Caderno de Resumos Do 16º Colóquio Neolatinas 2016
Caderno de Resumos Do 16º Colóquio Neolatinas 2016
Caderno de Resumos Do 16º Colóquio Neolatinas 2016
CADERNO DE RESUMOS
REA DE CONCENTRAO: ESTUDOS LITERRIOS NEOLATINOS
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AS TRAMAS DA CULTURA EM
ANDUT: ENCRUCIJADA DE DOS MUNDOS, DE JOSEFINA PL
Nesta pesquisa, desenvolvida junto ao Programa de Ps-graduao em Letras Neolatinas, na
Universidade Federal do Rio de Janeiro buscamos nos acercar da interessante trama artstica de
Josefina Pl, artista hispano-paraguaia. Considerando a amplitude da obra de Pl, que perpassa os
diversos gneros da escrita e tambm se desenvolve nas artes plsticas, decidimos nos centrar em
sua obra ensastica, na qual a artista revela grande parte de suas tramas sobre o fazer artstico que
emprega em suas obras tanto literrias quanto plsticas. Os fios que compem o tecido da obra de
Josefina Pl, passam pelo vis da cultura popular e da modernidade. Cultura Popular e
Modernidade, os fios condutores de uma trama artstica criada no corao da Amrica Latina. As
articulaes da modernidade e da cultura popular na obra de Josefina Pl nos parece um assunto
central para indagar a contribuio da autora cultura latino-americana. Em sua obra ficcional,
ensastica e plstica mescla motivos e expresses da cultura popular com formas e tcnicas da
cultura erudita, concedendo novos olhares cultura popular, nos quais esta no deve ser vista de
modo depreciativo, como se tivesse menos valor que a cultura erudita. Ao analisarmos o ensaio
andut: encrucijada de dos mundos percebemos que Josefina Pl explora de diversas maneiras a
dualidade presente no andut. A modernidade se baseia na prpria dualidade do homem para se
realizar. impossvel pensar na Amrica Latina enquanto nica, ela mais do que outra coisa uma
sucesso de dualidades, , retomando o conceito de Garca Caclini, hbrida. Um lugar que se
construiu por um processo hibridao de vrias culturas. Tanto a cultura dos povos autctones
quando a do colonizador europeu e a do escravo africano. O andut, se construiu no Paraguai
enquanto um tambm hbrido. De origem espanhola foi no Paraguai, e por meio deste local, que se
desenvolveu, absorveu sua cultura, entrelaou-se com suas mulheres, faz parte de seu esprito.
Smbolo do pas. O hbrido anduti um dos fios que constroem a trama que resulta no tecido
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refugiado ao tradutor. Anlises feitas por pensadores como Simmel ou Derrida so convocadas para
a discusso sobre estrangeiro e alteridade na nossa pesquisa, enquanto as condies excepcionais
geradas pelo totalitarismo encontram em Arendt, Bauman e Agambem pontuais redefinies. Na
narrativa de Levi, o "revenant" dos campos de extermnio testemunha sua condio extrema de
exlio radical, mas instaura tambm a equivalncia do estrangeiro com aquele que narra,
modelado segundo as figuras paradigmticas de Ulisses e do Velho Marinheiro de Coleridge. Se
nos textos sobre o perodo nazifascista, a Europa representada aquela devastada pela Segunda
Guerra Mundial, no entanto o estrangeiro prevalente em Levi inspira-se no heri da Odisseia por se
situar numa posio de conhecimento do mundo e dos outros. Apesar do contexto desumano do
Campo, j em isto um homem? o prprio narrador expressa uma atitude de curiosidade em relao
complexa variedade de tipologias humanas e nacionais, em oposio ao silogismo segundo o qual
todo estrangeiro inimigo. De fato, a percepo do estrangeiro em Levi oscila entre dois polos
que Paul Ricoeur configura como simpatia e luta. Se em sua produo ensastica encontramos a
ideia positivista segundo a qual a hostilidade seria um fenmeno animal e pr-humano ou uma
infeco latente que a falta da racionalidade civilizatria desencadeia, no entanto, a representao
autobiogrfica e ficcional gera uma gama variada de personagens cujo embate com estrangeiros,
mesmo quando problemtico, tende em direo da recepo e do questionamento de enraizadas
noes de pertencimento tnico ou religioso. A experincia pessoal da discriminao antissemita
levou o qumico Levi a se apropriar da noo de impureza com a consequente valorizao das
misturas, dos enxertos, das combinaes entre elementos diversos. No plano estilstico, as
intersees entre identidade/alteridade e pureza/impureza refletem-se na presena do
plurilinguismo, dos frequentes oximoros, das hibridaes lingusticas e de gneros textuais, em prol
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se reflete em sua criao literria. O termo identidade, tal como o gnero autoficcional, remete
figura do autor e recupera a discusso que envolve a presena do autor na obra. Entendemos que
essa conjuno identidade e relato autoficcional configura um cenrio no mnimo ambguo pois ao
mesmo tempo que descontri a noo tradicional de autor, demonstra a necessidade que o leitor e o
texto tem dele. E ao abordar a temtica do autor, tangencia-se a da identidade. Nos parece
interessante observar que mesmo diante da complexidade de definio do termo identidade e do
gnero auficcional possvel identificar pontos de convergncia entre alguns tericos que lanam
luzes sobre a questo. Philippe Lejeune (2008) insistiu na questo do nome prprio como critrio de
classificao da obra autobiogrfica e Anselm Strauss (1999) v no nome algo que viria a ser o
primeiro trao da identidade. Ou seja, o nome seria uma marca que apontaria, ao mesmo tempo para
o gnero literrio e para a identidade do autor. Essa assertiva nos coloca um questionamento pois
enquanto o gnero algo fixo, estabelecido, a identidade est submetida a uma srie de fatores.
Esse problema ser resolvido por lvaro, o alter ego do autor e tambm uma possibilidade de
reconstruo da identidade. Como fundamentao terica sero utilizadas, entre outras, as obras de
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favela denominada Villa del Seor. Nesse espao da villa narrada a realidade surge marcada pelos
conflitos, dilogos, negociaes e mediaes entre as diversos grupos que ocupam o territrio,
principalmente imigrantes dos pases limtrofes a Argentina. Embora o trabalho seja fruto de uma
ampla pesquisa jornalstica, o escritor faz uso de tcnicas literrias para a composio dos
personagens e da prpria trama, transitando por diversas esferas nas quais a experincia do real
torna-se um elemento chave para a construo de uma narrativa que a transcende. Nossa proposta
com esse trabalho discutir as diferentes estratgias narrativas utilizadas pelo autor para narrar a
Villa. Com esse objetivo, recorremos aos conceitos de Realidadficcin, de Josefina Ludmer,
porosidade e inespecificidade da arte, de Florencia Garramuo, e ainda da concepo de
arquivo, proposta por Roberto Gonzles Echevarra. Torna-se relevante para a nossa proposta de
leitura da obra o conceito de autonomia da arte pensado por Peter Burger e a concepo de mimeses
de David Pujante. Com esses aportes tericos, pretendemos analisar o trajeto discursivo que levam
Alarcn de seu primeiro livro a Si me quers quereme transa e identificar no prprio texto os
diferentes elementos que caracterizam o processo de narrar a favela/cidade/nao. A anlise das
estratgias discursivas do romance constitui uma parte bastante relevante da pesquisa e ser o foco
desta apresentao. Contudo, o principal objetivo da dissertao o estudo das formas de utilizao
do sagrado e das religiosidades dentro dos mundos imaginados na obra estudada. Nesta pesquisa,
interessa-nos pensar o modo como essas prticas aparecem convertidas em fator de negociao das
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efeitos do riso, para tanto utilizamos ainda um dos manifestos de autoria do prprio Aldo
Palazzeschi, intitulado Il contradolore, no qual ele define o uso do riso destruidor. Auxilia ainda o
estudo a obra O Cmico de Concetta DAngeli e Guido Paduano, para a anlise do riso e a Histria
do Riso e do Escrnio de George Minois (1946), que apresenta um quadro histrico do uso do
riso. Desse modo, este trabalho tem o objetivo de apresentar os possveis efeitos produzidos por
essa poesia. Aps as anlises pudemos observar que o processo de (des)construo palazzeschiana
se inicia com uma retomada das afirmaes tradicionais, aps essa retomada o poeta inicia um
confronto entre ideias antagnicas (grotesco) a partir de pontos de ruptura (absurdo e non-sense),
desse confronto nasce o processo destrutivo, e a partir dele, novos significados podem ser dados s
questes tradicionais. Palazzeschi, embora tenha participado do futurismo, no exalta o futuro para
assim destruir aquilo que faz parte do passado, e tambm no busca o contrrio. Ele apenas destri e
reconstri noes que, ao mesmo tempo e com a mesma intensidade, produzem um efeito
(des)construtivo.
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temtica dos objetivos polmicos. Ser desenvolvido, com base nos textos, um estudo daqueles
momentos em que afloram as tcnicas da deformao, da pardia e da caricatura, ligando-os,
quando for possvel, a expresso de uma polmica social e cultural. Finalmente, ser demonstrada a
ligao entre essas formas e toda uma tradio expressionista anterior e da contemporaneidade.
Gianfranco Contini, na sua introduo Cognizione del dolore (1963) e Maria Corti num ensaio
publicado na revista Paragone, La lingua e gli scrittori, oggi (1959), individuaram, entre os
primeiros, uma linha expressionista na tradio literria italiana. Para Contini os dois polos dessa
grande e plurissecular tradio seriam Dante e Gadda. Corti, tambm, destacou o carter
absolutamente extraordinrio e autnomo dessa tradio unicamente italiana, cujas etapas principais
seriam Ruzzante, Folengo e a Scapigliatura. Ainda Contini, em seu ensaio Primo approccio al
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Gabriele DAnnunzio (1863- 1938) foi um artista multifacetado e participou ativamente de diversas
reas das artes e da literatura, sendo de nosso interesse os textos produzidos para o teatro. Nesse
mbito, trabalhamos no primeiro momento com dois textos teatrais dannuzianos, La figlia di Iorio
(1904) e Il Martirio di San Sebastiano (1911), onde identificamos a partir da anlise das
produes textuais teatrais, o ethos (MAINGUENEAU, 2005) dannunziano e a esttica decadentista
italiana (BINNI, 1988 e PRAZ, 1988). Neste momento da pesquisa, uma segunda etapa se inicia e
procuramos demonstrar de que forma Gabriele DAnnunzio por meio de seu ethos, j identificado,
transforma o teatro italiano, principalmente no que se refere ao texto, e o insere dentro do contexto
do teatro europeu. Para isso, necessrio compreender que a Itlia possua ainda naquele perodo
um teatro baseado no formato grego (MOLINARI, 2015, DI MARCO, 2014, CARLSON, 1997) e
que no que se refere palavra, dialetal (PRAZ, 1988 e MARAZZINI, 2002). Nosso corpus de
anlise se basear nas peas j antes analisadas e ainda no texto teatral Fedra (1909), verso
dannunziana, e no romance do autor Il Fuoco (1910), as anlises iniciais desses textos esto sendo
baseadas em FORTICHIARE (1987) e GIAMMARCO (2005). Gabriele DAnnunzio quebra essa
tradio que ocorria nos textos para o teatro na Itlia e apresenta um teatro inovador, com um texto
baseado na fora da palavra e da poesia, com elementos regionais e da tradio da cultura italiana.
As peas em estudo exemplificam essas nossas hipteses e a partir da leitura do romance Il Fuoco
possvel perceber que, ainda que no explicitamente, o poeta j traava sua ideia para os caminhos
que o teatro italiano deveria seguir.
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gnese de uma tradio e aponta para uma nova modalidade, a coletnea de textos cujo tema central
era o futebol, um elemento genuno das manifestaes populares uruguaias e baluarte na construo
dos imaginrios. O ttulo de sua obra faz aluso ao primeiro texto do livro Lo que debo al ftbol, do
escritor argelino Albert Camus, escrito originalmente para a France Footbal em 1957. Galeano, em
seu livro, congrega diversos escritores em torno de um tema comum. Sua seleo conta com
escritores uruguaios intelectuais e jornalistas, inclusive, alguns com participao no peridico
Marcha, como Mario Benedetti e Carlos Maggi, por exemplo. Para tanto lanar-se- mo da leitura
de DA MATTA (1982), FRANCO JNIOR (2007) e ROCCA (1991) para dar conta do fenmeno
do futebol, bem como DELEUZE (1987) a fim de levantar os signos que perpassam o ato de
rememorar. Ao perceber a peculiaridade e a distino de como a modernidade se apresenta na
periferia do capitalismo, laou-se mo da leitura de investigadores como ARTEAGA (2008),
BAUMAN (2001), BETTHEL (2002) e BERMAN (2007).
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modernidade, no entendimento de seu editor-chefe Rui Barbosa, seu proprietrio Joo Jos dos Reis
Jnior e colaboradores Quintino Bocaiuva, Arthur Azevedo, Lima Barreto entre outros, assim,
mantemos um dilogo com a proposta de Richard Morse (1988) sobre as ideias na Amrica e a
modernidade Lusa. O objetivo central deste trabalho analisar o discurso do jornal O Paiz no que
tange a modernidade como um constructo, a partir da eleio de smbolos que caracterizariam esta
modernidade (TAVOLARO, 2005). Estabelecer as relaes e o ideal que o Pas deveria alcanar:
as naes civilizadas. Atravs da metodologia de anlise de discursos, tributria de Mainguenau,
compreendemos a formao de um discurso que atravs da alteridade pautou as dificuldades
modernizao. As anlises levaram s seguintes concluses parciais: o jornal procurou se posicionar
como fiel defensor da modernidade e, ao defend-la, elencava os responsveis pelo atraso nacional:
a monarquia e a escravido.
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de Luigi Fiacchi. A pesquisa tem como alvo especificamente detectar a instrumentalizao, por
parte de Luigi Fiacchi, dos recursos literrios oriundos de suas leituras de textos da Antiguidade
clssica, e, em especial, da fbula de Esopo e Fedro. Sua emulao do gnero tem sido o objeto
dessa pesquisa e, nesta fase da investigao, tematiza-se mais precisamente a relao da posio em
que se apresenta a sntese moral com o contedo moral da sntese, podendo esta posio ser
chamada de promtio, caso esta sntese esteja inserida no incio da fbula, funcionando muitas vezes
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envolvem os pecados e as beatitudes da Divina Comdia. Deste modo, as ilustraes de Alberto
Martini criariam um texto autoral, dialogando diretamente com a obra potica, configurando-se
como um arquitexto (Genette: 1982), ou seja, no visualizando o texto em si, mas sim tudo aquilo
que ele possui, os tipos de discurso presentes nele, os gneros inseridos nele etc.
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conjectura inclusive sobre a loucura de Isidore Ducasse. Trata-se de um perodo em que a crtica,
muito surpreendida diante de uma obra cujos temas e forma escapam de forma to brusca aos
cdigos conhecidos, especula sobre a sanidade mental do autor. Em seguida, debruo-me sobre o
momento em que a figura de Lautramont sofre um processo de mitificao por parte dos
surrealistas da dcada de 1920, sobretudo Andr Breton e Philippe Soupault. Considerado por eles
como precursor do movimento, o poeta acaba por ficar restrito aos crculos dos idealizadores do
movimento vanguardista. Finalmente, busco articular importantes crticos que se dedicaram obra
do poeta propondo um retorno sobre elas mais centrado em seus temas ou mais atentos sua
dimenso metalingustica, como Gaston Bachelard e Maurice Blanchot. A anlise de uma obra
literria pode se orientar rumo a diferentes objetivos e, por consequncia, tomar como centro da
crtica os mais variados aspectos. Em alguns casos, os diferentes mtodos acabam por produzir
resultados significativamente diversos. Nesse sentido, minha pesquisa mostra os efeitos
especialmente singulares que a obra de Lautramont produziu atravs da investigao dos trs
momentos citados anteriormente.
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CIENCIAS MORALES:
UMA METFORA DA REPRESSO ESTATAL NA ARGENTINA DE 1982
No romance Ciencias morales, o argentino Martn Kohan analisa e interpreta os diferentes matizes
de complexidade relacionados ltima ditadura militar argentina (1976-1983). Repleta de aluses
quele perodo histrico, a obra inclui dois destacados aspectos da potica de seu autor: a figura do
silncio e a metfora da violncia. A violncia que emerge no seio das sociedades latino-
americanas, a partir do estabelecimento de diferentes governos militares, reconhecida e criticada
por sua intensidade e consequncias. Entre seus atores temos, por um lado, os que querem releg-la
ao esquecimento e por outro, os que buscam manter viva sua memria. Para este ltimo grupo, a
literatura, pensada como manifestao artstica, um importante elemento para a efetivao deste
processo. A temtica da violncia atravessa a literatura argentina desde suas origens e na etapa ps-
B
58
ditatorial, Ciencias morales um romance chave para compreender a vertente literria que se
caracteriza por ficcionaliz-la. Visamos com este trabalho, contribuir com o conhecimento das
relaes entre a narrativa argentina contempornea e a ltima ditadura militar deste pas. Tambm
buscamos contribuir com os saberes terico-crticos entre narrativa, violncia e memria, alm de
aprofundar e ampliar o conhecimento da potica e da narrativa de Martn Kohan. A fim de
investigar o modo como Ciencias morales dialoga com a problemtica relacionada s
conseqncias da violncia vivida pela sociedade argentina durante o perodo histrico citado,
tomaremos como base os ensaios de seu autor sobre a guerra e de Jos Pablo Feinmann e Pilar
Calveiro sobre a violncia; as teorias crticas de Michel Foucault sobre o poder e os estudos de
Beatriz Sarlo e Leonor Arfuch sobre a memria. O desenvolvimento deste trabalho ser feito a
partir da leitura e anlise de textos literrios, luz dos conceitos da crtica literria e das cincias
sociais. Considerando que Ciencias morales uma obra que trabalha com a esttica da
modernidade, interessa-nos investigar a contradio que ela estabelece dentro da bibliografia da
violncia, pensar de que maneira o mal se combina com o romance.
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formulados e, por outro lado, dar espao para outras possibilidades de percepes. Assim, trarei
algumas discusses de Christophe Hanna (2010), terico contemporneo, e Prigent (1998) nas quais
aponta-se que para a poesia realizar-se preciso que ela se negue como tal, ainda que
temporariamente, para refletir a incapacidade de percepo e compreenso do leitor diante da sua
existncia. Incapacidade que resulta de uma vida refm das imagens do mundo ora tomado pelo
cientificismo ora anestesiado por um misticismo desesperado em solucionar, dar explicao e nome,
a complexidade humana. Tarkos pe a linguagem como questionadora de si mesma, a torna capaz
de destruir-se (enquanto poesia, se pensarmos na recusa aos cnones) e reconstruir-se para encontrar
sadas em frases autorreferenciais e acolhedoras de diferentes discursos e imagens do mundo,
fragmentados e justapostos. Desses discursos, imagens e falares j-presentes, Tarkos extrai seu
material: a pte-mot (ou pasta-palavra) onde s tem sentido na performance da frase, na simulao
de seu quase-dizer, no gaguejar de seu texto. Seus escritos que mais falam do que dizem
amassam, modelam, esgaram essa massa pegajosa reciclando todo o sentido das representaes
que a compem. Diante disso, pretendo me concentrar na observao da plasticidade sonora e das
(des)construes imagticas da pte-mot em Tarkos e, tendo como ponto de partida algumas
discusses de Prigent e de Hanna, tentarei refletir sobre de que maneira a dimenso material das
palavras, mastigada na potica de Christophe Tarkos, reafirma a pluralidade da poesia
contempornea e permite transbordamentos da prpria lngua.
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autor, reeditados no romance, ocorridos em 1902 e outro em Paris, em 1888, adquiriram uma
grande importncia simblica em dois mbitos: servindo para afirmar a autonomia da literatura
diante das leis que regem o mundo civil e como tribuna pelas especificidades estticas da literatura
belga. Na defesa do autor, feita aluso herana cultural oriunda dos Pases Baixos, sobretudo
aquela dos pintores flamengos como Peter Paul Rubens (1577-1640) e Jacob Jordaens (1593-1678).
Muito prezada pelos belgas, essa pintura recorrente na obra de Camille Lemonnier e associada
frequentemente ao personagem Wildman no romance. O interdiscurso pictural determinaria ainda as
particularidades da esttica naturalista belga em relao quela oriunda da Frana, pas vizinho com
o qual a Blgica, alm de ter em comum a lngua francesa, mantm uma relao permeada de trocas
culturais. As anlises das circunstncias dos processos e do modo como eles, assim como o projeto
esttico de Camille Lemonnier, so reeditados no romance, so feitas luz dos conceitos campo
artstico, possveis estticos, lutas simblicas e trajetria (Bourdieu). O intercmbio cultural entre a
Frana e Blgica, importante para entender as lutas simblicas do campo belga, analisado atravs
do conceito de transferncias culturais (Espagne). Compreende-se, a partir da investigao efetuada
at o momento, que o modo como o projeto esttico de Camille Lemonnier instrumentalizado, a
fim de marcar as singularidades do naturalismo belga, indica uma tomada de posio por parte do
autor; e que os processos judiciais so considerados etapas importantes no processo de
autonomizao do campo literrio belga, no apenas em relao s instncias legitimadoras de seu
pas de origem, mas tambm frente ao campo literrio francs.
Palavras-chave: Camille Lemonnier; naturalismo; campo literrio; romance belga; sculo XIX.
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identificou como seu precursor). Ler suas pinturas como se se tratassem de textos ser um dos
elementos junto a anlise de seus poemas, pouco conhecidos. A mathesis singularis, uma cincia
que se fundamenta no aspecto singular de cada texto, afirmada por Barthes (BARTHES: 2015), ser
levada em considerao junto com uma postura crtica aqui consideradas anlogas defendida
pelo crtico contemporneo da tradio estilistica italiana Gianfranco Contini, que sugere que cada
leitura faa, previamente, tbula rasa da histria da crtica. Contini criador do conceito de
expressionismo lingustico, que amplia a abrangncia do expressionismo e deixa vislumbrar uma
perspectiva nova para ler o Arcimboldo. A comunicao a ser apresentada integra um projeto de
pesquisa de iniciao cientfica acerca de Arcimboldo e a perspectiva renascentista e tem como um
de seus objetivos realizar um evento-encontro com a participao de discentes pesquisadores da
Faculdade de Letras, da F.A.U., da E.B.A. e da Matemtica (geometria).
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DISSECANDO O ORNITORRINCO:
CRNICA E CULTURA DE MASSA NO MXICO CONTEMPORNEO
O escritor mexicano, Juan Villoro, um dos intelectuais mais reconhecidos na atualidade por sua
obra como cronista, ensasta e analista dos meios massivos, crtico da cultura e da sociedade na
Amrica Latina, e, de maneira particular, no Mxico. Esta pesquisa est centrada na extensa
produo cronstica de Villoro, mais especificamente nos emblemticos livros Tiempo transcurrido:
crnicas imaginarias (1986) e Safari accidental (2005). Essas obras esto compostas por crnicas
que abrangem um perodo histrico no Mxico entre 1968 a 2000. Crnicas que tecem a memria
de eventos aparentemente dspares como o massacre dos estudantes na Plaza de las tres Culturas, as
entrevistas de estrelas do rock, as oficinas literrias de Augusto Monterroso ou a viagem de Salman
Rushdie ao interior do Mxico, e so utilizadas por Villoro para estabelecer um carcter poltico e
literrio de seus textos. A finalidade que norteia esta pesquisa a de demonstrar atravs da anlise
crtica do corpus, que a centralidade que este autor d crnica e cultura de massa em seu projeto
de escritura serve para mostrar que a narrativa na Amrica Latina, hoje, passa pelos mesmos
BBBBB
68
questionamentos que a crnica, que um gnero popular e que dialoga com a cultura de massa. Ou
seja, o ornitorrinco apresentado por Villoro no um programa, mas a transformao da prpria
narrativa latino-americana. A pesquisa est estruturada em quatro captulos, sendo que no primeiro
est traado um perfil de Villoro no qual se destaca o surgimento da figura do escritor no cenrio da
Literatura Mexicana, sua formao e seu lugar de enunciao. No segundo, a partir das leituras dos
crticos Carlos Monsivis (2008), Julio Ramos (2008) e Susana Rotker (2005) se aprofunda nas
caractersticas da crnica no contexto latino-americano, destacando que muito do preconceito
sofrido por esse gnero devido ao conceito de arte e esttica como valores absolutos. A esses dois
captulos, seguir-se- um terceiro no qual atravs da anlise dos crticos Fredric Jameson (2005),
Terry Eagleton (1998) e Carlos Monsivis (1996) se apresenta discusses sobre a cultura de massa
na ps-modernidade. No ltimo captulo desta pesquisa est centrada na anlise da relao entre
crnica e cultura de massa na produo cronstica de Villoro, destacando que esse gnero
privilegiado para narrar a contemporaneidade no Mxico.
***
maneira de escrever o gnero, entendido como infrapolicial, pois a escolha dos temas, da trama, da
esttica de sua prosa, da linguagem empregada e da configurao dos personagens segue por outro
caminho. Provavelmente a cultura de massa pode ajudar a pensar e a pesquisar como a imagem, o
romance policial, a novela negra, a reportagem aparecem na obra de Roberto Bolao, no caso La
parte de los crmines do romance 2666 e como a juno desses gneros podem servir para a
construo de outro gnero, o romance infrapolicial que servir como uma espcie de resposta
ao cnone. Alm disso, qual o modo que o autor utiliza, aproveita ou incorpora essa proposta de
gnero, que mistura outros relacionados cultura de massa, tais como: os filmes de faroeste,
gangster, horror, noir, trash, snuff e dos road movies; os livros de bolso; os romances de aventura;
os folhetins; as fotonovelas; a msica popular; o thriller, etc. Tudo isso incorporado ao romance que
tambm mercadoria, vinculado indstria cultural.
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outros membros do grupo impressionista, como Camille Pissaro e Claude Monet. Alm disso, as
crticas de arte feitas por Zola, cuja escrita crtica distinta de sua escrita literria, levam a crer que
o romancista se props a uma escrita pictural correlata impressionista para o romance Nana. Os
resultados parciais desta pesquisa levam a confirmao da hiptese de que Zola, atravs de sua
trajetria enquanto crtico de arte e frequentador dos ateliers dos pintores impressionistas arranjou
as ferramentas necessrias para construir uma escrita literria que busca representar de maneira
pictural prpria a Paris do segundo imprio francs.
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NARCOCULTURA BRASIL-MXICO:
LITERATURA, MSICA POPULAR, ARQUIVO E NARCOTRFICO
A escalaridade do narcotrfico, fenmeno social inscrito profundamente na espacialidade humana,
noo de relevncia para a anlise de produes subjetivas no campo cultural latino-americano
contemporneo. A mesma convm pesquisa de doutoramento em curso como chave conceitual
BBB
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que tem por mrito proporcionar um eixo de acesso para a abordagem comparatista e
transdisciplinar das representaes discursivas que tm no narcotrfico, e em sua territorialidade, o
fundamento para o desempenho de uma vasta sorte de crnicas no Brasil e no Mxico. Obras como
Falco: meninos do trfico (2006), de MV Bill e Celso Athayde e Los morros del narco: historias
reales de nios y jvenes en el narcotrfico mexicano (2011), de Javier Valdez Crdenas so
amostra dessa produo que, ademais, conjectura-se desde a hiptese que uma determinada ordem
de crnicas contemporneas esteja fundada, discursivamente, em um arquivo (como em Foucault, e
em Gonzlez Echevarra), e mais especificamente um arquivo do crime figurarem como
enunciados que remetem s formas do discurso avalizado no poder vigente (em suas muitas
manifestaes), e que a ele convergem. Nessa leitura, o arquivo do crime se oferece
ostensivamente, por exemplo, aos relatos artstico, jornalstico, jurdico-criminal e do mercado de
bens culturais e, dada a circularidade da dinmica de trocas que tais discursos realizam entre si,
neles (e deles) inocula(-se de) das marcas dos enunciados disponibilizados no imaginrio social, no
qual os discursos do mercado de bens culturais (e dos meios massivos) tm reiterada presena.
Nesse mbito, tanto nas crnicas literrias e jornalsticas sobre o trfico de drogas que compem o
corpus literrio da pesquisa, quanto nas canes de gneros musicais massivos como o mexicano
narcocorrido ou a sua contraparte brasileira, o funk proibido na sua variedade de contexto (ou
de faco) e em outros fenmenos artstico-culturais, o arquivo do crime configura
profundamente o ato representacional, cumprindo o papel que caberia classicamente ao mito na
tradio do romance moderno. Dessa feita, em tais narrativas o real est mediado discursivamente
por perspectivas de apreenso em disputa, e a representao fatura da negociao entre discursos.
Assim, o estudo da atuao do fenmeno do trfico nas manifestaes artsticas tem como propsito
investigar as relaes que estabeleceram, nos ltimos 15 anos, comparativamente no Brasil e no
Mxico, poder e arte, quando poder encontra-se convertido em arquivo e desde o real
territorializado pelo cartel ou pela faco passa a fundar, miticamente, o discurso artstico que
articula a representao na crnica do real.
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