A Linha de Malandros Na Umbanda
A Linha de Malandros Na Umbanda
A Linha de Malandros Na Umbanda
Mas assim como todos os Guias de Umbanda, a falange de Malandros tem a sua
regência e Orixás os quais respondem diretamente. Não são entidades livres de
responsabilidade, assim como todos os outros, tem suas responsabilidades a seguir
que é fazer e praticar suas boas mandingas em nome da Caridade e do amor ao próximo
que os procuram em busca de ajuda.
A malandragem antes de tudo, antes de até mesmo ser integrada na Umbanda foi criada
e autorizada por Olorum e como qualquer Falange tem sua regência e responsável, com
a malandragem não é diferente.
Quem nunca ouviu falar de Zé Pelintra? Pois bem, o caro e amigo Zé Pelintra, grande
mandingueiro, mestre Juremeiro, portador da Fé, que caminhou do Nordeste ao
Sudeste buscando seu caminho por longas estradas... É essa brevemente, uma das
grandes lendas que explicam sobre o amigo Zé Pelintra que se apresenta em nossa
religião. Mas como sabemos, cada espírito que se apresenta nessa linha é um espírito
diferente e tem sua própria história, mas que dentro de seu contexto, por afinidade, é
nessa linha de trabalho que vem nos ajudar. Mas o grande Zé Pelintra Mestre Juremeiro
é o famoso Zé, também chamado por uns de “Zé Maior” o grande Chefe de falange da
Malandragem, é a ele que todos os malandros atuantes e que se apresentam na
Umbanda para trabalhar respondem, e é ele que responde aos Orixás que regem e dão
sustentação a essa linha de trabalho em nossa religião.
Sr Zé, quando estreitamos nosso contato com ele, ele sempre busca nos vivificar,
colocando nossos potenciais e virtudes para fora com sua alegria e gerando em nós
uma sensação inigualável de que a vida vivida é maravilhosa, essa parte advém de
nossa maravilhosa mãe Iemanjá a geradora de tudo. Observamos também que todo
bom malandro atua de forma pontual, presente e incisiva em nossas vidas com seus
conselhos doutrinadores e direcionadores, fazendo com que todos nós acordemos de
nossas falhas e nos movimentemos de forma nunca antes vista para as conquistas e
consertos dessas falhas, essa parte vem de nossa grande mãe Iansã Rainha da lei e
das direções.
Mas quem nunca ouviu a famosa frase de um malandro: “- Malandro que é malandro,
caminha em qualquer lugar...”? Dentre as diversas frases de Sr. Zé Pelintra, essa é uma
delas que carrega muito mais mistério do que podemos imaginar. O mistério maior de
Zé Pelintra vem de sua principal regência que é Oxalá, Ogum, Iemanjá e Iansã. Mas,
podemos encontrar hoje dentro da falange da malandragem, diversos “Zés” com suas
mais distintas filiações e atuações específicas dentro do campo desse ou daquele Orixá.
Logo, muitos “Zés” podem vir sobre a regência de um específico Orixá, mas sempre
respondendo primeiramente a estes quatro principais que regem essa linha da
malandragem.
Assim como encontramos Zé Pelintra respondendo a esses quatro Orixás com tais
especificações, mas atuando com seus mistérios para todos os fins de Amor, Justiça,
Cura, etc. e etc. Pois sua regência vinda de Oxalá, o grande criador que exteriorizou do
interno de Olorum, todos os campos da vida e seus respectivos Orixás responsáveis,
deu a ele a chave para atuar e ter passagem de atuação em todos os campos da vida
com sua boa malandragem. Não é à toa também, que um dos grandes símbolos de Zé
Pelintra é uma Chave, que dá a ele a passagem por todas as portas da criação.
Muitos são os malandros que se apresentam para trabalhar e muitos com nomes
diferentes em suas apresentações:
Zé Pelintra, Zé Navalha, Zé Pelintra das Almas, Zé Malandro, Zé da Madrugada,
Malandrinho, Zé Pretinho, Capoeirinha, João baiano, entre outros...
As mais variadas são as suas ferramentas de trabalho, mas dentre elas podemos
destacar a bengala, a chave, o punhal, a navalha, o terço, o maracá, os dados, as
cartas, os dominós, palitos de dente, cigarros, cerveja, água com gás, água sem gás
entre outros.
Axé
Fonte. UmbandaGratis