Agenda 21

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Atualidades

Agenda 21, denominação dada a um dos acordos mais importantes


assinado pelas nações participantes da Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento — conhecida como Eco-92 —
realizada no Rio de Janeiro (ver Desenvolvimento sustentável). Contém
mais de 2.500 recomendações para criar melhores condições para a
população mundial e a preservação do meio ambiente, no próximo
século. Constitui um programa de ação para implementar um modelo de
desenvolvimento sustentável que leve à compatibilização das atividades
econômicas com os recursos naturais e a qualidade de vida das
populações.

A agenda 21 está dividida em 4 seções: Dimensões Sociais e


Econômicas, Conservação e Gerenciamento dos Recursos para o
Desenvolvimento, Fortalecimento dos Principais Grupos Sociais e os
Meios de Implementar as Ações Propostas. Seus temas são abordados
de forma abrangente. Sua relevância se prende ao fato de oferecer
opções práticas que podem ser implementadas e por destacar o papel
de cada um dos diversos segmentos que compõem a sociedade. Seus
programas de ação estão alicerçados na idéia de que a população, o
consumo e a tecnologia são fundamentais para a mudança ambiental na
Terra. A colaboração entre as nações é enfatizada como forma de se
alterar o quadro de pobreza e degradação ambiental que domina nas
sociedades no mundo atual.

Desenvolvimento sustentável, termo aplicado ao desenvolvimento


econômico e social que permite enfrentar as necessidades do presente,
sem pôr em perigo a capacidade de futuras gerações para satisfazerem
suas próprias necessidades.

Durante as décadas de 1970 e 1980 tornou-se cada vez mais claro que
os recursos naturais estavam sendo dilapidados em nome do
"desenvolvimento". Estavam se produzindo mudanças imprevistas na
atmosfera, nos solos, nas águas, entre as plantas e os animais e nas
relações entre todos eles. Foi necessário reconhecer que a velocidade da
transformação era tal que superava a capacidade científica e
institucional para minimizar ou inverter o sentido de suas causas e
efeitos. Estes grandes problemas ambientais incluem: 1) o aquecimento
global da atmosfera; 2) o esgotamento da camada de ozônio da
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estratosfera; 3) a crescente contaminação da água e dos solos pelos


derramamentos e descargas de resíduos industriais e agrícolas; 4) a
destruição da cobertura florestal (ver Desmatamento); 5) a extinção de
espécies (ver também Espécies ameaçadas); 6) a degradação do solo.

Ao final de 1983 criou-se, dentro da Organização das Nações Unidas,


uma comissão independente para examinar estes problemas e sugerir
mecanismos que permitam à crescente população do planeta satisfazer
suas necessidades básicas sem pôr em risco o patrimônio natural das
gerações futuras.

Após a comissão, o acontecimento internacional significativo seguinte foi


a cúpula da Terra, ocorrido em junho de 1992, no Rio de Janeiro.
Denominada oficialmente Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, no qual estiveram representados 178
governos, incluindo 120 chefes de Estado, também ficou conhecida
como Eco-92 ou Rio-92. Tratava-se de encontrar modos de traduzir as
boas intenções em medidas concretas e de que os governos assinassem
acordos específicos para enfrentar os grandes problemas ambientais e
de desenvolvimento. Os resultados da cúpula incluem convenções
globais sobre a biodiversidade e o clima, uma Constituição ou Carta da
Terra, de princípios básicos, e um programa de ação chamado Agenda
21, para pôr em prática estes princípios.

Os resultados foram relativizados pela negativa de alguns governos a


aceitar os cronogramas e objetivos para a mudança ou concordarem
com a adoção de medidas vinculantes. O programa de ação contido na
Agenda 21 aborda, em seus 41 capítulos, quase todos os temas
relacionados com o desenvolvimento sustentável que possam ser
imaginados; porém, não está suficientemente financiado.

Entretanto, a conferência foi um exercício transcendental de


conscientização ao mais alto nível político. A partir dela, nenhum político
relevante poderá alegar ignorância dos vínculos existentes entre o
desenvolvimento e o meio ambiente.

Organizações ambientalistas, instituições que atuam em prol da


proteção e conservação do meio ambiente, podendo ou não
pertencerem à esfera do poder público. As organizações de governo
preparam em termos técnicos a legislação ambiental, gerenciam as
unidades de conservação, realizam pesquisas ecológicas e fazem a
fiscalização.
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As organizações não governamentais (ONGs) ambientalistas lutam pela


preservação do meio ambiente procurando sensibilizar a opinião pública
e empresas e buscar a cooperação do governo, nas suas diferentes
esferas do poder. Trabalham denunciando, conscientizando e criando
formas de pressão, para reverter situações que atentem contra o meio
ambiente. Destacam-se também por realizar estudos, fazer
monitoramentos e publicar relatórios, livros, vídeos e propagandas, que
elevam o nível de conscientização dos problemas ambientais.

Dedicam-se a salvar determinadas espécies da fauna que estão em


extinção, como a defesa das baleias e do mico-leão no Brasil. Há
entidades que atuam em escala mundial entre as quais podem ser
citados o Greenpeace, Amigos da Terra, Fundo Mundial para a Natureza
(WWF) e a União Internacional para Conservação da Natureza e dos
Recursos Naturais, que foi criada em 1934.

No Brasil, há um número significativo de entidades que trabalham


dedicados à causa ambiental. A Agenda 21 reconheceu o papel
importante das ONGs como parceiras para o desenvolvimento
sustentável.

Ecologia no Brasil, ciência que se desenvolveu no mundo a partir de


pesquisas realizadas no Brasil. Muitos dos naturalistas que visitaram o
Brasil no século XVIII, como Alfred Wallace, Alexander von Humboldt,
Johann von Spix, Karl von Martius e Saint-Hilaire, dedicaram-se à
pesquisa da nossa flora e fauna, também sob o ponto de vista ecológico.
Mas foi o naturalista dinamarquês Eugenius Warming (1841-1924),
quem introduziu a noção de ecologia, ao estudar, entre 1863 e 1866, a
vegetação dos campos cerrados nos arredores de Lagoa Santa (Minas
Gerais), onde esteve a convite de Peter Lund. Com base no que
observou no Brasil, Warming escreveu o livro Plantesamfunde (As
comunidades vegetais, 1895), primeira obra sobre ecologia publicada no
mundo. Só 30 anos mais tarde apareceu o livro Etologia Animal, de
Elton, que estudou o comportamento dos animais e o meio ambiente em
que vivem.

Em 1942, foi publicado no Brasil o primeiro trabalho sobre ecologia, de


autoria do botânico Félix Kurt Rawitscher, o qual abriu o caminho para o
desenvolvimento da ecologia com base em estudos experimentais no
país. Seguiram-se outros dois que, além de analisar a influência dos
fatores climáticos, tiveram grande importância didática na introdução
dos métodos de pesquisa ecológica no país.
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O primeiro trabalho experimental de ecologia de campo no Brasil,


Profundidade dos solos e vegetação dos cerrados no Brasil Meridional,
escrito por Rawitscher, Ferri e Rachid, foi publicado nos Anais da
Academia Brasileira de Ciências, em 1943.

Compreendendo a importância dessa ciência, a Universidade de São


Paulo criou, há mais de duas décadas, no Instituto de Biociências, um
Departamento de Ecologia Básica. Desde então, vários outros institutos
e faculdades têm criado departamentos dedicados à ecologia.

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