Apostila de Análise Combinatória
Apostila de Análise Combinatória
Apostila de Análise Combinatória
SETE LAGOAS
2016
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NDICE
1 ANLISE COMBINATRIA
1.1 A Construo de Grupos
1.2 Fatorial de um Nmero
1.2.1 Exerccios
1.3 Princpio Fundamental da Contagem
1.3.1 Exerccios
1.4 Princpio Aditivo da Contagem
1.4.1 Exerccios
1.5 Exerccios de Fixao
1.6 Permutao Simples
1.6.1 Exerccios
1.7 Arranjo Simples
1.7.1 Exerccios
1.8 Arranjo com Repetio
1.9 Permutao Circular
1.10 Exerccios de Fixao
1.11 Combinao Simples
1.11.1 Exerccios
1.12 Permutao com Repetio
1.13 Exerccios de Fixao
2 BINMIO DE NEWTON
2.1 Desenvolvimento (Produtos Notveis)
2.1.1 Exerccios
2.2 Tringulo de Pascal
2.3 Relao de Stifel
2.1.1 Exerccios
2.4 Binmio de Newton
2.1.1 Exerccios
2.5 Frmula do Termo Geral
2.1.1 Exerccios
2.6 Exerccios de Fixao
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1. ANLISE COMBINATRIA
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1.2.1 Exerccios
1) Utilizando uma calculadora, verifique se a desigualdade 3 100 > 100! verdadeira ou falsa.
6) Calcule o nmero de anagramas que podem ser formados pelas letras da palavra ALUNO:
7) Simplifique as expresses:
a. 50! / 49!
b. n! / (n 1)!
c. 100! + 99! / 99!
d. (2n)! / (2n 1)!
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1.3 Princpio Fundamental da Contagem
Exemplos:
Imagine que dispomos de uma moeda e um dado. Lanando simultaneamente o dado e a
moeda, quantos so os possveis resultados? 6 x 2 = 12
Uma senha eletrnica constituda de uma vogal, um algarismo escolhido entre 5, 7 e 9 e
uma consoante escolhida entre R e T. Qual o nmero de senhas que podem ser formadas? 5
x 3 = 15
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1.3.1 Exerccios
5) Lanando uma mesma moeda 5 vezes consecutivamente, qual o nmero total de possveis
resultados?
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1.4 Princpio Aditivo da Contagem
Existem situaes de contagem, em que adicionamos as possibilidades, e existem outras, nas
quais multiplicamos as possibilidades. J estudamos aquelas situaes em que tivemos que
efetuar uma multiplicao. Em tais situaes utilizamos o princpio multiplicativo para
justificar. Mas como sabemos, diante de um experimento, se multiplicamos ou adicionamos as
possibilidades?
Antes de procurarmos dar uma resposta a essa questo, o que fundamental para os
problemas de contagem, importante entender a utilizao de 2 conectivos em nossa lngua
portuguesa: E ou OU.
O conectivo E utilizado, em princpio, na Lngua Portuguesa no sentido aditivo. Porm,
em Matemtica, o mesmo conectivo E indica simultaneamente, dependncia.
Exemplo da Lngua Portuguesa:
(I) Tenho aulas as quartas e s quintas-feiras.
Exemplo da Matemtica:
(II) Uma soluo da equao x + y = 10 x = 2 e y = 8.
O conectivo OU utilizado, em princpio, na Lngua Portuguesa, no sentido excludente.
Em Matemtica, o mesmo conectivo OU indica adio e incluso, como tambm pode
acontecer na Lngua Portuguesa.
Exemplo da Lngua Portuguesa:
(III) Telefonarei pra voc hoje ou amanh.
Exemplo da Matemtica:
(IV) A igualdade x.y = 0 verdadeira para x = 0 ou y = o..
Concluso:
Quando, num problema de contagem, aparecer o conectivo E, devemos pensar em
simultaneidade, em dependncia.
Quando aparecer o conectivo OU num problema de contagem, deveremos interpret-lo no
sentido aditivo.
Exemplo:
Para ir de uma cidade A at uma cidade B, existem dois percursos, passando pela cidade C ou
pela cidade D. Os caminhos possveis esto indicados no esquema abaixo. Quantas so as
possibilidades de sair da cidade A e chegar cidade B?
C D
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Ateno:
Para obtermos o nmero de elementos de A U B, n(A U B), adicionamos o nmero de
elementos de A, com o nmero de elementos de B e diminumos o nmero de elementos
pertencentes a A e a B, simultaneamente.
A B
A B
n(A U B) = n(A) + n(B) n(A B)
Subtramos n(A B) porque esses foram contados duas vezes; em n(A) e em n(B).
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1.4.1 Exerccios
2) Quantos nmeros naturais de 4 ou cinco algarismos distintos podem ser formados com os
algarismos 1, 2, 3, 5, 7 e 9?
4) Para ir de uma cidade A a outra cidade B dispomos de cinco empresas de nibus, trs de
avies e uma de navio. De quantos modos podemos viajar de A at B?
6) Um baralho tem 52 cartas. Se retirarmos duas cartas, uma de cada vez e sem reposio,
quantas possibilidades existem?
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1.5 Exerccios de Processos Bsicos de Contagens
1) (PUC-SP) O total de nmeros naturais de trs algarismos distintos que existem no nosso
sistema de numerao :
a) 650 b) 615 c) 640 d) 649 e) 648
3) (UFU-MG) De quantas maneiras trs mes e seus respectivos trs filhos podem ocupar uma
fila com seis cadeiras, de modo que cada me sente junto de seu filho?
a) 6 b) 18 c) 12 d) 36 e) 48
5) (UNIFOR-CE) Um casal e seus quatro filhos vo ser colocados lado a lado para tirar uma
foto.
Se todos os filhos devem ficar entre os pais, de quantos modos distintos os seis podem
posar para tirar a foto?
a) 24 b) 48 c) 96 d) 120 e) 720
8) (UCSAL-BA) Um cdigo para leitura tica constitudo por 6 barras, brancas ou pretas.
Nenhum cdigo, tem barras de uma s cor.
Quantos desses cdigos, distintos entre si, podem ser formados?
a) 128 b) 64 c) 62 d) 32 e) 16
9) (UFR-PE) Qual o nmero de placas de carros que poderiam ser registradas (cada uma
contendo apenas trs letras) fazendo uso das letras A, B, C, D?
a) 34 b) 72 c) 96 d) 64 e) 102
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10) (PUC-RS) O nmero de mltiplos de 11, inteiros e positivos, formados por trs algarismos
?
a) 79 b) 80 c) 81 d) 99 e) 100
11) (UFRN) A quantidade de nmeros pares de 5 algarismos, sem repetio, que podemos
formar com os dgitos 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 igual a:
a) 720 b) 1.140 c) 2.160 d) 2.280 e) 3.600
13) (UM-SP) Um trem de passageiros constitudo de uma locomotiva e seis vages distintos,
sendo um deles restaurante. Sabendo-se que a locomotiva deve ir frente e que o
vago-restaurante no pode ser colocado imediatamente aps a locomotiva, o nmero de
modos diferentes de montar a composio :
a) 120 b) 320 c) 500 d) 600 e) 720
14) (UFBA) Uma firma deseja imprimir calendrios de diversos modelos variando a quantidade
de meses em cada folha do calendrio, desde que o nmero de meses includos em cada
folha de determinado modelo seja constante. O nmero de modelos que podem ser feitos
:
a) 6 b) 12 c) 28 d) 794 e) 13.345
18) (MACK-SP) O total de nmeros, formados com os algarismos distintos, maiores que
50.000 e menores que 90.000 e que so divisveis por 5, :
a) 1.596 b) 2.352 c) 2.686 d) 2.788 e) 4.032
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19) (PUC-SP) Chamam-se palndromos nmeros inteiros que no se alteram quando
invertida a ordem de seus algarismos (por exemplo: 383, 4.224, 74.847). O nmero total
de palndromos de cinco algarismos :
a) 900 b) 1.000 c) 1.900 d) 2.500 e) 5.000
20) (USP-SP) Quantos nmeros mpares de 4 algarismos, sem repetio, podem ser formados
com os dgitos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?
a) 120 b) 60 c) 30 d) 180 e) 90
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1.6 Permutao Simples
Permutaes, so agrupamentos com n elementos, de forma que os n elementos sejam
distintos entre si pela ordem. As permutaes podem ser simples, com repetio ou
circulares.
Permutaes simples de n elementos distintos so os agrupamentos formados com todos os
n elementos e que diferem uns dos outros pela ordem de seus elementos. O nmero de
permutaes simples de n objetos distintos representado por Pn = n!.
Exemplos:
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1.6.1 Exerccios
3) Cinco rapazes e duas moas devem ocupar os sete lugares de uma mesma fila de um
cinema.
a. De quantas maneiras distintas eles podem ocupar esses sete lugares?
b. De quantos modos eles podem ocupar esses sete lugares se as moas devem ficar
juntas?
c. De quantos modos eles podem ocupar esses sete lugares se as moas devem ficar
separadas?
6) Suponhamos que voc tenha uma nota de 100 reais, uma nota de 50 reais, uma nota de 10
reais, uma nota de 5 reais e uma nota de 1 real.
Colocando-as lado a lado, de quantas maneiras diferentes elas podem ser dispostas, como
na fotografia, apenas mudando as posies entre elas?
9) Considere 5 moas e 5 rapazes que iro sentar-se em 10 cadeiras colocadas uma do lado da
outra. (obs.: cada uma das 10 pessoas ocupar uma cadeira.)
a. De quantas formas diferentes essas cadeiras podero ser ocupadas?
b. De quantas formas diferentes essas cadeiras podero ser ocupadas sendo que no pode
haver dois ou mais rapazes (ou duas ou mais moas) juntos?
10) Voc deve escolher 6 algarismos para formar uma senha com base nos algarismos 1, 2, 3,
4, 5 e 6. Ento, calcule:
a. o nmero de senhas que podem ser formadas.
b. o nmero de senhas que podem ser formadas se os algarismos no podem se repetir.
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1.7 Arranjo Simples
Arranjos, so agrupamentos formados com k elementos, de forma que os k elementos sejam
distintos entre si pela ordem ou pela espcie. Os arranjos podem ser simples ou com
repetio.
No ocorre a repetio de qualquer elemento em cada grupo de k elementos. Considerando
um conjunto com n elementos, chama-se arranjo simples de taxa k todo agrupamento de k
elementos distintos dispostos numa certa ordem. Dois arranjos diferem entre si, pela ordem de
colocao dos elementos. Veja um exemplo abaixo:
J analisamos uma situao em que 4 pessoas tinham que ocupar 4 cadeiras. Calculamos pelo
princpio multiplicativo, que o nmero total de possibilidades era 24.
Agora, considere 6 pessoas e 4 cadeiras apenas. Qual o nmero de formas de dispor essas
pessoas nesses lugares?
Na situao acima, tivemos que formar grupos com 4 pessoas a partir de 6 pessoas e, em
cada grupo, tivemos que ordena-las. Em Anlise Combinatria, tal procedimento conhecido
como Arranjo Simples de 6 elementos 4 a 4.
Mas, antes de tirarmos alguma concluso, devemos observar uma outra situao:
Utilizando os algarismos 1, 3, 5, 7 e 9, vamos formar nmeros naturais com 3 algarismos
distintos. Como calcular quantos nmeros podem ser formados?
Essa quantidade de arranjos simples poderia ser indicada por A5,3 ou A53 (l-se arranjo de 5
elementos tomados 3 a 3).
Podemos calcular o nmero de arranjos de 5 elementos tomados 3 a 3, utilizando fatorial, ou
seja:
A5,3 = 5.4.3 .: A5,3 = 5 . 4 . 3 . 2! / 2!
A5,3 = 5! / 2! A5,3 = 5! / (5-3)!
O clculo do nmero de n elementos tomados p a p, com n p pode ser efetuado pelo
princpio multiplicativo, ou seja:
An,p = n . (n-1) . (n-2) . ... [n (p-1)]
* Multiplicando e dividindo o 2 membro0 por (n-p)! teremos:
An,p = n . (n-1) . (n-2) . ... [n (p-1)] . (n-p)! / (n-p)!
Logo: An,p = n! / (n-p)!
importante observar que tanto os problemas relacionados ao que aqui denominamos
permutao quanto arranjo simples so resolvidos pelo princpio multiplicativo.
Agora, responda. Qual o valor de P5 e de A5,5? .....
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1.7.1 Exerccios
1) Calcule:
a) A7,3 b) A5,2 c) A10,5
3) De quantas maneiras 7 meninos podem sentar-se num banco que tem apenas 4 lugares?
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1.8 Arranjo com Repetio
Todos os elementos podem aparecer repetidos em cada grupo de k elementos. Veja o exemplo
abaixo:
Exemplos:
1) Uma famlia composta por seis pessoas: o pai, a me e quatro filhos. Num restaurante,
essa famlia vai ocupar uma mesa redonda. Em quantas disposies diferentes essas
pessoas podem se sentar em torno da mesa de modo que o pai e a me fiquem juntos?
Sabendo que pai e me devem ficar juntos, vamos amarrar os dois e trat-los como se fossem
um nico elemento. Veja a figura 1 abaixo:
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2) Dois meninos e trs meninas formaro uma roda dando-se as mos. De quantos modos
diferentes podero formar a roda de modo que os dois meninos no fiquem juntos?
Agora, para calcular o nmero de disposies com os meninos juntos, devemos amarr-los e
trat-los como um nico elemento, lembrando que podemos ter duas situaes:
O nmero total de disposies com os meninos juntos 2.Pc4 (4 elementos pois os meninos
esto juntos e valem por 1). Calculando este valor:
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1.10 Exerccios de Fixao
1) (UFU-MG) De quantas maneiras trs mes e seus trs respectivos filhos podem ocupar uma
fila com seis cadeiras, de modo que cada me sente junto de seu filho?
a) 6 b) 12 c) 18 d) 36 e) 48
2) (UNIFOR-CE) Um casal e seus quatro filhos vo ser colocados lado a lado, para tirar uma
foto. Se todos os filhos devem ficar entre os pais, de quantos modos distintos os seis
podem posar para tirar a foto?
a) 21 b) 48 c) 96 d) 120 e) 720
3) (UFRS) A expresso [(n+1)! n!] / [(n+1)! + n!] com n inteiro estritamente positivo vale:
a) (n2 + n) / (1 + n) b) (n2 + n - 1) / 2 c) (n2 - n) / (1 + n) d) n / (n +2)
4) (FUVEST-SP) O nmero de anagramas da palavra FUVEST que comea e termina por vogal
?
a) 24 b) 48 c) 96 d) 120 e) 144
9) (UFOP-MG) Podemos ordenar as pessoas que esto numa certa fila de 24 maneiras
diferentes. Ento, nessa fila esto quantas pessoas?
a) 4 b) 5 c) 6 d) 12 e) 24
10) (TAUBAT-SP) Numa estante existem trs livros de Matemtica, trs livros de Histria e
um de Geografia. Se desejarmos sempre um livro de Histria em cada extremidade, ento
o nmero de maneiras de se arrumar esses sete livros :
a) 720 b) 36 c) 81 d) 126
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11) (UFCE) A quantidade de nmeros inteiros compreendidos entre 30.000 e 65.000 que
podemos formar utilizando somente os algarismos 2, 3, 4, 6 e 7, de modo que no figurem
algarismos repetidos, :
a) 48 b) 66 c) 96 d) 120
12) (UFRN) Quantos nmeros de 7 dgitos, maiores que 6.000.000, podem ser formados com
os algarismos 0, 1, 3, 4, 6, 7 e 9, sem repeti-los?
a) 1.800 b) 720 c) 5400 d) 5040 e) 2160
13) (UFBA) Para abrir um cofre eletrnico deve-se digitar uma seqncia formada por quatro
algarismos distintos, sendo que o primeiro o triplo do segundo. Uma pessoa que
desconhece essa seqncia pretende abrir o cofre. O maior nmero possvel de seqncias
que ela deve digitar :
a) 170 b) 240 c) 180 d) 280 e) 168
15) (SANTA CECLIA-SP) O nmero de maneiras em que podemos dispor vinte pessoas em
torno de uma mesa redonda :
a) 20! b) 20! / 2 c) 19! d) 19! / 2
6) (PUC-SP) Dois meninos e trs meninas formaro uma roda dando-se as mos. De quantos
modos diferentes podero formar a roda de modo que os dois meninos no fiquem juntos?
a) 15 b) 24 c) 18 d) 16 e) 12
17) (UFPE) Qual o maior inteiro n para que 20! Seja divisvel por 3 n?
a) 2 b) 7 c) 8 d) 9 e) 20
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1.11 Combinao
O nmero acima tambm conhecido como Nmero Binomial. O nmero binomial indicado
por:
(nk) = n! / k!(n-k)!
Voc j estudou a teoria dos conjuntos. Viu que, a partir de um conjunto, podemos formar
subconjuntos. Vamos exemplificar:
O conjunto A = {2; 3; 4; 5; 6} admite subconjuntos com nenhum elemento, com 1 elemento,
com 2 elementos, com 3 elementos, com 4 elementos e com 5 elementos. Procure, a seguir,
completar indicando os subconjuntos de A.
* 0 elemento ..................................
* 1 elemento ..................................
* 2 elementos ..................................
* 3 elementos ..................................
* 4 elementos ..................................
* 5 elementos ..................................
Em Anlise Combinatria, precisamos encontrar um procedimento que nos permita obter, por
exemplo, o nmero de subconjuntos que podem ser formados com uma certa quantidade de
elementos de um conjunto dado. Entretanto no queremos fazer isso enumerando todos esses
subconjuntos aps serem formados.
Obs.: Cada subconjunto uma combinao simples de elementos.
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Assim, por exemplo, as combinaes simples (subconjuntos) com 3 elementos do conjunto
A = {a1; a2; a3; a4; a5} so:
{a1; a2; a3} {a1; a2; a4} {a1; a2; a5} {a1; a3; a4};
{a1; a3; a5} {a1; a4; a5};
{a2; a3; a4} {a2; a3; a5} {a2; a4; a5} {a3; a4; a5}
So 10 subconjuntos com 3 elementos em cada subconjunto. De modo equivalente, so 10
combinaes simples de 5 elementos agrupados 3 a 3. Em smbolos: C 5,3 = 10
Mas como podemos calcular o total de combinaes simples sem cont-las aps obt-las?
Vamos considerar o que estudamos at aqui:
Precisamos, para formar um subconjunto com 3 elementos, escolher esses elementos. Assim,
temos:
5 possibilidades para o 1 elemento;
4 possibilidades para o 2 elemento;
3 possibilidades para o 3 elemento.
O total de subconjuntos com 3 elementos parece, a princpio, ser o resultado da multiplicao
dessas possibilidades, isto , 5 . 4 . 3 = 60.
O problema, nesse raciocnio, est em que existem combinaes idnticas que foram contadas
como se fossem diferentes, ou seja, por exemplo:
{a1; a2; a3} {a1; a3; a2} {a2; a1; a3}
{a2; a3; a1} {a3; a1; a2} {a3; a2; a1}
Representam a mesma combinao. Resumindo, ao considerarmos 60 como resposta, estamos
contando cada combinao uma vez para cada ordem utilizada para dispor seus elementos.
Como em cada subconjunto h 3 elementos, em cada combinao os elementos podem ser
escritos em P3 = 3! = 6 ordens diferentes. Sendo assim, cada combinao foi contada 6
vezes.
Portanto, a resposta C5,3 = 60/6 = 5 . 4 . 3 / 3! = 10
Logo: Cn,p = An,p / P3
Resumindo:
Para escolhermos p objetos distintos entre n objetos distintos dados, ou, o que
equivalente para formarmos subconjuntos com p elementos do conjunto {a 1; a2; a3; ... an},
temos Cn,p possibilidades (np), onde
Cn,p = n . (n-1) . (n-2) . (...) . (n p+1) / p!
Cn,p = n . (n-1) . (n-2) . (...) . (n p+1) / p! . (n-p)!/(n-p)!
Cn,p = n! / p!(n-p)!
Observao:
Quando calculamos o nmero de combinaes de n objetos tomados p a p, estamos
calculando o nmero de maneiras de escolher p objetos de um agrupamento de n objetos.
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1.11.1 Exerccios
2) Ao final da aula, cada aluno da turma dever apertar a mo de todos os colegas uma nica
vez.
Quantos apertos de mo existiro no total?
4) Ao final da aula, cada aluno da turma dever apertar a mo de todos os colegas uma nica
vez.
Quantos apertos de mo existiro no total?
10) Um polgono convexo com n vrtices (n lados tambm) possui d diagonais, onde
D = n.(n - 3) / 2
Utilizando anlise combinatria, prove tal relao.
13) Considere 6 pontos distintos marcados na reta r e 4 pontos distintos marcados na reta s.
Sabendo-se que r e s so retas paralelas, qual o nmero total de tringulos que podem ser
formados com vrtices nesses pontos?
14) Considere um grupo formado por uma menina e cinco rapazes. Uma comisso com 3
pessoas ser formada. Ento:
a. Qual o total de comisses distintas que podem ser formadas?
b. Em quantas dessas comisses a menina figura?
c. Em quantas dessas comisses a menina no figura?
d. verdadeiro que C6,3 = C5,2 + C5,3?
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1.12 Permutao com Repetio
Se entre os n elementos de um conjunto existem a elementos repetidos, b elementos
repetidos, c elementos repetidos e assim sucessivamente, o nmero total de permutaes que
podemos formar dado por:
Na palavra ARARA, existem letras repetidas que dificultam, a princpio, o clculo do nmero
total de anagramas. Mais tarde, voltaremos a essa palavra; por enquanto, vamos buscar um
modo de calcular o nmero total de anagramas de uma palavra que tenha letras repetidas.
Vamos considerar a palavra TARTARUGA.
* Sugerimos ler o captulo 1.9 Combinaes, antes de ler a explicao dada abaixo.
Para formar um anagrama de TARTARUGA, temos que dispor 3A, 2T, 2R, 1G e 1U em 9
lugares.
o nmero de modos de escolher os lugares para os 3A C9,3;
o nmero de modos de escolher os lugares para os 2T C6,2; (trs lugares foram
ocupados para os 3A);
o nmero de modos de escolher os lugares para os 2R C4,2;
o nmero de modos de escolher os lugares para G C2,1;
o nmero de modos de escolher os lugares para os U 1 (o que sobrou).
Quando escolhemos elementos, no estamos preocupados com a ordem, ou seja, fazemos
uma combinao.
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Agora, pelo princpio multiplicativo, temos que o nmero total de anagramas das letras de
TARTARUGA :
C9,3 . C6,2 . C4,2 . C2,1 . 1 = 9! / 3!2!2!
9!: permutao das 9 letras
3!: permutao dos 3
2!: permutao dos 2T
2!: permutao dos 2R
Se as 9 letras fossem diferentes, teramos P9 = 9! Anagramas. Como os A so iguais,
contamos cada anagrama 3! Vezes (devemos ento dividir por 3!). Da mesma forma,
contamos cada anagrama 2! Vezes e 2! Vezes por serem iguais os T e os R, respectivamente
(ento devemos dividir por 2! E por 2!).
Isto tudo nos leva a pensar em permutao de 9 letras, das quais 3 so iguais a A, 2 so
iguais a T, 2 so iguais a R, 1 a letra G e 1 a letra U.
(3 + 2 + 2 + 1 + 1 = 9)
Em smbolos:
P93,2,2,1,1 = 9! / 3!2!2!
Retorne agora palavra ARARA.
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1.13 Exerccios de Fixao
3) (UFPA) Uma cobaia percorre um labirinto tendo sete pontos em que pode virar direita,
esquerda ou seguir em frente. De quantas maneiras esta cobaia percorre o labirinto, se
segue um caminho diferente em cada vez?
a) A7,3 b) C7,3 c) 7 d) 37 e) 7! / 3!
4) (USP) Uma comisso de cinco alunos deve ser formada para discutir e planejar o
desenvolvimento das partes esportiva de sua escola. Sabendo-se que estes cinco alunos
devem ser escolhidos de um grupo de 10 alunos, ento o nmero possvel de escolha :
a) 360 b) 180 c) 21.600 d) 252 e) 210
9) (FGV-SP) Sobre uma mesa so colocadas em linha 6 moedas. O nmero total de modos
possveis pelos quais podemos obter 2 caras e 4 coroas voltados para cima :
a) 360 b) 48 c) 30 d) 120 e) 15
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10) (UFBA) Dispondo-se de abacaxi, acerola, goiaba, laranja, ma, mamo e melo; calcule
de quantos sabores diferentes pode-se preparar um suco, usando-se trs frutas distintas.
a) 90 b) 35 c) 15 d) 30 e) 50
11) (PUC-MG) O nmero de maneiras pelas quais 6 pessoas podem ser distribudas em 3
grupos, cada um formado por 2 pessoas, ?
a) 60 b) 75 c) 80 d) 85 e) 90
12) (UFRGS) Em uma classe de doze alunos, um grupo de cinco ser selecionado para uma
viagem. De quantas maneiras distintas esse grupo poder ser formado, sabendo que, entre
os doze alunos, dois so irmos e s podero viajar se estiverem juntos?
a) 30.240 b) 594 c) 462 d) 408 e) 372
14) (UFSE) Considere todos os produtos de trs fatores distintos que podem ser obtidos com
os elementos do conjunto A = {1, 2, 3, 5, 7, 11}. Quantos deles so pares?
a) 10 b) 18 c) 20 d) 36 e) 60
15) (FUVEST) Numa primeira fase de um campeonato de xadrez, cada jogador joga uma vez
contra os demais. Nessa fase foram realizados 78 jogos. Quantos eram os jogadores?
a) 10 b) 11 c) 12 d) 13 e) 14
Sugesto: indique por n o nmero de jogadores.
16) (UFPA) O elevador de um prdio de 12 andares parte lotado do 1 andar. Sabe-se que as
pessoas descero em 3 andares diferentes na subida. De quantas maneiras isso pode
ocorrer, se ningum descer no 2 andar?
a) 120 b) 220 c) 720 d) 980 e) 1320
17) (UFRN) Com sete pontos sobre uma circunferncia, quantos tringulos, com vrtices
nesses pontos, podem ser formados?
a) 35 b) 45 c) 47 d) 53 e) 54
18) (UFF-RJ) Uma empresa vai fabricar cofres com senhas de 4 letras, usando 18 consoantes e
5 vogais. Se cada senha deve comear com uma consoante e terminar com uma vogal,
sem repetir letras, o nmero de senhas possveis :
a) 3.060 b) 24.480 c) 37.800 d) 51.210 e) 53.440
- 27 -
19) (PUC-RS) Dispondo-se de 6 nmeros positivos e 6 negativos, o nmero de modos
diferentes de escolher 4 nmeros cujo produto seja positivo :
a) 720 b) 625 c) 480 d) 300 e) 255
20) (FEI-SP) Sejam duas retas paralelas (r e s). Tomam-se 5 pontos distintos em r e 4 em s. A
razo entre o nmero total de quadrilteros convexo e o nmero total de tringulos que
podem ser formados com vrtices nesses pontos :
a) 1/2 b) 3/4 c) 2/3 d) 6/7 e) 4/5
21) (FUVEST-SP) A escrita braile para cegos um sistema de smbolos com o qual cada
caractere formado por uma matriz de 6 pontos, dos quais pelo menos um se destaca em
relao aos outros. Assim, por exemplo:
. . . .
. . . .
. . . .
Qual o nmero mximo de caracteres distintos que podem ser representados nesse sistema
de escrita?
a) 62 b) 89 c) 26 d) 720 e) 36
23) (ITA) Um general possui n soldados para tomar uma posio inimiga. Desejando efetuar
um ataque com dois grupos, um frontal com r soldados e outro de retaguarda com s
soldados (r+s = n), ele poder dispor seus homens de quantas maneiras distintas nesse
ataque?
a) n! / (r+s)! b) n! / r!s! c) n! / (rs)! d) 2(n!) / (r+s)! e) 2(n!) / r!s!
- 28 -
2 BINMIO DE NEWTON
a
a+b
a b
a+b
Observe que o quadrado maior foi dividido em 4 partes: dois quadrados e dois retngulos.
Para calcular a rea do quadrado maior S, podemos proceder de duas formas, isto :
1 maneira: Considerando o quadrado de lado medindo a + b, a rea ser: S = (a + b)2
2 maneira: Considerando os dois retngulos iguais e os dois quadrados, o mdio e o menor;
teremos como rea: S = 2ab + a2 + b2
Como as duas formas representam a rea do mesmo quadrado, ento igualamos as duas
expresses: (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
O quadrado da soma de dois termos o quadrado do primeiro termo, mais duas vezes o
primeiro pelo segundo termo, mais o quadrado do segundo termo.
S1 S2 b
a
S2 S a-b
b a-b
a
- 29 -
Queremos agora obter a rea S do quadrado menor da figura geomtrica acima. Podemos
fazer isso de duas maneiras:
1 maneira
Considerando apenas o quadrado da medida de seu lado, isto : S = (a - b)2
2 maneira
Considerando as reas das figuras geomtricas que compem o quadrado de lado a, ou seja,
S = a2 S1 2S2
S = a2 b2 - 2b . (a b)
S = a2 b2 - 2ab + 2b2 = a2 - 2ab + b2
(a - b)2 = a2 2ab + b2
O quadrado da diferena de dois termos o quadrado do primeiro termo, menos duas vezes o
primeiro pelo segundo termo, mais o quadrado do segundo termo.
Discutindo:
Procure obter estes resultados algebricamente, ou seja, mostre que:
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 e (a - b)2 = a2 2ab + b2
Obtenha uma relao para o cubo de uma soma e o cubo de uma diferena, isto :
(a + b)3 e (a b)3
- 30 -
2.1.1 Exerccios
7) A figura a seguir foi construda conforme uma lgica. Descubra qual essa lgica e d o
valor de x e de y.
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 x 20 15 6 1
1 7 21 35 y 21 7 1
- 31 -
2.2 Tringulo de Pascal
A histria da matemtica foi e constituda no apenas por grandes descobertas e famosos
gnios que conseguem decifrar enigmas e provar ou refutar teorias, mas tambm por aqueles,
no menos ilustres matemticos, que possuem a capacidade de simplificar.
So muitas as contribuies do francs Blaise Pascal (1623 1662) na Matemtica, na
Filosofia e na Fsica.
Blaise Pascal
Blaise Pascal foi um Filsofo e Matemtico francs, nasceu em Clermont em 1623 e morreu
em 1662 na cidade de Paris. Era filho de Etienne Pascal, tambm Matemtico. Em 1632, toda a
famlia foi viver em Paris.
O pai de Pascal, que tinha uma concepo educacional pouco ortodoxa, decidiu que seria ele
prprio a ensinar os filhos e que Pascal no estudaria Matemtica antes dos 15 anos, pelo que
mandou remover de casa todos os livros e textos matemticos. Contudo, movido pela
curiosidade, Pascal comeou a trabalhar em Geometria a partir dos 12 anos, chegando mesmo
a descobrir, por si, que a soma dos ngulos de um tringulo igual a dois ngulos retos. Ento
o seu pai resignou-se e ofereceu a Pascal uma cpia do livro de Euclides.
Aos 14 anos, Pascal comeou a acompanhar o seu pai nas reunies de Mersenne, onde se
encontravam muitas personalidades importantes. Aos 16 anos, numa das reunies, Pascal
apresentou uma nica folha de papel que continha vrios teoremas de Geometria Projetiva,
incluindo o hoje conhecido como "Hexagrama mstico" em que demonstra que "se um
hexgono estiver inscrito numa cnica, ento as interseces de cada um dos 3 pares de lados
opostos so colineares". Em Fevereiro de 1640 foi publicado este seu trabalho "Ensaio sobre
seces cnicas", no qual trabalhou durante 3 anos
Em 1639 a famlia de Pascal deixou Paris e mudou-se para Rouen, onde o seu pai tinha sido
nomeado coletor de impostos da Normandia Superior.
Aos dezoito anos e com o objetivo de ajudar o pai na tarefa de cobrar impostos, Pascal
inventou a primeira mquina digital, chamada Pascalinne para levar a cabo o processo de
adio e subtrao, e posteriormente organizou a produo e comercializao destas mquinas
de calcular (que se assemelhava a uma calculadora mecnica dos anos 40). Pelo menos sete
destes computadores ainda existem; uma foi apresentada rainha Cristina da Sucia em
1652.
Quando o seu pai morreu em 1651, Pascal escreveu a uma das suas irms uma carta sobre a
morte com um profundo significado cristo em geral e em particular sobre a morte do pai.
- 32 -
Estas suas idias religiosas foram a base para a sua grande obra filosfica "Penses" que
constitui um conjunto de reflexes pessoais acerca do sofrimento humano e da f em Deus.
Em Fsica destacou-se pelo seu trabalho "Tratado sobre o equilbrio dos lquidos"
relacionado com a presso dos fludos e hidrulica. O princpio de Pascal diz que a presso em
qualquer ponto de um fluido a mesma, de forma a que a presso aplicada num ponto
transmitida a todo o volume do contentor. Este o princpio do macaco e do martelo
hidrulicos.
Pascal estudou e demonstrou no trabalho do "Tringulo aritmtico", publicado em 1654,
diversas propriedades do tringulo e aplicou-as no estudo das probabilidades. Antes de Pascal,
j Tartaglia usara o tringulo nos seus trabalhos e, muito antes, os matemticos rabes e
chineses j o utilizavam. Este famoso tringulo que se pode continuar indefinidamente
aumentando o nmero de linhas conhecido como Tringulo de Pascal ou Tringulo de
Tartaglia. Trata-se de um arranjo triangular de nmeros em que cada nmero igual soma
do par de nmeros acima de si. O tringulo de Pascal apresenta inmeras propriedades e
relaes, por exemplo, "as somas dos nmeros dispostos ao longo das diagonais do tringulo
geram a Sucesso de Fibonacci.
Em correspondncia com Fermat, durante o Vero de 1654, Pascal estabeleceu os
fundamentos da Teoria das Probabilidades. O seu ltimo trabalho foi sobre a Ciclide a
curva traada por um ponto da circunferncia que gira, sem escorregar, ao longo de uma linha
reta. Durante esse ano desinteressou-se pela cincia; passou os ltimos anos da vida a
praticar caridade e decidiu dedicar-se a Deus e religio. Faleceu com 39 anos devido a um
tumor maligno que tinha no estmago se ter estendido ao crebro.
Na Matemtica, comum relacionarmos o seu nome a um determinado tringulo formado por
nmeros, representados por combinaes, ou seja:
- 33 -
Voc saberia obter os nmeros da prxima linha sem calcular as combinaes
correspondentes? Explique:
O que voc pode dizer sobre o valor Cn,0, sendo n um nmero natural qualquer?
Numa mesma linha do tringulo de Pascal, qual a relao entre os termos eqidistantes dos
extremos?
- 34 -
Vamos retornar alguns fatos da Anlise Combinatria, para justificar alguns importantes
resultados.
necessrio voltarmos s combinaes simples, estudadas em Anlise Combinatria, para
entendermos alguns resultados que aqui sero teis.
Quando formamos subconjuntos com base em um conjunto qualquer, estamos combinando
seus elementos.
Vamos formar, com base nos elementos do conjunto A = {3; 4; 5; 6; 7}, todos os
subconjuntos com 2 elementos e, a seguir, seus complementares em relao ao conjunto A.
(Voc dever escrev-los)
Subconjuntos Subconjuntos
Com 2 elementos complementares
{3; 4} ....................
{3; 5} ....................
{3; 6} ....................
{3; 7} ....................
{4; 5} ....................
{4; 6} ....................
{4; 7} ....................
{5; 6} ....................
{5; 7} ....................
{6; 7} ....................
So ..........
So C5,2 = 10
Subconjuntos
subconjuntos
complementares
- 35 -
Temos assim que numa linha qualquer do Tringulo de Pascal, elementos eqidistantes dos
extremos so iguais. Entretanto at aqui no conseguimos ainda justificar a compreenso de
como esse tringulo construdo. Falta um pequeno, mas importante, fato que daremos o
nome de Relao de Stifel.
Voltando ao Tringulo de Pascal, agora podemos compreender melhor como ele formado.
- 36 -
C0,0
C0,1 C1,1
C0,2 C1,2 C2,2
C0,3 C1,3 C2,3 C3,3
C0,4 C1,4 C2,4 + C3,4 C4,4
C0,5 C1,5 C2,5 C3,5 C4,5 C5,5
C0,6 C1,6 + C2,6 C3,6 C4,6 C5,6 C6,6
C0,7 C1,7 C2,7 C3,7 C4,7 C5,7 C6,7 C7,7
.
.
.
Procure completar o quadro a seguir com os valores, dentro dos retngulos, correspondentes
s combinaes, mas sem utilizar o clculo combinatrio.
Organizando as idias
Relao de Stifel: somando dois elementos consecutivos de uma mesma linha de um Tringulo
de Pascal, obtemos o elemento da prxima linha situado abaixo desses dois elementos.
Em smbolos:
Cn, p + Cn, p+1 = Cn+1, p+1
2.3.1 Exerccios
- 37 -
1) Qual o nmero de solues da equao C10,x = C10,6?
4) Calcule:
a) C2,0 + C2,1 + C2,2
b) C3,0 + C3,1 + C3,2 + C3,3
c) C4,0 + C4,1 + C4,2 + C4,3 + C4,4
d) Cn,0 + Cn,1 + Cn,2 + ... + Cn,n
8) Numa turma com 32 pessoas, 5 sero escolhidas para participar de uma viagem. Qual o
nmero de maneiras de escolher essas 5 pessoas sabendo que duas dessas pessoas s iro
se forem juntas?
- 38 -
Denomina-se Binmio de Newton, a todo binmio da forma (a + b) n, sendo n um nmero
natural.
Exemplo:
B = (3x - 2y)4 (onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do binmio]).
Nota 1:
Isaac Newton - fsico e matemtico ingls (1642 - 1727).
Suas contribuies Matemtica, esto reunidas na monumental obra Principia Mathematica,
escrita em 1687.
Exemplos de desenvolvimento de binmios de Newton:
a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3
c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5
Nota 2:
No necessrio memorizar as frmulas acima, j que elas possuem uma lei de formao bem
definida, seno vejamos:
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e ltimos termos so iguais ao expoente do binmio, ou
seja, igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser obtidos a partir da seguinte regra prtica
de fcil memorizao:
Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e dividimos o resultado pela ordem do
termo. O resultado ser o coeficiente do prximo termo. Assim por exemplo, para obter o
coeficiente do terceiro termo do item (d) acima teramos: 5.4 = 20; agora dividimos 20 pela
ordem do termo anterior (2 por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que o coeficiente do
terceiro termo procurado.
Observaes:
- 39 -
1) o desenvolvimento do binmio (a + b)n um polinmio.
2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos.
3) os coeficientes dos termos eqidistantes dos extremos, no desenvolvimento de (a + b) n so
iguais.
4) a soma dos coeficientes de (a + b)n igual a 2n.
2.4.1 Exerccios
Ateno:
A soma dos coeficientes numricos dos termos do desenvolvimento da potncia de um binmio
pode ser calculada substituindo as variveis por 1, sem necessitar desenvolver os termos.
Termo Central ou Mdio: aquele que fica no meio, se o desenvolvimento for de grau par.
(p = n/2)
Termo Independente da varivel: aquele cujo expoente desta varivel igual a zero. (x 0)
Exemplos:
1) Vamos escrever (3x +2)4 usando o teorema binomial:
(3x + 2)4 = (40)(3x)4.20 + (41)(3x)3.21 + (42)(3x)2.22 + (43)(3x)1.23 + (44)(3x)0.24
2.5.1 Exerccios
- 41 -
1) Calcule a soma dos coeficientes do desenvolvimento de (x + y) 5, ou seja:
(x + y)5 = 1 x5 + 5 x4y + 10 x3y2 + 10 x2y3 + 5xy4 + 1 y5
3) (UNIVALI-SC) Desenvolvendo o binmio (x2 2)5, temos (x2 2)5 = x10 + mx8 + 40x6
80x4 + 80x2 + n, portanto, m + n :
a) +40 b) 42 c) -9 d) -42 e) -48
11) (UFPA) No binmio (2x + 1/4x)n, a soma dos coeficientes binomiais do segundo e do
terceiro termos igual a 36 e o terceiro termo sete vezes maior que o segundo. Ento
o valor de x + 1/x, :
a) -10/3 b) -5/3 c) -3/5 d) -3/10 e) -1/3
18) (FGV-SP) Desenvolvendo a expresso [(x + 1/x).(x 1/x)]5, obtm-se como termo
independente de x o valor:
a) 10 b) -10 c) 20 d) -20 e) 36
19) (FATEC-SP) Sabendo que o segredo de um cofre uma seqncia de quatro algarismos
distintos e o primeiro igual ao triplo do segundo, o maior nmero de tentativas
diferentes que devemos fazer para conseguir abri-lo igual a:
a) 56 b) 84 c) 168 d) 253 e) 1.054
- 43 -