Giárdia
Giárdia
Giárdia
Classificação científica
Domínio: Eukaria
Reino: Protista
Sub-reino: Protozoa
Filo: Sarcomastigophora
Subfilo: Mastigophora
Classe: Zoomastigophora
Ordem: Diplomonadida
Família: Hexamitidae
Gênero: Giardia
Espécie: G. lamblia
Nome binomial: Giardia lamblia
História
Anton van Leeuwenhoek (1681) observou animalúnculos móveis (trofozoíto) em
suas próprias fezes. Todavia, Lambl, em 1859, o descreveu com mais detalhes. Este gênero
foi criado por Kunstler (1882) ao verificar a presença de um flagelado no intestino de
girinos.
Ciclo de vida
O ciclo de vida é simples: os trofozoítos são as formas ativas no hospedeiro, sendo
que a forma infectante são os cistos, multiplicando-se no intestino. Os trofozoítos têm
proteínas de adesão às células da mucosa e geralmente não são arrastados com as fezes.
Alguns trofozoítos transformam-se em cistos, que são formas resistentes, mas inativas, que
são arrastadas e excretadas com as fezes. No exterior, os cistos resistem por semanas a
meses. Se forem ingeridos por algum animal, são ativados durante a passagem pelo seu
estômago e transformam-se em trofozoítos.
Giárdia II
A giardíase, também conhecida por lambliose, é uma infecção intestinal causada
pelo protozoário flagelado Giardia lamblia/ Giardia intestinalis. Ele pode se apresentar em
forma de cisto ou trofozoíto, sendo que a primeira é a responsável por causar diarréia
crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro (cão, gato, gado,
roedores, ser humano, dentre outros), graças às toxinas que libera. Essas manifestações
podem gerar um quadro de deficiência vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a
morte, caso não sejam tratadas.
Ocorre em todo o mundo, mas é mais frequente em regiões onde as condições
sanitárias e de higiene são precárias.
Os protozoários são transmitidos pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de
indivíduo contaminado, podendo estar presentes na água, alimento ou mesmo nas mãos e
objetos que entraram em contato com ela. Moscas e baratas podem transportá-los. No
estômago, dão origem aos trofozoítos. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem
e seus descendentes, após sofrerem processo de encistamento, são liberados para o exterior
do hospedeiro, quando este defecar. O período de incubação é entre uma e quatro semanas
e a infecção pode ser assintomática.
O diagnóstico é feito via exame de fezes ou, em casos raros, biópsia de material
duodenal. A prevenção é feita adotando-se hábitos de higiene, como lavar as mãos após ir
ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais e antes de comer ou preparar alimentos;
ingerir unicamente água tratada; higienizar os alimentos antes do consumo e cura dos
doentes. Vale lembrar que o cloro não mata os cistos e que, portanto, alimentos ou água
tratados unicamente com cloro não impedem a infecção por este protozoário.
O tratamento pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo médico. Adultos
que têm contato mais próximo com crianças e pessoas que trabalham no setor alimentício
devem se afastar de suas funções até a cura total.
Giardíase
Sinônimos: Enterite por Giardia, Gastrenterite por Giardia, Duodenite por Giardia,
Lambliose, Giardose
O que é?
Infecção intestinal causada por um protozoário (ser unicelular) flagelado limitada ao
intestino delgado e ao trato biliar. Este parasita apresenta-se sob as formas de trofozoítos
que são as formas ativas vivendo e se reproduzindo no hospedeiro e as formas de cistos que
são as formas infectantes e de resistência do parasita. Os cistos ingeridos, em sua passada
pelo meio ácido do estômago, são ativados e se transformam em trofozoitos.
Como se adquire?
A transmissão é oral - anal e atinge a população com más condições de higiene, crianças
pequenas e adultos que não tomam precauções higiênicas nas relações sexuais
principalmente em sexo anal. A maioria das epidemias comunitárias se dá por
contaminação do suprimento de água. A contaminação direta se faz por transferência dos
cistos através de mãos sujas de fezes para a boca e indiretamente pela ingestão de alimentos
ou água contaminados. Animais contaminados como cães, gatos e gado. Os cistos
contaminantes podem permanecer viáveis no meio ambiente por meses.
O que se sente?
O período desde a ingestão dos cistos até o surgimento da doença varia de 1 a 4 semanas. A
maioria das infecções tanto em adultos como em crianças é assintomática caracterizando-se
apenas pela eliminação do microrganismo. A infecção sintomática pode grassar com amplo
espectro de manifestações clínicas desde diarréia aguda com fezes aquosas e dor abdominal
até diarréia crônica conseqüente à má absorção o que acarreta esteatorréia (fezes com
excesso de gordura com mau odor e que aderem às paredes da louça sanitária) propiciando
o surgimento de deficiência das vitaminas lipossolúveis e até mesmo déficit de
crescimento. Os sintomas diarréicos são devidos a toxinas produzidas pela Giárdia e a
reação é atribuída à multiplicação dos parasitas.
Como se previne?
As medidas de higiene do lavar as mãos às precauções com a higienização dos alimentos
principalmente daqueles consumidos crus, a filtração da água, a cloração da água
distribuída, a fervura da água não tratada, e o tratamento de pessoas e animais doentes são
pontos importantes na prevenção da doença.
Amebóide
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
(Sem classif.) Unikonta
Reino: Protista
Filo: Amoeboflagellata
Subfilo: Amoebae
Ameba I
A ameba é um animal unicelular, ou seja, é composto por apenas uma única célula.
Em função do seu tamanho, em média 0,2 milímetro, é observável apenas com a ajuda de
microscópio. É classificado como protozoário é sua vida remonta o período de origem do
nosso planeta.
Características Principais
As amebas vivem em meio aquático (lagos, poças de água, riachos), terrestre e até
mesmo no organismo de outros seres vivos como, por exemplo, o homem. Neste último
caso pode provocar doenças perigosas como, por exemplo, a amebíase. Grande parte das
doenças causadas por amebas é provocada pela ingestão de água contaminada ou alimentos
preparados sem as devidas condições de higiene.
O corpo da ameba não possui uma forma definida, sendo que o corpo é quase
totalmente formado por uma substância gelatinosa (protoplasma). No interior do
protoplasma podemos encontrar o núcleo.
A ameba alimenta-se por um sistema chamado de fagocitose. Ela utiliza os
pseudópodes (falsos pés) para envolver o alimento. Esses pseudópodes se fecham e o
alimento é digerido numa bolsa que fica no interior da ameba.
Um outro recurso interessante que as amebas utilizam é a transformação em cistos.
Quando o meio em que ela vive é desfavorável (local seco ou sem alimentos), ela se
transforma num cisto. Nesta forma pode viver muito tempo. Quando encontra-se em meio
líquido novamente este cisto se rompe aparecendo a ameba novamente.
Ameba II
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
Filo: Protozoa
Classe: Sarcodina
Ordem: Amoebina
Família: Osphronemidae
INFORMAÇÕES
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
Diâmetro: 0,3 cm
Características: seres unicelulares
Reprodução: ocorre por divisão binária.
Ameba III
AMEBÍASE
O que é?
É uma infecção por parasita ou protozoário que acomete o homem podendo ficar restrita ao
intestino, tendo como principal sintoma a diarréia, ou não causando febre e sintomas
diferentes dependendo do órgão “invadido”. Mais freqüentemente o órgão preferencial a ser
comprometido é o fígado. O agente causal é a Entamoeba hystolitica. Este parasita infecta
aproximadamente 1% da população mundial, principalmente a população pobre de países
em desenvolvimento. Recentemente identificou-se um parasita com a mesma forma da
Entamoeba hystolitica que não causa doença (Entamoeba dispar). Isto é importante porque
o achado da ameba nas fezes de um indivíduo não necessariamente caracteriza amebíase. A
E. dispar não é causadora de doença e a hystolitica pode estar presente no indivíduo e não
causar doença. A diferenciação de uma para a outra é feita por exames de laboratório e
raramente se mostra relevante.
Como se adquire?
Através da ingestão de alimentos ou água contaminada com matéria fecal contaminada com
os cistos da Entamoeba. Pode-se adquirir de outras formas, mas são bem menos freqüentes
e estão restritas praticamente a pessoas com a imunidade comprometida.
O que se sente?
Os sintomas das pessoas com amebíase vão desde a diarréia com cólicas e aumento dos
sons intestinais até a diarréia mais intensa com perda de sangue nas fezes, febre e
emagrecimento. Nestes casos ocorre invasão da parede do intestino grosso com inflamação
mais intensa e os médicos chamam de colite. Podem ocorrer ulcerações no revestimento
interno do intestino grosso, por esta razão o sangramento. Raramente a infecção causa
perfuração do intestino, quando ocorre a manifestação é de doença abdominal grave com
dor intensa, rigidez e aumento da sensibilidade da parede além de prostração extrema da
pessoa afetada. A doença pode apresentar-se de forma mais branda com diarréia
intermitente levando muitos anos até surgir um comprometimento do estado geral.
Não muito comumente o protozoário pode penetrar na circulação e formar abscessos
(coleções fechadas no interior de algum órgão ou estrutura do corpo) no fígado que causam
dor e febre com calafrios. Estes abscessos podem romper-se para o interior do abdômen ou
mesmo do tórax comprometendo as pleuras (camada que reveste os pulmões) ou o
pericárdio (camada que reveste o coração). Também raramente podem formar-se
tumorações no intestino que se denominam “amebomas”.
As situações de doença extra-intestinal ou invasiva são as que levam aos casos mais
extremos que evoluem para a morte do indivíduo infectado.
Como se previne?
A contaminação fecal dos alimentos e da água é a principal causa de tal infecção. Como na
maioria das parasitoses intestinais as medidas de saneamento básico como tratamento da
água e esgotos são decisivas na prevenção desta doença.
Os alimentos mais freqüentemente contaminados são os vegetais cultivados junto ao solo.
A higiene destes alimentos crus deve ser rigorosa com detergentes potentes seguido de
imersão em solução de vinagre ou ácido acético por 10 a 15 minutos. A água somente após
ser fervida fica totalmente livre destes protozoários.
O tratamento adequado destes pacientes ajuda a eliminar fontes de propagação da doença,
principalmente na zona rural onde a água tratada não é sempre disponível.
Os hábitos gerais de higiene como lavar as mãos após o uso do sanitário são medidas de
educação que com certeza contribuem na prevenção. A fiscalização dos prestadores de
serviços na área de alimentos pela vigilância sanitária é de suma importância.
Recentemente a possibilidade de vacina para um futuro não muito distante mostrou-se
viável.