Resistencia Materiais VIÇOSA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIOSA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRCOLA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIOSA
36571-000 VIOSA - MG - BRASIL

RESISTNCIA DOS MATERIAIS E DIMENCIONAMENTO DE


ESTRUTURAS PARA CONSTRUES RURAIS

ENG 350

Prof. Fernando da Costa Bata


Prof. Valmir Sartor

1999

1
RESISTNCIA DOS MATERIAIS E DIMENSIONAMENTOS
DE ESTRUTURAS PARA CONSTRUES RURAIS

O projeto da estrutura de qualquer edificao, mquina ou outro elemento qualquer um


estudo atravs do qual a estrutura em si e suas partes componentes so dimensionadas de forma
que tenham resistncia suficiente para suportar os esforos para as condies de uso a que sero
submetidas.
Este processo envolve a anlise de tenses das partes componentes da estrutura e
consideraes a respeito das propriedades mecnicas dos materiais. A anlise de tenses, esforos
e as propriedades mecnicas dos materiais so os principais aspectos da resistncia dos materiais.
A determinao dos esforos e as deformaes da estrutura quando as mesmas so
solicitadas por agentes externos (cargas, variaes trmicas, movimentos de seus apoios, etc.) so
os principais aspectos da anlise estrutural.
Finalmente, com base em um coeficiente de segurana desejvel e na anlise estrutural
chega-se s dimenses dos elementos estruturais.

1. Tenso, Resistncia e Coeficiente de Segurana.

1.1. Tenso.

As parcelas de foras interiores de um corpo, que atuam na unidade de superfcie de uma


seo qualquer desse corpo (1mm2, 1cm2, 1m2), denominam-se TENSES, sendo tambm
chamadas SOLICITAES.
As unidades de tenso so as seguintes: t/cm2, kg/cm2, kg/mm2 e Pa = N/m2.
Distinguem-se dois tipos de tenses:

a) Tenses Normais, que atuam na direo perpendicular seo transversal da pea, e podem
ser:
-tenso de compresso, c (-) ou
-tenso de trao, t (+).

b) Tenses Cisalhantes ou de Corte (), que atuam tangencialmente seo transversal.

Ento:
P P
= ou =
A A

Aumentando-se gradativamente a fora externa que atua em um determinado corpo,


ocorrer, finalmente, a destruio ou ruptura do mesmo. A tenso calculada com a carga mxima
que o corpo suporta (Pmax) e a seo transversal original (Ao) do mesmo, denomina-se TENSO
DE RUPTURA ou TENSO ESTTICA. Ou seja:

Pmax
r =
Ao

2
1.2. Resistncia

Um elemento estrutural pose ser levado ruptura de diversas maneiras, de modo que se
pode distinguir diversas espcies de RESISTNCIAS a serem oferecidas por estes elementos,
quais sejam:

a) Resistncia trao.
Verificar-se em tirantes, hastes de trelias, pendurais, armaduras de concreto armado, etc.

P P

b) Resistncia compresso.
Verifica-se em paredes, pilares, apoios, fundaes, etc.

P P

c) Resistncia ao cisalhamento ou corte.


Verifica-se no corte de chapas, nos rebites, pinos, parafusos, ns de tesoura de telhados,
etc.

P/2 P

P/2

d) Resistncia flexo.
Verifica-se em vigas, postes engastados, etc.
P1 P2 P3

e) Resistncia flambagem.
Verifica-se nos elementos estruturais solicitados compresso e que apresentem seo
transversal com dimenses reduzidas quando comparadas com o comprimento. Por exemplo:
colunas, escoras, pilares, hastes e outros elementos estruturais com cargas de compresso
atuando paralelamente ao eixo longitudinal da pea.

3
f) Resistncia toro.
Ocorre com menor freqncia em elementos de construo. A toro produz um
deslocamento angular de uma seo transversal em relao a outra. A resistncia toro est
relacionada resistncia ao cisalhamento. Verifica-se em vigas com cargas excntricas, vigas
curvas, eixos, parafusos, etc.

g) Resistncia composta.
Verifica-se em elementos estruturais que so submetidos simultaneamente por diversos
tipos de solicitaes.

P1
P2

As resistncias dos materiais de construo so determinadas em Mquinas Universais de


Ensaios, obedecendo procedimentos rotineiros, que so padronizados pela ABNT (Associao
Brasileira de Normas Tcnicas).
Os valores obtidos variam de acordo com o material, de material para material, e de acordo
com o tipo de carga aplicada.
Em algumas estruturas, como por exemplo pontes, deve-se considerar, alm da resistncia
esttica a resistncia do material fadiga, aplicando-se cargas variveis, alternadas e oscilantes.

1.3. Coeficiente de Segurana (Trabalho) e Tenso Admissvel

Nas aplicaes prticas s pode ser admitido (TENSO ADMISSVEL) uma frao das
resistncias mximas ou de ruptura (TENSO DE RUPTURA) apresentadas pelos diversos
materiais. Isto, para prevenir o aparecimento de deformaes excessivamente grandes ou, at
mesmo, o rompimento do elemento estrutural. Assim:

adm = r

O COEFICIENTE DE SEGURANA depende dos seguintes fatores: consistncia da


qualidade do material; durabilidade do material; comportamento elstico do material; espcie de
carga e de solicitao; tipo de estrutura e importncia dos elementos estruturais; preciso na
avaliao dos esforos e seus modos de atuarem sobre os elementos; construtivos; e qualidade da
mo de obra e controle do qualidade dos servios.
Os progressos constantes na teoria da esttica das construes, o aprimoramento da
qualidade dos materiais e um controle de execuo de obras cada vez mais efetivo, tm nas
ultimas dcadas, permitindo a reduo constante dos coeficientes de segurana:

Ao.................. = 1,5 a 2 (correlao ao escoamento)


Ferro fundido... =4 a 8
madeira........... = 2,5 a 7,5
Alvenaria......... = 5 a 20

4
Na escolha do coeficiente de segurana, com conseqente determinao da tenso
admissvel, o calculista deve freqentemente consultar prescries, regulamentos e resultados de
ensaios que so continuamente atualizados e publicados por rgos oficiais.
Na falta de valores de tenso admissvel determinados especificamente para o material que
se vai utilizar, as Tabelas a seguir fornecem os valores mdios para diversos materiais de
construo.

TENSES ADMISSVEIS (de Trabalho) e PESOS ESPECFICOS para Diferentes Materiais de


Construo.

Materiais p. Espec. Trao Compresso Cisalhamento Flexo


(kg/m3) (kg/cm2) (kg/cm2) (kg/cm2) (kg/cm2)
FERRO
Laminado 7650 1250 1100 1000 1250
Fundido 7200 300 800 240 300
MADEIRAS*
Duras 1050 110 80 65 110
Semi-duras 800 80 70 55 80
Brandas 650 60 50 35 55
ALVENARIA
Pedra 2200 - 17 - -
Tijolos 1600 - 7 - -
comuns
Tijolos 1200 - 6 - -
furados
Tij. Prensados 1800 - 11 - -
CONCRETOS
Simples 1:3:6 2200 - 18 - -
Armado 1:2:4 2400 - 45 - -
Ciclpico 2200 - 18 - -
1:3:6
* Compresso paralela s e cisallamento perpendicular s fibras.

5
Propriedades Mecnica e TENSES ADMISSVEIS (de Trabalho) de Algumas Madeiras Brasileiras.

Madeiras Peso Mdulo de Tenses admissiveis


especfico Elasticidade (Peas de 2a categ.) kg/cm2
(a 15 % de Em
Nomes vulgares Nomes umidade) (flexo) Compesso Flexo Cisalhamento
botnicos e trao
kgf/m3 Kg/cm2 c c f = t Ligaes Vigas
Maaranduba Manikara 1200 183 000 130 39 220 25 17
Ip tabaco Tecoma 1030 153 800 124 37 219 20 13
ou Ip amarelo eximia
Eucalipto Eucalyptus 1000 136 000 100 30 170 22 15
citriodora citriodora
Ip roxo ou Tecoma 960 165 000 138 41 231 22 14
Ip preto lipetiginosa
Gonalo Alves ou Astronium 910 141 000 126 38 181 28 19
Guanta fraxinifolium
Canafistula Cassia 870 122 400 115 35 154 19 13
ferruginea
Andiroba Carapa 720 116 000 75 22 120 15 10
guianensis
Peroba de Campos Paralecoma 720 119 600 93 28 148 18 12
ou Ip Peroba peroba
Pinho do Paran Araucaria 540 105 225 51 15 87 9 6
ou Pinho Brasileiro Angustifolia

6
1.4. Aplicaes

a) A carga de ruptura por trao de uma barra redonda de ao, com dimetro de 20 mm, de
12.500 kg. Qual a resistncia trao desse ao e qual o coeficiente de segurana existente
quando adm = 1.400 kg/cm2 ?

2
Pmx 12.500 kg
12.500 kg 20mm 12.500 kg r = 3 .981 kg / cm
A0 .2 2 / 4 cm 2

r 3.981 kg / cm 2
= 2,84
adm 1.400 kg / cm 2

b) Um prisma de madeira de pinho com seo 6x6 cm comprimido paralelamente s fibras.


Verifica-se a ruptura quando a carga atinge 11,8 t. Qual a resistncia compresso dessa
madeira e a adm quando = 4 ?

18,8 t
2
Pmx 11.800 kg
r = 328 kg / cm
A0 36 cm 2

r 328 kg / cm 2
adm = 82kg / cm 2
4
18,8 t

c) Um pilar est carregado com 35 t. Com que carga dever-se- registrar a ruptura se o mesmo
foi calculado com coeficiente de segurana igual a 8 ?

r P P
adm = r = . adm mx = . adm
A A

Ou seja, Pr = . Padm = 8 x 35 t = 280 t

7
2. Deformao e Leis da Deformao

2.1. Elasticidade e Plasticidade

Todo corpo sujeito a foras externas sofre deformao. As deformaes lineares, que
ocorrem na trao e na compresso, so expressas em funo da VARIAO DE
COMPRIMENTO (L) e do COMPRIMENTO ORIGINAL (L), resultando assim, na expresso
DEFORMAO RELATIVA (), ou seja:
L
=
L

No cisalhamento, as deformaes so angulares.


As deformaes a que corresponde cada tipo de esforos so:

- trao: alongamento - compresso: encurtamento


P
L1 P
L1

a1 L a2 a1 L a2

b2
L2 L2
b1 b1 b2
P
a1 < a2 ; b1 > b2; L = L1 + L2 a1 < a2 ; b1 > b2 ; L = L1 + L2

-cisalhamento: escorregamento

a1 a2 a1 = a2 ; b1 = b2

b1 b2

Se cessada a aplicao da fora, o corpo retoma seu estado inicial, diz-se que o corpo
ELSTICO, a exemplo do ao, borracha, madeira (at certo limite), etc.
Se cessada a fora, o corpo permanece em sua forma atual, o material PLSTICO, a
exemplo do chumbo, argila, etc.
A maioria dos materiais apresentam as duas caractersticas, dependendo da intensidade dos
esforos a que esto submetidos. At certo limite de carga atuam como elsticos e partir dai como
plsticos.
No existe material perfeitamente elstico. Permanece sempre uma deformao residual.
praticamente nula, chamada DEFORMAO PERMANENTE OU RESIDUAL.

8
2.2. Deformao Transversal

Foi mostrado anteriormente que qualquer corpo sob ao de foras externas (trao e
compresso) apresenta deformao longitudinal (). Simultaneamente ocorre tambm deformao
transversal (q).
Na trao ocorre contrao transversal e na compresso ocorre alongamento transversal.
d
q =
d
Obs: Nos desenhos da pgina anterior, d = b2 b1.

Os ensaios mostram que a relao entre a deformao longitudinal e a transversal


aproximadamente constante. Esta relao denominada COEFICIENTE DE POISSON (m),
matematicamente representada por:

m= Para os metais m varia de 3 a 4 e para o concreto de 4 a 8.
q

2.3. Deformao no Cisalhamento

Sua grandeza definida como deformao angular (), conforme desenho do item 2.1.
y
=
x

Nas tenses normais, =/E. Identicamente, pode-se expressar o ESCORREGAMENTO


RELATIVO () empregando-se o MDULO DE ELASTICIDADE TRANSVERSAL. (G) e a
TENSO CISALHANTE (), ou seja:

=
G

Entre o Mdulo de Elasticidade (E) e o Mdulo de Elasticidade Transversal (G), existe uma
relao devido dependncia de alongamentos transversais e longitudinais, que pode ser expressa
com o auxlio do Coeficiente de Poisson (m), ou seja:
m
G= E
2( m + 1)

2.4. Comportamento do Ao de Construo no Ensaio de Trao.

Em laboratrio so realizados testes para obter o comportamento dos diversos materiais.


Nas Mquinas Universais de Ensaios pode-se medir as deformaes correspondentes aos
diversos tipos de esforos externos at ruptura. Os dados obtidos possibilitam traar o diagrama
tenso-deformao para cada material. O diagrama caracterstico do ao de baixa resistncia para
construo esta apresentado abaixo:

9
5000

4000
Tenso de trao (kg/cm 2)

3000

2000

1000

0
0 5 10 15 20 25
Deformao (%)

Onde: APEFBZ = Diagrama Tenso-Deformao de Trao,


P = Limite de proporcionalidade,
E = Limite de elasticidade,
F = Tenso de escoamento,
B = Ponto de fora mxima, e
Z = Ruptura.

A partir do ponto F as deformaes do corpo continuam a aumentar at um certo limite,


para um mesmo valor de tenso aplicada, ocorrendo escoamento no interior do corpo e
provocando deformao quase sempre visual, com posterior rearranjo de sua estrutura,
normalmente capaz de suportar maiores cargas.
F
Desta forma, para efeitos prticos, a tenso admissvel assim calculada: adm =

Pmax
A resistncia mxima dada por: max =
Ao
L max
O alongamento total at ruptura dado por: =
Lo

2.5. Materiais Dcteis e Quebradios

D-se o nome de DUCTIBILIDADE propriedade apresentada pelos materiais que tm


grandes alongamentos de ruptura, ou seja, apresentam grandes deformaes antes de romperem
(caso do ao e do alumnio). Se a ruptura ocorre de sbito, j com pequenos alongamentos, diz-se
que o material QUEBRADIO ou frgil, sendo sensvel a pancadas e solicitaes do tipo
vibratrio (caso do ferro fundido e do concreto).

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2.6. Lei de Hooke e Mdulo de Elasticidade

No intervalo em que o diagrama tenso-deformao se desenvolve retilineamente, as


tenses so proporcionais s deformaes. Matematicamente pode ser traduzida:

= .

Onde o COEFICIENTE DE ELASTICIDADE, nmero que expressa o alongamento da


pea (L) por unidade de tenso ().
1
Como muito pequeno, normalmente trabalha-se com o seu inverso, ou seja: E =

Onde E denominado MDULO DE ELASTICIDADE, que substitudo na equao


anterior obtm-se a expresso clssica de HOOKE:

=
E

O mdulo de Elasticidade (E) definido como sendo a teso imaginria (ideal, e medida
em kg/cm2) que na trao seria capaz de duplicar o comprimento original da pea.
Valores aproximados de Mdulo de Elasticidade (em kg/cm2) para alguns materiais so os
seguintes:
Ao ....................................... 2.100.000
Ferro fundido.......................... 1.000.000
Concreto ................................ 20.000 400.000
Alvenaria de Tijolo.................. 20.000 200.000
Madeira de Pinho (II fibra).... 1000.000
( fibra).... 3.000

2.7. Variao de Comprimento devido Variaes de Temperatura.

O aquecimento das estruturas causa DILATAO das mesmas, enquanto o arrefecimento


causa CONTRAO . Estas deformaes podem causar tenses internas nos materiais dos
elementos estruturais, semelhantes quelas devido esforos externos.
Para evitar tenses adicionais nas estruturas, deve-se:
- empregar apoios mveis e/ou
- juntas de dilatao.

A dilatao ou compresso das peas estruturais pode ser calculada pela equao:

L = t . t. L Onde, L = comprimento do elemento estrutural


t = variao de temperatura do elemento estrutural, e
t = coeficiente de dilatao trmica

11
O coeficiente de dilatao trmica (t), indica a variao de comprimento do elemento
estrutural para cada 1C de mudana de temperatura do mesmo.
Alguns valores aproximados de t, so
ao.......................................................... 0,000012 C-1
ferro fundido e concreto........................... 0,000010 C-1
alvenaria de tijolo..................................... 0,000005 C-1
madeira.................................................... 0,000003 C-1

Para estruturas de concreto considera-se, em geral, uma variao de temperatura de


20C, e para as estruturas metlicas, de 35C.
A retrao de argamassa pela evaporao da gua tem ao semelhante variao de
comprimento provocada pela diminuio de temperatura. Nas estruturas em concreto simples e
concreto armado, a retrao deve ser considerada correspondente uma queda adicional da
temperatura de aproximadamente 20C.

2.8. Aplicaes

a) Uma barra de ao circular com 50 cm de comprimento e 22,6 mm de dimetro, solicitada por


uma fora de trao de 8.000 kg, apresenta num comprimento de 20 cm um alongamento de
0,19 mm. Calcular a tenso atuante (), o alongamento relativo (), o mdulo de elasticidade
(E). Finalmente, determinar a resistncia de ruptura e o alongamento percentual, tendo a pea
rompido sob a carga de 16.600 kg e sendo, ento, a distncia entre as referncias de 24,6 cm.

=P/A = 8.000/( x 2,262/4) = 1.994 kg/cm2.


= L/L = 0,019/20 = 0,00095.
E = 1/ = / = 2.000/0,00095 = 2.105.263 kg/cm2
r = Pmx/Ao = 16.600/( x 2.262/4) = 4.138 kg/cm2.
% = 100. L/Lo = 100 x (24,6 - 20)/20 = 23 %.

b) Um tirante de ao de um telhado tem 18 m de comprimento e 2,8 cm de dimetro, deve


resistir a uma fora de trao de 9.600 kg. Calcular sua variao de comprimento total,
devido fora aplicada e devido uma variao de temperatura de + 35 C.

Alongamento do tirante devido fora:


= L/L e = /E, ento, L = (L. )/E.

Considerando E = 2.100.000 kg/cm2, e


= 9.600/( x 1,42) = 1.560 kg/cm2.

L = (1.800 x 1.560)/2.100.000 L = 1,34 cm.

Alongamento do tirante devido variao de temperatura:


Lt = t. t. L = 0,000012 x 35 x 1.800 Lt = 0,76 cm.

L total = 1,34 cm + 0,760 cm = 2,1 cm.

12
c) Calcular a espessura das juntas de dilatao para um terreiro de caf de 100 x 100m, que ser
construdo em concreto. As juntas sero colocadas nas duas direes a cada 10m.
Considerando que o terreiro foi feito no inverno, possvel um t de aproximadamente
40C. E, como haver juntas nas duas direes, pode-se considerar dilao linear.

1 2 3 4 5 6 7 8 9

L = t. L. t
L = 0,000010 x 100 x 40
L = 0,04 m = 4 cm = 40 mm.

100m

Como, em 100m pode-se contar com 9 juntas para acomodar a dilatao total, tem-se:
40 mm/9 juntas = 4,4 mm/junta. (mnimo).

3. Dimensionamento de Elementos Tracionados e Comprimidos

3.1. Dimensionamento de Elementos Tracionados

Nos clculos de resistncia trao, devem ser considerados todos os enfraquecimentos na


seo transversal, provocados por orifcios de rebites, parafusos e pinos, enchimento, encaixes de
qualquer espcie, recortes e roscas.

3.1.1. Aplicaes

a) Um tirante de telhado tem 10m de comprimento e deve resistir a uma fora de trao de 8.600
kg. Calcular o dimetro do tirante a ser executado em ao redondo de forma que o mesmo tenha
rosca de 1,5mm de profundidade.

Dados: adm ao = 1.600 kg/cm2; e


E ao = 2.100.000 kg/cm2.

=P/A Anec = P/adm tirante

Anec = 8.600 / 1.600 = 5,4 cm2


Anec = x d2/4 = 5,4 cm2 d = 2,5 cm = 26 mm. 10 m

Para que seja confeccionada a rosca, o tirante dever ter um dimetro de:
dfinal = 26 mm + 3 mm = 29 mm.

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b) Substituir o tirante de ao acima por um tirante de madeira (Eucalipto citriodora), considere
um enfraquecimento de 2,0 cm, conforme desenho abaixo. Dimensionar o referido tirante
(valores de b e h).

Dados: adm. tr. = 170 kg/cm2; E = 136.000 kg/cm2; P = 8.600 kg; L = 10m.

h 2cm hmin P

Dimensionar sem considerar o enfraquecimento:


=P/A Anec = P/adm

Anec = 8.600 / 170 = 50,5 cm2


Anec = b x hmin = 50,5 cm2 adotando-se: b = 7 cm.

hmin = 50,5 / 7 = 7,2 cm

Logo, h = hmin + enfraquecimento h = 7,2 + 2 = 9,2 cm

Resposta: b = 7 cm e h = 9,2 cm.


Obs: normalmente o valor de b menor que o de h.

3.2. Dimensionamento de Elementos Comprimidos

Nas peas comprimidas somente considera-se os enfraquecimentos da seo transversal


quando a parte retirada no tiver sido substituda ou for preenchida com material de menor
resistncia.
No dimensionamento de dois materiais diferentes em contato, considera-se apenas a tenso
admissvel do material de menor resistncia. Assim, o dimensionamento de uma fundao
conduzido de acordo com a tenso admissvel do solo e no com o material que a constitui.
No dimensionamento de elementos estruturais de madeira tem-se que considerar o ngulo
entre a fora aplicada e a direo das fibras. A tabela a seguir exemplifica a relao existente
entre ngulo da fora e tenso admissvel, para uma madeira que possui tenso admissvel
compresso paralela de 85 kg/cm2 e tenso admissvel compresso perpendicular de 20 kg/cm2.

= 90o
= 0o = 45o

Angulo entre direo da


fora e direo da fibra. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Tenso Admissvel de 85 74 63 52 43 35 29 24 21 20
Compresso em kg/cm2

14
3.2.1. Dimensionamento de Pilares ou Colunas de Alvenaria

Na compresso importante a relao ente a menor dimenso da seo transversal (d) e a


altura (h) da pea.
Para efetuar o dimensionamento de um pilar de alvenaria a tenso admissvel, a ser
considerada nos clculos, diminuiu medida que o GRAU DE ESBELTEZ (h/d) aumenta.
A TENSO ADMISSVEL CORRIGIDA (adm) em funo do grau de esbeltez dada por:

adm
' adm =
S
h
onde, para h/d = 1 5 10

s = 1,0 1,4 2,0
d
Normalmente, no se trabalha com h/d >10, somente em casos especiais.

3.2.1.1. Aplicao
a) Que carga pode suportar um pilar de alvenaria de tijolo macio comum, adm=10 kg/cm2, com
seo de 20 x 25cm e 2 m de altura?

O clculo do grau de esbeltez feito com a menor dimenso transversal, ou seja:


h/d = 200/20 = 10

adm 10 kg / cm 2
' adm = 5 kg / cm 2
S 2

Ento, a carga total admissvel para a coluna, sem considerar o peso prprio da coluna, ser:
P = adm. A = 5 x 500 = 2.500 kg.

Descontando o peso prprio do pilar, uma vez que esta carga tambm atua sobra o material
da base do mesmo, e considerando o peso especfico da alvenaria de tijolo igual a 1.800 kg/m3 ,
tem-se:
P = 2.500 - (0,20 x 0,25 x 2 x 1.800) = 2.320 kg.

3.2.2. Dimensionamento de Pilares ou Colunas de Madeira ou de Ao

As colunas ou qualquer outro elemento comprimido que seja de madeira ou de ao podem


ser dimensionados verificando:
a) A carga mxima que o corpo suporta levando-se em conta a flambagem, empregando-se a
equao de Euler ou seja:

P crt = carga crtica admissvel, kg;


EI
2 E = mdulo de elasticidade do material, kg/cm2;
Pcrit = = momento de inrcia da seo, cm4;
L2e
Le = comprimento efetivo de flambagem, cm; e
v = coeficiente de segurana, admensional.
Onde:

15
b) A tenso compresso atuante no material, ou seja:
P
at = adm do material.
A

Se as duas condies anteriores so satisfeitas, tudo bem, a coluna estvel.

O Momento de Inrcia da seo depende da forma, das dimenses e da orientao da


mesma. Para o clculo de elementos comprimidos simples, emprega-se o menor valor entre as
direes x e y . A tabela a seguir apresenta as frmulas para algumas sees usuais.

Momentos de Inrcia para algumas Seo Usuais (cm4).

Sees Momento de Inrcia


y

Retangular h h x bh 3 b3h
Ix = ; Iy =
12 12
b

Circular Cheia x .r 4 .d 4
Ix = Iy = =
4 64

Circular Oca x (d 14 d 42 )
Ix = Iy =
64

A/2

Perfil h h` b` x bh 3 b'. h' a. b 3 + h'. A 3


Ix = 2. ; Iy =
12 12 12
b

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O comprimento efetivo de flambagem depende do comprimento de suas extremidades. So
quatro os casos a serem considerados:

P P P P

Le = 2L Le = L Le = 0,7L Le = 0,5L

3.2.2.1. Aplicaes

a) Uma coluna de 2 m de comprimento tem seo quadrada e de pinho. Assumindo E =


125.000 kg/cm2, adm = 120 kg/cm2 para compresso paralela s fibras, e usando um fator de
segurana de 2,5 para calcular a carga crtica de flambagem usando a equao de Euler.
Determine as dimenses da seo transversal para as cargas de 10.000 kg e de 20.000 kg.
Sabe-se que a coluna articulada nas duas extremidades.

(1) Para a carga de 10.000 kg


Dados: Pcrt = 10.000 kg; E = 125.000 kg/cm2; = 2,5; Le = L = 2 m = 200 cm

2 E I P L2e
Pcrit = I=
L2e 2 xE

10.000kg x (200cm) 2 x 2,5


I= 811 cm 4
x 125.000 kg / cm
2 2

a4
= ------- a4 = 12 x 811 cm4
h=a 12
a = (12 x 811 cm4)1/4 a = 9,9 cm 10 cm
b=a

Verificando a tenso normal da coluna:

P 10.000kg
at = 2
100 kg/cm2 < 120 kg/cm2 OK!
A 100cm

Obs: A adm j incorpora o coeficiente de segurana.

17
(2) Para a carga de 20.000 kg:

20.000kg x (200cm) 2 x 2,5


I= 1621 cm 4
x 125.000 kg / cm
2 2

= a4/12 = 1.621 cm4 ; a = (12 x 1621 cm4)1/4 = 11,8 cm 12 cm.

Verificando a tenso normal:

P 20.000kg
at = 138 kg/cm2 > 120 kg/cm2
A 12cm x 12cm

No est bom, portanto deve-se dimensionar pela tenso admissvel.

P 20.000kg
A= 166,6 cm2
at 120 kg / cm 2

A = a2 = 166,6 cm2 a = 12,9 13 cm.

Uma seo 13 x 13 cm aceitvel, pois atende flambagem e compresso do material.

b) Determinar o dimetro de um pilar com 3m de comprimento, para suportar uma carga de 15


toneladas. Considerar: E = 140.000 kg/cm2, adm=135kg/cm2 para compresso paralela s fibras e
coeficiente de segurana 2,5.

Dados: Pcrt = 15.000 kg; E = 140.000 kg/cm2; = 2,5; Le = 2.L = 600 cm

2 E I P L2e
Pcrit = I=
L2e 2 xE

15.000kg x (600cm) 2 x 2,5


I= 9.770 cm 4
x 140.000 kg / cm
2 2

xr 4 9.770cm 4 x 4
I= r=4 10,6 cm e d 22 cm.
4

Verificando a tenso normal:

P 15.000
at = at = 39,46 kg/cm2 < 135 kg/cm2 OK!
A .11 2

Obs: Quando a seo for retangular, verificar a flambagem nas duas direes, x e y, e considerar a
menor carga crtica como limite.

18
3.2.3. Dimensionamento de Pilares de Concreto Armado

Para concreto armado, quando a carga normal que atua sobre o pilar no se situa no seu
centro de gravidade, diz-se o mesmo est sendo solicitado por uma flexo composta normal.
Estas solicitao corresponde combinao da fora normal com o momento fletor devido
excentricidade. Praticamente, no h pilar que no esteja sobre flexo composta, e por isto, as
normas determinam que assim devem ser calculados.
Segundo as normas brasileiras, a menor largura permitida para os pilares de 20 cm,
embora, na prtica dimenses menores so usuais.
A tabela a seguir apresenta a ferragem necessria, a carga admissvel em toneladas e o
comprimento mximo de pilares engastados, de acordo com a seo, tendo como base a Norma
Brasileira, NB-1-78, empregado a teoria do Estado Limite ltimo.

Carga Admissvel (toneladas fora), Nmero de ferros com dimetro em mm e Comprimento


Mximo (L) para Pilares Retangulares Sujeitos Compresso Axial, para um Concreto com fck
(tenso admissvel compresso) 180 kg/cm2, e para o Ao C A-50.

Espessura Largura
20 cm 30 cm 40 cm
15 cm 20 t 30 t 40 t
L = 2,25 m 4 10 6 10 8 10
20 cm 24 t 36 t 48 t
L = 3,00 m 4 10 6 10 8 10
25 cm 34 t 51 t 68 t
L = 3,75 m 4 12,5 6 12,5 8 12,5
30 cm - 60 t 80 t
L = 4,50 m 6 12,5 8 12,5
35 cm - - 97 t
L = 5,25 m 10 12,5
40 cm - - 115 t
L = 6,00 m 12 12,5
OBS: Considerar somente metade da carga admissvel quando o pilar tive um extremo engastado
e o outro extremo livre.

Ferragem principal

Estribos d = 5mm
P/ cada 20 cm

1,5 cm de cobertura

19
3.2.4. Tenses Admissveis do Solo Compresso e Clculo de Fundaes Diretas

As fundaes tm como objetivo compatibilizar a carga transmitida pela obra e a resistncia


do solo.
As fundaes diretas so assim chamadas por transmitirem a carga diretamente sobre o
solo, e a rea de contcto ento funo da carga e da tenso admissvel do solo.
Geralmente as fundaes diretas so executadas com 40 a 60 cm de profundidade,
dependendo da carga a ser transmitida e do solo, procurando sempre apoia-las em terrenos
firmes.
A tenso admissvel ao solo pode ser estimada pelo processo de percuro e empregando a
seguinte equao:
P N H N + 1
adm = +
SC E 2
Onde:

roldana adm = Tenso Admissvel do Solo (kg/cm2)


P = Peso (kg)
trip S = seo do peso (cm2)
C = coeficiente de segurana (5-10)
N = nmero de quedas (5-10)
P H = altura de queda (cm)
H E = aprofundamento no solo (cm)
vala de fundao
E

Cada amostragem do mtodo consiste em deixar cair, de uma determinada altura, um peso
cilndrico de valor conhecido, por um determinado nmero de vezes, e verificar o
aprofundamento total causado no solo pelas quedas do mesmo.
A determinao deve ser feita na profundidade em que se vai apoiar a sapata, e deve-se
fazer no mnimo 3 amostragens em locais diferentes.

De uma forma geral so encontradas as seguintes tenses admissveis para os solos:


1 - Aterros ou entulhos suficientemente tecalcados e consolidados.......... 0,5 kg/cm2
2 - Aterros de areias sem possibilidade de fuga...................................... 1,0 kg/cm2
3 - Terrenos comuns, bons, como os argilo-arenosos, embora mido..... 2,0 kg/cm2
4 - Terrenos de excepcional qualidade como os argilo-arenosos secos... 3,5 kg/cm2
5 - Rocha viva....................................................................................... 20,0 kg/cm2

Para calculo das cargas da obra pode-se utilizar a tabela apresentada a seguir:

20
Cargas por Unidade de rea e Peso Especfico de Alguns Elementos Construtivos:

Material Cargas Peso Sobrecarga


(kg/m2) (kg/m2) (kg/m2)
Telhado colonial 140 - 60
Telhado T. Francesa 125 - 60
Telhado C. Amianto 90 - 60
Laje Macia ou pr-fabricada de forro 120 - 100
Laje Macia ou pr-fabricada de piso 160 180 - 200 600*
Alvenaria Tijolo Macio - 1.600 -
Alvenaria Tijolo Furado - 1.200 -
Concreto Armado - 2.000 2.400 -
Concreto Ciclpico - 1.800 2.200 -
Revestimento Forro 50 - -
Pavimentos Piso 50 80 - -
Revestimento Parede 25 - -
Para depsito vai at 600 kg/m2, dependendo do material a ser estocado, enquanto para
residncias e escritrio fica em torno de 200 kg/m2.

3.2.4.1. Aplicao
a) Dimensionar as sapatas isoladas de um galpo com cobertura de cimento-amianto, vo de 11
m, beiral de 0,5 m e p direito de 3 m. Os pilares so de 0,20 x.0,20m, em concreto armado,
espaados de 4 m entre si. Considere a tenso admissvel do solo igual a 1,2 kg/cm2.
- rea de telhado sobre o pilar:
(5,5 m + 0,5 m) x 4 m = 24 m2

- Carga e sobrecarga da cobertura:


11m 90 kg/m2 + 60 kg/m2 = 150 kg/m2
(ver tabela anterior)

- Carga sobre o pilar:


150 kg/m2 x 24 m2 = 3.600 kg

0,5m 4m - Peso do prprio pilar:


0,2m x 0,2m x 3m x 2.400kg/m3 = 288kg.
rea de influncia do telhado
sobre 1 pilar = 4 x 6m - Peso prprio estimado da sapata,
considerando-a com altura de 50 cm:
0,5 m . X . X . 2.200 kg/ m3 = 1.100X2 kg

- Carga total sobre o solo:


3.600 kg + 288 kg + 1.100X2 kg
= (3.888 + 1.100X2) kg
3

0,5
0,5

X sapata (seo X2 m2 )

21
P (3.888 + 1.100 X 2 )kg
at = 12.000 kg / m 2 =
A X 2m2

12.000 X2 = 3.888 + 1.100X2 X2 = 0,357 X = 0,60 m

Obs: A verificao de que a altura da sapata est aceitavel empiricamente feita pela frmula:

h = (B b) . 0,50 Onde: B = largura maior da sapata


b = largura menor do pilar

Portanto: H = (0,60 0,20). 0,50 = 0,20 m < 0,50 m OK!

Finalmente, o dimensionamento complementar feito recortando, se econmico for, o


material que estiver fora da linha do ngulo de 60, na forma de escada, por ser de fcil
construo.

b) Dimensionar as sapatas de um galpo com cobertura de telha cermica francesa, vo de 11 m,


beiral de 0,5 m e p direito de 3 m. A estrutura de sustentao da cobertura (engradamento) e
o forro, apoia-se sobre a parede de alvenaria. Considere a tenso admissvel do solo igual a
1,0 kg/cm2.

Obs: No caso de instalaes onde as sapatas so contnuas, fixa-se 1 m de comprimento da


mesma, calcula-se a carga de telhado, forro, da parede e peso prprio da fundao neste
comprimento, e acha-se a largura necessria.
1- Telhado
- rea para 1m de parede
(5,5 m + 0,5 m) x 1 m = 6 m2
- Carga e sobrecarga:
11m 125 kg/m2 + 60 kg/m2 = 185 kg/m2
(ver tabela )
- Peso sobre 1m de parede
185 kg/m2 x 6 m2 = 1.110 kg

2 - Laje do forro
considerando espessura de 6cm.
0,5m - rea para 1m de parede
1m (5,5 m + 0,5 m) x 1 m = 6 m2
- Peso prprio: (tabela)
2.400 kg/m3 x 0,06m = 144 kg/m2
- Carga, sobrecarga e revestimento: (tabela)
(144 + 100 + 25) kg/m2 = 269 kg/m2
- Peso sobre 1m de parede
3 269 kg/m2 x 6 = 1614 kg

3 Alvenaria (tijolos furados)


0,5 considerando 20cm de espessura.
- Peso sobre 1m de parede
X sapata (seo X m2) (1.200 kg/m3 x 0,2m x 1m x 3m) = 720 kg

22
4 Peso prprio da sapata (concreto ciclpico)
(2.200 kg/m3 x 0,5m x 1m x Xm) = 1.100X kg

Peso total sobre o solo:


(1.100 + 1614 + 720 + 1.100X) kg = (3.434 +1.100X) kg

levando-se frmula, chega-se ao valor de X.


P (3.434 + 1.100 X )kg
at = 10.000 kg / m 2 =
A X .m 2

10.000 X = 3.888 + 1.100X X = 0,385m aproximadamente 40 cm.

3.2.5. Problemas Propostos

a) As tesouras de telhado de uma construo transmitem sobre cada pilar, com 3 m de altura, uma
carga da ordem de 11.000 kg. Considerando um extremo engastado e o outro livre, e o
coeficiente de segurana igual a 3, dimensionar o pilar:
1) em alvenaria. adm. Comp. = 8 kg/cm2
2) em madeira rolias. E = 110.000 kg/cm2 e adm. Comp. = 100 kg/cm2
3) em concreto armado, especificando a seo, ferragem e resistncia do concreto.

b) A asna da tesoura de telhado deve suportar um esforo de compresso da ordem de 1.550 kg.
Dimensionar a pea estrutural de forma que uma das dimenses de sua seo seja 7,5 cm.
Considerar a pea simplesmente apoiada nos dois extremos, e coeficiente de segurana 3.
Dados: adm. comp. = 90 kg/cm2; E = 80.000 kg/cm2 e L = 2,10 m.

4. Dimensionamento de Elementos Solicitados ao Esforo Cortante ou Cisalhamento ()

A tenso de cisalhamento ou corte atua paralelamente superfcie considerada, produzindo


unicamente um escorregamento das sees adjacentes, sem que se altere o seu afastamento
mtuo.
Em geral, as tenses no se distribuem uniformemente na seo transversal, mas para
simplificar os clculos, a distribuio uniforme da tenso de cisalhamento normalmente
considerada.
P P
Onde: = ou A nec =
A adm

A resistncia ao corte tem especial importncia nas peas em balano, ligaes de madeira,
rebites, parafusos, pinos, etc.
A madeira, devido as suas caractersticas estruturais, apresenta resistncia ao cisalhamento
diferenciada com relao direo das fibras. Nas tabelas normalmente encontram-se adm paralela
e perpendicular s fibras, ao contrrio dos outros materiais.

23
4.1. Aplicaes
a) Calcular o esforo de trao admissvel na emenda abaixo considerando somente os esforos
de compresso e cisalhamento.
Dados: adm. comp. = 85 kg/cm2; adm. comp. = 9 kg /cm2

P P
A
c b d 4

20 20cm

1) Compresso admissvel na seo a-b:


Zcomp. = A. adm. comp. = 4 cm x 16 cm x 85 kg/cm2 = 5.440 kg

2) Cisalhamento ao longo das fibras em a-c ou b-d:


Zcis = A. adm. par. = 16 cm x 20 cm x 9 kg/cm2 = 2.880 kg.

Portanto, a carga mxima admissvel de 2.880 kg.

b) Calcular o dimetro do pino de ao da figura abaixo, para que a emenda resista 10.000 kg
trao.
adm. = 1.200 kg/cm2.
P P
Seo resistindo ao
cisalhamento = 2 A
Seo A
P = 2 A. adm.
P 10.000 kg
A= = 4, 17 cm2
2. adm 2 x 1.200 kg / cm 2

A = ( d2)/4 d = 2,3 cm

c) Calcular a distncia X no n da tesoura abaixo, para que a linha resista ao esforo cortante
causado pela fora transmitida pela perna da tesoura.

P adm. par. (peroba rosa) = 18,1 kg/cm2


7,5cm
A = X. 7,5
x F = A. adm., ento
P . cos P cos = (X. 7,5 cm) x 18,1 kg/cm 2.
Se, por exemplo, = 15 e
P = 2.100 kg, tem-se:
2.100kg x cos15
x= 15 cm
7,5cm x 18cm

24
5. Dimensionamento de Elementos Flexionados ou vigas

Uma pea solicitada flexo, normalmente chamada de viga, resiste a esforos


primeiramente perpendiculares ao seu comprimento. A resistncia flexo dada pela
combinao simultnea da resistncia compresso e trao.
Existe um plano horizontal separando estes dois tipos de resistncia que chamado
SUPERFCIE NEUTRA. Nesta superfcie no existe nem tenso de trao, nem de compresso.
x
P

R1 R2
x
x
Tenso de compresso
C
A y Eixo ou linha neutra
Cdefe y T
Tenso de trao
X Seo
x
R1

Considere C a resultante de todas as tenses de compresso atuando na parte superior


da seo transversal, e considere T a resultante de todas as tenses de trao atuando na parte
inferior da mesma seo. A soma dos momentos destas tenses chamada de MOMENTO
RESISTENTE. Para que a viga esteja em equilbrio, o momento resistente deve ser igual ao
MOMENTO FLETOR que atua na mesma.

No ponto A: R1 . x = momento fletor


C . y + T. y = momento resistente, e
C . y + T. y = R1 . x

Para qualquer viga o MOMENTO FLETOR MXIMO pode ser determinado em funo
dos esforos externos que atuam na mesma. Para dimensionar uma viga, capaz de suportar estes
esforos, precisa-se selecionar um elemento estrutural com uma seo transversal de FORMA,
REA e MATERIAL, que seja capaz de desenvolver um momento resistente igual ou maior que
o momento fletor mximo, e pode ser equacionado utilizando-se a FRMULA FLETORA, em
que:
M=fxS

Onde: M = momento fletor mximo;


f = tenso admissvel flexo do material; e
S = mdulo da seo. Sendo que:

I
S=
C
Onde: = momento de inrcia da seo; e
C = distncia do eixo neutro extremidade superior ou inferior da viga.

25
Os momentos fletores mximos so tabelados e so funo do vo da viga, localizao e
tipo da carga (concentrada ou uniformemente distribuda) e condio de apoio nos extremos
(contnua, engastada ou articulada).
A nomenclatura e representao das cargas so:
a) carga concentradas b) cargas uniformemente distribudas

P1 P2 P3 w ou W

L1 L2 L3 L

onde: w = carga uniformente distribuda unitria (ex: 100 kg/m),


W = carga uniformente distribuda total ao longo da viga.

5.1. Procedimento no Dimensionamento de Vigas de Madeira

O dimensionamento de Vigas, de uma forma geral, pode ser efetuado na seguinte sequncia:
a) Calcular as cargas que atuam na viga, incluindo o peso prprio, e fazer um esboo mostrando
as foras e suas lacalizaes. Determinar as reaes.
b) Determinar o MOMENTO FLETOR MXIMO e calcular o MDULO DE SEO (S =
M/f). Determinar a seo necessria flexo, tendo em vista que para a madeira , a largura da
seo transversal deve ser 1/3 a 1/2 da altura, para peas retangulares.
c) No caso de madeira, verificar se a seo encontrada atende TENSO CISALHANTE
HORIZONTAL (v), ou seja:
VQ
v=
IS
Onde: = momento de inrcia da seo
b = largura da viga no local onde v calculado,
V = fora vertical cisalhante total na seo considerada
Q = MOMENTO ESTTICO com relao ao eixo neutro ( a rea acima ou abaixo
do eixo neutro multiplicada pela distncia do seu centride at o eixo).
Para uma seo retangular:
h h b h2
Q = b = centride da seo comprimida
2 4 8
b h3
I= , ento h eixo neutro
12
3 V
v= b
2 bh

A tenso cisalhante horizontal (v) dever ser menor que a tenso admissvel cisalhante do
material na direo considerada.
d) Verificar a flecha mxima causada na viga pela ao das cargas. Normalmente, uma flecha de
vo/360 considerada como limite.
e) Quando a seo que satisfaz todos os requisitos anteriores encontrada, o comprimento de
apoio da viga deve ser determinado em funo da tenso de compresso perpendicular ao
comprimento da viga.

26
Diagramas e Frmulas para Algumas Vigas Usuais.
W = Carga uniformemente distribuda total.
P = Carga concentrada.
L = Vo.
V = Esforo cortante.
M = Momento fletor.
D = Flexo mxima.

L/2 L/2 L
w
P

R1 R2 R1 R2

V
M

R1 = R2 = P/2 Vmax = P/2 R1 = R2 = P/2 Vmax = P/2 W = w.L

P.L P.L3 w.L2 W .L 5 W .L3


M mx = D= M mx = = D= x
4 48E.I 8 8 384 E.I

L/3 L/3 L/3 L/4 L/4 L/4 L/4


P P P P P
R1 R2 R1 R2

R 1 = R2 = P Vmax = P R1 = R2 =3P/2 Vmax = 3P/2

P.L 23 P.L3 P.L 19 P.L3


M mx = D= x M mx = D= x
3 648 E.I 2 384 E.I

27
P L w L


R
V R

R=P Vmax = P R=W Vmax = W

P.L3 W .L W .L3
M mx = P.L D= M mx = D=
3 E.I 2 8.E.I

L L L/2 L/2 L/2 L/2

w P P
R1 R2 R3 R1 R2 R3

R1 = R3 = (3/8)W; R2 = (10/8)W; Vmax = (5/8)W R1 = R3 = (5/16)P; R2 = (22/16)P;

W .L W .L3 6 P.L
M mx = D= M mx = Vmax = (11/16)P
8 185.E.I 32

a b R1 = V1 = Pb/L; R2 = V2 = Pa/L
P
R1 R2 P.a.b P.a 2 b 2
M mx = D=
L 3.E.I .L
L

V V1 (no local de aplicao da fora)


V2

28
Aplicaes
a) Uma viga de madeira tem vo de 4,5 m com cargas concentradas de 1.500 kg aplicadas a
cada 1/3 do vo . Existe ainda uma carga uniformemente distribuda de 300 kg/m (incluindo o
peso prprio da viga) sobre todo o vo. A flecha limitada a 1/360 do vo.

Dados: f = 98 kg/cm2 vadm. // = 8 kg/cm2


E = 108.000 kg/cm2 adm. = 20 kg/cm2

1.500 1.500kg

w = 300 kg/m

R1 R2
1,5 1,5 1,5 m

Para resolver o problema, considerar a atuao dos esforos concentrados separadamente


dos uniformemente distribudos e fazer a composio no final de cada caso.

As equaes para determinar as reaes (R), o esforo cortante (v), o momento fletor (M)
e a flecha mxima (D), encontram-se na tabela anterior.

Cargas concentradas:
R1c = R2c = P = 1.500 kg
L/3 L/3 L/3
P P Vmx.c = P = 1.500 kg
R1 R2
P.L 1.500 x 4,5
M mx = 2.250 kg .m
3 3
V
23 P.L3
D= x
648 E.I
M

Cargas Uniformemente Distribudas:


L
W = w.L = 300 kg/m x 4,5m = 1.350 kg w

R1u = R2u = Vmx.u = (W/2) = (1350/2) = 675 kg R1 R2

P.L 1.350 x 4,5


M mx = 759,4 kg .m
3 8

5 W .L3
D= x
384 E.I

29
Determinao da seo inicial da viga:

Mmx = Mmx.c + Mmx.u = 2.250 kg.m + 759,4 kg.m = 3.009,4 kg.m

sendo f = 98 kg/cm2.

M max 300.940 kg .cm


S= = 2
= 3.070,8 cm 3
f 98 kg / cm
bh3
S = ------ = ----- h/2 C LN
C 12 h/2

b.h 3
2
b.h 3 h b.h
S = 12 x Se b = de h, ento:
h 12 2 6
2
2
h .h h3
S= x 3.070,8 cm 3
2 6 12

h = (36.849,6)1/3 h = 33,3 cm 34 cm b = 16,6 cm 17 cm

As vigas de madeira normalmente no apresentam problemas quanto ao cisalhamento


perpendicular pea. No entanto, o deslizamento de fibras, cisalhamento paralelo, freqente e
deve ser verificado. Verificando o Esforo Cortante para uma seo retangular:

3 Vmax 3 1.500kg + 675kg


vigas = x x 5,6 kg / cm 2
2 b.h 2 17cm x 34cm

vigas < adm = 8 kg/cm2 OK!

Verificao da deformao.
A flecha permitida = 1/360 x L = 1/360 x 450 cm = 1,25 cm

Dtotal = Dmx. c + Dmx.u

23 P.L3 5 W .L3
Dtotal = x + x Sendo: E = 108.000 kg/cm2
648 E.I 384 E.I
L = 450 cm
W = 1.350 kg
bh3 17 x 343 P = 1.500 kg
= ---- = ---------- = 55.681 cm4
12 12

23 1.500 x 450 3 5 1.350 x 450 3 1.350.L3


Dtotal = x + x
648 108.000 x 55.681 384 108.000 x 55.681 E.I
D total = 0,8 + 0,3 = 1,1 cm < 1,25 cm OK!

30
Caso a flecha calculada fosse maior que a flecha permitida, uma nova seo deveria ser
achada em funo da flecha mxima permitida.

23 P.L3 5 W .L3 23.P 5.W L3


Dtotal = x + x + x
648 E.I 384 E.I 648 384 E.I

L3 23.P 5.W b.h 3


ou I = + e I=
E x Dtotal 648 384 12

Comprimento mnimo de apoio da viga:

17 cm Cada lado da viga deve resistir ao


esmagamento, uma carga igual reao de
apoio do referido lado.

R1 = R1c + R1u = 1.500 kg + 675 kg = 2.175 kg

2.175 kg 2.175
adm. comp. = 20 kg/cm2 = e= 6,4 cm
17 cm x e 17 x 20

Caso o apoio da viga seja de material menos resistente que a madeira o comprimento
mnimo passa a ser calculado em funo da tenso admissvel do mesmo.

b) Dimensionar as vigas de seo circular de uma ponte de madeira, cujo assoalho constitudo
de madeira rolia e terra e possui 3 m de largura. As vigas (duas de cada lado), devero ser
espaadas de forma que as rodas passaro sobre as mesmas. O peso mximo permitido aos
veculos ser de 10.000 kg, vo de 8 m e a flecha no problema.

Dados: Peso Especfico da madeira = 850 kg/m3;


Peso Especfico da terra = 1.800 kg/m3;
fmadeira = 70 kg/cm2;
adm. com. = 18 kg/cm2;
vadm.// = 7 kg/cm2;

31
1) Considerando 4 vigas: pior situao para esforo cortante
pior situao para
Vmx. c = (2.500 kg) / 2 = 1,250 kg momento fletor
P = (10.000/4) kg
P.L 2.500kg x 8m
M mx.C . = 5.000 kg .m
4 4

Porm, como a carga mvel, Vmx. c = 2.500 kg, prximo aos apoios.

W = (8m . 3m . 0,5m . 1800 kg/m3) / 4 = 5.400 kg

W .L 5.400kg x 8m
M mx.U . = 5.400 kg.m
8 4

Vmx. u = W/2 = (5.400/2) = 2.700 kg

2) Mmx = Mmx. c + Mmx. u = 5.000 kg. m + 5.400 kg. m = 10.400 kg. m

Sendo f = 70 kg/cm2, fazendo o dimensionamento, inicialmente, sem considerar o peso prprio


da viga:
M 10.400 kg.cm
S = max = = 14.857 cm 3
f 70 kg / cm 2
y r4
S = -------- e = --------
C=r C 4
x
( r4)/4 r3
S = ------------ = -----------
r 4
r 3
3
S = 14.857 cm = -------- r = 3 x 18.916,5
4
r = (18.916,5)1/3 = 26,6 cm 27 cm d = 54 cm

Considerando o peso prprio de cada viga:

8 m x x (0,27 m)2 x 850 kg/m3 = 1.557 kg

Como esta carga uniformemente distribuda, ento:

W = 5.400 kg + 1.557 kg = 6.957 kg

W .L 6.957 kg x 8m
M mx.U . . = 6.957 kg.m
8 8

Vmx. u = W/2 = (6.957 / 2) = 3.478,5 kg

32
Completando os clculos,
Mmx. = Mmx. c + Mmax.u = 5.000 kg. m + 6.957 kg. m = 11.957 kg. M

M max 11.957 kg.cm


S= = 2
= 17.081 cm 3
f 70 kg / cm

r3
S = -------- = 17.081 cm3 r = (21.748,2)1/3
4
r = 27,9 cm 28 cm d = 56 cm

3) Verificao da resistncia ao cisalhamento horizontal.

Para uma seo circular: centride


V .Q
viaas = C=r y = 4r/3
I .b

.r 2 4.r 2
Q= x x r 3 (rea superior x y )
2 3. 3

2
Vmax x x r3
3 2 3 4 1 4 V
viaas = Vmax x r x .x . x max2
.r 4
3 .r 4 2.r
4
3 .r
x 2.r .
4

Vmx = Vmx. c + Vmx. u = 2.500 kg + 3.478,5 kg = 5.978,5 kg

4 5.978,5kg
viaas = x 3,24 kg / cm 2 < adm = 7 kg/cm2 OK!
.(28cm )
2
3

4) Flecha no problema.

5) Comprimento mnimo de apoio da viga.


Considerando uma seo de apoio com largura igual ao raio:

28cm

R1 = R1c + R1u = 2500 + 3478,5 = 5978,5 kg

5.978,5 kg 5.978,5
adm. comp. = 18 kg/cm2 = e= 11,9 cm
28 cm x e 28 x 18

33
5. 2. Procedimento no Dimensionamento de Vigas de Perfis Metlicos

Para a soluo de problemas deste tipo, segue-se o procedimento do item 5.1, porm, dois
aspectos devem ser observados:
- a tenso cisalhante crtica, a ser verificada, a transversal pea; e
- normalmente trabalha-se com tabelas onde as propriedades das sees comerciais so pr-
calculadas, o que simplifica nossos clculos. Uma destas tabelas apresentada a seguir:

Tabela de Propriedade para Clculos do Perfil Metlico H. t


Ex: W 310 x 143
W = simbologia para perfil de aba larga;
310 = altura da viga em mm; e d t
143 = massa em kg/ml.
b
Designao rea h b t t Plano Neutro (x x) Plano Neutro (y y)
(mm2) (mm) (mm) (mm) (mm) I S r I S r
(106mm4) (103mm3) (mm) (106 mm4) (103mm3) (mm)
W310 x 143.0 18200 323 309 22.9 14.0 347.0 2150 138.2 112.40 728.0 78.5
107.0 13600 311 306 17.0 10.9 248.0 1595 134.9 81.20 531.0 77.2
74.0 9480 310 205 16.3 9.4 164.0 1058 131.6 23.40 228.0 49.2
60.0 7610 303 203 13.1 7.5 129.0 851 130.3 18.36 180.9 49.0
44.5 5670 313 166 11.2 6.6 99.1 633 132.3 8.45 101.8 38.6
38.7 4940 310 165 9.7 5.8 84.9 548 131.3 7.20 87.3 38.4
32.7 4180 313 102 10.8 6.6 64.9 415 124.7 1.94 38.0 21.5
23.8 3040 305 101 6.7 5.6 42.9 281 118.6 1.17 23.2 19.6
W250 x 167.0 21200 289 265 31.8 19.2 298.0 2060 118.4 98.20 741.0 68.1
101.0 12900 264 257 19.6 11.9 164.0 1242 112.8 55.80 434.0 65.8
80.0 10200 256 255 15.6 9.4 126.1 985 111.0 42.80 336.0 65.0
67.0 8580 257 204 15.7 8.9 103.2 803 110.0 22.20 218.0 51.1
58.0 7420 252 203 13.5 8.0 87.0 690 108.5 18.73 184.5 50.3
44.8 5700 266 148 13.0 7.6 70.8 532 111.3 6.95 93.9 34.8
32.7 4190 258 146 9.1 6.1 49.1 381 108.5 4.75 65.1 33.8
28.4 3630 260 102 10.0 6.4 40.1 308 105.2 1.80 35.2 22.2
22.3 2850 254 102 6.9 5.8 28.7 226 100.3 1.20 23.6 20.6
W200 x 86.0 11000 222 209 20.6 13.0 94.9 855 92.7 31.30 300.0 53.3
71.0 9100 216 206 17.4 10.2 76.6 709 91.7 25.30 240.0 52.8
59.0 7550 210 205 14.2 9.1 60.8 579 89.7 20.40 199.0 51.8
52.0 6650 206 204 12.6 7.9 52.9 514 89.2 17.73 173.8 51.6
46.1 5890 203 203 11.0 7.2 45.8 451 88.1 15.44 152.1 51.3
41.7 5320 205 166 11.8 7.2 40.8 398 87.6 9.03 108.8 41.1
35.9 4570 201 165 10.2 6.2 34.5 343 86.9 7.62 92.4 40.9
31.3 3970 210 134 10.2 6.4 31.3 298 88.6 4.07 60.7 32.0
26.6 3390 207 133 8.4 5.8 25.8 249 87.1 3.32 49.9 31.2
22.5 2860 206 102 8.0 6.2 20.0 194 83.6 1.49 27.8 22.3
19.3 2480 203 102 6.5 5.8 16.5 162 81.5 1.14 22.3 21.4
W150 x 37.1 4740 162 154 11.6 8.1 22.2 274 68.6 7.12 92.5 38.6
29.8 3790 157 153 9.3 6.6 17.2 219 67.6 5.54 72.4 38.1
24.0 3060 160 102 10.3 6.6 13.4 67 66.0 1.84 36.2 24.6
18.0 2290 153 102 7.1 5.8 9.2 120 63.2 1.25 24.4 23.3
3.5 1730 150 100 5.1 4.3 6.8 91 62.7 0.92 18.3 23.0
W130 x 28.1 3590 131 128 10.9 6.9 10.9 67 55.1 3.80 59.4 32.5
23.8 3040 127 127 9.1 6.1 8.9 140 54.1 3.13 49.3 32.3
W100 x 19.3 2470 106 103 8.8 7.1 4.7 89 43.7 1.61 31.2 25.4

34
5.2.1. Aplicao

a) Se as vigas do problema anterior fossem de perfil metlico H, quais seriam suas especificaes?
Considerando: farco = 12,50 kg/mm2 e vadm = 7,60 kg/mm2

Determinando a seo:

M max (5.000 + 5.400) kg .m


S= = = 832.000 cm 3
f 12,5 kg / mm 2

Indo tabela das sees do perfil H, pode-se utilizar:

W 310 x 60; W 250 x 80 ou W 200 x 86

Considerando o perfil metlico mais pesado para calcular o peso prprio, tem-se:

86 kg/m x 8 m = 688 kg

Recalculando,

W = 5.400 kg + 688 kg = 6.088 kg

W .L 6.088kg x 8m
M mx.U . = 6.088 kg.m W
8 8

M max (5.000 + 6.088) kg.m


S= = 2
= 887.040 cm 3
f 12,5 kg / mm

Agora, W 310 x 74 0u W 250 x 80 atendem. Escolher a mais econmica.


16,3
Ex: W 310 x 74
W = simbologia para perfil de aba larga;
310 = altura da viga em mm; e 310 9,4
74 = massa em kg/ml.
Obs = dimenses em mm. 205

Verificando o cisalhamento;
Para o perfil metlico, a resistncia ao cisalhamento mais importante aquela que considera
o corte transversal da pea, que dado pela seguinte frmula:

Vmax 2500kg + 3.044kg


tv = 2,05 kg / cm 2 < 7,6 kg/mm2 OK!
d x t' 310mm x 9,4mm

OBS: Neste caso, a seo crtica d x t

35
5.3. Problemas Propostos

a) Dimensionar as vigas do assoalho suspenso de um depsito de milho que tem 4 x 4m e dever


ser cheio at a altura de 3 m. As vigas devero ser espaadas a cada 0,8m, simplesmente apoiadas
e devero ter seo retangular com b = h. Flecha no problema.
Dados: f = 95 kg/cm2; adm. comp. = 16 kg/cm2; vadm // = 8 kg/cm2; Peso Especfico do milho = 850
kg/m3;
Peso Especfico da madeira = 900 kg/m3
Resp.: 20 x 40 cm para atender flexo e cisalhamento, e apoio mnimo de 13,2 cm.

b) No final das linhas de transmisso de eletricidade normalmente fixado um poste menor, como
mostra a figura abaixo, o qual deve apresentar resistncia flexo. Determinar o dimetro do
poste se o esforo de trao no cabo que o conecta ao ltimo poste da rede de 1.500 kg.
Considere os dados da madeira do problema anterior. A flecha limitada a 2 cm (E = 110.000
kg/cm2).
Resp.: d = 37 cm atende flexo, cisalhamento horizontal e flecha.

6. Estrutura de Telhado

Os telhados so constitudos de cobertura e de estrutura de sustentao. As coberturas, em


geral podem ser de barro tipo colonial ou francesa, de cimento-amianto, de alumnio, de
compensado tipo madeirite e de ferro galvanizado. As estruturas de sustentao do telhado
normalmente so de madeira, concreto armado ou metlicas.
Os telhados so constitudos por uma ou mais superfcies que podem ser plantas, curvas ou
mistas. As superfcies planas so as mais comuns. Essas superfcies so denominadas guas e
conforme o seu nmero, tem-se telhado de uma, duas, trs, quatro ou mais guas. Abaixo
observa-se um telhado com seis guas.

As inclinaes dos telhados so funo do tipo de telha, do comprimento do canal e da


espessura de sobreposio das mesmas. As inclinaes dos telhados podem ser expressas em
ngulo, percentagem e ponto. Um telhado com ponto 1:5, tem a altura do pendural
correspondente a um quinto do vo, uma inclinao que corresponde a 40% e possui ngulo
aproximado de 21o30.

40% 1/5 do vo

21o30

As inclinaes mnimas e mximas para cada tipo de cobertura e a correspondncia entre


ponto, percentagem e ngulo so apresentadas a seguir:

36
Inclinao mnima e mxima para as coberturas mais comuns

Tipos de telha Inclinao


Mnima Mxima
Cermica francesa 26o 50% 60o
Cermica colonial 15o 28% 45o
Ferro galvanizado 10o 18% 90o
Cimento-amianto 10o 18% 90o
Alumnio 10o 18% 90o
Compensado madeirite 10o 18% 90o
Tipo calha 3o 6% 90o

Relao entre inclinao em percentagem e ngulo

As telhas de barro apoiam-se sobre as ripas, e estas sobre os caibros, e estes sobre as teras
(trama). As teras apoiam-se sobre as tesouras de telhado que encarregam-se de transmitir a carga
permanente mais a acidental sobre os pilares ou paredes. As telhas leves, tipo cimento-amianto,
apoiam-se no sentido do seu comprimento sobre as teras, e estas sobre a tesoura (trelia) de
telhado.
As ripas, os caibros e as teras so solicitados flexo e so dimensionados como vigas. As
tesouras de telhados so sistemas estruturais (trelias) construdos de forma que todos os
elementos sejam solicitados compresso ou trao, com o objetivo de venceram maiores vos
com menor gasto de material estrutural.

37
Nas figuras abaixo pode-se observar uma tesoura simples (tipo 1), uma tesoura normal (tipo
2) e uma tesoura complexa (tipo 3) que pode vencer vo de at 25m, mesmo em madera. A
nomenclatura das partes componentes da tesoura de telhado tambm mostrada nesta ltima
figura.

As tesouras de telhado podem ser dimensionadas por meio de clculos estticos ou por
mtodos grficos. O dimensionamento grfico de uma tesoura pelo Mtodo de Cremona ser
apresentado a seguir:
Consideraes:
- Telhado com cobertura de cimento-amianto
- Vo da tesoura = 14m
- Distncia entre tesouras = 4,0m
- Distncia entre teras = 1,69m
- Inclinao do telhado = 15o

Clculo das cargas sobre cada n:


Considera-se a rea de influncia da cobertura sobre uma das teras:
4,00m x 1,69 m = 6,76 m2

Peso da cobertura e acessrio 21 kg/m2


Peso prprio da tera (estimado) 17 kg/m2
Ao do vento (segundo NB 5) 18 kg/m2

Carga por n = 6,76 m2 x (21 + 17 + 18) kg/m2 = 378,6 kg

Esquema da estrutura e cargas atuantes:

38
Determinao dos Esforos:
Por se tratar de cargas em posies simtricas, tem-se:

RA = RB = (380 x 8) / 2 = 1.520 kg

Ser aplicado o mtodo de Cremona, para a determinao dos esforos nas barras do
sistema.

Convenes:

I A anlise em equilbrio em cada n sucessivo feita da esquerda para a direita (sentido


horrio), procurando-se aquele n onde concorrem no mais do que trs barras, ou que pelo
menos sejam desconhecidos apenas os esforos em duas barras. Isto, para que no haja a
necessidade de recorrer a equaes auxiliares, a fim de levantar sua indeterminao esttica, pois
sabido que uma fora s pode ser decomposta em duas nicas direes no concorrentes.

II Em cada n a composio de foras (as externas e os esforos em cada barra) feita tambm
no sentido horrio.

III As foras em equilbrio em cada n tm seu sentido indicado por flechas no polgono de
foras, as quais so transladadas no n do esquema da estrutura, adotando-se a seguinte
conveno: na barra correspondente, se a flecha se dirige para o n de cada extremidade,
considera-se a barra em compresso, e, em trao no caso contrrio.

IV Passando-se anlise ao n seguinte ao estudado, inverte-se o sentido da flecha na barra que


se dirige a este n, indicando-a com dupla flecha.

Isto posto, procede-se pesquisa dos esforos da seguinte maneira:

A Compe-se em escala grfica o polgono de foras (as externas e esforos nas barras) que
concorrem no n do apoio esquerdo (parte direita do diagrama de fora): tem-se ento a reao
RA, a fora PO = 380/2 kg, o esforo na barra 1, segundo a direo que ocupa na tesoura e o
esforo na barra 2 da mesma forma. V-se pois, que o polgono de foras RA-PO12 est em
equilbrio, por estar fechado, isto , a extremidade do esforo na barra 2 coincide com a origem
da fora que representa a reao de apoio, e o sentido indicado pelas flechas contnuo em uma
nica direo.

B Translada-se o n seguinte, que C, invertendo, conforme a regra, o sentido do esforo na


barra de conexo a este n, que a barra 1, indicando esta inverso com a flecha dupla no
polgono de foras. As foras e esforos so percorridos na sequncia 1P14-3 e a grandeza e
direo das foras externas e internas dada pelo polgono de foras.

C Ao procurar-se o prximo n, verifica-se que no ser possvel de imediato analisar o n E,


visto que nele concorrem mais de trs barras e s conhecido o esforo na barra de transio 4.

D Passa-se ento ao n inferior D que, embora seja constitudo de quatro barras concorrentes,
j tem determinados os esforos em duas delas, ou seja, barras 2 e 3. Na sequncia 3562, tem-
se um polgono de foras fechado, assim, pode-se determinar o sentido das foras, transportando-
se as flechas ao n.

39
E Passa-se agora, por meio da barra de transio 4, ao n E, obtendo-se novamente um
polgono de foras fechado, na sequncia 4-P2-8-7-5, onde j so conhecidos os esforos nas
barras 4 e 5. As flechas do polgono so da mesma forma transportadas estrutura, junto s
extremidades das barras que concorrem no n considerado.

Prosseguindo na sucessiva transposio de n a n, da forma antes descrita, chega-se a


determinao de todos os esforos nas barras, que sero resumidos a seguir, com seus respectivos
sinais.

Dada a simetria das cargas e da estrutura, o polgono de foras apresenta perfeita simetria
segundo o eixo de esforo da barra 2-6-10-10-6-2, pelo que as foras direita do meio so
representadas em linhas interrompidas.

Diagrama de Foras (Cremona)

Quadro dos esforos nas barras

Barra Esforo (kg) Barra Esforo (kg)


1 - 5.100 kg 8 - 3.680 kg
2 + 4.900 kg 9 + 385 kg
3 - 685 kg 10 + 3.550 kg
4 - 4.440 kg 11 - 930 kg
5 + 185 kg 12 - 2.920 kg
6 + 4.270 kg 13 + 1.145 kg
7 - 815 kg

40
De acordo com os esforos feitos por cada pea que concorre um determinado n,
procede-se ao desenho e dimensionamento do mesmo. A ttulo de exemplo, apresentamos a
seguir uma esquema de uma tesoura de telhado tipo 3, convencional, e os detalhes dos
respectivos ns para os vos at 15m, e trs tabelas para dimensionamento de estrutura de
madeira para telhado com cobertura de barro e com coberturas leves tipo cimento-amianto. As
tabelas devero ser empregadas para telhados com inclinao igual ou superior ao ngulo
especificado das mesmas. A madeira a ser utilizada dever ter caractersticas iguais ou superiores
quelas mencionadas nas tabelas.

41
42
Engradamento para coberturas de barro

Inclinao do telhado 21,8o


Distncia entre tesouras 3,5m
Distncia entre caibros 0,5m
Madeiras adm. Comp. 70 kg/cm2
adm. tr. 70 kg/cm2
admr. // 20 kg/cm2

Vo at (m) 5 7 9 11 13 15
Tesoura tipo 2 2 2 3 3 4
No de teras 5 5 5 7 7 9
Caibros 3,8 x 7,5 7,5 x 7,5 7,5 x 7,5 7,5 x 7,5 7,5 x 7,5 7,5 x 7,5
Teras 7,5 x 15 7,5 x 23 7,5 x 23 7,5 x 23 7,5 x 23 7,5 x 23
Perna 7,5 x 7,5 7,5 x 15 7,5 x 23 7,5 x 23 7,5 x 23 7,5 x 23
Asna 7,5 x 7,5 7,5 x 7,5 7,5 x 10 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5 7,5 x 15
Escora 1 - - - 7,5 x 7,5 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5
Escora 2 - - - - - 7,5 x 7,5
Pendural 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5 7,5 x 15
Tirante 1 - - - 2,2 x 7,5 2,2 x 7,5 2,2 x 7,5
Tirante 2 - - - - - 2,2 x 7,5
Linha 7,5 x 11,5 7,5 x 15 7,5 x 15 7,5 x 18 7,5 x 23 7,5 x 23

Obs: A tabela adaptada do livro Tesouras de Telhado de autoria de J. C. REGO


MONTEIRO. As sees das peas, em cm, esto dimensionadas considerando os
enfraquecimentos dos encaixes.

43
Engradamento para coberturas leves de cimento-amianto

Inclinao do telhado 15o


Distncia entre tesouras 4,0m
Distncia entre frechal e tera 1,23 m
Distncia entre tera e tera 1,63m
Madeiras adm. Comp. 70 kg/cm2
adm. tr. 70 kg/cm2
admr. // 20 kg/cm2

Vo at (m) 5 7 9 11 13 15
Tesoura tipo 1 2 2 3 4 4
No de teras 6 8 8 10 12 12
Teras 7,5 x 15 7,5 x 15 7,5 x 15 7,5 x 15 7,5 x 15 7,5 x 15
Perna 7,5 x 7,5 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5 7,5 x 15 7,5 x 15
Asna 5,0 x 6,0 3,8 x 7,5 7,5 x 7,5 5,0 x 7,0 7,5 x 7,5 7,5 x 7,5
Escora 1 - 5,0 x 7,0 5,0 x 7,0 7,5 x 7,5 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5
Escora 2 - - - 5,0 x 7,0 7,5 x 7,5 7,5 x 7,5
Escora 3 - - - - 5,0 x 7,0 5,0 x 7,0
Pendural 7,5 x 10 7,5 x 10 7,5 x 10 7,5 x 10 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5
Tirante 1 - 1,2 x 5,0 1,2 x 5,0 2,5 x 7,5 2,5 x 7,5 2,5 x 7,5
Tirante 2 - - - 1,2 x 5,0 2,5 x 7,5 2,5 x 7,5
Tirante 3 - - - - 1,2 x 5,0 1,2 x 5,0
Linha 7,5 x 7,5 7,5 x 11,5 7,5 x 11,5 7,5 x 15 7,5 x 23 7,5 x 23
Obs: A tabela adaptada do livro Tesouras de Telhado de autoria de J. C. REGO
MONTEIRO. As sees das peas, em cm, esto dimensionadas considerando os
enfraquecimentos dos encaixes.

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LISTA DE EXERCCIOS

1) Uma barra prismtica com rea da seo transversal de 6,25 cm2 e comprimento de 3,6 m, est
submetida a trao axial. Sabendo-se que seu alongamento foi de 2,61mm para uma fora
correspondente de 95 kN, pede-se o mdulo de elasticidade do material.

2) Os trilhos de uma estrada de ferro foram assentados com uma folga de 2 mm entre as suas
extremidades para temperatura de 16 oC. O comprimento de cada trilho 12 m, confeccionados
em ao com mdulo de elasticidade de 210 GPa e coeficiente de dilatao linear igual a 1,2.10-5
o -1
C . Determinar:
a) a folga entre os trilhos quando a temperatura 0 oC;
b) em que temperatura essa folga se anula; e
c) a tenso de compresso nos trilhos, quando a temperatura de 35oC, desprezando a
possibilidade de flambagem.

3) Os dados da tabela seguinte foram obtidos no ensaio de trao simples, com um corpo de
prova de seo uniforme com dimetro de 12,675 mm. Rompido o corpo de prova, mediu-se o
dimetro da seo de ruptura e obteve-se 13,75 mm. O comprimento de referncia, de 5 cm
aumentou para 6,875 cm. Apartir dos dados obtidos, determinar o limite de proporcionalidade do
material, o mdulo de elasticidade do material, a variao percentual do comprimento, da rea e
do volume e o limite de ruptura. Comentar sobre os resultados obtidos.

Carga axial Alongamento em 50 mm Carga axial Alongamento em 50 mm


(N) (mm) (N) (mm)
0 0 34750 0,300
6250 0,010 34750 0,400
9250 0,015 34500 0,500
12000 0,020 34750 0,600
15250 0,025 35000 1,250
18200 0,030 38750 2,500
21250 0,035 46750 5,000
24250 0,040 49500 7,500
27250 0,045 50500 10,000
30250 0,050 50500 12,500
33500 0,055 49500 15,000
36250 0,060 47500 17,500
34500 0,100 44500 18,750
34750 0,200

4) Uma barra de alumnio de seo circular de 0,15 m de comprimento, com dimetro de 50 mm,
est sujeita fora de compresso de 50 kN. Determinar:
a) a tenso atuante;
b) a reduo do comprimento da pea;
c) a variao do volume da pea.
Admitir: E = 80 GPa, relao deformao longitudinal por deformao transversal igual a 4
e coeficiente de segurana igual a 2. Desprezar a flambagem.

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5 Dimensionar uma pea de uma trelia, sem enfraquecimentos, em madeira e em ao, sujeita a
um esforo de trao de 1750 kg.
Dados: Tenso admissvel trao da madeira igual a 170 kg/cm2.
Tenso admissvel trao para o ao igual a 1250 kg/cm2.

6) Resolver novamente o exerccio anterior, considerando que a pea possui enfraquecimento de


qualquer natureza.

7) Calcular o mximo esforo de compresso que a pea de madeira (Eucalipto Citriodora)


suporta, sabendo que a seo da pea de 6 x 12 cm2, e seu comprimento de 2 m.

8) Um pilar de 3 m de comprimento, com um extremo engastado e o outro livre, est sujeito a


uma carga de 7500 kg. Dimensionar o pilar considerando:
a) em madeira com seo rolia;
b) em madeira com seo quadrada;
c) em concreto armado, especificando a seo, ferragem e resistncia do concreto.
d) em ao com seo circular oca.

9) Dimensionar a fundao para suportar a carga advinda do pilar do exerccio anterior. Fazer as
consideraes que achar necessrio.

10) Dimensionar as vigas abaixo utilizando a madeira como material de construo.


a)
250 kg/m

3m

b) 400 kg
250 kg/m

3m

400 kg
c)

3m

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