Mycoplasmose

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 5

Mycoplasmose

A micoplasmose no uma zoonose, no tendo impacto algum a sade pblica. O nico


impacto que ela vai apresentar na produtividade e produo, com isso pode ser considerada
uma enfermidade que determina barreira sanitria (limitaes econmicas referentes a
comercializao do produto), ou seja, nas aves vo ser oferecidos os cortes, a carcaa, os ovos
todos esses produtos de origem aviaria no podero ser comercializados fora do pas caso seja
confirmado surto da doena aps instaurar uma cadeia sanitria impedindo a comercializao
dos produtos na exportao.

Ento no caso da carne fraca, o que aconteceu com a comercializao? Alguns pases
suspenderam e outros restringiram. Tendo uma restrio do produto de origem animal, logo
quando se instaura uma barreira sanitria voc restringe a comercializao do produto
contaminado.

A micoplasmose entra no quadro de restrio econmica. O Brasil o maior produtor de


frango do mundo e o 3 maior exportador mundial. Se por acaso ocorrer interferncia de
algumas dessas doenas corremos srios riscos de embarques financeiros e sanitrios. *Ah pr,
quer dizer que nunca houveram casos?* No quer dizer que nunca houveram casos, s que h
normativas e leis que o programa trs para o monitoramento dessas criaes.

Para a micloplamose relatado um agente bacteriano, do gnero mycoplasmo. considerado


uma das menores bactrias, alm disso tem uma caracterstica bem particular que a ausncia
de parede celular. Com isso no consegue caracterizar como gram positiva ou negativa, tendo
que utilizar a colorao zhiel neelsen para identific- la, uma colorao que d aspecto azulado
a bactria na amostra da cultura, ento visualizamos um reflexo que chamado de refratrio.
Corante diferente do violeta, do lcool iodado, da fuxina, possuindo uma colorao que no
rosa e nem violeta. Formato bacteriano ovide um pouco bacilar ou pleomrfico,
caracterstica peculiar dessa bactria que ser muito seletiva, no crescendo em qualquer
meio de cultura que possua gar sangue e sim em um meio enriquecido de alguns de alguns
nutrientes especficos como o soro suno, soro eqino, aminocido cisteino?( n deu pra ouvir
direito) e colesterol. Essas colnias s podem ser vistas com lupa, no a olho nu, por conta do
seu formato microscpico e tem um formato que denominado de *mamilar ou ovo frito, ele
tem essa Auro e o seu centro mais escuro caracterstico da colnia de micoplasma, sendo
importante saber para no dar resultado falso negativo pela falta de conhecimento sobre suas
particularidades e uma criao acabar passando despercebida por no conhecer a forma
correta de cultivo e exigncia do agente, possui importncia tambm para saber como
acondicionar uma amostra a campo que vai ser enviada ao laboratrio.

Temos um parasita intracelular opcional porque ela fica presente na mucosa da membrana do
trato respiratrio superior e do trato genitourinrio da ave, tendo predileo por essas reas.
Invadindo o organismo do animal inicialmente acometendo o trato respiratrio superior,
infectando e permanecendo inaparente, quando o animal sofre algum estresse de manejo ela
se replica e manifesta clinicamente. Temos uma bactria anaerbia facultativa e dependendo
de meios ricos em nutrientes como j relatados.
Exames que podem ser utilizados para identificao da bactria: PCR muito eficiente, porm de
alto custo por isso pouco utilizado ate por que invivel em uma granja de 35 mil aves a
realizao do exame individual, ELISA trabalhoso e invivel pela quantidade de aves e cultura e
isolamento que o mtodo mais eficiente por identificar as colnias bacterianas e o antibitico
especfico atravs do antibiograma, alm de ter um menor custo.

Com relao epidemiologia- Uma bactria muito sensvel a desinfetantes comuns como
lcool 70-95%, amnia quaternria (mais utilizada para desinfeco de ambientes) e
antimicrobianos ou antibiticos de eleio so aqueles efetivos gram positivo ou gram negativo
ou de amplo espectro. No caso de micoplasma no vamos busca de princpios que atuem na
parede (por n possuir) e sim aqueles que atuem na sntese de aminocidos, no prprio acido
nuclico da bactria ou no metabolismo de esterides no prprio processo metablico daquele
agente, buscando o antibitico de acordo com cada especificidade e de acordo com o local de
ao.

A gente busca um agente que tenha uma resistncia maior a baixa temperaturas (se
colocarmos uma cultura menos 70 no freezer ou menos 20 no glicerol, conseguimos
estocar), uma bactria que no fica muito vivel no ambiente, ela s tolera se presente nas
fezes e excrees dos animais por at 3 dias o que suficiente para sua
disseminao(disseminao atravs da alimentao, pela contaminao dos comedouros),
tendo um alto grau de disseminao pela grande quantidade de animais ali existentes. Sendo
uma doena que acomete o trato respiratrio tem como via de eliminao secreo ocular,
nasal, oral e pelos aerosis liberados (espirros)- forma direta de disseminao.

Dentro do programa temos 3 espcies de importncia industrial, sendo as espcies de maior


relevncia: mycoplasma gallisepticum, synoviae e meleagridis. As duas primeiras acometem
tanto galinhas, perus, codornas e outras aves e a terceira dita (meleagridis) tem maior
predileo por perus.*obs: Os perus possuem maior importncia no Sul por serem mais
comercializados. O hospedeiro natural so galinhas e perus, a espcie mais atingida so os
perus por terem os cornetos nasais mais amplos do que se comparadas as galinhas,
possibilitando maior facilidade em adquirir problemas respiratrios. Pode ser disseminado por
aves silvestres tendo como exemplo os pardais que so considerados animais portadores
assintomticos, albergando a bactria, disseminando e contaminando outras aves, como so
assintomticos no vo apresentar caractersticas da doena, com isso a doena vai se
desenvolvendo e deixa de tingir apenas o trato respiratrio e passando para outros rgos,
sendo assim acaba disseminando a bactria atravs das fezes.

No caso da epidemiologia tem duas vias de disseminao: vertical e horizontal. A mais comum
a horizontal que passa de um animal contaminado para um sadio atravs do contato com
aerosis, ou contato indireto quando o animal doente contamina objetos (fmites-cama, beb.,
comed.) atravs de suas secrees. Tendo a via vertical que aquela passada da me para o
filho, neste caso da matriz/reprodutora para o ovibrio em formao dentro do ovo, o
embrio se infecta na passagem do oocito pelo oviduto(bactria se instala no oviduto da ave),
na hora que libera o oocito para ser fecundado antes de formar a clara que ele se infecta,
sendo assim o embrio se desenvolve infectado, quando nasce infectado vai ser um animal
com sinais clnicos ou muitas vezes pode ser um animal sem sinal cnico sendo passado como
animal refugo( o menor da criao, menos desenvolvido, mais sensvel, aparentemente doente,
mais leve), servindo como fonte de infeco para os outros animais do seu lote que comum
na produo avcola e sucola, tendo que ser retirado e descartado. Ento a transmisso
horizontal sempre por secreo respiratria de animais doentes infectando diretamente
animais susceptveis ou contaminando fmites. As aves podem manifestar sinais ou apenas
serem portadoras, ela portadora quando adultas e clinicamente no apresentam nenhum
sinal mas albergam a bactria e dissemina atravs da oviposio/postura, ento quando jovens
(pintinhos) mais comum ver os sinais clnicos e quando mais velhas passam mais
despercebidos, nas adultas pode ser reparada atravs da reduo da postura, porem h
inmeras doenas que cursam com esse sinal sendo apenas uma sugesto. Se diagnosticada
realmente o ideal o descarte para evitar atingir o resto do plantel.

S permitnido a vacinao das poedeiras (ovos infrteis), no permitido nas matrizes, avs
e nem bisavs (ovos frteis). Mycoplasma gallisepticum produz quadro sub-clnico ou
respiratrio leve que pode ser agravado com alguns fatores como alterao de manejo,
eficincia nutricional ou doenas concomitantes. No frango de corte vai ter queda na eficincia
alimentar, alta mortalidade, condenao de carcaa e custo com medicamentos. Nas poedeiras
vai ter reduo na produo de ovos de ate 20% e tambm custo com medicamento. uma
doena que apresenta impacto econmico tanto para as aves de corte, quanto para as de
postura. Nas matrizes vai ter queda da produo de ovos e reduo da eclodibilidade dos ovos,
logo tendo uma diminuio na quantidade de nascimento de pintinhos, tendo prejuzos. Se
identificado mycoplasma nas avs,bisavs e matrizeiro, deve ser efetuado o sacrificio de todas
as aves e os ovos descartados.

Mycoplasma gallisepticum a enfermidade que causa a doena crnica respiratria ou sinusite


infecciosa dos perus acometendo perus e galinhas, em galinhas a doena denominada
doena crnica respiratria nos perus chamado de sinusite infecciosa dos perus. So
nomenclaturas diferentes de acordo com a espcie acometida, mesmo estando afetada pela
mesma doena. Os sintomas em galinhas so: estertores, descarga nasal, dificuldade
respiratria, ronqueira, aves espirrando. Perus: descarga nasal acentuada e edema _______se
o animal estiver muito agravado e cianose de crista e barbela, na cianose em galinhas e perus
no da pra ser percebido em qualquer pele do corpo, apenas em crista e barbela. Possui alta
morbidade e disseminao rpida, mortalidade de 5- 10%, nas granjas s so permitindo o
ndice de mortalidade de no mximo 3,5%, logo quando ultrapassa esse valor o prejuzo
muito grande atrapalhando a rentabilidade daquela criao.

As infeces secundrias podem ocorrer se tem um agente que destri todo o trato
respiratrio superior, abrindo porta para outro agente, sendo assim causa maiores problemas
aos animais aumentando a taxa de mortalidade e grande numero de animais doentes, quando
feita a identificao apresenta 2,3 agentes instalados no organismo do animal. Muitas vezes o
mycoplasma o agente primrio que vai destruir os clios traqueais e abrir portas para outros
agentes.

Sinais clnicos observados: taquipnia e produo de secreo, bico aberto buscando ar,
espirros, geralmente vemos secrees na base do pescoo pois onde a ave passa o bico para
se limpar ai a secreo junto com a poeira formando uma rea escura de sujeira no colarinho.
Leses macroscpicas: Apresenta traquete sendo a primeira via de comprometimento que o
primeiro tecido do trato respiratrio superior tendo perda dos clios, edema de mucosa
traqueal e em seguida migra para o trato inferior que composto por pulmes e sacos areos
causando aerovasculite (inicialmente possui um processo inflamatrio, depois apresenta
deposio de fibrina apresentando colorao opaca pela inflamao crnica), normalmente os
sacos areos so transparentes. Outros rgos afetados so o fgado e o corao tendo uma
Peri hepatite e uma pericardite tambm tendo deposio de fibrina devido ao quadro
inflamatrio crnico. OBS: Essa bactria comum no trato respiratrio mas quando h
evoluo do quadro, atinge outras regies por conta da proximidade.

Diagnstico: No animal vivo faz o swab de traquia coletando muco ou faz coleta de sangue
para sorologia, para diagnstico bacteriolgico pode usar tanto o swab como realizar necropsia
e coletar as vsceras que apresentam alteraes, ai vai ser realizado isolamento e identificao
da bactria com os meios contendo as exigncias que a bactria pede, a sorologia usada
quando precisa de uma resposta rpida, biologia molecular no rotina s usada mais para
pesquisas. QUAL A TCNICA SOROLOGICA QUE O MINISTRIO PRECONIZA PARA DIAGNSTICO
DA MYCOPLASMOSE? O SAR- soro de aglutinao em placa. o teste de referncia junto ao
ministrio para o diagnostico da micoplasmose em aves. Existe o Elisa, mas para ser filiado ao
ministrio teria que trabalhar com SAR.

Preveno e controle: importante no adquirir pintinhos de um dia ou ovos frteis contendo


mycoplasma. Como vai saber disso? Deve pedir o atestado sanitrio das matrizes e
reprodutoras de que est livre da bactria. Temos as medidas de biossegurana como o all in all
out onde impede que aves de diferentes idades sejam introduzidas e junto com ela adentre
algum patgeno, usar todas as prticas de desinfeco e fazer o vazio sanitrio (7dias). Fazer a
imunizao com a vacina inativada ou viva* mas s permitido nas poedeiras e no matrizeiro o
monitoramento sorolgicos e microbiolgicos que feito 3 em 3 meses que exigido pelo
ministrio para que seja mandado amostras de soro e de swab para controlar de que esto
livres do agente.

No mycoplasma synoviae tambm causando sinovite infecciosa, que a inflamao do liquido


sinovial pela proliferao de bactrias, vai apresentar na articulao contedo caseoso nas
cpsulas articulares do animal, causando uma sinovite. Com isso vai ter alteraes articulares e
de tendes sendo o sinal sistmico da mycoplasma synoviae, podendo ter casos respiratrios
bem brandos por conta das bactrias entrarem pela via respiratria seguindo para as
articulaes e la que ela que ela se torna sistmica, diferente da doena anterior que
acomete mais o trato respiratrio anterior e inferior.

Caractersticas: Existe um nico sorotipo de micoplasmose, mas mycoplasma gallisepticum e


synoviae pode dar reao cruzada em alguns tipos de exames que no so especficos(SAR
qualitativo no quantitativo ento no especfico). O ideal para identificar o tipo especfico da
bactria que so do mesmo gnero o Elisa indireto por ser mais especfico, se houver
suspeita dos dois o ministrio permite que seja feito o uso do Elisa, mas se suspeitar s de um
deve- se fazer o SAR que o de referncia. Os hospedeiros so os mesmos. Perodo de
incubao pouco mais longo, enquanto que no mycoplasma gallsepticum o perodo de
incubao de 7-10dias e no synoviae de 11-21 dias. O synoviae demora mais porque requer
tempo para disseminar- se e chegar nas articulaes. Morbidade de 2-75% e mortalidade que
chega ao mximo a 10%, essa mortalidade chega a esse nvel quando as aves j tem
comprometimento articular, se no houver a mortalidade bem baixa estando entre 4-6%.

Sintomas: As aves vo apresentar crista e barbela plida, crescimento retardado, penas


arrepiadas, leses articulares ( claudicaes) sofrendo com a desidratao por no se mover
para consumir gua nem alimentos entrando em inanio. Em frangos de corte temos os sinais
mais complicados com relao a articulao por serem mais pesados, ento o arcabouo
muscular desse animal muito maior causando problemas articulares maiores. Possuem
tambm estertores e descargas nasais de forma mais leve porque o sistema respiratrio no
o foco quem o sistema mais afetado so as articulaes, sendo assim o respiratrio s serve
como porta de entrada para se disseminar at chegar ao local especfico. Tarso, paletas, ps e
asas so os mias afetados. O liquido sinovial primeiro se encontra em um estado liquido,
depois fica um muco acinzentado(seroso) antes da formao do caseoso, com a inflamao
temos o aumento da articulao e as vezes comprometimento da regio tarsica e metatarsica
do animal e em alguns casos a aerosaculite, mas no o sinal mais proeminente.

Diagnstico: Se repete igual ao gallisepticum, fazendo swab de traquia, mas pode fazer uma
inciso na articulao aps a morte do animal coletando o contedo da articulao com swab
para ir para o laboratrio fazer o isolamento e deteco da bactria, pode ser feito a sorologia
com o SAR, mas se tiver suspeita das duas espcies pode ser feito o Elisa para cada espcie.

Preveno: fazer o controle da transmisso vertical impedindo que a matriz/reprodutora se


infecte porque a transmisso para synoviae tambm horizontal e vertical. No se trata e nem
vacina reprodutoras para gallisepticum e s se vacina as poedeiras, j na synoviae o ministrio
permite que haja o tratamento das matrizes e poedeiras e permite tambm que trate os ovos
frteis. feito atravs de duas tcnicas, sendo elas os driempes e a inoculao com ar
aquecido, no driemp imerge o ovo aquecido numa soluo com antibitico e na inoculao de
ar aquecido introduz um ar a 45 graus que vai inativar a bactria mas que no causa prejuzo
ao embrio, destruindo a bactria e no prejudicando o desenvolvimento do embrio,alm
desses dois mtodos permitido o tratamento das matrizes/reprodutoras, mas continua no
vacinando as reprodutoras(no realizado a vacina pq o teste SAR reage a presena de
anticorpos ento se utilizada a vacina quando for realizado o teste pode dar um falso positivo
alm do risco da vacina causar a doena e as aves transmitir para o embrio, principalmente as
vacinas vivas). permitido a vacinao das poedeiras e de frangos de corte, mas a que mais
preocupa a gallisepticum.*** O programa preconiza que se tiver uma criao de linhagem
pura, avos, bisavs todos devem ser sacrificados e os ovos frteis descartados se tiverem
infectados e se tiver matrizes positivas para mycoplasma gallysepticum sacrifica as aves e
destri os ovos, mas se tiver positivo para synoviae somente as matrizes permitido o
tratamento com antibioticoterapia e dos ovos frteis. Se tiver infectado com as duas espcies
deve sacrificar por conta da presena da gallisepticum.

Você também pode gostar