elétrica em uma região onde estão situados 51% dos domicílios brasileiros e
que responde por 65% do PIB brasileiro.
FURNAS
É uma das cinco usinas de FURNAS com potência superior a 1.000 MW. Em
1962, foi dada a FURNAS a incumbência de concluir os estudos de viabilidade da
Usina de Estreito (antiga denominação). Sua construção foi iniciada em 1963,
coincidindo com o início da operação comercial da Usina de Furnas. Sua primeira
unidade foi colocada em operação em março de 1969, o que representou um marco
significativo, devido à participação substancial de fabricantes e empreiteiros brasileiros
e ao cumprimento rigoroso do cronograma inicial do empreendimento.
Aqui estão de uma forma bem resumida alguns dados técnicos da Usina de Estreito.
Mais adiante, estarei detalhando todos os tópicos.
BARRAGEM
STOP LOG’S
VERTEDOURO
CASA DE FORÇA
Turbinas
A TB-74 da ABNT define as turbinas hidráulicas, como se segue:
“Máquina com a finalidade de transformar a
maior parte da energia de escoamento contínuo da
água que a atravessa em trabalho mecânico.
Consiste, basicamente, de um sistema fixo
hidráulico e de um sistema rotativo hidromecânico
destinados, respectivamente, à orientação da água
em escoamento e a transformação em trabalho
mecânico.” Em outras palavras, as turbinas
transformam em energia mecânica, a energia
cinética possuída pela água na entrada das turbinas,
e a torna disponível em um eixo, ao qual pertence o
gerador elétrico. As turbinas em geral são
constituídas de duas partes: distribuidor e rotor. Estas duas partes
assumem formas diversas, dependendo do princípio de funcionamento.
Na Usina de Estreito, é usada em todas as máquinas a turbina do
tipo Francis, é uma típica turbina de reação, pois recebe água sob pressão
na direção radial e descarrega numa direção axial, havendo transformação
tanto de energia cinética como de energia de pressão em trabalho.
Geradores
Um gerador é definido como uma máquina
que transforma energia mecânica em energia
elétrica. O gerador de corrente alternada libera
corrente alternada diretamente ao circuito externo. O
gerador trifásico possui três enrolamentos de
armadura para liberar três correntes monofásicas
alternadas (~) defasadas num angulo de 120º uma
das outras.
Esses enrolamentos podem ser ligados em
triângulo ou estrela. A conexão triângulo é às vezes
usada para máquinas de baixa tensão e alta corrente,
mas a conexão estrela é mais usual, facilita a
proteção e propicia mais alta tensão na composição dos enrolamentos. As
unidades da USLB. O são mantidas pelos seguintes dados:
6 unidades geradoras;
Rotação: 112,5 RPM
Potência nominal pôr gerador: 175 MW
Turbinas Francis de eixo vertical
Freqüência: 60 Hz
Transformadores
A ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) define o transformador
como: Um dispositivo que por meio da indução
eletromagnética, transfere energia elétrica de
um ou mais circuitos (primário) para outro ou
outros circuitos (secundário), usando a mesma
freqüência, mas, geralmente, com tensões e
intensidades de correntes diferentes. Então, o
transformador é um conversor de energia
eletromagnética, cuja operação pode ser
explicada em termos do comportamento de um
circuito magnético excitado por uma corrente
alternada.
Os geradores de Estreito são conectados aos transformadores
elevadores de 13,8-345 kV por intermédio de barramentos blindados e
extremamente isolados por fase. Essa elevação é importante por causa
da grande perda na transmissão dessa energia.
SUBESTAÇÃO
LINHAS DE TRANSMISSÃO
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
for de 15ppm (partículas por milhão). Se caso o óleo estiver impróprio para o uso ele
passa novamente pelos procedimentos de purificação.
Acompanhamos a retirada dos filtros de onda na linha Estreito-Furnas
(Subestação). Os filtros de onda estavam um pouco depreciados pelas intempéries,
fazendo com que a comunicação entre as usinas ficasse um pouco prejudicada. Os
técnicos acharam melhor retirar de operação os filtros de onda para mais tarde
substituir por algum outro equipamento mais moderno.
Vi também a retirada do óleo do mancal guia da máquina 6. Vi também como
os técnicos executaram todos os procedimentos, como o fechamento das comportas
de manutenção (Stop Log’s). Tomaram todos os cuidados para que a retirada do óleo
não fizesse alteração nenhuma no estado verdadeiro do mesmo. Os técnicos estavam
suspeitando de que havia limalha de ferro no óleo, portanto estava mudando as suas
propriedades. Tiraram duas pequenas amostras para que fossem enviadas ao CTE
(Centro Técnico de Ensaios e Medições) de Furnas. O resultado saiu em poucas
semanas e a suspeita de limalha foi confirmada e sendo assim, tiveram que trocar a
bomba de óleo que estava liberando essas impurezas. Neste procedimento pude ver o
quanto é necessário estar sempre analisando o óleo e também outros componentes
das máquinas. Isto ajuda a empresa sempre ter maior eficiência e menos prejuízos.
Esta constatação de que o óleo estava impuro, implicou na troca da bomba de
óleo da máquina 6, isto fez com que ela fosse desativada. A ONS (Operador Nacional
do Sistema Elétrico) permitiu que a máquina ficasse parada somente 10 dias para
manutenção. Os técnicos viram que seria um bom tempo para poder fazer mais alguns
acertos não muito importantes, visto que o tempo permitia isso. Mas, ao terceiro dia, a
máquina 5 teve que ser tirada de operação porque ocorreu um problema com sua
excitatriz (tratarei mais tarde sobre isso), sendo assim, a ONS estabeleceu de que a
máquina 6 fosse reativada imediatamente, fazendo com que os técnicos adotassem
procedimentos de emergência. Isto tudo aconteceu no sábado, vários técnicos
inclusive de outras áreas foram convocados a ajudar na manutenção da máquina 6,
para rapidamente colocá-la em operação. Com essa experiência pude ver como os
funcionários de Furnas estão capacitados para realizar qualquer tipo de trabalho a
qualquer prazo.
Como já mencionei acima, a máquina 5 teve
de ser desativada emergencialmente, por causa do
dano à sua excitatriz. Isso ocorreu quando não
estávamos na Usina, aconteceu em um sábado.
Mas, logo na segunda, quando os técnicos da
mecânica foram fazer a manutenção pude
acompanhar de perto todos os procedimentos de
manutenção. O que precisamente aconteceu foi que
o anel coletor da excitatriz se deslocou 25 mm e
quebrou em vários pedaços. Essa experiência me
fez colocar em prática os conhecimentos adquiridos na matéria de máquinas elétricas,
pude relembrar alguns conceitos, como: o que é um anel coletor, escovas e geradores.
Pude ver com mais clareza o que é um anel coletor e os técnicos me explicaram de
uma forma bem prática que o anel consiste de um aro de cobre eletricamente
conectado às bobinas do enrolamento da armadura. Tem a função de conectar
eletricamente o rotor com o estator da excitatriz. Feita a manutenção, em poucos dias
a máquina 5 voltou a operar normalmente.
Outra experiência que tive, foi do teste de Megger nos pára-raios da linha
Estreito-Furnas, na subestação. Este teste foi executado de maneira muito cautelosa,
visto que na subestação necessita de um cuidado muito grande, pelo fato do lugar ser
muito perigoso. O teste de Megger foi feito para analisar se os pára-raios das 3 fases
que interligam as duas usinas funcionariam caso precisasse. Pude perceber o grande
cuidado que tem quando o assunto é segurança. Os técnicos sempre aterravam dos
dois lados a linha onde eles trabalharia, para que caso houvesse alguma descarga,
eles não se acidentariam. Com este teste verificou que todos estavam operando
normalmente.
INSTRUMENTAL MANUSEADO
Alicate Amperímetro
Amperímetro digital e analógico
Cabos
Doble
Ducter
Laptop
Máquina de corrente
Megger
Multímetro digital
Ponte de wheatstone
TC padrão
Voltímetro digital e analógico
DIFICULDADES ENFRENTADAS
Posso dizer que uma das dificuldades foi a minha inexperiência na parte
prática. Por que o curso me ofereceu um suporte na parte teórica, mas, não pude ver
de perto algumas teorias colocadas na prática. Cito por exemplo a disciplina de
Máquinas Elétricas, que durante o curso foi fundamentada somente na parte teórica,
mas que tem grande importância na prática. E quando me deparei com algumas
dessas máquinas que estudei, sequer pude extrair algum conhecimento, visto que não
tinha muita intimidade com a parte prática. Mas, com o tempo e a ajuda dos técnicos
fui me adaptando e aos poucos fui aprendendo mais.
Outra dificuldade que tive foi de não saber muitos termos técnicos e muitas
vezes ficava perdido quando ouvia algum técnico explicar algo. Mas, isso foi resolvido
de maneira simples. Os técnicos com sua disposição a ensinar me ajudaram muito em
relação a isso e pude aprender muito também.
Cito também as dificuldades que tive em manusear certos instrumentos de
medição e também a ler diagramas esquemáticos. Mas, não foi muito difícil, pois já
tinha uma base teórica que a Escola me proporcionou nas disciplinas de Medidas
Elétricas e Instalações Elétricas, principalmente as matérias do terceiro período.
Além dessas dificuldades técnicas, também tive algumas outras dificuldades no
lado pessoal, visto que não conhecia ninguém nem o lugar. Estava longe da família e a
dificuldade de viajar era grande. Mas, com o tempo fiquei bem à vontade, todos me
acolheram com fraternidade, me respeitaram bastante e ajudaram muito no meu
crescimento.
Apesar das dificuldades, vi que elas me ajudaram bastante no meu
crescimento como pessoa e profissional.
SUGESTÕES
Avaliação do Estágio
Novas Técnicas
No meu estágio não vi muitas técnicas diferentes das que aprendi no curso.
Acho também que o curso oferece técnicas bastante atualizadas apesar dos
equipamentos usados estarem um pouco ultrapassados. O que poderia dizer que
estava acontecendo de diferente na empresa é a modernização em todo o sistema de
gerenciamento de energia (SAGE), onde os controles analógicos passariam a ser
digitais. Outra coisa que vi, foi a mudança dos painéis, equipamentos e aparelhos de
medição onde a eletrônica está cada vez mais tomando espaço.
Equipamentos e Ferramentas
Alicate de Corte
Alicate Universal
Bomba Manual
Chave Combinada
Chave de Boca
Chave de Fenda
Chave Inglesa
Chave Philips
Equipamentos de Proteção Individual
Rádio de Comunicação
Torquímetro
Teve outras ferramentas e equipamentos que também tive contato, mas preferi relatar
os mais usados para que ficasse de uma forma bem mais sucinta a escrita do
relatório.
Relacionamento no Estágio
Tenho certeza que deste estágio estou levando muitos aprendizados, não
apenas no campo técnico, mas também no campo pessoal. Pude crescer bastante nos
meus conceitos e na minha experiência de vida.
Aprendi até mesmo outros conceitos como a ética no trabalho, a maneira de
lidar com os outros colegas de trabalho, enfim, pude ver outras coisas que numa teoria
não tem como relatar.
No campo pessoal, também aprendi bastante. Morando longe de casa, tive o
apoio de pessoas que nunca esquecerei que foram meus amigos quando precisei.
Principalmente os outros estagiários, os técnicos e outras pessoas que conheci na vila
residencial. Todos me trataram com hospitalidade, com todo o cuidado, me ajudavam
em tudo que precisava fazer e me ensinaram bastante. Com esse estágio estou
levando muito conhecimento técnico, mas também levo muitas experiências pessoais
vividas, das quais me fizeram uma pessoa melhor.
Hoje olho para trás e vejo o quanto isso tudo valeu a pena, vi também o quanto
ganhei. Amigos, companheiros, colegas de trabalho, enfim todo esse estágio ficará
guardado na minha memória de uma maneira especial.
Por isso mesmo, só tenho a agradecer à aos técnicos, supervisores,
funcionários, estagiários e a todas as pessoas que de alguma forma tiveram contato
comigo e por isso de alguma forma fizeram parte da minha vida durante este estágio.
Jorge e
Fernando
ao fundo.
Guilherme,
Karen,
Matheus,
Ademilson.
Condições do Estágio
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
História da Empresa p. 5
Furnas Centrais Elétricas S.A., Site Furnas: SUA HISTÓRIA: UM BREVE RELATO DA HISTÓRIA
DE FURNAS. Disponível em: http://www.furnas.com.br/institu_relato.asp. (s.d.)
Barragem p. 8
Prof. M. Marangon, D. Sc: Tópicos em Geotecnia e Obras de Terra - Unidade 05 - BARRAGENS
DE TERRA E ENROCAMENTO. Disponível em:
http://www.nugeo.ufjf.br/notas_aula/togot_unid05.pdf. Desde: 2004
Reservatório p.8
De Souza, Aluízio. Furnas Centrais Elétricas S.A., Site Furnas: HIDRELÉTRICA A FIO D’ÁGUA
SERÁ MODERNIZADA. Disponível em:
http://www.furnas.com.br/arqtrab/ddppg/revistaonline/linhadireta/RF317_capa.pdf. Desde:
Fevereiro de 2005.
Turbinas p.10
De Souza, José. Site de compartilhamento “ebah! Eu compartilho”: TIPOS DE TURBINA.
Disponível em: http://www.ebah.com.br/tipos-de-turbina-ppt-a9938.html#. Desde 11/12/2008.
De Souza, Zulcy; Funchs, Rubens; Santos, Afonso (1983), Centrais, Hidro e Termelétricas. São
Paulo: Edgard Blüncher Ltda.
Transformadores p.11
Celesc Distribuição S.A.: GLOSSÁRIO. Disponível em:
http://portal.celesc.com.br/portal/grandesclientes/index.php?
option=com_content&task=view&id=31&Itemid=54 (s.d.)
Subestação p.11
Serafim, Prof. Dr. Emerson Silveira. Instituto Federal de educação, ciência e tecnologia:
TRANSFORMADORES ELÉTRICOS. Disponível em:
http://portal.celesc.com.br/portal/grandesclientes/index.php?
option=com_content&task=view&id=31&Itemid=54
DATA: 07/2009
_______________________________
Matheus Barbosa Ribeiro
(Estagiário)
_______________________________
Wellington Maniglia
(Supervisor do estágio)
_______________________________
Cosme Roberto Pereira
(Coordenador de Estágio da E.E. Furnas)
AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO: