Apostila Eletronica Basica II UFES PDF
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ELETRNICA BSICA II
Outubro de 2004
Esta apostila baseada nas notas de aula do Professor Teodiano Freire Bastos
Filho, a qual foi confeccionada, aps vrios semestres de haver lecionado a
disciplina Eletrnica Bsica II, com ajuda do monitor Murilo Guimares.
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Dicas
sobre
Componentes
Eletrnicos
e
Tcnicas
de
Soldagem
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Tipos de Componentes e Polaridade
Polaridade do Componente
Componentes
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dissipar. Eles possuem um terminal mvel, que permite variar sua resistncia,
alm de dois terminais fixos.
Fig. 1 Conexes internas de um pente de resistores: (a) elemento isolado; (b) terminal comum.
Os encapsulamentos dos diodos normalmente contm uma marca, que est mais
prxima a um terminal do que ao outro (uma faixa ao redor do encapsulamento
cilndrico, como mostrado na figura 2, por exemplo). Este terminal marcado
sempre o catodo (-).
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Fig. 2 Encapsulamento tpico e smbolo esquemtico (com o sentido da corrente) em um diodo.
LEDs LED um acrnimo para diodo emissor de luz (ligth emitting diode).
Portanto, os LEDs tambm so diodos. O catodo dos LEDs sempre vem marcado
com uma pequena parte plana ao longo da circunferncia do encapsulamento do
mesmo, ou pelo terminal mais curto (figura 3) ou at com alguma outra marca que
o diferencia do outro terminal.
Os LEDs normalmente devem ser usados com um resistor em srie (ver figura 4
para clculo do valor do resistor) ou alimentados por uma fonte de corrente
constante. Para a maioria das aplicaes, uma sada de luz adequada obtida
com IF entre 5 e 25 mA (LEDs vermelhos) e IF entre 10 e 40 mA (LEDs verdes ou
amarelos). Alm da corrente de operao, os LEDs necessitam de tenses
mnimas para acenderem. Assim, os vermelhos necessitam de 1,6 V, os verdes de
2,1 V e os amarelos e laranja de 1,8 V.
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Diodo Zener um diodo idealizado para operar polarizado
reversamente, atuando como regulador de tenso. Existem diodos Zener
de diversos valores de tenso e eles normalmente necessitam de uma
resistncia em srie para estabelecer uma corrente adequada de
polarizao, entre um valor mnimo e mximo de corrente. Os diodos Zener
utilizados neste curso requerem corrente mnima de 5 mA para uma correta
operao.
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Rels So dispositivos compostos por bobinas que atuam
como chaves controladas eletricamente. Quando uma tenso
aplicada nos terminais de um rel, uma corrente circula atravs da
bobina, o que gera um campo magntico dentro do dispositivo,
atraindo uma chave de contato. Assim, um rel utilizado para
conectar um circuito, desconectando outro. Ele se apresenta com
contatos normalmente abertos (no: normally open) ou normalmente
fechado (nc: normally closed) e pode ser utilizado para chavear
cargas que drenam altos valores de corrente. Por exemplo, pode
ser utilizado para ligar uma carga conectada rede eltrica ou para
inverter a polaridade da tenso aplicada a um motor (o que faz com
ele inverta o sentido de giro). Em aplicaes prticas, normalmente
colocado um diodo em paralelo com o rel, no sentido reverso ao
de fluxo da corrente de carga. Esse diodo chamado de roda livre
(flyback), j que devido ao efeito indutivo do rel, quando acontece
o corte do transistor, o rel produz um grande valor de tenso entre
seus terminais, o que pode danificar o transistor. Assim, o diodo
colocado de forma a fornecer um caminho de retorno para a
corrente, fazendo com que a corrente retorne fonte de
alimentao (efeito flyback). A corrente de acionamento de
um rel depende da tenso de alimentao do mesmo,
sendo normalmente menor a corrente requerida quanto
maior for a tenso de alimentao. Por exemplo, um rel da
Metaltex (www.metaltex.com.br), cuja pinagem mostrada
ao lado, pode ser acionado por uma corrente de 40 mA
quando est alimentado com 12 V.
8
Circuits) em CIs. Recentemente apareceram os SoC, abreviatura de System on
Chip, que so vrios ASICs em um nico chip.
a) b)
Fig. 5 (a) Vista superior de um DIP de 14 pinos; (b) vista superior de um PLCC de 52 pinos.
9
Soquetes de DIP Em lugar de se soldar um chip diretamente a uma placa, pode-
se utilizar os soquetes para eles; ou seja, o chip no fica permanentemente
soldado placa. Os componentes que so colocados em soquetes podem ser
facilmente removidos da placa se estiverem queimados ou com defeito.
Os soquetes tambm possuem uma marca similar quela encontrada nos chips; a
marca indica como o chip dever ser montado no soquete aps o soquete ter sido
soldado na placa.
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Tntalo. Estes capacitores so unidades compactas, em forma de bulbos.
So excelentes para grandes valores (1.0 F ou maiores), pois so menores e
mais precisos do que os eletrolticos, entretanto, so bem mais caros. Os
capacitores de tntalo so sempre polarizados.
a) b)
Fig. 7: a) Encapsulamentos tpicos de capacitores polarizados (esquerda) e no polarizados
(direita), e seu smbolo esquemtico; b) Exemplos de capacitores comerciais: esquerda,
capacitor cermico de 0.1 F, no meio, capacitor de tntalo de 10 F e direita capacitor
eletroltico de 10 F.
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i E = i B + iC
i C = i B
iC
iB =
iC = i E iC = i E
+1
= 1
+1
depende de cada transistor (100 a 200 para transistores modernos e at 1000
para transistores especiais). Para o transistor bipolar operar na regio ativa, ou
seja, como amplificador, a tenso na base (VB) deve ser menor que a tenso no
coletor (VC), (VB<VC) e a tenso entre a base e o emissor do transistor tem valor
VBE=0,7 V para uma corrente de coletor de 1 mA. Por outro lado, para funcionar
como chave, o transistor deve saturar ou cortar. Para saturar, a corrente de base
(IB) deve ser superior corrente de coletor (IC) dividido por , ou seja, IB>IC/.
Ademais, na saturao, a tenso entre o coletor e o emissor do transistor de
aproximadamente 0,2 V (VCE=0,2 V) e a tenso entre a base e o emissor do
transistor de aproximadamente 0,8 V (VBE=0,8 V) para IC=72 mA. Finalmente,
para que o transistor esteja cortado, a tenso entre base e emissor deve ser
inferior a 0,6 V (VBE<0,6 V) IC= 25 A. De uma forma geral, a pg. 175 apresenta
uma expresso que permite obter o valor de VBE em funo de IC.
(a) (b)
Fig. 8 Encapsulamentos e smbolos esquemticos de transistor (a) bipolar (npn); (b) MOSFET
(canal n).
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Valores dos Componentes
Resistores
Resistores para grande potncia tm o seu valor impresso sobre eles. Os outros
resistores so rotulados usando um cdigo padro de cores. Este cdigo de cor
normalmente consiste em faixas com trs valores e mais uma faixa de indicao
da tolerncia. As primeiras duas das trs faixas formam um valor inteiro. A outra
faixa representa uma potncia de 10. Uma forma fcil de memorizar o cdigo de
cores usar a expresso "PMV LAVA VCB", onde o significado das cores o
mostrado na tabela 1.
Preto 0 1
Marrom 1 10
Vermelho 2 100
Laranja 3 1000
Amarelo 4 10000
Verde 5 100000
Azul 6 1000000
Violeta 7
Cinza 8
Branco 9
Por exemplo:
Marrom, Preto e Vermelho do como valor: 10x102=10x100=1000 ou 1k;
Amarelo, Violeta e Laranja do como valor: 47x103=47000 ou 47k
Marrom, Preto e Laranja do como valor: 10x103=10000 ou 10k.
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Tab. 2 Valores de resistores com tolerncias de 10%.
Valores de resistores de
10%
1.0
1.2
1.5
1.8
2.2
2.7
3.3
3.9
4.7
5.6
6.8
8.2
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Resistores com maior nmero de faixas (5 faixas e at 6 faixas) comeam a
aparecer no mercado. Quando contm 5 faixas, as trs primeiras representam o
nmero inteiro, a quarta a potncia de 10 e a quinta faixa a tolerncia. No caso
de resistores com 6 faixas, as trs primeiras representam o nmero inteiro, a
quarta a potncia de 10, a quinta a tolerncia e a sexta faixa indica o
coeficiente de temperatura em ppm/oC. A figura 9 mostra uma tabela com os
cdigos de cores para resistores, onde pode-se observar que alm dos
multiplicadores normais de 1 a 109, existem multiplicadores de 10-1 (dourado) e de
10-2 (prata). Observe tambm que a tolerncia pode ser agora de at 8 valores
(0.05%, 0.10%, 0.25%, 0.5%, 1%, 2%, 5% e 10%).
Capacitores
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Quando os capacitores vm impressos somente com nmeros, seus valores so
similares aos valores dos resistores, ou seja, eles tm dois dgitos inteiros seguido
por um dgito de potncia de 10. Assim, o valor "472" indica 47x102 pF, que so
4700 pF ou 0.0047 F. Por outro lado, outros capacitores tm indicado o valor
"155K", que significa 15x105 pF, ou seja, 1.5 F.
16
17
Simulao do Circuito
Montagem de Componentes
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que, para fazer qualquer mudana nas conexes, deve-se desenrolar cada pino (o
que ainda mais problemtico quando a conexo que voc quer desfazer est
abaixo de um outro fio enrolado). A figura 12 mostra uma montagem de wire-wrap
e a caneta utilizada. A parte mais longa da caneta utilizada para enrolar o fio; a
parte mais curta, para desenrol-lo (se necessrio). A fenda do meio serve para
descascar o fio.
Fig. 12 Detalhes da parte inferior de uma montagem em wire-wrap e caneta utilizada como
ferramenta.
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placas por pedido. Alguns exemplos de empresas que confeccionam placas de
circuito impresso so: Stick Circuitos Impressos Ltda (Rua Itatiba, 305, Belo
Horizonte-MG, Tel.: (31) 3386-1748/3386-1222) e PCB Circuitos Impressos
Montagens Eletrnicas (Rua Olinto Magalhes, 90, Belo Horizonte-MG, Telefax:
(31) 3464-8428).
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Descrio Onde encontrar Preo aproximado (R$)
Placa de fenolite (ou fibra) Lojas de eletrnica 3,50 (15X15 cm, fenolite)
Percloreto de ferro Lojas de eletrnica 2,70 (250 g)
Caneta para circuito Lojas de eletrnica 3,00
impresso
Papel de seda, vegetal Papelarias ou Gravopel 0,05 1,00
(laser film ou glossy) ou Vitria Papis (Tel.:
transparncia 3223-8997
Ferro de passar roupa Lojas de 30,00
eletrodomsticos
Thinner Materiais de construo 2,00 (900 ml)
(benzina ou acetona) (ou farmcias) (1,00 (100 ml))
Perfurador de placa Lojas de eletrnica 16,00
Impressora LASER Lojas de informtica Acima de 700,00
Recipiente plstico (bacia) Supermercados 2,00
Bombril ou palha de ao Supermercados 0,80
Procedimento
Procure um local bem ventilado, para evitar os vapores txicos, e longe de objetos
que possam manchar ou sofrer corroso (objetos metlicos), e prepare uma
soluo de percloreto de ferro em um recipiente plstico colocado sobre um
jornal, para evitar respingos. A proporo sugerida de 1 litro/quilo de percloreto,
entretanto, pode ser utilizada uma soluo mais fraca (por exemplo, 0,6 litro de
gua para 250 g de percloreto). Despeje vagarosamente o p na gua e mexa a
soluo com um basto de madeira ou plstico. Voc deve ento preparar a
superfcie da placa. Limpe a face de cobre e lixe-a levemente com bombril ou
palha de ao, para aumentar a aderncia do tonner. Como alternativa, voc pode
passar na placa um pouco da soluo de percloreto, enxaguando-a rapidamente.
Aps isso, conveniente passar com algodo um pouco de leo de soja sobre a
placa, de forma a se ter apenas uma fina pelcula de leo sobre a mesma. Com
isso, se consegue uma melhor aderncia do tonner na placa.
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Passe agora, com algodo, um pouco de leo de cozinha na placa, de forma a se
ter uma fina pelcula de leo na mesma. Prenda agora o papel (ou a
transparncia) na sua placa, no local desejado, com o lado impresso voltado para
a face de cobre. Com o ferro de passar roupa, passe o papel (ou transparncia)
sobre a placa, com temperatura mdia, utilizando uma folha A4 comum como
proteo. Este processo far o toner aderir placa. Depois de bem passada,
deixe sua placa esfriar um pouco. Se for usado papel de seda (ou cpia), pode
acontecer de o papel ficar grudado placa. Leve-a ento gua, e faa com que
o papel se dissolva. Note que ainda ficaro alguns resduos de papel sobre as
trilhas, o que no atrapalhar o processo.
Seque sua placa e verifique o traado. Se est falho em alguns pontos, voc
provavelmente no passou por um tempo suficiente. Se as falhas forem
pequenas, ao invs de imprimir novamente, voc pode corrigir com a caneta para
retroprojetor. Lembre-se que para aplicar o transfer novamente, voc deve retirar
os resduos de toner com acetona, ou thinner.
Aps todo o cobre ao redor das trilhas se dissolver, lave bem a placa e deixe
secar. O toner sobre as trilhas retirado com thinner ou acetona. Aps isso,
pode-se proteger o cobre contra corroso ou ferrugem, passando com um pincel
ou algodo uma soluo de iodeto de prata (Pratex). Sua placa estar pronta para
a perfurao e solda dos componentes.
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espao para montar os componentes de forma horizontal, faa-o, mantendo-os o
mais prximo possvel da placa. Se no, monte-os verticalmente (figura 15).
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Fig. 16 Equipamento necessrio para uma montagem eficiente.
Tcnicas de Soldagem
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O estanho deve ser aplicado diretamente ao orifcio, e no ponta do soldador.
Desta forma, o estanho fundido no orifcio, e a juno (terminal do componente e
orifcio da placa) aquecida temperatura necessria para soldar o componente
na placa. No mantenha a ponta do soldador no terminal do componente e/ou no
orifcio mais do que o mnimo necessrio (cerca de 10 s). Existe o risco de
danificar o componente e/ou a placa.
A figura 18 mostra um resultado tpico de uma soldagem mal feita. A figura mostra
o que acontece se o estanho primeiramente aplicado ponta do soldador e
posteriormente depositado sobre o orifcio. O estanho vira uma bola, impedindo
uma soldagem perfeita (pois a juno no recebe calor suficiente do soldador).
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aplique a ponta do soldador na solda at que o estanho re-funda e flua no
terminal do componente. Se uma solda fria reaparece, remova o estanho com
um sugador de solda, e resolde a juno.
6. No mantenha o soldador na junta por um longo perodo de tempo (mais do
que 10 segundos), visto que muito componentes eletrnicos, ou a prpria placa
de circuito impresso, podem ser danificadas por calor prolongado ou excessivo.
Muito calor pode destruir as trilhas do circuito impresso. Alguns componentes
que podem se danificar devido ao calor em excesso so: diodos, CIs e
transistores.
Fig. 19 Tcnicas de soldagem e resultados. (a) solda correta (lisa e brilhante); (b) solda incorreta:
solda fria (opaca e spera); (c) solda incorreta: calor foi aplicado somente ao terminal do
componente e no ao orifcio, no produzindo um contato perfeito. Os casos (b) e (c) podem ser
corrigidos, re-soldando a juno.
Como ltima dica, nunca coloque a placa de circuito impresso sobre qualquer
material condutor (pedaos metlicos, estanho, etc.), pois mesmo com o circuito
desligado, alguns componentes podem ter tenso e provocar danos ao circuito.
Ressalta-se que ultimamente tem sido utilizada estao de solda, que utiliza fluxo
de ar quente, para a soldagem de dispositivos na superfcie da placa de circuito
impresso, ou seja, sem a necessidade de perfurar a placa. Esses tipos de
dispositivos se denominam Dispositivos para Montagem em Superfcie, ou do
ingls, SMD (Surface Mount Device) [20].
Alimentao do Circuito
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Note, entretanto, que se o consumo do circuito a ser alimentado for de algumas
dezenas de mA (a corrente fornecida pelo circuito limitada pela reatncia do
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capacitor de 1.55 F, mostrado na figura seguinte), alguns circuitos utilizam um
transformador de tenso que dispensa o uso de trafos, o que implica em menor
tamanho, peso e custo do circuito final. Algumas variaes desse circuito possuem
um resistor de grandes dimenses (1 M) colocado em paralelo com o capacitor
de entrada. O diodo zener de 20 V/1 W pode ser substitudo por diodos zeners em
srie, de menor potncia. importante ressaltar que ao no ter trafo, no existe
isolamento da tenso da rede, o que requer grande cuidado no manuseio do
circuito. tambm imprescindvel o uso de fusvel de proteo e que a parte
externa do circuito seja de material isolante (por exemplo, plstico), de forma a
proteger o usurio de possveis choques eltricos.
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Drivers de Tenso e Corrente
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Circuitos Debounce
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31
32
33
34
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Circuitos para Interface com Porta Serial de PCs
Assim, embora o nvel lgico zero TTL da lgica digital padro varie de 0 a 0,4 V,
para a porta serial de um PC o nvel lgico zero varia de 10 a 12 V. Por outro
lado, o nvel lgico um TTL, que varia de 2,5 a 5 V, para a porta serial do PC
varia de 12 a 10 V.
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Circuito de Interface de RS232C para TTL
Neste circuito, o diodo utilizado como elemento de proteo, quando o sinal for
de 12 V, grampeando a tenso mnima em -0,7 V. Isto feito porque a mxima
tenso reversa na juno base-emissor suportada pelo transistor de -2 V, de
acordo com o fabricante.
Vale ressaltar que existem chips que implementam circuitos de interface entre a
lgica TTL padro e a utilizada na RS232 de um PC. Como exemplo esto os CIs
MAX232 e MAX233, MAX1488 e MAX 1489 da Maxim, Inc. Pode-se tambm usar
MOCs (isoladores ticos com TRIACs) quando se requer uma interface entre a
porta paralela de um computador e circuitos de alta corrente/alta tenso, por
exemplo, 8 A/127 V AC, usando o MOC3020 e o TIC226 (ver figura seguinte).
Carga
At 8A
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Circuitos para Interface com Bateria de Automveis
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Sensores
para
Robs
e
Sistemas
Eletrnicos
Sensores Internos
Potencimetro (Pot):
o dispositivo mais simples que pode ser usado para medir posio.
r
V0 = VS
R
100
N.L. =
V mx.
Alm disso, no podem ser usados em sistemas onde se requer grande preciso e
com o tempo os contatos se deterioram.
40
100 Vs / N
% Re soluo = = 100 / N
Vs
Valores usuais esto na ordem de 1%, que insuficiente para muitas aplicaes
em robtica e outros sistemas eletrnicos. Soluo: Utilizar um potencimetro com
filme resistivo fino, diminuindo tambm problemas de desgaste no contato.
Sincro:
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diferencial de controle (CDX)] e operam sob o princpio do transformador de
rotao.
Esquema de um sincro.
Resolver:
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Uma representao digital da sada do resolver tambm pode ser obtida,
facilitando seu uso com interfaces digitais.
possvel obter melhor resoluo angular com o resolver do que com a maioria
dos outros sensores de posio.
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O LVDT um transdutor eletrnico que consiste de duas partes, uma mvel e
outra fixa, e produz uma tenso de sada proporcional ao deslocamento da parte
mvel relativo parte fixa.
Apresenta o problema de ter que operar sobre sua posio central (que varia com
o tempo e temperatura), o que gera uma dificuldades de calibrao que implica em
um aumento de custo. Alm disso um dispositivo analgico. Outro grande
problema que o RVDT opera em 60, que pode no ser suficiente em muitas
aplicaes.
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Sensores de Posio ticos
Interruptores ticos
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Podem-se utilizar mais etiquetas negras no disco, se forem necessrios outros
pontos de parada.
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Existem encoders lineares ou rotacionais, mas o linear geralmente mais caro.
a) Encoders Absolutos
Como dito antes, este sensor capaz de proporcionar um cdigo nico para cada
posio do eixo de um motor ao qual ele est acoplado. Normalmente compem-
se de trs partes principais:
b) Encoders Incrementais
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Tal como o encoder absoluto, consiste de um disco, uma fonte de luz (LED), e um
conjunto de receptores de luz (fototransistores). Normalmente utilizado um nico
LED e quatro fotodetectores, e um disco, que contm um nico setor com n linhas
radiais.
48
Se a sada dos dois fotodetectores so subtradas, teremos uma forma triangular
centrada em zero e tendo aproximadamente duas vezes o valor de pico do sinal
gerado.
Nesta configurao o encoder tico
muito menos sensvel a variaes na
fonte de luz (problemas no LED) ou
sensibilidade do fotodetector
(temperatura elevada ou operao em
alta-frequncia).
49
Para determinar o zero de referncia para o encoder incremental, normalmente se
utiliza um outro canal adicional para detectar uma linha de referncia no disco e
assim produzir um pulso a cada rotao do disco.
Sensores de Velocidade
Tacmetros CC:
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Medida de Velocidade Usando Encoder tico:
O encoder tico tambm pode ser usado para medir velocidade; existem duas
tcnicas: a primeira usa o encoder e um conversor de frequncia para tenso
(FVC) para proporcionar uma tenso analgica que proporcional velocidade. A
segunda tcnica utiliza o encoder e um software adequado para proporcionar uma
representao digital da velocidade.
Encoder e Software
Sensores de Acelerao:
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O acelermetro composto de uma massa M, algum sensor de deslocamento
linear (Ex.: LVDT), e um conjunto de molas com constante equivalente k. Da Lei
de Newton:
ky
F = Ma = K y a =
M
Exemplos de acelermetros que possuem uma micromassa integrada no prprio
chip so os ADXL202E, ADXL210 e ADXL190, os quais fornecem informao
analgica ou digital da acelerao medida.
Sensores Externos
Ser visto agora outra classe de sensores, usados para monitorar o prprio
sistema e/ou sua relao dinmica com sua tarefa. So os chamados sensores
externos. Eles podem ser visuais ou no visuais, de contato ou no contato.
Sensores de Proximidade:
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Um exemplo de circuito que utiliza sensores de contato o mostrado abaixo, o
qual utiliza sensores de contato localizados no pra-choques de um carrinho de
brinquedo. Assim, em caso de choque do carrinho com algum obstculo, uma ou
as duas chaves de contato comandam o carrinho a dar marcha r, por
determinado tempo e com determinada curvatura, e logo continuar seu movimento
em linha reta.
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Sensores de Proximidade de No-Contato
Este sensor consiste de uma fonte de luz (Ex.: LED, que age como transmissor de
luz infravermelha) e um fotodetector (Ex.: Fotodiodo, que atua como receptor de
luz infravermelha). Os cones de luz formados ao focalizar a fonte e o detector
formam o volume de operao do sensor.
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Sensores de Fibra tica:
Existem trs sistemas de sensor que utilizam esta tecnologia. Podem operar
atravs de luz transmitida ou luz refletida.
Difuso
55
Sensor de Varredura Laser:
Uma fonte de laser, dois espelhos, sendo um deles montado sobre o eixo de um
motor AC, e um conjunto lente-fotoreceptor pode ser usado como sensor de
proximidade.
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No sensor tico linear (ver figura abaixo), a posio do receptor varia h quando a
distncia varia H.
O feixe de laser alcana um ponto do objeto. A radiao captada por uma lente
e projetada sobre um detector linear. O detector consiste de um conjunto de
elementos, sendo que o nmero do elemento sobre o qual incide a luz determina a
distncia ao objeto (triangulao).
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Sensor Indutivo:
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Para gerar um sinal binrio de sada do sensor, normalmente se integra a sada do
sensor e utiliza-se um circuito comparador (detector de nvel). Quando a sada do
sensor est abaixo do nvel de deteco, a sada baixa; quando este nvel
excedido, a sada alta, o que indica proximidade a um obstculo. Este nvel pode
ser variado para deteco a distintas distncias. A sensibilidade deste sensor cai
rapidamente com a distncia, sendo que o sensor efetivo somente a alguns
milmetros (at 20 mm).
Uma grande desvantagem do sensor indutivo que devem ser calibrados para
cada tipo de metal que compe objeto ou obstculos. Alumnio e ao, por
exemplo, produzem diferentes sadas no sensor.
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Sensor de Efeito Hall:
60
Os sensores de efeito Hall so baseados no princpio de uma fora de Lorentz que
age sobre uma partcula carregada viajando atravs de um campo magntico.
Quando o material ferromagntico est prximo ao sensor, isso faz diminuir a
fora do campo magntico, o que reduz a fora de Lorentz e, consequentemente,
a tenso atravs do sensor. A queda de tenso no sensor de efeito Hall ento
usada para detectar a presena do dente de engrenagem prximo ao sensor.
Sensor Capacitivo:
Diferente dos sensores indutivos e de efeito Hall, que detectam somente materiais
ferromagnticos, os sensores capacitivos so capazes de detectar todos os
materiais slidos e lquidos.
61
oscilador. A oscilao comea somente quando a capacitncia do sensor excede
um valor pr-determinado. Esta oscilao transformada em tenso, que indica a
presena de um objeto prximo.
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Para um mesmo dimetro de transdutor, quanto mais alta a frequncia, mais
estreito o lbulo de emisso acstica. Um cone radial costuma ser utilizado para
um aumento de sensibilidade (40 kHz). Tambm usual utilizar uma camada de
resina para melhorar o acoplamento acstico com o ar (220 kHz), alm de
proteger o transdutor contra sujeira, umidade etc. Um material de absoro
acstica colocado na parte posterior do transdutor tambm costuma ser
empregado para um rpido amortecimento das oscilaes (necessrio para
deteco de objetos prximos).
Para a emisso de ondas acsticas, aplica-se uma tenso alternada s duas faces
opostas da cermica. Se a frequncia da tenso aplicada coincidir com a
frequncia de vibrao da cermica, ela entra em ressonncia e as vibraes
alcanam um mximo. As vibraes transmitem-se ao meio, produzindo uma onda
acstica. O fenmeno recproco, de tal forma que na recepo, a presso
acstica faz aparecer cargas eltricas na cermica, produzindo-se assim um sinal
eltrico u. Nas pg. 86 a 88 e 168 so mostradas aplicaes de transdutores de
ultra-som piezeltricos.
63
capacitor formado esto separadas pelo material isolante (Ex.: celofane) e pelo ar
contido no interior das ranhuras.
64
uma janela de tempo D, que estabelece a capacidade de deteco do sensor, isto
, t1 o tempo de deteco mnimo, e t1 + t2, o mximo. Um eco recebido
enquanto o sinal D est alto produz o sinal mostrado E, que resetado para baixo
no final de um pulso de transmisso em A. Finalmente, o sinal F setado para alto
na subida do pulso em E e resetado para baixo quando E baixo e ocorre um
pulso em A (subida do pulso).
Desta forma, F ser sempre alto quando um objeto est presente no intervalo de
distncia especificado, dmn < d < dmx, que depende de t1 e t2 em D, onde
vs t1 vs (t1 + t2)
dmn = ; dmx = e vs a velocidade do som, que funo da
2 2
T
temperatura, dada por vs 331.6 1 + . Como T/273 um nmero sempre
273
pequeno, pode-se usar expanso por srie e obter
1
331.6(1 + T / 273)1 / 2 331.6(1 + T / 273) , o que implica que vs 331.6 + 0,61T .
2
65
Sensores de Distncia
Consiste em projetar uma luz padro (por exemplo, laser) sobre um conjunto de
objetos, e usar a distoro dessa luz padro para calcular a distncia (ver figura
seguinte). Uma das formas mais usuais de padro de luz uma lmina de luz
gerada atravs de uma fonte cilndrica ou uma fenda estreita.
66
A interseo da lmina de luz com os objetos produz uma listra (ou linha) que
capturada por uma cmara de TV colocada a uma distncia B da fonte de luz. As
listras podem ser analisadas no computador. Por exemplo, uma inflexo indica
uma mudana de superfcie, e uma descontinuidade corresponde a um espao
entre superfcies.
67
O plano de referncia perpendicular lmina de luz, e qualquer superfcie plana
que intercepta a lmina produzir uma listra vertical de luz; assim, todos os pontos
desta listra esto mesma distncia. O objetivo do arranjo mostrado posicionar
a cmara, tal que cada listra vertical tambm aparea vertical na imagem da TV.
Da figura: dc = .tan, onde o comprimento focal da lente e =c - 0 . Para
determinar c, coloca-se uma superfcie plana, de tal forma que sua interseo
com a lmina de luz captada no centro do plano da imagem (por exemplo, y =
M/2 se a cmara digital com matriz NxM de pixel). Mede-se ento, fisicamente, o
valor de Dc. Da geometria da figura, obtemos c por:
c = tan-1(Dc / B)
Para determinar 0, colocamos o plano mais prximo at que sua listra de luz
captada em y = 0 no plano da imagem. Mede-se D0 e podemos obter 0:
0 = tan-1(D0 / B)
Dc(M - 2K )
Dk = B tank , onde k = c - k e , k = tan -1
M
onde M o nmero de colunas da matriz imagem e K o nmero da coluna do
elemento tico da imagem digital.
68
j que normalmente so tabulados os valores para as distncias, ou seja, para
K=0,1,2,...,M-1 os valores so armazenados na memria.
Por Tempo de Vo
Para D=0, ambos os feixes de referncia e refletido estaro em fase. Para D>0, a
distncia D percorrida dada por: D=L+2D e D , = L +
360
69
D=
360 2
Entretanto, como o comprimento de onda da luz pequeno (por exemplo: um
laser de Hlio-Neon tem =632.8 nm), o mtodo apresentado impraticvel para
se medir distncia maiores que 316.4 nm. Uma soluo simples modular a
amplitude do laser com uma onda senoidal de alta frequncia (por ex.: para f=10
MHz =30 nm D<15 m). A figura seguinte mostra a forma de onda do sinal
modulado.
Pode-se medir distncias de vrios metros com este tipo de sensor (por exemplo,
os sensores de distncia da Polaroid, que so do tipo eletrosttico, so usados
para medir distncias de at 10 m, com preciso de 1%). A figura seguinte mostra
um diagrama de blocos de um sensor de distncia que utiliza dois transdutores:
um emissor e o outro, receptor.
70
Existem outras formas de medir distncia, como, por exemplo, realizar a
correspondncia entre duas imagens de um ponto, obtidas atravs de um par de
imagens estreo desde duas cmaras de vdeo estticas (em diferentes
localizaes), ou desde uma cmara de vdeo que se desloca entre duas
localizaes conhecidas, o que afinal o mesmo. A distncia ento obtida por
triangulao. Entretanto, existe o problema de casar, ou seja, fazer a
correspondncia entre as imagens, determinando assim quais pontos em uma
imagem correspondem outra imagem.
Z1
- X1
X2
Z2
x2 X2
=
Z2 -
71
Assim,
x1
X 1 = ( - Z)
X = X + B = - x 2 ( Z - )
2 1
.B
Podemos obter, ento, a distncia (Z) ao objeto por Z = - .
x 2 - x1
Sensores de Tato
Sensores Binrios
Sensores Analgicos
72
Outro dispositivo ttil (sensor de tato fotodetector, mostrado na figura seguinte)
utiliza o princpio de interrupo do feixe. O sensor coberto com um material
elastomtrico (tal como uma borracha). Se o material elastomtrico comprimido,
a parte inferior do material interrompe o feixe de luz de fotosensor. Como a tenso
do fotodetector varia com a intensidade de luz incidente, pode-se determinar a
deflexo relativa (distncia comprimida) em cada ponto de uma matriz de
sensores.
Pele Artificial
73
medidas como variaes de resistncia; tais variaes so transformadas em
sinais eltricos, cujas amplitudes so proporcionais s foras sendo aplicadas em
qualquer ponto sobre a superfcie do material.
Existem vrias tcnicas de construo de peles artificiais. Uma delas possui uma
estrutura de trs camadas consistindo de material elastomtrico condutivo coberto
por uma lmina de plstico para proteo (ver figura seguinte). Ambas as partes
so colocadas sobre uma placa de circuito impresso contendo vrios pares de
anis de eletrodos impressos na mesma (por exemplo 4x4) numa matriz
retangular, formando quatro linhas. As colunas so obtidas conectando primeiro
diodos individuais aos anis internos; os grupos de 4 diodos so ento conectados
em paralelo.
74
Se nenhum dos elementos do sensor tiver sido pressionado, as tenses nos
pontos A e B sero quase iguais. Entretanto, se um desses elementos for
pressionado (por exemplo, linha 1, coluna 1), R11 ser diferente de R12 e VA e VB
tambm sero diferentes; esta informao ento convertida em formato binrio
usando-se circuitos apropriados.
Problemas:
Sensores de Deslizamento
75
incrementada por algum valor pr-determinado e o rob tenta de novo. O
procedimento repetido at que a corrente aumenta; nesse tempo, designado t0
na figura seguinte, assume-se que o objeto no est escorregando e est
apropriadamente agarrado.
Problemas:
Existem vrias outras tcnicas para detectar deslizamento, como as que utilizam
discos e leitores magnticos ou ticos para detectar o deslizamento, mas somente
detectam deslizamento em uma determinada direo. Outros utilizam um disco
dentado que detecta deslizamento fazendo vibrar uma agulha e produzindo pulsos
PWM (Pulse Width Modulation) para indicar a velocidade do deslizamento.
Entretanto, tambm apresenta o problema de detectar somente em uma direo.
Este problema pode ser superado se for utilizada uma pequena esfera condutora
(onde a rea negra no conduz eletricidade), a qual pode girar em qualquer
direo (ver figura seguinte). Assim, um deslizamento pode ser detectado
monitorando a tenso diferencial atravs dos terminais dos dois contatos.
76
Sensores de Fora e Torque
77
Usando um LVDT
Uma forma de se fazer isso usar um LVDT, que pode medir precisamente
posies lineares. A relao fora-deslocamento para um LVDT acoplado a uma
mola :
F = Kx
onde K a constante da mola e x o deslocamento sobre uma posio de
equilbrio.
Problemas:
um dos mtodos mais simples de medir fora (ou presso) exercida sobre um
objeto. Os strain gages podem detectar a deflexo dos dedos da garra de um rob
manipulador quando uma fora aplicada. O princpio fundamental de operao
que uma deformao mecnica produz uma mudana de resistncia, que est
relacionada com a fora aplicada. Um simples strain gage consiste de uma base
de plstico (ou outro material flexvel, no condutor) cuja superfcie superior est
coberta por uma fina camada de material condutor (por exemplo, alumnio ou
cobre), tal como mostrado na figura seguinte.
78
Para detectar a variao na resistncia deste sensor, usado uma Ponte de
Wheatstone para produzir uma tenso de sada como resultado da variao de
tenso.
rea util p/
aplicao de
fora
Terminais de
ligao
79
quais podem, por exemplo, serem encontrados no endereo
www.tekscan.com/flexiforce/flexiforce.html.
Sensores ticos
80
Um bom compromisso entre sensibilidade e faixa de nvel de
luz consegue-se atribuindo a R o mesmo valor que a
resistncia do fotoresistor quando exposto a um nvel de luz
na metade da faixa de nveis de luz no ambiente no qual o
sensor deve operar. A tenso de sada do sensor est
relacionado com o iluminamento do ambiente, de acordo com
a expresso
RR
VOUT = VPEO = 5
R + RR
Na pg. 163 e 164 so mostradas algumas aplicaes que utilizam LDRs. Para
interfacear um LDR com um microcontrolador, necessrio utilizar um conversor
A/D (Analgico/Digital), pois a sada do sensor analgica e a entrada do
microcontrolador digital.
Vout
Assim, como o nvel de iluminao da luz do sol muito superior ao nvel de uma
luz artificial, utiliza-se um amplificador logartmico para aumentar a sensibilidade a
pequenas mudanas na intensidade de luz quando o sistema est em um
ambiente escuro, e diminuir a sensibilidade em um ambiente iluminado. Nas pg.
128 a 130 encontram-se mais detalhes sobre o funcionamento de amplificadores
logartmicos.
81
Exemplo de fotodiodo com amplificador integrado: TSL250 (Texas).
Sensor de Proximidade tico
Podem ser utilizados para detectar objetos prximos ou para proteger locais de
acesso no permitidos (sistemas de segurana). Outra aplicao permitir a um
rob mvel realizar um comportamento de seguir paredes. Utiliza-se nesta caso
dois sensores: um apontando diretamente para a parede e outro apontando em
um ngulo de 45 (ver figura seguinte).
Quando nenhum dos dois sensores detecta um obstculo, o rob gira para a
direita, procurando a parede. Quando somente o sensor B detecta algum
obstculo, o rob se move para a frente. Quando o sensor A detecta um
obstculo, sozinho ou juntamente com o sensor B, o rob gira esquerda. O
circuito abaixo mostra uma configurao que permite interfacear este tipo de
sensor com um microcontrolador 68HC11 da Motorola. Para isto, utiliza-se um
circuito composto por um oscilador (para produzir um trem de pulsos), o qual
ligado aos emissores infravermelhos (LEDs infravermelhos) atravs de portas
lgicas 7404, que tambm tm a funo de isolamento e proteo (buffer). O
comando de emisso do trem de pulsos dado pelo microcontrolador atravs das
portas PD2 e PD3, as quais tambm esto ligadas aos emissores atravs de
buffers (7404). A sada do detector de infravermelho
GP1U52X (que j digital) ligada porta de entrada PE4 do microcontrolador.
Podem ser utilizados os chips TSOP1738 e SBX1810 no lugar do GP1U52X.
82
Sensores Piroeltricos
Permite tanto a um rob mvel interagir com seres humanos quanto possibilita a
um sistema de segurana detectar a presena de um ser humano. A sada deste
tipo de sensor muda quando ocorrem pequenas variaes na temperatura do
sensor. O elemento ativo o cristal de Tntalo-Ltio, e existe uma induo de
carga quando o cristal aquecido. Os sensores piroeltricos de baixo custo so
otimizados para detectar radiao na faixa de 5 14 m, que a faixa de energia
infravermelha emitida pelos seres humanos. So normalmente usados como
sensores de alarme contra intrusos. Outra aplicao como detectores de entrada
de automveis em uma garagem (e acendimento automtico das lmpadas), j
que os motores desses veculos, quando em funcionamento, tambm emitem
radiao infravermelha na mesma faixa de valores emitidos pelos seres humanos.
Vo
Sinal de sada para uma pessoa andando da esquerda para a direita. Ocorre o inverso para uma
pessoa caminhando da direita para a esquerda.
83
Sensores de Fora
Sensor de Curvatura
outro tipo de sensor usado para deteco de choques com obstculos. Este
dispositivo utiliza uma tinta condutora depositada entre dois eletrodos para
proporcionar uma resistncia varivel, dependendo do grau de curvatura. Pode ser
interfaceado com um microprocessador da mesma forma como feito para um
fotoresistor. A resistncia total muda por um fator de 3 a 5 entre o sensor reto e
mxima curvatura. A figura seguinte mostra o uso de um sensor de curvatura em
um rob mvel.
84
Vista traseira do rob.
Sensores Acsticos
Microfones
85
Um comportamento que pode ser implementado em um rob ou outro sistema
eletrnico faz-lo mover em direo a um rudo, atender a um determinado
padro sonoro, ou localizar a posio da fonte sonora em um ambiente.
Outra questo importante proteger o microfone para que ele no detecte o rudo
dos motores usados no rob como se fosse o padro sonoro definido. Nas pg. 164
a 166 encontram-se outros exemplos de uso de microfone.
Sensores de Ultra-Som
86
O sensor de ultra-som da Polaroid um dos sensores mais utilizados em robs
mveis. Por exemplo, o rob mvel a rodas Brutus (mostrado na figura a seguir),
construdo na UFES, utiliza sensor de ultra-som da Polaroid para deteco de
obstculos, alm de outros sensores (infravermelho, sensor de contato, cmara de
vdeo e sensor de nvel de bateria). Mais informaes sobre o rob Brutus
encontram-se na pgina http://www.ele.ufes.br/pesq/robotica.html.
87
Cabe ressaltar que os sensores de ultra-som tambm so utilizados em
automveis, para auxiliar o estacionamento do mesmo, e como sensor de ajuda a
deslocamento de pessoas cegas. Nesse caso, so utilizados transdutores do tipo
piezeltrico. As duas figuras a seguir mostram um colete e uma pochete, dotados
de transdutores de ultra-som piezeltricos (desenvolvidos na UFES), os quais so
destinados deteco de obstculos e conseqentemente para encontrar
caminhos livres para o deslocamento de pessoas cegas ou com deficincia visual
severa.
vibradores
Transdutores
Sensores Internos
88
corresponde a uma orientao especfica do eixo do motor (encoders absolutos)
ou atravs de um trem de pulsos (encoders incrementais).
Giroscpio
89
Um outro tipo de sensor de inclinao do tipo
eletroltico; um tipo de inclinmetro que tem dois ou
mais eletrodos imersos em um fluido condutor. A
conduo entre os eletrodos funo da orientao do
sensor com relao gravidade, o que gera um sinal
analgico proporcional ao seu grau de inclinao. A
quantidade de conduo entre o eletrodo central e
cada um dos dois eletrodos externos determinada
pelo grau em que o eletrodo externo est imerso no
fludo eletroltico, o qual funo da inclinao do
sensor. No endereo www.directindustry.com podem
ser encontrados diversos tipos de inclinmetros.
Bssola
GPS
90
regulador de tenso, como o caso do chip 7805. Do circuito, tem-se:
R1
VOUT = VBMX
R1 + R2
Sensor de Corrente
Sensor de Temperatura
91
Motores CC
Motor de Passo CC
92
Exemplo de motor de passo CC.
Servo-Motor
um tipo de motor CC que possui trs terminais. Dois deles para alimentao e
mais um para o controle de posio do motor. Um servo-motor, alm de um motor
CC simples, incorpora um conjunto de engrenagens, limitadores de fim de curso,
um potencimetro para realimentar a posio do motor e um circuito integrado
para o controle da posio do eixo do motor. O funcionamento de um servo-motor
consiste em uma vez estabelecida uma posio na qual ele deve permanecer
(atravs do terceiro terminal), o circuito de controle gira o motor at a posio
comandada e o mantm parado at que uma nova posio seja comandada. Caso
se tente tirar o motor da posio estabelecida, a leitura de posio do
potencimetro vai ser alterada e o circuito de controle ir aumentar a corrente no
motor, tentando traz-lo de volta para a posio comandada. Este tipo de motor
adequado para acionar volantes de carros de brinquedo, flaps de aeromodelos e
patas de robs mveis, entretanto, no adequado para o acionamento das rodas
de um rob mvel, pois ele possui limitadores de fim de curso que no permitem
que ele gire continuamente. Pode-se, ento, remover os limitadores de fim de
curso e assim estes motores podem ser empregados para o acionamento de
rodas de robs ou outros sistemas mveis.
Exemplos de servo-motor.
93
Motores Com e Sem Escovas
Para que ocorra a rotao do rotor de um motor CC, preciso que a corrente que
percorre o enrolamento seja alternada. Para que isto ocorra, se for usada uma
bateria, a corrente CC fornecida pela bateria que alimenta um rob ou
equipamento deve ser convertida em AC. Esta converso denominada
comutao. No caso dos motores CC tipo escova, a comutao feita
mecanicamente atravs de um conjunto de escovas que permitem que os
terminais da bobina do rotor deslizem entre os contatos da bateria medida que
ele gira. As pg. 162 e 163 mostram algumas aplicaes de motores CC tipo
escova.
Existem outros tipos de motores com novos princpios de funcionamento, que so:
Motores Piezeltricos
94
Motores Eletrostticos
95
at 1000 vezes o seu volume original, com fora e velocidade semelhantes s dos
msculos humanos.
Dimensionamento de um Motor
( )
Pm = (0.65 9.8) 0.3 cos 30 o + sin30 o (0.15) = 0.73 W
96
Acionamento de Motores (Ponte H e Sinal PWM) e Controle de Motores CC
Como foi visto no item anterior, um rob possui motores CC em sua estrutura,
sendo necessrio interfacear os motores com microcontroladores existentes no
rob para que se consiga control-los com eficincia. Por esta razo, foram
criados vrios circuitos capazes de realizar este interfaceamento, como a ponte H
e o controlador PI.
Uma ponte H uma topologia de circuito muito utilizada para interfacear um motor
CC e um microprocessador/microcontrolador. Esta topologia consiste de quatro
chaves que so controladas pelo microprocessador e determinam a direo na
qual a corrente passar pelo motor. A mudana no sentido da corrente permite
inverter o sentido de rotao do motor. A figura abaixo ilustra a topologia da ponte
H. O funcionamento da ponte H da seguinte forma: se as chaves S1 e S4 se
fecham e as outras duas so abertas, a corrente passa pelo motor da esquerda
para direita (sentido positivo). Quando as chaves S2 e S3 so fechadas e as
outras abertas, a corrente revertida e o motor gira no sentido oposto. Deixando
as quatro chaves abertas ao mesmo tempo, o motor gira livremente, enquanto que
se as quatro chaves forem fechadas ao mesmo tempo o motor forado a parar.
No circuito real de uma ponte H (ver figura seguinte), as chaves podem ser
implementadas usando transistores MOSFET ou bipolar. Note o uso de diodos de
roda livre (flyback), principalmente ao usar bipolares (pois os MOSFET j possuem
diodo entre dreno e fonte).
S1 S3
V
+ -
Vcc M
S2 S4
97
Pode-se utilizar um sinal PWM para controlar a abertura e fechamento das chaves
que compem a ponte H, e possvel controlar a velocidade do motor, uma vez
que ele responde ao valor RMS do sinal PWM. Um sinal PWM consiste
simplesmente em uma onda quadrada, cujo ciclo de trabalho pode ser variado,
resultando em diferentes valores mdios (e RMS) de tenso.
98
Se forem utilizados dois motores para mover o rob, um controlador PI se faz
necessrio ao invs de se utilizar simplesmente um controlador proporcional
porque ele permite assegurar que quando o rob for comandado para seguir em
linha reta, os dois motores realmente vo girar a uma mesma velocidade. O
esquema abaixo ilustra como um controlador PI pode controlar a velocidade das
rodas de um rob de maneira eficiente:
_
Velocidade Comandada + Velocidade do motor esquerdo
e1
K_pro Motor
_ +
e3 +
Sinal de polarizao
K_int Integral _
+
+
e2 Velocidade do motor direito
K_pro Motor
_
Utilizando o controlador PI, possvel comandar o rob para que ele faa curvas.
Para isto serve o sinal de polarizao que adicionado diferena de velocidade
entre os motores direito e esquerdo, resultando no erro e3, que integrado,
multiplicado por K_int e realimentado com sinal positivo na velocidade do motor
direito e sinal negativo na velocidade do motor esquerdo. No caso de um sinal de
polarizao positivo, o motor direito ter sua velocidade aumentada e o esquerdo,
reduzida, fazendo com que o rob descreva um arco para a esquerda. Caso o
sinal de polarizao seja negativo, o rob descrever um arco para a direita.
Baterias
99
recarga, densidade de energia (mxima quantidade de energia por unidade de
massa ou volume), quantidade de energia armazenada na clula (geralmente em
A.h, ou mA.h), tenso de operao (dada pelos elementos qumicos utilizados),
resistncia interna, taxa de descarga (varia com a resistncia interna), shelf life,
ou seja, a medida de quo rapidamente a bateria perde a carga sem ser utilizada,
e dependncia da temperatura.
100
Nquel- Sim 38 1.2 500 - 4000 0.009 Pequena
Cdmio resistncia interna
e grande
disponibilidade
Hidreto Sim 57 1.3 1100 2300 Melhor densidade
de de energia do que
Nquel- NiCd, porm so
Metal caras
Prata No 130 1.6 180 10
Ar-Zinco No 310 1.4 Alta densidade de
energia, porm
no muito
disponvel,
tamanhos
limitados
Entres as baterias recarregveis atualmente disponveis, alm de possuir alta
densidade de energia, a bateria de ltio possui outras excelentes caractersticas,
com a tenso mantendo-se praticamente constante com a queda da capacidade
(carga) e do tempo. A tenso fornecida pelas baterias alcalinas, Chumbo-cido e
NiCd diminui pouco com o estado de carga da bateria, mas diminui muito com o
tempo (ver figura seguinte). A desvantagem da bateria de ltio que elas ainda
so bastante caras.
Curva de descarga de vrios tipos de bateria. A curva tracejada mostra a tenso de sada versus
capacidade da bateria e a linha contnua mostra a tenso versus tempo.
Reguladores de Tenso
101
volts maior do que a tenso de sada desejada), terra e tenso de sada.
Alimentando o regulador linear com uma tenso dentro da faixa de operao, a
tenso de sada permanecer sempre constante.
Conversores CC-CC
102
tenso mais eficiente do que os reguladores lineares, pois possui uma eficincia
muito maior (acima de 80%). Sua principal desvantagem o custo elevado.
Os motores geralmente produzem picos de tenso quando passam por uma seo
do comutador, os quais podem prejudicar o funcionamento da parte lgica do
equipamento ou inclusive danific-lo. Algumas solues para este problema so:
colocar a bateria entre o motor e a parte lgica. Alm disto, s necessrio
regular a tenso para alimentar os circuitos lgicos. Caso isto no seja suficiente
para evitar problemas de funcionamento da parte lgica, uma maneira de
solucionar o problema colocar um capacitor em paralelo com o circuito lgico e
um diodo entre a bateria e o circuito lgico. Uma medida mais drstica e eficiente
seria a utilizao de fontes de alimentao distintas. Entretanto, para que a parte
lgica se comunique com o motor, necessrio utilizar um isolador tico,
permitindo um verdadeiro isolamento entre o circuito lgico e os motores (ver
figuras seguintes e as mostradas nas pg. 34-35). Exemplos de chips isoladores
comerciais so: 4N25, 4N28 e 4N30. Existem tambm chips isoladores que
contm DIACs (ex. MOC3020), os quais operam conjuntamente com TRIACs,
sendo capazes de chavear cargas de at 8A/127 Vac (ver pg. 37).
Configuraes possveis para alimentao do circuito: (a) bateria entre o motor e a parte lgica
com um capacitor em paralelo para regular e tenso, (b) capacitor em paralelo com o circuito lgico
e um diodo entre a bateria e o circuito lgico, (c) fontes de alimentao distintas.
103
Amplificadores
Operacionais
O 1 circuito integrado (A709) que implementou um amplificador operacional foi
criado em 1960. Os amp. op. so versteis (pode-se multiplicar, somar, subtrair,
integrar e derivar sinais) e suas caractersticas se aproximam bastante do modelo
ideal.
Obs: Note que cada fabricante designa nmeros diferentes para entrada e sada
de sinais e tambm da alimentao do Amp. Op.
105
O exemplo abaixo mostra uma aplicao de amp. op, com alimentao unipolar,
onde o sinal de entrada senoidal de amplitude 100 mV e frequncia 10 kHz. Os
valores dos componentes so: R= 1 k, R1 = 1 k, R2 = 10 k e C = 1 F.
Alm dos terminais de entrada, sada e alimentaes, os amp. op. podem ter
outros terminais para propsitos especficos (compensao em freqncia e ajuste
de offset).
O amp. op. objeto de estudo deste curso o 741, que um circuito integrado (CI
ou chip) que implementa um amp. op. Outros exemplos de chips que
implementam amplificadores operacionais so o 1458 e o TL072, que vm com
dois amp. ops. e o TL074, que vem com 4 amp. ops.
Um amp. op. projetado para ser sensvel diferena entre os sinais aplicados
sua entrada (V+ V-), multiplicar esta diferena por um nmero A, e produzir um
sinal de sada igual a A(V+ V-). A denominado ganho em loop aberto ou
ganho diferencial.
106
ser sempre igual a A(V+ V-) independente da corrente que pode ser drenada
pela carga. Em outras palavras, a impedncia de sada de um amp. op. ideal
zero. Na prtica, a impedncia de sada de algumas dezenas de Ohm.
Circuito Equivalente
A(V+ - V-)
Note que a sada est em fase (tem o mesmo sinal) com V2 (V+) e fora de fase
(sinal oposto) com V1 (V-). Assim, o terminal chamado terminal de entrada
inversor e o terminal + chamado terminal de entrada no-inversor.
Os amp. op. operam linearmente sobre uma faixa limitada de tenso de sada. A
sada do amp. op. satura em valores de L+ e L-, que esto entre 1 e 2 V abaixo (e
acima) da tenso de alimentao. Por exemplo, se um amp. op. estiver alimentado
entre 15 V, ele saturar em aproximadamente 13 V. Assim, este amp. op. dito
ter uma tenso de saturao (Rated Output Voltage) de 13 V.
A figura abaixo mostra um sinal senoidal de entrada e dois sinais de sada, sendo
um deles amplificado normalmente e outro ceifado, devido saturao.
107
L L+
Tal como mostrado na figura anterior, para que no haja distoro: Vi ,
G G
V0
onde G o ganho de tenso: G = .
Vi
V0
Exemplo: Se um amp. op. alimentado em 12V e o ganho G = = 200 , qual a
Vi
maior amplitude do sinal de entrada para que no haja distoro de sinal na
sada?
L+
Como Vi , supondo L+ =10 V, temos que Vi 0,05 V , ou seja, a mxima
G
amplitude de entrada 0,05 V = 50 mV.
A(V+ - V-)
V0 = A(V+ V )
108
O circuito acima pode ser redesenhado (mostrado abaixo), claramente
evidenciando que se trata de aplicao de amp. op. em loop aberto.
Note que, tal como mencionado anteriormente, a sada do amp. saturar em cerca
de 2 V abaixo da alimentao positiva (12 V) e acima da alimentao inferior (0 V).
O grfico do sinal de sada mostrado a seguir, com um esboo esquerda e o
resultado da simulao, direita. Ressalta-se que em muitas aplicaes, o fato de
o 741 possuir saturao inferior de 2 V ocasiona diversos problemas. Algumas
solues para isto so acoplar na sada do amp. op. um divisor de tenso, ou
colocar diodos (ou um LED vermelho, por exemplo) em srie com a sada. Uma
outra soluo para obter nveis TTL na sada do circuito usar o circuito de
adaptao de interface mostrado na pg. 32. Usando quaisquer dessas solues,
pode-se obter tenso prxima a zero quando o amp. op. satura negativamente.
109
Algumas consideraes a respeito desse circuito so as seguintes:
O LED piscar a uma freqncia de 4 kHz, mas o veremos como se
estivesse aceso, pois o olho humano no consegue detectar variaes de
luz com frequncia superior a aproximadamente 10 Hz.
Apesar do 741 poder ser utilizado como comparador, existem outros chips
especficos para tal fim, como o LM311, o LM393 ou ainda o LM339, que
possui 4 comparadores no prprio chip, os quais possuem nveis de
saturao de sada muito prximos tenso de alimentao. Ressalta-se
que vrios comparadores possuem a sada em coletor aberto, o que implica
na necessidade de conectar uma resistncia de pull-up, ou seja uma
resistncia de, por exemplo 1 K, entre a sada do comparador e Vcc.
Outros possuem tambm sada em emissor aberto, sendo necessrio
conect-las, por exemplo, a terra.
Nas pginas 143 a 149 so apresentadas diversas aplicaes de eletrnica,
utilizando amp. op. em loop aberto (comparador).
Multiplicador Inversor
V0 = A(V+ V )
V0
V+ V =
A
110
Como A ,
V+ V
Assim, existe um curto-circuito virtual nas entradas do Amp. Op. Para esta
configurao, como V+ = 0 V = 0 , o que torna o terminal V- em um terra
virtual, que um n que possui 0 V, mas no o terra do circuito.
Utilizando o conceito de terra virtual, temos que a corrente que sai da fonte de
Vi
corrente dada por e usando o conhecimento de que o amp. op. praticamente
R1
no drena corrente (i2i30), temos que:
Vi
0 R2 = V0
R1
V0 R
=G = 2
Vi R1
R2 R
Vi = sen t V0 = sen V0 = 2 sen(t 180)
R1 R1
Deve ficar claro que o sinal de sada somente ter excurso positiva e negativa se
o amp. op. for alimentado de forma bipolar, ou se for alimentado de forma unipolar,
mas utilizando uma polarizao CC na entrada no-inversora do amp. op., tal
como mostrado na figura a seguir. Neste exemplo, o sinal de entrada senoidal
de amplitude 100 mV e frequncia 10 kHz e os valores dos componentes so: R=
1 k, R1 = 1 k, R2 = 10 k e C = 1 F. Pode-se observar que, utilizando o
princpio da superposio, na anlise CC a fonte de sinal AC aterrada e o
capacitor se comporta como um circuito aberto, o que faz com que a sada seja
uma tenso CC de 6 V. Por outro lado, na anlise AC, a tenso de alimentao
CC aterrada, e o capacitor se comporta como um curto-circuito. Na verdade, o
capacitor projetado para ser um curto-circuito na freqncia de interesse ( f ) (ou
111
1
seja, C >> ), o que faz com que o sinal de sada seja um sinal senoidal de 1
2R1 f
V de amplitude, com deslocamento de fase de 180o. Assim, de acordo com o
princpio da superposio, o sinal de sada ser a soma da resposta CC com a
resposta AC, tal como mostrado no grfico a seguir. Para obter um sinal de sada
sem offset, basta utilizar na sada um filtro passivo RC passa-altas (que bloqueia o
nvel CC), ou pegar a sada no em relao referncia (terra) do circuito, mas
em relao entrada no-inversora do amp. op.
V0 = A(V+ V ) . Mas V+ = 0
V0
logo, V0 = AV V = . Denominando i corrente que sai da fonte de tenso
A
Vi, temos:
112
V V
Vi 0 Vi + 0
A =ii = A
R1 R1
V
V0 V0 Vi + 0
R2 .i = V0 R2 A = V0
A A R1
Ento:
R2
V R1
G= 0 = .
Vi (1 + R 2 )
R1
1+
A
R2
Note que para A , G =
R1
Note tambm que para minimizar a dependncia de G com relao a A, deve-se
R
fazer 1 + 2 << A .
R1
Vi
Do circuito, Vi = R1i , ento, Ri == R1 .
i
Note que se o valor de R1 for alto, deve-se levar em conta que no facilmente
encontrada resistncia de valor superior a 10 M, o que implica que o ganho
R
G = 2 no ser muito grande.
R1
113
O exemplo 2.2 do livro do Sedra apresenta um outro tipo de configurao para
multiplicador inversor que permite se ter um alto valor de impedncia de entrada,
mas com alto ganho.
Multiplicador No-Inversor
V 1 + R2
R1
G= 0 =
Vi (1 + R2 )
R1
1+
A
114
Outras Aplicaes de Amp. Op.
- Integrador
V0 Z 1
Do circuito, temos que = 2 . Como Z 1 = R e Z 2 = , resulta em
Vi Z1 SC
V0 1
= (1)
Vi SRC
115
t
1
RC 0
J para v0 (0) = VC v0 (t ) = VC vi (t )dt
Note que uma importante aplicao dos integradores converter ondas quadradas
em ondas triangulares.
t
1
RC 0
Para o integrador de Miller, v0 (t ) = vi (t )dt
116
1ms
1
10 =
RC 10dt
0
1
10 = [10t ]10ms = 1 10 2
RC RC
3
RC = 10 = 1 ms
117
Resposta em Frequncia do Circuito:
Caso Ideal: RS =
V0 1 V 1
= 0 = ( ) = 180 90 = 90
Vi SRC Vi RC
118
Caso Prtico (com Rs colocado em paralelo com C, mostrado na figura a seguir):
1 1
Neste caso, Z 2 = RS // 1 Z2 = C . Ento, V0 = RC .
SC 1 Vi 1
S+ S+
RS C RS C
Se uma onda senoidal for aplicada entrada do circuito, podemos obter o ganho e
a fase do sinal de sada atravs das expresses:
1
V0
= RC ; ( ) = 180 tg
1
Vi 1R C
2
1
+
2
S
RS C
119
1/RsC
Note que para os valores de C e Rs utilizados, temos que f S =16 Hz. Os grficos
dos sinais de sada para f=100 Hz (esquerda) e f=5 Hz (direita) mostram o
funcionamento do circuito como integrador (esquerda) e multiplicador (direita).
120
2) Integrador No-Inversor
r V
Do circuito, temos que V2 = V0 V2 = V3 = 0 (1)
r+r 2
V3 Vi V V V0
Aplicando o mtodo de tenso de n no n 3: + 3 + 3 = 0 (2)
R 1 R
SC
V0 2
(1) em (2) =
Vi SRC
2 t
RC 0
v0 (t ) = v0 (0) + vi (t )dt , onde:
Diferenciador
121
Como:
V0 Z 2 1
= e Z 2 = R e Z1 =
Vi Z1 SC
V0 V
= SRC 0 = RC um filtro passa-altas: - para 0 V0
Vi Vi
- para V0
dvi (t )
V0 = RC (SVi ) v0 (t ) = RC
dt
Da expresso acima, note que sinais de alta freqncia faro com que sature a
sada do amp. op. Por isto, normalmente se insere uma resistncia RS de pequeno
valor (50 a 100 ) em srie com C. Entretanto, isto torna o circuito um
diferenciador no-ideal, diferenciando bem apenas sinais com freqncia menor
1
que f S = .
2RS C
Caso ideal:
Caso Prtico:
1
Z1 = RS + e Z2 = R
SC
122
20log(R/Rs)
Filtro Passa-Banda
O amp. op. tambm pode ser utilizado para construir filtros. Entretanto, note que a
matria sobre filtros ser amplamente discutida na disciplina Eletrnica Aplicada.
O circuito mostrado na figura seguinte comporta-se como um filtro passa-banda,
ou seja, permite a passagem de sinais com freqncia entre f1 e f2 e atenua sinais
com freqncias fora dessa faixa.
V0 Z
Do circuito, temos que = 2 , onde: Z 2 = R2 // 1 e Z 1 = R1 + 1
Vi Z1 SC 2 SC1
123
f
Por outro lado, o espectro audvel do ser humano vai de 20 Hz a 20 kHz. Assim,
1 1
f1= 20 Hz e f2=20 kHz. Por outro lado, como f 1 = , ento C1 = ,
2R1C1 2 .5000.20
1
ou seja, C1=1.6 F. Temos tambm que C 2 = , ou seja, C2=16 pF.
2 .500000.20000
124
Sinais de entrada (quadrado), de 10 Hz e 100 mV, e sada do circuito (impulso).
Sinais de entrada (quadrado), de 1 kHz e 100 mV, e sada do circuito (onda quadrada).
Sinais de entrada (quadrado), de 40 kHz e 100 mV, e sada do circuito (onda triangular).
125
Somador
O amp. op. tambm pode ser usado para somar sinais. A figura seguinte mostra
uma implementao de somador inversor.
i1
i
i2
in
Se R f = R1 = R2 = Rn
v0 = (v1 + v 2 + ... + v n ) Somador Simples
Subtrator
Va
Vb
126
Do circuito, note que a entrada no-inversora do amp. op. (pino 3) possui uma
R2
tenso de V3 = Vb . Devido ao curto-circuito virtual existente nas entradas
R1 + R2
do amp. op., temos que a tenso na entrada inversora do amp. op. ter a mesma
tenso V3. Podemos ento obter as seguintes equaes:
R2 R2
Va .Vb .Vb V0
R1 + R2 R1 + R2
=
R1 R2
1 R2 1 V0
.Va Vb + =
R1 R1 ( R1 + R2 ) R1 + R2 R2
1 R2 + R1 V0 1 V
.Va Vb = (Va Vb ) = 0
R1 R1 ( R2 + R1 ) R2 R1 R2
R2
V0 = (Vb Va ) . Se R2 = R1 V0 = Vb Va
R1
127
Por outro lado, o circuito subtrator a base de amplificadores de instrumentao,
pois so capazes de amplificar pequenos sinais de interesse, rejeitando sinais
comuns existentes nos terminais de entrada. Por exemplo, se um transdutor
produz sinais de aproximadamente 1 mV entre seus terminais, mas possuem
sinais de interferncia de cerca de 1 V entre cada terminal e terra, o subtrator
pode amplificar apenas o sinal diferencial, rejeitando o sinal comum a ambos os
terminais de entrada.
Uma forma de se ter um subtrator com alta resistncia de entrada usar o circuito
mostrado na figura seguinte.
R4
Neste circuito, sabemos que V0 = (V02 V01 ) . Por outro lado, note que a corrente
R3
Va Vb
que circula sobre R1 (de cima para baixo) . Ento, do circuito temos:
R1
Va Vb V Vb V Vb
V01 V02 = R2 + R1 a + R2 a
R1 R1 R1
R
V01 V02 = 2 2 + 1(Va Vb )
R1
128
R2
R4
V0 = 2 + 1(Va Vb ) . Ou seja, vemos que a sada funo da diferena
R3 R1
dos sinais de entrada, mas com Rin = . Ressalta-se que ao ter resistncia de
entrada idealmente infinita, qualquer transdutor que seja conectado a esse
circuito, no ter corrente drenada do mesmo, ou seja, sua tenso no ser
atenuada, o que implica em uma conexo sem perda de energia.
Para obter um sinal de sada que seja funo do logaritmo do sinal de entrada,
pode-se usar o circuito mostrado na figura seguinte.
+ v -
v
De Eletrnica Bsica I, sabemos que, para um diodo, i = I S e nVT 1
onde:
( )
IS a corrente de saturao 10 15 A , mas dobra a cada 5 C
VT a tenso trmica ( 25mV ) temperatura ambiente
n = 1 ou 2, dependendo do material e estrutura do diodo
v v v i
Ento, i = I S e nVT 1 I S .e nVT , pois v >> VT e nVT =
IS
v = nVT (ln i ln I S )
vi v
Mas, v0 = v e i = . Assim, v0 = nVT ln i ln I S , ou seja, o sinal de sada
R R
funo do logaritmo neperiano do sinal de entrada. Para obter o logaritmo decimal
ln( X )
do sinal de entrada, note que: log( X ) = .
2,303
129
Nota: O chip TSL250 (da Texas Instruments) contm um fotodiodo com um
amplificador logartmico incorporado. Assim, tem-se alta sensibilidade para baixo
nvel de iluminamento e baixa sensibilidade para alto nvel de iluminamento do
ambiente.
Por exemplo, se se quer amplificar o sinal captado por um fotodiodo, deve-se levar
em considerao que a luz de vela possui um nvel de iluminamento de 0,01 lux e
a luz do sol pode ter um iluminamento de 10.000 lux. Assim, a melhor escolha
para a amplificao do sinal o amplificador logartmico. A figura seguinte mostra
um possvel circuito que utiliza fotodiodo e amplificador logartimico, o qual
proporciona uma resposta linear para essa extremamente grande faixa de
iluminamento.
Computador Analgico
J que os amp. op. podem ser usados para multiplicar, somar, subtrair, derivar,
integrar, etc., eles tambm podem ser utilizados para resolver equaes.
..
Exemplo: Resolva a equao v(t ) + k .v(t ) = 0 usando amp. op.
130
1 ..
Da equao, temos: v(t ) = v(t ) . Partindo-se ento de um suposto sinal v(t)
k
1 ..
(= v (t ) ), e usando um integrador de Miller, com constante de tempo de 1 ms,
k
1 1 .
para integr-lo, temos como resposta o seguinte sinal + v(t ) . Integrando-o
k RC
1 1
novamente, resulta no seguinte sinal v(t ) . Finalmente, aplicando o sinal
k ( RC ) 2
a um multiplicador inversor com constante de multiplicao igual a k ( RC ) 2 ,
obteremos o mesmo sinal v(t). Conectando ento os dois ns com mesmo sinal
v(t), teremos o circuito oscilador mostrado a seguir, o qual gera um sinal senoidal
que a soluo da equao.
Note que a soluo da equao ser senoidal, pois ao ligar o circuito, o degrau de
tenso de alimentao aplicado ao circuito equivalente composio de ondas
senoidais de todas as frequncias possveis. Assim, sero induzidas no circuito
ondas senoidais de todas as frequncias, embora, como se ver, apenas o sinal
senoidal de uma nica frequncia predominar no mesmo. Este tipo de circuito
denominado oscilador. Posteriormente, veremos outras formas de se construir um
oscilador, utilizando, inclusive, apenas um amp. op.
131
1 R2
da onda senoidal resultante dada por f = . Se fizermos
2RC R1
1 1
R2=R1 k = f = . Como a constante de tempo foi designada como
( RC ) 2
2RC
1 ms, ento RC=0,001 s k= 1.000.000. Como k=w2 w = k w=1000 rad/s
f= 159,15 Hz, que a freqncia da onda senoidal produzida pelo circuito.
importante ressaltar que uma vez obtida a forma de onda senoidal, pode-se, a
partir da onda senoidal, utilizar um comparador para gerar onda quadrada, e, a
partir dessa onda quadrada, pode-se gerar impulsos (derivando) e ondas
triangulares (integrando). Um exemplo de chip que proporciona em suas sadas
ondas senoidais, quadradas e triangulares o CI ICL8038.
132
Uma outra aplicao do CI 555 como temporizador. A figura abaixo mostra o uso
desse CI, como monoestvel, para gerar um nico pulso quadrado de 5 V e com
durao aproximada de 11 s aplicado a uma carga de 1 k. O circuito somente
gera o pulso se a entrada do circuito (pino 2) tiver tenso inferior a Vcc/3 (por
exemplo, um sensor, ao captar um sinal, pode fazer com que um transistor sature
e aterre a sada, acionando o temporizador). O tempo de durao do pulso dado
pela expresso t H 1,1RC .
O chip 555 ser estudado com mais detalhes na disciplina Eletrnica Aplicada.
133
Resposta em Frequncia de Amplificadores Operacionais
O ganho em loop aberto A de um amp. op. no infinito, mas sim finito e cai
abruptamente com a frequncia. A figura abaixo mostra uma curva tpica (resposta
em frequncia) da maioria dos amp. op. (como, por exemplo, a do amp. op. 741).
Note que o ganho bastante alto em CC (100 dB=100.000 V/V), mas comea a
cair a partir de 10 Hz. A queda no ganho de -20 dB/Dcada (ou 6 dB/Oitava,
onde uma oitava se entende duas vezes: 20log2=6 dB) tpica de amp. op.
compensados internamente, que so aqueles que geralmente contm um
capacitor embutido no prprio chip. A funo do capacitor fazer com que o
ganho tenha um constante de tempo para uma resposta do tipo passa-baixas,
como a mostrada na figura, realizando assim uma compensao em frequncia e
garantindo a estabilidade do amp. op.
134
A0 wb Aw
A= 0 b = 1 wt = A0 wb (4)
jw wt
Da, obtemos que f t = A0 f b f t = 10 5.10 = 10 6 Hz para o amp. op. 741, tal como
pode-se observar na figura.
wt
Da equao (5), vemos que A( s ) , ou seja, o amp. op. se comporta como um
s
integrador com constante de tempo 1/wt, sendo que em altas frequncias (w>>wb),
a diferena de fase entre a sada e a entrada ser de 90. Vemos tambm da
w f
equao (5) que A t A t . Assim, se ft conhecido (106 Hz, no caso do
w f
741), podemos facilmente estimar o ganho A em qualquer frequncia f. Note que
essa expresso s vale para w>>wb, ou seja, para pelo menos w>4wb.
135
10 6
A= = 25
40 10 3
R2
R1 100 (6)
G= = = 20
1 + R2 1 + 101
R1
1+ 25
A
Como v0 = Gvi = 20 0,1 v0 = 2 V (Amplitude)
Uma expresso mais completa para o ganho em malha fechada G pode ser obtida
substituindo a equao (5) na equao (6). Teremos:
R2
V (S ) R1
G= 0
Vi ( S ) s
1+
t
1 + R 2
R1
t A0 b
Da expresso, temos que 3dB = . Como t = A0 b 3dB =
R2 R
1+ 1+ 2
R1 R1
R2 10 5.2 .10
Assim, se = 100 3dB = = 62 Krad/s f 3dB = 10 kHz , que a
R1 1 + 100
frequncia de corte superior do filtro passa-baixa, constitudo pelo amp. op., para
R2/R1=100.
R 1 + 100
1+ 2
R1
136
Exemplo: Projete um filtro passa-banda com ganho na banda passante de 40 dB
para sinais entre 10 Hz e 10 kHz. Re-projete o circuito, otimizando-o.
R2
Na banda passante: = 100 , ento, por exemplo, podemos atribuir
R1
R1 = 5 k e R2 = 500 k .
1 1
f1 = = 10 Hz C1 = C1 = 3,2 F
2R1C1 2 .10.5 10 3
1 1
f2 = = 10 kHz C2 = C2 = 32,2 pF
2R2C 2 2 .10 10 3.500 10 3
R2
Note que para esta configurao e para = 100 , foi visto anteriormente que
R1
f 3dB = 10 kHz . Logo, o capacitor C2 pode ser retirado do circuito, e o circuito
otimizado (em termos de menor nmero de componentes) fica da seguinte forma:
137
A figura abaixo mostra os resultados da simulao do circuito otimizado. O grfico
est em ganho (dB) versus frequncia (Hz), mostrando 40 dB de ganho na banda
passante, e banda de passagem de 10 Hz a 10 kHz, que era o requerido.
De uma forma similar, o ganho em loop fechado tambm pode ser obtido em
funo do ganho em loop aberto A(s) para um multiplicador no-inversor. A
expresso resultante :
R2
1+
V (S ) R1
G= 0
Vi ( S ) s
1+
t
1 + R 2
R1
138
Operao do Amp. Op. para Grandes Sinais
Alm da saturao do sinal de sada, outro fenmeno que pode causar distoro
no-linear quando grandes sinais de sada esto presentes a chamada
limitao por slew-rate, ou seja, existe uma taxa mxima de mudana possvel
dv
que pode haver na sada de um amp. op. real, a qual definida por SR = 0 | max ,
dt
e sua unidade V / s .
Assim, se um sinal de entrada requer uma resposta na sada do amp. op. que
mais rpida que o valor de SR, o amp. op. no conseguir representar o sinal sem
que haja distoro.
139
Agora, se o degrau de entrada for suficientemente pequeno e for aplicado a um
seguidor de tenso, a sada ter uma forma de onda exponencial. Esta concluso
obtida da anlise da expresso de ganho de um multiplicador inversor (eq. 6),
que no caso de um seguidor de tenso (onde R1= e R2=0), a expresso do
ganho fica:
V (S ) 1
G= 0
Vi ( S ) s
1+
wt
Esta a expresso tpica de um filtro passa-baixas, cuja resposta a um degrau V
obtida da teoria de Circuitos Eltricos e dada por:
.
v0 (t ) = V (1 e wt t ) . Assim, [ ]
v0 (t ) = V 0 ( wt )e wt t = wtVe wt t . Desta expresso,
dv 0
vemos que seu valor decresce para t>0. Assim, | max = wtV SR = wtV .
dt
Por outro lado, a limitao por slew-rate tambm pode causar distoro no-linear
em formas de ondas senoidais. Por exemplo, se aplicarmos entrada do seguidor
de tenso uma onda senoidal de frequncia w e amplitude Vi, teremos:
^ ^ ^ ^ ^
vi = V i sen t v0 = V i sen t SR = wV i cos t | max SR = Vi = wV0 . Assim, se
^
Vi exceder o valor de slew-rate do amp. op., a forma de onda ser distorcida da
seguinte forma:
140
- Efeito do Slew-Rate em um Multiplicador Inversor
Para Vi = A sen t
V0 = GA sen t
SR = GA
0,5 10 6
Para um multiplicador inversor, f = 8 kHz , que a mxima frequncia
GA2
que pode ter a onda senoidal para que no haja distoro por slew-rate. Por outro
lado, para R2/R1=100 f3dB=10 kHz, ou seja, a partir de 10 kHz o circuito vai se
comportar como integrador, o que tambm distorciona o sinal. Assim, a partir de
aproximadamente 8 kHz ocorrer distoro do sinal.
141
sem distoro, 10 V. Assim, podemos verificar qual ser o valor da frequncia a
partir da qual haver distoro devido ao slew-rate ou devido integrao do
sinal. Como o circuito um buffer de tenso, ento
SR = A 0.5V .10 6 s = 2f M A
0.5 x106
fM = f = 8 kHz
2 10
ft 106
Por outro lado, f 3dB = = = 1 MHz .
1 + R2 R1 1 + 0
Ou seja, a distoro por slew rate acontecer a partir de 8 kHz e a distoro por
integrao do sinal, a partir de 1 MHz. Assim, a mxima frequncia que pode ter o
sinal senoidal, para que no haja distoro, 8 kHz.
SR
b) Note que, de acordo com a expresso f M = , se amplitude do sinal de
2A
entrada for baixa, a distoro por SR ocorrer em uma freqncia alta. Ou seja,
como SR = V0 = M A V0 = M A
Ento, se o sinal tiver uma freqncia 5 vezes maior (40 kHz), a distoro por
2 8kHz
slew-rate ocorrer a partir de uma amplitude de V0 = 10 V0 = 2 V
2 40kHz
Exemplo de Anlise de Circuito
A figura abaixo mostra um circuito utilizado em alarmes ultra-snicos (ver pg. 166),
o qual realiza a deteco de sinais procedentes de um transdutor ultra-snico de
freqncia aproximada de 40 kHz. Desenhe as formas de onda nos ns indicados.
Se o circuito projetado para funcionar como multiplicador, qual o valor de RX
para se ter mximo ganho?
142
No circuito, podem-se notar os seguintes aspectos:
(
Note que para existir G real 1 0,0016G 2 > 0 )
1
G2 < G < 25 . Note que para 40 kHz o valor do ganho em loop aberto,
0,0016
f
A = t , igual a 25. Ou seja, o ganho em loop fechado ser sempre menor que o
f
ganho em loop aberto.
143
RX
Como na banda passante do filtro G = R X |max = 250 K . Por outro lado,
10 K
note que a frequncia 3dB do circuito deve ser superior a 40 kHz, pois o sinal de
ft
40 kHz deve estar dentro da banda passante. Assim, como f 3dB = e
RX
1+
R1
10 6
f 3dB > 40 10 3 , temos > 40 10 3 R X = 240 K , o que implica que
RX
1+
10 K
G = 24 V / V . Como o sinal de entrada possui 10 mV de amplitude, o sinal de sada
do primeiro amp. op. ser uma senide com 4,5 V de offset e 240 mV de
amplitude. A figura seguinte mostra o sinal obtido na sada do primeiro amp. op.
Por outro lado, a sada do segundo amp. op. possuir um sinal v02 = A( v + v ) ,
onde v + = 4,5 e v = 4,5 + 0,24 cos wt . Como A=25, analiticamente o sinal de sada
ser v0 = 6 cos wt . Entretanto, como a alimentao do amp. op. no bipolar, o
sinal somente ter excurso positiva, com amplitude ideal de 6 V.
144
de 0 V. Este filtro necessrio, pois o amp. op. 741 mantm como tenso de
saturao inferior um valor aproximado de 2 V, em lugar do 0 V desejado.
-Tenso de Offset
A(V+ V-)
Isto quer dizer que se existe tenso CC na sada porque existe tambm na
entrada do amp. op. uma tenso CC (chamada VOS, tenso de offset). Esta tenso
VOS aparece devido ao mau casamento do estgio de entrada dos amp. op. e seu
valor varia de 1 a 5 mV, no se podendo saber a priori a sua polaridade. Alm
disso, Vos varia com a temperatura. Assim, um modelo real para um amp. op. deve
incluir o efeito de Vos, tal como mostrado na figura mostrada a seguir.
145
Efeito de VOS Sobre Aplicaes em Loop Fechado
R
v0 ' = 1 + 2 V0 S v0 '= G.V0 S
R1
146
J a contribuio AC (desativando Vos, ou seja, curto-circuitando-o) dada por:
R
v0 " = 2 vi , para o multiplicador inversor.
R1
R
v0 " = 1 + 2 vi , para o multiplicador no-inversor.
R1
Onde os sinais de sada para cada um dos circuitos dado por: v0 = v0 '+ v0 " .
Uma soluo para este problema utilizar os terminais de correo de offset que
existem em alguns amp.op, por exemplo, no 741, variando o potencimetro (com o
cursor central conectado a uma tenso de alimentao de cada vez), at que se
consiga zerar o offset de sada.
147
Outra soluo: Acoplar capacitivamente o sinal, mas s vale se no queremos
amplificar sinais CC ou de frequncia muito baixa. As figuras abaixo mostram o
acoplamento capacitivo para o multiplicador inversor e no-inversor.
Note que para analisar apenas a contribuio CC, o capacitor estar aberto e Vi
estar aterrado, o que implica que v0 = V0 S para ambos os casos, em lugar de
estar multiplicado pelo ganho G, como era o caso visto anteriormente. Ou seja,
comparado com o exemplo anterior, se for injetado um sinal a este multiplicador
acoplado capacitivamente, o sinal de sada ficar superposto a um nvel CC de
aproximadamente 5 mV, em lugar de 5 V!
148
t
1 V0 S V
v0 'V0 S = v0 ' = V0 S + 0 S dt
sC R 0
RC
V0 S
v 0 ' = V0 S + t
RC
Assim, o sinal de sada ser a integral do sinal de entrada superposto a um sinal
CC indesejado que varia linearmente com o tempo at saturar. As figuras abaixo
mostram a forma de onda do sinal de sada, tanto estimada quanto simulada.
20V
10V
0V
-10V
0s 0.5s 1.0s 1.5s 2.0s 2.5s 3.0s
V(U3:OUT)
Time
Uma soluo para este problema colocar um resistor (RF) em paralelo com o
capacitor, pois em CC o capacitor se comportar como um circuito aberto, sendo
que, nesse caso, a contribuio CC para o sinal de sada ser:
R
v0 ' = 1 + F V0 S
R
Assim, o sinal de sada pelo menos no ter um aumento do nvel de tenso com
o tempo. Ademais, se RF for escolhido pequeno, v0 ' (nvel CC na sada) ser
pequeno. A figura abaixo mostra o sinal de sada.
Note que ao incluir RF, o circuito somente integrar bem sinais com freqncias
1
maiores que f C = . Ou seja, tem-se o compromisso de se ter um circuito
2RF C
com baixo offset (com RF pequeno), mas que somente integra bem sinais com
freqncias altas.
149
- Correntes de Polarizao de Entrada
Para que o amp. op. possa funcionar, seus dois terminais de entrada tm de ser
alimentados com correntes CC, que so as correntes de polarizao de entrada.
Essas duas correntes so representadas na figura abaixo por duas fontes de
correntes IB1 e IB2, onde I B1 I B 2 I B , as quais no so exatamente iguais devido
ao mau casamento do estgio de entrada do amp. op.
150
- Offset Devido a IB
Uma soluo para esse problema introduzir uma resistncia R3 em srie com a
entrada no-inversora. Assim, com a introduo de R3 no circuito mostrado na
figura acima e denominando V2 tenso na entrada no-inversora (que devido ao
curto-circuito virtual igual tenso na entrada inversora = -R3IB2), temos que a
contribuio CC na sada do amp. op. pode ser obtida por:
RI
v0 'V2 = R2 I B1 3 B 2
R1
I
v 0 '( R3 I B 2 ) = R2 I B1 R3 B 2
R1
RI
v 0 ' = R3 I B 2 + R2 I B1 3 B 2 (3)
R1
Fazendo agora:
151
R
I B1 = I B 2 = I B v0 ' = I B R2 R3 1 + 2
R1
Deseja-se que v0 ' = 0 , ou seja, que no exista offset no sinal de sada. Ento,
R R2
R2 R3 1 + 2 = 0 R3 =
R1 1 + R2
R1
R1 R2
R3 = R3 = R1 // R2 , ou seja, para zerarmos o offset devido s
R1 + R2
correntes de polarizao, devemos inserir uma resistncia em srie com a entrada
no-inversora de valor igual ao paralelo entre as resistncias R1 e R2.
O efeito da corrente de offset Ios tambm pode ser avaliado atravs das
expresses (1) e (2):
I 0 S = I B1 I B 2
I B1 + I B 2
IB =
2
I 0S
I B1 = I B + (4)
2
I 0S
I B2 = I B (5)
2
R1 R2
Substituindo (4) e (5) em (3) e usando R3 = , temos:
R1 + R2
I I 0S
R1 R2 I 0S B 2
I RR
v0 ' = IB + R 2 I B1 + 0 S 1 2
R1 + R2 2 2 R1 + R2 R1
v0 ' = R2 I 0 S , que o offset de sada devido ao fato que I B1 I B 2 .
152
- Diminuio de offset, Devido a V0S, IB e I0S, Para Multiplicador Inversor
Note tambm que para esta configurao, R3 deve ser igual a R2, pois o capacitor
C se comporta como circuito aberto em CC, fazendo com que R1 fique flutuando
no circuito, o que equivale a ( R1 = ) , e fazendo com que o paralelo de R1 e R2
seja igual a R2.
153
- Diminuio de offset, Devido a V0S, IB e I0S, Para Multiplicador No-Inversor
Note do circuito acima que o sinal vi passar por um filtro passa-altas passivo, de
1
frequncia de corte igual a f C = (ver figura abaixo), antes de alcanar a
2R3 C 2
entrada no-inversora do amp. op. Assim, a frequncia f do sinal dever ser
1
f >> f C , o que implica que C 2 >> . Note tambm que, tal como mencionado
2R3 f
1
anteriormente, C1 >> .
2R1 f
Exemplo: Um amp. op. est conectado em loop fechado com ganho de + 100,
utilizando um resistor de realimentao de 1 M.
a) Se a corrente de polarizao de 100 nA, qual a tenso de sada (somente
devido corrente de polarizao) se a entrada est aterrada?
b) Se a tenso de offset de entrada de 1 mV e mesma corrente de polarizao
anterior, qual o maior valor de tenso que pode haver na sada se a entrada
est aterrada?
c) Se utilizada uma compensao de corrente de polarizao, qual o valor do
resistor requerido? Qual a tenso de offset de sada (somente devido
154
corrente de offset) se utilizado esse resistor? Qual a maior tenso CC na
sada, devido ao efeito combinado de tenso de offset e corrente de offset?
d) Que modificaes adicionais podem ser feitas no circuito, de forma a diminuir
ainda mais a tenso CC na sada?
Resposta:
155
transistores Q10, Q11 e R4, gera a corrente de polarizao do estgio de entrada do
amp. op, na sada do coletor de Q10. Um outro circuito, chamado espelho de
corrente, formado pelos transistores Q8 e Q9 tambm proporciona corrente para a
polarizao do estgio de entrada do amp. op.
- Estgio de Entrada
156
- Estgio Intermedirio
- Estgio de Sada
157
- Modelo de Pequenos Sinais
V0 ( s )
Queremos determinar o ganho em loop aberto, A = . Para isso, note que a
Vid ( s )
Vi 2 ( Vi 2 )
corrente no capacitor dada por iC = iC = sC (1 + )Vi 2 , ou seja,
1
sC
Vi 2
iC = .
1
sC (1 + )
ic
158
Note que o capacitor resultante, C eq = C (1 + ) , em conjunto com a resistncia R,
1
produzir um filtro passa-baixas cuja freqncia de corte dada por: f C = .
2RC eq
Para o amp. op. 741 temos os seguintes valores:
= 515
C = 30 pF
R01 = 6,7 M
Ri 2 = 4 M
Ento, R = R01 // Ri 2 = 2,5 M f C = 4,1 Hz .
.R.Gm .Vid
Assim, como V0 = Vi 2 V0 = .
1 + sRC (1 + )
V0
Finalmente, podemos obter A = , que dado por:
Vid
.R.Gm .R.Gm
A= A=
1 + sRC (1 + ) s
1+
1
RC (1 + )
Note que, comparando com a expresso tpica de um filtro passa-baixas de plo
1
simples, temos que para f = 0 A0 = .R.Gm e b = o que implica que
RC (1 + )
1
fb = .
2RC (1 + )
159
.R.Gm
Tambm, note que t = A0 b t = , o que implica que
RC (1 + )
.R.Gm
ft = , ou seja, f t = 1 MHz .
2RC (1 + )
Gm
Pode-se observar das expresses anteriores que como >> 1 t
C
A0 A0 A
Note tambm que como A = A= = 0 b
1+ s s + b b + s
b
b
A0 b
Ento para >> b A A t , pois t = A0 b .
s s
Gm
Como t para >> 1 , ento para >> 1 e >> b
C
Gm
A , o que mostra que o amp. op. atua como integrador quando funcionando
s.C
em altas frequncias.
Ento, o circuito do amp. op. pode ser representado como mostrado na figura
abaixo (para >> 1 e >> b ).
160
1 V G
Ento, V0 = Gm .Vid , ou seja, A = 0 A = m , tal como era esperado.
s.C Vid s.C
Da anlise do circuito interno do amp. op. 741 (pg. 154), pode-se observar que se
uma grande tenso de entrada aplicada em um dos transistores, isto implica que
os transistores Q1 e Q3 iro conduzir toda a corrente de polarizao (2I), enquanto
que os transistores Q2 e Q4 estaro cortados. Essa corrente (2I) a que circular
atravs do capacitor. Assim, como
dv dv
iC = C =C 0
dt dt
t t
1 1 2I
v 0 (t ) = i (t )dt v 0 (t ) = 2 Idt v0 (t ) = t
C0 C0 C
2I dv (t ) 2 I dv 2I
Agora, como v0 (t ) = t 0 = SR = 0 | max =
C dt C dt C
Usando os valores tpicos para o amp. op. 741: I = 9,5 A , C = 30 pF , temos que
SR = 0,63 V / s .
161
APLICAOES DE AMP. OP.
O circuito mostrado abaixo utiliza um dos amp. op. do chip LM358, o qual vem
com dois amp. ops. integrados no chip e pode proporcionar at 40 mA de corrente
de sada e ser alimentado em at 32 V. Pode-se tambm utilizar o amp. op. 741
no lugar do LM358, entretanto, deve-se limitar a tenso de alimentao a 18 V.
Com este circuito, pode-se utilizar motores de at 27,5 V e 0,5 A, sendo possvel
um bom controle de tenso sobre o mesmo, variando-se a sua velocidade (em
apenas um sentido de rotao). Este circuito tambm pode ser utilizado para
motores de at 5 A, trocando o transitor TIP 29 por um TIP 120.
Um outro circuito que utiliza amp. op. para interface com motores o mostrado a
seguir, o qual permite um controle de velocidade do motor nos dois sentidos de
rotao. Note que tambm neste caso, o LM358 pode ser substitudo pelo 741.
162
Com o circuito mostrado a seguir, pode-se construir um rob AGV (Auto-Guided
Vehicle) de caminho definido, ou seja, que segue, por exemplo, uma fita branca
colada no cho, um feixe de luz ou ainda que v em direo a um local mais
iluminado em um ambiente. O circuito utiliza como sensor dispositivos foto-
resistores (LDRs) para a deteco da luz ambiente. Os LDRs possuem alto valor
de resistncia (alguns M) na ausncia de luz e baixo valor de resistncia na
presena de luz (alguns k). So utilizados dois LDRs, de forma a se ter um
sistema diferencial. Assim, se a luz chega mais a um do que a outro sensor, o
motor acionado em um sentido ou outro, permitindo que se possa construir um
sistema de acionamento do motor que v de encontro a um local de maior
intensidade luminosa.
Uma pequena variao no circuito anterior pode incluir dois motores, mas note
que como no existem dois motores exatamente iguais, necessrio colocar um
potencimetro em srie com uma das bases dos transistores ou em srie com os
motores, de forma a compensar o fato dos motores serem diferentes.
163
A figura seguinte mostra uma implementao deste circuito em um rob capaz de
seguir uma fita branca colada no solo, sendo este de cor preta. Assim, a luz
ambiente refletir na fita branca e poder atingir mais a um sensor do que ao
outro, permitindo-se que o rob siga a fita branca presa ao cho.
Sensor de Luz
Alarme Sonoro
O circuito da figura seguinte mostra um amp. op. sendo utilizado para interfacear
um microfone com um driver de corrente formado pelo transistor 2N2222. Pode-se
acoplar no coletor do transistor, por exemplo, uma sirene que seja acionada se um
rudo de determinada intensidade for captado pelo microfone.
164
Pode-se alternativamente acoplar um rel para permitir que uma lmpada seja
acesa, um motor ou outro equipamento seja ligado, etc. Note que o potencimetro
R1 permite ajustar a sensibilidade do circuito. Assim, o circuito pode ser utilizado
para deteco de palmas, assobio, ou mesmo para soar um alarme na presena
de rudos no ambiente.
Outro circuito que tambm opera como alarme sonoro o mostrado na figura
abaixo. Note que a sada do amp. op. ativa um SCR, o que fora o rel atuar,
ligando, por exemplo, uma lmpada, um equipamento, etc. Ressalta-se que
dependendo do tipo de SCR utilizado, deve-se trocar o diodo D1 por um
potencimetro.
Um outro circuito que pode ser utilizado para interface com um microfone o
mostrado na figura seguinte, o qual utiliza um amplificador de udio LM386.
165
Sensor de Fogo
Sensor de Temperatura
166
de 310 K, ou seja, 37 oC. O circuito abaixo mostra o uso de um buffer de tenso,
construdo com o amp. op. 741, para interfacear o sensor de temperatura com
cargas diversas. Um outro exemplo de sensor de temperatura o LM35, o qual
proporciona uma tenso de sada proporcional temperatura em graus Celsius.
Sensor de Presso
167
Alarme Ultra-Snico e Sensor de Proximidade Ultra-Snico
O amp. op. tambm pode ser utilizado para a interface com sensores ultra-
snicos. Os circuitos abaixo mostram o circuito completo para a construo de um
alarme ultra-snico ou sensor de proximidade ultra-snico. Para a transmisso do
sinal ultra-snico, utilizado um oscilador baseado no CI 555 (ver mais detalhes
do CI 555 nas pg. 132-133), o qual produz em sua sada uma onda quadrada de
37 kHz, que a freqncia de ressonncia do transdutor ultra-snico utilizado.
Pode-se tambm substituir o circuito oscilador baseado no CI 555 por um
oscilador RC (por exemplo, o de Ponte de Wien, mostrado na pg. 240).
168
A sada do NE567 proporciona uma tenso de sada de 9 V se receber um sinal
com a freqncia para a qual foi ajustado para detectar. No caso do circuito
mostrado anteriormente, sua sada mudar (de 9 V para 0 V) sempre que no
chegue sinal de 37 kHz em sua entrada. Desta forma, para operao como alarme
ultra-snico, os transdutores devem ser posicionados frente a frente. Assim, se o
feixe emitido pelo transdutor emissor for interrompido, o transdutor receptor no
receber sinal, o que far com que a sada do 567 mude (de 9 V para 0 V),
acionando, por exemplo, uma sirene. Para funcionamento como sensor de
proximidade, os transdutores ultra-snicos devem ser posicionados lado a lado.
Assim, se no houver obstculos dentro do campo de deteco do sensor, o sinal
emitido pelo transdutor emissor no ser detectado pelo transdutor receptor e a
sada do 567 ficar em nvel baixo (0 V). Entretanto, se um objeto estiver prximo
aos transdutores, um sinal de eco pode chegar ao transdutor receptor, fazendo
com que a sada do 567 mude para nvel alto (9 V).
169
Amplificadores
Diferenciais
e
Multiestgio
O amplificador diferencial a configurao mais utilizada em circuitos integrados
analgicos. Como exemplo, o estgio de entrada de todo amp. op. um
amplificador diferencial.
Antes de analisar o par diferencial, deve-se recordar que para um transistor bipolar
temos as seguintes relaes:
i E = i B + iC
i C = i B
iC
iB =
iC = i E iC = i E
+1
= 1
+1
depende de cada transistor. Varia de 100 a 200 para transistores modernos e
at 1000 para transistores especiais. Por exemplo, para o BC547A
(NPN):125<<900 e para o BC556A (PNP): 75<<900. Tambm importante
recordar que para o transistor bipolar operar na regio ativa, a tenso na base (VB)
deve ser menor que a tenso no coletor (VC) , ou seja, VB<VC. Por outro lado, para
o transistor saturar, a corrente de base (IB) deve ser superior corrente de coletor
(IC) dividido por , ou seja, IB>IC/, alm de que na saturao a tenso entre o
coletor e o emissor do transistor de aproximadamente 0,2 V (VCE=0,2 V).
171
Finalmente, para cortar o transistor, a tenso entre base e emissor deve ser menor
do que 0,6 V (VBE<0,6 V)
Imagine agora que inicialmente um sinal vcm aplicado a ambas as bases dos
transistores do par diferencial. Como Q1 e Q2 so casados, por simetria, temos
que a corrente I se dividir igualmente entre os dois transistores. Assim, iE1=iE2=I/2
e a tenso nos emissores, VE, ser Vcm-vBE. Considerando VBE=0,7 V, temos que
vE=vcm-0,7. Como ic1=ic2=.I/2, a tenso em cada coletor dada por VCC-.I/2.Rc.
Observe ento que a diferena de potencial, v0, entre os dois coletores zero
Enquanto Q1 e Q2 permanecerem na regio ativa, a corrente I se dividir
igualmente entre Q1 e Q2 e as tenses nos coletores no mudaro. Assim, o par
diferencial ideal no responde (ou seja, rejeita) sinais de entrada em modo
comum.
1o caso:
172
Note que para a experincia de laboratrio no 6, Vcc=5 V, Rc= 2,2 k, e a fonte de
corrente I ser substituda por uma resistncia de 4,3 k em srie com uma fonte
de 5 V. O circuito do laboratrio ficar da seguinte forma:
2o caso:
173
Para o laboratrio, para vE=-0,7 V, temos que:
I = 1 mA v0 = 2,2 V
Note que o par diferencial responde a sinais diferenciais, mas rejeita sinais em
modo comum. Note tambm que mesmo com pequenas diferenas de tenso,
consegue-se desviar a corrente total de polarizao de um lado do par para o
outro. Isto torna o par diferencial muito utilizado em circuitos digitais de alta
velocidade.
174
Detalhes da Operao do Par Diferencial BJT (para Pequenos e Grandes
Sinais)
Por exemplo, para o transistor BC547A, usando IS=10-15 A, VBE=0,69 V para iE= 1
mA.
Assim, para o par diferencial, temos que a corrente em cada emissor dada por:
( vB1 vE )
Is VT
i E1 = e
( vB 2 vE )
Is VT
iE 2 = e
v BE
Is VT
Note que como i E = e , ento na presena de pequenos e grandes sinais,
temos:
v BE (VBE + vbe )
VT VT
iC = I s e = Ise
VBE vbe vbe
iC = I S e VT .e VT iC = I C .e VT
onde ic a corrente total no coletor do transistor e IC a componente CC da
corrente de coletor. Por outro lado, vBE a tenso total entre base e emissor, VBE
a componente CC e vbe a componente de pequeno sinal existente entre base e
emissor.
175
X2 X3 Xn
Observando a expresso anterior, note que e X = 1 + X + + + ... +
2! 3! n!
vbe
vbe vbe
Assim, como muito pequeno, ento, e VT 1+ (Essa aproximao
VT VT
vlida para vbe < 10 mV ).
v I
Ento, iC = I C 1 + be = I C + C vbe
VT VT
I
Mas C g m (transcondutncia)
VT
iC = I C + g m vbe
Ou seja, a corrente total iC composta por uma componente de corrente CC ( I C )
e uma componente de pequeno sinal, dada por ic = g m vbe .
( vB1 vE )
Is VT
i E1 = e
( vB 2 vE )
Is VT
iE 2 = e
(v B 1 v B 2 )
i E1 VT
Destas equaes, temos: =e
iE 2
(v B 1 v B 2 )
i E1 i +i i +i iE 2 1
Mas + 1 = E1 E 2 . Ento, e VT
+ 1 = E1 E 2 = (v B 1 v B 2 ) (1)
iE 2 iE 2 iE 2 i E1 + i E 2 VT
1+ e
Por outro lado, temos que:
(v B1 v B 2 ) (v B 2 v B1 )
iE 2 i i +i i E1 1
=e VT
E 2 + 1 = E 2 E1 = e VT
+1 = ( v B 2 v B1 )
(2)
i E1 i E1 i E1 i E1 + i E 2 VT
1+ e
176
Agora, para o par diferencial sabemos que i E1 + i E 2 = I (3)
Note que:
iC1 = .i E1
iC 2 = .i E 2
Das expresses (4) e (5), pode-se notar que o amplificador diferencial responde
somente diferena de tenses vB1-vB2, ou seja, se vB1=vB2=vCM, a corrente I se
dividir igualmente entre ambos os transistores.
Note que mesmo uma pequena diferena de tenso vB1-vB2 (100 mV) faz com que
a corrente I flua quase que totalmente em um dos transistores. Isto faz do par
177
diferencial uma chave de corrente de alta velocidade, comparado com quando se
utiliza o transistor no corte ou saturao (processo mais lento). Por esta razo, o
par diferencial utilizado em circuitos lgicos de alta velocidade.
Note que, para nossa anlise, est implcito que existe uma polarizao CC em
ambas as bases dos transistores, ou seja, que existe uma tenso CC em modo
comum vCM aplicada s entradas do amplificador diferencial. A figura abaixo
mostra o circuito amplificador, onde vd o pequeno sinal de entrada.
178
1a Anlise
Do circuito:
v d v BE1 + v BE 2 = 0 (6)
Como VBE1=VBE2=VBE, pois existe uma mesma tenso CC aplicada a ambas as
bases e os transistores so casados, ento temos que
v d VBE vbe1 + VBE + vbe 2 = 0 v d = vbe1 vbe 2
vd vd
Como Q1 e Q2 so casados, temos que vbe1 = 2 be 2
v =
2
I v
Por outro lado, as correntes nos coletores sero: iC1 = I C1 + ic1 = + gm d e
2 2
I v
iC 2 = I C 2 + i c 2 = g m d e as tenses nos coletores sero dadas ento pelas
2 2
I v I v
expresses: vC1 = VCC RC g m d RC vC 2 = VCC RC + g m d RC .
2 2 2 2
179
v0 440 10 3
O ganho de tenso do circuito dado por: Ad = = , ou seja,
vd 10 10 3
Ad = 44 V
V
2a Anlise
Um outro tipo de anlise pode ser feito para o amplificar diferencial novamente
mostrado abaixo.
ic IC I I v V
Note que ie = vbe . Assim, ie = C vbe ie = E vbe be = T .
e ic = g m vbe =
VT VT VT ie IE
Isto implica que a resistncia entre a base e o emissor do transistor dada por
v V
re be = T . Por outro lado, vemos que a corrente de emissor ser dada por
ie IE
vd v v
ie = , o que implica que ic1 = d e ic 2 = d . Assim, considerando que a
2re 2re 2re
180
fonte de tenso possui zero volts de sinal, as tenses nos coletores sero:
v v v v
vC1 = 0 d RC vC1 = d RC e vC 2 = 0 + d RC vC 2 = d RC , o que
2re 2re 2re 2re
v
implica que a tenso de sada diferencial ser v0 = d RC , o que resulta em
re
v R
Ad 0 C .
vd re
V v I v R
Note que como re = T v0 = d RC = E d C
IE VT VT
IE
I
Assim, v0 = C v d RC v0 = g m RC v d , tal como obtido anteriormente!
VT
No caso em que existam resistncias (RE) nos emissores dos transistores (como
mostrado na figura abaixo), temos que:
RE RE
vd RC RC
ie = , o que implica que v0 = v d e Ad , que pode ser
2re + 2 RE RE + re RE + re
2 RC
reescrito como Ad = . No caso em que no haja resistncia nos
2re + 2 RE
RC
emissores, j foi visto que Ad , que tambm pode ser reescrito como
re
2 RC
Ad . Assim, ambas as expresses para ganho de tenso estabelecem que
2re
o ganho de tenso diferencial (Ad) igual relao entre a resistncia total nos
181
coletores (2RC) e a resistncia total nos emissores (2re, ou 2re+2RE se houver
2 RC
resistncia nos emissores). De um forma geral, Ad .
2(re + RE )
Como v0=1 V e vd=10 mV, ento o amplificador diferencial deve ter um ganho Ad
A mxima tenso em modo comum (vCM) pode ser obtida sabendo-se que como
os transistores devem operar como amplificador, eles devem estar na regio ativa.
Isto implica que v B vC , ou seja, na regio ativa, a tenso na base nunca deve
superar a tenso de coletor.
182
vd
Ento, para o transistor Q1, temos que v B1 vC1 . Mas v B1 = vCM + . Por outro
2
I v IC I
lado, vC1 = VCC RC g m RC d . Mas gm = = E = . Assim,
2 2 VT VT re
I v R R
vC1 = VCC RC d C . Mas Ad = C
2 2re re
I v
vC1 = VCC RC Ad d
2 2
Aplicando a condio v B1 vC1 , e sabendo que VCC=10 V, vd=10 mV, I=1 mA, RC=5
k, Ad=100 V/V e =1, temos que
v I v
vCM + d VCC RC Ad d
2 2 2
vCM 6,995 V
Ou seja, vCM max = 6,995 V .
183
Note que se agora tomarmos o sinal de sada entre o coletor de Q1 e o coletor de
Q2, ou seja v0 = vC1 vC 2 , temos que o ganho diferencial ser dado por
R RC
Ad = g m RC ou Ad = C (Vlido para sada diferencial e sem RE).
re re
Note tambm que, para sada simples, tomada apenas no coletor de Q1, ou seja,
1
(v0 = vC1 ) , temos que: Ad = g m RC (Vlido se no existir RE).
2
Meio-Circuito Diferencial
Para o circuito anterior, fazendo agora apenas uma anlise de sinal, temos que a
tenso nos emissores dos transistores zero volts em sinal. Assim, em sinal, o
amplificador diferencial pode ser representado pelos dois meio-circuitos
diferenciais, mostrados abaixo. Note que ambos esto polarizados com uma
corrente CC de valor I/2.
184
Pode-se ento utilizar qualquer um dos dois amplificadores para anlise de ganho
diferencial, resistncia de entrada diferencial, resposta em freqncia, etc.
Vcc
Vc1 Vc2
vcm
.vcm .RC
Similarmente, vc 2 = (14)
2R
185
Observe que, se a sada for tomada de forma diferencial, ou seja, v0 = vC1 vC 2 , a
sada idealmente nula. Por outro lado, se a sada for tomada de forma simples,
ou seja, ( v0 = vC1 ), temos de (12):
vc1 vc 2 .RC RC
Acm = = = Acm (15), pois 1 .
vcm vcm 2R 2R
Por outro lado, como visto anteriormente, o ganho diferencial para sada tomada
1
em forma simples dado por Ad = g m RC . Assim, a Taxa de Rejeio ao Modo
2
Comum (CMRR- Common-Mode Rejection Ratio) dada por:
Ad 12 g m RC g R
CMRR = = = m CMRR g m R (16)
Acm R
C
2R
Ad
Em dB, CMRR = 20 log (17)
Acm
Para esta anlise, considere uma perfeita simetria no circuito, exceto por uma
diferena RC nas resistncias de coletor, tal como mostrado abaixo.
Rc+Rc
186
vcmRC v cm (RC + RC )
vC 1 = e vC 2 =
2 R + re 2 R + re
vcmRC
Como v0 = vC1 vC 2 v0 = (18), cujo valor ser nulo para RC = 0 ou
2 R + re
R =.
RC
Comparando esta equao (20) com a equao (15) ( Acm , para sada
2R
RC
tomada em forma simples), vemos que (20)<<(15), pois muito pequeno.
RC
Isto mostra que o amplificador diferencial possui um baixo ganho em modo
comum, ou seja, um alto CMRR.
v + v2
v0 = Ad (v1 v 2 ) + Acm 1 (21)
2
187
a) Como a sada tomada de forma simples, no coletor de Q2, temos que o ganho
1 R V
diferencial ser dado por Ad = + g m RC C , onde re = T . Como sabemos que
2 2re IE
vcm=0, pois o valor mdio do sinal zero e considerando VBE=0,7 V, temos a
seguinte equao: 0-0,7=VE, ou seja, a tenso no emissor VE=-0,7 V. Assim, a
corrente de polarizao pode ser obtida de VE-4.3k.I=-5. Como VE=-0,7 V, temos
que I=1 mA, o que implica que IE=0,5 mA. Assim, re=50 e o ganho diferencial do
2000
circuito ento Ad = 20 V / V
2 x50
Ad 20
c) CMRR = = = 86,5 = 38 dB . Note que isto um pssimo amplificador
Acm 0,231
diferencial, devido ao baixo valor da resistncia de sada da fonte de corrente (4,3
k). Para melhorar o CMRR, deve-se aumentar Ad (aumentando Rc) e diminuir Acm
(aumentando o valor da resistncia de sada da fonte de corrente). Note que pode-
se reprojetar o circuito, mas os transistores no podem sair da regio ativa.
188
v + v2
v0 = Ad (v1 v 2 ) + Acm 1 , onde v1 = 0,1sen(2 .60.t ) + 0.005sen(2 .1000.t ) e
2
v 2 = 0,1sen(2 .60.t ) 0.005sen(2 .1000.t ) . Ento, o sinal de sada ser:
v0 = 20 x0.01sen(2 .1000.t ) + 0,231x0,1sen(2 .60.t ) , resultando em:
v0 = 0,2sen(2 .1000.t ) + 0,0231sen(2 .60.t ) , ou seja, a sada conter um sinal de 1
kHz e 200 mV de amplitude (ou seja, amplificado por 20) acoplado a um sinal de
60 Hz e 23 mV de amplitude (ou seja, atenuado por, aproximadamente, 5).
189
r
r0
vc1
Note que como o ganho em modo comum, (dado por Acm = ) normalmente
vcm
pequeno, ento, vC1 0 . Assim, para vC1 = 0 , o circuito fica:
r0
r0
190
POLARIZAO DE CIRCUITOS INTEGRADOS
Por outro lado, transistores podem ser produzidos de forma muito barata. Assim, a
polarizao de CIs baseada no uso de fontes de corrente constante (como a
usado no amplificador diferencial), sendo que esta fonte de corrente utiliza um
grande nmero de transistores e poucos resistores. Assim, uma corrente
constante gerada em um lugar do chip e logo reproduzida para vrios outros
estgios do circuito.
Espelho de Corrente
+Vcc
Io
+2 I 1
I0 = I E e I REF = I E . Assim, 0 = , ou seja, I 0 I REF para >>1.
+1 +1 I REF 1 + 2
2
Se = 100 , ocorre um erro de = 2% na suposio que I 0 = I REF .
Note que Q2 deve estar na regio ativa, ou seja, VB2 VC2. Note tambm que a
resistncia de sada do espelho de corrente a resistncia r0 de Q2 , a qual dada
191
VA
por r0 = , onde VA a tenso de Early (100 V). Por exemplo, no caso em que a
IC
corrente de sada seja de 1 mA, temos que r0=100 k.
IREF I0
VCC V BE
Do circuito, temos que I REF = e I 0 I REF .
R
192
Circuito de Reproduo de Corrente
IREF
2IREF
IREF
IREF
VBE2
3IREF
VCC V EB1 V BE 2 + V EE
Do circuito, podemos obter I REF =
R
Das fontes de corrente vistas at agora, dois aspectos precisam ser melhorados: a
dependncia de I0 com , e a baixa resistncia de sada (=r0). Deve-se recordar
RC
que o ganho em modo comum dado por Acm = , onde R a resistncia da
2R
fonte de corrente. Note que quanto maior R, menor ser o ganho em modo
comum, o que implica que maior ser a rejeio a sinais comuns (maior CMRR).
Note tambm que fontes de correntes so normalmente colocadas no lugar das
resistncias de coletor (RC) de um amplificador diferencial. Assim, como o ganho
193
Espelho de Corrente com Compensao de Corrente de Base
VCC
I0
Note que IREF pode ser obtido atravs de uma resistncia em srie com a fonte de
V V BE1 V BE 3
alimentao Vcc, cujo valor ser I REF = CC .
R
I0
194
Para esta configurao, a relao entre a corrente de sada e a corrente de
I0 1
referncia dada por = , que um pouco melhor que o espelho
I REF 2
1+ 2
+ 2
de corrente com compensao de corrente de base. Entretanto, substituindo os
transistores da fonte de corrente pelo seu circuito equivalente, pode-se mostrar
r0
que a resistncia de sada , ou seja, maior do que a fonte de corrente
2 2
anterior.
I0
IREF
VCC V EB1 V EB 3
Note que a corrente de referncia dada pela expresso: I REF =
R
C
Para I REF = = 20 mA R = 530
10
C
Para I REF = = 10 mA R = 1 K
20
195
O tempo de carga desta bateria dado por:
Capacidade da Bateria (em mAh)
t c arg a = 1,5
Corrente de C arg a (em mA)
Note que para que no haja risco de danificar a bateria por sobrecarga,
C
recomendado utilizar uma corrente de carga de valor I 0 = . Note tambm que
50
possvel construir uma fonte de corrente usando o chip LM317 ou algum
componente da famlia 78XX (7805, 7812, etc), como mostrado na figura abaixo,
V
onde I out = out .
RX
ou 78XX
Vout
196
VCC
I0
VBE1 VBE2
VBE 1
I REF
= e VT
IS
I REf I0
Assim, VBE1 = VT ln e VBE 2 = VT ln
IS IS
I REf
Ento, VBE1 VBE 2 = VT ln (1)
I0
I REF
Do circuito, temos que VBE1 VBE 2 RE I 0 = 0 RE I 0 = VT ln (2)
I0
IREF
I0
VBE VBE
197
VCC VBE
Como queremos que I 0 = 10 A I REF = 10 A . Ento, R1 =
I REF
A tenso VBE pode ser calculada atravs da expresso:
6
I 10 10
VBE = VT ln REF = 25 10 3 ln VBE = 0,58 V
IS 10 15
10 0,58
R1 = = 942 K . Observe que este valor de resistncia muito grande,
10 10 6
sendo anti-econmico utiliz-lo em um CI.
IREF
I0
VBE2
VBE1
198
menor do que a da fonte Widlar [ R = (1 + g m RE // r )r0 + RE // r , onde r = ( + 1)re ],
1 V
gm e re = T .
re IE
Assim, a resistncia de sada para cada uma das fontes de corrente :
V 100
Fonte simples: R = r0 = A = = 10 M
I C 10 10 6
Fonte Widlar: R = (1 + g m RE // r )r0 + RE // r , ou seja, R 52 M . Isto implica que a
Fonte de Widlar mais adequada a este projeto.
199
v0 r IC
Ento, Ad = = gm 0 . Entretanto, note que gm = e
vd 2 VT
V V 100
r0 = A g m r0 = A = = 4000 Ad = 2000 V / V
IC VT 25 10 3
Configurao Cascode
200
r0
.r0
2 1
Para esta configurao, temos que R0 = R07 // R04 = = r0 . Como
r 3
0 + r0
2
1 VA v0 1 V A
v0 = g m v d R0 v0 = g m v d r0 . Mas, g m r0 = = . Por exemplo, para
3 VT v d 3 VT
=100, VA=100 V e VT=25 mV, o ganho desta configurao de 133.000 V/V.
201
Amplificadores Multiestgio
d) A tenso mxima e mnima que pode haver nas entradas do circuito pode ser
obtida da condio na qual os transistores operam na regio ativa, ou seja,
VB < VC . Assim, como os coletores de Q1 e Q2 possuem tenso de 10 V, temos
que VB < 10 V . Por outro lado, a fonte de corrente tambm deve fornecer corrente,
o que s ocorre se VB 3 < VC 3 . Mas, do circuito vemos que VB 3 = 14,3 V e
sabemos que VB VBE = VC 3 . Ento, VB VBE > 14,3 VB > 13,6 V . Assim, a
faixa de tenso de entrada 13,6 < VB < 10 V .
202
e) Resistncia de Entrada Diferencial
203
f) Ganho de Tenso do Circuito
v
O ganho de tenso 0 pode ser obtido calculando o ganho em cada estgio e
vid
logo fazendo o produto dos ganhos.
v01
Da regra de tenso: A1 =
v01
Re sistncias dos coletores
vid
Re sistncias dos emissores
(R1 + R2 ) // Ri 2
Ento, A1 =
re1 + re 2
Mas Ri 2 = ( + 1)(2re 4 ) , onde:
VT 25 10 3
re 4 = re 5 = = = 25
I E4 1 10 3
Ri 2 = 101 2 25 Ri 2 = 5,05 K
v01 (20000 + 20000 ) // 5050
A1 = =
vid 100 + 100
A1 = 22,4 V
V
204
Clculo do Ganho do 2 Estgio
- V02 +
-
V01
+
v03
205
Note que como se trata de um transistor pnp, a sada tambm estar defasada de
v R5 // Ri 4
180o em relao entrada. Assim, A3 = 03 = , onde Ri 4 = ( + 1)(re8 + 3K )
v02 re 7 + R4
VT 25 10 3
e re8 = = =5
I E8 5 10 3
Ento, Ri 4 = (100 + 1)(5 + 3000) Ri 4 = 303,5 K
A3 = 6,42 V V
Para este estgio, note que no podemos utilizar a regra do ganho, pois a sada
no est no coletor. Mas, sabemos que
R6 v0 R6
v0 = v03 A4 = = A4 = 0,998 1 , que era o esperado, pois
R6 + re8 v03 R6 + re8
sabemos que o ltimo estgio de um amplificador um buffer de tenso (baixa
impedncia e ganho unitrio).
g) Resistncia de Sada
206
Como a corrente que circula atravs de R5 a corrente ib=ie/(+1) e a corrente que
circula atravs das outras resistncias ie, o circuito anterior adaptado para se
ter uma mesma corrente ie circulando atravs de todas resistncias, como
mostrado na figura abaixo.
R
Assim, temos que a resistncia de sada dada por R0 = R6 // re8 + 5 , ou seja,
+ 1
R0 = 152 .
207
Resposta
em
Freqncia
Uma importante caracterizao de um amplificador sua resposta a entradas de
diferentes freqncias, ou seja, sua resposta em freqncia.
Respostas Tpicas
A0
A0-3
Determinao de AM, AL e AH
209
O ganho na banda de alta freqncia AH(s) considera os capacitores externos
como curto-circuito.
RL
210
v0
Determinao de AM (considerando os capacitores internos do FET como
vd
circuito aberto).
RL
Determinao de H
RL
Para obter a resistncia Rgd vista por Cgd, substitumos o capacitor Cgd por uma
fonte de corrente de valor Ix, que possui uma tenso sobre a mesma de valor Vx.
V
Assim, Rgd ser dado por R gd = X . O circuito fica na forma mostrada a seguir:
IX
211
D
RL
V gs V gs
No n (G): + + I X = 0 (1)
R Rin
R.Rin V
Fazendo R' = , temos que X R gd = R '+ R L '+ g m R L ' R '
R + Rin IX
O que implica que R gd = 1,16 M gd = C gd R gd gd = 1160 nS
1
Assim, obtemos H = = 806 K rad f H = 128,3 kHz
gs + gd s
212
Exemplo: Para o amplificador abaixo, encontre a frequncia de corte inferior L .
rx c
r v r0
c
gmv
rx
r v r0
gmv
cE
213
1) Determinao da Resistncia RC1 vista por CC1 (curto-circuitando CE e CC2 e
aterrando VS)
A figura abaixo mostra como fica o circuito aps as modificaes feitas. Note que
para determinar a resistncia vista por CC1, substitumos os terminais de CC1 por
uma fonte de corrente IX, com tenso VX sobre ela.
rx
r v r0
gmv
CE
Do circuito, temos:
VX
0 RS I X + V X [Rb // (rx + r )]I X = 0 , ou seja, RC1 = = RS + Rb // (rx + r )
IX
Desta expresso, note que a resistncia vista entre os terminais do capacitor CC1
uma conexo srie entre RS e RB//(rx+r).
rx
r v gmv r0
214
Considerando r0 , temos:
gmv
Rs//Rb+rx+r
Do circuito, temos:
VX V
+ X g mV I X = 0 (1)
RS // Rb + r + rx Re
VX
ib = (2) e g mV = ib (3)
RS // Rb + rx + r
VX V V X
(2) e (3) em (1): + X + I X = 0 . Ento,
RS // Rb + rx + r Re RS // Rb + rx + r
VX 1
RE ' = =
IX 1 1
+
RS // Rb + rx + r Re
+1
R // Rb + rx + r
RE ' = S // Re
+1
215
3) Determinao de RC2 vista por CC2 (curto-circuitando CC1 e Ce e aterrando Vs)
rx
r v gmv r0
Note do circuito acima que como no circula corrente sobre r, v=0. Ento,
gmv=0. Assim, a resistncia vista por CC2 pode ser obtida diretamente da
expresso: RC 2 = r0 // RC + RL .
1 1 1
L + +
C C1 RC1 C e RE ' C C 2 RC 2
216
I1 I2
I1 I2
a) b)
V
V2
( )
I 2 = Y (V2 V1 ) I 2 = YV2 1 1 I 2 = YV2 1 1 K (4)
Do circuito b):
I 2 = V2Y2 (5)
( )
(5) em (4): Y2 = Y 1 1 K (6)
RL=3,33K
1
Note que como Cgd tem pequeno valor (1 pF), a sua reatncia X C =
SC gd
muito alta, ou seja, Cgd drena pouca corrente ( 0) . Assim,
V0 g mV gs RL '
217
V2 V D V0
Ento, K = = = = g m RL ' .
V1 VG V gs
RL=3,33K
(
Note que C 2 = C gd 1 1
K
) = 1 pF 1 + 3
1
C 2 = 1,075 pF
3
4 10 3,3 10
1
A frequncia de corte superior pode ento ser obtida pela expresso H = ,
CT RT
mas RT = R // Rin = 100 K // 420 K = 80,8 K , o que implica que
H 808,9 K rad s f H 128,8 kHz , que um valor muito prximo ao
encontrado anteriormente ( f H 128,3 kHz ).
218
Realimentao:
Importncia
para
Projetos
de
Amplificadores
Estveis
No projeto de amplificadores, a realimentao negativa aplicada para obter uma
ou mais das seguintes propriedades:
220
Exemplo: Determinar as resistncias de entrada e sada do amplificador mostrado
na figura abaixo.
VS
Para determinar a resistncia de entrada do amplificador, dada por Rif ,
Ii
representamos o circuito da forma mostrada na figura seguinte:
221
Ii
Vo
It
Vt
Onde, Rof . Do circuito, temos as seguintes expresses:
It
222
Vt AVi
It = . Na entrada (para Vs=0), temos que Vi = V0 . Por outro lado, temos
R0
Vt + AVt V R0
que V0 = Vt , ento I t = Rof t = . Note novamente a presena
R0 I t 1 + A
do termo 1+A.
Vo A
Como VS = Vi (1 + A ) e V0 = AVi , temos que A f = . Ento, o circuito
VS 1 + A
equivalente fica:
223
+
V1
-
Para analisar o circuito, note que neste caso prtico (com resistncia de fonte e de
carga), devemos fazer uso da teoria de quadripolos, de forma a representar a rede
de realimentao em termos dos seus parmetros h, ou seja:
Onde:
V1 = h11 I 1 + h12V2
I 2 = h21 I 1 + h22V2
V1
h11 = |V =0 , impedncia de entrada, com porta 2 curto-circuitada.
I1 2
V1
h12 = | I =0 , inverso do ganho, com porta 1 em circuito aberto
V2 1
I2
h21 = |V =0 , ganho de corrente, com porta 2 curto-circuitada
I1 2
I2
h22 = | I =0 , admitncia de sada, com entrada em circuito aberto.
V2 1
Note que para obter h11, devemos curto-circuitar V2. Entretanto, como a porta 2 da
rede de realimentao est conectada em paralelo com a sada, se a curto-
circuitarmos, destruiremos a realimentao!
224
Assim, uma regra simples para encontrar h11 e h22 obter a resistncia de uma
porta, enquanto a outra curto-circuitada ou aberta, de forma a destruir a
realimentao; se a conexo paralela, devemos curto-circuit-la; se for srie,
devemos abri-la!
Vi
V0 '
Determinao de A
Vi '
Do circuito, temos:
Rid
V1 = Vi '
Rid + RS + R1 // R2
RL // ( R1 + R2 )
V0 ' = V1
R L // ( R1 + R2 ) + r0
V0 ' [RL // (R1 + R2 )] Rid
Ento, A = = . A 6000 V V
Vi ' RL // (R1 + R2 ) + r0 Rid + RS + R1 // R2
Determinao de :
V1
Note que = h12 e h12 = | I =0 . Ou seja, para encontrar , devemos aplicar uma
V2 1
tenso de teste na sada da rede de realimentao e medir a tenso que aparece
225
na porta de entrada com ela em circuito aberto. Obteremos assim a relao V1/V2.
A figura abaixo ilustra a forma de obter .
R1
Do circuito, V f = Vt
R1 + R2
V Vf R1
Ento, 1 = = = 10 3 V V
V2 Vt R1 + R2
Determinao de Af:
Determinao de Rout:
226
Exemplo: Determinar o ganho de tenso V0/VS, resistncia de entrada Rin e
resistncia de sada Rout para o circuito abaixo. Desenhe a forma de onda do sinal
de sada, se a entrada senoidal de 10 mV de amplitude.
10k
10k
Note que o sinal que retorna para a entrada, realimentado da sada, chega base
do transistor, que possui uma tenso constante de 0,7 V. Assim, a realimentao
de corrente e no de tenso. Desta forma, a entrada deve ser representada pelo
equivalente de Norton, ou seja, por uma fonte de corrente (de valor VS/RS) em
paralelo com uma resistncia RS. Pode-se, ento, verificar que se trata de uma
realimentao paralelo-paralelo (ou amplificador de transresistncia), cujas
227
Ri
resistncias de entrada e sada devem ser baixas, dadas por Rif = e
1 + A
R0
Rof = . Por outro lado, as resistncias Rin e Rout podem ser obtidas por
1 + A
1 1
Rin = e Rout = . Para este circuito, como no existe RL, Rout=Rof.
1 1 1 1
Rif RS Rof RL
1) Achar o ponto quiescente do circuito (ou seja, para sinal igual a zero). Ento,
para anlise CC, o circuito fica (correntes em mA):
(+1)IB+0,07
IB+0,07
IB
0,7
0,07 IB
228
2) Para anlise AC, devemos incluir o modelo do transistor no circuito (note que foi
considerado r0//RcRc, pois r0=66k6 e Rc=4k7):
r gmV
V
V0
I i
r g m V RC
V
Do circuito, temos:
V = (RS // R f // r )I i '
V0 ' = g mV (R f // RC )
V0 '
O valor de A pode ser obtido de A = g m (RS // R f // r )(R f // RC ) , ou seja,
Ii '
A = 358,7 K . Por outro lado, as resistncias de entrada e sada do circuito A
so
Ri = RS // R f // r = 1,4 K
R0 = R f // RC = 4,27 K
229
4) Obteno de
If '
O valor de pode ser obtido de = . Mas, do circuito, temos que
V0 '
If ' 1
V0 ' = R f I f ' == = 21,3
V0 ' Rf
Note que A positivo Realimentao negativa!
A V
Af = A f = 41,6 K = 0 . Entretanto, note que:
1 + A IS
V V Af V
VS = I S RS 0 = 0 = . Temos ento que 0 = 4,16 V V .
VS RS I S R S VS
Por outro lado, as resistncias de entrada e sada do circuito podem ser obtidas
das seguintes expresses:
Ri
Rif = Rif = 162,2
1 + A
R0
Rof = Rof = Rout = 495
1 + A
1
Rin = Rin = 164,2
1 1
Rif RS
230
A figura seguinte mostra o resultado da simulao do circuito, mostrando o sinal
de sada.
Ib2
0,7 Ib1
Vb2
Ie2
1k 0,7
Ve2
IRf
231
1) Determinao do ponto quiescente para = 100 :
100
ib1 = ib1 = 1 A e ie1 = ( + 1)ib1 = 101 A
100
i Rf = ib1 + 0,7 m i Rf = 701 A
Ve 2 1K i Rf = 0,7 Ve 2 = 0,7 + 1K 0,701m Ve 2 = 1,4 V
Vb 2 = 0,7 + Ve 2 Vb 2 = 2,1 V
Ve 2 1,4m
ie 2 = i Rf + = 0,701m + ie 2 = 10,7 mA ib 2 = 105 A (note a incoerncia
0,14 K 0,14
com o valor inicial estimado, devido aproximao utilizada). Tambm podemos
obter ic 2 10,7 mA .
Ento, V0 = 10 0,8 10,7 V0 = 1,44 V , que o nvel CC presente na sada.
+ +
r1 V1 gm1V1 gm2V2
r2 V2
I0
-_ -_
No circuito acima, note que r1= (+1)re1, onde re1=VT/ie1. Note tambm que
gm1=IC1/VT, onde VT a tenso trmica, que vale 25 mV a 20o C.
232
3) Encontrar :
4) Encontrar Af:
I0 A 215
Af = = = A f = 7,8 A A
I S 1 + A 1 + 215 0,123
Mas, vemos que do circuito mostrado no passo No 2, temos que:
V0 = 0,8K I 0
VS = RS I S
V0 0,8K I 0 V
= = 0,8 7,8 0 = 6,3 V V
VS 1K I S VS
233
234
Estrutura
Bsica
de
um
Amplificador
Realimentado
A figura abaixo mostra a estrutura bsica de um amplificador realimentado
negativamente.
Xo
Xf
X0
O ganho em malha fechada pode ento ser obtido por: Af = (4)
XS
A
Af = (5)
1 + A
onde A denominado Ganho de Malha (ou de loop). Vemos tambm que para
a realimentao ser negativa, A deve ser positivo.
Estabilidade de Amplificadores
Fazendo L( j ) = A( j ) ( j ) L = A( j ) ( j ) e j ( j )
Grfico de Nyquist
236
w=
w=0
(jw)
|A|
Como ejwt=cos(wt) + j.sen(wt), temos que v(t ) = 2e 0 t cos , que uma senide
modulada por uma envoltria exponencial. Assim:
1) Para 0 negativo
237
2) Para 0 positivo
Neste caso, teremos uma exponencial crescente, fazendo com que as oscilaes
produzidas no transitrio cresam exponencialmente at que alguma no-
linearidade limite o seu crescimento. Este um sistema instvel. Pela anlise de
localizao de plos no plano S, vemos que ao estarem os plos direita do plano
S, o sistema ser instvel. A figura abaixo ilustra este caso.
238
Osciladores
No projeto de sistemas eletrnicos, frequentemente necessitam-se de sinais tendo
determinadas formas de onda: senoidal, quadrada, triangular, pulso, etc. Por
exemplo, computadores e sistemas de controle necessitam de pulsos de clock
para, entre outras finalidades, temporizao; sistemas de comunicao utilizam
sinais de vrias formas de onda como portadoras de informao; motores ultra-
snicos necessitam de ondas senoidais para funcionarem; e sistemas de medidas
e testes utilizam vrios tipos de sinais para testar e caracterizar dispositivos e
circuitos.
Osciladores Senoidais
Amplificador
Xf
Rede Seletiva
de Frequncia
A( S ) X A( S )
Af (S ) = 0 =
1 A( S ) ( S ) X S 1 L( S )
X0
Entretanto, note que se 1 L( S ) = 0 = X 0 = X S . Ento, como ao ligar o
XS
circuito, so induzidos rudos em todos os ns do circuito, existir sempre uma
sada (senoidal) mesmo se no houver sinal de entrada, pois neste caso, Xs=0,
mas existe um pequeno sinal de rudo induzido pelo transitrio produzido ao ligar o
circuito. Por outro lado, de acordo com Fourier, como qualquer sinal pode ser
representado como uma somatria de senides de todas as frequncias possveis,
e como a rede seletiva de frequncias filtrar apenas uma frequncia, o sinal de
sada ser senoidal e com frequncia definida pelo filtro existente na rede de
realimentao.
239
Ento, de acordo com o mencionado anteriormente, a condio para que haja
oscilao :
OSCILADORES RC
Ponte de Wien
um dos osciladores mais simples. A figura abaixo mostra este tipo de oscilador.
Para este circuito, tal como visto no diagrama de blocos da pg. 239 (XS=0Xi=Xf e
X
X 0 = AX i A = 0 ), note que a relao entre a sada e o sinal na entrada no-
Xi
R
inversora desta configurao o prprio A, que dado por A = 1 + 2 .
R1
Por outro lado, note que uma rede RC colocada na realimentao positiva, onde,
tal como vimos anteriormente, ao se tratar de uma realimentao srie-paralelo
(amplificador de tenso), o valor de pode ser obtido como:
V
= 1 |I1 =0 , ou seja, a relao entre a tenses da porta de entrada e da porta de
V2
sada da rede de realimentao, para entrada em circuito aberto. Assim,
denominando a tenso na porta de entrada da rede de realimentao como Va e
V
sabendo que a tenso da porta de sada V0, temos que = a . Por outro lado,
V0
240
1
Zp =
// R
Zp SC R
note que, do circuito, Va = V0 , onde , ou seja, Z p = e
Z p + Zs 1 1 + SRC
Zs = +R
SC
1 + SRC
Zs = .
SC
R
R 2 1 + SRC ,
Ento, L( S ) = A( S ) ( S ) = 1 + o que, aps
R 1 R 1 + SRC
+
1 + SRC SC
manipulaes matemticas, nos d:
R2 R2
1+ 1+
R1 R1
L( S ) = L ( j ) =
1 1
1+ + 2 + SRC 3 + j RC
SRC RC
De acordo com o Critrio de Barkhausen, sabemos que para que haja oscilao,
L( j ) = 1 Mdulo = 1 e Fase = zero. Assim,
1 1 1
RC = 0 = f =
RC RC 2RC
R2
1+
R1 R
= 1 2 = 2 Plos sobre o eixo imaginrio!
3 R1
R2
Vemos que no sentido matemtico, a oscilao garantida se = 2 . Entretanto,
R1
quando a temperatura varia, se o valor de A ficar levemente menor do que um, a
oscilao no mais existir, pois os plos do sistema ficaro esquerda do plano
S, tornando o sistema estvel, o que provocar o amortecimento da oscilao. Se
por outro lado o valor de A ficar levemente maior do que um, a oscilao
crescer em amplitude, pois os plos do sistema ficaro direita do plano S,
tornando o sistema instvel.
241
Assim, necessitamos de um mecanismo para forar o valor de A a permanecer
igual a um. Isto se consegue utilizando uma rede de elementos no-lineares
(diodos ou transistores) para efetuar o controle do ganho (e consequentemente a
manuteno da oscilao). Na prtica, primeiro fazemos com que o circuito tenha
um valor de A levemente maior do que um (plos direita do plano S), o que
significa um aumento da amplitude de oscilao, e usamos a rede elementos no-
lineares para, sempre que a amplitude tenda a aumentar, reduzir o valor de A
para um.
R2
No caso especfico da Ponte de Wien, deve ser um pouco maior que 2 (pelo
R1
menos 1,5% maior) e deve ser utilizada uma rede de elementos no-lineares para
limitar o crescimento da oscilao, tal como mostrado no exemplo a seguir.
Exemplo: Projete um circuito que gere uma onda senoidal com freqncia de 1
kHz e 10 V de amplitude.
R2
> 2 Por exemplo, para R1 = 10 K , R2 > 20 K , R2 = 20,3 K (1,5%
R1
maior). Por outro lado, sabemos que a frequncia de oscilao dada por
1 1
f = . Assim, para f=1 kHz, temos que 1000 = RC = 1,6 10 4 s . Se
2RC 2RC
atribuirmos R = 10 K C = 16 nF .
+VCC
V1
Vb
-VCC
-VD+
242
Assim, no n b (considerando que os diodos no esto conduzindo), temos,
usando o Princpio de Superposio:
R5
1 Aterrando v0 : Vb ' = ( VCC )
R5 + R6
R6
2 Aterrando a fonte VCC: Vb ' ' = (V0 )
R5 + R6
R5 R6
Temos ento que Vb = ( VCC ) + V0 (1)
R5 + R 6 R5 + R6
Como R2/R1 2, temos, de (3): V0 3V1 . Por outro lado, sabendo que o diodo
V
comea a conduzir a partir de VD=0,5 V, temos, de (2): Vb = 0 + 0,5 (4). Ento,
3
fazendo (4)=(1) e atribuindo valores para VCC=15 V, R5=1 k e V0= 10 V, obtemos
o valor de R6= 3 k. Por simetria, R3= 3 k e R4=1 k.
0V
-20V
0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms 120ms 140ms 160ms 180ms 200ms
V(R6:1)
Time
243
Oscilador em Rotao de Fase
Note que, embora a realimentao do circuito seja negativa, a fase total do circuito
0, pois na oscilao existir uma diferena de fase na rede RC de 180o. Por
outro lado, como o amp. op. est na configurao inversora, tem-se outros 180o de
diferena de fase entre a sada e a entrada do amp. op. Isto resulta em uma
rotao de fase total de 360o (ou zero). Assim, este circuito atender o Critrio de
Oscilao se o mdulo do ganho de loop (L = A ) for igual a um. Entretanto, no
est claro como obter o ganho de loop para este circuito. Mas, voltemos a analisar
o diagrama de blocos de um oscilador, mostrado na figura seguinte.
244
Note que se abrirmos a realimentao na sada, tal como mostrado na figura
abaixo, e injetarmos um sinal Xt no ponto onde o circuito foi aberto, temos que
Xf=Xt e como em um oscilador XS=0, temos que X0=AXt. Como sabemos que
L = A , vemos que podemos obter o ganho de loop atravs da expresso:
X
L= 0 .
Xt
245
Considerando a existncia de uma corrente I atravs da resistncia Rf e usando os
conceitos de terra virtual na entrada inversora do amp. op., temos as seguintes
expresses:
V0 = R f .I
V
1 V2 = 0 (1)
V2 = I SR f C
SC
V2 1
No n 2: (V 2 V1 )SC + + (V 2 0 )SC = 0 V1 = V2 2 + (3)
R SRC
V 1
(1) em (3): V1 = 0 2 + (4)
SR f C SRC
V0 SR f C
(4) e (1) em (2): = L
Vt 4 1
3+ +
SRC S 2 R 2 C 2
2 R f RC 2
Para S=jw, temos que L = .
1
4 + j 3RC
RC
Para que haja oscilao, a fase de L( j ) deve ser zero e o mdulo igual a um:
1 1 1
1) para fase zero: 3RC = 0 = f =
RC 3RC 2 3RC
2
1
R f RC 2
2) Mdulo um para fase zero:
3RC
= 1 R f = 12 R
4
Oscilador em Quadratura
246
fase de 90o: a sada do 1o integrador um seno e a sada do 2o integrador um
cosseno. A figura seguinte mostra o oscilador de quadratura.
V01
V01
V02 1
Sabemos que L . Do circuito, temos que: V01 = Vt (1) e
Vt SRC
2
V02 = V01 (2).
S (2 R )C
2 1 V02 1 1
V02 = Vt = L = 2 2 2 L = 2 2 2 Fase j zero!
2SRC SRC Vt S R C RC
1 1
Para se ter mdulo de L igual a um, temos que 1 = 2
2 2
f = .
R C 2RC
247
Destaca-se que os osciladores LC possuem ajuste de freqncia mais difcil do
que os RC. J os osciladores a cristal oscilam em freqncia especfica.
Osciladores LC
Colpits
C1
C2
Harley
SC2V
B C
V gmV C1
248
Para o circuito, no n C, temos que VC V = SL SC 2V
(
ou seja, VC = V 1 + S 2 LC2 . )
Embora tambm possa ser utilizado o mtodo de quebra da realimentao para
achar L, para este circuito mais fcil encontrar uma equao que englobe todos
os parmetros do circuito, achando a condio de oscilao. Assim, usando a LCK
no n C, temos que:
VC
SC 2 V + g m V + + V C SC 1 = 0
R
(
V 1 + S 2 LC 2 )
SC 2 V + g m V + ( )
+ V 1 + S 2 LC 2 SC 1 = 0
R
1
( )
V SC 2 + g m + 1 + S 2 LC 2 + SC 1 = 0
R
Mas, para existir oscilao, V no pode ser zero. Ento, fazendo S=jw, temos
que:
C2 1
j 3 LC 1 C 2 2 L + j (C 1 + C 2 ) + g m + = 0
R R
LC 2
2
gm + 1 [ ]
+ j 3 LC 1 C 2 + (C 1 + C 2 ) = 0
R R
1 2 LC 2 C
Parte real igual a zero: g m + = 0 g m R = 2 , para que os plos
R R C1
C
do circuito estejam sobre o eixo imaginrio. Na prtica, g m R > 2 .
C1
249
As figuras seguintes mostram dois exemplos de osciladores LC Colpits.
Osciladores a Cristal
250
1 1
Z (S ) = SL + //
SC s SC p
1 + S 2 LC s
Z (S ) =
S 3 LC s C p + S (C p + C s )
1 2 LC s
Z ( j ) =
[
j 3 LC s C p + (C p + C S )]
Existem ento duas frequncias de ressonncia: uma ressonncia srie e uma
ressonncia paralela. A figura seguinte mostra o grfico de impedncia Z(jw)
versus frequncia, destacando as duas ressonncias, tanto onde Z(jw) tende
teoricamente a zero quanto onde Z(jw) tende teoricamente a infinito.
1
Assim: para, 1 2 LC s = 0 f s =
2 LC s
1
Para 3 LC s C p + (C p + C s ) = 0 f p =
LCsC p
2
Cs + C p
251
Referncias Bibliogrficas
[1] Sedra, A.S., Smith, K.C., Microelectronic Circuits, Fourth Edition, Oxford
University Press, 1997.
[2] Nilsson, J. W., Riedel, S. A., Electric Circuits, Fifth Edition, Addison-Wesley
Publishing Company, Inc., 1996.
[3] Martin, F. Oberoi, P., Sargent, R., The 6.270 Robot Builder's Guide for the
1992 M.I.T. LEGO Robot Design Competition, 2nd Edition, 1992. Obtido em
cherupakha.media.mit.edu.
[4] Jones, J.L, Flynn, A.M., Mobile Robots: Inspiration to Implementation, A K
Peters Ltd., 1999.
[5] McComb, G., The Robot Builders Bonanza. 99 Inexpensive Robotics
Projects, TAB Books, 1987.
[6] Davies, B., Electric Motors and Mechanical Devices for Hobbyists and
Engineers, Werd Technology Inc., 1998.
[7] Revista Saber Eletrnica, No 333, Outubro, 2000.
[8] Bastos Filho, T. F., Apostila do Curso de Oficina de Robtica, Programa de
Ps-Graduao em Engenharia Eltrica, UFES, 2000.
[9] Fu, K.S., Gonzalez, R.C., Lee, C.S.G., Robotics. Control, Sensing, Vision,
and Intelligence, McGraw-Hill International Editions, 1987.
[10] Klafter, R.D., Chmielewski, T.A., Negi, M., Robotic Engineering. An
Integrated Approach, Prentice-Hall International, Inc., 1989.
[11] Critchlow, A.J., Introduction to Robotics, Macmillan Publishing Company,
1985.
[12] Ferrat, G., Amat, J., Ayza, J., Basaez, L., Ferrer, F., Huber, R., Torres,
C., Robtica Industrial, Marcombo, S.A., 1986.
[13] Tompkins, W.J., Webster, J.G., Interfacing Sensors to the IBM PC, Prentice
Hall, 1988.
[14] Intel, Embedded Controller Aplications Handbook, 1993-1994.
[15] Linear and Interface Circuits. Product Applications. Vol. 1. Texas
Instruments, 1986.
[16] Provo 99. Exame Nacional de Cursos.
[17] http://www.eletronicweb.hpg.ig.com.br/apostilas.htm (obtido em 25/02/03).
[18] Bastos Filho, T. F. et al., Robtica Industrial. Aplicao na Indstria de
Manufatura e de Processos, Editor Vitor Ferreira Romano, Editora Edgard
Blcher Ltda., 2002.
[19] Laboratrio de Controle Automtico. Disponvel em
http://www2.ele.ufes.br/~munaro/labca-1/sg3524.doc
[20] Soldering SMD. Disponvel em www.smdin.com/solderingsmds.html
252
Sites de Interesse para Compra de Componentes Eletrnicos
No Brasil
FARNELL e NEWARK
www.farnell-newarkinone.com.br
RS DO BRASIL
www.rsdobrasil.com
AMZ Eletrnica
www.amzeletronica.hpg.ig.com.br
Trinet
www.trinetcom.com.br
Mosaico
www.mosaico-eng.com.br
No Exterior
JAMECO
www.jameco.com
JDR
www.jdr.com
FUTURE ELECTRONICS
www.futureelectronics.com
DIGIKEY
www.digikey.com
MPJA
www.mpja.com
FUTURE ACTIVE
www.future-active.com
MOUSER
www.mouser.com
253
Sites com Projetos Diversos
www.clbce.hpg.ig.com.br
geocities.yahoo.com.br/clbce
www.jonasbairros.hpg.ig.com.br/circuitos.htm
www.caiohkhp.hpg.ig.com.br/projetos.htm
www.ratosdaeletronica.cjb.net
254
EXPERINCIAS
UFES
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 1
COMPARADOR
O Op Amp a ser utilizado nesta experincia o "chip" 741, cujo encapsulamento em forma DIP
de oito pinos, com largura de 300 mil (milsimos de polegada), e distncia entre os pinos de 10 mil.
Visto de cima, a partir da parte superior esquerda, os pinos esto em seqncia de um a oito, no
sentido anti-horrio. Isso ilustrado na figura abaixo.
8 7 6 5
1 2 3 4
Sentido anti-horrio
(a) (b)
Fig. 2 (a) Rel da Metaltex.; (b) Driver de corrente
UFES
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 2
PARTE I
A) CONFIGURAO INVERSORA
10 k
+ 15 V
1k
vi
v0
- 15 V
Amplificador Inversor
Aps isso, coloque a ponta de prova do osciloscpio no terminal (-) do Op Amp, e mea a diferena
de potencial entre este terminal e o terminal (+), conectado ao terra (o valor da diferena de
potencial entre as duas entradas do Op Amp). O que voc observou, em relao ao terra virtual?
Em seguida, aumente a amplitude da tenso de entrada para 3 V e verifique o que acontece com a
tenso de sada e com a tenso no terminal (-) do Op Amp. Como voc justifica isso?
PARTE II
B) CONFIGURAO NO INVERSORA
+ 15 V
1k
v0
vi
- 15 V
Amplificador No Inversor
O Op Amp usado mais uma vez o "chip" 741. Monte o amplificador na configurao no
inversora, e aplique em sua entrada um sinal senoidal de amplitude 1 V e freqncia 1 kHz, sem
"offset". Usando o osciloscpio com um canal conectado a vi e o outro conectado a v0, verifique o
mdulo e a fase do ganho de tenso.
Aps isso, coloque uma ponta de prova do osciloscpio no terminal (-) ( ) do Op Amp, e mea a
diferena de potencial entre este terminal e o terminal (+) (o valor da diferena de potencial entre as
duas entradas do Op Amp). Em seguida, aumente a amplitude da tenso de entrada para 3 V e
verifique o que acontece com a tenso de sada e com a tenso no terminal (-) ( ) do Op Amp. Como
voc justifica isso?
Modifique agora a configurao no inversora de forma a construir um "buffer" de tenso. Use uma
entrada senoidal de amplitude 10 V e freqncia de 1 kHz. Verifique o sinal de sada. Aumente
agora a freqncia at que o sinal de sada deixe de ser igual ao sinal de entra
entrada. Como voc
justifica a distoro verificada? Aplique, agora, um sinal quadrado de amplitude 10 V e freqncia
10 kHz ao buffer de tenso. Verifique a tenso de sada, com o osciloscpio calibrado, e mea o
valor do "slew rate" (V/t) t) do Op Amp. O valor nominal de 0,5 V/s.
PARTE III
Monte agora a configurao abaixo (inicialmente sem R2) e aplique um trem de pulsos quadrados
com frequncia de 100 Hz e nveis de tenso entre 0 e 1 V. Verifique a forma de onda de sada,
variando a frequncia entre 0 e 200 Hz. Dados: R1=100 K,
K C=0.1 F. F. Insira ento uma resistncia
de realimentao R2=100 k no circuito. Verifique o grfico de sada, tambm variando a
frequncia entre 0 e 200 Hz.. At que frequncia o circuito comporta-se
comporta se menos como um integrador
e mais como um amplificador?
UFES
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2011/1
LABORATRIO 3
Monte o circuito mostrado na Figura 1. Observe que utilizado um alto-falante operando como
microfone e tambm um filtro passa-banda. Assim, o circuito no ser acionado por rudos
quaisquer, mas apenas por ondas acsticas de alta intensidade (palmas) e em uma faixa especfica
de freqncia (freqncia fundamental das palmas). Aps uma palma o LED ficar aceso pelo
tempo determinado pelo temporizador. Verifique o sinal em cada estgio do circuito. Se houver
muito rudo na sada do 3 amp. op., coloque um capacitor de 10 uF da sada para o terra do
circuito.
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 4
PARTE I
Monte o misturador (mixer) de dois canais mostrado na Figura 1 (substitua o CI TL081 por um
amp. op. 741). Este tipo de circuito
circuito utilizado para mistura de sons em mesas de udio. Para
verificar o funcionamento deste tipo de circuito, iinjete
njete ondas senoidais de diferentes freqncias e
amplitude e verifique o efeito de modulao entre os dois sinais. Aplique tambm diferentes forformas
de onda, nos dois canais e observe o sinal de sada do circuito. O capacitor de sada de 100 nF.
V1
V2
2) TENSO DE OFFSET
Use agora o amp. op. em configurao de loop aberto. Curte-circuite e aterre os terminais de
entrada do amp. op. Qual a tenso de sada do amp. op? Como voc explica isto?
UFES
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 5
Como visto em sala de aula, o computador analgico mostrado na Figura 1 foi usado para resolver a
d 2 v( t )
equao diferencial + Kv( t ) = 0 , e obteve-se como resposta uma onda senoidal de freqncia
dt 2
1 R2
f = e amplitude A = V12 + V22 , onde V1 e V2 so as condies iniciais dos
2RC R1
capacitores. Ou seja, com um computador analgico possvel gerar ondas senoidais, sendo esse
tipo de circuito denominado oscilador. Entretanto, existem alguns inconvenientes em gerar ondas
senoidais com esse circuito, j que so necessrios vrios amp. ops., alm da necessidade de impor
condies iniciais aos capacitores. Assim, pede-se para montar o circuito mostrado na Figura 2, que
emprega apenas um amp. op. Em seguida, ajuste o potencimetro at obter um sinal senoidal na
sada.
D1
10 K 10 K 10 K 10 K
+15 V D2
741
Vo
10 K
-15 V
10 K 18 nF 18 nF
Mea ento a freqncia do sinal obtido e a amplitude mxima e mnima da onda senoidal gerada.
Monte agora circuitos que gerem onda quadrada, onda quadrada com ciclo de trabalho varivel,
onda triangular, onda impulso e onda senoidal com fase varivel.
UFES
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 6
OSCILADORES SENOIDAIS RC
Um oscilador senoidal um circuito eletrnico constitudo por um amplificador realimentado, para o qual
um sinal de sada senoidal obtido como resposta a um degrau provocado pela ligao da(s) fontes de
alimentao do amplificador. Para assegurar que tais oscilaes ocorram, os plos correspondentes ao
sistema em malha fechada (as razes da equao caracterstica do sistema) devem estar posicionados sobre o
eixo imaginrio do plano s. Na verdade, dado que posicionar os plos sobre o eixo imaginrio depende de
valores crticos de alguns componentes, como resistores, sempre mais adequado posicionar os referidos
plos ligeiramente direita do eixo imaginrio do plano s. Com isso, garantimos que a oscilao no
desaparece com o tempo ou quando se troca o componente. Entretanto, isto leva o amplificador a saturar,
dado que plos direita do eixo imaginrio causam oscilao com amplitude crescente, e isto causa severa
distoro no sinal senoidal gerado, como ser visto nesta experincia. Assim, o projeto de um oscilador
senoidal compreende duas etapas: primeiro projetado um oscilador ideal, mas com os plos ligeiramente
direita do eixo imaginrio, para garantir que as oscilaes existiro e sero no amortecidas, e em seguida
adiciona-se ao oscilador assim projetado um sistema no linear de realimentao, com vistas a limitar a
amplitude do sinal de sada, sem saturar o amplificador. Assim, embora o sinal de sada seja ainda distorcido,
a distoro no to grande quanto no caso de saturao do amplificador, como ser aqui verificado.
Os circuitos abordados nesta experincia so circuitos construdos com Op-Amp, resistores e capacitores.
Assim, o Op-Amp atua como amplificador, e a realimentao feita atravs de resistores e capacitores.
Monte o circuito da Figura 1, primeiro sem os diodos D1 e D2. Ajuste o potencimetro at obter um sinal
senoidal na sada (determine teoricamente qual essa posio do potencimetro). Verifique que se voc
ajustar o potencimetro na posio crtica que gera um sinal senoidal perfeito, a oscilao pode desaparecer
rapidamente, por estabilizao do circuito. Assim, voc deve ajustar o potencimetro em um valor que
provocar a saturao do Op-Amp, gerando um sinal muito distorcido. Em seguida, adicione os diodos D1 e
D2 ao circuito, como na Fig. 1. Verifique novamente a sada do circuito, e compare o sinal agora gerado com
aquele gerado sem os diodos.
D1
10 K 10 K 10 K 10 K
+15 V D2
741
Vo
10 K
-15 V
10 K 18 nF 18 nF
Monte o circuito da Fig. 2, o chamado oscilador de deslocamento de fase. Mea a freqncia do sinal
senoidal de sada. Faa a verificao do sinal de sada primeiro sem os diodos D1 e D2, e depois incluindo-os.
A seguir retire o capacitor de 10 nF do meio. As oscilaes continuam? Por qu?
D1
10 K 10 K 10 K 100 K 10 K 100 K
10 K
10 nF 10 nF 10 nF
D2
+15 V
741
Vo
-15 V
3) Oscilador em Quadratura
Monte agora o circuito da Fig. 3, que chamado de oscilador em quadratura (na sada do primeiro integrador
temos um sinal senoidal e na sada do segundo um sinal co-senoidal, da o nome de oscilador em
quadratura). Aqui, observe o mesmo efeito da mudana da posio dos plos, quando variamos o
potencimetro.
10 nF 10 K
+15 V
+15 V
10 K 741
741
10 K
Vo
-15 V
-15 V
10 K 47 K
10 nF
LABORATRIO 7
OSCILADORES LC: USO PARA LMPADA DE EMERGNCIA
O circuito abaixo mostra um oscilador LC utilizado como circuito inversor (CC-AC)
(CC AC) para uuso em
equipamento de lmpada de emergncia, que so equipamentos que operam com baterias, mas
fornecem tenso AC para lmpadas fluorescentes compactas (de 5 a 20 W, sem reator), em caso de
falta de energia eltrica.
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 8
SENSOR DE LU
LUZ USANDO SCR
A figura abaixo mostra um circuito que utiliza um SCR (TIC 106) e um LDR para acender uma
lmpada (ou outro equipamento) ao anoitecer e apag-la
apag ao amanhecer. Monte ento o circuito
abaixo, trocando a lmpada por uma sirene de 127 V e observe o comportamento do circuito. Para
um melhor ajuste do circuito, troque o potencimetro de 2,2 M M por um de 100 kk. Verifique
ento o funcionamento do circuito em presena e ausncia de luz. Observe as formas de onda no
gate do tiristor (TIC 106) e sobre a lmpada para situaes de presena e ausncia de luz A pinagem
do TIC 106 mostrada abaixo.
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 9
Projete o sensor de nvel de bateria mostrado abaixo, o qual deve indicar visualmente, atravs de um
LED verde, se a bateria est carregada (tenso maior que 9 V), ou se necessita ser recarregada
(tenso menor que 9 V), atravs de um LED vermelho. Use uma fonte de tenso de 12 V para
simular a bateria.
Modifique agora o circuito para acionar uma sirene conectada rede eltrica.
SENSOR DE SOM
Monte agora o circuito abaixo, que utiliza um microfone para captar rudos do ambiente, e um
amplificador de udio (LM386). Conecte ento uma lmpada incandescente para que acenda,
durante 1 minuto, se for captado rudo no ambiente.
UFES
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 10
AMPLIFICADOR DIFERENCIAL
O CA3046 um chip composto por 5 transistores bipolares npn casados, com a conexo mostrad
mostrada
na figura abaixo. Dois dos transistores esto conectados como emissor comum.
Use o CA3046 para montar um par diferencial, com alimentao simtrica de 55 V, resistncias de
coletor iguais a 2.2 k e corrente de polarizao de 1 mA (para entrada igual a zero). Utilize os dois
canais do osciloscpio, um para cada coletor do par diferencial, e obtenha a diferena entre as
tenses em ambos os coletores (para isto, inverta o canal 1 e some com o canal), pois Vo=Vc2-Vc1.
Um sensor de fora apresenta uma variao de 1 k para cada padro de fora que aplicado ao
sensor, variando de 1 k at seu valor mximo valor (qual este valor?). Use uma fonte de corrente
simples para fornecer 1 mA para este sensor, de forma a se ter um valor de tenso proporcional
resistncia (e consequentemente fora aplicada). Use o chip CA3046 para realizar este projeto e
simule o sensor de fora com uma resistncia de 1 k em srie com uma resistncia Rbreak
varivel (dcada). Varie ento o potencimetro do circuito para gerar uma corrente de referncia de
1 mA. Anote ento em uma tabela o valor da corrente de sada para cada variao de 1 k realizada
na dcada.
UFES
ELETRNICA BSICA II
PERODO 2013/1
LABORATRIO 11
RESPOSTA EM FREQUNCIA
Monte o circuito abaixo. Aplique ento um sinal senoidal de 10 mV de amplitude em sua entrada e
obtenha o grfico de resposta em frequncia desse amplificador, indicando o ganho em banda mdia
e as frequncias 3-dB inferior e superior. Verifique qual a fase do sinal de sada em relao
entrada e explique por qu. Indique qual o capacitor dominante neste circuito. Modifique o seu
valor de forma a aumentar a largura de banda sem diminuir o ganho em banda mdia. Comprove se
os valores obtidos so os teoricamente esperados.