01 - O Crescimento Da Igreja Primitiva
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01 - O Crescimento Da Igreja Primitiva
Introdução
Uma das questões mais debatidas em nossos dias é a questão do crescimento da
igreja. Pessoas e grupos há que estabelecem determinados meios que "funcionaram"
aqui e acolá, havendo sempre em cada descrição uma tentativa de legitimação de
seus atos e universalização de suas propostas.
A Igreja é constituída por aqueles que estavam mortos, mas que receberam vida —
regeneração —, pelo Espírito. Portanto, o ponto em comum entre todos os cristãos é o
fato de terem sido chamados por Deus. A Igreja se reúne porque Deus a convocou; e
ela também o faz para ouvir a voz do seu Senhor, (veja At 10.33).
Paulo recomenda a Timóteo e a Tito que tenham o mesmo cuidado com o ensino da
doutrina (1 Tm 4.16; Tt 2.1; 2 Tm 4.3,4,7; 2 Pe 1.16).
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2 - COMUNHÃO
A Igreja Primitiva desfrutava de uma comunhão íntima, não artificial, gerada pelo
Espírito Santo (At 2.42; 4.32; Ef 4.3). Jesus orou para que houvesse esta comunhão, a
qual aponta de forma indicativa para a unidade amorosa do Pai com o Filho, e o amor
divino manifesto em Cristo pelo seu povo (Jo 17.20- 23). Vejamos agora, algumas
manifestações desta comunhão.
A. Na Vida Devocional
1. No partir do pão:
Cremos que a expressão "partir do pão " (At 2.42) refere-se à Ceia do Senhor (Cf. At
20.7.11). A Igreja participava deste Sacramento lembrando a morte e ressurreição de
Cristo, atestando publicamente a sua fé no regresso glorioso e triunfante de Cristo, "...
até que ele venha"(l Co 11.26).
2. Nas orações:
A Igreja sentia prazer espiritual em poder participar do privilégio de poder falar com
Deus em companhia dos irmãos. A Igreja era um todo que perseverava unanimemente
no templo e nas casas. (At 1.14; 2.42,46; 3.1; 12.5.12) .
3. Louvando a Deus:
O mesmo pode ser dito com respeito à adoração pública: "Estavam sempre no templo,
louvando a Deus" (Lc 14.53). A Igreja expressava a sua fé c gratidão louvando a Deus
(At 2.47; Ef 5.18-20; Cl 3.16).
B. Na vida comunitária:
O resultado imediato disto foi que "nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os
que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes, e
depositavam aos pés dos apóstolos; então se distribuía a qualquer um à medida que
alguém tinha necessidade”. (At 4.34,35). Esta ação refletia o profundo vínculo de
comunhão e amor existente na comunidade primitiva.
Alguns anos mais tarde, por volta de 46- 48 AD., quando houve uma fome, causando
como sempre, uma grande inflação, "os discípulos, cada um conforme as suas posses,
resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judeia; o que eles, com efeito,
fizeram enviando-o aos presbíteros, por intermédio de Barnabé e de Saulo " (At
11.29,30). Posteriormente, Paulo levantou uma coleta entre os também pobres da
Macedônia (2 Co 8.1-4) e de Corinto, para os cristãos da Judéia (2 Co 8 e 9; Rm
15.25,26).
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A Igreja de Filipos, sensibilizando-se com a pobreza de Paulo, sem que ele nada
pedisse, enviou-lhe ajuda pelo menos em três ocasiões (Fp 2.25; 4.14-20).
Quando Pedro estava preso, a Igreja orava incessantemente em favor dele (At 12.2).
Alguns fariseus que foram convertidos, faziam da pergunta acima, uma afirmação: "Se
não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos" (At
15.1);e mais: "... E necessário circuncidá-los e determinar- lhes que observem a lei de
Moisés" (At 15.5).
Entretanto, Paulo e Barnabé criam de forma diferente (At 15.2). A questão foi
encaminhada aos apóstolos e presbíteros de Jerusalém, que se reuniram em Concílio
para estudar a questão (At 15.6).
Após o debate (At 15.7), o Concílio pronunciou-se sobre a questão de forma unânime,
com autoridade e simpatia (At 15.22-25), enviando para as Igrejas de Antioquia, Síria e
Cilicia, a sua resolução, sendo Barnabé, Paulo, Judas e Silas os emissários (At
15.23,25,27).
A Igreja teve uma experiência pessoal com o seu Senhor e, foi comissionada por ele
mesmo a dar testemunho perante o mundo, dos atos salvadores de Deus e das suas
virtudes (Mt 16.15; Mt 28.19,20; 1 Pe 2.9,10).
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Nas páginas do Novo Testamento encontramos uma Igreja consciente desta realidade,
proclamando a salvação oferecida por Deus em Cristo.
2. Até agora a Igreja não havia cumprido a totalidade da ordem divina, que dizia: "Mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (At
1.8). Os apóstolos, ao que parece, não haviam saído dos limites da Judéia com o
objetivo de proclamar o Evangelho.
Filipe, um dos diáconos eleitos (At 6.5), pregou em Samaria e muitos se converteram
(At 8.5-8), posteriormente ele evangelizou, mediante a direção de Deus (At 8.26), um
judeu etíope, que era tesoureiro da rainha Candace - título esse semelhante ao de
"Faraó", não indicando o nome próprio de uma pessoa -, que se converteu, sendo
então batizado (At 8.38).
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Vemos, desta forma, que o Evangelho estava sendo disseminado, tendo como
elemento gerador uma perseguição que parecia ser fatal para a Igreja de Cristo;
entretanto Deus a redundou em bênçãos para o seu povo (Gn 50.20; Rm8.28).
Mais tarde, Paulo, o antigo Saulo, escreveu aos gálatas: "Quando, porém ao que me
separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho
em mim, para que eu pregasse entre os gentios..." (G11.14,15).
Conclusão
• À Igreja cabe a responsabilidade intransferível de pregar e viver o Evangelho.
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Aplicação individual
Gosto de estar com meus amigos da igreja. Praticamente estamos sempre juntos.
Parece que os discípulos do primeiro século também gostavam de estar juntos. Será
que não está sendo necessária uma 'dispersão' minha como discípulo para passar a
mensagem do Evangelho a quem não a conhece?
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