Apostila Transporte Emergencia

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APRESENTAO

A Escola Pblica de Trnsito do DETRAN-RJ est voltada ao exerccio da cidadania no


trnsito, priorizando as aes de responsabilidade social que permitam a incluso social e a reduo
da desigualdade mediante a capacitao da populao com mais necessidades de cursos e projetos
educativos.
Visando formao e qualificao de condutores habilitados, a Escola Pblica de Trnsito
habilita e capacita os condutores, de modo a desenvolver neles valores essenciais para auxiliar na
transformao e na preservao de um trnsito mais seguro e com menos riscos de acidentes.
Na busca por formar condutores conscientes e responsveis, os condutores habilitados ou em
processo de habilitao recebem, da Escola Pblica de Trnsito, conhecimentos indispensveis ao
dia a dia no trnsito. So ofertados nos cursos: aprendizado da legislao de trnsito vigente,
direo defensiva, primeiros socorros, cidadania (deveres e direitos), preservao do meio
ambiente, dentre outros.
Uma vez que exista um projeto como este, que atravs da educao visa a uma melhora no
trnsito por meio de uma mudana positiva nas atitudes dos condutores, podemos esperar um
trnsito mais seguro, com condutores mais educados e pacientes.
certo de que a educao no trnsito pode salvar muitas vidas. Educar-se faz toda a
diferena, para voc e para o prximo.

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NDICE

Legislao de Trnsito 3
Legislao Especfica para Veculos de Emergncia 18
Exerccios de Legislao de Trnsito 21
Direo Defensiva 22
Exerccios de Direo Defensiva 33
Relacionamento Interpessoal 35
Exerccios de Relacionamento Interpessoal 47
Noes de Primeiros Socorros 49
Exerccios (parte 1) de Noes de Primeiros Socorros 54
Exerccios (parte 2) de Noes de Primeiros Socorros 61
Exerccios (parte 3) de Noes de Primeiros Socorros 67
Fatores de Risco para acidentes de trnsito 68
Exerccios de Fatores de Risco para acidentes de trnsito 71
Respeito ao Meio Ambiente 72
Exerccios de Respeito ao Meio Ambiente 76
Convvio Social 77
Exerccios de Convvio Social 85
Gabarito dos exerccios e bibliografia 86

2
LEGISLAO DE TRNSITO

1 REGULAMENTAO DO TRNSITO BRASILEIRO

O trnsito brasileiro regulamentado pela Lei 9.503/97 Cdigo de Trnsito Brasileiro


CTB, e pelas Resolues complementares. Alm do CTB e das Resolues, os Estados
complementam a legislao por meio de Portarias e Decretos. Os rgos de trnsito municipais
tambm tm autonomia para normatizar detalhes do trnsito, que no so os mesmos em todas
as cidades, exigindo ateno por parte dos condutores.

2 CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO (CTB)

O Cdigo define atribuies das diversas autoridades e rgos ligados ao trnsito,


fornece diretrizes para a Engenharia de Trfego e estabelece normas de conduta, infraes e
penalidades para diversos usurios deste complexo sistema.
CTB Art. 1: O trnsito de qualquer natureza nas vias terrestres do territrio nacional,
abertas a circulao, rege-se por este Cdigo.
2- O trnsito, em condies seguras, um direito de todos e dever dos rgos e entidades
competentes do Sistema Nacional de Trnsito, a estes cabendo, no mbito das respectivas
competncias, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.
Art. 5 Sistema Nacional de Trnsito (SNT) um conjunto de rgos e entidades que tem por
finalidade o exerccio das atividades de planejamento, administrao, normatizao, pesquisa,
registro e licenciamento de veculos, formao, habilitao e reciclagem de condutores,
educao, engenharia, operao do sistema virio, policiamento, fiscalizao, julgamento de
infraes e de recursos e aplicao das penalidades.

De acordo com o Art. 1, os rgos e entidades


componentes do SNT respondem, no mbito das
respectivas competncias, objetivamente, por danos
causados aos cidados em virtude de ao, omisso ou
erro na execuo e manuteno de programas, projetos
e servios que garantam o exerccio do direito do
trnsito seguro.

3 SENTIDO AMPLO DA PALAVRA LEI

No seu sentido mais amplo, o termo lei significa sempre ordenao atravs de
regularidades. Todo condutor tem a obrigao de conhecer as leis de trnsito, o dever social de
cumpri-las, e estar sujeito a multas e penalidades toda vez que transgredi-las.

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4 CATEGORIA DE HABILITAO E RELAO COM VECULOS CONDUZIDOS

Todo condutor deve possuir um documento de habilitao, denominado Carteira


Nacional de Habilitao (CNH). O art. 143 estabelece que os candidatos CNH podem
habilitar-se nas categorias de A a E:

5 DOCUMENTAO EXIGIDA PARA O CONDUTOR E O VECULO

Os condutores de veculos de transporte coletivo de passageiros devem obrigatoriamente


portar o original:
Da CNH (devendo estar habilitados nas Categorias D ou E).
Do Certificado de Registro e Licenciamento de Veculo CRLV.
A Resoluo do Contran n 205, de 10 de novembro de 2006, estabelece os documentos
de porte obrigatrio e tambm determina que esses documentos devem ser originais. De acordo
com o artigo 133 do CTB, o porte do CRLV ser dispensado quando, no momento da
fiscalizao, for possvel ter acesso ao devido sistema informatizado para verificar se o veculo
est licenciado.
Os condutores de veculos de transporte de veculos de emergncia tambm devem
portar o comprovante de realizao do Curso Especializado para Condutores de Veculos de
Emergncia, dando a ele a condio.
O porte desse documento obrigatrio at que essa informao seja includa no
Registro Nacional de Carteira de Habilitao (RENACH).
O RENACH um banco de dados nacional que registra toda a vida do condutor de
veculo. O condutor deve portar o certificado apenas at emitir uma nova CNH, onde
conste que ele est habilitado para esse transporte.

4
Art. 2o. Sempre que for obrigatria a aprovao em curso especializado, o condutor
dever portar sua comprovao at que essa informao seja registrada no RENACH e includa,
em campo especfico da CNH, nos termos do 4o do Art. 33 da Resoluo do CONTRAN n
168/2005.

5.1- CTB
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E devero submeter-se a exames
toxicolgicos para a habilitao e renovao da Carteira Nacional de Habilitao. (Includo pela
Lei n 13.103, de 2015) (Vigncia)

1o O exame de que trata este artigo buscar aferir o consumo de substncias psicoativas
que, comprovadamente, comprometam a capacidade de direo e dever ter janela de deteco
mnima de 90 (noventa) dias, nos termos das normas do Contran. (Includo pela Lei n 13.103,
de 2015) (Vigncia)

2o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira Nacional de Habilitao com


validade de 5 (cinco) anos devero fazer o exame previsto no 1o no prazo de 2 (dois) anos e 6
(seis) meses a contar da realizao do disposto no caput. (Includo pela Lei n 13.103, de 2015)
(Vigncia)

3o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira Nacional de Habilitao com


validade de 3 (trs) anos devero fazer o exame previsto no 1o no prazo de 1 (um) ano e 6
(seis) meses a contar da realizao do disposto no caput. (Includo pela Lei n 13.103, de 2015)
(Vigncia)

4o garantido o direito de contraprova e de recurso administrativo no caso de resultado


positivo para o exame de que trata o caput, nos termos das normas do Contran. (Includo pela
Lei n 13.103, de 2015) (Vigncia)

5o A reprovao no exame previsto neste artigo ter como consequncia a suspenso do


direito de dirigir pelo perodo de 3 (trs) meses, condicionado o levantamento da suspenso ao
resultado negativo em novo exame, e vedada a aplicao de outras penalidades, ainda que
acessrias. (Includo pela Lei n 13.103, de 2015) (Vigncia)

6o O resultado do exame somente ser divulgado para o interessado e no poder ser


utilizado para fins estranhos ao disposto neste artigo ou no 6o do art. 168 da Consolidao das
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. (Includo
pela Lei n 13.103, de 2015) (Vigncia)

7o O exame ser realizado, em regime de livre concorrncia, pelos laboratrios


credenciados pelo Departamento Nacional de Trnsito - DENATRAN, nos termos das normas
do Contran, vedado aos entes pblicos: (Includo pela Lei n 13.103, de 2015) (Vigncia)
I - fixar preos para os exames; (Includo pela Lei n 13.103, de 2015) (Vigncia)
II - limitar o nmero de empresas ou o nmero de locais em que a atividade pode ser
exercida; e (Includo pela Lei n 13.103, de 2015) (Vigncia)
III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (Includo pela Lei n 13.103, de 2015)

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6 SINALIZAO DE TRNSITO E SINALIZAO VIRIA

A sinalizao necessria para orientar os pedestres e os condutores na forma correta de


circulao, garantindo maior fluidez no trnsito e maior segurana para veculos e pedestres.
O CTB disponibiliza um captulo em seu contedo regulamentando e classificando a
sinalizao de trnsito.
O captulo VII, do CTB, em seu Art. 87 apresenta a seguinte classificao para os sinais
de trnsito: verticais, horizontais, dispositivos de sinalizao auxiliar, luminosos, sonoros,
gestos do agente de trnsito e do condutor.
O cdigo ainda estabelece a ordem de prevalncia da sinalizao, sendo:
1 - As ordens do agente de trnsito sobre as normas de circulao e outros sinais;
2 - As indicaes do semforo sobre os demais sinais;
3 - As indicaes dos sinais sobre as demais normas de trnsito.

6.1 Sinalizao Vertical

A sinalizao vertical aquela cujo meio de comunicao est na posio vertical,


normalmente em placa, fixada ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de
carter permanente e, eventualmente, variveis.
A sinalizao vertical classifica-se de acordo com sua funo, compreendendo os
seguintes tipos:

Tem por finalidade informar aos usurios as


condies, proibies, obrigaes ou restries no
Regulamentao
uso das vias. Suas mensagens so imperativas e o
desrespeito a elas constitui infrao;

Tem por finalidade alertar os usurios da via para


Advertncia condies potencialmente perigosas, indicando
sua natureza;

Tem por finalidade identificar as vias e os locais


de interesse, bem como orientar condutores de
Indicao veculos quanto aos percursos, os destinos, as
distncias e os servios auxiliares, podendo
tambm ter como funo a educao do usurio.

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6.2 Sinalizao Horizontal

A sinalizao horizontal se utiliza de linhas, marcaes, smbolos e legendas pintados ou


apostos nas vias com a funo de organizar o fluxo dos veculos, maximizando o espao
disponvel, orientando em condies adversas, auxiliando na reduo de acidentes e
transmitindo mensagens aos condutores e pedestres.

6.3 Dispositivos de Sinalizao Auxiliar

Os dispositivos auxiliares so elementos aplicados a via com o objetivo de aumentar a


percepo da sinalizao, reduzir velocidade, oferecer proteo aos usurios, alertar sobre
situaes de perigo.
So constitudos de formas e cores diversos, dotados ou no de refletividade.

6.4 Luminosos

Sinalizao Semafrica de Regulamentao

Tem a funo de efetuar o controle do trnsito, efetuando alternadamente o direito de


passagem dos vrios fluxos de veculos e/ou pedestres.

Sinalizao Semafrica de Advertncia

Tem a funo de advertir da existncia de obstculo ou de situaes perigosas. Compe-


se de uma ou duas luzes de cor amarela, cujo funcionamento intermitente ou piscando
alternado, no caso de duas indicaes de cor.

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6.5 Sonoros

So os sinais realizados pelo agente de trnsito com a funo de orientar as situaes de


fluidez do trnsito. Devem ser utilizados somente em conjunto com os gestos dos agentes.

Sinais do apito Significado Emprego


Liberar o trnsito no sentido da indicao
Um silvo breve Siga
do agente
Dois silvos breves Pare Indicar parada obrigatria
Quando for necessrio fazer diminuir a
Um silvo longo Diminuir a marcha
marcha dos veculos.

6.6 Gestos do Agente de Trnsito e do Condutor

Os gestos dos agentes de trnsito correspondem a movimentos convencionais de bra o,


para orientar e indicar o direito de passagem dos veculos. A sinalizao dos agentes prevalece
sobre as regras de circulao e as normas definidas por outros sinais de trnsito.

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7 REGRAS GERAIS DE ESTACIONAMENTO, PARADA E CIRCULAO

7.1 Vias pblicas

O CTB, com o propsito de assegurar um trnsito mais seguro, com menor nmero de
acidentes e de vtimas, estabelece normas de circulao e conduta, que precisam ser conhecidas
e respeitadas por todos os usurios das vias.
Em todo territrio nacional as regras gerais de circulao devem ser respeitadas de modo
a proporcionar segurana e fluidez no trnsito.
Todo condutor, antes mesmo de colocar o veculo em movimento, deve seguir as
seguintes normas:
Ajustar seu cinto de segurana;
Verificar o uso do cinto de segurana pelos demais ocupantes do veculo;
No caso de conduzir crianas com idade inferior a 10 anos, devem ser transportadas nos
bancos traseiros;
Verificar a existncia, as condies e o funcionamento dos equipamentos de uso obrigatrio;
Assegurar-se de que h combustvel suficiente para o trajeto.

7.2 - Classificao das vias

As vias so classificadas em urbanas e rurais.


As vias urbanas so as ruas e avenidas situadas na rea urbana, caracterizadas
principalmente por possurem edificaes.

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Elas se subdividem em:

Vias de trnsito rpido no possuem cruzamentos diretos, semforos, nem travessia de


pedestres.
Vias arteriais so vias de ligao entre as regies da cidade, que possuem cruzamentos e
geralmente so controladas por semforos.

Vias coletoras coletam e distribuem o trnsito dentro da cidade, dando acesso s vias de
maior porte. Tambm possuem semforos.

Vias locais destinadas apenas ao acesso local ou a reas restritas.

As vias abertas na rea rural so denominadas vias rurais. So elas:


Estradas: so as vias no pavimentadas.
Rodovias: so as vias pavimentadas.

7.3 Velocidade mxima das vias

O artigo 61 do Cdigo de Trnsito Brasileiro determina que, quando no houver


sinalizao, as velocidades mximas permitidas sero de:

VIAS URBANAS VELOCIDADE PERMITIDA


Trnsito rpido 80 km/h
Arterial 60 km/h
Coletora 40 km/h
Local 30 km/h
VIAS RURAIS: RODOVIAS DE PISTA VELOCIDADE PERMITIDA
DUPLA
Automveis, camionetas e motocicletas 110 km/h
Demais veculos 90 km/h
VIAS RURAIS: RODOVIAS DE PISTA VELOCIDADE PERMITIDA
SIMPLES
Automveis, camionetas e motocicletas 100 km/h
Demais veculos 90 km/h
VIAS RURAIS: ESTRADAS VELOCIDADE PERMITIDA
Para todos os veculos 60 km/h

Alm de conhecer a velocidade mxima permitida para as vias, o condutor


no poder transitar em velocidade inferior metade da velocidade
permitida. Dessa forma, numa via de trnsito rpido, por exemplo, se no
houver sinalizao regulamentadora, a velocidade mnima de circulao
ser de 40 km.

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7.4 Ultrapassagem

O CTB prev que as ultrapassagens devero ser feitas pela esquerda, obedecida a
sinalizao regulamentar e as demais normas, exceto quando o veculo a ser ultrapassado estiver
sinalizando o propsito de entrar esquerda.
Antes de efetuar uma ultrapassagem, o condutor deve certificar-se de que:

Nenhum condutor tenha comeado uma manobra para ultrapass-lo;


Quem o precede na mesma faixa de trnsito no tenha indicado o propsito de ultrapassar um
terceiro;
A faixa que vai tomar esteja livre numa extenso suficiente para a segurana do trnsito que
venha em sentido contrrio.

O condutor tem ainda, responsabilidade em:

Indicar com antecedncia a manobra pretendida, acendendo luz indicadora de direo (seta)
ou fazendo gesto convencional com o brao.
Desviar para a faixa da direita caso esteja transitando pela esquerda e perceba que outro
condutor tenha o propsito de ultrapass-lo, sem acelerar a marcha.

O condutor no poder realizar ultrapassagem proibio estabelecida pelo CTB em:

Vias de duplo sentido de direo e pista nica;


Trechos de curva e em aclives sem visibilidade suficiente;
Passagens de nvel;
Pontes e viadutos;
Travessias de pedestres, exceto quando houver sinalizao permitindo a ultrapassagem;
Cruzamentos e suas proximidades.

7.5 Nos cruzamentos

O condutor deve transitar em velocidade moderada e demonstrar prudncia especial ao


aproximar-se de cruzamentos para:
Dar passagens a pedestres e veculos que tenham preferncia;
No dificultar ou impedir a passagem do trnsito transversal parando no cruzamento mesmo
que o semforo lhe seja favorvel.

Os veculos que transitarem por vias de trnsito que se cruzam, quando no houver
sinalizao, tm preferncia de passagem:

a) No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por
ela;
b) No caso de rotatria, aquele estiver circulando, por ela;
c) Nos demais casos, o que vier direita do condutor.

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7.6 Manobras de converso e mudanas de faixa

Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o condutor


tem o dever de indic-la de forma clara e com devida antecedncia, por meio de luz indicadora
de direo de seu veculo (seta), ou fazendo gesto convencional com o brao.

O condutor que vai efetuar converso e mudana de faixa deve observar as seguintes situaes:

Ao ingressar numa via saindo de um lote lindeiro, deve dar preferncia aos veculos e
pedestres que transitam nessa via;
A converso esquerda e a operao de retorno tm que ser feitas nos locais apropriados e,
onde estes no existirem, o condutor deve aguardar no acostamento, direita, para cruzar a
pista com segurana;
Ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o mximo possvel da borda direita da pista e
executar sua manobra no menor tempo possvel;
Ao sair da pista com o lado esquerdo, aproximar-se o mximo possvel de seu eixo ou da
linha divisria da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulao nos dois
sentidos, ou da borda esquerda, tratando-se de uma pista de um s sentido;
Durante a manobra de mudana de direo, o condutor dever ceder passagem aos pedestres,
ciclistas e aos veculos que transitarem em sentido contrrio, respeitadas as normas de
passagem;

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As operaes de retorno, nas vias urbanas, devero ser feitas nos locais determinados,
seja por meio de sinalizao, pela existncia de locais apropriados, ou ainda, em outros
locais que ofeream segurana.

7.7 Preferncias nas vias

Respeitando as normas de circulao, tm preferncia sobre os demais, os veculos que


se deslocam sobre trilhos.
Em ordem decrescente, os veculos de maior porte sero sempre responsveis pela
segurana do menor, os motorizados pelos no motorizados e juntos pela incolumidade (no
leso) dos pedestres.
O condutor que queira executar uma manobra deve certificar-se de que pode execut-la
sem perigo para os demais usurios da via que o seguem, precedem ou que vo cruzar com ele,
considerando sua posio, sua direo e sua velocidade.

8 INFRAES, CRIMES DE TRNSITO E PENALIDADES

O Cdigo de Trnsito Brasileiro

Art. 161. Constitui infrao de trnsito a inobservncia de qualquer preceito deste Cdigo,
sendo o infrator sujeito s penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, alm das
punies previstas no Captulo XIX (Crimes de Trnsito).
De acordo com o Art. 256 do CTB, a autoridade de trnsito, na esfera das competncias
estabelecidas neste Cdigo e dentro de sua circunscrio, dever aplicar, s infraes nele previstas,
as seguintes penalidades:
I advertncia por escrito;
II multa;
III suspenso do direito de dirigir;
IV revogada;
V cassao da CNH;
VI cassao da Permisso para Dirigir;
VII frequncia obrigatria em curso de reciclagem.

As penalidades podero ser impostas ao condutor, ao proprietrio do veculo, ao embarcador


e ao transportador.
Aos proprietrios e condutores de veculos sero impostas, ao mesmo tempo, as penalidades
em que houver responsabilidade solidria em infrao por preceitos que lhes couber observar,
respondendo cada um pela falta em comum que lhes for atribuda.
Ao proprietrio caber sempre a responsabilidade pela infrao referente prvia
regularizao e preenchimento das formalidades e condies exigidas para o trnsito do veculo na
via terrestre, conservao e inalterabilidade de suas caractersticas, componentes, agregados,
habilitao legal e compatvel de seus condutores, quando no for exigida, e outras disposies que
deva observar.
Ao condutor caber a responsabilidade pelas infraes decorrentes de atos praticados na
direo do veculo. Quando no for feita a identificao imediata do condutor infrator, o
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proprietrio do veculo ter 15 dias de prazo, aps a notificao da autuao, para apresent-lo.
Findo o prazo, se no o apresentar, ser considerado responsvel pela infrao cometida pelo
condutor.
As infraes punidas com multa classificam-se, de acordo com a gravidade, em quatro
categorias e a cada infrao cometida so computados os seguintes pontos na CNH:

Natureza da Infrao Pontos Valor em Reais


Gravssima 7 R$ 293,47
Grave 5 R$ 195,23
Mdia 4 R$ 130,16
Leve 3 R$ 88,38

Esto listadas no CTB, do artigo 161 ao 255, todas as infraes de trnsito. No quadro
abaixo, so apresentadas algumas dessas infraes, e as respectivas penalidades e medidas
administrativas.

Infraes gravssimas Penalidades Medidas administrativas


Dirigir o veculo sem possuir CNH, Multa (trs vezes o Reteno do veculo at a
Permisso para Dirigir ou Autorizao para valor). apresentao de condutor
Conduzir Ciclomotor habilitado.
Dirigir o veculo com CNH ou Permisso para Multa (duas vezes o Reteno do veculo at a
Dirigir de categoria diferente da do veculo valor). apresentao de condutor
que esteja conduzindo. habilitado.
Dirigir sob a influncia de lcool ou qualquer Multa (dez vezes o Reteno do veculo at a
substncia entorpecente ou que determine valor). Suspenso do apresentao de condutor
dependncia fsica ou psquica ou se recusar a direito de dirigir. habilitado. Recolhimento
ser submetido a teste, exame clnico, percia do documento de
ou outro procedimento que permita certificar habilitao.
influncia de lcool ou outra substncia
psicoativa, na forma estabelecida pelo art.
277.
O condutor envolvido em acidente com Multa Recolhimento do
vtima que deixar de: (cinco vezes o valor) documento de habilitao.
1. Prestar ou providenciar socorro, podendo Suspenso do direito
faz-lo adotar providncias no sentido de de dirigir.
evitar perigo para o trnsito local;
2. Preservar o local do acidente
3. Adotar providncias para a remoo do
veculo, quando, determinado por policial
ou por agente da autoridade de trnsito
4. Identificar-se ao policial e de lhe prestar
informaes para B.O.
Promover, na via, competio, eventos Multa (dez vezes), Recolhimento do
organizados, exibio e demonstrao de suspenso do direito documento de habilitao
percia em manobra de veculo, ou deles de dirigir e apreenso e remoo do veculo.
participar, como condutor, sem permisso da do veculo.
autoridade de trnsito com circunscrio
sobre a via.

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Infraes graves Penalidades Medidas administrativas
Estacionar o veculo afastado da guia da Multa Remoo do veculo
calada (meio-fio) a mais de um metro.
Estacionar o veculo ao lado de outro veculo Multa Remoo do veculo
em fila dupla.
Transitar com o farol desregulado ou com o Multa Reteno do veculo para
facho de luz alta de forma a perturbar a viso regularizao.
de outro condutor.
Deixar de efetuar o registro de veculo no Multa Reteno do veculo para
prazo de trinta dias, junto ao rgo executivo regularizao.
de trnsito, ocorridas as hipteses previstas
no art.123.
Conduzir pessoas, animais ou carga nas Multa Reteno do veculo para
partes externas do veculo, salvo nos casos transbordo.
devidamente autorizados.

Infraes mdias Penalidades Medidas administrativas


Conduzir bicicleta em passeios onde no seja Multa Remoo da bicicleta, mediante
permitida a circulao desta, ou de forma recibo para o pagamento da multa.
agressiva, em desacordo com o disposto no
pargrafo nico do art. 59.
Ter o seu veculo imobilizado na via por falta Multa Remoo do veculo.
de combustvel.
Estacionar o veculo junto ou sobre hidrantes Multa Remoo do veculo.
de incndio, registro de gua ou tampas de
poos de visita de galerias subterrneas,
desde que devidamente sinalizados, conforme
especificao do CONTRAN.
Transitar com o veculo em velocidade Multa
inferior metade da velocidade mxima
estabelecida para a via, retardando ou
obstruindo o trnsito, a menos que as
condies de trfego e meteorolgicas no o
permitam, salvo se estiver na faixa da direita.

Infraes leves Penalidades Medidas administrativas


Estacionar o veculo afastado da guia da calada Multa Remoo do veculo
(meio fio) de cinquenta centmetros a um metro.
Conduzir veculos sem os documentos de porte Multa Reteno do veculo at a
obrigatrio. apresentao do
documento.
Dirigir sem ateno ou sem os cuidados Multa
indispensveis segurana.

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No ano de 2006, entrou em vigor a Lei 11.334, que tornou mais rigorosas as penalidades
para quem ultrapassar os limites de velocidade nas vias brasileiras. O artigo 218 do CTB passou a
ter a seguinte redao:

Art. 218. Transitar em velocidade superior mxima permitida para o local, medida por
instrumento ou equipamento hbil, em rodovias, vias de trnsito rpido, vias arteriais e demais vias:
I - quando a velocidade for superior mxima em at 20% (vinte por cento):
Infrao - mdia;
Penalidade - multa;
II - quando a velocidade for superior mxima em mais de 20% (vinte por cento) at 50%
(cinqenta por cento):
Infrao - grave;
Penalidade - multa;
III - quando a velocidade for superior mxima em mais de 50% (cinqenta por cento):
Infrao - gravssima;
Penalidade - multa [trs vezes], suspenso imediata do direito de dirigir e apreenso do documento
de habilitao.

Crimes de trnsito

Os condutores que transportam pessoas, como o caso da conduo de veculos de


emergncia, precisam estar conscientes das circunstncias que agravam as penalidades dos crimes
de trnsito:

Art. 298. So circunstncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trnsito ter o
condutor do veculo cometido a infrao:
I Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a
terceiros;
II Utilizando o veculo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III Sem possuir Permisso para Dirigir ou CNH;
IV Com Permisso para Dirigir ou CNH de categoria diferente da do veculo;
V Quando a sua profisso ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros
ou de carga;
VI Utilizando veculo em que tenham sido adulterados equipamentos ou caractersticas que
afetem a sua segurana ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos
nas especificaes do fabricante;
VII Sobre faixa de trnsito temporria ou permanente destinadas a pedestres.

No quadro a seguir, esto listados alguns dos Crimes de Trnsito e as respectivas penas
previstas no CTB.

16
8.1 Penalidades:

Suspenso do direito de dirigir:

Esta penalidade foi regulamentada pela resoluo 182/05. De acordo com a Resoluo, essa
penalidade ser imposta:

I Sempre que o infrator atingir a contagem de 20 pontos, no perodo de 12 meses;


II Por transgresso s normas estabelecidas no CTB, cujas infraes preveem, de forma
especfica, a penalidade de suspenso do direito de dirigir.

Art. 302. Praticar homicdio culposo na direo de veculo Deteno, de dois a quatro
automotor: anos, e suspenso ou
proibio de se obter a
1 No homicdio culposo cometido na direo de veculo permisso ou a habilitao
automotor, a pena aumentada de 1/3 (um tero) metade, se o para dirigir veculo
agente: automotor.
I - no possuir Permisso para Dirigir ou Carteira de Habilitao;
II - pratic-lo em faixa de pedestres ou na calada;
III - deixar de prestar socorro, quando possvel faz-lo sem risco
pessoal, vtima do acidente;
IV - no exerccio de sua profisso ou atividade, estiver conduzindo
veculo de transporte de passageiros.

Art. 303. Praticar leso corporal culposa na direo de veculo Deteno, de seis meses a
automotor: dois anos e suspenso ou
Pargrafo nico. Aumenta-se a pena de 1/3 (um tero) metade, se proibio de se obter a
ocorrer qualquer das hipteses do 1o do art. 302. permisso ou a habilitao
para dirigir veculo
automotor.
Art. 304. Deixar o condutor do veculo, na ocasio do acidente, de Deteno, de seis meses a
prestar imediato socorro vtima, ou, no podendo faz-lo um ano, ou multa se o fato
diretamente por justa causa, deixar de solicitar auxlio da autoridade no constituir elemento de
pblica. crime mais grave.
Pargrafo nico. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor
do veculo, ainda que a sua omisso seja suprida por terceiros ou que
se trate de vtima com morte instantnea ou com ferimentos leves.
Art. 305. Afastar-se o condutor do veculo do local do acidente, para Deteno de seis meses a
fugir responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuda. um ano ou multa.
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatvel com a segurana nas Deteno, de seis meses a
proximidades de escolas, hospitais, estaes de embarque e um ano, ou multa.
desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
grande movimentao ou concentrao de pessoas, gerando perigo de
dano.

17
Suspenso do direito de dirigir:

Essa penalidade ser imposta:

I Sempre que o infrator atingir a contagem de 20 pontos, no perodo de 12 meses;


II Por transgresso s normas estabelecidas no CTB, cujas infraes preveem, de forma
especfica, a penalidade de suspenso do direito de dirigir.
Em relao aos perodos de aplicao da penalidade:
Na aplicao da penalidade de suspenso do direito de dirigir a autoridade levar em conta a
gravidade da infrao, a circunstncia em que foi cometida. E os antecedentes do infrator para
estabelecer o perodo da suspenso, na forma do art. 261 do CTB, observados os seguintes critrios:
I Para infratores que atingir a contagem de 20 pontos: de 6 meses a 1 ano e , no caso de
reincidncia no perodo de 12 meses, de 8 meses a 2 anos.
II Por transgresso s normas estabelecidas no CTB: de 2 a 8 meses, exceto para as infraes com
prazo descrito no dispositivo infracional, e, no caso de reincidncia no perodo de 12 meses, de 8 a
18 meses, respeitado o disposto no inciso II do art. 263.
III O condutor que exerce atividade remunerada em veculo, habilitado na categoria C, D ou E,
poder optar por participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no perodo de 1 (um)
ano, atingir 14 (quatorze) pontos, conforme regulamentao do Contran.
IV O motorista que optar pelo curso preventivo no poder fazer nova opo no perodo de 12
(doze) meses.

9 LEGISLAO ESPECFICA PARA VECULOS DE EMERGNCIA

A conduo de veculos de emergncia est sujeita a normas especficas elaboradas pelos


estados e municpios, com a finalidade de disciplinar esse tipo de transporte em relao realidade
local. Alm disso, h regras nacionais estabelecidas pela Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, que
instituiu o CTB Cdigo de Trnsito Brasileiro. Neste estudo vamos listar alguns artigos do CTB e
resolues do CONTRAN que tratam diretamente do trabalho do condutor de veculos de
emergncia, citando apenas os artigos e incisos especficos.
Art. 29 O trnsito de veculos nas vias terrestres abertas circulao obedecer s seguintes
normas:
VII Os veculos destinados a socorro de incndio e salvamento, os de polcia, os de fiscalizao e
operao de trnsito e as ambulncias, alm de prioridade de trnsito, gozam de livre circulao,
estacionamento e parada, quando em servio de urgncia e devidamente identificados por
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminao vermelha intermitente, observadas as
seguintes disposies:

Quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veculos, todos os


condutores devero deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e
parando, se necessrio;
Os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, devero aguardar no passeio, s atravessando a via
quando o veculo j tiver passado pelo local;
O uso de dispositivos de alarme sonoro e iluminao vermelha intermitente s poder ocorrer
quando da efetiva prestao de servio de urgncia;
A prioridade de passagem na via e no cruzamento dever se dar com velocidade reduzida e com
os devidos de segurana, obedecidas as demais normas deste Cdigo.

18
VIII Os veculos prestadores de servios de utilidade pblica, quando em atendimento na via,
gozam de livre parada e estacionamento no local da prestao de servio, desde que devidamente
sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN.

Art. 189 Deixar de dar passagem aos veculos precedidos de batedores, de socorro de incndio e
salvamento, de polcia, de operao e fiscalizao de trnsito e s ambulncias, quando em servio
de urgncia e devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e
iluminao vermelha intermitentes:
Infrao gravssima
Penalidade multa.

Art. 190 Seguir veculo em servio de urgncia, estando este em prioridade de passagem
devidamente identificada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminao vermelha
intermitentes:
Infrao grave
Penalidade multa

Art. 222 Deixar de manter ligado, nas situaes de atendimento de emergncia, o sistema de
iluminao vermelha intermitente dos veculos de polcia, de socorro de incndio e salvamento, de
fiscalizao de trnsito e das ambulncias, ainda que parados:
Infrao mdia
Penalidade multa.

Art. 230 Conduzir o veculo:


XIII Com o equipamento do sistema de iluminao e de sinalizao alterados;
XXII Com defeito no sistema de iluminao, sinalizao ou lmpadas queimadas:
Infrao mdia
Penalidade multa.

RESOLUO CONTRAN 268


Art. 1
3 Entende-se por veculos de emergncia aqueles j tipificados no inciso VII do art. 29 do Cdigo
de Trnsito Brasileiro, inclusive os de salvamento difuso destinados a servios de emergncia
decorrentes de acidentes ambientais.
Art. 2 Considera-se veculo destinado a socorro de salvamento difuso aquele empregado em
servio de urgncia relativo a acidentes ambientais.
Art. 3 Os veculos prestadores de servios de utilidade pblica, referidos no inciso VIII do art. 29
do Cdigo de Trnsito Brasileiro, identificam-se pela instalao de dispositivo, no removvel, de
iluminao intermitente ou rotativa, e somente com luz amarelo-mbar.
1 Para os efeitos deste artigo, so considerados veculos prestadores de servio de utilidade
pblica:
I Os destinados manuteno e reparo de redes de energia eltrica, de gua e esgotos, de gs,
combustvel canalizado e de comunicaes;
II Os que se destinam conservao, manuteno e sinalizao viria, quando a servio de rgo
executivo de trnsito ou executivo rodovirio;
III Os destinados ao socorro mecnico de emergncia nas vias abertas circulao pblica;
IV Os veculos especiais destinados ao transporte de valores;

19
V Os veculos destinados ao servio de escolta, quando registrados em rgo rodovirio para tal
finalidade;
VI Os veculos especiais destinados ao recolhimento de lixo a servio da Administrao Pblica.

2 A instalao do dispositivo referido no "caput" deste artigo depender de prvia autorizao


do rgo executivo de trnsito do Estado ou do Distrito Federal onde o veculo estiver registrado,
que far constar no Certificado de Licenciamento Anual, no campo observaes, cdigo
abreviado na forma estabelecida pelo rgo mximo executivo de trnsito da Unio.

Art. 4 Os veculos de que trata o artigo anterior gozaro de livre parada e estacionamento,
independentemente de proibies ou restries estabelecidas na legislao de trnsito ou atravs de
sinalizao regulamentar, quando se encontrarem:
I Em efetiva operao no local de prestao dos servios a que se destinarem;
II Devidamente identificados pela energizao ou acionamento do dispositivo luminoso e
utilizando dispositivo de sinalizao auxiliar que permita aos outros usurios da via enxergarem em
tempo hbil o veculo prestador de servio de utilidade pblica.
Pargrafo nico. Fica proibido o acionamento ou energizao do dispositivo luminoso durante o
deslocamento do veculo, exceto nos casos previstos nos incisos III, V e VI do 1 do artigo
anterior.
Art. 5 Pela inobservncia dos dispositivos desta Resoluo ser aplicada a multa prevista nos
incisos XII ou XIII do art. 230 do Cdigo de Trnsito Brasileiro.

CONSIDERAES SOBRE O USO DA SIRENE

O alarme sonoro que caracteriza o deslocamento em servio de veculos de emergncia,


conhecido como sirene, emite o som em linha reta, tanto para parte dianteira quanto para a traseira
do veculo.
Quanto maior a velocidade do veculo de emergncia, menor ao alcance da sirene. Assim,
em curvas ou cruzamentos a velocidade dever ser reduzida, porque o som da sirene ainda no
chegou e, quando chegar, os demais motoristas ainda no tero identificado de onde ele vem
(calcula-se que o crebro leva um tero de segundo para codificar o estmulo e mandar a resposta,
por exemplo, para atravessar a rua, frear, etc.).
Obs.: As ondas propagadas pela sirene so ondas sonoras, classificadas quanto a direo e
propagao de ondas longitudinais.
Observe este exemplo: uma viatura a 80 km/h andar a 22 m/s e o som emitido por ela
estar 34 metros sua frente, o que d 12 metros ou meio segundo de reao a qualquer motorista
ou pedestre.

DEFINIO DE EMERGNCIA E DE URGNCIA

A RESOLUO CFM n 1451/95 do Conselho Federal de Medicina de 10 de maro de


1995 [publicada no Dirio Oficial da Unio em 17.03.95 Seo I Pgina 3.666] estabelece nos
Pargrafos I e II do Artigo I as definies para os conceitos de urgncia e emergncia, a serem
adotas na linguagem mdica no Brasil.
"Artigo 1 - Os estabelecimentos de prontos socorros pblicos e privados devero ser
estruturados para prestar atendimento a situaes de urgncia-emergncia, devendo garantir todas as
manobras de sustentao da vida e com condies de dar continuidade assistncia no local ou em
outro nvel de atendimento referenciado."
20
"Pargrafo Primeiro - Define-se por URGNCIA a ocorrncia imprevista de agravo sade com
ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistncia mdica imediata."
"Pargrafo Segundo - Define-se por EMERGNCIA a constatao mdica de condies de
agravo sade que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto,
tratamento mdico imediato."

Essas definies so bem precisas e concisas, no fornecendo motivo para dvidas ou


confuses. Como a distino entre esses dois conceitos de suma importncia para a deciso de
prioridades de atendimento em servios de pronto-socorro, desejamos fazer comentrio com mais
detalhes, comparando-os com outras lnguas, a fim de fixar melhor essa diferena.
"Emergncia" o substantivo relativo ao verbo "emergir". Esse deriva do latim "emero,
mersi, mersum", significando "sair do mar", "sair da gua" [ex-mare]. Como o que "sai do mar" so
mamferos marinhos que vm tona para respirar rapidamente ou peixes que afloram subitamente
superfcie, o verbo "emergo" [emergir] relacionou-se ideia de algo que aparece ou acontece
"subitamente", "de sbito", repentinamente. Esse sentido extensivo o que se aplica ao conceito
usual de "emergncia". Na lngua portuguesa o adjetivo "emergente" tanto aquilo que emerge da
gua, como algo que ocorre de sbito. Para esse segundo sentido usa-se o neologismo
"emergencial".
"Urgncia" vem do verbo latino "urgeo, ursi", com o significado de apertar, premir, seguir
de perto, perseguir, acossar. A ideia predominante de "premncia". O adjetivo "urgens, entis"
significa "aquilo que tem premncia". O advrbio "urgenter" significa "com instncia,
instantemente, insistentemente, prementemente, com premncia".

LEGISLAO DE TRNSITO

1) As infraes grave e gravssima so punidas com multa nos valores de:

a) R$ 293,47 e R$ 88,38.
b) R$ 195,23 e R$ 88,38.
c) R$ 195,23 e R$ 293,47.
d) R$ 293,47 e R$ 195,23.

2) Um condutor aproveita que uma ambulncia vem pedindo passagem, utilizando-se de seus
dispositivos regulamentares, e segue atrs dela para se beneficiar. Qual a infrao que ele
comete e o valor da respectiva multa?

a) Mdia R$ 195,23.
b) Grave R$ 195,23.
c) Mdia R$ 88,83.
d) Grave R$ 88,83.

21
3) Quando um condutor conduz um veculo de emergncia que est com o equipamento do
sistema de iluminao e de sinalizao alterados, comete uma infrao mdia. Quantos pontos
sero computados em sua CNH?

a) 2.
b) 4.
c) 7.
d) 3.

4) Quando comete uma infrao, conforme a gravidade, o condutor pode sofrer:

a) Vrias medidas administrativas.


b) Punio e medida administrativa.
c) Penalidade, medida administrativa e punio.
d) Diferentes punies.

5) De acordo com o CTB, para dirigir veculos de transporte de emergncia obrigatrio ao


condutor:

a) Ter idade superior a 23 anos.


b) Ser habilitado na categoria C.
c) Ter idade superior a 21 anos.
d) Ter habilitado no mnimo na categoria D.

6) Em caso de acidentes de trnsito que resulte vtima, mesmo quando o condutor for
responsvel pela ocorrncia do acidente, o correto ele permanecer no local e prestar socorro
vtima. Se ele agir assim, no poder ser preso em flagrante, nem se exigir fiana.

( ) Certo.
( ) Errado.

DIREO DEFENSIVA

1 Introduo

O Brasil gasta bilhes por ano com acidentes de trnsito. So gastos gerados com o
atendimento a feridos, reabilitao de mutilados, licenas de sade, reparos de veculos
envolvidos, e outros. De acordo com a poltica Nacional de Trnsito (PNT), instituda em 2004,
essas ocorrncias poderiam ser reduzidas se fossem tratadas como uma questo que envolve
problemas sociais, econmicos, e de sade, e com poder pblico investindo maior esforo em
favor de um trnsito seguro.

Para diminuir as ocorrncias de trnsito, fundamental a ao integrada


entre os indivduos, as instituies de ensino na rea de trnsito, o governo
e toda a comunidade. Da sua parte, os motoristas podem dar uma grande
contribuio, praticando a direo defensiva, que um conjunto de
princpios e cuidados aplicados com a finalidade de evitar acidentes.

22
O transporte rodovirio constitui fator relevante na abordagem das questes de trnsito,
pois ocupa um papel fundamental na matriz do transporte brasileiro. Estima-se que 96% das
distncias percorridas pelas pessoas ocorram em vias urbanas e rurais, 1,8% em ferrovias e
metrs e o restante por hidrovias e meios areos. Outra estimativa que consta no texto da PNT
diz que, em 2001, estavam em circulao nas reas urbanas cerca de 115.000 nibus
transportando aproximadamente 65 milhes de passageiros por dia.

2 Acidente evitvel ou no evitvel

Dirigir com perfeio inclui habilidade em controlar o veculo, de maneira que no haja
envolvimento em acidentes, apesar das possveis aes incorretas dos outros e das dificuldades
provocadas pelas condies adversas, constitudas por luz, tempo, trnsito, veculo, via,
motorista e passageiros.

Todo acidente evitvel?

A resposta sim, porque sempre haveria algo que poderia ter


sido feito para evit-lo, se o responsvel tivesse usado a razo e o
bom senso.
Um acidente evitvel por um motorista, por outro, por
ambos ou at por terceiros, que podem de algum modo, estar
envolvidos nas causas do acidente.
Exemplo: um mecnico que no aperta a roda e ela se solta,
provocando um acidente.

3 Condies adversas

So situaes que podem ocorrer a qualquer momento e causar acidentes. Para evitar que elas
ocorram, o motorista precisa estar preparado para reconhecer essas condies. So:

Luz As condies de iluminao, tanto natural como artificial, podem afetar a viso.
Sem que o motorista tenha condies de ver ou de ser visto perfeitamente, h um risco muito
grande de ocorrer acidente.
Dentre outras causas, pode haver ofuscamento da viso causado pelo farol alto de um veculo
em sentido contrrio, ou mesmo a luz solar incidindo diretamente nos olhos do condutor.

Tempo So fenmenos atmosfricos como chuva, vento, neblina, cerrao, neve e granizo.
Alm de dificultar a viso do motorista, esses fenmenos tambm tornam a pista perigosa e
tiram a estabilidade do veculo.
Quando ocorrem chuvas intensas, as pistas podem acumular espessas camadas de gua em
determinados pontos. Se os pneus no conseguem romper essas camadas de gua, perdem a
aderncia e o veculo comea a aquaplanar ou hidroplanar. A aquaplanagem se forma pela
combinao de quatro fatores: velocidade alta; muita gua no cho; pneus lisos, sem sulcos para
afastar a gua entre os pneus e a via; e leos e resduos no asfalto.

23
Via Esta condio adversa est relacionada com a construo e conservao das vias.
Curvas, largura da pista, condies da pista e acostamento, tipo de pavimento, buracos,
desnveis e falta de sinalizao so algumas adversidades prprias da pista.

Trnsito So as situaes que levam aos congestionamentos ou trnsito lento, sendo


provocadas, normalmente, pelo excesso de veculos circulando em determinadas vias.
Por outro lado, o trnsito rpido perigoso, pois muitos motoristas ignoram a distncia de
segurana. Ocorrendo alguma adversidade, no conseguem parar o veculo a tempo, provoc ando
colises ou mesmo engavetamentos.

Veculo Pneus gastos ou mal calibrados, freios desregulados, direo com folga, suspenso
desalinhada, espelho mal regulado, sinaleiras e faris com defeito, vazamentos de fluidos e falta
de reviso so algumas das situaes que tornam o prprio veculo adverso e, portanto, uma
causa de acidentes.

Condutor Como o motorista se encontra, mental e fisicamente, um fator importante para


que ele prprio no seja a adversidade. O cansao, o sono, o consumo de bebida alcolica e os
estados emocional e psquico alterados tm levado a muitos acidentes.
Estudos comprovam que a grande maioria dos acidentes causada por falhas humanas.
O motorista considerado uma condio adversa que pode se modificar, mas esse um trabalho
difcil. Afinal, ningum admite que possa estar favorecendo ocorrncias de acidentes.

Passageiro O passageiro pode se tornar uma condio adversa j que indiretamente, pode ser
responsvel pela causa do acidente. No transporte de passageiros, o motorista deve tomar as
seguintes precaues: conversar o mnimo necessrio, responder a perguntas de passageiros sem
desviar a ateno do trnsito, ter cuidado especial no embarque e desembarque e orientar quanto
ao uso do cinto de segurana.

3 Fator humano e os acidentes de trnsito

Os aspectos psquicos e os fsicos podem influenciar na ocorrncia de acidentes. Os mais


comuns so:

Fadiga e sono Uma pessoa cansada ou com sono no tem condies de dirigir.

O sono e o cansao, muitas vezes, so mais fortes do que a vontade de permanecer


acordado e a pessoa adormece sem perceber. Por isso, importante descansar nos momentos de
folga, para dirigir com maior tranquilidade durante a jornada de trabalho.

lcool - Para dirigir com segurana, o motorista precisa contar com boas condies fsicas e
mentais, e o lcool, ao contrrio do que se imagina, uma droga depressora do sistema
nervoso central.

Aps ingerir bebida alcolica, o motorista pode se envolver em acidentes,


pois o lcool afeta o crebro, diminuindo o senso de cuidado, tornando
lentos os reflexos, prejudicando a viso, a audio, enfim, comprometendo
toda a capacidade para dirigir.

24
4 Drogas e medicamentos

A automedicao uma prtica prejudicial sade, pois pode acarretar srias


consequncias ao organismo. Alguns remdios tambm podem atrapalhar o ato de dirigir. Por
isso, no se deve tomar medicamento sem prescrio mdica.
As drogas, especialmente as ilcitas, so substncias de origem natural ou sinttica que
alteram o comportamento das pessoas quando so consumidas. Consumir substncias ilcitas e
dirigir veculo so coisas totalmente incompatveis.
5 Aspectos psquicos

Os aspectos psquicos influenciam bastante na maneira de ser das pessoas. Algum que
passou por uma emoo muito forte, como por exemplo, o falecimento de uma pessoa querida,
poder ter o seu comportamento alterado.
As pessoas diferem muito entre si quanto aos aspectos psquicos. Assim, h pessoas que
se irritam com mais facilidade, outras so mais tranquilas, outras ainda no se deixam abalar
por fatos desagradveis. Mas, independente do tipo psquico da pessoa, uma coisa certa: ao
dirigir irritado, nervoso ou sob emoes fortes, o motorista pode causar acidentes.

importante lembrar que nunca se deve usar a sinalizao informal de setas para
indicar ao motorista que vem atrs s condies de ultrapassagens, j que pode ser
que alguns a desconheam ou a interpretem ao contrrio, provocando acidentes.

6 - Como ultrapassar e ser ultrapassado

A ultrapassagem uma das manobras mais perigosas,


pois o veculo trafega na contramo, correndo o risco de
colidir frontalmente com outro. Em funo da frequncia
com que realizada, muitas vezes o motorista no utiliza
procedimentos defensivos corretos para essa manobra.
Ao ser ultrapassado, o motorista deve colaborar com
o que vai ultrapass-lo e, se necessrio, diminuir a
velocidade. J para ultrapassar, a dificuldade do motorista
saber o tempo e a distncia necessrios para realizar a
manobra, somando-se ainda a velocidade do veculo que vem
em sentido contrrio.

7 O acidente de difcil identificao da causa

A chamada coliso misteriosa o acidente de trnsito que envolve apenas um veculo.


As principais causas desse tipo de coliso esto relacionadas com as condies adversas: luz,
tempo, via, trnsito, veculos, motorista e passageiro.
preciso ter sempre em mente que para cada condio adversa existe uma ou mais
medidas defensivas, mas, por no ter conhecimento de como us-las, o motorista pode se
envolver em um acidente dessa natureza.
A maioria dos motoristas envolvidos afirma no saber a causa (quando esta for, por
exemplo, um defeito mecnico); no se sente vontade para dizer a causa (quando for
25
constrangedor para o motorista, como por exemplo, dormiu ao volante ou havia ingerido bebida
alcolica); ou ainda, no pode dizer a causa (porque foi vtima fatal).

8 Como evitar acidentes com outros veculos

Um veculo, quando em movimento, necessita de tempo e distncia para poder parar, por
menor que seja a velocidade. Por isso, importante conhecer o que tempo de reao, de
frenagem, de parada e, entre outros conceitos, o de distncia de seguimento.

Tempo de reao aquele que o motorista gasta para reagir frente a um perigo.
Tempo de frenagem o tempo que gasto desde o acionamento do mecanismo de freio at
a parada total do veculo.
Tempo de parada o gasto desde que o perigo visto at a parada total do veculo.
Distncia de reao aquela percorrida pelo veculo desde que o motorista v o perigo at
tomar uma atitude.
Distncia de frenagem a distncia que o veculo percorre depois que o mecanismo do freio
acionado at a parada total do veculo.
Distncia de parada a percorrida pelo veculo desde que o perigo visto at sua parada
total.
Distncia de seguimento a distncia entre o veculo que est dirigindo e o que segue
frente.

8.1 Como evitar coliso com o veculo da frente

A coliso com o veculo que vai frente normalmente acontece quando o motorista no
mantm a distncia de seguimento ou est desatento em relao ao carro da frente.

Para que este tipo de coliso no ocorra, o motorista deve:

Concentrar sua ateno no que est ocorrendo no trnsito;


Observar os sinais do motorista da frente;

26
Olhar alm do veculo sua frente, a fim de perceber possveis situaes que possam for -
lo a agir;
Manter os vidros do veculo limpos e desimpedidos de objetos que diminuam o campo de
viso;
Manter distncia de segurana;
Evitar as frenagens bruscas: o mais correto pisar no freio aos poucos, de modo que o
veculo no derrape ou pare bruscamente.

8.2 Como evitar coliso com o veculo de trs

Este tipo de acidente pode causar ferimentos graves, como fraturas no pescoo ou
deslocamento de coluna, dentre outros. Para que esses acidentes no ocorram, siga princpios de
direo defensiva:

Saiba exatamente o que fazer no trnsito (agir com deciso);


Sinalize suas intenes;
Pare de forma suave e gradativa;
Se mantenha livre dos veculos que esto colados na traseira de seu veculo, facilitando a
ultrapassagem.

8.3 Como evitar coliso frontal

um dos mais graves acidentes de trnsito e, muitas


vezes, pode levar morte. Duas situaes nas quais podem
ocorrer coliso frontal, e algumas atitudes para evit-las so:

Nas retas:

No ultrapassar a velocidade mxima permitida;


Manter-se sempre na sua mo de direo;
S ultrapassar outro veculo se houver visibilidade suficiente;
Fique atento aos pedestres e aos ciclistas que podero entrar repentinamente na pista.

Nas curvas:

Perceba a curva sempre com antecedncia;


Ateno ao tipo de curva: quanto mais fechada, menor dever ser a velocidade;
Freie antes de entrar na curva e no apenas quando estiver nela.
27
Nas curvas, a reunio de vrios fatores, como tipo de pavimento, velocidade, ngulo da
curva, condues dos pneus e outros, podem provocar a sada de um veculo da sua mo de
direo, levando-o para a contramo ou para o acostamento. A fora responsvel por este
perigoso deslocamento chama-se fora centrfuga.
Nas curvas a direita, a fora centrfuga empurra o veculo para a esquerda, no sentido da
faixa de contramo. Ao realizar uma curva a esquerda, a fora centrfuga o empurra para a
direita, no sentido do acostamento.

8.4 Como evitar coliso nos cruzamentos

Este tipo de acidente acontece, normalmente, nas mudanas de direo, para a direita ou
para a esquerda, devido disputa pela preferncia, excesso de velocidade ou por falta de
ateno e cuidado.
O respeito pela preferncia, a velocidade compatvel e a ateno so as melhores atitudes
para se evitar tais acidentes.

Os meios para evitar coliso nos cruzamentos:

Reduzir a velocidade;
Sinalizar suas intenes;
Saber exatamente para onde seguir;
Seguir sempre com ateno;
Respeitar a preferncia de quem transita por via superior, ou que j esteja transitando nas
rotatrias.

Nos centros urbanos, os cruzamentos geralmente so locais de pouca visibilidade

O motorista que pratica a direo defensiva muitas vezes abre mo da sua preferncia em
benefcio de segurana, porque sabe exatamente o que est fazendo no trnsito e quais os riscos
que corre.

9 - Como evitar acidentes com pedestres e outros


integrantes do trnsito

Os condutores precisam estar especialmente atentos para


evitar os seguintes casos:
Atropelamentos;
Colises com bicicletas;
Colises na marcha a r;
28
Choques com objetos fixos;
Atropelamento de animais;
Colises com motocicletas.

9.1 Colises na marcha a r

Como numa manobra em marcha a r a viso do motorista limitada, deve-se prestar muita
ateno para evitar acidentes. Observe esses procedimentos:
No d marcha a r em esquinas;
Certifique-se de que no h nenhum obstculo atrs do veculo antes de iniciar a manobra.

9.2 Atropelamentos

Estatsticas brasileiras indicam que aproximadamente 30% dos acidentes de trnsito so


causados por atropelamentos. Calcula-se que morreram ao todo 33 mil pessoas por ano em
decorrncia de acidentes de trnsito, sendo que 51% dos bitos so causados por
atropelamentos.
Como o comportamento de alguns pedestres difcil de prever, a melhor forma de evitar
atropelamentos ser cuidadoso ao volante e dar sempre o direito de preferncia a quem est a
p. Determinadas pessoas tm comportamentos imprevisveis, no conhecem os perigos do
trnsito, no esto em condies de super-los ou de avali-los. o caso, por exemplo, de
crianas, de pessoas idosas ou de pessoas com deficincias, dentre outros.

Alm disso, h locais que exigem ateno redobrada dos motoristas, como os pontos de
parada de nibus ou escolas. Ao passar por esses locais, os motoristas precisam manter um
cuidado maior ainda.

9.3 Choques com objetos fixos

Esse tipo de acidente pode ocorrer nas ruas (coliso com postes, rvores, veculos
estacionados, etc.) ou mesmo nas garagens ou passeio.
Nas ruas, principalmente, esses acidentes podem ter consequncias graves aos ocupantes
dos veculos e sempre trazem danos materiais. Para evitar esse tipo de acidente, vale a
recomendao bsica: dirija com cuidado, no
ultrapasse os limites de velocidade e
mantenha as prticas de direo defensiva.

9.4 Colises com bicicletas

A bicicleta, apesar de ser um veculo de


propulso humana, tem direito de trnsito
como qualquer outro veculo. Porm, alguns
motoristas parecem ignorar os ciclistas,
atrapalhando a circulao das bicicletas ou
mesmo colocando-as em situaes de risco de
acidente.

29
Olhe antes de abrir as portas do veculo, quando estiver estacionado ou parado. Este um
veculo silencioso. Ao realizar uma curva, principalmente direita, assegure-se de que no
venha alguma bicicleta.

Ateno especial noite, pois muitos ciclistas no usam os dispositivos refletivos previstos
em lei, dificultando visualiz-los;

Mantenha uma distncia lateral mnima de 1,5 metros da bicicleta.

Alguns cuidados devem ser mantidos no trnsito em relao


aos ciclistas, j que a maioria deles menor de idade e por isso
nem sempre tm conhecimento de regras de trnsito.

9.5 Colises com motocicletas

Principalmente nas cidades, as motos dividem o trnsito com os demais veculos. Ao


mesmo tempo em que devem ter seu espao respeitado, esses veculos, pelas suas
caractersticas, exigem muita ateno dos demais condutores.
Muitas vezes, as motocicletas se utilizam de manobras arriscadas, trafegando em meio
aos nibus, caminhes e carros, sem maiores cuidados com a segurana. Assim sempre que vir
uma moto, em sentido contrrio ou no mesmo sentido, redobre a ateno:
Mantenha uma distncia segura;
Para ultrapassar uma motocicleta, utilize todos os cuidados das demais ultrapassagens;
Cheque constantemente os retrovisores: ao estacionar ou parar o veculo, cuidado ao
abrir as portas;
Cuidado nas converses esquerda e direita, pois h motociclistas que costumam
circular nos pontos cegos.

9.6 Atropelamento de animais

Animais nas ruas e estradas so srios fatores de risco de acidentes, seja pela reao
imprevisvel de seus movimentos ou pela atitude dos motoristas em desviar, bruscamente, para
tentar evitar a coliso. Mais uma vez, vale a recomendao: muito cuidado e ateno!

10 A importncia de ver e ser visto (pedestres, condutores e veculos)

No trnsito tudo acontece rapidamente e o motorista precisa estar atento aos movimentos
e reaes dos outros motoristas e pedestres.

30
Ateno especial deve ser dedicada aos pontos cegos, colunas e outras partes da
carroceria que podem ocultar veculos e pedestres. A correta regulagem dos espelhos
retrovisores muito importante para enxergar os veculos que se aproximam pelas laterais e
pela traseira do seu veculo.
To importante quanto ver os demais tambm ser visto. Para isso, utilize adequadamente
os faris, luzes indicadoras de direo (seta), pisca-alerta (quando necessrio), e mantenha
sempre em perfeito funcionamento as luzes de r e de freio. A sinalizao das manobras no
trnsito fundamental para que todas as pessoas que utilizam as vias possam perceber a
presena do veculo e prever seus movimentos.
Apesar de no ser obrigatrio, o uso de farol baixo aceso durante o dia, nas estradas,
recomendado pelas autoridades de trnsito. Isso facilita a visualizao dos veculos a uma
distncia segura para qualquer ao preventiva.

Alm disso, h locais que exigem ateno redobrada dos motoristas, como os pontos de
parada de nibus ou escolas. Ao passar por esses locais, os motoristas precisam manter
um cuidado maior ainda.

11 A importncia do comportamento seguro na conduo de veculos especializados

A legislao (CTB e resolues do CONTRAN) estabelece que o condutor de veculos


de transporte coletivo de passageiros, precisa ser aprovado em curso especializado com carga
horria de 50 horas/aula. O contedo visa qualificar os condutores para transportar com
segurana e responsabilidade os usurios do servio.
Dirigir com responsabilidade e segurana dever de todos os motoristas, ainda mais
quando transportam muitas pessoas. Portanto, o condutor desse tipo de veculo, quando realiza
manobras como converses, cruzamentos, ultrapassagens, frenagens ou paradas, deve ser mais
cuidadoso que os outros motoristas
Nesse sentido, indispensvel manter ateno aos requisitos de segurana, conhecidos
como os 5 elementos da direo defensiva:

11.1 Conhecimento

Em qualquer atividade importante dominar a teoria para desenvolver um bom trabalho.


Dirigir no foge a essa regra. Conhecer as leis e os regulamentos de trnsito, os procedimentos
para ultrapassagens seguras, o direito de preferncia nas vias de outras informaes essencial
a qualquer pessoa que pretenda dirigir um veculo.

11.2 Previso

a habilidade do motorista para prever o perigo, para antever situaes de risco de


acidentes, sejam mediatas ou imediatas. A previso mediata aquela que deve ser feita antes de
se iniciar uma viagem. J a imediata acontece quando o motorista est dirigindo.

11.3 Habilidade

Saber exatamente qual a melhor maneira de parar, dar marcha a r, fazer converses,
enfim, de manobrar o veculo. Este requisito fundamental, principalmente, em manobras de

31
emergncia. A habilidade ao volante a capacidade de manusear corretamente os instrumentos
de comando e realizar com percia e sucesso as manobras de trnsito.

11.4 Ateno

Estar sempre alerta para o que se passa sua volta, para as condies de trfego, para o
limite de velocidade na via percorrida, etc. Dirigir um veculo significa prestar ateno
constante no trnsito, pois alguns segundos de desateno podem causar acidentes e mortes.

11.5 Deciso

fundamental decidir e agir prontamente em situaes de risco. Nesses momentos, a


deciso auxiliada pelo conhecimento que o condutor possui, pela ateno que ele mantm e
pela previso do perigo.

12 Comportamento seguro e comportamento de risco (diferenas que podem salvar


vidas)

12.1 Mtodos bsicos de preveno de acidentes.


O comportamento seguro no trnsito pode ser mantido com a prtica do mtodo bsico de
preveno de acidentes, que consiste em 3 aes interligadas:

Prever o perigo
A previso de possveis situaes de risco que contribuem para que os acidentes aconteam,
devem ser efetuadas com antecedncia, podendo ser de horas, dias, ou at semanas,
caracterizando a previso mediata.

Descobrir o que fazer


Em algumas vezes, os acidentes resultam de erros dos motoristas. A mesma falha que provoca
um acidente pode causar um acidente fatal. A gravidade determinada pela ocasio. Isso quer
dizer que os acidentes, mesmo os pequenos, merecem ser revistos, analisando-se o tipo de erro
cometido para afastar a possibilidade de repetio.
O fato de um motorista ter contribudo para que houvesse um acidente indica que ele no agiu a
tempo, no sabia como se defender, ou ainda que desconhecesse o perigo.

Agir a tempo
Alm de estar consciente sobre os perigos e quais atitudes devem ser tomadas, preciso saber
agir imediatamente, e jamais esperar para ver o que vai acontecer.
Algumas vezes, os acidentes ocorrem justamente porque o motorista espera a atitude dos outros,
ou que os demais conheam e respeitem as regras de trnsito.

13 Cinto de segurana

No momento do acidente acontecem 2 choques


simultneos: o primeiro, do veculo contra o obstculo e o
segundo, dos ocupantes contra as partes internas do veculo.
O uso do cinto de segurana evita ou pelo menos ameniza o
segundo choque, pois mantm o motorista e os demais
ocupantes fixos no banco. Alm disso, o uso do cinto evita
que as pessoas sejam arremessadas para fora do veculo, o
que muito grave.

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Apesar da importncia do cinto de segurana j ter sido comprovada, alguns motoristas e
passageiros insistem em no utiliz-lo. Estas so algumas vantagens do uso do cinto de segurana:

Diminui a possibilidade de perda de conscincia num acidente;


Protege contra os impactos no interior do veculo, principalmente a cabea e o ro sto, que so
as partes mais atingidas numa coliso;
Em uma coliso a 20 Km/h o corpo do motorista arremessado contra o volante, coluna de
direo e para-brisa, numa fora equivalente a 6 vezes o seu peso; o cinto d firmeza,
mantm o motorista na posio correta e pode at ajudar a amenizar o cansao do corpo,
principalmente em viagens longas.

No usar o cinto, alm de ser perigoso, infrao. O CTB, no artigo 65, diz:
obrigatrio o uso do cinto de segurana para condutor e seus passageiros em todas as vias do
territrio nacional, salvo em situaes regulamentadas pelo CONTRAN.

DIREO DEFENSIVA

1 - Em Direo Defensiva, habilidade significa:


a) manejar o veculo com desenvoltura.
b) dirigir em estado de alerta permanente.
c) prever situaes e locais de perigo.
d) ver e ser visto.

2 - O condutor defensivo percebe que o veculo est puxando para a direita. Deve
conhecer que uma possvel causa desse problema :
a) o desalinhamento das rodas.
b) a desregulagem da injeo eletrnica.
c) que o disco e os plats da embreagem esto gastos.
d) que as pastilhas e os discos de freios esto gastos.

3 - Todo acidente evitvel?


a) No. Alguns so imprevisveis.
b) Depende da causa do acidente.
c) Sim. Sempre haveria algo que poderia ter sido feito para evit-lo.
d) No. Alguns acidentes no so falhas humanas.

4 - Para evitar coliso com o veculo da frente, deve-se:


a) Ficar alerta, olhar alm do veculo frente e manter distncia de seguimento.
b) No desviar os olhos do veculo da frente, para ver o que ele est fazendo.
c) Ultrapass-lo, se voc for o primeiro da fila.
d) Olhar sempre frente e livrar-se dos veculos colados traseira do seu.

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5 A distncia segura entre o seu veculo e o veculo que circula sua frente, alm de ser
uma norma de circulao, conhecida como:
a) Distncia regulamentar.
b) Distncia de parada.
c) Distncia de segurana.
d) Distncia frontal.

6 Para evitar coliso com o veculo que vem atrs, deve-se:


a) Ir bem devagar, assim, se houver coliso, a culpa do outro.
b) Ficar firme na sua mo de direo, pois o problema do outro motorista.
c) No se preocupar, afinal, o responsvel sempre o que vem atrs.
d) Saber o que vai fazer, sinalizando suas intenes, parar suave e gradativamente e livrar-se
dos veculos colados traseira do seu.

7 Para dirigir com maior segurana, a forma correta de segurar o volante com as
mos:
a) Apoiadas na parte externa do volante, em posio similar a oito horas e vinte minutos do
relgio.
b) Juntas, na parte de baixo.
c) Apoiadas na parte externa do volante, em posio similar nove horas e quinze minutos
do relgio.
d) Nos raios do volante

8 Tudo aquilo que dificulta o trabalho do motorista, interferindo em sua maneira de


dirigir, d-se o nome de condies:
a) Perversas.
b) Adversas.
c) Diversas.
d) Seguras.

9 Dirigir de modo a evitar acidentes, apesar dos erros dos outros motoristas e das
condies adversas do trnsito e do tempo, preservando a vida humana e o meio
ambiente. O texto refere-se ao conceito de:
a) Mecnica Preventiva.
b) Direo Defensiva.
c) Dispositivo de Segurana.
d) Operao de Trnsito.

10 POR QUE DEVO RESPEITAR AS DISTNCIAS DE SEGURANA?


Considerando o CTB e os preceitos de Direo Defensiva, a resposta correta para a
questo acima :
a) Para que os veculos que venham no sentido contrrio tenham melhor visibilidade.
b) Para que haja tempo e distncia de reao, no caso de freada busca, evitando coliso.
c) Para eliminar a possibilidade de erro por parte do condutor.
d) Para poder se livrar do trnsito pesado.

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

1 A tica no contexto das relaes interpessoais e sociais.

No contexto das relaes interpessoais e sociais, o agir tico se caracteriza pela


observao dos valores morais que indicam um comportamento correto e adequado por parte do
indivduo em relao aos outros membros do grupo social a que pertena.
A viso mais comum se d no campo profissional, onde sempre antitico tecer crticas
depreciativas ao trabalho de um colega de profisso, diante de terceiros, no pertencentes
profisso, ou ainda, na ausncia do colega em questo.
De forma geral, os princpios ticos nas relaes interpessoais e sociais, pautam -se no
respeito, na lealdade, na convivncia harmnica, no apreo e na solidariedade.
A pessoa deve agir com compreenso em relao queles com quem convive, e de quem
eventualmente discorda, da mesma forma que gostaria que agissem com ela; isto j um
primeiro passo em direo aquisio de uma postura eticamente saudvel nas relaes sociais.
Dessa forma, crticas construtivas, em termos elevados no ambiente e momento
apropriados, solidariedade e apoio para com as dificuldades e limitaes alheias, a
compreenso, a presteza, a diligncia, a educao e, portanto, um trato social apurado, sero
sempre vistos como caractersticas positivas, que valorizam aqueles que as possuem.

Um uniforme limpo e bem cuidado associado a cuidados essenciais de higiene e boa


educao facilitam e muito a atividade de atendimento e at a resoluo de algum mal-
entendido. Isso porque uma boa apresentao pode aumentar a confiabilidade e favorecer
uma resposta positiva s orientaes transmitidas ou de aceitao do que est sendo
tratado.

Mesmo o ambiente do grupo j estando impregnado por vcios antiticos, ou por pessoas
de comportamento antitico, ainda assim se sobressair melhor a pessoa que tiver um
comportamento eticamente adequado, no se deixando influenciar pelo vrus da cultura
antitica. Isto vale para a vida em sociedade, na famlia, no trabalho, na poltica, na esco la e
em qualquer grupo social que se possa imaginar, por mais deteriorado que esse grupo possa
estar, as pessoas de comportamento eticamente louvvel se destacam, adquirem prestgio e
servem de modelo.

2 Formas de relacionamento interpessoal

Sempre a relao ou interao se d por algum tipo de comunicao. Podemos ento dizer
que por meio de processos de comunicao que as pessoas se relacionam, transmitindo e
recebendo ideias, imagens e impresses.
Talvez o maior diferencial do ser humano seja a sua capacidade de comunicar ao outro o
que aprende intencionalmente e utilizando diversas formas para concretizar essa comunicao.
lgico que todo ser humano tem a capacidade de se comunicar. Entretanto, a qualidade
da mensagem transmitida e o entendimento de seu contedo muitas vezes deixam a desejar,
comprometendo significativamente as relaes interpessoais.

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MENSAGEM o que se quer transmitir.
CANAL OU MEIO o processo utilizado para transmitir a mensagem. A
mensagem verbal pode ser transmitida de forma presencial, telefnica, pelo rdio,
vdeo (TV, VHS, DVD) ou internet.

2.1 O processo de comunicao

Todo processo de comunicao verbal, no verbal ou escrita possui a seguinte


estrutura bsica:

EMISSOR ou TRANSMISSOR a pessoa que transmite ou emite a mensagem.

RECEPTOR aquele que recebe a mensagem. Pode ser um indivduo ou um grupo de


pessoas.

CDIGO a linguagem ou smbolo utilizado que deve ser de conhecimento comum tanto ao
transmissor da mensagem como ao receptor, para possibilitar que a mensagem seja
compreendida. Por exemplo, a mensagem pode ser em um determinado idioma, visual ou
pictrica (feita por desenhos, vdeo, fotos, imagens, smbolos, etc.), matemtica (linguagem
numrica), ou apresentar uma combinao de vrios cdigos (grficos com explicao escrita).

CONTEXTO refere-se situao em que ocorre a mensagem.

RUDOS DE COMUNICAO as falhas de comunicao so chamadas de rudos ou


barreiras. Um rudo ou barreira de comunicao, e algo que interfere no processo de
comunicao, prejudicando total ou parcialmente a compreenso da mensagem, pode ser um
rudo fsico (barulho, problemas com o equipamento ou canal utilizado) ou psicossocial (falta
de conhecimento do conceito utilizado, interpretao diferente, dificuldade de percepo,
preconceitos que interferem no julgamento etc.).

2.2 Aspectos da comunicao interpessoal

Este tipo de comunicao se d por meio de formas de relacionamento, mesmo que


momentneas e situacionais. H relacionamento interpessoal quando se sinaliza para algo com
um olhar, um gesto, uma palavra, ao se atender um cliente, se consultar um colega de trabalho
ou quando se fala com a famlia ao telefone.
No importa se o contato ocasional, se durou apenas um minuto ou uma hora, se ir ver
a pessoa mais vezes ou se a encontra uma nica vez, todas as formas de relacionamento
interpessoal iniciam com a percepo do outro, percepo essa que pode ser alterada em funo
de valores intrapessoais ou ambientais, e que influencia o processo de comunicao, seja verbal,
no verbal ou uma combinao de ambos.

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3 Cuidados no atendimento ao cliente

Existem alguns fatores que interferem no sucesso de um atendimento pessoal,


dificultando o relacionamento.

3.1 Apresentao pessoal

A apresentao a primeira impresso na relao interpessoal e merece muita ateno.


Ela no ocorrer novamente.
Da mesma forma, a inadequada apresentao pessoal pode dificultar a relao
interpessoal e at dificultar a resoluo de conflitos, alm de passar uma imagem de abandono e
relaxamento profissional.

3.2 Higiene do ambiente

O ambiente interfere na relao. Oferecer um ambiente limpo e agradvel pode facilitar o


atendimento, alm de evitar estresse e desconforto.

3.3 Preparao do atendimento: organizao das informaes e materiais necessrios ao


adequado desempenho das atividades

Preparar-se para as atividades de


atendimento extremamente importante. O
profissional que busca os conhecimentos
pertinentes e tem em mos os materiais e
as informaes necessrias ao atendimento,
pode reduzir o tempo destinado
realizao das atividades. Dessa forma,
torna o atendimento mais objetivo, alm de
estar melhor preparado para tirar dvidas e
resolver problemas. Sem contar que o
atendimento de rotina torna-se mais
eficiente, evitando o desgaste da espera,
pelo cliente e do prprio profissional, que
produz mais e de forma mais fcil.

Observaes:

Sorria e mantenha o bom humor! Uma atitude positiva facilita a comunicao.


Coloque-se no lugar do cliente. Assim voc poder compreend-lo melhor.
Diga POR FAVOR e OBRIGADO ao pedir informaes.
Use o nome do Cliente ou da pessoa, tratando-o por Senhor ou Senhora.
Mostre interesse pelas necessidades do cliente.
Explique suas razes quando tiver que dizer NO a um pedido.
Diga ao cliente quais so suas opes.

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4 Gerenciando conflitos junto a clientes

Os conflitos que por ventura venham a ocorrer com clientes no dia-a-dia, exigem
esforos e ateno redobrados dos profissionais envolvidos no sentido de sanar ou reparar a
insatisfao existente.
As reclamaes dos clientes devem sempre ser levadas em considerao, pois o cliente
a razo de toda a existncia da prestao dos servios. Sem os clientes, no h empresa, no h
trabalho.
A opinio do cliente fator relevante para a melhoria de qualquer servio prestado, e as
empresas costumam consult-los por meio de pesquisas de satisfao.
4.1 O que quer o cliente irritado?

Em primeiro lugar, ser levado a srio e tratado com respeito. Qualquer reclamao por mais
simples que seja, deve ser ouvida com ateno e com educao, para evitar que o cliente
tenha mais uma insatisfao; a de no ser adequadamente ouvido ao fazer sua reclamao.
Que se tome uma ao imediata. importante fazer perguntas para tentar identificar
exatamente qual o motivo de insatisfao e a forma possvel de reparao, restituio ou
compensao. O importante resolver o problema da melhor forma possvel na viso do
cliente, e caso voc no possua os meios para isso, ser importante chamar um superior para
que colabore na soluo do problema.

4.2 O que se deve evitar?

Prometer e no cumprir. Pior do que um servio inadequado uma promessa de reparao


que no se realiza.
Indiferena e atitudes indelicadas como, por exemplo, ficar surdo s necessidades do
cliente, agir com sarcasmo e prepotncia, ou at mesmo questionar a integridade do cliente.
Jamais discuta com o cliente ou utilize palavras indelicadas, mesmo que o cliente tenha se
descontrolado. De modo geral, depois que as pessoas desabafam e voltam tranquilidade,
acabam por avaliar a situao e se desculpar com o atendente. Mantenha a linha e a calma,
mantendo o foco na soluo do problema e evitando tomar a questo como uma agresso
pessoal.
Deixar de retornar solicitao do cliente. Caso voc tenha se comprometido de verificar
qualquer coisa para depois retornar ao cliente, faa isso o mais rpido possvel para evitar
mais transtornos.

5 Aspectos do comportamento e de segurana no transporte de emergncia

O transporte de emergncia tem um


papel fundamental no cotidiano da sociedade,
sendo responsvel pela movimentao de
pessoas com estado de sade debilitado.

Um condutor de transporte de
emergncia um profissional que deve ter
conhecimento e respeitar as normas de
trnsito, estar consciente da sua grande
responsabilidade ao lidar com as referidas
pessoas, descritas acima e conduzir o veculo
com cuidado e segurana. Este condutor deve
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sempre prestar um servio com qualidade e passar confiana e segurana s pessoas.
Alm disso, de suma importncia que o profissional aja de forma educada, tratando o
usurio com cortesia.
O objetivo desse curso orientar o condutor de transporte de emergncia a realizar o
trabalho com responsabilidade e qualidade, a fim de diminuir os ndices de acidentes de
trnsito, e preservar a integridade fsica dos passageiros oferecendo-lhes, ainda, conforto e
segurana.

5.1 Acidentes

Se por acaso, o veculo de emergncia se envolver em um acidente de trnsito, o veculo


no poder ser retirado do local antes da percia policial. Assim, deve-se providenciar
imediatamente outro transporte para que o paciente possa continuar o seu caminho at o
hospital.

5.1.1 O estresse e o trnsito

O efeito do estresse frente a situaes cotidianas no trnsito nitidamente visvel no


comportamento das pessoas ao volante. As presses e tenses extras que o trnsito proporciona
podem alterar padres de comportamento do condutor e fazendo-o criar situaes de risco e
insegurana, para si e para os demais usurios.

5.1.2 O estresse e condutor de emergncia

Para ser um profissional de sucesso, de extrema importncia ter equilbrio emocional.


O condutor precisa fazer uma autocrtica para identificar reaes emocionais diante de cada
fator estressante do seu dia a dia. Administrar emoes significa aprender alternativas de
reaes.

6 Comportamento solidrio no trnsito

O trnsito reflete de forma negativa o


atual estilo de vida do homem. A falta de
tempo e o excesso de compromissos,
aliados aos constantes congestionamentos,
tm sido a causa de muitos acidentes de
trnsito. O estresse da vida moderna
muitas vezes provoca nas pessoas reaes
violentas e perigosas no trnsito.
O condutor deve estar atento para
que problemas externos no influenciem
na sua forma de dirigir. Para tanto, deve
entender que um comportamento
inadequado de outros condutores no deve ser respondido da mesma forma.
importante lembrar que uma das caractersticas principais para um condutor que
transporta passageiros a cortesia, que significa abrir mo de seu direito em favor da segurana
de todos.

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Observe um exemplo: o condutor est dirigindo quando percebe um motorista tentando
ultrapass-lo em uma curva e com sinalizao de faixa contnua. Nesse momento, para
segurana de todos, reduz a velocidade e aproxima o seu veculo da borda direita da pista para
facilitar a manobra do outro.
Nesse exemplo, o condutor agiu com cortesia. Ao mesmo tempo, sua conduta ev itou uma
possvel coliso frontal do veculo que ultrapassava o seu e tambm afastou a possibilidade de
ser envolvido no acidente.
O trnsito a utilizao das vias por pessoas, veculos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou no, para fins de circulao, parada, estacionamento e operao de carga e
descarga.
Esse conceito de trnsito est no Art. 1 do Cdigo de Trnsito Brasileiro, que define
claramente os usurios das vias. Essa introduo do CTB no foi casual; ao contrrio, teve o
propsito de deixar claro que o Cdigo, desde o incio, prev que, em primeiro lugar e acima de
tudo, devemos respeitar o ser humano no sistema de trnsito.
Qual o papel do condutor nessa circunstncia? natural que se o condutor respeitar as
faixas de pedestres, dando prioridade de passagem a pessoas que j tenham iniciado a travessia,
mesmo que o semforo mude, respeitar tambm a prioridade de pessoas gestantes, idosas, com
deficincia e at mesmo de pessoas embriagadas, um jovem que hoje passageiro toma por
base na sua formao esses comportamentos e, provavelmente, ir pratic-los quando
futuramente assumir a direo de um veculo.
As regras de circulao tambm devem ser praticadas sob todos os aspectos, pois a no
observncia delas pelo condutor de passageiros poder levar o veculo a se envolver em
acidente.

7 Responsabilidade do Condutor em Relao aos Demais Atores do Processo de


Circulao

O pargrafo do artigo 29 do CTB determina: Respeitadas as normas de circulao e


conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veculos de maior porte sero
sempre responsveis pela segurana dos menores, os motorizados pelos no motorizados e,
juntos pela incolumidade dos pedestres.

Como podemos ver, os papeis esto claramente definidos no cenrio das ruas, estradas e
rodovias. O motorista de um veculo de maior porte deve dar prioridade aos veculos menores e

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demais integrantes do trnsito. Afinal, um veculo de grande porte como um nibus, por
exemplo, ao colidir com um veculo menor, pode provocar estragos de grande proporo. O que
dizer ento, se o atingido for um motociclista, ciclista ou um pedestre?
bom lembrar que as bicicletas e os pedestres merecem ateno especial. Os ciclistas
devem transitar pelas ciclovias ou ciclo faixas ou, na inexistncia destas, do lado direito da via,
junto ao meio-fio, no mesmo sentido de fluxo dos veculos, com preferncia sobre eles. J os
pedestres devem atravessar as vias nas faixas ou passarelas, sempre mantendo preferncia sobre
os veculos.
Entretanto, mesmo que um ciclista ou um pedestre se comporte de forma imprudente no
trnsito, temos a responsabilidade de proteg-los. Afinal, muitos ciclistas e pedestres no
tiveram qualquer informao sobre legislao de trnsito e suas regras de comportamento.
O condutor dever ter sempre em mente que quando se encontra no trnsito, ele est
dividindo espaos com outros indivduos que tambm necessitam utilizar as vias, as quais esto
se tornando cada vez mais perigosas em decorrncia do aumento da populao e da frota de
veculos em circulao.

8 Respeito s normas estabelecidas para a Segurana no Trnsito

A implantao do Cdigo de Trnsito Brasileiro, em 1998, prova de que o Brasil no


mais o pas do futuro, mas o pas do presente. Ao falarmos em leis de trnsito, estamos falando
em responsabilidade, mudana de comportamento e educao. Sobretudo, em cidadania.
O objetivo do Cdigo basicamente transformar o trnsito em algo mais humano e
civilizado. E sabe por qu? Porque sabemos que o respeito lei tem como consequncia direta o
respeito vida. Apesar disso, algumas pessoas teimam em dizer: Por que eu tenho que
respeitar as leis de trnsito se ningum respeita?.
O respeito s leis de trnsito uma questo de conscincia. No podemos esperar que o
poder pblico e as autoridades resolvam sozinhos esse problema, j que se trata de uma questo
comportamental.
Ao dirigir estamos sendo constantemente observados, principalmente por nossos filhos
ou pelos passageiros. Se respeitarmos as leis de trnsito, nossos observadores tomaro esse
comportamento como exemplo. Esse , sem dvida, o pontap inicial para que as futuras
geraes possam transformar as nossas ruas e rodovias em lugares mais agradveis e seguros.
Respeitar o direito dos outros uma questo de
educao e bom senso, alm de ser preceito legal.
Mas h casos de motoristas que so desrespeitadores
da legislao, e a educao demonstrada no trnsito
normalmente um retrato do comportamento geral
do indivduo. A agressividade no trnsito outro
fator de risco e demonstra a falta de solidariedade
para com os demais usurios das vias.
Ns precisamos ter sempre em mente que
direitos e deveres so como uma moeda de duas
faces; devemos cumprir com os nossos deveres para termos direito de pleitear bene fcios.
Precisamos respeitar os direitos dos outros se quisermos ser respeitados.
O respeito s normas no se restringe s normas de trnsito previstas no CTB, mas
engloba tambm exigncias de cada Municpio, os quais tm legislaes prprias e estabelecem
normas especficas para sua rea. Essas regras podem tambm ser estabelecidas com referncia

41
segurana no trnsito, principalmente no que se refere aos veculos e na preparao dos
condutores.

9 O Papel dos Agentes de Fiscalizao de Trnsito.

Agentes de trnsito so prestadores de servio da administrao pblica com


competncia para a aplicao de multas de trnsito e demais assuntos referentes ao trfego em
geral, esses agentes podem ser federais, estaduais e municipais. Os principais agentes de
trnsito so:
Nvel Federal Polcia Rodoviria Federal.
Nvel Estadual Polcia Rodoviria Estadual e Companhia de Trnsito da Polcia
Militar.
Nvel Municipal Autarquia ou Secretaria Municipal de Trnsito (apenas em cidades
que municipalizaram o trnsito).
Cada agente de trnsito tem a sua competncia estabelecida pela Tabela de Distribuio
de Competncia, Fiscalizao de Trnsito, Aplicao de Medidas Administrativas, Penalidades
Cabveis e Arrecadao de Multas Aplicadas.
Portanto, existem infraes que so de competncia exclusiva do Estado e outras de
competncia exclusiva do Municpio, assim como h outras que so da competncia de ambos.
Por exemplo:

1 - Estacionamento irregular uma infrao que somente pode ser aplicada pelo Municpio.
Se o Estado aplic-la, o auto de infrao nulo.
2 - Falta de equipamento obrigatrio uma infrao de competncia exclusiva do Estado, ou
seja, somente o Estado poder aplicar a multa.
3 - Excesso de velocidade uma infrao que pode ser aplicada tanto pelo Estado como pelo
Municpio.

Os agentes de trnsito tm o dever de agir sempre dentro dos princpios da legalidade,


moralidade e urbanidade, alm de outros, pautando-se pela preservao da vida e do
patrimnio pblico e privado, e garantindo, assim, sua efetiva contribuio para a paz no
trnsito e segurana do usurio.
O condutor precisa ver os agentes de trnsito como aliados para a manuteno do
trnsito seguro. Afinal, quem respeita as leis de trnsito e dirige com uma atitude preventiva e
defensiva no precisa temer as fiscalizaes.
Aos condutores garantido amplo direito defesa, quando se sentirem injustamente
punidos por um agente de trnsito; por isso so desnecessrias as discusses e os atritos no
momento da fiscalizao. Lembre-se de que o policial uma autoridade constituda, devendo
ser respeitado como tal.

10 Atendimento s diferenas e especificidades dos usurios (pessoas portadoras de


necessidades especiais, faixas etrias diversas e outras condies)

Para prestar bom atendimento aos usurios do servio de transporte coletivo


necessrio, em primeiro lugar, ter conscincia de que h uma grande diversidade de
caractersticas fsicas e psicolgicas entre eles.

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Desse modo, as pessoas que pertencem a uma mesma faixa etria, costumam apresentar
algumas caractersticas semelhantes, por exemplo: os adultos so mais responsveis que os
jovens e adolescentes, enquanto que os idosos e crianas necessitam de ateno redobrada.
Assim como as diferentes faixas etrias apresentam comportamentos diversos, outros
tipos de comportamentos so apresentados por usurios que possuem caractersticas especficas,
como por exemplo, pessoas com necessidades especiais.
O trabalho do condutor poder ter melhor resultado, em relao ao seu relacionamento
com os usurios do servio, se ele tiver conhecimento de alguns aspectos que interferem no
comportamento das pessoas, como a percepo, as necessidades bsicas do ser humano e a
comunicao.

10.1 Percepo

o processo pelo qual tomamos conhecimento do mundo externo. um processo


psicolgico bsico. Na ausncia da percepo no haveria memria, aprendizagem ou
pensamento.

Fatores que interferem na percepo:


Experincias passadas;
Diferenas individuais;
Estado emocional;
Interesse;
Preconceito.

10.2 Necessidades bsicas do ser humano

A motivao humana constante e infinita, flutuante e complexa. O homem pode ser


considerado um animal que deseja e que raramente alcana um estado de completa satisfao, a
no ser em certos perodos de tempo. Logo que satisfaz um desejo, surge outro, e assim
sucessivamente.
As necessidades bsicas do ser humano foram organizadas por categorias em uma
hierarquia de predomnio relativo, das quais as necessidades fisiolgicas so as principais.
Abaixo temos a representao da hierarquia das necessidades bsicas, segundo o autor Maslow.

As necessidades bsicas no seguem uma hierarquia rgida, podendo variar sua posio e
predominncia, j que os indivduos so diferentes. Certa dose de insatisfao de necessidades
que caracteriza a sade fsica e mental, pois mobiliza energias direcionadas para o crescimento
pessoal.

43
As necessidades fisiolgicas constituem a sobrevivncia do indivduo e a preservao da
espcie: alimentao, sono, repouso, abrigo, etc.
A necessidade de segurana constitui a busca de proteo contra a ameaa ou privao, a
fuga e o perigo.
A necessidade social inclui a necessidade de associao, de participao, de aceitao
por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor.
A necessidade de estima envolve a autoapreciao, a autoconfiana, a necessidade de
aprovao social e de respeito, de status, prestgio e considerao, alm de desejo de fora e de
adequao, de confiana perante o mundo, independncia e autonomia.
A necessidade de autorrealizao a mais elevada; a necessidade de cada pessoa
realizar o seu prprio potencial e de se desenvolver continuamente.

10.3 Comunicao

o processo que consiste em transmitir e receber uma mensagem com a finalidade de


afetar o comportamento das pessoas.
A importncia da comunicao no mbito da empresa, ou em qualquer rea do convvio
humano inquestionvel, pois possibilita todos os relacionamentos e torna possvel a interao
entre pessoas. As formas que ajudam a comunicar-se bem so:

Clareza;
Objetividade;
Tom de voz;
Saber ouvir;
Colocar-se no lugar do outro.

10.3.1 Tipos de comunicao

Verbal: escrita ou falada;


No verbal: gestos, movimentos, imagens e smbolos.

10.3.2 Barreiras comunicao eficaz

Dificuldades de expresso: Muitas vezes, por no usar palavras adequadas ou por no saber
como transmitir a sua ideia, a pessoa no consegue passar a mensagem (aquilo que queria
dizer) de maneira clara e objetiva.
Timidez ou medo de expressar suas opinies: A vergonha, o receio de falar bobagens, o
medo de falar errado, e de no ser aceito entre outros, impedem a comunicao.
Escolha inadequada do receptor: Isso ocorre quando a mensagem no deveria ser dirigida
quela pessoa (por no ser responsvel ou por no estar envolvida com o assunto em questo,
ou ainda, por no ter como resolver).
Escolha inadequada do meio: Muitas vezes, a mensagem bem transmitida atravs do
telefone. Outras situaes exigem uma mensagem escrita ou transmitida pessoalmente.
Suposies: Quando uma pessoa inicia uma conversa a partir do que supe que a outra
pessoa pensa, conhece ou sabe, omitindo quaisquer preliminares, a comunicao corre o risco
de no se completar.

44
Excesso de intermedirios: Se o emissor no transmite a mensagem diretamente ao receptor
final, as pessoas que vo dar continuidade ao processo de comunicao podem deturpar a
mensagem, mesmo sem querer.
Atitude de pouco interesse pelo que o outro tem a dizer: Isso leva o emissor a abreviar o
assunto ou mesmo a omitir a mensagem.
Preocupao: O receptor fica to envolvido com determinada preocupao que a mensagem
(ou parte dela) no chega at ele.
Esteretipos e preconceitos: Muitas vezes, a aparncia fsica de uma pessoa, sua incluso
em determinado grupo tnico ou social, sua profisso, seu modo de se vestir, de falar ou
mesmo o assunto que ele tem a tratar, podem fazer com que o receptor levante barreiras
comunicao.
Comportamento defensivo: Se o receptor passar a encarar cada questo levantada como
uma acusao ou crtica pessoal a ele, suas respostas podero tomar forma de autodefesa,
justificativa, agressividade, etc.
Diferena de status: Uma pessoa de posio hierrquica elevada pode achar que no precisa
se comunicar ou se relacionar com subordinados ou inferiores, nem dar ou receber feedback
(retorno/resposta mensagem). Tal comportamento acaba impossibilitando qualquer dilogo.
Tambm o emissor, por reagir defensivamente perante uma pessoa de status mais elevado,
pode perder ou distorcer o contedo da mensagem.
Estado fsico ou emocional: Situaes de tenso, euforia, cansao fsico ou mental,
prejudicam a emisso ou a recepo de uma mensagem.
Palavras de duplo sentido: Quando o emissor utiliza palavras, sujeitas a diferentes
interpretaes, ou quando o receptor atribui outro sentido s palavras que foram ditas, a
ambiguidade (duplo sentido) impede a exata compreenso da mensagem.
Palavras tcnicas: Quando a mensagem transmitida utilizando-se termos tcnicos
especficos, corre-se o risco de se prejudicar a compreenso exata do contedo.
Diferenas de percepo: Uma determinada situao pode significar um grande problema
para uns ou at uma soluo para outros, depende da tica (do modo de enxergar, de ver as
coisas) de cada um.

10.3.3 Facilitadores da comunicao interpessoal

Tratar as pessoas pelo nome;


Olhar para as pessoas enquanto fala;
Ouvir com todos os sentidos;
Colocar-se no lugar da outra pessoa;
Evitar preconceitos;
Inspirar confiana;
Solicitar e aceitar realimentao (consiste em o receptor dar retorno, retroalimentar o
processo, indicando ao emissor o que ouviu, como ouviu e o que sentiu);
Manter o controle emocional.

O receptor tambm pode interferir na comunicao, tornando-a eficaz ou no. Saber


ouvir uma habilidade indispensvel no processo de comunicao.

Para isso necessrio:

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Tempo para ouvir;
Ateno em quem est falando, concentrar-se;
Parar de falar, pois quem muito fala, no ouve;
Respeitar as opinies dos outros;
Analisar e procurar entender a mensagem;
Evitar interferncias da emoo;
Olhar para quem est falando;
Se colocar no lugar do outro;
Ser cauteloso ao criticar. A crtica deve ser positiva;
Valorizar a pessoa que est falando.

10.4 Cuidados especiais

Saiba como agir em relao s pessoas que necessitam de ateno e atendimento especial
do condutor:

Obesos
Se essa pessoa apresentar dificuldades para se locomover, deve-se auxili-la;
Se no apresentar condies de entrar no veculo sozinho, necessrio ajud-lo;
Se a pessoa no conseguir passar pela roleta, o mais adequado que desa pela porta da
frente (ela paga a passagem e o cobrador gira a roleta).

Pessoas com deficincia


Dispensar maior ateno;
No expor a deficincia da pessoa, de forma que ela fique constrangida;
Acomodar os equipamentos de locomoo utilizados pelo deficiente fsico;
Se necessrio, essa pessoa deve descer pela porta da frente;
Verificar a acomodao no assento reservado (conforme Lei 4.843).

Idosos
Dispensar a eles maior ateno e auxili-los a:

Ter pacincia para esclarecimentos das informaes pedidas;


Auxiliar o cliente, quando solicitado, no embarque e desembarque;
Verificar a acomodao no assento reservado (conforme Lei 4.843);
Saber que o idoso tem direito a utilizar gratuitamente os nibus por meio da utilizao do
passe livre, exceto nos nibus rodovirios e interestaduais, e desembarcam pela porta
dianteira (mediante apresentao de documento que comprove a idade maior que 65 anos).

46
Gestantes
Auxili-las para entrar e sair do veculo, se necessrio;
Dependendo do ms de gestao, as grvidas no devem passar pela roleta (paga a passagem,
o cobrador gira a roleta e a gestante desce pela porta da frente);
Verificar a acomodao no assento reservado (conforme Lei 4.843).

Crianas
Auxili-las na entrada e sada do veculo, se necessrio;
Redobrar a ateno e a pacincia;
No permita que crianas faam a viagem com a cabea ou mos para fora da janela ou em
p no banco;
No caso de a criana se perder do acompanhante, o cobrador deve lev-la at o fiscal para
que ele tome as providncias.
Pacientes transportados
As manobras devem ser feitas com cuidado, porque geralmente o paciente no consegue se
segurar;
Quanto mais o paciente se manifestar sobre as sensaes do dor melhor, pois indica que as
terminaes nervosas da pessoa esto bem;
Em serras e subidas ou descidas, circule devagar. Se necessrio, ajuste a altura da maca;
Nas curvas, reduza a velocidade.

Todos ns somos usurios e consumidores. Como usurios dos servios de transporte,


estamos cada vez mais exigentes, cobrando um servio de qualidade por parte dos
profissionais, pois sabemos decidir sobre o que h de melhor na prestao dos servios. O
profissional que no conseguir atender o nvel de qualidade solicitado poder ser substitudo
por outro que atender s exigncias.
O condutor de transporte de emergncia pode receber elogios ou crticas, porm, embora
se esforce para atender os pacientes da melhor maneira possvel, no deve esperar por
manifestaes de reconhecimento pelo seu trabalho. A situao do paciente, muitas vezes,
pode ser grave e demandar uma preocupao excessiva daqueles que a acompanham.
Independente disso h alguns cuidados que devem ser observados, sempre:

Fazer a manuteno adequada do veculo;


Praticar a Direo Defensiva;
Ter ateno, educao, cortesia e pacincia;
Buscar a percepo de si e do outro.

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

1 No trnsito, quem responsvel pela segurana dos pedestres?


a) Os condutores de veculos de menor porte.
b) O prprio pedestre.
c) Todos os condutores.
d) Todas as alternativas esto corretas.
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2 Qual instituio responsvel pela fiscalizao de trnsito nas rodovias federais?
a) Polcia Rodoviria Federal.
b) Polcia Rodoviria Estadual.
c) Companhia de Trnsito da Polcia Militar.
d) DETRAN.

3 Cortesia no trnsito significa:


a) Respeitar as leis.
b) Fazer valer o seu direito a qualquer custo.
c) Respeitar os direitos dos outros e ser tolerante.
d) Abrir mo do seu direito em favor da segurana de todos.

4 Um passageiro com necessidades especiais:


a) Dificulta o trabalho do condutor.
b) No deve ser transportado com os outros passageiros.
c) um passageiro como outro qualquer e no requer cuidado especial por parte do motorista.
d) Deve receber atendimento especial de acordo com suas limitaes.

5 Entre as necessidades bsicas do ser humano, a autorrealizao significa:


a) A necessidade de associao, de participao, de troca de amizade.
b) A sobrevivncia do indivduo e a preservao da espcie.
c) A necessidade de cada pessoa realizar o seu prprio potencial e de se desenvolver
continuamente.
d) A necessidade de aprovao social e de respeito.

6 Quem so os maiores responsveis pela segurana no trnsito?


a) Os motoristas.
b) Todos tm sua parcela de responsabilidade.
c) Os policiais, pois fiscalizam.
d) O governo, porque faz as leis.

7 Qual a importncia da comunicao no mbito da empresa ou em qualquer rea do


convvio humano?
a) Possibilita todos os relacionamentos e torna possvel a interao.
b) Ajuda as pessoas a falarem o que querem.
c) A comunicao no tem muita importncia, pois os motoristas precisam apenas dirigir bem.
d) A comunicao ajuda apenas quem sabe falar bem.

8 H alguns fatores que ajudam na comunicao. Um exemplo :


a) Demonstrar pouco interesse na conversa.
b) Usar termos tcnicos.
c) Olhar para a pessoa com quem conversa.
d) Manter comportamento defensivo.

9 Quando uma pessoa inicia uma conversa a partir do que supe que a outra pensa ou
sabe, a comunicao:
a) Pode acabar em discusso.
b) Torna-se mais rpida.
c) Pode no se complementar.
d) Torna-se melhor.
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10 Para o condutor de veculo de emergncia, o que significa habilidade:
a) No abusar do veculo e seus privilgios.
b) Apenas idosos e deficientes fsicos.
c) Acima de tudo, respeitar a sua prpria vida.
d) Destinar toda ateno possvel s famlias das vtimas.

NOES DE PRIMEIROS SOCORROS

O nosso foco orientar o cidado a prestar socorro de urgncia, em caso de acidentes de


trnsito, e promover a sade, que so aes fundamentais para proteo do indivduo, em s uas
dimenses fsica, mental e social, e consequentemente preservao da vida.
Quando nos deparamos com um acidente ou com uma pessoa passando mal, o que
aconselhamos que se chame o socorro especializado. Porm, h casos em que o quadro da
vtima pode piorar se ela no for socorrida imediatamente, e o simples fato de se conhecer
noes bsicas de primeiros socorros pode salvar muitas vidas.

Objetivo:

Instruir sobre:
Como sinalizar o local do acidente e sua importncia;
Como verificar as condies das vtimas;
Identificar os principais cuidados com a vtima (o que no fazer);
Acionar os recursos em casos de acidentes.

1 Sinalizao do local do acidente.

Acidentes no acontecem por acaso. So causados, geralmente, por condies e atos


inseguros, comportamentos negativos e problemas pessoais e de sade.
Previna-se, isolando e sinalizando corretamente o local do acidente, evitando o
agravamento do ocorrido para dar segurana a quem precisa de socorro.
A sinalizao deve comear antes do local do acidente estar visvel, ou seja, preciso
alertar os motoristas antes que eles percebam o acidente.

1.1 Como sinalizar?

Sinalize o local do acidente acionando os alertas dos


veculos acidentados e daqueles prximos ao local do
acidente, principalmente noite, e coloque o tringulo
na posio de maior visibilidade.
Erga a tampa do motor e porta malas dos veculos
prximos ao local do acidente.
Espalhe folhas e/ou galhos de rvores no leito da via e
depois, retire-os para no causar novo acidente.
Coloque pessoas sinalizando apenas na lateral da pista
de frente para o fluxo de veculos e nunca depois de
curvas.
Demarque todo o desvio do trfego at o acidente.
Mantenha o trfego fluindo para facilitar a chegada de socorro.
49
O isolamento da rea tem o objetivo de delimitar o espao de ao dos socorristas,
impedindo a interferncia de curiosos. Pode ser feito com cordas ou uma barreira humana,
utilizando os prprios transeuntes (curiosos).
Esta barreira deve estar sempre voltada para a via e de costas para o acidente. A proteo
individual e coletiva comea na sinalizao e no isolamento da rea.

DISTNCIA DO ACIDENTE PARA O INCIO DA SINALIZAO


Tipo da Via Velocidade Distncia com a pista Distncia com chuva,
mxima permitida seca neblina, fumaa e noite
Vias locais 30 Km/h 30 passos longos 60 passos longos
Vias coletoras 40 Km/h 40 passos longos 80 passos longos
Vias arteriais 60 Km/h 60 passos longos 120 passos longos
Vias de trnsito 80 Km/h 80 passos longos 160 passos longos
rpido
Rodovias 100 Km/h 100 passos longos 200 passos longos

No s a sinalizao que deve ser iniciada bem antes do local do acidente. necessrio
que todo o trecho, do incio da sinalizao at o acidente, seja demarcado, indicando o desvio
de direo. Se isso no puder ser feito de forma completa, faa o melhor que puder, aguardando
as equipes de socorro, que devero completar a sinalizao e os desvios.

2 Avaliao da cena do acidente

chamada de avaliao da cena ou avaliao preliminar, a visualizao global do


ambiente do acidente. Os obstculos a serem superados, os meios e os recursos disponveis, as
formas alternativas de abordagem e escape, etc.
Devemos tambm analisar o prprio estado fsico e psicolgico do socorrista. Para isso,
aconselhvel realizar uma avaliao pessoal, respondendo as seguintes perguntas:
Sou capaz de atender a essa emergncia?
Como farei isso?

O ambiente de um acidente de trnsito sempre muito estressante. O pnico pode gerar


situaes de extremo descontrole.
Exemplo: linchamento do condutor, tentativa de retirada de vtimas das ferragens,
transporte inadequado dos feridos, etc.
Para que isso no acontea, preciso definir o que so Primeiros Socorros e quais so as
aes principais do Socorrista.

Ateno na observao do local do acidente.


Nem sempre as leses externas so as nicas, ou as vtimas que voc visualiza inicialmente
so as nicas. Faa uma busca procurando pistas:
Ex.: Vtimas projetadas do veculo, crianas sobre o veculo, vtimas presas nos bancos
traseiros.

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3 Quais os riscos mais comuns e quais os cuidados iniciais?

s acontecer um acidente que podem ocorrer vrias situaes de risco. As principais


so:

Novas colises;
Atropelamentos;
Incndios;
Exploso;
Cabos de eletricidade;
leo e obstculos na pista;
Vazamento de produtos perigosos;
Doenas infectocontagiosas.

4 Incndio

Sempre existe o risco de incndio. E, ele aumenta bastante quando ocorre vazamento de
combustvel. Nesses casos, importante adotar os seguintes procedimentos:

Afaste os curiosos;
Se for fcil e seguro, desligue o motor do veculo acidentado;
Oriente para que no fumem no local;
Pegue o extintor de seu veculo e deixe-o pronto para uso a uma distncia segura do local de
risco;
Se houver risco elevado de incndio e, principalmente com vtimas presas nas ferragens,
pea a outros motoristas que faam o mesmo com seus extintores, at a chegada do socorro.

5 Novas colises

Voc j viu como sinalizar adequadamente o local do acidente. Seguindo as instrues


fica bem reduzida a possibilidade de novas colises. Porm, imprevistos acontecem. Por isso,
nunca demais usar simultaneamente mais de um procedimento, aumentando ainda mais a
segurana.

6 Atropelamentos

Adote as mesmas providncias empregadas para evitar novas colises. Mantenh a o fluxo
de veculos na pista livre. Oriente para que curiosos no parem na rea de fluxo e que pedestres
no fiquem caminhando pela via.

7 leo e obstculos na pista

Os fragmentos dos veculos acidentados devem ser removidos da pista onde h trnsito
de veculos e, se possvel, jogue terra ou areia sobre o leo derramado. Normalmente , isso
feito depois, pelas equipes de socorro, mas se voc tiver segurana para se adiantar, pode evitar
mais riscos no local.

8 Vazamento de produtos perigosos

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Interdite totalmente a pista e evacue a rea, quando veculos que transportam produtos
perigosos estiverem envolvidos no acidente e existir algum vazamento. Faa a sinalizao como
j foi descrito.

O que fazer?
Garantir a segurana.
Providenciar socorro.
Voltar e completar a segurana do local do acidente.

Controlar a situao
Deciso e firmeza nas aes.
Pea ajuda, distribua tarefas, forme equipes para executar as tarefas.
No discuta e no d ordens.
Motive todos elogiando e agradecendo cada ao realizada.

Acionar socorro
Nos telefones de emergncia padronizados no Brasil.
Pelo celular, telefones pblicos, de rodovias e por quem estiver passando no local do
acidente.

9 Acionamento de Recursos: bombeiros, polcia, ambulncia, concessionria da via e


outros

De qualquer aparelho telefnico, acionar socorro gratuitamente para Bombeiros,


Ambulncia, Polcia, Concessionrias e etc. Informar o local do acidente, os veculos
envolvidos e as condies de trnsito local.

10 Ao informar sobre o acidente, faa-o de forma clara e objetiva

ONDE? - D os detalhes exatos sobre o local da emergncia.


O QUE? - D uma breve descrio do que aconteceu e possveis detalhes sobre a via e as
condies do veculo.
QUANTAS PESSOAS ESTO FERIDAS? - D o nmero de feridos.
QUE TIPO DE LESES? - Se possvel, d detalhes das leses que representam risco iminente
de vida, se as vtimas esto presas no interior do veculo ou se est incendiando.
AGUARDE INSTRUES - D todas as informaes e pea orientao de como agir.

O quanto antes o socorro for acionado, mais rpido a vtima receber


socorro especializado.

Telefones importantes:

Polcia Militar 190


Polcia Rodoviria Federal/RJ - 191
SAMU 192
Corpo de Bombeiros 193

As ligaes de emergncia podem ser feitas de qualquer telefone.


No necessrio usar carto, pois as ligaes so gratuitas.
Rodovias sob concesso tambm tm nmeros especiais e equipes de socorro mdico.

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Anote e mantenha guardados os nmeros de socorro das rodovias em que voc est
transitando.

11 Servios e telefones para acionamento

11.1 Polcia Rodoviria Federal ou Estadual

Acione sempre que ocorrer qualquer emergncia nas rodovias. Todas as rodovias devem
divulgar o nmero de telefone a ser chamado em caso de emergncia. Pode ser da Polcia
Rodoviria Federal, Estadual, do servio de uma concessionria ou servio pblico prprio.
Estes servios no possuem um nmero nico de telefone, variando de uma rodovia a
outra. Muitas rodovias dispem de telefones de emergncia nos acostamentos, geralmente (mas
nem sempre) dispostos a cada quilmetro. Nestes telefones s retirar o fone do gancho,
aguardar o atendimento e passar as informaes solicitadas pelo atendente.
11.2 Servio de Atendimento ao Usurio-SAU

O Servio de Atendimento ao Usurio-SAU obrigatrio nas rodovias administradas por


concessionrias. Executa procedimentos de resgate, lida com riscos potenciais e realiza
atendimentos s vitimas. Seus telefones geralmente iniciam com 0800.

11.3 Telefones variveis

Mantenha sempre atualizada o nmero dos telefones das rodovias que voc utiliza.
Anote o nmero de emergncia logo que entrar na estrada. Regrinha eficiente para quem utiliza
celular deixar registrado no seu aparelho, e pronto para ser usado, o nmero da emergncia.
No confie na sua memria. Procure saber como acionar o atendimento nas rodovias que voc
utiliza.

11.4 Outros recursos existentes na comunidade

Algumas localidades ou regies possuem servios distintos dos citados acima. Muitas
vezes estes no tm a responsabilidade de dar o atendimento, mas o fazem. Podem ser
ambulncias de hospitais, de servios privados, de empresas, grupos particulares, ou ainda
voluntrios que, acionados por telefone especficos, podem ser os nicos recursos disponveis.

Se voc circula habitualmente por reas que no contam com nenhum servio de so corro,
procure saber ou pensar antecipadamente como conseguir auxlio caso venha a sofrer um
acidente.

11.5 Resgate do Corpo de Bombeiros 193 Vtimas presas nas ferragens.

Qualquer perigo identificado como fogo, fumaa, fascas, vazamento de substncias,


gases, lquidos, combustveis, ou ainda locais instveis como ribanceiras, muros cados, valas
etc. Em algumas regies do pas o Resgate-193 utilizado para todo tipo de emergncia
relacionada sade, em outras, utilizada prioritariamente para qualquer emergncia em via
pblica. O resgate pode acionar outros servios quando existirem e se houver esta necessidade.
Procure saber se existe e como funciona o Resgate em sua regio.

11.6 SAMU Servio de Atendimento Mvel de Urgncia 192 - Qualquer tipo de acidente.
Mal sbito em via pblica ou rodovia.

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O SAMU foi idealizado para atender qualquer tipo de emergncia relacionada sade,
incluindo acidentes de trnsito. Pode ser acionado tambm para socorrer pessoas que passam
mal dentro dos veculos. O SAMU pode acionar o servio de Resgate ou outros, se houver esta
necessidade. Procure saber se existe e como funciona o SAMU em sua regio.

11.7 - Polcia Militar 190

Acione sempre que ocorrer uma emergncia em locais sem servios prprios de socorro.
Acidentes nas localidades que no possuem um sistema de emergncia podero contar com o
apoio da Polcia Militar local. Estes profissionais, ainda que sem os equipamentos e materiais
necessrios para o atendimento e transporte de uma vtima, so as nicas opes nesses casos.

PRIMEIROS SOCORROS

Parte 01 Marque com um X as respostas corretas.

1) Quando ocorre um acidente o Socorrista deve:


a) remover a vtima.
b) dar gua a vtima.
c) avisar os parentes, em primeiro lugar.
d) sinalizar o local do acidente.

2) A sinalizao em via de velocidade de 80 km deve ser colocada a:


a) 20 passos longos do acidente.
b) 40 passos longos do acidente.
c) 80 passos longos do acidente.
d) 60 passos longos do acidente.

3) Quando solicitamos o socorro, devemos informar o:


a) dia.
b) tempo.
c) nmero de vtimas.
d) nmero de pessoas em volta das vtimas.

4) Ao solicitarmos o socorro devemos ser:


a) displicentes na informao.
b) dispersivos na informao.
c) objetivo e claro na informao.
d) prolixo na informao.

5) A sinalizao de um acidente deve ser feita com:


a) galhos e no retirar.
b) tringulos.
c) pisca alerta ligado.
d) tringulo e pisca-alertas ligados, principalmente noite.

6) A segunda maior causa de acidente de trnsito :


54
a) lcool.
b) sono.
c) fadiga.
d) estresse.

7) O uso de medicao sem alimentao risco de acidente de trnsito em:


a) hipertensos.
b) epilpticos.
c) gordos.
d) diabticos.

8) A alimentao inadequada durante viagem, risco de acidente pois provoca no


condutor:
a) risos.
b) vmitos.
c) sono.
d) fome.

9) A Polcia Militar deve ser acionada em acidente de trnsito quando na localidade no


exista:
a) cinema.
b) sistema de emergncia.
c) polcia.
d) estrada.

10) Quando h leo na pista se deve jogar:


a) gua.
b) p qumico.
c) terra ou areia.
d) cimento.

55
12 Verificar a situao das vtimas.

Aps analisar o acidente, devemos iniciar a avaliao das


vtimas.
Tranquilize as vtimas e oriente-as para que facilitem as
aes de socorro, pedindo que no se mexam e que falem
somente o necessrio, respondendo s perguntas do
socorrista.
Se a vtima estiver consciente, informe-se sobre possveis
alergias a medicamento, ver a conscincia da vtima para
desenvolver um questionamento sobre seus sintomas,
endereo, telefone, etc.

13 Verificar as Condies Gerais das Vtimas.

A avaliao da vtima pode ser dividida em primria e


secundria. atravs dela que vamos identificar as condies
da vtima e poder eliminar ou minimizar os fatores
causadores de risco de vida.

14 Avaliao primria e secundria.

Durante o atendimento, deve-se reavaliar a vtima (avaliao primria e secundria)


sempre que possvel, pois o quadro pode agravar-se. Ex.: a vtima parar de respirar ou entrar em
estado de choque.
Interrompe-se a avaliao e inicia os procedimentos imediatamente, quando detectado
que a vtima encontra-se em parada cardiorrespiratria (PCR) por obstruo de vias
areas.

14.1 Avaliao primria.

A avaliao primria deve ser cuidadosa e respeitar uma rotina, como podemos ver
abaixo:
Nvel de conscincia, abertura das vias areas e manuteno da coluna cervical.
A imobilizao na coluna cervical feita aps terem sido aplicadas tcnicas de estabilizao da
coluna cervical e a colocao de um colar cervical conforme o tamanho da pessoa.
Respirao, circulao, hemorragias.
Avaliao neurolgica.

14.2 Avaliao secundria.

Somente aps completar todos os passos da avaliao primria que se parte para a
secundria, onde se deve fazer a inspeo da cabea aos ps, de forma a observar a presena de
alteraes:
Estado de Choque;
Traumatismos (TCE e outros);
Fraturas;
Objetos encravados, penetrantes e transfixantes;
Deslocamento de articulaes / luxaes;
Queimaduras.
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O exame dever ser feito rigorosamente nessa sequncia:
O ABCDE da vida

A - Vias areas e coluna cervical;


B - Respirao;
C - Circulao, hemorragia e controle do choque;
D - Nvel de conscincia;
E - Exposio e proteo da vtima, segurana da vtima na cena do acidente.

Encaminhamento da vtima

Dever ser decidido e efetuado pela instituio que atendeu a vtima.

ASPECTOS TICOS E LEGAIS NA PRESTAO DE PRIMEIROS SOCORROS

O Socorrista deve:

Respeitar a vtima;
Evitar comentrios sobre suas condies;
Aceitar suas limitaes.

Cuidado com:

Leso corporal (art. 129).


Omisso de socorro (art. 135 / 304 do CTB).
Homicdio culposo (art. 121).

Primeiros Socorros" so os primeiros cuidados que devem ser tomados


em caso de acidente, no local, procurando manter a vtima em condies
at a chegada de um recurso superior/profissional.
O socorrista dever fazer uma rpida avaliao do estado da vtima, aliviar
as condies que ameacem a vida ou que agravem o quadro da vtima.

14.2.1 Socorro s vtimas

Seja solidrio no contato com a vtima, informando-a que a est ajudando.


Soltar o cinto de segurana sem mover o corpo da vtima se a respirao est difcil.
Impedir o movimento da cabea, segurando e pressionando junto s orelhas.
Avaliar o nvel de conscincia.
Controlar hemorragias.
Proteger a vtima do frio, sol ou chuva.
Manter as vtimas em local seguro, sem riscos para agravamento das leses.
57
14.2.2 Importncia do socorrista

Salvar a vida;
Reduzir o sofrimento da vtima;
Impedir o agravamento do estado da vtima;
Manter a sua vitalidade.

14.2.3 Conduta do socorrista

Identificar a necessidade de prestao de primeiros socorros;


Evitar o pnico geral, tranquilizar a vtima e dispersar aglomeraes;
Manter-se calmo e atuar com rapidez e discrio;
Colher informaes da vtima e da circunstncia do acidente, quando possvel;
Examinar a vtima sem mov-la alm do necessrio;
Dar apoio moral a vtima;
No tocar com os dedos ou outros objetos, feridas abertas, ferimentos ou queimaduras.

14.2.4 Procedimentos do Socorrista

Verificar o nvel de conscincia da vtima;


Observar a pupila (dilatada ou contrada);
Ouvir os batimentos cardacos;
Verificar a temperatura;
Verificar a respirao;
Verificar o pulso arterial.

Em caso de acidente com vtima inconsciente


com corpo estranho nas vias areas superiores,
aps exame com dedo em gancho, retirar o
corpo estranho se possvel, liberando as vias
areas, evitando morte por asfixia.

14.3 Alcolatras e Drogados.

Manter sempre a calma e serenidade, ter pacincia, ser firme sem ser rude ou agressivo.
Procurar dialogar em voz baixa sem discutir, mesmo que o indivduo esteja gritando.
Em caso de extrema agitao, procurar cont-lo enquanto aguarda recurso superior.

No caso de mal sbito com desmaio, isto , com perda completa da conscincia
acompanhada de vista turva, tonteiras e vmitos, deitar a vtima de costas; afrouxar as roupas e
reanim-la.

No caso de mal sbito com convulso, caracterizada por contrao e relaxamento


brusco de musculatura, salivao intensa, seguida de sono e despertar sem saber o ocorrido,
afastar os curiosos; afrouxar roupas; desobstruir vias areas; colocar um leno ou gaze entre os
dentes da vtima para evitar que morda a lngua e proteger a sua cabea.

58
No dar lquido vtima inconsciente; no dar tapa no rosto; no
colocar o dedo entre os dentes durante a convulso e no se preocupar
com a baba, pois ela no contagiosa.

14.4 Parada respiratria

A parada respiratria ocorre quando cessa a respirao espontnea ou voluntria.

Causas:
Acidentes, traumatismo, afogamento.

Sinais e sintomas:
- Ausncia de movimentos respiratrios.
- Mulher trax.
- Homem e criana abdome.

Arroxeamentos de extremidades
- Unhas, dedos;
- Lbios, lngua;
- Face.

Respirao
- Inspirao prolongada;
- Expirao rpida;
- Pupila dilatada.

Conduta do socorrista
Colocar a vtima em local arejado;
Afrouxar as roupas;
Desobstruir as vias areas;
Aplicar respirao de socorro.

Homem / mulher boca a boca.


Criana boca / nariz / boca.

14.5 Parada cardaca

A parada cardaca ocorre quando cessa a circulao cardaca e os batimentos cardacos.

Causas
Drogas;
Acidentes;
Traumatismo;
Hemorragias;
Afogamento.
59
Sinais e sintomas
Ausncia de batimentos cardacos;
Falta de pulso;
Pupilas dilatadas;
Palidez;
Pele fria.

Conduta do socorrista
Aplicar massagem cardaca para abaixar o trax 60 vezes por minuto;
Colocar a vtima de costas sobre uma superfcie plana e dura;
Colocar as mos sobrepostas na metade inferior do osso esterno flexvel, em frente coluna
vertebral;
Pressionar para abaixar o trax, repetindo o movimento 60 vezes por minuto.

15 Parada cardiorrespiratria

A parada cardiorrespiratria ocorre quando cessa a circulao cardaca, os batimentos


cardacos e os movimentos respiratrios.

Causas
Acidentes;
Traumatismo;
Afogamento;
Drogas;
Hemorragias.

Sinais e sintomas
Ausncia de movimentos respiratrios;
Arroxeamentos de extremidades.

- Extremidades unhas, dedos.


- Lbios, lngua.
- Face.

Respirao
- Inspirao prolongada;
- Expirao rpida;
- Ausncia de batimentos cardacos;
- Falta de pulso;
- Pupilas dilatadas;
- Palidez;
- Pele fria.

Conduta do socorrista
Colocar a vtima de costas sobre um plano duro e com o pescoo apoiado;
Colocar-se ao lado da vtima;
Executar primeiramente a respirao boca a boca, e em seguida, massagem cardaca;
Se estiver sozinho, 2 respiraes para cada 30 massagens cardacas.

60
PRIMEIROS SOCORROS

Parte 2 Numere os parnteses estabelecendo relao com os itens 1, 2, 3 e 4 nos conjuntos


abaixo:
A)
( ) Examinar a vtima sem mov-la alm do necessrio.
( ) No dar medicao vtima.
( ) Salvar a vida e impedir que agrave o estado da vtima.
( ) Verificar o nvel de conscincia atravs da pupila e do pulso arterial.
1. Importncia do Socorrista.
2. Conduta do Socorrista.
3. Procedimento do Socorrista.
4. Limites do Socorrista.

B)
( ) Verificar os batimentos do corao e a respirao.
( ) Identificar a necessidade dos primeiros socorros, manter-se calmo e apoiar a vtima.
( ) Transportar a vtima verificando fraturas e imobilizao correta.
( ) Reduzir o sofrimento da vtima e manter sua vitalidade.
1. Importncia do Socorrista.
2. Conduta do Socorrista.
3. Procedimento do Socorrista.
4. Limites do Socorrista.

C)
( ) A parada respiratria ocorre durante _______________ de trnsito.
( ) Na parada respiratria o __________ deixa de funcionar.
( ) A ressuscitao respiratria feita por ________________ no adulto e ______________ na
criana.
( ) Antes da respirao artificial deve-se ___________ da vtima e arej-la.
1. Boca a boca e boca/nariz/boca.
2. Pulmo.
3. Abrir as vias areas.
4. Acidentes.

D)
( ) A parada cardaca ocorre durante _______ , ______e acidente de trnsito.
( ) Na parada cardaca o __________ deixa de funcionar, falta pulso e a pupila se dilata.
( ) A ressuscitao cardaca feita por _________ recuperando os batimentos cardacos.
( ) A massagem cardaca feita com as mos superpostas sobre a __________60 vezes p/min.
1. Corao.
2. Metade inferior do osso esterno.
3. Hemorragias, traumatismos.
4. Massagem cardaca.

61
E)
( ) A parada cardiorrespiratria ocorre em _______, _______ com arroxeamento de
extremidades e ausncia de pulso.
( ) Na parada cardiorrespiratria o __________ e o ______________ deixam de funcionar.
( ) A ressuscitao cardiorrespiratria feita com a respirao _____________ e a __________,
recuperando a respirao e o corao .
( ) A ressuscitao cardiorrespiratria feita por 2 pessoas corresponde a _______.
1. Corao e pulmo.
2. Boca a boca / massagem cardaca.
3. Uma respirao para 5 massagens.
4. Afogamento, traumatismo.

F) Marque com um X a nica frase certa:


1. ( ) Na respirao boca a boca no adulto, o nariz do Socorrista est junto tambm.
2. ( ) No importante desobstruir as vias areas.
3. ( ) Devemos aplicar a respirao artificial de socorro, imediatamente, aps a parada
respiratria.
4 ( ) A Respirao de socorro pode esperar alm de 10 minutos.

G) Marque com X todas as respostas certas:


1. ( ) Na parada cardaca cessam os batimentos do corao.
2. ( ) A massagem cardaca feita comprimindo-se 60 vezes o osso esterno.
3. ( ) Para realizar a massagem cardaca devemos colocar a vtima de costas, deitada numa
superfcie plana e dura.
4. ( ) As batidas do corao retornam quando o Socorrista d um soco no peito da vtima.

H) Marque com X todas as respostas certas:


1. ( ) Na parada cardiorrespiratria os lbios no ficam arroxeados.
2. ( ) So causas de parada cardiorrespiratria, acidentes de trnsito, choque eltrico e
afogamentos.
3. ( ) Na parada cardiorrespiratria, o corao cessa os batimentos e, na mulher, cessam os
movimentos de expanso respiratria no trax.
4. ( ) Na parada cardiorrespiratria, executamos primeiro a massagem cardaca e depois a
respirao artificial (boca a boca) porque o crebro pode permanecer sem oxignio por mais de
10 minutos.

16 Hemorragias

A hemorragia ocorre pela ruptura de um vaso


sanguneo, devido a doenas ou a traumatismos.

A hemorragia pode ser:

Interna e externa quanto localizao.


Arterial, venosa e capilar quanto aos vasos.

Sinais e sintomas
Palidez, pele fria, sudorese, pulso rpido e fino, mucosas descoradas, distenso do abdome e/ou
do trax.

62
Conduta do Socorrista para o controle de hemorragia externa
Compresso direta;
Compresso indireta;
Garroteamento;
No aplique torniquetes.

O torniquete no deve ser realizado para estancar hemorragias externas.


Atualmente, este procedimento feito s por profissionais treinados e
mesmo assim, em carter de exceo; quase nunca aconselhado.

16.3 Controle de hemorragia interna

Nasal;
Pulmonar;
Estomacal;
Abdominal outras;
Genital.

16.4 Controle de hemorragia com meios auxiliares

Elevar os membros feridos aps verificar se existem fraturas.


Colocar gelo no local.

17 Traumatismo

O traumatismo ocorre pela violncia do choque entre o agente agressor e o corpo, podendo
ocasionar ferimentos, feridas, fraturas, entorses e luxaes.

17.1 Trauma de trax

Os traumatismos de trax so frequentes, nos acidentes de trnsito, principalmente, em


ausncia do cinto de segurana;
Ocorrem fraturas de costelas e do osso esterno, ocasionando: dor intensa e localizada,
dificuldade de respirar, contuso ou fratura, parada cardaca, hemoptise e pneumotrax.

17.2 Trauma de abdmen

Os traumatismos de abdmen so frequentes nos acidentes de trnsito, principalmente,


em ausncia do cinto de segurana. Ocorrem leses em rgos internos, ocasionando: dor
intensa e localizada, rigidez abdominal, hematmese e eviscerao.

Controle a hemorragia, usando gelo sobre a regio abdominal.


Mantenha a vtima com as pernas flexionadas.
No manipular e nem tentar reintroduzir as vsceras e envolver com pano limpo e mido.

63
17.3 Trauma de crnio

A calota craniana protege o crebro de traumas, dependendo da violncia dos mesmos.


O efeito chicote, tambm conhecido como hiperflexo e ou hiperextenso brusca do
pescoo, so traumas que ocorrem principalmente com condutores de veculos que no usam
o cinto de segurana.

No trauma de crnio ocorrem:


Alterao do estado de conscincia.
Alterao das pupilas.
Pigmentao retro auricular.

17.4 Aureola azul em volta dos olhos

Sada de sangue pelos orifcios naturais.


Verificar circulao, respirao e conscincia.
Estabilizar a regio cervical.
Facilitar a sada de sangue.
Monitorar constantemente os sinais vitais.
Transportar a vtima em posio recostada e imobilizada corretamente.

17.5 Trauma de coluna vertebral

A coluna vertebral o eixo do corpo humano, dando sustentao ao esqueleto.


A coluna constituda de vrtebras, que protegem a medula, condutor nervoso com a misso
de transmitir informaes, estmulos e reaes a todas as partes do corpo.
Coluna vertebral constituda de: cervical, torcica, lombar, sacral e coccgea.
Qualquer leso que comprometa a transmisso nervosa pode deixar a vtima sem os
movimentos correspondentes a poro afetada da coluna.
Nas leses de coluna ocorrem: dificuldade ou impossibilidade de realizar movimentos;
ausncia de sensibilidade; dor intensa e localizada; confuso mental; priapismo (em homens ).

17.6 Tipos de fraturas

Fechadas sem deslocamento;


Com deslocamento;
Cominutivas;
Abertas exposta;

Conduta do socorrista
Proteger a leso;
Limpar o local da leso;
Estancar a hemorragia;
Fazer a imobilizao quando se fizer necessrio;
Transportar a vtima corretamente.

64
18 Queimaduras

A queimadura ocorre pela ao do calor ou reao qumica nos tecidos.


Aps a retirada das vtimas do veculo, analise a extenso e a localizao das queimaduras.
Todas as leses nas regies da face e genitais so de extrema gravidade.
Para classificar as queimaduras usamos o padro de graduao a seguir:

18.1 Tipos de queimaduras

Grau Tipo Aparncia


1 Grau Leve Vermelhido
2 Grau Moderada Bolhas e dor intensa
3 Grau Grave Carbonizao

Nas vtimas de 1 e 2 Graus, a preocupao do socorrista deve estar direcionada nas leses e
nas alteraes por perda de lquido.
Proteja as vtimas evitando o CHOQUE. Use cobertores ou isolantes trmicos (papel
alumnio). No use tecidos sintticos.
Retire anis, relgios, pulseiras e todos os objetos de metal que retenham calor.
No retire roupas coladas ao corpo. Evite maiores leses hidratando a regio com gua ou
soro fisiolgico.

Conduta do Socorrista
Proteger a leso;
Retirar a roupa, sem arrancar a pele;
Lavar a rea queimada;
Aquecer a vtima com cobertores;
Se o corpo estiver em chamas, o socorrista deve impedir que o indivduo corra, enrolando-o
em um cobertor mido;
Vtimas em chamas devem ser roladas para apagar as chamas. Use as tcnicas de
abafamento, com lenis e cobertores e no estoure as bolhas. Nas vtimas de queimaduras
de 3 grau, devemos ter cuidado com as reas carbonizadas;
Previna o choque;
No d nada para beber vtima.

65
19 Estado de choque

O estado de choque se caracteriza pela descompensao do nvel de volume circulante em


relao a capacidade do sistema vascular de controlar e estabilizar o volume hemodinmico. Os
quadros mais comuns de choque se apresentam normalmente por perda de sangue, conhecidos
como choques hipovolmico ou hemorrgico. O socorrista deve prevenir e procurar eliminar a
causa, para que o estado de choque no evolua.

Causas
Traumatismos;
Hemorragias;
Queimaduras;
Ataques cardacos e outros.

Sintomas
Pele fria, suor intenso, palidez, nuseas e vmitos, respirao difcil, pulso fraco, vista turva e
inconscincia parcial ou total.

Conduta do Socorrista
Combater a causa do estado de choque, dar conforto vtima e aquec-la;
Proceder a massagem cardaca e/ou a respirao de socorro, quando necessria;
Colocar a vtima sobre superfcie rgida;
Elevar os membros da vtima em DECBITO SUPINO no nvel mximo de 30cm do cho;
Aquecer a vtima e lateralizar a cabea no caso de vmito;
Em leses ou fraturas nos membros inferiores no elevar os membros, colocar em prancha
rgida e elevar a prancha;
Em leses na regio cervical ou na coluna, no lateralizar a cabea da vtima. Usar o
rolamento em bloco.

20 Transporte de acidentados

O Transporte correto no permite o aumento das leses da vtima. O transporte de vtimas de


trauma necessita de cuidados e equipamentos:
Pranchas, extensores, aparador de cabea e colar cervical;
Transporte sempre em maca. Imobilize antes de transportar. Durante o transporte, monitore
sempre as funes vitais; a maca o melhor meio de transporte;
Usar meios auxiliares de transporte, somente quando as condies do acidentado permitirem;
Ao transportar a vtima, posicione sempre a cabea da mesma para frente, na direo do
motorista, evitando solavancos e curvas e freadas bruscas.

20.1 Tipos de transporte

Maca;
Apoio;
Cadeira;
Colo;
Costas;
Por extremidade.

66
Parte 3 Numere os parnteses, estabelecendo relao com os itens abaixo:

1)
( ) Elevar a cabea para trs e comprimir as narinas.
( ) No usar torniquete.
( ) Aquecer a vtima e remov-la o mais rpido possvel para recursos superiores.
A. Hemorragia externa
B. Hemorragia interna
C. Hemorragia nasal

2)
( ) Entorses de 1 e 2 Graus
( ) Fratura
( ) Ferida
( ) Ferimento
A. Edema (inchao) e equimose
B. Arranhadura
C. Deformidade do membro
D. Cortante

3)
( ) Corpo em chamas
( ) Queimadura com vermelhido
( ) Vermelhido e bolhas
( ) Tecidos esbranquiados e/ou carbonizados
A. 2 grau
B. Impedir que corra
C. 3 grau / profunda
D. Superficial / 1 grau

4)
( ) Entorse de 1 grau: transportar a vtima com ___________ de brao.
( ) Vtima de atropelamento deve-se __________ somente o necessrio.
( ) Nunca realizar qualquer procedimento de 1os. Socorros sem _____________ ou verificar
os__________ ____ da vtima.
( ) Devemos preferencialmente transportar as vtimas de _______________.
A. Maca
B. Mobilizar
C. Apoio
D. Examinar / sinais vitais

5) Marque certo (C) ou errado (E) nas frases abaixo:


( ) As hemorragias ocorrem com o rompimento de um vaso.
( ) As hemorragias do palidez, pele fria, suor frio, pulso fraco, mucosas descoradas, abdmen
e/ou trax distendidos.
( ) As hemorragias so controladas por compresso direta, indireta, garrote e torniquete.
( ) No se deve usar meios auxiliares para conter hemorragias.
67
6) Numere os parnteses, estabelecendo relao com os itens abaixo:
( ) A queimadura ocorre pela ao do calor ou reao qumica nos tecidos.
( ) A queimadura poder ser profunda ou superficial.
( ) As queimaduras devem ser bem protegidas.
( ) A queimadura deve ser limpa, com gua fria, sem ser gelada.
1. Lavada
2. De 3 grau / 1 e 2 graus
3. Cobertas em pano limpo
4. Pele

7) Marque com X todas as respostas certas:


A. ( ) O uso de seringas contaminadas causam AIDS.
B. ( ) Sempre usar luvas ao atender um acidentado.
C. ( ) No se adquire AIDS com transfuso sangunea.
D. ( ) Devemos evitar contaminao direta com ferimentos, feridas, fraturas abertas e/ou
expostas.

21 FATORES DE RISCOS PARA ACIDENTES DE TRNSITO

21.1 lcool, outras drogas e seus efeitos no trnsito.

O estudo desta Unidade, alm de possibilitar aos


cursistas adquirir informaes sobre o uso de drogas e
seus efeitos no trnsito, propiciar, ainda, uma reflexo
sobre a importncia dessas informaes para evitar o uso
de drogas, principalmente ao dirigir no trnsito.

21.2 Aspectos que levam ao uso de drogas.

O indivduo pode ser levado a consumir drogas:


Por curiosidade;
Por influncia das amizades;
Pela busca do prazer imediato;
Pela facilidade de acesso e de obteno de drogas;
Por desejos, ou impresso, de que as drogas podem resolver ou aliviar todos os problemas.

21.3 O que as drogas determinam?

Mudana de humor e de personalidade, com diminuio da responsabilidade;


Mudana de amigos, ambientes e interesses caracterizando uma mudana do mundo do
indivduo;
Maior privacidade e dificuldade de comunicao e isolamento;
Deteriorao fsica e mental;
Presena de odores (falta de higiene corporal, odor de maconha, etc.);
Presena de objetos estranhos, isto que no faziam parte do ambiente domstico do
indivduo (por exemplo, que poderiam ser resultantes de roubos).

68
21.4 Efeitos aps a utilizao de drogas no trnsito.

Reaes
As reaes provocadas pelo lcool e outras drogas variam
de indivduo para indivduo.
Os bebedores sociais perdem a inibio e a crtica
tornando-se sempre uma ameaa ao volante.
Devemos observar os bebedores sociais que ingerem
grandes quantidades de lcool, principalmente em fins de
semana (usurios).

Intoxicao
A intoxicao pelo lcool, leva em mdia de 2 a 9 horas para eliminao pelo organismo.
A intoxicao por outras drogas leva em mdia de 2 a 4 horas para eliminao pelo organismo.

Decorrncias
As drogas so metabolizadas no fgado e as toxinas lanadas na corrente sangunea,
podendo ocasionar morte de clulas nervosas, determinando leses irreversveis.
As drogas de uma maneira geral atingem todos os sistemas, todos os rgos.
O sistema nervoso central, o mais atingido face a volumosa irrigao sangunea,
determinando inicialmente uma falsa excitao e posteriormente diminuio dos reflexos e
depresso.

Efeitos imediatos da embriaguez:


Excitao;
Agressividade;
Ansiedade;
Acelerao dos batimentos cardacos,
descoordenao motora;
Nuseas;
Fala lenta e arrastada;
Vmitos;
Confuso;
Sono profundo;
Coma e eventualmente a morte.

21.5 Outras dependncias

Usurio leve experimental, habitual.


Usurio pesado dependente.

Maconha: cansao, perda de memria, olhos vermelhos, baixa produo, modificao de


comportamento e depresso.

Cocana: excitao extrema, delrios e modificao de comportamento.

Herona: tremores, dores musculares e alteraes cardiorrespiratrias.

Barbitricos: sonolncia, perda do contato com a realidade.


69
lcool: desinibio, perda de crtica depresso, delrios e tremores.

21.6 Remdios e direo

A automedicao um fator grave para a sade do condutor, colocando em risco sua


vida e a de terceiros.
Ao consultar um mdico pea um exame criterioso, que certamente salvar sua vida.

21.7 Celular e Direo

Ligaes perigosas: a distrao ocasionada pelo uso


do celular ao volante.
Celular ao volante: quadruplica o risco de acidentes no
trnsito.
Evite malabarismos enquanto dirige.
Mantenha as duas mos na direo!

21.8 Sono

Sonolncia e direo: acorde e evite esta armadilha.


O sono no ato de dirigir a segunda maior causa de acidentes.
A diferena entre ter sono ao volante e dirigir alcoolizado a de que a primeira fora do seu
controle, enquanto o ato de beber uma deciso sua.

21.9 Estresse e fadiga

Trfego congestionado, luzes, barulho e poluio podem levar o sistema nervoso


autnomo a desencadear uma reao de estresse.
Acrescente a isto: maus motoristas, falta de tempo, uma atitude impaciente, sensao de
desamparo; e voc ainda consegue uma boa dose de estresse, que agravada pela posio
sedentria de dirigir veculos.
Para aqueles que frequentemente dirigem em tais condies, o trfego se torna uma fonte
de estresse diria e repetitiva se no for bem controlada, principalmente por uma mudana de
atitude.

Combate ao estresse
Relaxe os msculos para diminuir o estado de
tenso.
Reserve alguns momentos para voc mesmo,
para restabelecer o equilbrio e descansar a
mente.
Substitua pensamentos desagradveis por
imagens agradveis e viva o momento presente.
Principalmente, corrija a carncia de vitaminas
e minerais provocadas pelo estresse, que pode
causar efeitos negativos ao seu organismo.

70
Fadiga

A fadiga uma das causas de acidentes no trnsito, e


decorre:
Da excessiva atividade fsica ou mental.
Da tenso nervosa.

21.10 Alimentao

A alimentao inadequada provoca sono e


desconforto abdominal, diminuindo a capacidade de
conduo do veculo.

21.11 Acuidade visual e auditiva

A acuidade visual e auditiva fator determinante dos reflexos na conduo do veculo,


sendo importante a sua preservao.

21.12 Hipertenso, diabetes e epilepsia

So doenas que devem ser controladas, pois causam alteraes orgnicas determinantes
na conduo do veculo.

FATORES DE RISCO

Marque a alternativa correta:

1) So considerados fatores de risco no trnsito:


a) Respeitar as leis de trnsito.
b) O uso de boas maneiras.
c) O uso de lcool e outras drogas.
d) O uso de roupas claras.

2) So sintomas visveis de um condutor alcoolizado:


a) Agressividade, fala lenta e arrastada.
b) Confuso mental e clareza de expresso.
c) Tranquilidade e destreza.
d) Fala lenta e arrastada e sensatez.

3) O uso do celular ao volante contraria uma norma bsica de segurana no trnsito:


a) Controlar a velocidade.
b) Prestar ateno a sinalizao.
c) Atender s chamadas urgentes.
d) Dirigir com as duas mos ao volante.

71
4) So consideradas como fortes causas de acidente no trnsito:
a) Fadiga e estresse.
b) Fadiga e comer bem.
c) Estresse e descanso.
d) Sono bom e boa alimentao.

5) Desrespeitar as leis de trnsito, alm de ser um ato de m conduta no trnsito,


tambm:
a) Um fator de risco no trnsito.
b) Um fator de preveno no trnsito.
c) Um ato de cordialidade no trnsito.
d) Um mtodo de trabalho no trnsito.

22 RESPEITO AO MEIO AMBIENTE

Meio ambiente o conjunto de todos os fatores que


afetam diretamente o metabolismo ou o comportamento dos
seres vivos. Esses fatores incluem a luz, o ar, a gua, o solo
e os prprios seres vivos, nas suas relaes ecolgicas.
Mesmo sendo parte da natureza, o homem tem agido sobre
ela de uma forma irresponsvel.

22.1 O que poluio?

Entende-se por poluio a introduo pelo homem, direta ou indiretamente, de substncias


ou energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilbrio, causando assim
danos sade humana, aos seres vivos e ao ecossistema ali presente.
O termo poluio refere-se degradao do meio ambiente por um ou mais fatores
prejudiciais sade deste. Ela pode ser causada pela liberao de matria e tambm de energia
(luz, calor, som), os chamados poluentes.
Poluio trmica, atmosfrica, sonora, por elementos radioativos, por substncias no
biodegradveis e por derramamento de petrleo, so alguns exemplos.

22.2 Causas e consequncias da poluio.

Cada ambiente, como o ar, o solo e a


gua, apresenta uma composio qumica de
acordo com as substncias nele presentes.
Algumas substncias s esto presentes no
ambiente, ou se encontram em grande
quantidade, por causa de um desequilbrio
natural ou pela ao do homem.
Por ocasio de uma erupo vulcnica,
por exemplo, a quantidade de gs carbnico
(CO2), de gases sulfurosos e de fuligem no ar
aumenta consideravelmente. Trata-se de um
fenmeno natural que altera profundamente a composio normal do ar.

72
Em um local de trfego intenso de veculos a quantidade de fuligem, de gs carbnico, de
monxido de carbono, de gases sulfurosos e de gases nitrogenados aumenta muito, modificando
significativamente a composio do ar atmosfrico. Esse um exemplo de ao direta do
homem que gera poluio e prejudica o meio ambiente.

22.3 Os veculos e a poluio ambiental.

O movimento dos veculos, que utilizam combustveis derivados do petrleo, nas


estradas e principalmente, nos centros urbanos, uma das maiores causas de poluio
ambiental, afetando os seres vivos em geral, inclusive a espcie humana.
A queima de combustveis fsseis, motores mal regulados, escapamentos defeituosos,
deixa escapar para o ambiente uma grande quantidade de substncias qumicas nocivas ao meio
ambiente.
Caminhes, motocicletas, automveis, nibus, embarcaes e avies causam poluio do
tipo:

Poluio trmica
A queima de combustveis fsseis libera energia trmica (calor). O problema da poluio
trmica se agrava em ambientes fechados, como tneis, ou em trnsito muito congestionado.

Poluio sonora
A Organizao Mundial de Sade (OMS) considera a poluio sonora a terceira maior do
meio ambiente, perdendo apenas para a poluio da gua e do ar. A intensidade sonora medida
em bel, embora seja muito utilizado o submltiplo decibel.
O ouvido humano suporta at 90 decibis. A partir da, j existe a possibilidade de uma
pessoa apresentar leso, muitas das vezes irreversvel, levando perda auditiva.
De acordo com a OMS um indivduo no pode permanecer em um ambiente com
atividade sonora de 85 decibis de intensidade por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas
em lugares com 90 decibis; 2 horas em locais com 95 decibis; e 1 hora naqueles em que a
intensidade chega a 100 decibis.
Exemplo: em um local onde exista um trnsito intenso, a intensidade sonora chega a 70
dB (decibis).

Poluio atmosfrica
Os gases produzidos na combusto de gasolina, querosene, leo diesel, lcool e gs natural
misturam-se aos demais componentes do ar atmosfrico, modificando sua composio e
tornando-o poludo.

Os principais gases produzidos so:

Gs carbnico ou dixido de carbono (CO2), sua proporo normal no ar de 0,03% e seu


excesso na atmosfera agrava o efeito estufa. No organismo humano, pode at matar por asfixia.

Monxido de carbono (CO), esta molcula em excesso no organismo combina-se com a


hemoglobina (pigmento responsvel pelo transporte de O 2 e CO2 para as clulas do corpo) de
forma estvel, impedindo que acontea a troca gasosa no interior dos alvolos pulmonares.

73
Dixido de enxofre e dixido de nitrognio causam bronquite, asma e at mesmo enfisema
pulmonar por causa da destruio dos alvolos. Alm disso, so agentes causadores da chuva
cida ao reagirem com as molculas de gua presentes na atmosfera.

Oznio e nitrato de peroxiacetlico (PAN) causam distrbios respiratrios, irritao nos olhos
e morte de plantas, diminuindo a atividade de fotossntese.

Chumbo (Pb), metal pesado que, se misturado a gasolina em sua produo e quando lanado ao
meio ambiente, contamina a gua, o solo e o meio ambiente. No organismo humano este metal
altamente txico, sendo capaz de causar a autlise (autodestruio) das clulas.

22.3 Infraes ambientais conforme o Cdigo de Trnsito Brasileiro.

Artigo Infrao Penalidade e Medida


Administrativa
Art. 171 Usar o veculo para arremessar, sobre os Mdia Multa
pedestres ou veculos, gua ou detritos.
Art. 172 Atirar do veculo ou abandonar na via objetos ou Mdia Multa
substncias.
Art. 227 Usar buzina: Leve Multa
I Em situao que no a de simples toque breve como
advertncia ao pedestre ou a condutores de outros veculos;
II Prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III Entre 22h e 6h;
IV Em locais e horrios proibidos pela sinalizao;
V Em desacordo com os padres e as frequncias
estabelecidas pelo CONTRAN.
Art. 228 Usar no veculo equipamento de som em volume Grave Multa e reteno do
ou frequncia que no sejam autorizados pelo CONTRAN. veculo para
regularizao.
Art. 229 Usar indevidamente, no veculo, aparelho de Mdia Multa e apreenso do
alarme ou que produza sons e rudos que perturbem o veculo
sossego pblico, em desacordo com as normas fixadas pelo Remoo do veculo.
CONTRAN.
Art. 230 Conduzir o veculo: Grave Multa e reteno do
XI Com descarga livre ou silencioso de motor a exploso veculo para
defeituoso, deficiente ou inoperante. regularizao.
XVIII Em mau estado de conservao, comprometendo a
segurana ou reprovado na avaliao de inspeo de
segurana de emisso de poluentes e rudo, prevista no
art.104.
Art. 231 Transitar com o veculo: Gravssima Multa e reteno do
I Danificando a via, suas instalaes e equipamentos. veculo para
II Derramando, lanando ou arrastando sobre a via: regularizao.
a) Carga que esteja transportando;
b) Combustvel ou lubrificante que esteja utilizando;
c) Qualquer objeto que possa acarretar risco de
acidente.
Art. 231 Transitar com o veculo: Grave Multa e reteno do
III Produzindo, fumaa, gases ou partculas em nveis veculo para
superiores aos fixados pelo CONTRAN. regularizao
IV Com suas dimenses ou de cargas superiores aos
limites estabelecidos legalmente ou pela sinalizao, sem
autorizao.

74
22.6 Atuao do Governo

Com o intuito de prevenir maiores danos ao meio ambiente, em 1981, foi criado o

SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente, formado pelos seguintes rgos:


MMA (Ministrio do Meio Ambiente) responsvel pelas normas e padres relativos ao
meio ambiente.
CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) sua finalidade dar apoio ao
Presidente da Repblica; determina os limites de emisso de gases, fumaa e rudo dos
veculos automotores.
SEMAM (Secretaria de Meio Ambiente da Presidncia da Repblica) onde est o
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis) atua
como secretaria executiva do CONAMA.
PROCONVE Programa Nacional de Controle de Poluio do Ar por Veculos
Automotores.

22.7 Resolues do CONAMA sobre poluio ambiental causada por veculos


automotores.

Resoluo 135/2002 dispe sobre a nova etapa do Programa de Controle de Emisses


Veiculares PROCONVE.
Resoluo 297/2002 estabelece os limites para emisses de gases poluentes por
ciclomotores, motociclos e veculos similares novos.
Resoluo 342/2003 estabelece novos limites para emisses de gases poluentes por
ciclomotores, motociclos e veculos similares novos, em observncia Resoluo 297/2002,
e d outras providncias.
Resoluo 362/2005 dispes sobre o recolhimento, coleta e destinao final de leo
lubrificante usado ou contaminado.
Resoluo 404/2008 dispe sobre a nova fase de exigncia do Programa de Controle da
Poluio do Ar por Veculos Automotores (PROCONVE) para veculos pesados novos, e d
outras providncias.
Resoluo 415/2009 dispe sobre a nova fase (PROCONVE L6) de exigncias do
Programa de Controle da Poluio do Ar por Veculos Automotores PROCONVE para
veculos automotores leves novos de uso rodovirio, e d outras providncias.
Resoluo 416/2009 dispe sobre a preveno degradao ambiental causada por pneus
inservveis e sua destinao ambientalmente adequada, e d outras providncias.
Resoluo 418/2009 - dispe sobre critrios para a elaborao de Planos de Controle de
Poluio Veicular PCPV e para implantao de Programas de Inspeo e Manuteno de
Veculos em Uso I/M pelos rgos estaduais e municipais de meio ambiente e determina
novos limites de emisso e procedimentos para avaliao do estado de manuteno dos
veculos em uso.

22.8 A manuteno preventiva do veculo.

Regras para o condutor evitar danos ao meio ambiente e ao mesmo tempo, dirigir com
segurana e mais economia.
Manter o motor bem regulado. Alm de proporcionar uma economia no consumo de
combustvel, evita a emisso excessiva de gases nocivos na atmosfera.
Seguir cuidadosamente o plano de manuteno estabelecido pelo fabricante do veculo.
75
Manter a bateria carregada e em boas condies de uso.
Conservar o leo do motor sempre no nvel determinado.
Controlar periodicamente a presso dos pneus. Se a presso estiver muito baixa, o consumo
de combustvel aumenta.
Evitar carregar peso intil e excesso de peso.
Utilizar os dispositivos eltricos somente pelo tempo necessrio. A exigncia de corrente
aumenta o consumo de combustvel.
Trocar a marcha na rotao correta. Esticar as marchas provoca maior consumo.
Evitar redues constantes de marcha, aceleraes bruscas e freadas em excesso.
Evitar paradas prolongadas com o motor funcionando.
No esquentar demais o motor do carro na garagem. Alm de no fazer nenhum benefcio
para o veculo, contamina o ar.
Tentar manter uma velocidade constante, respeitando a sinalizao.

MEIO AMBIENTE

1) O rgo responsvel pela determinao dos limites de emisso de gases :


a) Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA.
b) Programa de Controle da Poluio de Ar por Veculos Automotores PROCONVE.
c) Departamento de Trnsito DETRAN.
d) Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
e) Ministrio da Sade.

2) O dispositivo de controle de emisso de gases (catalisador) no escapamento tem como


objetivo:
a) Diminuir o rudo do motor.
b) Economizar combustvel.
c) Aumentar a potncia do motor.
d) Diminuir a emisso de gases.
e) Controlar a sada do ar quente.

3) Dirigir um veculo reprovado na inspeo de emisso de poluentes caracteriza uma:


a) Infrao leve, sem multa.
b) Infrao mdia, com multa.
c) Infrao grave, com multa e reteno do veculo.
d) Infrao gravssima, com multa.
e) Infrao gravssima, com multa e apreenso do veculo.

4) A manuteno preventiva do veculo ajuda a combater entre outros:


a) A emisso de gases poluentes ao meio ambiente.
b) A manuteno da pintura do veculo.
c) A sustentao dos elevados nveis de poluentes.
d) A falta de fiscalizao dos veculos.
e) As doenas do aparelho locomotor.

76
5) Os rudos emitidos pelo funcionamento do motor de um veculo so controlados pelo:
a) Carburador.
b) Radiador.
c) Catalisador.
d) Acelerador.
e) Silenciador.

23 CONVVIO SOCIAL

Quando uma pessoa comea a participar de um grupo, ela traz caractersticas suas que
so diferentes daquelas do restante do grupo. A maneira como essas diferenas so encaradas
pelas outras pessoas determina o tipo de relacionamento que ocorre nesse grupo.
Se h respeito pela opinio do outro, se a ideia de cada um ouvida e discutida,
estabelece-se um tipo de relacionamento de grupo diferente daquele em que no h respeito pela
opinio do outro, quando ideias e sentimentos no so ouvidos, ou so ignorados e quando no
h troca de informaes.
As relaes interpessoais desenvolvem-se em funo do processo de interao. A
qualidade dos relacionamentos e a capacidade que temos em mant-los so fortes influncias
em nossa qualidade de vida e no posicionamento social perante os demais. Para manter uma boa
convivncia com as pessoas importante conhecer e respeitar as diferenas individuais, que
podem ser: sociais, fsicas, psicolgicas, culturais e religiosas.

23.1 - Habilidades interpessoais

Habilidade interpessoal a capacidade que


uma pessoa tem de relacionar-se eficazmente
com outras pessoas, de forma adequada s
necessidades do outro e s exigncias da
situao.
As pessoas possuem diversas caractersticas
que podem ser consideradas habilidades
pessoais e que facilitam as relaes, por
exemplo:

Habilidade de comunicar ideias de forma clara e precisa em situaes individuais e de grupo;


Habilidade de ouvir e compreender o que os outros dizem;
Habilidade de aceitar crticas sem fortes reaes emocionais defensivas;
Habilidade de dar feedback (retorno) aos outros de modo til e construtivo;
Habilidade de percepo e conscincia de necessidades, sentimentos e reaes dos outros;
Habilidade de reconhecer e lidar com conflitos e hostilidade dos outros;
Habilidade de modificar um ponto de vista em funo do feedback dos outros e dos objetivos
a alcanar;
Tendncia a procurar relacionamento mais prximo com as pessoas, dar e receber afeto no
seu grupo de trabalho.

77
23.2 Respeito s normas de segurana e comportamento solidrio no trnsito.

Estamos recebendo a todo o momento


informaes, presses e mensagens de que
precisamos nos preocupar com nosso eu, com os
nossos interesses e que devemos olhar o
semelhante como adversrio. Acreditamos que
temos de ser individualistas para vencer essa
competio na maioria dos casos. Diante disso,
manter um comportamento tico e solidrio
pode se tornar difcil ou invivel.
O respeito s diferenas e aos direitos
individuais no tem espao e a vida se torna
uma perigosa aventura.
O trnsito o reflexo dessa crise de
valores. O objeto de maior peso, que simboliza poder e status, passa a ser o carro, deixando o
ser humano em segundo plano.
O carro passou a ser o dono da rua e o homem faz tudo para possu-lo.
O ser humano deixou de ser o principal personagem do trnsito, ficando apenas como
um servo da mquina, j que a potncia dos carros e a habilidade do motorista ao volante so os
tpicos que passam a ser destacados com reconhecimento social.
O trnsito um palco que demonstra o individualismo, a impunidade e principalmente a
falta de solidariedade.
Os significados das palavras liberdade e poder esto relacionados alta velocidade, e o
outro o eterno culpado, independentemente das circunstncias.

23.3 Responsabilidade do condutor em relao aos demais atores do trnsito.

O motorista deve ter sempre em mente, antes de tudo, que ele divide o espao pblico
com outras pessoas que tambm necessitam utilizar as vias. As ruas tornam -se arenas de
disputas, onde vale a lei do mais forte, e o resultado dessa batalha diria o alto ndice de
acidentes e mortes no trnsito, no qual vidas so destrudas e as esperanas de muitas famlias
so dilaceradas.
O motorista responsvel no somente por si mesmo, seus atos e o veculo, mas,
principalmente, pela vida de seus passageiros, pois seu trabalho conduzi-los para onde
precisam ir. Por isso, o condutor deve manter-se sempre atualizado sobre assuntos relacionados
ao trnsito e sobre as legislaes que estabelecem direitos e proteo s pessoas.

23.4 Comportamento e segurana no transporte de passageiros.

Os diferentes grupos sociais dos quais a pessoa faz parte podem ter influncia na sua
personalidade, da mesma forma como a personalidade de cada pessoa tem influncia dentro dos
grupos sociais. Em nossos primeiros anos de vida, aprendemos a cultura do meio em que
estamos inseridos e, desde cedo, j somos capazes de expressar nossos sentimentos atravs
destes comportamentos aprendidos durante a infncia e adquiridos ao longo da vida.

78
Quem nunca expressou alguma dessas emoes?
Risos;
Choros;
Tristeza;
Raiva;
Agressividade;
Irritabilidade.

Cada pessoa expressa seus sentimentos de forma diferente, porm estes fazem parte de
quem somos. O problema como reagimos a essas emoes no dia a dia, principalmente
quando estamos conduzindo um veculo. Quando emocionalmente abalados, muitos se
transformam completamente, podendo gerar riscos a si mesmos e s pessoas ao seu redor.
Vrias situaes de violncia no trnsito so oriundas de fatos, como uma fechada de um
veculo, por exemplo, servindo de estopim para uma violncia fsica, com consequncias
terrveis. Nestes casos, o ideal manter a calma e no aceitar as provocaes, evitando atritos e
um possvel final doloroso.
A todo esse cenrio, chamamos de relacionamento interpessoal, envolvendo o indivduo,
o grupo, a sociedade e suas relaes com o meio. Como construmos tudo que est a nossa
volta, tornamo-nos, tambm, responsveis por nossos atos. Por tanto, necessrio refletir sobre
o comportamento solidrio no trnsito.

23.5 Comportamento no trnsito.

Observando o comportamento de motoristas no


trnsito possvel resumi-los em 3 tipos bsicos:
Cautelosos: aqueles que nas vias respeitam as regras,
normas, o espao dos outros e tambm o trnsito;
Donos do mundo: os briguentos, agitados, reclames,
insuportveis. Agem como se os outros motoristas no
soubessem nada, achando que tudo gira em torno deles;
Comportamentos mascarados: pessoas que parecem
adequadas no trabalho ou em famlia, mas no trnsito,
diante de um instrumento sob o seu controle direto, tendem a revelar comportamentos
agressivos, como se conseguissem se posicionar individualmente nessa situao.
Agora, pare, pense e reflita: que tipo de comportamento voc acredita que reproduz no
trnsito?
preciso ter cuidado, pois muitas vezes, o veculo transforma-se em objeto de poder e
autoafirmao, necessidade que surge, em muitos casos, para compensar inseguranas ou
sentimentos de inadequao e de inferioridade.
Mudanas, como deixar um motorista entrar na sua frente no cruzamento quando este
estiver parado, respeitar as sinalizaes, dirigir com cautela e tranquilidade, dentre outras, so
algumas atitudes que fazem diferena e nos ajudam a preservar o nosso bem mais precioso: a
vida.
funo do motorista transmitir segurana e tranquilidade aos seus passageiros para que
ningum se exponha riscos e perigos no trnsito.

79
23.6 Relaes humanas

A maior barreira para o relacionamento interpessoal a nossa tendncia para julgar,


apreciar, aprovar ou desaprovar o comportamento das outras pessoas. Ns sempre pensamos a
partir do nosso prprio ponto de vista e esquecemos que outras pessoas podem ter pontos de
vista distintos.
A base para desenvolver uma boa relao com amigos, familiares, passageiros dos
nibus ou colegas de trabalho respeitar cada um e entender que embora iguais cada um se
comporta de uma forma distinta, trazendo consigo diferentes necessidades.

23.7 Comunicao interpessoal

Voc consegue imaginar uma sociedade sem a comunicao?


No, pois atravs do dilogo com o outro que ampliamos nossas percepes e
permitimos que acontea o processo de transformao.
A palavra comunicar significa tornar comum, ou seja, trocar informaes, partilhar ideias,
sentimentos, experincias, crenas e valores. Todo ser humano tem a capacidade de se
comunicar; no entanto, a qualidade da mensagem transmitida e o entendimento desta mensagem
que muitas vezes deixam a desejar e comprometem as relaes entre as pessoas.

O processo de comunicao segue a estrutura abaixo:

Emissor: a pessoa que transmite a mensagem.


Receptor: aquele ao qual a mensagem se destina. Pode ser um indivduo ou um grupo de
pessoas.
Mensagem: o que se quer transmitir.
Canal: o meio utilizado para transmitir a mensagem. Exemplos: televiso, celular, internet,
presencial, etc.
Cdigo: a linguagem utilizada para transmitir a mensagem. Para que a comunicao seja
realizada com sucesso preciso que tanto o emissor quanto o receptor conheam o mesmo
cdigo. Exemplo: idiomas, sinais, etc.

Para compreendermos melhor como funciona o processo de comunicao, importante antes


partirmos dos seguintes princpios:

O que dizemos no necessariamente o que as pessoas ouvem.


O que elas ouvem mais importante do que o que dizemos.

A partir do momento em que acontece a emisso de uma mensagem ocorrem algumas


variveis que podem influenciar a forma como o receptor ir receb-la. Mais importante que a
prpria mensagem o receptor, ou seja, o pblico com que nos comunicamos diariamente,
clientes, familiares, colegas de trabalho e amigos. Cada um ir receber a mensagem transmitida
ao seu prprio modo, de acordo com sua cultura e experincias pessoais.
Assim, para a comunicao acontecer de forma eficiente, e sem rudos, importante
prestarmos ateno em quem o nosso pblico, ou seja, quem este receptor. No caso dos
motoristas, quem so os passageiros que costumam utilizar o transporte coletivo?

80
23.8 Caractersticas dos usurios de transporte coletivo de passageiros.

Os transportes coletivos conduzem centenas de pessoas


todos os dias, cada uma com suas necessidades especficas.
So jovens, estudantes, trabalhadores, adultos com crianas,
idosos, deficientes, entre outros que buscam se deslocar
diariamente e utilizam os servios dos nibus. Como lidar
com cada um desses perfis, sendo estes, to variados?
Uma boa dica entender que pessoas que pertencem a
uma mesma faixa etria, por exemplo, costumam apresentar
algumas caractersticas semelhantes.
De modo geral, independentemente do perfil de
cada pblico, para melhor atend-lo importante
conhecer alguns aspectos que interferem no
comportamento das pessoas, como perceber
necessidades bsicas de cada perfil e, claro,
comunicar-se sempre.
muito importante destacar tambm que
necessrio agir sempre com cordialidade. Sendo
cordial e respeitoso com o seu cliente, ele ir trat-lo
melhor, independentemente da faixa etria a qual
pertena.

23.8.1 Dicas para amenizar as dificuldades de relacionamento com o cliente:

Alimentar-se adequadamente;
Dormir o necessrio para seu descanso;
Conversar com amigos ou entre familiares, nas horas de descanso;
Ter lazer de qualquer espcie: ir ao cinema, jogar futebol ou assistir TV;
Desenvolver a ateno, fazendo caa palavras;
Dentre outras.

23.8.2 Diferenas e especificidades dos usurios.

No trnsito, em sua maioria, prevalece a ideia de que pensar em si mesmo o mais


importante. Porm, precisamos nos preocupar com a segurana de todos, ou seja, devemos
pensar em ns, mas considerando o mundo ao nosso redor.
Para que isso ocorra necessrio entender que formamos uma equipe, um todo, porque
precisamos de uma viso global e de estratgias para tomar decises que visem preservao da
vida. Para que este trabalho acontea preciso antes de tudo manter uma boa convivncia co m
as pessoas, conhec-las e respeitar as diferenas individuais, que podem ser sociais, fsicas,
psicolgicas, culturais e religiosas.
Esse respeito inclui o preparo para lidar com vrios perfis de usurios de transportes.
Muitas vezes ser necessrio, por exemplo, auxiliar passageiros com necessidades especiais. E
para orientar as pessoas necessrio conhecer um pouco sobre como ajudar pessoas que
apresentem mobilidade reduzida, como pessoas com deficincia, idosos e gestantes.

81
O deficiente visual

Pessoas com deficincia visual apresentam baixa viso ou cegueira.


Como ajudar: ao auxiliar uma pessoa com esta deficincia, procure dar uma pista
sonora de sua aproximao. Toque suavemente em seu ombro apresente-se e pergunte se e
como pode ajud-la.

Para guiar a pessoa deficiente visual, deixe que ela segure seu brao,
pois ela quem precisa acompanhar os movimentos do seu corpo.
Conduza-a pelo lado oposto ao da utilizao da bengala.

Para subir os degraus do nibus, a posio correta ser a pessoa com deficincia visual
estar em um degrau atrs do guia. Oriente-a onde segurar e ajude-a a se sentar, colocando a mo
dela no encosto do assento disponvel, para que ela possa se sentar sozinha. No esqueas que
ela tem orgulho da autossuficincia adquirida.
Dirija-se a ela diretamente e no atravs de seu acompanhante, em tom audvel, porm
no alto demais, oferecendo-se para indicar-lhe o momento de saltar.
Seja o mais claro possvel quando indicar trajetos. Fale se ela deve seguir direita,
esquerda ou ir em frente. Evite fazer gestos, balanar a cabea afirmativa ou negativamente e
usar expresses como ali ou l.
Informe sempre ao deficiente quanto ao meio fio, se
existem poas, buracos, o tamanho do degrau etc. Nunca pare
em frente a um poste, uma rvore, banca de jornal ou camel.
Avise se precisar parar fora do ponto ou mudar de
itinerrio.
No caso de co guia, a lei garante a entrada e
permanncia nos meios de transporte.

O deficiente fsico

Caracteriza-se quando uma pessoa tem


dificuldade permanente ou transitria de se
locomover, movimentar ou executar alguma
tarefa.
Como ajudar: Pergunte como pegar,
levantar, transportar, quando for o caso. Pea
orientao sobre o equipamento e tenha cuidado
com o mesmo.
Ajudando a descer a rampa ou o degrau
na cadeira de rodas, melhor usar a posio de
marcha r para a pessoa no tombar do assento.

82
Quem faz uso de muletas tem um ritmo prprio; respeite este tempo de caminhar e,
quando for auxili-lo, deixe as muletas sempre ao alcance das mos de seu dono.
Ajudando no nibus, cuidado com os degraus; posicione-se atrs da pessoa para subir e
na frente quando estiver descendo.
Fique atento ao correto uso dos elevadores para embarcar e desembarcar passageiros no
nibus.

O deficiente auditivo

A deficincia auditiva ocorre quando uma pessoa tem dificuldades de escutar e com isso
compreender a fala em decorrncia de doenas que afetem o aparelho auditivo.
Como ajudar: Fale claro e pausadamente com a pessoa surda. Quando falar olhe para
ela. No grite. Normalmente a comunicao tambm possvel com o uso de gestos. Se souber
a lngua dos sinais, mesmo que um pouco, no hesite em us-la.
Caso no entenda o que ela quer dizer, no finja que entendeu para no ofend-la. Ela
est acostumada com essa dificuldade e tentar se fazer entender novamente.

O deficiente intelectual

As pessoas com deficincia intelectual apresentam dificuldades na aprendizagem e


limitaes em duas ou mais funes executivas como autocuidado e segurana.
Como ajudar: Seja o mais claro e objetivo possvel na comunicao. Tenha calma
porque as pessoas com esse tipo de deficincia podem demorar um pouco mais para
compreender as orientaes.
Caso a pessoa com deficincia esteja viajando desacompanhada, pergunte onde quer
descer e se quer que lhe indique o posto. Caso ela negue ajuda, no insista. Respeite sua
vontade de recusar porque muitas coisas ela capaz de fazer sozinha.
Caso a pessoa lhe pea ajuda ao sair do nibus, na medida do possvel, preste auxlio.

O cidado com paralisia cerebral

Trata-se de um tipo de deficincia fsica adquirida na infncia. A pessoa pode apresentar


movimentos involuntrios, modificaes na fala, dificuldades de locomoo.
Como ajudar: Procure observar o ritmo da fala e do caminhar da pessoa com paralisia
cerebral e d o tempo necessrio para que ela possa se comunicar com voc.
Espere a pessoa se sentar antes de dar a partida.

O idoso

Caso perceba que o idoso est tendo dificuldade de


ler o nmero ou o destino do nibus, apresse-se em lhe
informar. Uma vez que o idoso j tenha subido, necessrio
ter pacincia para aguard-lo passar o Riocard e acomodar-
se.
fundamental tambm garantir que os assentos que
lhes so reservados sejam respeitados. Oriente os clientes
83
que ali se sentarem que devem levantar-se caso um idoso entre.
Se a vida permitir, voc tambm chegar terceira idade e quando isso acontecer, voc se
sentir muito mais feliz se for tratado com respeito e carinho.

A pessoa idosa necessita de ateno redobrada, sendo importantssimo o


respeito ao seu ritmo e suas necessidades.
De incio, preciso sempre parar no ponto, o mais prximo possvel do
meio-fio.

A gestante

A gestante tambm necessita de ateno redobrada. Alm de ter seus movimentos mais
lentos neste perodo, ela est mais pesada que o de hbito e pode ser sentir insegura para subir e
descer os degraus.
Ao cobrador, cabe pedir-lhe gentilmente que efetue o pagamento ou que passe o carto,
aps o que rodada a roleta.
Caso os assentos dianteiros estejam ocupados ou sejam inexistentes, sugira que a
gestante entre por trs e solicite o pagamento da mesma forma.
No d a partida antes que ela se acomode.

Concluso

por meio das interaes e das relaes com as pessoas que estabelecemos nossos
valores, propsitos, atitudes e comportamentos. Por esse motivo percebemos a importncia do
empenho em desenvolver bons relacionamentos e interagir com as pessoas.
O trnsito um dos ambientes onde h grande quantidade de interaes entre diferentes
grupos. Dizemos que o trnsito democrtico, pois qualquer um pode participar dele, seja como
condutor, seja como pedestre.
Conhecer as normas e saber lidar com as pessoas no trnsito fundamental. Desrespeitar
as leis de trnsito, alm de ser um fator de risco de acidentes, no condiz com uma boa imagem
profissional. O comportamento do condutor muito importante em sua atividade.

84
CONVVIO SOCIAL

1) Para manter uma boa convivncia com as pessoas importante conhecer e respeitar as
diferenas individuais. Este um dos princpios bsicos:
a) Da economia.
b) Da informalidade profissional.
c) Do convvio social.
d) Da sade.

2) Todo ser humano tem a capacidade de trocar informaes, partilhar ideias,


sentimentos, experincias, crenas e valores. Podemos entender tambm como a
capacidade:
a) Conduzir.
b) Comunicar.
c) Ler.
d) Relacionar as ideias.

3) O que faz de ns, indivduos, seres nicos num mundo com tantas pessoas?
a) O conhecimento que temos e de que maneira o utilizamos.
b) As caractersticas herdadas e adquiridas do meio.
c) O nvel cultural e econmico.
d) A regio onde mora e a profisso que escolheu.

4) So atributos indispensveis para se lidar com o pblico em geral:


a) Estar descansado e ter dormido bem.
b) Ser respeitoso e cordial com as pessoas.
c) Ser econmico com as finanas.
d) Ter domnio intelectual.

5) Prevalecer a ideia de que pensar em si mesmo como sendo o mais importante e no se


preocupar com a segurana de todos, so pensamentos:
a) Sensatos ao trnsito.
b) Importantes ao trnsito.
c) Errados e inaceitveis ao trnsito.
d) Corretos ao trnsito.

85
Gabarito dos exerccios:

Nmero 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Legislao D B B B C Certo - - - -
Direo Defensiva A A C A C D C B B B
Relacionamento
D A D D C B A C C C
Interpessoal
1 parte D C C C D B D C B C
Primeiros 2 parte 2,4,1,3 3,2,4,1 4,2,1,3 3,1,4,2 4,1,2,3 3 1,2,3 2,3 - -
Socorros
3 parte A,C,D, B,D,A, C,B,D,
C,A,B C,C,C,E 4,2,3,1 A,B,D - - -
B C A
Fatores de Risco C A D A A - - - - -
Meio Ambiente A D C A E - - - - -
Convvio Social C B A B C - - - - -

BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Lei n 9503, de 23 de setembro de 1997. Cdigo de Trnsito Brasileiro. Dirio
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