Resumão Prova 1 - UNOPAR - Gestão
Resumão Prova 1 - UNOPAR - Gestão
Resumão Prova 1 - UNOPAR - Gestão
Vale a pena notar que a distribuio dos gastos por categoria j fica
parcialmente determinada pela finalidade da despesa. Cada tipo de
programa requer maior nfase em determinada modalidade de gasto.
Programas de Segurana Pblica, por exemplo, dependem
basicamente da utilizao de mo-de-obra, apresentando uma
participao elevada de gastos com pessoal no total das despesas do
programa. Por seu turno, programas ligados melhoria da
infraestrutura de transportes baseiam-se essencialmente na
realizao de despesas de investimento, enquanto as transferncias
assumem papel preponderante em programas de previdncia social.
Em termos agregados, a distribuio por categoria de gasto depende,
assim, da distribuio funcional da despesa. Em princpio, quanto
maior a parcela das despesas pblicas destinadas produo de bens
pblicos e semi-pblicos, maior a participao de despesas com
pessoal no total do oramento, enquanto uma participao mais
elevada dos investimentos fica associada a uma nfase em
programas de melhoria e expanso da infraestrutura econmica.
Vale a pena notar, entretanto, que esse resultado pode ser
modificado pela forma de execuo dos programas e pela organizao
administrativa do governo. De acordo com o Decreto-lei n 200, de
25-2-67, as entidades governamentais agrupam-se em dois tipos
bsicos (BRASIL, 1967):
a) a Administrao Direta, ou Central, que se constitui dos servios
integrados na estrutura administrativa da Presidncia da Repblica e
dos Ministrios; e
b) a Administrao Indireta, ou Descentralizada, que compreende
entidades dotadas de personalidade jurdica prpria e organizadas
sob a forma de Autarquias, Fundaes, Empresas Pblicas e
Sociedades de Economia Mista.
Assim, na ausncia de amplo trabalho de consolidao, possvel
ocorrerem algumas incorrees na anlise de dados a respeito da
distribuio dos recursos pblicos por categoria econmica de
despesa. Considere-se, por exemplo, a deciso de criar uma
Autarquia ou Empresa para executar um programa que vinha sendo
executado pela Administrao Direta. No oramento desta, a parcela
de recursos anteriormente alocada a esse programa passaria a
constar como despesas de transferncia, reduzindo, em
conseqncia, os gastos com pessoal, consumo e investimentos.
Assim, uma anlise parcial da evoluo da despesa da Administrao
Direta poderia apontar modificaes em sua composio devidas
puramente a mudanas na estrutura administrativa, sem nenhuma
variao real na estrutura do dispndio governamental.
Outras variaes podem ser devidas a mudanas na forma de
executar dado programa: se direta ou indiretamente, mediante
contratao de empresas privadas. Tome-se, por exemplo, o caso da
Sade. A estrutura do dispndio na assistncia mdica da previdncia
social depende essencialmente da forma utilizao para prestao dos
servios. Se a preferncia recair sobre a prestao direta a servios
(isto , a manuteno de ambulatrios e hospitais prprios), o
resultado ser a elevada participao de despesas de pessoal e a
aquisio de material de consumo no total do oramento do
programa. Se, por outro lado, a opo for a de prestar o servio
indiretamente via contratao ou credenciamento de entidades
particulares, a maior parcela do dispndio ser representada pelo
pagamento de servios prestados por terceiros, modificando
radicalmente a estrutura dos gastos em termos de participao
percentual de cada item no total do oramento.
VDEO AULA 4: GASTOS PBLICOS
PADRES INTERNACIONAIS
Observando os dados de gastos pblicos para uma amostra de 18
pases, no perodo 1983-1990, (infelizmente no se possui pesquisas
mais recentes em relao ao assunto), percebeu-se um padro de
comportamento distinto, conforme o nvel de renda dos pases. Os
pases com renda per capita superior a US$ 4.500 foram
considerados de elevado nvel de renda; pases com renda per capita
entre US$ 600 e US$ 4.500 foram includos no grupo intermedirio, e
os com renda abaixo de US$ 600, no grupamento inferior. Os gastos
foram classificados de acordo com a natureza econmica e a funo.
Os governos dos pases com elevado nvel de renda despenderam em
mdia 46,0% (18,0% do PIB) de seu oramento com consumo,
porm com uma proporo de gastos em pessoal e compras de bens
e servios bastante equilibrada (22,7% e 21,8%, respectivamente).
J nos pases com renda baixa, a proporo de gastos foi menor, mas
os gastos com salrios representaram a maior fatia (5,6% do PIB ou
20,3% do oramento total). Isso pode refletir ineficincia na alocao
dos gastos decorrente de um excesso de funcionrios pblicos
ocupados em funes administrativas que absorvem recursos muitas
vezes necessrios para a compra de bens de consumo importantes
para atividades finalsticas, como livros, vacinas, remdios, giz etc.
Cabe assinalar que maior proporo de gastos com a Administrao
Pblica em pases de baixa renda pode estar relacionada a motivos
tcnicos, ligados qualificao da fora de trabalho ou ao baixo nvel
de mecanizao dos servios, ou a fatores poltico-sociais que
conduzem a maior papel do Estado como empregador de mo-de-
obra. medida que o pas se desenvolve, as despesas
administrativas no necessitam crescer na mesma proporo, no s
porque prevalecem substanciais economias de escala, no que se
refere operao das atividades governamentais, como tambm
porque maior preocupao com a eficincia operacional passa a
assumir papel importante.
Por outro lado, o grupo de pases de baixa renda investe
proporcionalmente mais. O baixo nvel de desenvolvimento explica
maiores gastos com a infraestrutura econmica, tendo em vista que,
provavelmente, as necessidades relativas de aplicaes dessa
natureza devem ser mais elevadas em pases situados nos estgios
iniciais do processo de crescimento. Esses recursos esto sendo
compartilhados com as funes de servios econmicos, defesa e
educao, que ocuparam uma posio de destaque. Vale destacar o
baixo dispndio com a funo sade.
Nos trs grupos de pases, as transferncias ocuparam parcelas
importantes do oramento, principalmente naqueles de mdia e alta
renda, onde o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da
populao demandam recursos na rea de seguridade social. Nesse
sentido, o Brasil est seguindo padro de comportamento semelhante
ao de pases com nvel de renda compatvel ao seu. Todavia, o Brasil
est investindo pouco em relao ao padro desses pases.
verdade, que nos ltimos catorze anos o Brasil tem mudado
significativamente sua economia, o que reflete diretamente nos
valores investidos. Muitos so os investimentos nos mais diversos
setores, o que aumentam tambm os gastos pblicos, porm, de
contrapartida, os valores arrecadados vem crescendo a cada ano, o
que tambm tem permitido tais investimentos e conseqentemente
um crescimento de um modo geral.
Fazendo uma comparao simples com pases com elevado nvel de
renda, percebe-se que os mesmosdespenderam maiores recursos nas
reas de sade e educao (10,0% do PIB ou 25,6% dos gastos
totais) em relao aos demais pases (4,1% do PIB e 17,2% dos
dispndios totais), indicando que educao e sade so consideradas
bens superiores, isto , os que apresentam uma elasticidade-renda
da demanda maior do que 1. Dessa forma, medida que aumenta o
nvel de renda, aumenta tambm a parcela do PIB destinada a
financiar as despesas com os programas includos nesses setores,
tendo em vista sua importncia na formao do capital humano.
Em resumo, pode-se concluir que, embora a comparao
internacional sirva, por exemplo, para mostrar que o volume de
recursos aplicados no pas em educao equivalente ao relativo ao
padro mdio internacional. Por outro lado, as observaes relativas
aos demais setores - Administrao, Sade, Bem-Estar Social e
Infraestrutura Econmica - indicam que as decises relativas
alocao dos recursos pblicos seriam muito mais influenciadas por
particularidades e limitaes institucionais do que por precisa
avaliao e quantificao das necessidades.
FUNCIONALIDADE DAS DESPESAS
A Portaria n. 42/99 do Ministrio do Oramento e Gesto (BRASIL,
1999) extinguiu a classificao funcional-programtica da despesa.
Essa portaria teve o objetivo de "[...] possibilitar Unio, aos
Estados e aos Municpios a prtica de um oramento-programa mais
ajustado aos verdadeiros fundamentos dessa tcnica" Insere-se,
segundo o mesmo MPO 2000 (BRASIL, 2000b), no bojo geral de
direcionar a administrao pblica do "modelo burocrtico" para o
"modelo gerencial".
O diagnstico do governo que a classificao funcional-
programtica, implantada no Brasil pela Portaria n 9/74, tomava
invivel um oramento com resultados aferveis e voltados
populao. Havia a juno de duas classificaes. a funcional e a
programtica, em que a primeira teria a finalidade de definir as reas
beneficiadas pelo dispndio pblico e a segunda, o objetivo do
dispndio
Como objetivos no so facilmente padronizveis, a tarefa de
classificao caberia classificao funcional. Na implementao da
funcional-programtica, entretanto, prevaleceu o carter meramente
classificatrio, perdendo-se a lgica de oramento-programa, em que
a prioridade a necessidade de os objetivos estarem muito bem
definidos. Na viso do MOG, (BRASIL, 2000a) a [...] classificao
funcional-programtica passou a significar um aglomerado de 'caixas'
onde as aes so agrupadas, sem maiores preocupaes com o tipo
de transao que est sendo classificada".
Assim, ao mesmo tempo em que extinguiu a classificao funcional-
programtica a Portaria n.!! 42/99 (BRASIL, 1999) modificou a
classificao funcional, que se subdivide em sub-funes e de
utilizao obrigatria em todas as unidades da Federao. Os
programas perdem a caracterstica de classificadores, com cada
esfera de governo tendo sua prpria classificao, de acordo com
seus objetivos de poltica.
Outras duas modificaes da Portaria n 42/99 foram a introduo do
conceito de produto na categoria programtica "atividade" (pela
Portaria n 9/74, apenas a categoria "projetos" continha um produto
final associado) e a criao da categoria "operaes especiais", que
so as "[...] despesas que no contribuem para a manuteno das
aes de governo, das quais no resulta um produto, e no geram
contraprestao direta sob a forma de bens ou servios" (BRASIL,
1999).
As principais definies da Portaria n 42/99 so elencadas a seguir
(BRASIL, 1999):
Funo: maior nvel de agregao das diversas reas de despesa que
competem ao setor pblico;
Subfuno: partio da funo, visando agregar determinado
subconjunto de despesa do setor pblico. Pode ser combinada com
funes diferentes daquelas a que esteja vinculada na forma do
Anexo da Portaria n 42/99;
Encargos especiais: englobam as despesas em relao s quais no
se possa associar um bem ou servio a ser gerado no processo
produtivo corrente, tais como: dvidas, ressarcimentos, indenizaes
e outras afins, representando, portanto, uma agregao neutra;
Programa: instrumento de organizao da ao governamental que
visa concretizao dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por
indicadores estabelecidos no plano plurianual;
Projeto: instrumento de programao para alcanar o objetivo de
um programa, envolvendo um conjunto de operaes, limitadas no
tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expanso
ou o aperfeioamento da ao do governo;
Atividade: instrumento de programao para alcanar o objetivo de
um programa, que envolve um conjunto de operaes que se
realizam de modo contnuo e permanente, das quais resulta um
produto necessrio manuteno da ao de governo;
Operaes especiais: despesas que no contribuem para a
manuteno das aes de governo, das quais no resulta um
produto, e no geram contraprestao direta sob a forma de bens ou
servios.
CONCEITOS DE DFICIT E DVIDA PBLICA: PRINCIPAIS MEDIDAS
Inicialmente, definiremos os vrios conceitos de dficit e dvida
pblica, que posteriormente sero identificados com base na restrio
oramentria do governo. O objetivo fazer rpida apresentao
para depois se discutir mais detalhadamente os vrios conceitos. Em
geral, esses conceitos so ajustados para captar e separar os efeitos
de variveis econmicas como taxa de juros, nvel de preos e nvel
de atividade econmica. Existem dois critrios de clculos. O primeiro
chamado "acima da linha", no qual so explicitados os principais
fluxos de receita e despesas. O segundo o "abaixo da linha", que
observa o dficit com base na variao da dvida pblica, pela ptica
do seu financiamento. conhecido como necessidades de
financiamento do setor pblico. Cabe observar que algumas medidas
de dficit, com o mesmo significado, podem ser calculadas nos dois
critrios. Pelo primeiro critrio pode-se calcular:
a) Dficit Nominal = Gastos totais - Receitas totais.
b) Dficit Primrio = Gastos no financeiros - Receitas no
financeiras. Exclui do dficit nominal o pagamento dos juros e das
amortizaes da dvida pblica, entre outras despesas e receitas
financeiras.
c) Dficit Operacional = Dficit primrio + Pagamento de juros reais.
Essa medida exclui do clculo do pagamento dos juros nominais da
dvida pblica os efeitos da correo monetria. Foi utilizada no Brasil
nos perodos de inflao elevada para se ter uma medida real do
dficit pblico.
d) Dficit pblico de pleno emprego. dado pela diferena entre
gastos e receitas estimados sob a hiptese em que a economia
estivesse operando em nveis normais de desemprego e de utilizao
da capacidade produtiva.
Pela ptica "abaixo da linha", os principais conceitos apurados pelo
Banco Central (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2012) so:
a) Dvida Lquida do Setor Pblico (DLSP): dada pela soma das
dvidas interna e externa do setor pblico (governo central, Estados e
m-=. pios e empresas estatais) junto ao setor privado, incluindo a
base monetria e excluindo-se ativos do setor pblico, tais como
reservas internacionais, crditos com o setor privado e os valores das
privatizaes.
b) Ajuste patrimonial: Item da DLSP que contabiliza a diferena entre
os passivos do governo, contrados no passado e posteriormente
reconhecidos ("esqueletos"), e os resultados da privatizao.
c) Dvida Fiscal Lquida (DFL): dada pela diferena entre a DLSP e o
ajuste patrimonial.
d) Necessidades de Financiamento do Setor Pblico: Corresponde ao
conceito de dficit nominal apurado pelo critrio "acima da linha".
Refere- se a variao da DFL entre dois perodos de tempo.
e) Necessidades de Financiamento do Setor Pblico no conceito
operacional: Exclui das necessidades de financiamento nominais a
correo monetria (efeito inflacionrio) que incide sobre a DFL. Seu
correspondente pelo critrio "acima da linha" o dficit operacional.
f) Necessidades de Financiamento do Setor Pblico no conceito
primrio: Exclui das necessidades de financiamento nominais, o
pagamento de juros nominais que incide sobre a DFL. Equivale ao
dficit primrio apurado pelo critrio "acima da linha".
POLTICA FISCAL E DISTRIBUIO DE RENDA
A maioria dos estudos que procuram quantificar a incidncia da
atividade do setor pblico sobre a distribuio de renda em uma
comunidade d nfase especial aos efeitos da tributao, abstraindo-
se de quantificar os efeitos dos gastos do governo segundo os
beneficirios (por diferentes classes de renda, setores econmicos,
regies geogrficas etc.). Negligenciar esse aspecto significa no s
deixar de considerar o objetivo fundamental de toda atividade
pblica, ou seja, a proviso de benefcios aos cidados do pas, como
tambm, por vezes, induzir a anlise a concluses errneas sobre a
eqidade de determinado sistema fiscal.
Muito mais relevante se faz sua considerao quando se trata de um
pas em desenvolvimento, onde, em geral, elevada a participao
dos impostos indiretos no financiamento dos gastospblicos. Essa
forma de tributao, como se sabe, em geral regressiva, implicando
uma carga relativamente maior para os indivduos de classes
inferiores de renda. Uma distribuio regressiva da carga tributria
poderia, todavia, ser teoricamente compensada por uma distribuio
progressiva dos benefcios provenientes das despesas pblicas, de
forma a inverter concluses sobre eqidade baseadas em apreciao
parcial do sistema tributrio.
Mesmo que estudos tradicionais da incidncia total do oramento
pudessem ser realizados com confiana, uma descrio dos efeitos
redistributivos diretos do oramento em dado ponto do tempo talvez
ainda no fosse suficiente para os formuladores da poltica nos pases
em desenvolvimento. Em tais pases, as polticas que visam
reduo das desigualdades de renda poderiam ser mais eficazes no
longo prazo se orientadas para as causas bsicas da pobreza, e no
para efeitos. Se baixos nveis de renda estiverem associados a fatores
tais como baixos nveis de sade e educao, localizao em reas
rurais, residncia em regiesmenos desenvolvidas e limitado nmero
de trabalhadores por famlia, os programas redistributivos
caractersticos dos pases desenvolvidos (como, por exemplo, o
Imposto de Renda negativo, os subsdios e os programas de bem-
estar) talvez no sejam inteiramente aplicveis. Nesse caso, toma-se
necessria uma anlise mais profunda do efeito redistributivo dos
gastos governamentais.
Suponha-se, por exemplo, que em um dado pas a totalidade da
receita tributria seja proveniente de um imposto geral e uniforme de
10% sobre as despesas pessoais de consumo. Se a propenso mdia
a consumir decresce medida que aumenta o nvel de renda, a
distribuio da carga tributria desse imposto ser regressiva.
Da mesma forma que a regressividade na tributao poderia ser
superada por uma distribuio apropriada dos benefcios dos gastos,
uma distribuio perversa desses mesmos benefcios poderia cancelar
as vantagens da progressividade na tributao do ponto de vista de
critrios de eqidade fiscal.
Uma anlise parcial do sistema tributrio revelaria, assim, uma
situao bastante negativa do ponto de vista dos objetivos de
eqidade fiscal. Tal concluso, no entanto, pode ser modificada pelo
resultado obtido no que diz respeito distribuio dos benefcios dos
gastos pblicos pelos mesmos contribuintes.
Quanto aos tributos, o caso mais interessante refere-se a impostos
sobre transaes com mercadorias e servios, cuja venda serve como
base de clculo da respectiva contribuio. Assim, a anlise de sua
incidncia requer uma identificao prvia sobre em quem recai o
nus do pagamento - sobre o produtor ou sobre o consumidor - e de
como esse nus se distribui por classes de renda. As hipteses
tericas acerca da possibilidade de transferncia do nus tributrio
para o consumidor final no caso de impostos sobre mercadorias
baseiam-se em consideraes sobre o grau de elasticidade da
demanda e da oferta dos produtos tributados. No entanto, como as
hipteses tericas de perfeita competio no mercado so bastante
restritivas, a maior parte dos estudos empricos a esse respeito
assume, como resultado mais provvel, a integral transferncia do
nus para o consumidor final, de tal forma que sua distribuio por
classes de renda fica dependendo, apenas, de um levantamento da
estrutura de consumo para cada tipo de produto.
FEDERALISMO FISCAL NO BRASIL
A Constituio de 1988 (BRASIL, 1988) inaugurou nova etapa do
federalismo fiscal brasileiro que ainda no est, todavia, concluda.
Nela, as demandas de Estados e municpios por descentralizao das
receitas pblicas foram atendidas, mas as dificuldades encontradas
para fazer com que a descentralizao das receitas fosse
acompanhada de uma concomitante descentralizao das
responsabilidades pblicas, em especial no campo das polticas
sociais, provocaram desequilbrios que ainda precisam ser corrigidos.
A nova Constituio um marco importante de um processo que se
iniciou bem antes de sua promulgao. A lenta agonia do regime
militar instaurado em 1964 foi acompanhada de renovadas presses
de governadores e prefeitos por maior autonomia financeira, presses
essas que se acentuaram aps a recuperao da autonomia poltica
de Estados e municpios, a1canada em 1982. Ao aproximar-se a
sucesso presidencial de 1985, com a transio do autoritarismo para
a democracia, as demandas por autonomia financeira, reconhecidas
como indispensveis ao exerccio da autonomia federativa, ganharam
maior fora. No por acaso, a campanha presidencial do candidato
vitorioso nas eleies indiretas de 1984 teve no fortalecimento da
federao sua grande bandeira.
De certa forma, o mpeto descentralizante beneficiou-se de uma
espria associao entre autoritarismo e centralizao, favorecida
pela longa durao do regime militar e pelas reformas centralizadoras
por ele promovidas. No obstante, a ruptura institucional no foi
suficiente para alterar hbitos e costumes que comandam as decises
polticas nessa rea. A autonomia financeira foi confundida com
liberdade para gastar sem a equivalente responsabilidade de tributar.
A natureza da descentralizao promovida pela Assemblia
Constituinte no contribuiu, portanto, para a construo de um novo
federalismo.
A persistncia da crise econmica brasileira tomou mais difcil ainda
avanar no sentido da correo dos desequilbrios provocados pela
incluso das reformas consagradas pela nova Constituio. Com a
economia presa no atoleiro e fustigada por taxas elevadas de inflao
que resistiram a todas as tentativas de combat-las at o advento do
Real, o comportamento das receitas do setor pblico ficou muito
aqum das expectativas. A frustrao dessas expectativas contribuiu
para arrefecer o movimento da descentralizao. Embora se notem
alguns avanos com respeito absoro por estados e municpios de
maiores responsabilidades por gastos em programas sociais, como
consequncia da reduo de aportes federais, eles ainda no
configuram um esforo coordenado em busca de novo equilbrio
federativo. Este ainda est na dependncia de amplo entendimento
nacional sobre temas que encerram grande controvrsia, como o
caso da reforma fiscal.
CARACTERSTICAS E PECULIARIDADES DO FEDERALISMO FISCAL
BRASILEIRO
Para que se possa compreender melhor a natureza dos problemas
atualmente enfrentados pelo Brasil no campo do federalismo fiscal,
necessrio ter presente suas caractersticas marcantes, bem como
algumas peculiaridades decorrentes da acomodao do sistema ao
longo dos anos.
De incio, convm destacar dois aspectos fundamentais: as enormes
disparidades regionais e a forte tradio municipalista do pas. Como
de hbito, regimes federativos cabe Unio envidar esforos para
reduzir as disparidades regionais de desenvolvimento, e os
instrumentos fiscais costumam desempenhar importante papel a esse
respeito. No Brasil, a marcante presena do Estado na vida
econmica contribuiu para dar ao sistema tributrio um papel de
relevo na poltica de desenvolvimento regional, colocando em conflito,
com freqncia, as demandas por maior autonomia tributria dos
Estados mais desenvolvidos, com as presses por aumento das
transferncias compensatrias executadas pelos demenor grau de
desenvolvimento.
Outro condicionamento importante o que resulta da forte tradio
municipalista. A fora dessa tradio est hoje refletida no carter
singular assumido pela federao brasileira aps a promulgao da
Constituio de 1988. Nela, os municpios foram reconhecidos como
membros da federao, em p de igualdade com os Estados no que
diz respeito a direitos e deveres ditados pelo regime federativo. As
principais consequncias desse fenmeno, do ponto de vista do
federalismo fiscal, so o largo campo de competncia impositiva dos
municpios e a instituio de transferncias compensatrias federais
semelhantes s que beneficiam os Estados. A relativa independncia
dos municpios em relao ao poder pblico estadual, conferida pela
posio singular que ocupam no sistema tributrio brasileiro,
acompanhada de desequilbrios verticais e horizontais na repartio
da receita tributria nacional, tomando mais difcil a negociao de
reformas capazes de sedimentar propostas de novo equilbrio
federativo.
Aos dois fatores mencionados soma-se o elemento poltico. Por
razes distintas, as duas grandes reformas fiscais realizadas no Brasil
nos ltimos 30 anos produziram resultados semelhantes do ponto de
vista do federalismo fiscal. A Reforma de 1967, promovida pelo
regime militar, promoveu uma concentrao das competncias
tributrias na Unio, mas instituiu, em contrapartida, amplo e
inovador mecanismo de transferncias intergovenamentais de
receitas, em benefcio, principalmente, dos Estados menos
desenvolvidos e dos municpios menos populosos. A Reforma de 1988
reduziu parcialmente a competncia tributria federal e ampliou ao
mximo as transferncias intergovernamentais institudas 25 anos
atrs, sem alterar, contudo, a fisionomia do sistema fiscal.
Em 1967, a centralizao tributria promovida pelo regime militar
tinha por objetivo, entre outros, o de assegurar o apoio poltico de
Estados mais pobres e de municpios de menor porte mediante a
aplicao direta de recursos do oramento federal e a participao
garantida nos fundos compensatrios ento criados (vale lembrar que
a oposio poltica ao regime localizava-se nos Estados mais
desenvolvidos e, em especial, nas cidades de grande porte). Em
1988, os limites e a natureza da descentralizao tributria foram
traados pelos que se beneficiaram do sistema criado em 1967, que,
em decorrncia da confortvel maioria de que dispunham no
Congresso, lograram no s alcanar seus objetivos como tambm
ampliar de forma expressiva os ganhos obtidos anteriormente.
No foi, assim, o conhecido desequilbrio da representao poltica no
Congresso Nacional que desenhou o formato perverso hoje exposto
pelo federalismo fiscal brasileiro, marcado por enormes desequilbrios
na repartio das receitas fiscais. certo que a absoluta
predominncia de representantes das regies mais pobres no
Congresso Nacional, decorrente dos quocientes eleitorais previstos na
Constituio e do nmero mnimo de representantes de cada Estado
na Cmara Federal, amplia o conflito de interesses entre aqueles que
defendem a descentralizao de competncias e os que querem a
descentralizao da arrecadao.
O desafio da eficincia confunde-se, portanto, com o desafio da
responsabilidade. O contribuinte responsvel requer um governo mais
do que responsvel. A responsabilidade do governo est em prover
os servios dele demandados pela coletividade ao menor custo
possvel para os padres de qualidade exigidos. A responsabilidade do
contribuinte consiste em cumprir com as obrigaes tributrias
decorrentes do financiamento dos servios prestados pelo governo
em resposta s demandas da coletividade. A quebra desse vnculo de
corresponsabilidade acarreta prejuzo para todos.
REFORMA E FEDERALISMO FISCAL
Vrias tentativas de reforma do sistema tributrio brasileiro foram
feitas nos ltimos anos, todas elas de antemo fadadas ao insucesso.
Tal insucesso decorre da falta de acordo prvio sobre questes j
abordadas neste texto, em particular:
a) sobre os mecanismos apropriados para promover a reduo das
disparidades regionais;
b) sobre as opes para fortalecer a autonomia poltica e financeira
de Estados e municpios;
c) sobre o papel a ser desempenhado pelo Governo Federal no
tocante sustentao de programas sociais;
d) sobre o grau de descentralizao compatvel com as desigualdades
socioeconmicas da federao brasileira.
O acordo sobre as questes relacionadas ainda dificultado pela
precariedade da base estatstica sobre a qual so feitas as simulaes
do impacto de alternativas de reforma sobre a repartio das receitas
fiscais. A incerteza sobre o impacto de mudanas contribui para uma
atitude imobilista que prejudica o avano das negociaes
necessrias a obteno de amplo entendimento a esse respeito.
Se poca da Constituinte de 1988 a bandeira da descentralizao
predominou nos debates da reforma fiscal, o estandarte que ganha
maior destaque, agora, o da simplificao. A prolixidade da
legislao tributria e a multiplicidadede bases de incidncia,
somadas tentativa do governo de resolver suas dificuldades de
caixa mediante aumento de alquotas dos impostos existentes,
contriburam para gerar indita revolta dos contribuintes brasileiros
contra os excessos do fisco, ampliando as demandas da sociedade
por uma profunda simplificao do sistema tributrio brasileiro.
Os caminhos da simplificao chocam-se com a opo adotada em
1988 para resolver os conflitos distributivos intergovernamentais via
criao de novos impostos e ampliao das transferncias. A
simplificao requer uma reduo donmero de tributos a ser obtida
da unificao das bases de incidncia. Com um nmero menor de
tributos fica mais difcil acomodar os interesses em jogo, tende em
vista a tradio brasileira de atribuir aos Estados a competncia para
instituir um imposto geral sobre a venda de mercadorias e servios
que constitui a fonte mais importante da receita governamental.
A simplificao que adviria da instituio de trs impostos de ampla
base de incidncia, repartidos entre a Unio, Estados e municpios de
acordo com o alcance das respectivas jurisdies ( Unio, o Imposto
de Renda, aos Estados, o Imposto de Consumo, e aos municpios, o
imposto sobre a propriedade) no compatvelportanto, com as
exigncias decorrentes das enormes disparidades regionais e sociais.
A descentralizao das competncias tributrias precisa ser
temperada a luz de uma redefinio do papel do Estado e do Governo
Federal no campo das polticas de desenvolvimento regional e social,
bem como do reconhecimento da tradio brasileira com respeito
autonomia municipal.
Para muitos, a chave para a soluo do problema estaria na clara
definio das responsabilidades de cada ente federado no texto
constitucional, em substituio ao regime de competncias
concorrentes em quase todos os campos das polticas pblicas que
prevalece atualmente. Definidas as competncias de cada um, seria
mais fcil estabelecer a repartio de recursos compatvel com o
respectivo equilbrio oramentrio. Tal proposio lgica em sua
singeleza, mas ignora o fato de que a indefinio atual resulta da
absoluta impossibilidade de elaborar-se um cardpio detalhado de
repartio de atribuies pblicas na federao brasileira em face das
disparidades econmicas, sociais, financeiras e gerenciais.
Alm de algumas definies de ordem geral, que estabeleam
princpios e diretrizes aplicveis a um processo de descentralizao
de encargos e capazes de conduzir a um novo equilbrio entre
atribuies e recursos, qualquer tentativa de impor um padro
uniforme a respeito carece de realismo.
No plano das diretrizes, fcil estipular que as atividades que
independam da aplicao de tcnicas sofisticadas, cuja execuo em
escala reduzida no comprometa a eficincia produtiva, cujas
necessidades financeiras sejam modestas, cujo gerenciamento eficaz
no esteja na dependncia de recursos humanos altamente
qualificados, e cujos benefcios tiverem alcance geograficamente
limitados, deveriam ser preferencialmente atribudas ao nvel local.
No outro extremo, isto , no plano federal, estariam as atividades
para as quais os mesmos atributos citados fossem diametralmente
opostos: sofisticao tcnica, economia de escala, vultosas
necessidades financeiras, recursos humanos qualificados e ampla
difuso espacial dos benefcios prestados coletividade. A
combinao dessas vrias possibilidades poderia definir, em cada
caso especfico, os intervalos em que poder situar-se o campo das
atribuies estaduais. No obstante a racionalidade implcita nos
critrios mencionados, as enormes diferenas interestaduais e
intermunicipais no permitem a adoo uniforme de regras aplicveis
a todo o territrio nacional.
Importa, tambm, estabelecer clara distino entre o problema do
equilbrio entre responsabilidades e recursos do setor pblico e a
questo das desigualdades regionais. O enfoque regionalista da
reforma fiscal precisa ser revisto luz das distores do passado e
das novas exigncias do momento. O desenvolvimento regional
requer forte apoio da Unio a programas e projetos de investimento
capazes de superar as causas da pobreza e reduzir as desigualdades
de oportunidades de modernizao econmica e social. Nesse
sentido, indispensvel reforar os fundos federais capazes de
sustentar os investimentos necessrios ao progresso das regies
economicamente mais atrasadas, reduzindo a nfase concedida em
1988 ao papel das transferncias oramentrias a esse respeito.
CONTABILIDADE PBLICA
CONTABILIDADE PUBLICA
Lei 4.320/64 (BRASIL, 1964), tem algumas leis mais, que esto presentes no dia a dia do
contador, tais como:
Oramento Pblico
O Oramento Pblico, em sentido amplo, um documento legal (aprovado por lei), contendo a
previso de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um
determinado exerccio (geralmente um ano).
Constata-se assim que a Lei de Diretrizes Oramentrias a chamada LDO o elo entre o
Plano Plurianual o PPA e a Lei de Oramento Anual a LOA
https://www.youtube.com/watch?v=Z-aQzn4oMNw
A) UnidadeouTotalidade
Dessa forma, todas as receitas previstas e todas as despesas fixadas no oramento, em cada
um dos exerccios financeiro, devem integrar um nico documento dentro de cada esfera
federativa: a Lei Oramentria Anual LOA.
B) Universalidade
Ento para o princpio da universalidade deriva da ideia do prprio nome, universo, tudo, e com
isso ento o princpio significa que todas as receitas e todas as despesas integraro o
oramento.
C) Anualidade ou Periodicidade
Ento aqui fica claro que alm de ser definido que oramento dever ser referente ao perodo
de um ano, ele tambm dever coincidir com o ano civil, ou seja, de janeiro a dezembro.
D. Exclusividade
Estabelece que a Lei Oramentria Anual no inclua em seu texto nenhum dispositivo que no
esteja relacionado com previso da receita ou fixao da despesa, que o conceito de
oramento. Existe uma exceo, quanto a autorizaes para aberturas dos crditos adicionais
e ainda a contratao de operaes de crdito.
E. OramentoBruto
Determina que as receitas e despesas dos entes pblicos no estejam no oramento com seus
valores lquidos, como exemplo podemos citar as receitas que sofrem reteno para o Fundeb.
F. Legalidade
Cabe ao Poder Pblico fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente
autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei.
G. Publicidade
Princpio bsico da atividade da administrao pblica, tambm previsto no art. 37 da
Constituio Federal de 1988 que devem divulgar seus atos em seus respectivos Dirios
Oficiais para dar conhecimento de todos seus atos a sociedade.
H. Transparncia
J. Especificao
Neste principio fica estabelecido que no pode ser as receitas e despesas enviadas para
aprovao em valores globais, deve ser toda especificada, discriminada para atender tambm
aos demais princpios obrigatrios e que assim no seja aprovado algo no condizente com o
tema proposto
CLICLO ORAMENTRIO
O ciclo oramentrio, tambm conhecido como processo oramentrio, pode ser definido como
um processo de carter contnuo e simultneo, atravs do qual se elabora, aprova, executa,
controla e avalia a programao de dispndios do setor pblico nos aspectos fsico financeiro.
O processo de elaborao do oramento pblico no Brasil integrado ao planejamento de
aes, que, de acordo com a Constituio Federal de 1988, compreende o Plano Plurianual -
PPA - a Lei de Diretrizes Oramentrias LDO - e a Lei Oramentria Anual LOA
http://espacocont.com/Rio/index.php/artigos-em-contabilidade/278-ciclo-orcamentario-no-
brasil.html
RECEITA PUBLICA
Entende-se por receitas pblicas, em sentido amplo, todo e qualquer recolhimento realizado
aos cofres pblicos, seja na forma de numerrio, dinheiro, ou na forma de bens.
https://www.youtube.com/watch?v=VM0sAkPdvqw
estabelecimentos).
Receita Industrial Proveniente da atividade industrial de extrao
mineral, de transformao, de construo e outras
exploradas pelo ente pblico.
A. Planejamento;
I. Lanamento;
II. Arrecadao;
III. Recolhimento.
C. Controle e avaliao.
DESPESA PUBLICA
Entendemos todos os gastos obtidos pelos entes pblicos para manuteno da mquina
pblica e dos servios colocados a disposio de toda a sociedade. Sejam estas despesas
autorizadas ou no legislativamente
Despesa Oramentria
As despesas oramentrias so aquelas que constam no oramento pblico, e para estar
nessa lei de oramento foi autorizada pelo Poder Legislativo. Quando do ciclo oramentrio, o
Poder Executivo tem a iniciativa e envia o projeto de lei para o Legislativo estudar e aprovar tal
lei. Essas despesas so divididas em duas categorias econmicas: despesas correntes e
despesas de capital
Investimentos
Despesas de Capital Inverses Financeiras
Amortizao da Dvida
DESPESAS CORRENTES:
DESPESAS DE CAPITAL
Essa categoria econmica recebe todos os gastos que esto ligados direta ou indiretamente
para aquisies ou formao de bens de capital.
Aps os grupos de natureza de despesa, esses gastos devero ser derivados ainda em
Modalidades. Isso quer dizer aonde ser aplicado tal gasto do ente pblico, se direto ou se
ser direcionado a outro rgo ou entidade, ou ainda por outro ente federado, conforme
preconiza o 1, art. 3 da Portaria Interministerial n 163/01:
Assim como modalidade de aplicao temos:
20 Transferncias a Unio
40 Transferncias a Municpios
80 Transferncias ao Exterior
90 Aplicaes Diretas
1. EMPENHO
O empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de condio. Ento vemos que
nesse estgio quando a autoridade do ente pblico autoriza que determinada despesa seja
realizada por determinado fornecedor, especificando tambm a quantidade do servio ou
mercadoria, especificaes e valores. Em outras palavras, o empenho reserva,
automaticamente, determinado valor no oramento para uma finalidade.
TIPOS DE EMPENHO
2. LIQUIDAO
3. PAGAMENTO
a fase que aps termos a autorizao para realizao de determinado gasto que o
chamado empenho, tambm j tivemos a confirmao da mercadoria entregue ou o servio
prestado corretamente, agora resta a administrao pblica cumprir com a sua parte, j que o
fornecedor cumpriu com a sua obrigao adquirindo o direito pelo recebimento. Assim,
emitido pelo rgo responsvel pelo desembolso o documento chamado de ordem de
pagamento e assinado pela autoridade incumbida.
RESTOS A PAGAR
o que fazer com as despesas oramentrias que no cumprem todos os estgios da execuo
da despesa dentro do exerccio financeiro em que pertencem?
Pois bem, inscrevemos essas despesas oramentrias que no atingiram todos os estgios da
execuo dentro do exerccio financeiro que pertencem em Restos a Pagar, tambm
denominado de Dvida Flutuante.
Restos a Pagar, algo que ficou a pagar em um determinado exerccio financeiro. No exerccio
financeiro seguinte ele um extra oramentrio, pois no exerccio anterior pertenceu ao
oramento e j teve o seu empenho realizado. Por ser extraoramentria, essa dvida no
necessita de autorizao oramentria.
Temos uma restrio em ltimo ano de mandato do gestor, para que este no assuma
despesas que no possa cumprir deixando um amontoado de dvida para o seu sucessor
inscrevendo em Restos a Pagar.
CRDITOS ADICIONAIS
Temos na contabilidade pblica dois tipos de crditos oramentrios, os iniciais, que advm do
prprio oramento e sua aprovao, e os crditos adicionais, que so aqueles que aparecem e
so autorizados durante a realizao do oramento e no transcorrer do exerccio financeiro.
Crditos especiais: para quando dever acontecer uma despesa oramentria que no
havia o planejamento para sua realizao e com isso se deve criar uma dotao.
REGIMES CONTBEIS
Regime de Caixa: Para o regime de caixa devemos ter em mente a ocorrncia do pagamento
ou recebimento, ou seja, o momento da movimentao dos recursos, no importando a que
perodo se refere o fato. Ento, se houve movimentao do caixa, seja entrada ou sada,
realizamos o registro do acontecimento.
PRINCIPIOS DA CONTABILDIADE
c) Valor presente. Os ativos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada lquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operaes
da Entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
sada lquida de caixa que se espera seja necessrio para liquidar o passivo no curso normal
das operaes da Entidade;
d) Valor justo. o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transao sem favorecimentos; e
SISTEMA CONTBIL
Sistema Contbil toda uma estrutura para transmitir claramente e da melhor forma possvel,
permitindo a anlise, de todos os pontos importantes do ente relacionado com os registros.
At as alteraes da contabilidade aplicada ao setor pblico falvamos que esta contabilidade
era composta de sistema oramentrio, sistema financeiro, sistema patrimonial e o sistema
compensado. Com o advento da nova contabilidade estes sistemas passaram a serem
subsistemas do sistema contbil.
No sistema oramentrio, como o seu nome j demonstra, visualizvamos desde a inscrio
e o registo da Lei Oramentria Anual, a LOA e todas as suas alteraes, realizaes de
receitas, de despesas, as aberturas de crditos adicionais, sejam os suplementares, especiais
ou extraordinrios. uma transcrio de tudo que acontece que envolva o oramento do ente
pblico.
No sistema financeiro era evidenciada toda a movimentao financeira do ente pblico, tal
como caixa, bancos, assim como tudo que dizia respeito ao extra oramentrio sejam receitas
ou despesas temporrias, ou melhor, aquelas que no pertencem realmente ao ente pblico e
em um momento oportuno ser repassado a quem pertence de direito. Mas tambm
evidenciada as receitas e despesas oramentrias, mas aqui somente na fase de execuo
do prprio oramento, no registrando a parte referente a autorizao legislativa.
A demonstrao dos fluxos de caixa, coopera ainda mais para a transparncia da gesto
pblica, pois possibilita uma melhor percepo do gerenciamento e do controle financeiro dos
entes pblicos. As receitas decorrentes das atividades do ente governamental so classificadas
como fluxo de operaes, apresentadas na discriminao de derivadas e decorrentes. J as
receitas que no se encaixam como operacionais do ente pblico sero inseridas nos
investimentos ou de financiamentos.
Realizando uma anlise entre duas demonstraes das mutaes do patrimnio lquido, o
profissional ou o interessado nessa leitura poder visualizar ainda mais o que aconteceu nas
oscilaes dentro do patrimnio lquido do ente pblico. E contemplar uma exposio no
mnimo com as principais contas do Patrimnio Lquido, sendo elas:
Reservas de Capital,
Aes/CotasemTesouraria,
ResultadosAcumulados.
Demonstrao do Resultado Econmico deve ser elaborada considerando sua interligao com
o sistema de custos e apresentar na forma dedutiva, pelo menos, a seguinte estrutura:
(a) receita econmica dos servios prestados e dos bens ou dos produtos fornecidos;
(b) custos e despesas identificados com a execuo da ao pblica; e
(c) resultado econmico apurado.
(+) Receitaeconmica
(=) Margembruta
(-) Depreciaes
(-) Custosindiretosalocadosaoservio
(=) Resultadoeconmico.
SUBSISTEMA COMPENSADO
BALANO ORAMENTRIO
Como para a contabilidade pblica no existe a figura do lucro ou prejuzo, mas sim do
supervit e do dficit, o resultado da execuo oramentria expresso abaixo das despesas,
quando ocorre supervit, ou abaixo das receitas, no caso da ocorrncia de dficit, a fim de que
o total do lado direito seja sempre igual ao total do lado esquerdo.
a) Princpio da Legalidade
O Princpio da Legalidade encontra apoio na norma descrita no artigo
5 inciso II da Constituio que assim dispe: ningum ser
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de
lei.
So interessantes as observaes de Luiz Alberto David Araujo (2011,
p.370) sobre o assunto:
A afirmao de que a Administrao Pblica deve atender
legalidade em suas atividades implica a noo de que a atividade
administrativa a desenvolvida em nvel imediatamente infra legal,
dando cumprimento s disposies da lei. Em outras palavras, a
funo dos atos da Administrao a realizao das disposies
legais, no lhe sendo possvel, portanto, a inovao do ordenamento
jurdico, mas to s a concretizao de pressgios genricos e
abstratos anteriormente firmados pelo exercente da funo
legislativa.
O principio da legalidade significa portanto, que o administrador pblico est, portanto, na sua
atuaao, sujeito aos mandamentos da lei e as exigencias do bem comum, delas nao podendo
se afastar.
A lei 8248/91 tambem estabelece que para a aquisicao de ens e servicos de informatica e
automacao o agente publico devera dar preferencia aos bens e servicos com tecnologia
desenvolvida no Brasil e bens e servicos desenvolvidos de acordo com o processo produtivo
basico na forma a ser definida pelo Poder Executivo.
AULA 02
INTRODUO
Ol! Seja bem vindo segunda web aula,onde continuaremos os estudos da disciplina Direito
Administrativo. Nesta unidade iremos aprender sobre as modalidades de licitao,
verificaremos os principais pontos relacionados aos contratos administrativos e ainda
analisaremos os principais aspectos relacionados aos servidores pblicos. A unidade finaliza
destacando os principais pontos que envolvem o processo administrativo.
1) Modalidades de licitao
1.1) Concorrncia
A concorrncia est prevista no pargrafo primeiro do artigo 22 da
Lei n 8666/93. aquela modalidade de licitao realizada com
ampla publicidade para assegurar que quaisquer interessados que
preencham os requisitos previstos no edital possam participar.
Considera-se a concorrncia a mais complexa das modalidades de
licitao. Nas palavras de Alexandrino e Paulo (2010, p. 595): A
Concorrncia a mais complexa das modalidades de licitao.
Na viso de Di Pietro (2010) o conceito de concorrncia implica duas
caractersticas bsicas. A primeira a publicidade e a segunda a
universalidade. Nas prximas linhas falaremos sobre cada uma delas.
Assegura-se a publicidade atravs da publicao do aviso do edital,
pelo menos uma vez, indicando o local em que os interessados
podero ler e obter o texto integral e todas as informaes sobre a
licitao.
Quando a licitao for realizada por rgo ou entidade da
Administrao Pblica Federal, assim como quando se tratar de obras
financiadas, ainda que parcialmente com recursos federais, a
publicao dever ser feita no Dirio Oficial da Unio.
A publicao dever ser feita no Dirio Oficial do Estado ou do Distrito
Federal quando se tratar de licitao de rgos da Administrao
Estadual, ou Municipal ou do Distrito Federal e em jornal dirio de
grande circulao no Estado, na regio ou no Municpio.
A publicao dever ser feita com no mnimo 30 dias de
antecedncia. Quando se tratar de licitao do tipo melhor tcnica
ou tcnica e preo ou no caso do contrato comtemplar a empreitada
integral, o prazo passa a ser de 45 dias (DI PIETRO, 2010).
Meireles (2010, p. 317) quando aborda a questo da Concorrncia
fala em ampla publicidade para garantir que o maior nmero possvel
de interessados possa participar do processo licitatrio. Na viso do
autor:
O que a lei exige a divulgao da abertura da concorrncia com a
maior amplitude possvel e desejvel, tendo em vista o vulto e a
complexidade do seu objeto. Para tanto, a Administrao poder usar
de todos os meios de informao ao seu alcance para essa
divulgao, por tantas vezes quantas julgar necessrias. O que no
se lhe permite desatender ao mnimo de publicidade, consistente na
convocao dos interessados pela imprensa oficial e particular, nem
sonegar o edital e seus anexos aos interessados. Se o fizer, a
administrao expor o procedimento licitatrio e o contrato
subsequente invalidao (MEIRELES, 2010, p. 317).
A universalidade faz referncia possibilidade de participao de
quaisquer interessados que na fase inicial de habilitao preliminar,
comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao exigidos no
edital.
1.2) Tomada de preos
A tomada de preos aquela modalidade de Licitao em que os
interessados, devidamente cadastrados ou que atenderem as
condies exigidas para o cadastramento podem participar do
procedimento licitatrio.
Tal modalidade de licitao est prevista no artigo 22 2 da Lei n.
8666/93 que assim dispe:
Tomada de preos a modalidade de licitao entre interessados
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condies
exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data do
recebimento das propostas, observada a necessria qualificao
(BRASIL, 1993).
A lei n 8666/93 mudou o conceito de Tomada de Preos j que pela
legislao anterior, ela ficava limitada aos licitantes previamente
cadastrados, estando ausente a universalidade, pois a licitao era
aberta apenas queles inscritos no registro cadastral. A lei
contempornea, permite a participao de interessados que
apresentem a documentao exigida para cadastramento at o
terceiro dia anterior data do recebimento das propostas. O objetivo
foi de abrir as portas para maior nmero de licitantes. Afirma-se que
o procedimento da Tomada de Preos ficou mais complexo, j que a
comisso de licitao dever examinar a documentao dos licitantes
que participarem dessa forma (DI PIETRO, 2010).
A tomada de preos deve ser utilizada celebrao de contratos relativos a
servios, obras, compras, de valores reduzidos, em relao queles exigidos
para a Concorrncia. O julgamento feito por uma comisso composta por
trs membros (ALEXANDRINO; PAULO, 2010).
Uma informao interessante de que o Convite no exige publicao, pois dirigido aos
escolhidos pela Administracao atravs de carta-convite. Entretanto a Lei determina que cpia
do instrumento convocatrio dever ser afixada em local apropriado, estendendo-se
automaticamente aos que estejam cadastrados na categroia objeto do convite. Para isso
devem manisfestar seu interesse em at vinte e quatro horas antes da apresentacao das
propostas.
Outra dvida que pode surgir a seguinte: os contratos administrativos so regidos por
normas de direito publico ou por normas de direito privado? Deo lhe dizer que eles sao regidos
por normas de direito publico, sendo-lhes aplicado supletivamente principios relativos a teoria
geral do contratos. Lei n 8666/1993 Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta lei
regulam-se pelas suas clausulas e pelos preceitos de direito publico, aplicando-se-lhes,
supletivamente, os principios da teoria geral dos contratos e as disposicoes de direito privado.
Para ser servidor pblico preciso ser agente pblico, mas o inverso
no ocorre pois nem todo agente pblico servidor pblico. O
servidor pblico exerce uma funo pblica e ocupa um cargo
pblico; j o agente pblico nem sempre ocupar um cargo pblico.
4) Processo Administrativo
Outro ponto que merece destaque o do processo administrativo.
Voc deve estar ansioso para saber se existe alguma legislao sobre
o assunto. Devo lhe dizer que sim. Trata-se da lei 9784/1999.
O pargrafo nico do artigo segundo da lei n 9784/1999 dispe
sobre os critrios que devem ser obedecidos para a correta realizao
dos processos administrativos. So os seguintes:
I - atuao conforme a lei e o Direito; II - atendimento a fins de
interesse geral, vedada a renncia total ou parcial de poderes ou
competncias, salvo autorizao em lei; III - objetividade no
atendimento do interesse pblico, vedada a promoo pessoal de
agentes ou autoridades; IV - atuao segundo padres ticos de
probidade, decoro e boa-f; V - divulgao oficial dos atos
administrativos, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas na
Constituio; VI - adequao entre meios e fins, vedada a imposio
de obrigaes, restries e sanes em medida superior quelas
estritamente necessrias ao atendimento do interesse pblico; VII -
indicao dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a
deciso; VIII observncia das formalidades essenciais garantia
dos direitos dos administrados; IX - adoo de formas simples,
suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurana e
respeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos direitos
comunicao, apresentao de alegaes finais, produo de
provas e interposio de recursos, nos processos de que possam
resultar sanes e nas situaes de litgio; XI - proibio de cobrana
de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; XII -
impulso, de ofcio, do processo administrativo, sem prejuzo da
atuao dos interessados; XIII - interpretao da norma
administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim
pblico a que se dirige, vedada aplicao retroativa de nova
interpretao.
O administrado possui vrios direitos perante a administrao, dentre
eles o de ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores,
que tm o dever de facilitar que o cidado consiga realizar os seus
direitos e cumprir as suas obrigaes.
O administrado tambm tem o direito de ter cincia da tramitao
dos processos administrativos em que tenha a condio de
interessado, poder realizar vista dos autos, obter cpias de
documentos neles contidos e tomar conhecimento das decises
proferidas no processo administrativo.
Um importante direito que o administrado tem o de defesa pois ele
poder fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo
quando obrigatria a representao, por fora de lei.
O processo administrativo poder ser iniciado de ofcio ou atravs de
pedido de interessado. Veja a redao do artigo 5 da lei n 9784/
1999: Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofcio ou
a pedido de interessado.
Voc deve imaginar que o administrado apenas tem direitos no
possuindo nenhum dever, mas isso no corresponde verdade pois o
administrador tambm possui deveres perante a administrao e tais
deveres esto expressos no artigo 4 da Lei n 9784/1999 que assim
dispe: Art. 4o So deveres do administrado perante a
Administrao, sem prejuzo de outros previstos em ato normativo: I
- expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade,
urbanidade e boa-f; III - no agir de modo temerrio; IV - prestar
as informaes que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.
Uma dvida interessante refere-se questo de saber se existe ou
no contraditrio e a ampla defesa no processo administrativo. A
prpria Constituio da Repblica Federativa do Brasil responde a
esse questionamento ao dispor no artigo 5, inciso LV que: LV - aos
litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral so assegurados o contraditrio e ampla defesa, com os meios
e recursos a ela inerentes.
Portanto o cidado processado administrativamente tambm possui
direito ao contraditrio e ampla defesa por fora do disposto na
nossa Carta Magna.
CONCLUSO
Espero que a aula possa ter colaborado com a construo do seu
conhecimento e edificado a sua carreira profissional. Conhecer as leis
e conhecer o direito dever de todo cidado, mas no caso do gestor
a compreenso correta de uma importncia ainda maior.
DIREITO CONSTITUCIONAL
O Direito pode ser dividido segundo em ramos conforme os atores envolvidos. Segundo
Ulpiano no estudo do Direito, dois so os aspectos: o pblico e o privado. O Direito Pblico diz
respeito s coisas do Estado, o Privado, utilidade dos Particulares(MONTOURO, 2005, p.
468). Partido dessa caracterstica, podemos afirmar que o Direito constitucional pertence ao
ramo do DIREITO PBLICO.
Poder constituinte
O Poder Constituinte pode ser apresentado como forma da sociedade organizar-se
politicamente atravs da criao de regras de convivncias entre os indivduos em forma de
Estado. Para isso, segundo Sieys, a nao existe antes de tudo, ela a origem de tudo. Sua
vontade sempre legal, ela a prpria Lei (TAVARES, 2007, p. 30). O titular do poder
constituinte o povo que o exerce diretamente ou atravs de seus representantes. O poder
constituinte pode ser classificado em poder constituinte originrio ou derivado. O primeiro
responsvel pela criao de uma nova constituio. De tal forma um poder inicial, ilimitado,
permanente e incondicionado. J o poder constituinte derivado responsvel pela atualizao
do texto constitucional s necessidades sociais hodiernas. Por isso, o poder constituinte
derivado limitado e condicionado. Segundo Arajo, o poder constituinte derivado possui
limites:
a) materiais so as matrias petrificadas pelo art. 60, 4, da Constituio da Repblica, que,
em seus incisos I a IV, torna imutveis a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto,
universal e peridico, a separao dos Poderes e os direitos e garantias individuais;
b) circunstanciais elenca determinadas circunstncias em que no pode haver trmite de
emenda constitucional, justamente diante da necessidade de tranqilidade social. Esto
presentes no 1 do art. 60 (vigncia de interveno federal, estado de defesa ou estado de
stio);
c) procedimentais durante o processo de emenda, se esta for rejeitada ou tida como
prejudicada, s poder ser reapresentada na sesso legislativa seguinte (ARAJO)
Por fim, o poder constituinte decorrente cria a organizao regional dos Estados-membros
atravs das competncias atribudas pelo poder federal, mediante o pacto federativo,
autonomia estadual. Nesse sentido, para Nogueira o,
Poder que tm os Estados-membros de produzir suas constituies. Decorre da adoo do
modelo federativo e expressa a autonomia e a capacidade de auto-organizao dos entes da
Federao. Exercido pelas Assembleias Legislativas estaduais, sua atuao circunscreve-se
ao campo das competncias dos Estados, devendo obedecer ao princpio da simetria, que
determina a correspondncia, no plano estadual, com os princpios fundamentais e modelos
adotados pela Constituio Federal (CF, art. 25, e ADCT, art. 11) (NOGUEIRA, 2008, p. 12)
https://www.youtube.com/watch?v=wauYVsHvXGc
Mtodos de interpretaoconstitucional
A interpretao constitucional pode seguir alguns mtodos que servem harmonizar o sentido do
texto com o sentido do seu destinatrio. O Mtodo gramatical leva em considerao o
enunciado do texto constitucional para a melhor interpretao da norma. Segundo tal mtodo o
direito encontra-se na aplicao literal do texto. J o Mtodo histrico procura embasar a
interpretao da Constituio nos precedentes que motivaram a proposio/aprovao de tal
texto. Busca-se a motivao histrica de tal norma. O Mtodo teleolgico procura na norma a
finalidade a que se propem, verificando, nesse caso, o valor que orienta sua normatividade.
Por fim, o Mtodo lgico-sistmico tem por escopo a interpretao da norma constitucional,
tendo por base a interao das diversas normas em um sistema unitrio e coerente
(FERREIRA FILHO, 2001).
A normaconstitucional no tempo
Ao ser criada uma nova Constituio, todo o ordenamento jurdico afetado. Assim, alm da
prpria Constituio todas as demais normas so afetadas. De tal modo, podem ocorrer os
seguintes fenmenos jurdicos: desconstitucionalizao, recepo e repristinao. A
desconstitucionalizao consiste na manuteno da norma prevista na constituio anterior
com seu rebaixamanento para o status infraconstitucional. J a recepo prev a acolhida das
normas e atos normativos criados pela constituio anterior desde que no possuam
incompatibilidade. Por fim, a repristinao pode ser concebida como a restaurao automtica
de uma legislao definida como inconstitucional pela constituio anterior. Tal previso
vedada no nossoordenamento (MORAES, 2007, p. 618).
Quando se fala em aplicabilidade das normas constitucionais deve-se levar em conta a eficcia
jurdica da norma. De tal modo, a norma jurdica, alm da eficcia social, deve possuir eficcia
jurdica para que da sua aplicabilidade surtam efeitos no mundo jurdico. Assim, segundo a
usual classificao, de Jos Afonso da Silva, as normas constitucionais possuem eficcia
plena, contida ou limitada. A norma de eficcia plena aquela que prescinde de
complementao para produzir efeitos imediatos. Assim, tais normas produzem ou tm
possibilidade de produzir todos os efeitos sobre os interesses que o legislador quis regular.
exemplo de norma de eficcia plena o artigo 21 da constituio. J a norma de eficcia
contida apesar de possuir todos os elementos para sua plena aplicabilidade, deixou margem
para o Poder Pblico restringir sua abrangncia. Assim, na falta de norma restritiva prevalece a
plenitude dos enunciados normativos. O exemplo de mais fcil assimilao de tal norma pode
ser encontrado no inciso XIII do art. 5 da Constituio segundo o qual: XIII livre o
exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes que a lei
estabelecer. Note-se que, com o advento das normas reguladoras das profisses, tal
plenitude restrita pelas qualificaes necessrias ao ingresso na Classe Profissional: como o
Exame de Ordem para a inscrio na OAB. Por fim tem-se a norma de eficcia limitada. Tal
norma somente ter plena aplicabilidade sobre os interesses que visa regular quando editada
norma infraconstitucional ou ato administrativo (ARAJO; NUNES JUNIOR, 2006 apud
TRINDADE, 2001).
Do prembulo
Princpiosfundamentais
O Brasil adota a soberania como princpio fundamental. Como reflexo de tal princpio, podemos
apontar as regras adotadas pelo Brasil em termos de regulamentao das aes em mbito
externo. Segue, de tal modo, a lista desses princpios:
I - independncia nacional;
II - prevalncia dos direitos humanos;
III - autodeterminao dos povos;
IV - no-interveno;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - soluo pacfica dos conflitos;
VIII - repdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperao entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concesso de asilo poltico.
https://www.youtube.com/watch?v=BM-m-gWTAkY
3) "A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fundamentos:"
a) Direito privado
b) Direito Pblico
c) Direito Internacional
d) Direito Tributrio
e) Direito Econmico
Unidade 2 Da Organizao do Estado
Elemento do Estado
O Estado a sociedade politicamente organizada, com a distribuio das competncias e
funes necessrias a sua manuteno. Para que se possa falar de Estado deve-se observar
que toda sociedade, independentemente da cultura e da religio adotadas, possui sistemas de
controle do poder. Apesar de este emanar do povo, conforme descrito no pargrafo nico do
art. 1, a constituio, como texto fundamental do Estado, cria as bases para sua distribuio.
Os gregos utilizavam o termo polis (cidade), como bases para o surgimento da poltica: arte ou
cincia de governar. J os romanos usavam a expresso status reipublicae para designar a
situao da coisa pblica. Estado, assim, no passa de uma construo do homem que lhe
serve e limita ao mesmo tempo. Sem sua existncia a prpria paz social no passaria de uma
utopia. Contudo, para que se possa reconhecer uma sociedade como Estado formada pelos
seguintes elementos: povo, territrio e governo soberano (AZAMBUJA apud TRINDADE,
2011). Segundo Seitenfus e Ventura
A soberania uma fico jurdica, continua face jurdica de um Estado poltico, dotada de
principiologia prpria, que justifica e sintetiza o exerccio do monoplio do poder legtimo de um
grupo em determinadas fronteiras, podendo ser este grupo mais ou menos malevel quanto
exercer/sofrer ingerncia sobre/de outros grupos estabilizados, a depender de seus interesses
particulares ou da fora e do poder econmico particular que detm (SEITENFUS; VENTURA,
1999).
Formas de Estado
O Estado pode adotar vrias formas distintas, cada qual com suas caractersticas. Todavia,
pode-se classificar o Estado em Trs modelos distintos: unitrio, federado ou confederado. O
Estado unitrio caracterizado por possuir poder central sem delegao/diviso de esferas
polticas. Podendo, apenas, possuir divises administrativas. J o Estado Federado, pode ser
considerado como a estrutura jurdico-poltica dotada de descentralizao poltico-administra.
Por fim, a forma de estado chamada confederao. A confederao pode ser tratada como
uma estrutura transitria entre os estados unitrios e a federao. Contudo, diferentemente da
federao, na confederao os estados mantm sua soberania. O Brasiladota o
sistemafederado.
Formas de Governo
A forma de governo pode ser conceituada como a maneira como ser regulada a relao entre
governados e governantes. Adotam-se, modernamente, dois modelos: monarquia e repblica.
A primeira atribui aos governantes a vitaliciedade e a hereditariedade. J na repblica, o
governante eleito pelo povo, efetivando o principio democrtico. Segundo Canotilho, a
Repblica significa uma comunidade poltica, uma unidade coletiva de indivduos que se
autodetermina politicamente atravs da criao e manuteno de instituies polticas prprias
assentes na deciso e participao dos cidados no governo dos mesmos (self-
government)(CANOTILHO, 1997, p. 217-218).
a) Sistemas de governo.
Outra classificao estatal diz respeito forma de relacionamento entre os poderes. Enquanto
no presidencialismo a chefia de estado e governo so acumuladas pelo presidente, no
parlamentarismo tais poderes so divididos.
b) Repartio das Competncias na Constituio 1988
Competncia a capacidade atribuda determinado ente estatal para o exerccio de funes.
De tal modo a Constituio cria distines em detrimento do interesse a ser tutelado. Seguindo
nessa seara, Jos Afonso da Silva cria uma classificao das competncias:
a) Competncia exclusiva Atribuda a uma entidade com a excluso das demais. Ex.: art.
21;
b)Competncia privativa Atribuda expressamente a uma entidade com possibilidade de
delegao e de competncia suplementar. Ex.: art. 22 e seu pargrafo nico.
c)Competncia Comum Tambm chamada de cumulativa ou paralela, um campo de
atuao comum de vrias entidades em p de igualdade. Ex.: art. 23.
d) Competncia concorrente A Unio tem preferncia na disposio das normas gerais
garantindo-se, no entanto, a possibilidade de disposio sobre o mesmo assunto por mais de
uma entidade estatal. Ex.: art. 24 e seus pargrafos.
e) Competncia suplementar a possibilidade de formular normas que complementem o
contedo ou supram omisses de normas gerais da Unio de competncia concorrente. Ex.:
art. 24, 1 a 4 (SILVA apud TRINDADE, 2011).
DA ORGANIZAO POLTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 19. vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes, relaes de dependncia ou aliana, ressalvada,
na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;
II - recusar f aos documentos pblicos;
III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si. (BRASIL, 1988).
Administrao Pblica
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa pblica,
sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico, salvo quando o
contrato obedecer a clusulas uniformes;
II - desde a posse:
a) ser proprietrios, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada;
b) ocupar cargo ou funo de que sejam demissveis "ad nutum", nas entidades referidas no
inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,
"a";
Do PoderExecutivo.
7. Da tributao e do oramento.
. Sistema Tributrio Nacional
O Sistema Tributrio Nacional segundo KiyoshiHaradae[...]o conjunto de normas
constitucionais de natureza tributria, inserido no sistema jurdico global, formado por um
conjunto unitrio e ordenador de normas subordinadas aos princpios fundamentais,
reciprocamente harmnicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra
coisa no seno a Constituio. (HARADA, 2005, p. 322). O sistema tributrio nacional e
composto por quatro espcies.
b. Espcies de tributos
Impostos so tributos cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de
qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte. Depreende-se, assim, que ao
imposto a forma de arrecadao que impe ao contribuinte pagar tributos em funo do
poder de tributar do Estado. Taxas tm como fato gerador o exerccio regular do poder de
polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado
ao contribuinte ou posto a sua disposio.
As taxas cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no
mbito de suas respectivas atribuies. Impe-se, de tal modo, que as taxas tenham
contraprestao ao servio prestado ou posto disposio. Contribuies de Melhoria so
institudas para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acrscimo de valor que
da obra resultar para cada imvel beneficiado. Assim como as taxas, as contribuies de
melhoria so cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no
mbito de suas respectivas atribuies. Emprstimos Compulsrios so medidas de carter
excepcional, de competncia da Unio, que tem por funo atender a despesas
extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia ou
realizar investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional. Nesse ltimo
caso s poder ser cobrado no exerccio financeiro seguinte (TRINDADE, 2011).
c. Competncia tributria
Compete Unio instituir impostos sobre:
I - importao de produtos estrangeiros;
II - exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores mobilirios;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. (art. 154) (BRASIL, 1988).
Estados e ao Distrito Federal
I - transmisso causa mortis e doao, de quaisquer bens ou direitos;
II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as
prestaes se iniciem no exterior;
III - propriedade de veculos automotores.
Municpios
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou
acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de
direitos a sua aquisio; III - servios de qualquer natureza, no compreendidos no art. 155, II,
da Constituio, definidos em lei complementar. (art. 156) (BRASIL, 1988).
PROVA 2
1) Quais so as competncias atribudas determinado ente estatal de acordo com a
constituio de 1988?
a) impostos;
b) taxas;
c) contribuies de melhoria;
d) encargos;
e) emprstimos compulsrios.
5) Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo de competncia:
a) da Polcia Federal;
b) da Polcia Civil;
c) do Presidente da Repblica;
d) do Tribunal de Contas da Unio;
e) das Comisses Parlamentares de Inqurito.
Poder legislativo: o encarregado de exercer a funo legislativa do estado, que consiste em
regular as relaes dos indivduos entre si e com o prprio Estado, mediante a elaborao de
leis. No Brasil, o Poder Legislativo organizado em um sistema bicameral e exercido pelo
Congresso Nacional que composto pela Cmara dos Deputados, como representante do
povo, e pelo Senado Federal, representante das Unidades da Federao. Esse modelo
bicameral confere s duas Casas autonomia, poderes, prerrogativas e imunidades referentes
sua organizao e funcionamento em relao ao exerccio de suas funes.
Poder constituinte
O Poder Constituinte pode ser apresentado como forma da sociedade organizar-se
politicamente atravs da criao de regras de convivncias entre os indivduos em forma de
Estado. Para isso, segundo Sieys, a nao existe antes de tudo, ela a origem de tudo. Sua
vontade sempre legal, ela a prpria Lei (TAVARES, 2007, p. 30). O titular do poder
constituinte o povo que o exerce diretamente ou atravs de seus representantes. O poder
constituinte pode ser classificado em poder constituinte originrio ou derivado. O primeiro
responsvel pela criao de uma nova constituio. De tal forma um poder inicial, ilimitado,
permanente e incondicionado. J o poder constituinte derivado responsvel pela atualizao
do texto constitucional s necessidades sociais hodiernas. Por isso, o poder constituinte
derivado limitado e condicionado. Segundo Arajo, o poder constituinte derivado possui
limites:
a) materiais so as matrias petrificadas pelo art. 60, 4, da Constituio da Repblica, que,
em seus incisos I a IV, torna imutveis a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto,
universal e peridico, a separao dos Poderes e os direitos e garantias individuais;
b) circunstanciais elenca determinadas circunstncias em que no pode haver trmite de
emenda constitucional, justamente diante da necessidade de tranqilidade social. Esto
presentes no 1 do art. 60 (vigncia de interveno federal, estado de defesa ou estado de
stio);
c) procedimentais durante o processo de emenda, se esta for rejeitada ou tida como
prejudicada, s poder ser reapresentada na sesso legislativa seguinte (ARAJO)
Por fim, o poder constituinte decorrente cria a organizao regional dos Estados-membros
atravs das competncias atribudas pelo poder federal, mediante o pacto federativo,
autonomia estadual. Nesse sentido, para Nogueira o,
Poder que tm os Estados-membros de produzir suas constituies. Decorre da adoo do
modelo federativo e expressa a autonomia e a capacidade de auto-organizao dos entes da
Federao. Exercido pelas Assembleias Legislativas estaduais, sua atuao circunscreve-se
ao campo das competncias dos Estados, devendo obedecer ao princpio da simetria, que
determina a correspondncia, no plano estadual, com os princpios fundamentais e modelos
adotados pela Constituio Federal (CF, art. 25, e ADCT, art. 11) (NOGUEIRA, 2008, p. 12)
https://www.youtube.com/watch?v=wauYVsHvXGc
Mtodos de interpretaoconstitucional
A interpretao constitucional pode seguir alguns mtodos que servem harmonizar o sentido do
texto com o sentido do seu destinatrio. O Mtodo gramatical leva em considerao o
enunciado do texto constitucional para a melhor interpretao da norma. Segundo tal mtodo o
direito encontra-se na aplicao literal do texto. J o Mtodo histrico procura embasar a
interpretao da Constituio nos precedentes que motivaram a proposio/aprovao de tal
texto. Busca-se a motivao histrica de tal norma. O Mtodo teleolgico procura na norma a
finalidade a que se propem, verificando, nesse caso, o valor que orienta sua normatividade.
Por fim, o Mtodo lgico-sistmico tem por escopo a interpretao da norma constitucional,
tendo por base a interao das diversas normas em um sistema unitrio e coerente
(FERREIRA FILHO, 2001).
A normaconstitucional no tempo
Ao ser criada uma nova Constituio, todo o ordenamento jurdico afetado. Assim, alm da
prpria Constituio todas as demais normas so afetadas. De tal modo, podem ocorrer os
seguintes fenmenos jurdicos: desconstitucionalizao, recepo e repristinao. A
desconstitucionalizao consiste na manuteno da norma prevista na constituio anterior
com seu rebaixamanento para o status infraconstitucional. J a recepo prev a acolhida das
normas e atos normativos criados pela constituio anterior desde que no possuam
incompatibilidade. Por fim, a repristinao pode ser concebida como a restaurao automtica
de uma legislao definida como inconstitucional pela constituio anterior. Tal previso
vedada no nossoordenamento (MORAES, 2007, p. 618).
Quando se fala em aplicabilidade das normas constitucionais deve-se levar em conta a eficcia
jurdica da norma. De tal modo, a norma jurdica, alm da eficcia social, deve possuir eficcia
jurdica para que da sua aplicabilidade surtam efeitos no mundo jurdico. Assim, segundo a
usual classificao, de Jos Afonso da Silva, as normas constitucionais possuem eficcia
plena, contida ou limitada. A norma de eficcia plena aquela que prescinde de
complementao para produzir efeitos imediatos. Assim, tais normas produzem ou tm
possibilidade de produzir todos os efeitos sobre os interesses que o legislador quis regular.
exemplo de norma de eficcia plena o artigo 21 da constituio. J a norma de eficcia
contida apesar de possuir todos os elementos para sua plena aplicabilidade, deixou margem
para o Poder Pblico restringir sua abrangncia. Assim, na falta de norma restritiva prevalece a
plenitude dos enunciados normativos. O exemplo de mais fcil assimilao de tal norma pode
ser encontrado no inciso XIII do art. 5 da Constituio segundo o qual: XIII livre o
exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes que a lei
estabelecer. Note-se que, com o advento das normas reguladoras das profisses, tal
plenitude restrita pelas qualificaes necessrias ao ingresso na Classe Profissional: como o
Exame de Ordem para a inscrio na OAB. Por fim tem-se a norma de eficcia limitada. Tal
norma somente ter plena aplicabilidade sobre os interesses que visa regular quando editada
norma infraconstitucional ou ato administrativo (ARAJO; NUNES JUNIOR, 2006 apud
TRINDADE, 2001).
Do prembulo
https://www.youtube.com/watch?v=BM-m-gWTAkY
3) "A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fundamentos:"
a) Direito privado
b) Direito Pblico
c) Direito Internacional
d) Direito Tributrio
e) Direito Econmico
METODOLOGIA DE PESQUISA
TIPOS DE ABORDAGEM
ABORDAGEM QUANTITATIVA
A abordagem quantitativa um mtodo de pesquisa social que utiliza tcnicas estatsticas, pois
tudo pode ser quantificado, possibilitando transformar em nmeros as opinies e informaes
encontradas na coleta de dados para a sua posterior anlise.
As pesquisas quantitativas so aquelas em que os dados e as evidncias coletados podem ser
quantificados, mensurados. Os dados so filtrados, organizados tabulados, enfim preparados
para serem submetidos a tcnicas e/ou testes estatsticos (MARTINS; THEPHILO, 2007, p.
135).
O uso da abordagem quantitativa indicado quando h necessidade de quantificar e/ou medir
opinies, atitudes e preferncias ou comportamentos
ABORDAGEM QUALITATIVA
TIPOS DE PESQUISA
PESQUISA-AO
PESQUISA PARTICIPANTE
A etnografia definida nos dicionrios como um estudo dos povos e de sua cultura. Foi
desenvolvida por antroplogos e tem por objeto os modos de vida dos grupos sociais.
Para a realizao da pesquisa etnogrfica, o pesquisador precisa saber ouvir, observar, buscar
as informaes no campo onde acontecer a pesquisa, precisa saber o momento certo para
interferir, ou seja, perguntar, dialogar e, ao mesmo tempo, tem que ter uma grande
responsabilidade sobre a interpretao correta dos dados sobre os grupos investigados
(MARTINS; THEPHILO; 2007).
PESQUISA BIBLIOGRFICA
PESQUISA EXPLORATRIA
PESQUISA DESCRITIVA
PESQUISA EXPLICATIVA
ENTREVISTA
O questionrio, tambm deve ser elaborado a partir dos objetivos propostas para a pesquisa.
Deve ser respondido por escrito pelo participante da pesquisa.
No momento da elaborao do questionrio, o pesquisador deve ter clareza de necessidade de
incluir o nmero suficiente de questes para obter os dados que ele vai precisar, ou seja, nem
questes que deixem de fora algum dos objetivos propostos e nem questes que no tenham
sintonia com os objetivos.
Podemos afirmar que a pesquisa cientfica, de forma simplista, toda atividade realizada para
se descobrir a resposta a alguma indagao que temos a respeito de um assunto. Para obter a
resposta precisamos utilizar alguns meios que tem o respaldo nas cincias, pois se no for
assim no teremos dados finais confiveis. Volpato (2007, p. 28) define pesquisa cientfica [...]
como a atividade que utiliza a metodologia e os pressupostos cientficos.
Divididas em trs, quais sejam: elementos pr-textuais, elementos textuais e elementos ps-
textuais.
Elementos pr-textuais
Capa elemento obrigatrio de um trabalho, tambm chamada de primeira capa e o
elemento inicial e indispensvel para a identificao do projeto. Deveconter as
informaesabaixo, naordemapresentada.
Nome do Autor grafado em letra maiscula na margem direita da pgina, logo abaixo
do ttulo.
Ttulo do Trabalho o ttulo deve ser claro, sinttico e expresso por meio de palavras
que realmente identifiquem o contedo do trabalho.
Elementos textuais
a parte do projeto que apresenta o contedo do trabalho. Constituem-se elementos textuais
de um trabalho acadmico a introduo, o desenvolvimento e a concluso, variando dentro
de cada um desses itens as partes, de acordo com o tema, com a orientao dada e mesmo
com a literatura da rea, visto no haver uma determinao rigorosa quanto s partes que
devero ser tratadas em cada item.
Apresentaremos inicialmente a descrio dos elementos textuais do projeto.
Introduo
Na Introduo deve-se apresentar o tema do trabalho, buscando familiarizar o leitor com o
contedo que ser abordado. Recomenda-se que se inclua de forma clara e objetiva o
problema da pesquisa, os objetivos, a justificativa e a metodologia.
A introduo deve ser o ltimo item a ser escrito, pois ela tem o objetivo de apresentar ao leitor
a viso geral do projeto da monografia.
Justificativa
Neste item deve-se justificar a relevncia do projeto. A pergunta a ser respondida : "por que
este tema deve ser desenvolvido?"
Na justificativa apresenta-se o porqu da necessidade da realizao da pesquisa enfatizando:
A pertinncia do tema.
Aatualidade do tema.
Relevncia do tema.
Objetivo geral aquele que se quer alcanar plenamente com o estgio, a soluo de
um problema.
Objetivos especficos so aspectos parciais que devem ser atingidos para que o objetivo
geral seja alcanado.
Metodologia
A Metodologia a explicao minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ao
desenvolvida no mtodo (caminho) do trabalho de pesquisa.
Coleta de dados
Caso haja necessidade de coletar dados para a pesquisa, necessrio determinar qual tcnica
que ser mais adequada para ser utilizada. Entre as tcnicas existentes tm-se: a entrevista, o
questionrio, a observao participante, a pesquisa bibliogrfica, etc.
Caracterizao do projeto
Para a caracterizao do projeto necessrio responder as seguintes perguntas: Qual a
caracterstica do estudo? um estudo de caso, um estudo comparativo, uma investigao
exploratria, estudo descritivo, participante?
Definio relacionada populao e amostra
Para uma pesquisa essencial definir o tipo de pblico que se quer pesquisar, de acordo com
a natureza e objetivos da pesquisa, que chamado de populao ou universo.
Por exemplo, se o projeto exigir uma pesquisa entre alunos de instituies que oferecem o
ensino a distncia, deve-se responder:
Sendo invivel ou impossvel consultar todo o universo ou populao, pode-se trabalhar com
uma amostra.
Vamos reforar esse conhecimento assistindo o vdeo abaixo.
Cronograma
O cronograma o instrumento utilizado para o planejamento das atividades ao longo do tempo
que se demanda para a realizao do estgio. ferramenta de controle do tempo e ritmo de
trabalho. A pergunta a ser respondida com o cronograma : Quando as diferentes etapas da
pesquisa sero efetuadas?
1.1.3 Elementos ps-textuais do projeto
So considerados elementos ps-textuais todos os itens que so includos aps os elementos
textuais.
1.1.3.1 Referncias
Segundo a NBR 14724 (ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 2005, p. 3) a
listagem dos documentos efetivamente citados no texto, ou seja, consiste em um [...] conjunto
de elementos padronizados de elementos descritivos retirados de um documento, que permite
sua identificao individual.
Outro aspecto importante na apresentao formal da monografia a apresentao grfica.
Veremos, em seguida, o que preconiza as Normas Tcnicas da ABNT para a apresentao
grfica da monografia.
PAPEL E RESPONSABILIDADE DO ESTADO
WEBAULA 1
Unidade 1 - Papel do Estado e
Responsabilidade Social
GESTO DO SETOR PBLICO
Ao longo dos ltimos anos foi possvel perceber e acompanhar as
transformaes da sociedade advindas da globalizao, da economia
e da revoluo das tecnologias de comunicao e informao. Este
processo de globalizao afeta hoje todas as esferas da sociedade,
seja ela econmica, poltica, cientfica, sociocultural e at mesmo
educativa.
Os reflexos desse contexto para o ambiente corporativo, que exige
mudanas na forma de gerenciar os processos produtivos,
administrativos e tambm as pessoas. Cada vez mais a sociedade
produz e, consequentemente, necessita de consumidores. Neste
sentido percebemos a necessidade e a importncia de uma
postura tica, transparente e de uma responsabilidade social por
parte de todas as instituies. Inclusive por parte de cada indivduo.
Para Refletir:
Mas quando falamos de servios pblicos, sejam eles praticados pela administrao pblica ou
terceiros, fora da administrao, estas instituies apresentam autonomia cuja liberdade
absoluta?
Link
Ao ler o artigo: Autonomia e controle da administrao pblica
no contexto da Constituio de1988, vocs podero conhecer
algumas questes levantadas pelos autores que apontam para a
necessidade de se buscar modelos de gesto mais contemporneos,
mas ao tempo devem obedecer aos princpios do controle norteado
pelos princpios constitucionais brasileiros.
http://www.gespublica.gov.br/biblioteca/pasta.2011-01-
10.5058226323/Limites%20da%20autonomia%20e%20do%20contro
le%20da%20adm%20publica.pdf
CONTRATOS DE GESTO
Buscando uma maior eficincia na administrao pblica, pretendeu-
se criar um Contrato de Gesto, um modelo cuja previso legal
consta no Art. 37, pargrafo 8. da Constituio Brasileira de 1988
(BRASIL, 1988). Neste sentido, os Contratos de Gesto no podem
ser realizados por meio de decretos, mas apenas serem criados
dentro das normas constitucionais ou de leis infraconstitucionais.
https://www.youtube.com/watch?v=mgYMi-7Mac8
1. http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3070/Contrato-de-
concessao-de-servicos-publicos
2. http://www4.tce.sp.gov.br/sites/default/files/A-
experiencia-brasileira-concessoes-servico-publico-
artigo_0.pdf
SAIBA MAIS:
A Lei de Responsabilidade Fiscal um cdigo de conduta para os
administradores pblicos de todo o pas, que passa a valer para os
trs Poderes (Executivo, Legislativo e Judicirio), nas trs esferas de
governo (federal, estadual e municipal).
PARA SABER MAIS: A Cartilha de Orientao sobre a lei de
Responsabilidade Fiscal:
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/
Galerias/Arquivos/bf_bancos/cart_mp1.pdf
AGNCIAS EXECUTIVAS
No perodo que vai do ano 1990 a 2000 houve uma considervel
transformao econmica, polticas, tecnolgicas. O objetivo maior
era a incluso do Brasil na nova ordem internacional. O plano da
retrica intelectual e poltica foram abandonados para dar lugar
agenda governamental e o avano do processo de privatizao.
https://www.youtube.com/watch?v=SmYMBzn2_Pw
ONGs;
As Organizaes Sociais (OSs);
Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico (Oscip).
Com relao ao Estado da Amaznia creio que seja possvel melhorar a qualidade
de vida da populao e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo. No entanto
este tipo de projeto demandaria de muito estudo alm de custos elevados. A
Amaznia por ser considerada o pulmo do mundo, deve ser tratada como tal,
portanto no se pode haver um crescimento de cidades sem que haja o
desenvolvimento correto, portanto, necessrio planejar, programar e executar
tudo da forma mais correta para que no haja deteriorao deste ambiente.
importante destacar
que Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentvel so
complementares, no tendo, no entanto, o mesmo significado.
No podemos considerar como dicotomia essas duas temticas,
apenas como um processo onde o primeiro o fim e o segundo pode
ser considerado como meio para se atingir este fim.
Portanto, percebido que a sustentabilidade se configura em um
ambiente onde se pode desenvolver algo de forma que este sempre
exista ou tenha a possibilidade de ser desenvolvido novamente. Ou
seja, basicamente produzir sem comprometer a capacidade de
produes futuras. O desenvolvimento, para que seja sustentvel,
deve-se considerar os aspectos econmicos, o desenvolvimento social
e o desenvolvimento ambiental.
Por que a Responsabilidade Socioambiental est em evidncia?
Primeiro porque o meio ambiente equilibrado significa qualidade de
vida populao. Desta premissa, chega-se responsabilidade do
poder pblico, considerando que o artigo 225 da Constituio Federal
de 1988 (BRASIL, 1988) diz: Todos tm direito ao meio-ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e
coletividade o dever de defend-lo e preserv-la para as presentes e
as futuras geraes (Constituio Federal 1998).
Neste contexto os gestores pblicos so responsveis, e como
representantes do Estado, devem cumprir o que manda a lei para
buscar uma melhor qualidade de vida da nao.