Mycoplasmose
Mycoplasmose
Mycoplasmose
Ento no caso da carne fraca, o que aconteceu com a comercializao? Alguns pases
suspenderam e outros restringiram. Tendo uma restrio do produto de origem animal, logo
quando se instaura uma barreira sanitria voc restringe a comercializao do produto
contaminado.
Temos um parasita intracelular opcional porque ela fica presente na mucosa da membrana do
trato respiratrio superior e do trato genitourinrio da ave, tendo predileo por essas reas.
Invadindo o organismo do animal inicialmente acometendo o trato respiratrio superior,
infectando e permanecendo inaparente, quando o animal sofre algum estresse de manejo ela
se replica e manifesta clinicamente. Temos uma bactria anaerbia facultativa e dependendo
de meios ricos em nutrientes como j relatados.
Exames que podem ser utilizados para identificao da bactria: PCR muito eficiente, porm de
alto custo por isso pouco utilizado ate por que invivel em uma granja de 35 mil aves a
realizao do exame individual, ELISA trabalhoso e invivel pela quantidade de aves e cultura e
isolamento que o mtodo mais eficiente por identificar as colnias bacterianas e o antibitico
especfico atravs do antibiograma, alm de ter um menor custo.
Com relao epidemiologia- Uma bactria muito sensvel a desinfetantes comuns como
lcool 70-95%, amnia quaternria (mais utilizada para desinfeco de ambientes) e
antimicrobianos ou antibiticos de eleio so aqueles efetivos gram positivo ou gram negativo
ou de amplo espectro. No caso de micoplasma no vamos busca de princpios que atuem na
parede (por n possuir) e sim aqueles que atuem na sntese de aminocidos, no prprio acido
nuclico da bactria ou no metabolismo de esterides no prprio processo metablico daquele
agente, buscando o antibitico de acordo com cada especificidade e de acordo com o local de
ao.
A gente busca um agente que tenha uma resistncia maior a baixa temperaturas (se
colocarmos uma cultura menos 70 no freezer ou menos 20 no glicerol, conseguimos
estocar), uma bactria que no fica muito vivel no ambiente, ela s tolera se presente nas
fezes e excrees dos animais por at 3 dias o que suficiente para sua
disseminao(disseminao atravs da alimentao, pela contaminao dos comedouros),
tendo um alto grau de disseminao pela grande quantidade de animais ali existentes. Sendo
uma doena que acomete o trato respiratrio tem como via de eliminao secreo ocular,
nasal, oral e pelos aerosis liberados (espirros)- forma direta de disseminao.
No caso da epidemiologia tem duas vias de disseminao: vertical e horizontal. A mais comum
a horizontal que passa de um animal contaminado para um sadio atravs do contato com
aerosis, ou contato indireto quando o animal doente contamina objetos (fmites-cama, beb.,
comed.) atravs de suas secrees. Tendo a via vertical que aquela passada da me para o
filho, neste caso da matriz/reprodutora para o ovibrio em formao dentro do ovo, o
embrio se infecta na passagem do oocito pelo oviduto(bactria se instala no oviduto da ave),
na hora que libera o oocito para ser fecundado antes de formar a clara que ele se infecta,
sendo assim o embrio se desenvolve infectado, quando nasce infectado vai ser um animal
com sinais clnicos ou muitas vezes pode ser um animal sem sinal cnico sendo passado como
animal refugo( o menor da criao, menos desenvolvido, mais sensvel, aparentemente doente,
mais leve), servindo como fonte de infeco para os outros animais do seu lote que comum
na produo avcola e sucola, tendo que ser retirado e descartado. Ento a transmisso
horizontal sempre por secreo respiratria de animais doentes infectando diretamente
animais susceptveis ou contaminando fmites. As aves podem manifestar sinais ou apenas
serem portadoras, ela portadora quando adultas e clinicamente no apresentam nenhum
sinal mas albergam a bactria e dissemina atravs da oviposio/postura, ento quando jovens
(pintinhos) mais comum ver os sinais clnicos e quando mais velhas passam mais
despercebidos, nas adultas pode ser reparada atravs da reduo da postura, porem h
inmeras doenas que cursam com esse sinal sendo apenas uma sugesto. Se diagnosticada
realmente o ideal o descarte para evitar atingir o resto do plantel.
S permitnido a vacinao das poedeiras (ovos infrteis), no permitido nas matrizes, avs
e nem bisavs (ovos frteis). Mycoplasma gallisepticum produz quadro sub-clnico ou
respiratrio leve que pode ser agravado com alguns fatores como alterao de manejo,
eficincia nutricional ou doenas concomitantes. No frango de corte vai ter queda na eficincia
alimentar, alta mortalidade, condenao de carcaa e custo com medicamentos. Nas poedeiras
vai ter reduo na produo de ovos de ate 20% e tambm custo com medicamento. uma
doena que apresenta impacto econmico tanto para as aves de corte, quanto para as de
postura. Nas matrizes vai ter queda da produo de ovos e reduo da eclodibilidade dos ovos,
logo tendo uma diminuio na quantidade de nascimento de pintinhos, tendo prejuzos. Se
identificado mycoplasma nas avs,bisavs e matrizeiro, deve ser efetuado o sacrificio de todas
as aves e os ovos descartados.
As infeces secundrias podem ocorrer se tem um agente que destri todo o trato
respiratrio superior, abrindo porta para outro agente, sendo assim causa maiores problemas
aos animais aumentando a taxa de mortalidade e grande numero de animais doentes, quando
feita a identificao apresenta 2,3 agentes instalados no organismo do animal. Muitas vezes o
mycoplasma o agente primrio que vai destruir os clios traqueais e abrir portas para outros
agentes.
Sinais clnicos observados: taquipnia e produo de secreo, bico aberto buscando ar,
espirros, geralmente vemos secrees na base do pescoo pois onde a ave passa o bico para
se limpar ai a secreo junto com a poeira formando uma rea escura de sujeira no colarinho.
Leses macroscpicas: Apresenta traquete sendo a primeira via de comprometimento que o
primeiro tecido do trato respiratrio superior tendo perda dos clios, edema de mucosa
traqueal e em seguida migra para o trato inferior que composto por pulmes e sacos areos
causando aerovasculite (inicialmente possui um processo inflamatrio, depois apresenta
deposio de fibrina apresentando colorao opaca pela inflamao crnica), normalmente os
sacos areos so transparentes. Outros rgos afetados so o fgado e o corao tendo uma
Peri hepatite e uma pericardite tambm tendo deposio de fibrina devido ao quadro
inflamatrio crnico. OBS: Essa bactria comum no trato respiratrio mas quando h
evoluo do quadro, atinge outras regies por conta da proximidade.
Diagnstico: No animal vivo faz o swab de traquia coletando muco ou faz coleta de sangue
para sorologia, para diagnstico bacteriolgico pode usar tanto o swab como realizar necropsia
e coletar as vsceras que apresentam alteraes, ai vai ser realizado isolamento e identificao
da bactria com os meios contendo as exigncias que a bactria pede, a sorologia usada
quando precisa de uma resposta rpida, biologia molecular no rotina s usada mais para
pesquisas. QUAL A TCNICA SOROLOGICA QUE O MINISTRIO PRECONIZA PARA DIAGNSTICO
DA MYCOPLASMOSE? O SAR- soro de aglutinao em placa. o teste de referncia junto ao
ministrio para o diagnostico da micoplasmose em aves. Existe o Elisa, mas para ser filiado ao
ministrio teria que trabalhar com SAR.
Diagnstico: Se repete igual ao gallisepticum, fazendo swab de traquia, mas pode fazer uma
inciso na articulao aps a morte do animal coletando o contedo da articulao com swab
para ir para o laboratrio fazer o isolamento e deteco da bactria, pode ser feito a sorologia
com o SAR, mas se tiver suspeita das duas espcies pode ser feito o Elisa para cada espcie.