Anti Concepcion Al
Anti Concepcion Al
Anti Concepcion Al
Resumo
Francieli Vigo1
Jaqueline Neves Lubianca2
Os progestgenos so esteroides que podem ser sintticos ou naturais.
Helena von Eye Corleta3
A progesterona o nico progestgeno natural. Os progestgenos sintticos tentam mimetizar o efeito da
Palavras-chave progesterona, e so chamados de progestinas. Cada progestina apresenta diferentes propriedades farmacolgicas,
Progesterona dependendo da molcula da qual foi originada, usualmente testosterona e progesterona. Pequenas mudanas
Progestina
estruturais nas molculas originais levam a diferenas considerveis na atividade de cada uma das progestinas.
Neoplasias da mama e progestinas
O objetivo deste trabalho revisar a origem dos progestgenos, as peculiaridades de cada grupo e seu uso
Keywords clnico mais comum. As informaes j levantadas sobre o efeito das progestinas em patologias importantes e
Progesterone prevalentes, como o cncer de mama e eventos tromboemblicos, tambm ser abordado.
Progestins
Breast neoplasms and progestins
1
Ginecologista e Obstetra Residente do Setor de Reproduo Humana da Universidade Federal de So Paulo (Unifesp) So Paulo (SP), Brasil.
2
Professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrcia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
Pesquisadora do Laboratrio de Ginecologia e Obstetrcia Molecular do Centro de Pesquisas do Servio de Ginecologia e Obstetrcia, Hospital de
Clnicas de Porto Alegre Porto Alegre (RS), Brasil.
3
Professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrcia da Faculdade de Medicina da UFRGS; Pesquisadora do Laboratrio de Ginecologia e
Obstetrcia Molecular do Centro de Pesquisas do Servio de Ginecologia e Obstetrcia, Coordenadora do Hospital de Clnicas de Porto Alegre Gerar
Ncleo de Reproduo Humana do Hospital Moinhos de Vento Porto Alegre (RS), Brasil.
Endereo para correspondncia: Helena von Eye Corleta Rua Ramiro Barcellos, 910/905 CEP 90035-001 Porto Alegre (RS), Brasil
E-mail: [email protected]
Vigo F, Lubianca JN, Corleta HE
Progestinas
!
17_-OH- 19-nor- 19-nor-
Progesterona progesterona testosterona
!
Tabela 1 Classificao das progestinas sintticas conforme origem e gerao (1 gerao: preta; 2 gerao: vermelho; 3
gerao: azul; 4 gerao: verde)
19-Nortestosterona 19-Norprogesterona (C-20) 17-OH-progesterona (C-21) Anlogo da espironolactona
Estranas (C-18) Medrogestona Acetato de Medroxiprogesterona Drospirenona
Noretisterona (NET) Promegestona (AMP) -
Acetato de noretisterona Demegestona Acetato de ciproterona -
Noretinodrel Nomegestrol Acetato de clormadinona -
Linestrenol Trimegestona Acetato de megestrol -
Etinodiol Nestorona - -
Dienogest (DNG) - - -
Gonanas (C-17) - - -
Levonorgestrel (LNG) - - -
Norgestrel (NG) - - -
Desogestrel (DSG) - - -
Gestodene (GES) - - -
Norgestimato - - -
Modificado de3,4
um potente antiandrognico, e o acetato de medroxiprogesterona Diversos fatores modificam a farmacocintica das progestinas
apresenta leve efeito andrognico e exerce efeito glicorticoide em (idade, funo renal, funo heptica e percentual de gordura
altas doses. Drospirenona essencialmente antimineralocorticoide corprea), fazendo com que a mesma dose de medicao leve a
e exerce algumas funes antiandrognicas. As diferentes aes diferentes respostas clnicas. A metabolizao oral das progestinas
das progestinas podem ser vistas na Tabela 4. iniciada por enzimas bacterianas intestinais, formando meta-
Tabela 3 Afinidade de ligao in vitro de diferentes progestinas aos receptores dos esteroides
Afinidade Relativa (%)
Receptor
TMG AMP Noretindrona Gestodene Levonorgestrel Drosperinona
Progesterona 558 298 134 864 323 19
Andrognio 2,4 36 55 71 58 2
Glicocorticoide 13 58 1,4 38 7,5 3
Mineralocorticoide 42 3,1 2,7 97 17 500
Estrognio <0,02 <0,02 0,15 <0,02 <0,02 <0,5
TMG: Trimegestona AMP: acetato de medroxiprogesterona
Modificado de1 (D)
que a dose deve ficar entre 200 e 300 mg para garantir prote- H H H
o endometrial em pacientes em uso de TH combinada com O O
estrognio20(D). mais utilizada como suporte de fase ltea
durante tratamento de fertilizao assistida. Figura 2 Estruturas da progesterona (a) e diidrogesterona (b).
gestodeno so significativamente mais altos quando comparados sem ajuste (falha pelo uso) de 1,01 (1,59) para mulheres
a outras progestinas. Esse fato surpreendente, porque 75g de entre 18 e 25 anos33(D). Existem vrias crticas em relao a
gestodeno a menor dose j usada de qualquer progestina em esse novo CO: pouco se sabe sobre o risco de eventos adversos
um CO. Isso pode ser explicado porque o gestodeno tem alta (trombose, doenas mamrias) e inconvenincia da formulao,
afinidade com as SHBG: aps administrao oral, aproximada- j que apresenta cinco diferentes dosagens hormonais dentre
mente 75% dele se liga protena SHBG15(D). de um mesmo ciclo.
Pouco se sabe sobre a biodisponibilidade do norgestimato.
Ele tambm uma pr-droga, e seu metablito ativo o levonor- Derivados da 17-oh-progesterona (C21)
gestrel-3-oxime. Cerca de 20% do norgestimato administrado
por via oral convertido em levonorgestrel20(D). Acetato de medroxiprogesterona (AMP)
A farmacocintica do AMP pouco conhecida e apresenta
Etonogestrel meia vida de aproximadamente 24 horas. Na circulao,
um metablito biologicamente ativo do desogestrel. Essa o AMP liga-se inespecificamente albumina e passa por
a progestina contida no implante contraceptivo de basto intensa metabolizao. O AMP classicamente prescrito
nico atualmente disponvel (Implanon), e tambm no anel para terapia hormonal em mulheres aps a menopausa, em
vaginal (NuvaRing), entretanto nesta ltima apresentao est regime cclico ou contnuo, associado a algum estrognio.
associado ao EE. Apresenta perfil andrognico mais favorvel Apresenta leve ao andrognica e, quando em altas doses,
que o LNG28(D). tem atividade glicocorticoide, levando modulao da imu-
nidade do epitlio vaginal6(D). Usado como contraceptivo
Norelgestromin injetvel trimestral (150mg), tem como efeitos adversos o
um metablito biologicamente ativo do norgestimato, ganho de peso, mudana de humor, cefaleia e irregularidade
presente na anticoncepo transdrmica (Evra)28(D). menstrual (tendncia a oligoamenorreia). Por levar dimi-
nuio importante nos nveis de estradiol, existe associao
Dienogest entre o uso de AMP de depsito e diminuio da densidade
estruturalmente relacionado noretisterona, derivada da mineral ssea, embora no exista evidncia que comprove o
testosterona, porm, com efeito antiandrognico. Apresenta aumento da incidncia de fraturas em usurias de AMP34.
alta biodisponibilidade, meia vida curta1(D) e cerca de 40% do Estudos da Organizao Mundial da Sade (OMS) demons-
efeito antiandrognico do acetato de ciproterona (CPA), sendo tram que o AMP previne contra a neoplasia endometrial e
esta considerada a progestina mais antiandrognica5. Em com- no est associado ao aumento de risco para cncer de ovrio,
binao com etinilestradiol em CO, apresenta um bom controle mama e colo uterino35,37(B).
do sangramento e melhora de sinais e sintomas andrognicos29,30
(D). Estudos de TH comparando o perfil lipdico de usurias de Acetato de ciproterona
valerato de estradiol mais dienogest com estradiol mais nore- Essa progestina a de maior potencial antiandrognico,
tisterona encontraram queda do colesterol total e aumento de com biodisponbilidade de aproximadamente 100%38(D). A
18% nos nveis de HDL no grupo do dienogest, com aumento ao antiandrognica do acetato de ciproterona ocorre pelos
dos nveis de triglicerdeos31(A). seguintes mecanismos: a) ligao com receptores intracelulares
Muito recentemente foi autorizado o uso de CO quadrif- de testosterona e diidrotestosterona, inibindo sua atividade; b)
sico, contendo a combinao dienogest (DNG) e valerato de ao antigonadotrfica, reduzindo a secreo de LH e, conse-
estradiol (E2V). As doses contidas nesse contraceptivo so as quentemente, a secreo ovariana de andrognios; c) inibio
seguintes: E2V 3 mg nos dias 1 e 2, E2V 2 mg/DNG 2 mg da atividade da 5--redutase, diminuindo a converso de
entre os dias 3-7, E2V 2 mg/DNG 3 mg entre os dias 8-24, testosterona em diidrotestosterona; d) aumento da depurao
E2V 1 mg nos dias 25 e 26 e placebo nos dias 27 e 28. Estudo de testosterona. Diversos estudos comprovam sua eficcia no
fase III publicado em maro de 2011 mostra que este CO tratamento do hirsutismo e da acne, independentemente de
apresenta alta taxa de eficcia confiabilidade, boa tolerabilidade estar ou no associada ao etinilestradiol39(D). Os efeitos ad-
e baixo grau de insatisfao pelas usurias32(A). O ndice de versos relatados so astenia, diminuio de libido, mastalgia
Pearl ajustado (falha do mtodo) de 0,51 (limite superior e cefaleia; em doses altas, pode causar amenorreia, ganho de
com intervalo de confiana de 95%=0,97) e o ndice de Pearl peso e hepatite39(D).
Acetato de clormadinona de esteroides. Apresenta alta absoro via oral. Dose de 1,25
Apresenta potncia cerca de 1/3 maior que a progesterona, mg/dia, inibe a ovulao sem inibir o crescimento folicular.
leve efeito glicorticoide, efeito antiestrognico e antiandrognico Quando usado em doses de 2,5 a 5 mg/dia, inibe tanto a
(compete com a testosterona e diidrotestosterona na ligao ao ovulao quanto o desenvolvimento folicular. Tem efeito an-
receptor de andrognio, alm de inibir a 5--redutase), alm de tiestrognico no endomtrio e efeito antiandrognico parcial
ter excelente efeito antigonadotrfico. utilizado isoladamente (cerca de 20 vezes menor do que o acetato de ciproterona).
como contraceptivo em pacientes de alto risco cardiovascular Parece no alterar o peso corporal, nveis glicmicos e perfil
ou em combinao com o etinilestradiol40(D). lipdico44(D). Existe tambm um implante contraceptivo
anual, disponvel no Brasil, que libera cerca de 100 g/dia
Acetato de megestrol de acetato de nomegestrol. Apesar de pouco estudado, mostra
Possui biodisponibilidade similar ao AMP, prximo de eficcia contraceptiva e parece no ter efeitos deletrios em
100%. No se liga ao SHBG, mas sim albumina23(D). Revi- parmetros metablicos, como presso arterial, perfil lipdico
so sistemtica da Biblioteca Cochrane considera o acetato de e glicmico45(D).
megestrol terapia eficaz para anorexia/caquexia provocada pelas
neoplasias41(A). Promegestona (R5020)
Potente progestgeno sem efeito andrognico e intenso efeito
Anlogo da espironolactona antiestrognico. Possui alta absoro pela via oral e meia vida
curta46(D). Ainda sem uso clnico definido.
Drospirenona (DSP)
Progestina derivada da espironolactona, com efeito essen- Trimegestona
cialmente antimineralocorticoide41(D), tem meia vida longa a pr-droga da promegestona, e tem capacidade para inibir a
(32 horas) e biodisponibilidade de 66%3(D). a progestina ovulao equivalente ao AMP. Liga-se ao receptor de progesterona
mais semelhante progesterona natural sem qualquer efeito com maior afinidade que AMP, noretisterona e levonorgestrel.
glicocorticoide. Estudos sobre a farmacologia da drospirenona Possui baixa afinidade com receptores andrognicos, mineralocor-
mostram aumento da excreo urinria de sdio, alm do au- ticoides e glicorticoides. No tem ao estrognica. utilizada
mento dos nveis de renina e aldosterona, no alterando, com em esquemas de TH, apresentando segurana endometrial47(D).
isso, os nveis de presso arterial12(D). Nos primeiros trs meses Ensaio clnico randomizado publicado em 2002 mostra que a
de uso, h leve diminuio de peso em comparao ao uso de trimegestona no antagoniza os efeitos benficos do estrognio
placebo43(B). no perfil lipdico das usurias de TH, resultando em aumento
Apresenta 30% do efeito antiandrognico da ciproterona1 dos nveis de HDL48(A).
(D). Seus efeitos antiandrognicos resultam da reduo da
produo ovariana e adrenal de testosterona e seus derivados e Nestorona
do bloqueio de receptores andrognicos. Observa-se melhora um dos progestgenos mais potentes quanto s ativida-
de sintomas clnicos andrognicos, alm de benefcio no perfil des progestacional e antiovulatria. dez vezes mais potente
lipdico das usurias, com elevao dos nveis de HDL apesar que o levonorgestrel. No ativo pela via oral, sendo, por
de discreto aumento dos triglicerdeos. isso, utilizado pela via vaginal ou transdrmica. Tem alta
afinidade pelos receptores de progesterona e, assim como
Derivados da norprogesterona a progesterona, no se liga aos SHBG1(D). No apresenta
Seus derivados so considerados molculas progestagnicas efeito andrognico ou antiandrognico quando administrado
puras, pois tm grande afinidade com o receptor de progeste- na dose de at 20 mg/kg/dia, a qual muito superior quela
rona. Incluem substncias acetiladas (acetato de nomegestrol) empregada para se obter efeito contraceptivo3(D). Existe um
e no acetiladas (trimegestona, demegestona, promegestona e anel contraceptivo que libera nestorona, e estudos clnicos
nestorone)1(D). comprovam sua eficcia contraceptiva com doses de 75 g/
dia. Por seu forte efeito antiestrognico, tambm pode ser
Acetato de Nomegestrol usado em TH. Estudos preliminares mostram proteo en-
Progestina desenhada para se ligar especificamente ao receptor dometrial adequada e melhora sintomtica com TH de via
de progesterona e ter baixa afinidade com os outros receptores transdrmica49(D).
Leituras suplementares
1. Sitruk-Ware R. New progestogens: a review of their effects in perimenopausal 15. Stanczyk FZ. All progestins are not created equal. Steroids. 2003;68(10-13):
and postmenopausal women. Drugs Aging. 2004;21(13):865-83. 879-90.
2. Levy T, Yairi Y, Bar-Hava I, Shalev J, Orvieto R, Ben-Rafael Z. Pharmacokinetics of 16. Wiegratz I, Kuhl H. Metabolic and clinical effects of progestogens. Eur J Contracept
the progesterone-containing vaginal tablet and its use in assisted reproduction. Reprod Health Care. 2006;11(3):153-61.
Steroids. 2000;65(10-11):645-9. 17. de Ziegler D, Fanchin R. Progesterone and progestins: applications in gynecology.
3. Sitruk-Ware R. New progestagens for contraceptive use. Hum Reprod Update. Steroids. 2000;65(10-11):671-9.
2006;12(2):169-78. 18. von Eye Corleta H, Capp E, Ferreira MB. Pharmacokinetics of natural progesterone
4. Schumacher M, Guennoun R, Ghoumari A, Massaad C, Robert F, El-Etr M, et vaginal suppository. Gynecol Obstet Invest. 2004;58(2):105-8.
al. Novel perspectives for progesterone in hormone replacement therapy, with 19. Cicinelli E, de Ziegler D, Bulletti C, Matteo MG, Schonauer LM, Galantino
special reference to the nervous system. Endocr Rev. 2007;28(4):387-439. P. Direct transport of progesterone from vagina to uterus. Obstet Gynecol.
5. Elger W, Beier S, Pollow K, Garfield R, Shi SQ, Hillisch A. Conception 2000;95(3):403-6.
and pharmacodynamic profile of drospirenone. Steroids. 2003;68(10-13): 20. Stanczyk FZ. Pharmacokinetics and potency of progestins used for hormone
891-905. replacement therapy and contraception. Rev Endocr Metab Disord. 2002;3(3):
6. Sitruk-Ware R. Pharmacological profile of progestins. Maturitas. 2008;61 211-24.
(1-2):151-7. 21. Schindler AE. Progestational effects of dydrogesterone in vitro, in vivo and on
7. Nath A, Sitruk-Ware R. Parenteral administration of progestins for hormonal the human endometrium. Maturitas. 2009;65 Suppl 1:S3-11.
replacement therapy. Eur J Contracept Reprod Health Care. 2009;14(2):88- 22. Freeman S, Shulman LP. Considerations for the use of progestin-only contraceptives.
96. J Am Acad Nurse Pract. 2010;22(2):81-91.
8. Fu XD, Giretti MS, Goglia L, Flamini MI, Sanchez AM, Baldacci C, et al. Comparative 23. Schindler AE, Campagnoli C, Druckmann R, Huber J, Pasqualini JR, Schweppe
actions of progesterone, medroxyprogesterone acetate, drospirenone and nestorone KW, et al. Classification and pharmacology of progestins. Maturitas. 2008;61
on breast cancer cell migration and invasion. BMC Cancer. 2008;8:166. (1-2):171-80.
9. Sitruk-Ware R. New hormonal therapies and regimens in the postmenopause: 24. Kovalevsky G, Ballagh SA, Stanczyk FZ, Lee J, Cooper J, Archer DF. Levonorgestrel
routes of administration and timing of initiation. Climacteric. 2007;10(5): effects on serum androgens, sex hormone-binding globulin levels, hair shaft
358-70. diameter, and sexual function. Fertil Steril. 2010;93(6):1997-2003.
10. Sitruk-Ware R. Routes of delivery for progesterone and progestins. Maturitas. 25. Leung VW, Levine M, Soon JA. Mechanisms of action of hormonal emergency
2007;57(1):77-80. contraceptives. Pharmacotherapy. 2010;30(2):158-68.
11. Schumacher M, Sitruk-Ware R, De Nicola AF. Progesterone and progestins: 26. Ewies AA. Levonorgestrel-releasing intrauterine system--the discontinuing story.
neuroprotection and myelin repair. Curr Opin Pharmacol. 2008;8(6):740-6. Gynecol Endocrinol. 2009;25(10):668-73.
12. Krattenmacher R. Drospirenone: pharmacology and pharmacokinetics of a 27. Lidegaard O, Lokkegaard E, Svendsen AL, Agger C. Hormonal contraception
unique progestogen. Contraception. 2000;62(1):29-38. and risk of venous thromboembolism: national follow-up study. BMJ.
13. Jerome F. SI, Bruce A. Lessey. The Structure, function and evaluation of the female 2009;339:b2890.
reproductive tract. In: Yen SSC, Jaffe RB, editors. Reproductive endocrinology: 28. Practice Committee of American Society for Reproductive Medicine. Hormonal
physiology, pathophysiology, and clinical management. 6 ed. Philadelphia: contraception: recent advances and controversies. Fertil Steril. 2008;90(5
Saunders; 2009. p. 195. Suppl):S103-S13.
14. King RJ, Whitehead MI. Assessment of the potency of orally administered 29. Prez-Campos EF. Ethinylestradiol/dienogest in oral contraception. Drugs.
progestins in women. Fertil Steril. 1986;46(6):1062-6. 2010;70(6):681-9.
30. Foster RH, Wilde MI. Dienogest. Drugs. 1998;56(5):825-33. 47. Grubb G, Spielmann D, Pickar J, Constantine G. Clinical experience with
31. Mueck AO, Seeger H, Ldtke R, Grser T, Wallwiener D. Effect on biochemical trimegestone as a new progestin in HRT. Steroids. 2003;68(10-13):921-6.
vasoactive markers during postmenopausal hormone replacement therapy: 48. Meuwissen JH, Beijers-De Bie L, Vihtamaki T, Tuimala R, Siseles N, Magaril C,
estradiol versus estradiol/dienogest. Maturitas. 2001;38(3):305-13. et al. Assessment of the metabolic tolerance in postmenopausal women over
32. Palacios S, Wildt L, Parke S, Machlitt A, Rmer T, Bitzer J. Efficacy and safety of a 1-year period of two hormone replacement therapies containing estradiol
a novel oral contraceptive based on oestradiol (oestradiol valerate/dienogest): in combination with either norgestrel or trimegestone. Gynecol Endocrinol.
a Phase III trial. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2010;149(1):57-62. 2002;16(2):155-62.
33. Jensen JT. Evaluation of a new estradiol oral contraceptive: estradiol valerate 49. Sitruk-Ware R, Small M, Kumar N, Tsong YY, Sundaram K, Jackanicz T. Nestorone:
and dienogest. Expert Opin Pharmacother. 2010;11(7):1147-57. clinical applications for contraception and HRT. Steroids. 2003;68(10-13):
34. Curtis KM, Martins SL. Progestogen-only contraception and bone mineral density: 907-13.
a systematic review. Contraception. 2006;73(5):470-87. 50. Horwitz KB, Sartorius CA. Progestins in hormone replacement therapies reactivate
35. Breast cancer and depot-medroxyprogesterone acetate: a multinational study. cancer stem cells in women with preexisting breast cancers: a hypothesis. J Clin
WHO Collaborative Study of Neoplasia and Steroid Contraceptives. Lancet. Endocrinol Metab. 2008;93(9):3295-8.
1991;338(8771):833-8. 36. Skegg DC, Noonan EA, Paul C, Spears GF, Meirik 51. Pasqualini JR. Progestins and breast cancer. Gynecol Endocrinol. 2007;23(Suppl
O, Thomas DB. Depot medroxyprogesterone acetate and breast cancer. A pooled 1):32-41.
analysis of the World Health Organization and New Zealand studies. JAMA. 52. Rossouw JE, Anderson GL, Prentice RL, LaCroix AZ, Kooperberg C, Stefanick ML,
1995;273(10):799-804. et al. Risks and benefits of estrogen plus progestin in healthy postmenopausal
37. Depot-medroxyprogesterone acetate (DMPA) and risk of invasive squamous women: principal results From the Womens Health Initiative randomized
cell cervical cancer. The WHO Collaborative Study of Neoplasia and Steroid controlled trial. JAMA. 2002;288(3):321-33.
Contraceptives. Contraception. 1992;45(4):299-312. 53. Beral V, Million Women Study Collaborators. Breast cancer and hormone-replacement
38. Schneider HP. Androgens and antiandrogens. Ann N Y Acad Sci. 2003;997:292- therapy in the Million Women Study. Lancet. 2003;362(9382):419-27.
306. 39. Falsetti L, Gambera A, Platto C, Legrenzi L. Management of hirsutism. 54. Fournier A, Berrino F, Riboli E, Avenel V, Clavel-Chapelon F. Breast cancer risk
Am J Clin Dermatol. 2000;1(2):89-99. in relation to different types of hormone replacement therapy in the E3N-EPIC
40. Druckmann R. Profile of the progesterone derivative chlormadinone acetate cohort. Int J Cancer. 2005;114(3):448-54.
- pharmocodynamic properties and therapeutic applications. Contraception. 55. Kemmeren JM, Algra A, Grobbee DE. Third generation oral contraceptives and
2009;79(4):272-81. risk of venous thrombosis: meta-analysis. BMJ. 2001;323(7305):131-4.
41. Berenstein EG, Ortiz Z. Megestrol acetate for the treatment of anorexia-cachexia 56. Bergendal A, Odlind V, Persson I, Kieler H. Limited knowledge on progestogen-
syndrome. Cochrane Database Syst Rev. 2005(2):CD004310. only contraception and risk of venous thromboembolism. Acta Obstet Gynecol
42. Oelkers W, Berger V, Bolik A, Bhr V, Hazard B, Beier S, et al. Dihydrospirorenone, Scand. 2009;88(3):261-6.
a new progestogen with antimineralocorticoid activity: effects on ovulation, 57. van Hylckama Vlieg A, Helmerhorst FM, Vandenbroucke JP, Doggen CJ, Rosendaal
electrolyte excretion, and the renin-aldosterone system in normal women. J
FR. The venous thrombotic risk of oral contraceptives, effects of oestrogen
Clin Endocrinol Metab. 1991;73(4):837-42.
dose and progestogen type: results of the MEGA case-control study. BMJ.
43. Parsey KS, Pong A. An open-label, multicenter study to evaluate Yasmin, a 2009;339:b2921.
low-dose combination oral contraceptive containing drospirenone, a new
58. Vandenbrouke JP, Bloemenkamp KW, Rosendaal FR, Helmerhorst FM.
progestogen. Contraception. 2000;61(2):105-11.
Incidence of venous thromboembolism in users of combined oral
44. Lello S. Nomegestrol acetate: pharmacology, safety profile and therapeutic contraceptives. Risk is particularly high with first use of oral contraceptives.
efficacy. Drugs. 2010;70(5):541-59. BMJ. 2000;320(7226):57-8.
45. Dorflinger LJ. Metabolic effects of implantable steroid contraceptives for women. 59. Dinger JC, Heinemann LA, Khl-Habich D. The safety of a drospirenone-containing
Contraception. 2002;65(1):47-62. oral contraceptive: final results from the European Active Surveillance Study on oral
46. Raynaud JP, Ojasoo T. [Promegestone, a new progestin]. J Gynecol Obstet Biol contraceptives based on 142,475 women-years of observation. Contraception.
Reprod (Paris). 1983;12(7):697-710. 2007;75(5):344-54.