Layla Maryzandra Pedagogia Preta
Layla Maryzandra Pedagogia Preta
Layla Maryzandra Pedagogia Preta
INTRODUO
1
Militante Negra, Pedagoga, Educadora popular, Especializanda em Educao em Direitos Humanos e
Histria e Cultura AfroBrasileira e Africana. Email: [email protected]
2
Mestre em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Gois (UFG). Graduada em Direito pela
PUC/GO. Orientadora da Especializao (EAD) em Direitos Humanos para Diversidade e Cidadania
(NDH/UFG). Email: [email protected]
Parto da compreenso de que o racismo gera efeitos e necessita ser combatido
desde a tenra idade, pois a construo da identidade da criana negra j comea a ser
comprometida em grande medida devido ainstrumentos e comportamentos pedaggicos
por parte dos docentes, que carregam os mesmos contedos viciados, depreciativos e
preconceituosos que a sociedade demonstra em relao ao negro.
Por meio de uma educao eurocntrica e num contexto de falta de
preparo/formao ou preconceitos neles introjetados, muitos educadores no sabem
promover em suas prticas pedaggicas a construo positiva da identidade das crianas
negras, e ainda negam a existncia de diferenas pautadas no pertencimento racial entre
as crianas, calcado em prticas preconceituosas, ou de forma excludente, a partir da
falaciosa ideia de que est discutindo a diversidade.
Partindo dessas consideraes, apresento o problema desta pesquisa: possvel
ressignificar uma pedagogia que contribuir na construo da identidade da criana
negra na educao infantil?
Com isso, pretendo compreender como prticas pedaggicas podem interferir na
construo positiva ou negativa da identidade da criana negra, trazendo anlises das
principais contribuies tericas existentes sobre (i) a relao entre prticas
pedaggicas, (ii) relaes tnico-raciais, (iii) diversidade, (iv) criana negra e (v)
identidade racial.
Conforme esclarece Boccato (2006, p. 266), a pesquisa bibliogrfica busca a
resoluo de um problema por meio de referenciais tericos publicados, analisando e
discutindo as vrias contribuies cientficas. Neste caso, a pesquisa ir permear nas
obras de autores negros como: Nilma Gomes, Kalebegue Munanga, Eliane Cavalleiro e
Maria Aparecida Silva Bento, entre outros.
O artigo ser divido em trs tpicos. O primeiro trata de um breve histrico da
construo da identidade negra no Brasil, e como ela foi se constituindo ao longo da
nossa Histria, bem como de que forma a implementao da Lei Federal n. 10.639, de
09 de janeiro de 2003, intervm nesse processo. O segundo traz uma compreenso de
prticas pedaggicas enquanto prticas sociais, assumindo a existncia das diversidades
principalmente tnico-raciais na educao infantil. O terceiro aborda uma pedagogia
fundamentada em elementos que iro dialogar e trazer exemplos emblemticos de
metodologias, pautadas em valores, saberes e desconstrues raciais, que podem servir
de modelo e inspirao para a construo de novas pedagogias emancipatrias.
IDENTIDADE NEGRA NO BRASIL E A INSERO DA LEI 10.639/2003
A identidade assim concebida parece ser uma positividade ("aquilo que sou"),
uma caracterstica independente, um "fato" autnomo. Nessa perspectiva, a
identidade s tem como referncia a si prpria: ela autocontida e auto-
suficiente.Identidade e diferena: aquilo que e aquilo que no . (SILVA,
2000, p.2)
Tanto queo autor coloca que, com o fim da escravido, parece que a populao
negra, na tentativa de se integrar na sociedade brasileira (no como africanos, mas como
brasileiros) teria se desinteressado de suas prprias origens, deixando-as de alguma
forma para trs, como se o passado fosse um entrave a uma nova vida, uma memria
ruim, uma lembrana desnecessria.O Brasil j era ento um pas com negros, no se
sabe bem de onde vindos (PRANDI, 2000, p.58).
Pois nem tudo simplesmente frica, lembra o autor, essas pessoas ficaram
perdidas entre as diferenas e especificidades que existe do continente de onde vieram.
Ele ainda diz que:
Processo esse, marcado por uma sociedade que, para discriminar os negros,
utiliza-se tanto da desvalorizao da cultura de matriz africana como de
aspectos fsicos herdados pelos descendentes de africanos. (Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educao das Relaes tnico-raciais e para o
Ensino de Histria e Cultura Afro-brasileira e Africana, 2004, p.15)
nesse sentido que entendo a identidade negra como uma construo social,
histrica e cultural repleta de densidade, de conflitos e de dilogos. Ela
implica a construo do olhar de um grupo tnico/racial ou de sujeitos que
pertencem a um mesmo grupo tnico/ racial, sobre si mesmos, a partir da
relao com o outro. Um olhar que, quando confrontado com o do outro,
volta-se sobre si mesmo, pois s o outro interpela a nossa prpria
identidade.(GOMES, 2002, p. 39)
3
As Leis 10.639/03 e 11.645/08 so simbolicamente uma correo do estado brasileiro pelo dbito
histrico em polticas pblicas em especiais para a populao negra e indgena.
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Atender os propsitos expressos na Indicao CNE/CP 6/ 2002, bem como regulamentar a alterao
trazida Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, pela Lei 10.639/2000, que estabelece
a obrigatoriedade do ensino de Histria e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educao Bsica.
Igualmente, cabe ao Estado promover e incentivar polticas de reparaes, no
que cumpre ao disposto na Constituio Federal5, art. 205, que assinala o dever do
Estado de garantir indistintamente, por meio da educao, iguais direitos para o pleno
desenvolvimento de todos, enquanto pessoa, cidado ou profissional.
Outro ponto a se considerar o que Cavalleiro (2000) nos lembra, ao comentar
sobre estudos que ressaltam a preponderncia do silncio e da invisibilidade da
populao negra nas prticas pedaggicas e nos materiais utilizados nas instituies
escolares, como um todo. Na educao infantil tal fato expressivo, pois existe uma
crena, ou melhor, uma permanncia em achar que as crianas pequenas no
manifestariam comportamentos racistas e discriminatrios. Mas acabam se
surpreendendo, pois:
5
O Artigo 205 da Constituio Federal, foi criado com o intuito de garantir o direito de todos, sendo o
dever do Estado e da famlia proteg-la. Logo, deve ser promovida e incentivada com a participao da
sociedade, objetivando o desenvolvimento da pessoa, preparando-a para o exerccio de sua cidadania e
para sua qualificao para o trabalho.
Acrescenta ainda que, alm do estudoda frica e dos africanos sero
destacados:
As lutas dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro nas reas
sociais, econmicas e polticas, pertencentes, tambm Histria do Brasil,
relacionadas em todo currculo escolar principalmente nas reas de Educao
Artsticas, Literatura e Histria.
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Documento pedaggico que orienta e baliza os sistemas de ensino e as instituies educacionais na
implementao das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.
mas principalmente ampliar o olhar crtico para diversidade existente na construo da
sociedade brasileira, buscando outras formas de pedagogia.
De acordo com Silva (2000), precisamos adotar uma perspectiva que ao invs de
celebrar e contemplar as "diferenas", deva question-las e problematiz-las. O fato :
pontuar como isso se instaurou histrica e socialmente, e que relaes de poder
discursivas e simblicasesto intrnsecas a isso.
No que ser diferente seja ruim, mas ponderar que a partir delas que as
excluses so feitas, e porque isso se d, pensando em diversidade como princpios
universais para uma educao de qualidade, tendo o cuidado em no fazer disso um
caldeiro de temas transversais, que resulte em debates vazios e sem efeito prtico,
como ponderaSilva (2003).A seu ver:
Indo um pouco mais longe, Guijarro (1998) diz que a diversidade no significa
necessariamente falar de minorias, mas do coletivo humano, que traz em seu interior as
diferenas individuais.Por sua vez, Gomes (1990) descreve que ao consultarmos o
dicionrio procura da definio da palavra diversidade vamos encontrar diferena e
dessemelhana. Isso pode nos levar a pensar que a diversidade diz respeito somente aos
sinais que podem ser vistos a olho nu.
Porm, se atenta a que, se ampliarmos a nossa viso sobre as diferenas e
dermos a elas um trato cultural e poltico, poderemos observar que elas so construdas
culturalmente; sendo, por isso, empiricamente observveis, e que tambm so
construdas ao longo do processo histrico, nas relaes sociais e nas relaes de poder.
A autora ainda afirma que:
Na escola, o sujeito deve ser trabalhado para entender essa diversidade a partir
da sua subjetividade, ou seja, entendendo sua identidade. No entanto, essa mesma
escola tambm faz o papel contrrio, visto que no prprio documento - Parmetros
Curriculares Nacionais PCN de Pluralidade Cultural (1997) afirmado que:
Segundo Ortiz (2003), s atravs de uma releitura dos elementos que compem
as culturas negras no Brasil que poderemos tentar um meio, um aprofundamento
pedaggico, que nos encaminhe para uma pedagogia genuinamente brasileira, capaz de
resgatar para todos os brasileiros uma cultura nossa, considerada at agora marginal,
mas que responde pela identidade cultural do pas, estando presente em todos os setores
da sociedade.
Nesse contexto, cabe escolareformulare trocar esse currculo quadrado por um
plural, ligando elementos da ancestralidade africana dentro da urgncia pedaggica e
contempornea de hoje, entrelaando a vivncia da criana ao que ensinado, sendo
que nada disso exclui a racionalidade, mas alimenta uma nova abordagem educacional.
PEDAGOGIAS, PEDAGOGINGA E PRETAGOGIA: EXEMPLOS DE
PEDAGOGIAS EMBLEMTICAS
7
Jane Elliot escolheu a cor dos olhos como critrio de excluso por influncia do mesmo mtodo utilizado
pelos nazi-fascistas na Alemanha da 2 Guerra Mundial para discriminar os judeus. A melanina,
substncia que d cor pele e plos, tambm a responsvel pela cor dos olhos.
castanhos seriam privilegiadas em tudo.Fazia-se sentido discriminar algum pela cor da
pele, faria sentido tambm discriminar pela cor dos olhos, j que geneticamente ambas
eram determinadas pela mesma substncia. A experincia criou um clima hostil de
desentendimentos, mal estar e brigas entre os alunos.
Ao final da experincia, os alunos concluram que no se deveria julgar e
maltratar as pessoas por sua aparncia; seja ela qual fosse. A professora conseguiu
dialogar sobre o sistema escravista, racismo e a situao dos negros norte-americanos, e
no final no s chegou pergunta norteadora da experincia(de por que Martin Luther
King havia sido assassinado), mas ao quanto ser alvo de um processo de discriminao
poderia ser doloroso e estaria envolto a um sistema de herana escravista.
Alguns anos depois, inspirado no documentrio Olhos Azuis e em estudos
cientficos de Henri Tajfel, psiclogo social pesquisou o assunto nos anos 60,
justamente por ter sido vtima de discriminao em campos de concentrao. Tajfel foi
pioneiro na teoria de in-group e out-groups8. A professora Annie Leblanc, do ensino
primrio no Canad, tambm aplicou a experincia com seus alunos, dessa vez usando a
altura como critrio de privilgio. Ao final do documentrio as crianas declararam o
quanto foram tocadas pela experincia e que possivelmente se lembrariam por muito
tempo do que vivenciaram naquela sala.
Em uma de suas falas durante o documentrio, a professora acrescenta algo de
extrema importncia quando ressalta que, apesar do tema discriminao ser trabalhado
durante os vrios anos letivos, atravs de vrias atividades de papel e livros, [...] tudo
isso entra e parece sair do outro lado, sobre a assimilao do aluno em seu dia-a-dia
sobre a temtica. Ou seja, os recursos pedaggicos no se esgotam apenas em livros,
principalmente sobre um tema que interfere de forma to conflituosa na construo
identitria e social dos alunos, tanto quanto indivduos como em grupos.
Segundo Tajfel (1981), o pertencimento do indivduo em um grupo atingindo
no processo de comparao social (conflitos sociais). Silva (2002) tambm afirma que
nas situaes de conflitos sociais que essas questes acerca da construo da identidade
ganham maior projeo. Assim, existiria uma tendncia dos indivduos a manter ou
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A teoria da identidade social apoia-se em trs postulados bsicos: (1) o autoconceito derivado da
identificao e pertena grupal; (2) as pessoas so motivadas a manter uma autoestima positiva; (3) as
pessoas estabelecem uma identidade social positiva mediante a comparao favorvel de seu prprio
grupo (in-group) com outros grupos sociais (out-groups). Nesse sentido, quando tal comparao no se
mostra favorvel ao prprio grupo, elas iro adotar diferentes estratgias para recuperar o favoritismo de
seu prprio grupo, como forma de assegurar uma autoestima positiva. FERREIRA, Maria. Psicologia:
Teoria e Pesquisa. Disponvel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
37722010000500005&script=sci_arttext/> Acesso em: 03 abr. 2015.
acentuar a autoestima pela valorizao da identidade social (Tajfel, 1981; Tajfel&
Turner, 1979).9
Como todo processo de adaptao em relao s leis educacionais e materiais
didticos para implementaodas mesmas, durante os 12 anos de existncia da lei
10.639/2003 vrios materiais pedaggicos, tantoorientao aoseducadores como livros e
jogos literrios para serem usados em sala foram disponibilizados.
H muitos livros infantis que valorizam a identidade e cultura da criana negra, a
exemplo temos alguns: As Tranas de Bintou, de Sylviane A.Diouf; Que Cor A
Minha Cor?, de Martha Rodrigues Col. Griot; O Menino Marrom, de Ziraldo Alves
Pinto; A Bonequinha Preta, de Alaide Lisboa de Oliveira, Chico Juba, de Gustavo
Gaivota, Minha Princesa Africana,de Marcio Vassalo, entre outros.
Todavia, a psicloga Vanessa Andrade, do projeto Afrobetizar, no morro do
Cantagalo, no Rio de Janeiro, pontua algo relevante quando se lembra da lei
10639/2003 e dos livros voltados a ela: A sensao que eu tenho com relao a essa lei
que h uma corrida para que ela seja aplicada atravs de livros, mas se no tiver um
trabalho alm do papel, no adianta..
A psicloga ainda reitera sobre o letramento corporal, de forma significativa no
mundo da criana negra, pois no basta dizer para as crianas que lindo ser negro,
contar quem foi Zumbi e Maria Carolina de Jesus, ponderando a importncia de
vivncia como experimentao positiva, na valorizao cultural dessa criana, algo
muito prximo da fala da professora Annie Leblanc, com sua experimentao na escola
do Canad.
Ambas no desconsideram a contribuio dos livros e atividades em papel, mas
compreendem a profundidade e urgncia do problema discriminatrio, no que tange o
corpo da criana. Segundo a psicloga, o projeto Afrobetizar nasce exatamente dessa
necessidade:
9
Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 18, n. 3, p. 507-526, dez. 2012.
capoeira e sim a capacidade de ter conscincia e acesso s possibilidades
corporais. Isso ajuda essas crianas a assumir espaos nos quais
tradicionalmente no esto inseridas. (CANCION, 2015, s/p)
Assim, se pelo corpo que a criana negra discriminada, tambm pelo corpo
que o educador comea a desconstruir prticas que reforam valores vazios.
(...) para que a escola consiga avanar na relao entre saberes escolares/
realidade social/diversidade tnico-cultural preciso que os(as)
educadores(as) compreendam que o processo educacional tambm formado
por dimenses como a tica, as diferentes identidades, a diversidade, a
sexualidade, a cultura, as relaes raciais, entre outras(GOMES, 2005,
p.147).
10
A Cor da Cultura um projeto educativo de valorizao da cultura afro-brasileira, fruto de uma
parceria entre o Canal Futura, a Petrobras, o Cidan - Centro de Informao e Documentao do Artista
Negro, o MEC, a Fundao Palmares, a TV Globo e a Seppir - Secretaria de polticas de promoo da
igualdade racial.
No decorrer dos anos, criaram-se novas produes de conhecimentos e
entendimentos sobre as relaes tnico-raciais e o racismo no Brasil, no que tange o
fazer pedaggico, tendo como bases essenciais africanos em dispora e saberes
africanistas, pois, como muito bem evidenciado por Allan da Rosa, a cultura negra:
CONSIDERAES FINAIS
11
Metodologia de ensino voltada para histria e cultura africana desenvolvida em espaos comunitrios.
Disponvel em:<http://educacaointegral.org.br/experiencias/dagogin/>. Acesso em: 01 mar. 2015.
12
O pretugus uma categoria de anlise criada por Llia Gonzales, cone da luta antirracista e
feminista no Brasil, para explicar o portugus falado no Brasil, uma mistura de kimbundu com ambundo,
ou seja, uma mistura do portugus de Portugal, com lnguas africanas. Llia atribuiu mulher negra a
responsabilidade de africanizar a nossa lngua e a cultura brasileira. Disponvel
em:<http://www.fbb.org.br/reporter-social/puc-rio-debate-a-historia-do-brasil-a-partir-do-pretugues-de-
lelia-gonzalez.htm />. Acesso em: 05 abr. 2015.
infantil, no entanto, imprescindvel que a escola busque outras metodologias e formas
de educar, como aquelas aqui apresentadas.
Falar de identidade negra na educao infantil ainda um tabu, pois a maioria
dos docentes acredita que nesta fase a criana ainda no capaz de se perceber
enquanto negra ou ento no acreditam que suas prticas pedaggicas possam carregar
reprodues racistas. Quando cito aqui enquanto negra, compreendo o grau de
maturao cognitiva que a criana ainda no tem em relao ao conceito etnia/raa, mas
de pesquisas feitas e citadas neste trabalho que comprovam que a percepo de
diferenas raciais, por elas j exporem certas preferncias, se identificando ou rejeitando
crianas negras. Assim, torna-se muito mais difcil dialogar com a formao de um
profissional que no v problemas em sua metodologia.
O racismo tem efeitos e comea na primeira infncia, a Lei10.639/2003 um
grande avano para os processos de construes positivas da identidade da criana
negra, no entanto, ela precisa ser aplicada trazendo outros olhares para o fazer
educacional. Na falta de um preparo pedaggico de como us-la, o educador ao invs
de contribuir na formao dos alunos, apenas refora mais preconceitos.
Todavia, preciso reconhecer que mesmo timidamente, ainda h iniciativas
educacionais que dialogam com processosemancipatrios quando se trata da questo
racial. Basta a escola e o educador estarem abertos a desconstrurem o racismo
internalizados. Tais iniciativas esto espalhadas pelo mundo, ressignificando a educao
o tempo todo, estimulando mudanas, gerando valores atribudos ao que durante muito
tempo no estava sendo apontado como importante, pois, lutar por justia social no
tem aver s com igualdade, mas principalmente com respeitar o diferente.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
SILVA, Jovina da; RAMOS, Maria Minteiro. Prtica Pedaggica numa Perspectiva
Interdisciplinar. Disponvel em
http://www.ufpi.edu.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/2006.gt3/GT3_2006_0
8.PDF Acesso em: 10 de nov. 2012.