NBR 5356 - 2007 - Transformadores de Potência - Parte 3 - Ní
NBR 5356 - 2007 - Transformadores de Potência - Parte 3 - Ní
NBR 5356 - 2007 - Transformadores de Potência - Parte 3 - Ní
Pimeira edio
17.12.2007
Vlida a partir de
17.01.2008
Transformadores de potncia
Parte 3: Nveis de isolamento, ensaios
dieltricos e espaamentos externos em ar
Power transformers
Part 3: Insulation levels dielectric tests and externa1 clearances in air
ICS 29.180
O ABNT 2007
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ou por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia e microfilme, sem permisso por escrito pela ABNT.
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Impresso no Brasil
Sumrio Pgina
Prefcio........................................................................................................................................................................v
Escopo ............................................................................................................................................................ 1
Referncias normativas ...........................................................................................................................
1
Termos e definies ...................................................................................................................................... 2
Geral ................................................................................................................................................................ 2
Tenso mxima do equipamento e nvel de isolamento ...........................................................................3
Regras para transformadores especiais ...................................................................................................5
Requisitos de isolamento e ensaios dieltricos . Regras bsicas ..........................................................5
Geral ..............................................................................................................................................................5
Requisitos de isolamento ........................................................................................................................ 10
Ensaios dieltricos ......................................................................................................................................10
Requisitos de isolamento e ensaios para terminais de neutro de u m enrolamento ............................11
Geral ..............................................................................................................................................................11
Terminal de neutro diretamente aterrado .................................................................................................II
Terminal de neutro no diretamente aterrado ..........................................................................................II
Ensaios em transformadores que possuem enrolamento com derivao ............................................12
Repetio de ensaios dieltricos ...............................................................................................................12
Isolamento da fiao auxiliar ..................................................................................................................... 12
Ensaio de tenso suportvel a frequncia industrial (ou tenso aplicada) ..........................................13
Ensaio de tenso induzida (CACD. CALD) ................................................................................................ 13
Geral .........................................................................................................................................................13
Ensaio de tenso induzida de curta durao (CACD) para transformadores com enrolamento de alta
tenso com isolamento uniforme ..............................................................................................................14
Transformadores com Um I 72. 5 kV........................................................................................................... 14
Transformadores com Um > 72. 5 kV ..........................................................................................................14
Ensaio de tenso induzida de curta durao fase-terra (CACD). para transformadores com
enrolamento de alta tenso com isolamento progressivo (no uniforme) ...........................................16
Ensaio de tenso induzida de longa durao (CALD) para transformadores com enrolamento de
alta tenso com isolamento progressivo o u uniforme. de acordo com a Tabela 1 .............................18
Ensaio de tenso suportvel de impulso atmosfrico (IA) .....................................................................20
Geral ..............................................................................................................................................................20
..
Sequencia de ensaio ................................................................................................................................... 21
Circuito de ensaio ........................................................................................................................................22
Circuito de ensaio em terminais de linha.................................................................................................. 22
Ensaio no terminal de neutro ..................................................................................................................... 22
Mtodo d o surto transferido para o enrolamento de baixa tenso ........................................................ 23
Registro d o ensaio ...................................................................................................................................... 23
Critrio d o ensaio ........................................................................................................................................ 23
Ensaio de tenso suportvel de impulso atmosfrico com onda cortada (IAC) ..................................24
Geral .............................................................................................................................................................. 24
Circuito de corte e caractersticas do corte .............................................................................................. 24
Sequncia e critrio de ensaio ................................................................................................................... 24
Ensaio de tenso suportvel de impulso de manobra ............................................................................25
Geral ..............................................................................................................................................................25
..*
Sequencia de ensaio e registro .................................................................................................................. 25
Circuito de ensaio ........................................................................................................................................ 26
...
III
OABNT 2007 .Todos os direitos reservados
Cpia no autorizada
A.3
A.4 Critrio de ensaio - Procedimento depois de u m ensaio mal-sucedido ...............................................37
A.5 Localizao de fontes de descargas parciais por meio de medio multiterminais e comparao de
perfis .............................................................................................................................................................38
Anexo B (informativo) Sobretenses transferidas d o enrolamento de alta tenso para o enrolamento de
baixa tenso ................................................................................................................................................. 40
B.1 Geral .............................................................................................................................................................. 40
B.2 Transferncia da tenso de surto ..............................................................................................................40
B.2.1 Geral .............................................................................................................................................................. 40
8.2.2 Transferncias capacitivas ........................................................................................................................ 40
B.2.3 Transferncias indutivas ............................................................................................................................ 41
B.3 Sobretenses transferidas na frequncia industrial ...............................................................................41
Anexo C (informativo) Informaes sobre nveis de isolamento e ensaios dieftricos a serem fornecidas nas
especificaes o u ordem de compra ........................................................................................................42
Anexo D (normativo) Informao sobre a tenso de ensaio U1 e U2. durante o ensaio de tenso induzida de
curta durao ...............................................................................................................................................
43
Prefcio
A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras,
cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNTICB), dos Organismos de Normalizao
Setorial (ABNTIONS) e das Comisses de Estudo Especiais Temporrias (ABNTICEET), so elaboradas por
Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).
A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) chama ateno para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada
responsvel pela identificao de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 5356-3 foi elaborada no Comit Brasileiro de Eletricidade (ABNTICB-03), pela Comisso de Estudo
de Transformadores de Potncia (CE-03:014.01). O seu l0 Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital
no 06, de 01.06.2006, com o nmero de Projeto ABNT NBR 5356-3. O seu 2O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital no 07, de 23.06.2007 a 23.07.2007, com o nmero de 2' Projeto ABNT NBR 5356-3.
A ABNT NBR 5356, sob o ttulo geral "Transformadores de potnciaJ',tem previso de conter as seguintes partes:
- Parte I: Generalidades;
- Parte 2: Aquecimento;
- Parte 4: Guia para ensaios de impulso atmosfrico e de manobra para transformadores e reatores;
- Parte 6: Reatores;
Esta primeira edio da ABNT NBR 5356-3 cancela e substitui a primeira edio da ABNT NBR 5356:1993,
a qual foi tecnicamente revisada e desmembrada em partes.
Transformadores de potncia
Parte 3: Nveis de isolamento, ensaios dieltricos e espaamentos externos
em ar
1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR 5356 e aplicvel a transformadores imersos em leo (inclusive autotransformadores),
trifsicos ou monofsicos, excetuando-se certos transformadores pequenos e especiais, como definido
na ABNT NBR 5356-1. Ela identifica os enrolamentos dos transformadores pela sua tenso mais alta Um
associada a seu correspondente nvel de isolamento, detalha os ensaios dieltricos aplicveis e os espaamentos
externos mnimos entre partes vivas das buchas e objetos aterrados.
Para as categorias de transformadores e reatores que tm suas prprias Normas Brasileiras, esta parte da
ABNT NBR 5356 aplicvel apenas onde for mencionado na norma prpria.
2 Referncias normativas
Os documentos relacionados a seguir so indispensveis a aplicao deste documento. Para referncias datadas,
aplicam-se somente as edies citadas. Para referncias no datadas, aplicam-se as edies mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 5034:1989, Buchas para tenses alternadas superiores a 7 kV- Especificao
ABNT NBR 6937:1981, Tcnicas de ensaios eltricos de alta tenso - Dispositivos de medio - Procedimento
IEC 61083-1:1992, Digital recorders for measurements in high voltage impulse tests - Part 1: Requirements for
digital recorders
IEC 61083-2:1996, Digital recorders for measurements in high voltage impulse tests - Part 2: Evaluation of
software used for the determination of the parameters of impulse waveforms
CISPR 16-1:1993, Specification for radio disturbance ad immunity measuring apparatus and methods - Part 7:
Radio disturbance and immunity measuring apparatus
3 Termos e definies
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 5356, aplicam-se as definies da ABNT NBR 5356-1 e as seguintes:
3.1
tenso mxima do equipamento que pode ser aplicada ao enrolamento do transformador
u m
maior valor de tenso eficaz, fase-fase, de um sistema trifsico para o qual o enrolamento de um transformador
projetado com respeito a seu isolamento em regime permanente
3.2
nvel de isolamento nominal
conjunto de tenses suportveis padronizadas que caracterizam a suportabilidade dieltrica do isolamento
3.3
nvel de isolamento padronizado
nvel de isolamento nominal cujas tenses suportveis padronizadas esto associadas a Um,como recomendado
nas Tabelas 2 e 3 da ABNT NBR 6939:2000
3.4
isolamento uniforme do enrolamento de um transformador
isolamento de um enrolamento cujas extremidades esto conectadas a terminais que possuem o mesmo nvel
de isolamento nominal
3.5
isolamento progressivo (no uniforme) do enrolamento de um transformador
isolamento do enrolamento que tem um terminal de neutro para conexo direta ou indireta a terra e que possui um
nvel menor de isolamento do que o atribudo ao terminal de linha
4 Geral
Para transformadores imersos em leo, os requisitos se aplicam ao isolamento interno apenas. Quaisquer
requisitos adicionais ou ensaios com respeito ao isolamento externo que sejam considerados necessrios devem
ser sujeitos a acordo entre o fabricante e o comprador, incluindo ensaios de tipo feitos em modelos da instalao.
Quando transformadores imersos em leo so especificados para operar em altitudes superiores a 1 000 m,
os espaamentos devem ser projetados apropriadamente. Neste caso, pode ser necessrio selecionar buchas
projetadas para nveis de isolamento mais elevados que aqueles especificados para o isolamento interno dos
enrolamentos do transformador (ver Seo 16 desta parte da ABNT NBR 5356 e 5.2 da ABNT NBR 5034:1989).
Buchas so submetidas aos ensaios de tipo e rotina especificados na ABNT NBR 5034, os quais verificam seu
isolamento para a terra, tanto externo quanto interno.
Buchas e comutadores de derivao devem ser especificados, projetados e ensaiados de acordo com as normas
correspondentes. A execuo dos ensaios dieltricos no transformador completo constitui uma verificao
da aplicao e instalao correta destes componentes.
Os ensaios dieltricos devem, preferencialmente, ser feitos na fbrica do fornecedor, com o transformador
a temperatura ambiente.
Se ocorrer uma falha durante os ensaios dieltricos e se for constatado que a falha ocorreu em uma bucha,
permitido substitui-la, temporariamente, por outra bucha, dando-se continuidade aos ensaios do transformador.
Nos ensaios de tenso induzida de longa durao com medio de descargas parciais, podem ocorrer dificuldades
quando certos tipos de buchas de alta tenso que possuem alto nvel de descargas parciais em seu dieltrico so
usados. Quando estas buchas so especificadas pelo comprador do transformador, permitido substitui-las por
outras buchas livres de descargas parciais durante os ensaios do transformador (ver Anexo A).
aconselhvel que transformadores com caixas de cabos a leo, terminaes de cabos isolados ou ligados
diretamente a instalaes blindadas a SF6 sejam projetados de forma que conexes temporrias possam ser
utilizadas para os ensaios dieltricos, usando, se necessrio, buchas provisrias. Por acordo, buchas leo/SF6
podem ser substitudas por buchas leolar.
Transformadores conectados diretamente a barramento blindado isolado a SF6 podem estar sujeitos
as sobretenses resultantes de manobras no barramento blindado. As caractersticas das eventuais sobretenses
devem ser especificadas. O fabricante deve projetar o transformador, considerando a influncia dessas
sobretenses incidentes.
Quando o fabricante utilizar resistores no lineares ou pra-raios, interna ou externamente, para a limitao das
sobretenses transitrias transferidas, isto deve ser levado ao conhecimento do comprador na proposta ou quando
da colocao da encomenda. Recomenda-se que este fato seja indicado no diagrama eltrico da placa
de identificao.
Para cada enrolamento de um transformador, tanto para o lado de linha quanto para o lado de neutro, atribudo
um valor de "tenso mxima para o equipamento" - Um(ver 3.1).
Quando regras a respeito de ensaios especficos para diferentes enrolamentos em um transformador esto
em conflito, a regra para o enrolamento de mais alto valor de Umdeve ser aplicada.
Valores normalizados de Um so listados nas Tabelas 2 a 4. O valor a ser utilizado para um enrolamento
do transformador aquele igual, ou imediatamente superior, a tenso nominal do enrolamento.
NOTA 1 Transformadores monofsicos destinados a formar um banco trifsico ligado em estrela so designados pela
tenso nominal fase-terra, por exemplo, 4001 ,
k kV. O valor fase-fase determina a escolha de Um - neste caso,
conseqentemente, Um= 420 kV.
NOTA 2 Pode acontecer que as tenses de certas derivaes sejam escolhidas com valores superiores ao valor
normalizado de Um, mas o sistema ao qual o enrolamento conectado tem uma tenso mxima menor ou igual ao valor
normalizado. Os requisitos de isolamento devem, ento, ser coordenados com as condies reais do sistema, e, por isso, este
valor normalizado e aceito como Umpara o enrolamento e no o valor imediatamente superior.
NOTA 3 Para certas aplicaes com condies muito especiais, a especificao de outras combinaes de tenses
suportveis pode ser justificada. Neste caso, um guia geral pode ser obtido na ABNT NBR 6939.
NOTA 4 Em certas aplicaes, enrolamentos ligados em tringulo tm um dos terminais externos aterrados. Neste caso
uma maior tenso suportvel referida a mxima tenso para o equipamento Um pode ser necessria e deve ser objeto
de acordo entre o fornecedor e o comprador.
A tenso mxima Umpara o equipamento e suas tenses suportveis nominais, isto , seu nivel de isolamento,
determina as caractersticas dieltricas de um transformador. Estas caractersticas so verificadas por um conjunto
de ensaios dieltricos que dependem do valor de Um (ver Seo 7).
O valor de Ume o nvel de isolamento que atribudo a cada enrolamento de um transformador so parte das
informaes a serem fornecidas nas especificaes ou no pedido. Se existir um enrolamento com isolamento
progressivo (no uniforme), o valor atribudo de Ume o nivel de isolamento do terminal de neutro tambm devem
ser especificados pelo comprador (ver 7.4.2).
As tenses suportveis nominais para todos os enrolamentos devem estar indicadas na placa de identificao,
conforme descrito a seguir.
A indicao dos niveis de isolamento deve, independentemente do procedimento de ensaio, ser derivada dos
valores das Tabelas 2, 3 e 4 ou da ABNT NBR 6939. O nvel de isolamento deve ser caracterizado pelas seguintes
grandezas:
NOTA O nivel de isolamento foi caracterizado conforme descrito anteriormente, pois na maioria dos casos os ensaios de
tenso induzida de longa durao so ensaios de controle de qualidade com respeito as condies de servio e no ensaios
para comprovao do isolamento.
Os nveis de isolamento devem ser identificados na placa de identificao, em forma de Tabela, como mostrado a
seguir:
MT: Mdia-tenso;
T: Terciario;
N: Neutro.
Nos transformadores cujos enrolamentos isolados uniformemente possuem diferentes valores de Ume so ligados
internamente (geralmente autotransformadores), a tenso para o ensaio de tenso suportvel a frequncia
industrial deve ser determinada pelo isolamento do terminal comum de menor Um.
Para transformadores que tm um ou mais enrolamentos no uniformemente isolados, as tenses para o ensaio
de tenso induzida e para o ensaio de impulso de manobra, se aplicvel, so determinadas pelo enrolamento
de maior valor de Um, e os enrolamentos de mais baixo valor de Um podem no receber seu valor de tenso
de ensaio apropriado. Esta discrepncia pode ser aceita. Se a relao de tenses for varivel atravs de
comutao de derivaes, isto pode ser utilizado para ajustar a tenso de ensaio do enrolamento de mais baixo
valor de Umpara um valor o mais prximo possvel do valor apropriado.
Enrolamentos srie de transformadores reguladores (boosters), transformadores defasadores etc., onde a tenso
nominal do enrolamento apenas uma pequena frao da tenso do sistema, devem ter um valor de Um
correspondente a tenso do sistema. frequentemente impraticvel ensaiar estes tipos de transformadores
integralmente de acordo com esta Norma e deve ser acordado entre o comprador e o fabricante quais ensaios
devem ser modificados ou no realizados.
Para transformadores monofsicos a serem ligados entre fases, como no caso de transformadores para rede
ferroviria, podem ser necessrios valores de ensaios mais elevados do que os indicados nesta parte
da ABNT NBR 5356.
Consideraes especiais com respeito as conexes de ensaio e quantidade de ensaios a serem realizados
em transformadores de enrolamentos religveis para diferentes tenses nominais devem ser acordadas quando
da colocao do pedido.
Os enrolamentos dos transformadores so identificados pela sua tenso mxima Um e pelos correspondentes
nveis de isolamento. Esta seo detalha os requisitos de isolamento pertinentes e os ensaios dieltricos
aplicveis. Para as categorias de transformadores de potncia e reatores que tiverem suas prprias Normas
Brasileiras, estes requisitos so aplicveis apenas quando eles forem especificamente mencionados por outras
normas.
7.1 Geral
As regras bsicas para os requisitos de isolamento e ensaios dieltricos so apresentadas na Tabela I.
Ensaios
Tenso Impulso de Tenso induzida Tenso Tenso
Impulso atmosfrico
mxima do manobra de longa induzida de suportvel a
(Sees 13 e 14)
equipamento durao curta durao frequncia
4" Onda industrial
plena (CALD) (CACD)
kV (Seo II )
(IA) (I2.4) (Seo 12)
Tipo
Tipo 1 No
aplicvel
No aplicvel Rotina Rotina
Tipo
1 No
Especial Rotina Rotina
h
Tipo aplicvel
Rotina Especial
Tipo Rotina Rotina
(ver nota)
Rotina
Rotina 1 Rotina
(ver nota)
Rotina
Especial
(ver nota)
Rotina
NOTA Se o ensaio de tenso induzida de curta durao for especificado, o ensaio de impulso de manobra no
necessrio. Isto deve estar claramente definido nas especificaes.
Os nveis de tenso suportveis normalizados, identificados pela tenso mxima do enrolamento Um,so dados
nas Tabelas 2, 3 e 4. A escolha entre os diferentes nveis de tenses suportveis normalizados nestas
Tabelas depende do grau de severidade das sobretenses esperadas no sistema e da importncia da instalao
em particular. Recomendaes podem ser obtidas na ABNT NBR 6939.
NOTA Transformadores de distribuio para instalaes urbanas ou rurais so, em alguns lugares, expostos a severas
sobretenses. Nestes casos tenses mais elevadas para ensaios, ensaio de impulso atmosfrico e outros ensaios em unidades
individuais podem ser acordados entre o fabricante e o comprador. necessrio que esta condio esteja claramente
estabelecida no pedido.
Informaes sobre os nveis de isolamento e ensaios dieltricos requeridos devem ser fornecidas com o pedido
(ver Anexo C).
Os requisitos de isolamento esto especificados em 7.2. A verificao das tenses suportveis por ensaios
dieltricos mencionada em 7.3. Os requisitos de isolamento e ensaios para o terminal de neutro de um
enrolamento so mencionados em 7.4.
A extenso do ensaio de impulso atmosfrico para incluir impulsos cortados na cauda recomendada nos casos
em que o transformador estiver ligado diretamente a subestaes blindadas a SF6 por meio de buchas leo/SF6
ou quando o transformador estiver protegido por meio de centelhadores. O valor de pico da onda de impulso
cortada deve ser 10 % maior do que o valor da onda plena.
Para transformadores com enrolamento de alta tenso com Um>300 kV, o ensaio de impulso atmosfrico deve
ser realizado como rotina em todos os seus enrolamentos. E quando ensaio de tipo tambm deve ser realizado em
todos os enrolamentos.
Tabela 3 -
Tenses suportveis nominais para os enrolamentos de um transformador
com tenso mxima de Um<169 kV - Srie II, baseada na prtica norte americana1)
kV (eficaz)
Transformadores de Transformadores Transformadores de Transformadores
distribuio (nota I) classe II (nota 3) distribuio e de classe II
e de classe I(nota 2) classe I
NOTA 1 Transformadores de distribuio transferem energia do circuito de distribuio primrio para o circuito
secundrio.
NOTA 2 Transformadores classe I incluem enrolamentos de Um <72,5 kV.
NOTA 3 Transformadores classe I1 incluem enrolamentos de Um2 121 kV.
I ) Para o Brasil recomendado utilizar a Tabela 2, sendo que a Tabela 3 se destina a atender a prtica norte-americana.
NOTA 1 Para transformadores uniformemente isolados com valores nominais de isolamento a frequncia
industrial extremamente baixos, medidas especiais devem ser tomadas para executar o ensaio de tenso
induzida de curta durao.
NOTA 2 Se os valores entre parnteses forem considerados insuficientes para provar que as tenses
suportveis fase-fase especificadas so satisfeitas, ensaios adicionais de suportabilidade fase-fase so
necessrios.
- se indicado na Tabela 1, o ensaio de impulso de manobra (IM) padronizado para os terminais de linha,
de acordo com a Tabela 4;
- o ensaio de impulso atmosfrico padronizado (IA) para os terminais de linha, de acordo com
as Tabelas 2, 3 e 4;
- se especificado, o ensaio de impulso atmosfrico (IA) para os terminais de neutro. Para isolamentos
uniformes, o valor de crista da tenso de impulso deve ser o mesmo que o para os terminais de linha.
Para isolamentos progressivos (no uniformes), o valor de crista da tenso de impulso deve ser de acordo
com 7.4;
- se indicado na Tabela I,o ensaio de tenso induzida de curta durao (CACD) para os terminais de linha,
de acordo com as Tabelas 2,3 4;
- se indicado na Tabela I,o ensaio de tenso induzida de longa durao (CALD) com medio de descargas
parciais, de acordo com 12.4.
- Impulso de manobra (IM) para o terminal de linha, de acordo com a Seo 15:
Este ensaio pretende verificar a suportabilidade a impulso de manobra dos terminais de linha e dos enrolamentos
a eles conectados para terra e para outros enrolamentos, a suportabilidade entre fases e ao longo do enrolamento
sobre ensaio.
Este ensaio um requisito essencial para transformadores sujeitos a ensaio de tenso induzida de longa durao
(CALD).
- Impulso atmosfrico (IA) para os terminais de linha, de acordo com a Seo 13:
Este ensaio pretende verificar a suportabilidade a impulso atmosfrico do transformador sob ensaio, quando
o impulso for aplicado a seus terminais de linha. Se o ensaio de impulso atmosfrico incluir impulsos de onda
cortada na cauda (IAC), o ensaio de impulso modificado de acordo com a Seo 14.
Este ensaio pretende verificar a suportabilidade a tenso de impulso atmosfrico do terminal de neutro
e dos enrolamentos a ele conectados, para terra e para outros enrolamentos, e ao longo do enrolamento sob
ensaio.
Este ensaio requerido se for especificado um nvel padronizado de tenso suportvel a impulso atmosfrico para
o terminal de neutro.
- Ensaio de tenso suportvel a frequncia industrial ou tenso aplicada (ver Seo 11):
Este ensaio pretende verificar a suportabilidade a tenses alternadas, para a terra e para os outros enrolamentos,
dos terminais de linha e de neutro e dos respectivos enrolamentos a eles conectados.
Este ensaio pretende verificar a suportabilidade a tenses alternadas, para a terra e para os outros enrolamentos,
de cada terminal de linha e de neutro e respectivos enrolamentos a eles conectados, e a suportabilidade entre
fases e ao longo do enrolamento sob ensaio.
O ensaio deve ser executado de acordo com 12.2 para isolamentos uniformes e com 12.3 para isolamentos
progressivos (no uniformes).
Para Um > 72,5 kV, o ensaio normalmente executado com medies de descargas parciais para certificar
uma operao livre de descargas do transformador sob condies normais de operao. Por acordo entre o
comprador e o fornecedor, a medio de descargas parciais pode ser feita tambm para Umi 72,5 kV.
Este ensaio no consiste numa verificao de projeto e sim num ensaio de controle de qualidade e pretende cobrir
sobretenses temporrias e solicitaes contnuas durante o servio. Ele certifica a operao livre de descargas
parciais do transformador nas condies operacionais.
7.4.1 Geral
O nvel de isolamento necessrio depende se o terminal de neutro deve ser aterrado diretamente, deixado aberto
ou aterrado via uma impedncia. Quando o terminal de neutro no for diretamente aterrado, um equipamento
de proteo contra sobretenses deve ser instalado entre o terminal de neutro e a terra, a fim de limitar
sobretenses transitrias.
NOTA As recomendaes de 7.4.2 e 7.4.3 tratam da determinao da tenso suportvel mnima para o terminal de neutro.
Qualquer aumento neste valor pode ser aceitvel e pode melhorar a intercambiabilidade com outros transformadores
no sistema. Para enrolamentos com isolamento progressivo (no uniforme), pode ser necessrio projetar o enrolamento
com um maior nvel de isolamento do terminal de neutro em funo das conexes a serem utilizadas durante o ensaio de
tenses suportveis em c.a. (ver 12.3).
O terminal de neutro aterrado diretamente a terra ou atravs de um transformador de corrente, mas sem
qualquer impedncia instalada intencionalmente na conexo.
Neste caso, a tenso suportvel a frequncia industrial deve ser de pelo menos 38 kV (para prtica europia)
ou 34 kV (para a prtica americana e brasileira).
No recomendvel o ensaio de impulso atmosfrico no terminal de neutro. Durante o ensaio de impulso
atmosfrico no terminal de linha, o terminal de neutro deve ser ligado diretamente a terra. Ensaio de impulso
atmosfrico com onda cortada no aplicvel para terminal de neutro.
O terminal de neutro no aterrado diretamente a terra. Ele deve ser ligado a terra atravs de uma impedncia
de valor considervel (por exemplo, aterramento por meio de bobina de supresso de arco). Os terminais de
neutro de enrolamentos de fases separadas podem ser conectados a transformadores reguladores.
responsabilidade do comprador selecionar o equipamento de proteo contra sobretenses, determinar
seu nvel de proteo contra surtos e especificar a correspondente tenso suportvel a impulso para o terminal de
neutro do transformador. Um valor normalizado de Umdeve ser preferencialmente escolhido nas Tabelas 2, 3 ou 4,
e a correspondente tenso suportvel a frequncia industrial deve tambm ser escolhida das Tabelas. A tenso
suportvel a frequncia industrial escolhida deve ser maior do que a mxima sobretenso causada por uma falta
no sistema.
A tenso suportvel nominal a impulso do terminal de neutro verificada por um dos dois ensaios descritos em
13.3.2. Ensaio de impulso atmosfrico com onda cortada no aplicvel para terminal de neutro. Para
transformadores com um enrolamento de derivao perto do neutro, deve ser escolhida para ensaio de impulso a
derivao com a mxima relao de espiras, caso no seja acordado de outra maneira entre o comprador e o
fornecedor.
A escolha da derivao para os ensaios dieltricos deve ser feita considerando que:
- as condies de ensaio determinam a escolha da derivao para o ensaio de tenso induzida e impulso de
manobra, conforme mencionado na Seo 6;
NOTA O critrio de descargas parciais deve ser discutido entre o fabricante e o comprador, dependendo da extenso
do reparo.
Transformadores que tiverem todos os seus enrolamentos substitudos so ensaiados com 100 % da tenso
de ensaio, a menos que de outra forma seja acordado ou desde que no haja outros componentes que possam
limitar a execuo dos ensaios (por exemplo, buchas, comutadores etc.).
Repetio de ensaios necessrios para provar que transformadores novos anteriormente ensaiados na fbrica
conforme 7.2, 7.3 e 7.4 continuam a atender aos requisitos desta Norma, deve sempre ser feita com I 0 0 % dos
valores de ensaio.
A menos que de outra forma especificado, a fiao dos circuitos de fora e controle auxiliar deve ser submetida
a ensaios de tenso aplicada a frequncia industrial com uma tenso de ensaio para terra, de 2 kV eficaz, durante
Imin. Motores e outros acessrios auxiliares devem atender aos requisitos de isolamento de acordo com Normas
Brasileiras especficas (que geralmente especificam valores menores de tenso e por isso estes componentes
devem ser desligados durante os ensaios).
NOTA Acessrios para grandes transformadores so geralmente desmontados para transporte. Aps a montagem
no campo, recomenda-se um ensaio de isolamento com um Megger de I 000 V. Quaisquer equipamentos eletrnicos com
tenso suportvel menor que 1 000 V devem ser removidos antes do ensaio.
O valor da tenso de pico deve ser medido. Este valor dividido por ,h deve ser igual ao valor de ensaio.
Inicialmente deve ser aplicada uma tenso de no mximo um tero da tenso de ensaio especificada. A seguir, a
tenso deve ser elevada para o valor de ensaio to rapidamente quanto for compatvel com a leitura correta dos
instrumentos. Ao fim do ensaio, a tenso deve ser reduzida rapidamente para um valor menor do que um tero do
valor de ensaio e desligada. Para enrolamentos com isolamento progressivo (no uniforme), o ensaio deve ser
executado com a tenso de ensaio correspondente ao terminal de neutro e os terminais de linha so ento
submetidos ao ensaio de tenso induzida modificado, de acordo com 12.3 ou 12.4.
A tenso de ensaio deve ser aplicada por 60 s entre todos os terminais do enrolamento sob ensaio interligados
e todos os terminais dos demais enrolamentos, ncleo, tanque e demais partes metlicas ligadas e aterradas.
12.1 Geral
Em 12.2 e 12.3 est referido o ensaio de tenso induzida de curta durao (CACD) para enrolamentos com
isolamento uniforme e progressivo. Para tenses Um> 72,5 kV, o ensaio de tenso induzida de curta durao
normalmente feito com medio de descargas parciais. A medio de descargas parciais durante toda a durao
do ensaio uma ferramenta valiosa tanto para o fornecedor quanto para o comprador. O aparecimento
de descargas parciais durante o ensaio pode indicar uma deficincia no isolamento antes que ocorra a ruptura.
Este ensaio verifica uma operao livre de descargas parciais durante as condies operacionais.
A medio de descargas durante o ensaio de tenso induzida de curta durao pode ser dispensada. Isto deve ser
claramente definido durante o pedido ou na colocao da ordem.
O descrito em 12.4 refere-se ao ensaio de tenso induzida de longa durao (CALD) para isolamentos uniformes
ou no. Este ensaio sempre executado com medio de descargas parciais durante todo o ensaio.
Uma tenso alternada deve ser aplicada aos terminais de um enrolamento do transformador. A forma de onda
deve ser a mais senoidal possvel e sua frequncia suficientemente acima da nominal, para evitar o aparecimento
de corrente de excitao excessiva durante o ensaio.
O valor de crista da tenso induzida deve ser medido. Este valor dividido por f i deve ser igual a tenso de ensaio.
A menos que de outra forma especificada em outras sees, a durao do ensaio com a tenso especificada deve
ser de 60 s para qualquer frequncia at duas vezes a frequncia nominal, inclusive. Se a frequncia de ensaio for
maior do que duas vezes a frequncia nominal, a durao do ensaio deve ser:
frequncia nominal
120 x s, mas no inferior a 15 S.
frequncia de ensaio
12.2 Ensaio de tenso induzida de curta durao (CACD) para transformadores com
enrolamento de alta tenso com isolamento uniforme
Todo transformador trifsico deve ser ensaiado com uma tenso trifsica sendo induzida nas trs fases.
Se o enrolamento tiver terminal de neutro, este pode ser aterrado durante o ensaio. Em transformadores com
enrolamento isolado uniformemente, apenas ensaios fase-fase so realizados. Ensaios fase-terra so cobertos
pelo ensaio de tenso aplicada, de acordo com a Seo 11.
Dependendo da tenso mxima do equipamento Um,o ensaio pode ser realizado de acordo com 12.2.1 ou 12.2.2.
A tenso fase-fase de ensaio no deve exceder a tenso suportvel induzida nominal das Tabelas 2 ou 3.
Como de regra, a tenso de ensaio atravs de um enrolamento sem derivaes de um transformador deve ser
a mais prxima possvel do dobro da tenso nominal. Normalmente, no feita medio de descargas parciais
durante este ensaio.
Inicialmente, deve ser aplicada uma tenso de no mximo um tero da tenso de ensaio especificada e a seguir
a tenso deve ser elevada para o valor de ensaio to rapidamente quanto for compatvel com a leitura correta dos
instrumentos. Ao fim do ensaio a tenso deve ser reduzida rapidamente para um valor menor do que um tero
do valor de ensaio e sua fonte desligada.
NOTA Transformadores com Um I 36,2 kV, com enrolamentos com terminal aterrado internamente, mesmo com
isolamento uniforme, devem ser ensaiados como se tivessem isolamento progressivo. Neste caso, o ensaio deve ser realizado
com frequncia superior a 196 Hz e durao de 7 200 ciclos. O transformador deve ser excitado de maneira a se obter
3,46 Un + 1 000 V no enrolamento de alta tenso, onde Un a tenso nominal desse enrolamento. O valor da tenso de
ensaio deve ser limitado a 50 kV.
O nvel de descargas parciais deve ser controlado durante a aplicao de tenso, na curva de tempo definida
na Figura 1.
A fim de no exceder os valores de tenso suportvel a frequncia industrial das Tabelas 2, 3 e 4, com respeito a
solicitaes fase-fase, o nvel de tenso de medio das descargas parciais U2 deve ser:
1,3 Um fase-fase
A Tabela D.1 mostra os dois valores de tenso de ensaio U,,obtidos das Tabelas 2, 3 e 4, e os correspondentes
valores de U2.
- imediatamente aps este tempo, reduzida sem interrupo a U2 e mantida neste valor por pelo menos 5 min
para medio de descargas parciais;
Durante a elevao da tenso at um nivel e sua reduo at valores inferiores de U2, as tenses de eventual
aparecimento e extino de descargas parciais devem ser anotadas e observadas.
NOTA Recomenda-se que o nivel de rudo ambiente seja consideravelmente inferior a 100 pC, a fim de garantir que
qualquer aparecimento e extino de descargas parciais possa ser detectado e registrado. O valor mencionado de 100 pC
a 1, I U, / um compromisso para a aceitao do ensaio.
- o valor continuo de carga aparente em U2 durante o segundo perodo de 5 min no exceder 300 pC em todos
os terminais de medio;
12.3 Ensaio de tenso induzida de curta durao fase-terra (CACD), para transformadores com
enrolamento de alta tenso com isolamento progressivo (no uniforme)
a) ensaio fase-terra, com tenso suportvel nominal entre fase e terra, de acordo com as Tabelas 2, 3 ou 4
e com medio de descargas parciais;
b) ensaio fase-fase com o neutro aterrado e com tenso suportvel nominal entre fases de acordo com
as Tabelas 2, 3 ou 4, com medio de descargas parciais. Este ensaio deve ser realizado de acordo com 12.2.2.
A Tabela D.2 mostra os valores de tenso U1, obtidos das Tabelas 2, 3 e 4, e os valores de U2.
Em transformadores monofsicos, apenas o ensaio fase-terra necessrio. O ensaio executado com o terminal
de neutro aterrado. Se a relao de transformao for varivel atravs de derivaes, este fato pode ser utilizado
para ajustar, da melhor maneira possvel, a tenso de ensaio nos diferentes enrolamentos simultaneamente.
Excepcionalmente (ver Seo 6), a tenso no terminal de neutro pode ser elevada atravs da conexo de
um transformador de reforo auxiliar. Nestes casos, o neutro deve ter um isolamento adequado.
A sequncia de ensaio para transformadores trifsicos consiste em trs aplicaes monofsicas da tenso
de ensaio com diferentes pontos do enrolamento aterrados a cada vez. Os circuitos recomendados de ensaio que
evitam sobretenses excessivas entre os terminais de linha so mostrados na Figura 2. Outros mtodos,
entretanto, podem ser utilizados.
Outros enrolarnentos separados devem ser aterrados no neutro, se eles forem ligados em estrela, ou aterrados
em um dos terminais, se eles forem ligados em tringulo.
A tenso por espira durante o ensaio atinge valores diferentes, dependendo do circuito de ensaio. A escolha do
circuito de ensaio adequado depende das caractersticas do transformador com respeito as suas condies
operacionais ou limitao da instalao de ensaio. A durao do ensaio e a sequncia de aplicao de tenso
devem ser as descritas em 12.1 e 12.2.2.
Para avaliao do nvel de descargas parciais durante o ensaio fase-fase, devem ser feitas medidas a U2= 1,3 Um,
NOTA O valor de U2= 1,3 Um vahdo at U m = 550 kV, com tenso de ensaio a frequncia industrial maior do que 510 kV.
Para Um= 420 kV e 550 kV, com tenso de ensaio a frequncia industrial de 460 kV ou 510 kV, a tenso de medio de
descargas parciais deve ser reduzida para U2 = 1,2 Um, a fim de no exceder os valores da tenso de ensaio suportvel
a frequncia industrial da Tabela 4.
Para os trs ensaios monofsicos no caso de isolamento fase-terra, U1 a tenso de ensaio de acordo com as
Tabelas 2, 3 ou 4 e U2= 1,5 ~ ~ l J Exemplos
3. so dados na Tabela D.2.
NOTA 1 No caso de transformadores com arranjos complexos de enrolamentos, recomenda-se que as conexes para
ensaio entre enrolamentos sejam analisadas pelo fabricante e comprador, durante a contratao, a fim de que o ensaio
represente, tanto quanto possvel, uma combinao de solicitaes mais prxima do funcionamento.
NOTA 2 Um ensaio adicional de tenso induzida com tenses trifsicas simtricas produz maiores solicitaes entre fases.
Se este tipo de ensaio for especificado, os espaamentos entre fases devem ser ajustados de acordo e especificados durante a
contratao.
O valor contnuo de carga aparente durante a segunda aplicao de 5 min de U2 no deve exceder:
- 500 pC em todos os terminais de medio para ensaios monofsicos com U2 = 1,5 um/&fase-terra, ou
- 300 pC para ensaios fase-fase com U2 = 1,3 Um OU como requerido para valores extremamente baixos de
coordenao de isolamento de U2 = 1,2Um.
Onde:
Ligao a) pode ser usada quando o neutro for projetado para suportar pelo menos um tero da tenso U. So mostradas trs diferentes
ligaes da alimentao ao enrolamento de baixa tenso. Apenas a1 aplicvel, se o ncleo do transformador tiver colunas de retorno no
bobinadas (tipo shell ou ncleo com 5 pernas).
Ligao b) aplicvel e recomendada a transformadores trifsicos cujos ncleos possuam coluna de retorno no bobinadas para o fluxo na
fase sob ensaio. Se houver um enrolamento ligado em tringulo, este deve ser aberto durante o ensaio.
Ligao c) mostra um transformador de reforo auxiliar que fornece uma tenso U,no terminal de neutro de um autotransformador sob ensaio.
As tenses dos enrolamentos do autotransformador so Url e Ur2e as tenses de ensaio correspondentes so U e U,. Esta ligao tambem
pode ser utilizada para um transformador trifsico que no possua colunas de retorno no bobinadas, cujo isolamento do neutro menor que
um tero da tenso U.
Figura 2 - Ligaes para ensaio monofsico de tenso induzida de curta durao (CACD) em
transformadores com isolamento progressivo
12.4 Ensaio de tenso induzida de longa durao (CALD) para transformadores com
enrolamento de alta tenso com isolamento progressivo ou uniforme, de acordo com a Tabela 1
Um transformador trifsico deve ser ensaiado fase a fase numa ligao monofsica que produza as tenses da
Figura 3 nos terminais de linha, ou numa ligao trifsica simtrica.
Este ltimo caso requer precaues especiais de acordo com a Nota 1 desta subseo.
Um transformador trifsico alimentado pelo lado do enrolamento de baixa tenso com um enrolamento de alta
tenso ligado em tringulo pode receber as adequadas tenses de ensaio, apenas em um ensaio trifasico com
o enrolamento de alta tenso flutuante, como descrito abaixo. Como as tenses em relao a terra neste ensaio
dependem completamente das capacitncias para a terra e para os outros enrolamentos, este ensaio no
recomendado para Um2 245 kV na Tabela I.Quaisquer descargas disruptivas de um terminal de linha para a
terra podem resultar em srios danos as outras duas fases, devido a sbitas elevaes de tenso. Para estes
tipos de transformadores, uma conexo monofsica, conforme mostrado na Figura 3, prefervel
e sucessivamente aplicada a todas as trs fases do transformador.
Ensaios fase a fase de enrolamentos ligados em tringulo implicam o dobro de ensaios para cada terminal de linha
e seu correspondente enrolamento. Como este um ensaio de controle de qualidade e no de projeto, o ensaio
pode ser repetido para o terminal de linha envolvido sem danificar o isolamento.
Caso exista, o terminal de neutro do enrolamento sob ensaio deve ser aterrado. Para outros enrolamentos
separados, devem ser aterrados o terminal de neutro de enrolamento ligado em estrela e um dos terminais
de linha do enrolamento ligado em tringulo ou aterrado atravs do neutro da fonte de tenso de alimentao.
Os enrolamentos de derivao devem ser ligados em sua derivao principal, a menos que de outra forma
acordado.
O esquema de ensaio (trifsico ou monofsico) deve ser acordado entre o comprador e o fornecedor quando
da colocao do pedido.
NOTA 1 Se um transformador trifasico ligado em estrela for ensaiado com uma conexo trifsica, a tenso de ensaio entre
fases maior do que se a conexo fosse monofsica. Isto pode influenciar o projeto de isolamento fase-fase, que necessitar
de maiores espaamentos externos.
NOTA 2 Se um transformador trifsico ligado em tringulo for ensaiado com uma ligao monofsica, a tenso de ensaio
entre fases maior do que na ligao trifsica. Isto pode influenciar o projeto do isolamento fase-fase.
- imediatamente aps este tempo, reduzida sem interrupo a U;, e mantida neste valor por pelo menos 60 min,
se Um2 300 kV, ou 30 min, se Um< 300 kV, para medio de descargas parciais;
A durao do ensaio, exceto durante o tempo para atingir U1, deve ser independente da frequncia de ensaio.
NOTA Para sistemas onde os transformadores esto expostos a sobretenses mais severas, os valores de Uq e U2
podem ser 1,8 u,,,
I,/? e 1,6 U m16 , respectivamente. necessrio que esta condio esteja claramente definida no pedido.
NOTA Recomenda-se que o nvel de rudo ambiente seja consideravelmente inferior a I 0 0 pC, a fim de garantir que
qualquer aparecimento e extino de descargas parciais possa ser detectado e registrado. O valor mencionado de 100 pC
a 1,l Um/ 6 um compromisso para a aceitao do ensaio.
As descargas parciais devem ser observadas e registradas como segue (informaes adicionais podem ser
obtidas no Anexo A, o qual, por sua vez, refere-se a IEC 60270):
- medidas devem ser feitas em todos os terminais de linha de enrolamentos com isolamento progressivo, o que
significa que os terminais de alta tenso e baixa tenso de um autotransformador devem ser medidos
simultaneamente;
- canal de medio para cada terminal deve ser calibrado com impulsos repetitivos entre o terminal e a terra,
e esta calibrao deve ser usada para avaliao das leituras durante o ensaio. A carga aparente medida em
um terminal especifico de um transformador, usando a calibrao especifica descrita acima, deve ser
correspondente aos maiores pulsos em regime continuo. Picos ocasionais no devem ser considerados.
Descargas continuas por qualquer extenso de tempo, que ocorram a intervalos irregulares, podem ser
aceitas at 500 pC, desde que no haja uma tendncia de crescimento;
antes e aps a aplicao da tenso de ensaio, o nvel de rudo do ambiente deve ser medido em todos os
canais de medio;
durante a elevao e a reduo da tenso at o nvel de ensaio, oscilaes de tenso podem ser notadas.
A medio da carga aparente deve ser feita para 1,IUmI,6 ;
as leituras de descargas parciais devem ser feitas durante a primeira aplicao de U2. Nenhum valor de carga
aparente deve ser tomado para 1,IUmi f i ;
durante todo o segundo perodo de aplicao de U2, a intensidade de descargas parciais deve ser
continuamente observada e tomadas leituras a cada 5 min;
- a intensidade de descargas parciais no exceder 500 pC durante o ensaio de longa durao a tenso U2;
NOTA A prtica norte-americana limita a variao permissvel durante o ensaio em 150 pC para reconhecer
possveis problemas internos.
Desde que no ocorram descargas disruptivas e a menos que um nvel muito alto de descargas parciais seja
mantido por um longo perodo, o ensaio deve ser considerado no destrutivo. Se os critrios de aceitao acima
no forem satisfeitos, isto no deve levar a rejeio imediata do transformador. As investigaes a serem
realizadas devem ser acordadas entre o fabricante e o comprador. Sugestes para tais procedimentos so dadas
no Anexo A.
13.1 Geral
Se solicitado, o ensaio de impulso atmosfrico deve ser realizado apenas nos enrolamentos que possuem
terminais acessveis externamente.
Definies dos termos relacionados aos ensaios de impulso, requisitos para o circuito de ensaio, verificao
e calibrao dos instrumentos de medio podem ser encontrados nas ABNT NBR 6936 e ABNT NBR 6937.
Informaes adicionais so dadas na ABNT NBR 5356-4.
Para transformadores imersos em leo isolante, a tenso de ensaio tem normalmente polaridade negativa,
para reduzir o risco de descargas externas no circuito de ensaio.
Centelhadores de buchas podem ser removidos ou seu espaamento aumentado, para evitar centelhamentos
durante o ensaio.
Quando elementos no-lineares ou pra-raios, colocados dentro ou fora do transformador, forem instalados para
limitar transferncia de sobretenses transitrias, os procedimentos de ensaio devem ser discutidos previamente
para cada caso em particular. Se tais elementos estiverem presentes durante o ensaio, a avaliao dos resultados
(ver 13.5) pode ser diferente, se comparada com um ensaio de impulso normal. Por sua natureza, elementos no
lineares ligados atravs dos enrolamentos podem causar diferenas entre os oscilogramas de impulso com ondas
reduzidas e plenas. Para comprovar que estas diferenas so realmente causadas pela operao destes
dispositivos, dois ou mais impulsos reduzidos com diferentes nveis de tenso devem ser feitos para mostrar sua
influncia. Para mostrar o carter reverso de qualquer efeito no linear, os mesmos impulsos reduzidos devem ser
feitos aps a onda plena, de modo reverso.
EXEMPLO
O ensaio de impulso deve ser feito com impulsos plenos, com a seguinte forma de onda:
1,2ps+-30%150ps+-20%.
Existem casos, entretanto, onde a forma de onda padronizada pode no ser atingida em funo de baixa
indutncia do enrolamento ou sua alta capacitncia para a terra, resultando em forma de onda oscilatria. Nestes
casos, mediante acordo entre fabricante e comprador, devem ser acordadas tolerncias mais amplas
(ver ABNT NBR 5356-4).
As dificuldades com a forma de onda podem ser resolvidas atravs de mtodos alternativos de aterramento
durante o ensaio (ver 13.3).
NOTA A informao dada na ABNT NBR 5356-4, com respeito a avaliao da forma de onda, baseada em registros
oscilogrficos, regras de engenharia e avaliao visual dos parmetros da forma de onda. Com a utilizao de registradores
digitais, de acordo com as IEC 61083-1 e IEC 61083-2, nos ensaios de impulso atmosfrico de transformadores de potncia,
cuidados com os parmetros de amplitude e tempo devem ser tomados com respeito a avaliao de formas de ondas no
padronizadas.
Em particular, quando ensaiados enrolamentos de baixa tenso e alta potncia com oscilaes monopolares de frequncias
menores do que 0,5 MHz, a IEC 61083-2 no aplicvel no que diz respeito a avaliao da amplitude destas ondas no
padronizadas. Erros maiores do que 10 % tm sido observados devido a presena de algoritmos amortizadores dentro dos
digitalizadores.
Nestes casos, uma avaliao cuidadosa dos dados registrados usando uma anlise de engenharia necessria. De acordo
com a IEC 60790, so recomendadas medies paralelas da tenso de crista, usando voltimetros de valor de crista.
A sequncia de ensaio deve consistir em um impulso de tenso reduzida, com valor entre 50 % e 75 % do valor
pleno especificado seguido de trs impulsos plenos. Se, durante a aplicao de qualquer impulso, ocorrer uma
descarga externa n o circuito o u nos centelhadores das buchas, ou ainda se ocorrer falha d e registro n o oscilgrafo
em qualquer dos canais de medio, esta aplicao deve ser desconsiderada e feita outra.
NOTA Impulsos adicionais de amplitude no maiores do que 50 % podem ser necessrios, mas no precisam constar nos
relatrios de ensaio.
A sequncia de impulsos deve ser aplicada sucessivamente a cada um dos terminais de linha do enrolamento sob
ensaio. No caso de transformadores trifsicos, os outros terminais de linha do enrolamento devem ser aterrados
diretamente ou atravs de impedncia de baixo valor, de valor menor do que a impedncia da linha.
Se o enrolamento tiver um terminal de neutro, este terminal deve ser aterrado diretamente ou atravs
de impedncia de baixo valor, como um derivador (shunt) para medio de corrente. O tanque deve ser aterrado.
No caso de autotransformadores, durante o ensaio dos terminais de linha do enrolamento de alta-tenso, pode
acontecer que a forma de onda padronizada de impulso no possa ser obtida se os terminais de linha
do enrolamento comum forem aterrados diretamente ou atravs de um derivador para medio de corrente.
O mesmo se aplica ao ensaio do terminal de enrolamento comum quando o terminal de linha do enrolamento de
alta tenso for aterrado. Nestes casos permitido aterrar os terminais de linha no ensaiados atravs de
resistores menores do que 400 Q. Alm disto, as tenses que aparecem nos terminais de linha que no esto
sendo ensaiados no devem exceder 75 % da sua tenso suportvel a impulso atmosfrico para enrolamentos
ligados em estrela ou 50 % para terminais ligados em tringulo.
Durante o ensaio de enrolamentos de baixa impedncia, dificil obter-se a forma de onda padronizada nos
terminais sob ensaio. Nestes casos, tolerncias mais amplas podem ser aplicadas mediante acordo entre
o fabricante e o comprador (ver 13.1). tambm possvel minimizar o problema, aterrando-se os terminais
de linha no ensaiados do enrolamento atravs de resistores. O valor dos resistores deve ser escolhido de forma
a limitar a tenso que aparece nos terminais a 75 % da sua tenso suportvel nominal a impulso atmosfrico
em caso de enrolamentos ligados em estrela ou a 50 %, caso sejam ligados em tringulo. Como alternativa,
mediante acordo por ocasio da colocao da ordem de compra, pode ser empregado o mtodo do impulso
transferido (ver 13.3.3).
Quando ao terminal de neutro de um enrolamento for especificada uma tenso suportvel a impulso atmosfrico,
esta suportabilidade pode ser verificada atravs da aplicao de impulso das seguintes maneiras:
a) Indiretamente:
Impulsos so aplicados a qualquer um dos terminais de linha ou aos trs terminais de linha de um
enrolamento trifsico ligados juntos. O terminal de neutro ligado a terra atravs de uma impedncia
e a tenso que desenvolvida nesta impedncia quando uma onda de impulso padronizada for aplicada
ao terminal de linha deve ser igual a tenso suportvel nominal para o terminal de neutro. Nenhuma regra
atribuda a forma de onda resultante atravs da impedncia. A amplitude do impulso aplicado no terminal
de linha no prescrita, mas no deve exceder 75 % da tenso suportvel a impulso deste terminal.
b) Diretamente
Impulsos correspondentes a tenso suportvel nominal do neutro so aplicados diretamente a este terminal
com todos os terminais de linha aterrados. Neste caso, contudo, o maior tempo de frente para a onda
permitida de 13 ps.
Quando um enrolamento de baixa tenso no estiver sujeito, em servio, a sobretenses devido a impulso
atmosfrico provenientes do sistema de baixa tenso, este enrolamento pode, se acordado entre o fabricante
e o comprador, ser ensaiado por meio de impulso transferido do enrolamento de alta tenso.
Este mtodo prefervel quando o projeto do transformador tal que um impulso aplicado diretamente
ao enrolamento de baixa tenso resulta em solicitaes irreais nos enrolamentos de alta-tenso, particularmente
quando existe um grande enrolamento de derivao fisicamente adjacente ao enrolamento de baixa tenso.
Na aplicao deste mtodo, os ensaios no enrolamento de baixa tenso so executados simultaneamente com
os ensaios no enrolamento adjacente de tenso mais elevada. 0 s terminais do enrolamento de baixa tenso
so aterrados atravs de resistores de valor tal que a amplitude do impulso transferido entre o terminal de linha
e terra ou entre diferentes terminais de linha ou atravs do enrolamento de fase seja to elevada quanto possvel,
mas no superior a tenso suportvel nominal de impulso atmosfrico. A amplitude dos impulsos aplicados no
deve exceder o nvel de impulso do enrolamento onde os impulsos forem aplicados.
0 s oscilogramas ou registros digitais obtidos durante a calibrao e ensaio devem mostrar claramente o impulso
de tenso aplicado (tempo de crista, tempo de meia onda e amplitude).
Pelo menos mais um canal deve ser usado. Na maioria dos casos um oscilograma da corrente circulando
do enrolamento sob ensaio para a terra (corrente de neutro) ou a corrente capacitiva, isto , a corrente transferida
para um enrolamento no ensaiado e curto-circuitado, apresenta a melhor sensibilidade para a indicao de falha.
A corrente que circula do tanque para a terra, ou a tenso transferida para enrolamentos no ensaiados,
so exemplos de grandezas alternativas a serem medidas. O mtodo de deteco escolhido deve ser acordado
entre o comprador e o fornecedor.
Informaes adicionais sobre tempos de varredura adequados so dadas ABNT NBR 5356-4.
A ausncia de diferenas significativas entre os transitrios de corrente e tenso registrados com impulso de valor
reduzido e aqueles registrados com impulso pleno constitui evidncia de que o isolamento suportou o ensaio.
Uma interpretao detalhada dos registros oscilogrficos ou digitais de ensaios e a distino entre perturbaes
no significativas e registros de falhas requerem muita experincia e percia. Informaes adicionais so dadas
na ABNT NBR 5356-4 para ensaio de impulso.
Se houver dvida na interpretao de possveis discrepncias entre oscilogramas ou registros digitais, trs
impulsos plenos adicionais devem ser aplicados ou o ensaio completo no terminal deve ser repetido. O ensaio
ento considerado bem-sucedido se no ocorrer nenhum desvio adicional ou aumento nos desvios anteriores.
Observaes adicionais durante o ensaio (sons anormais etc.) podem ser utilizadas para confirmar registros
oscilogrficos ou registros digitais.
NOTA Qualquer diferena entre as formas de onda de impulsos reduzidos e plenos detectados por comparao de
dois oscilogramas de corrente pode ser indcio de falha ou desvios devido a causas no danosas. Elas podem ser
completamente investigadas e explicadas por um novo ensaio com ondas reduzidas e plenas. Exemplos de causas
de possveis diferenas entre formas de ondas so a operao de dispositivos protetores, saturao do ncleo ou influncias
externas no circuito de ensaio do transformador.
14.1 Geral
Este um ensaio a ser feito nos terminais de linha dos enrolamentos. Este ensaio deve ser combinado com
o ensaio de impulso pleno como descrito a seguir. O valor de pico para o impulso cortado deve ser 1,l vez
o impulso pleno.
Geralmente, o mesmo ajuste para o gerador de impulso e para o equipamento de medio utilizado, apenas
inserindo no circuito o equipamento de corte. Os impulsos cortados devem ser impulsos plenos normalizados
cortados entre 2 ps e 6 ps.
recomendado usar um espintermetro controlado, embora um centelhador tipo haste-haste seja permitido.
O circuito de corte deve ser tal que o valor da tenso de polaridade oposta overswing aps o corte seja limitado
a no mais do que 30 % do valor de crista do impulso cortado.
Como indicado anteriormente, o ensaio combinado com o de impulso pleno numa nica sequncia. A ordem
recomendada para a aplicao dos diferentes impulsos :
So usados os mesmos tipos de canais de medio e oscilogramas ou registros digitais para impulsos plenos.
Em princpio, a deteco de falha durante o ensaio de onda cortada depende essencialmente da comparao
entre os registros com onda especificada e reduzida. O registro da corrente de neutro (ou qualquer outro registro
adicional) apresenta uma superposio de transitrios devido a frente do impulso e ao corte. Consideraes
devem ser tomadas para possveis variaes, mesmo que pequenas, do tempo de corte. A ltima parte do
oscilograma ento alterada e este efeito difcil de separar de um registro de falha. As modificaes na
frequncia depois do corte, contudo, precisam ser esclarecidas.
Os registros dos impulsos plenos especificados subsequentes constituem um critrio suplementar para a falha,
mas eles no constituem um critrio de qualidade do ensaio de impulso com onda cortada.
15.1 Geral
Definies dos termos gerais relacionados ao ensaio de impulso, requisitos para circuitos de ensaio, ensaios
de calibrao e de rotina nos instrumentos de medio podem ser encontrados nas ABNT NBR 6936
e ABNT NBR 6937. Informaes adicionais so dadas na ABNT NBR 5356-4.
Os impulsos devem ser aplicados diretamente pela fonte de tenso de impulso no terminal de linha
do enrolamento sob ensaio ou, ento, a um enrolamento de tenso inferior, de modo que a tenso seja transferida
indutivamente ao enrolamento sob ensaio. A tenso de ensaio especificada deve aparecer entre terminais de linha
e de neutro. O terminal de neutro deve estar aterrado. Os transformadores trifsicos devem ser ligados de tal
forma que se obtenha uma tenso entre fases igual a 1,5 vez a tenso entre fase e neutro (ver 15.3).
A tenso de ensaio tem normalmente polaridade negativa, pois reduz o risco de descargas externas no circuito
de ensaio.
A onda de impulso deve ter um tempo virtual de frente de pelo menos 100 ps, tempo acima de 90 % da tenso
especificada de pelo menos 200 ps e tempo total entre o zero virtual e a primeira passagem pelo zero de pelo
menos 500 ps, mas preferencialmente 1 000 ps.
NOTA A forma de impulso propositadamente diferente da onda normalizada de 250 ps x 2 500 ps recomendada pelas
ABNT NBR 6936 e ABNT NBR 6937, que se refere a equipamentos com circuitos magnticos no saturveis.
O tempo de frente deve ser selecionado pelo fabricante, de modo que a distribuio de tenso ao longo
do enrolamento sob ensaio seja essencialmente uniforme. Este valor geralmente maior do que 100 ps, mas
inferior a 250 ps. Durante o ensaio uma grande quantidade de fluxo desenvolvida pelo circuito magntico.
A tenso de impulso pode ser sustentada at o instante em que o ncleo atinge a saturao e a impedncia
de magnetizao reduz-se drasticamente.
Em alguns casos, a saturao do ncleo pode causar a reduo do tempo total para um valor inferor a 000 ps;
impulsos sucessivos de mesma polaridade podem acentuar essa reduo. Para aumentar este tempo, pode ser
necessrio polarizar magneticamente o ncleo no sentido contrrio a magnetizao causada pelo impulso de
ensaio. Isto pode ser conseguido pela aplicao de corrente continua de baixa intensidade atravs do enrolamento
entre as aplicaes dos impulsos, ou pela aplicao de impulsos de valor reduzido de polaridade oposta.
Ver ABNT NBR 5356-4.
A sequncia de ensaio deve consistir em um impulso de calibrao, com tenso entre 50 % e 75 % da tenso
especificada e trs impulsos subsequentes com a tenso especificada. Se o registro oscilogrfico ou registro
digital falhar, esta aplicao deve ser desconsiderada e outra aplicao deve ser feita. Registros oscilogrficos ou
digitais devem pelo menos ser obtidos da forma de onda do terminal sob ensaio e preferencialmente da corrente
de neutro.
NOTA Devido a influncia da saturao magntica na durao do impulso, oscilogramas sucessivos so diferentes
e registros de ondas reduzidas e plenas no so idnticos. Para limitar esta influncia aps cada impulso com nveis iguais,
impulsos desmagnetizantes de polaridade oposta so necessrios.
Durante o ensaio, o transformador deve estar na condio em vazio. Enrolamentos no ensaiados devem ser
aterrados solidamente em um ponto, mas no curto-circuitados. Nos transformadores monofsicos, o terminal de
neutro do enrolamento sob ensaio deve estar solidamente aterrado.
Um enrolamento trifsico deve ser ensaiado fase a fase, com o neutro aterrado e com o transformador ligado
de forma que uma tenso de polaridade oposta e com metade da amplitude aparea nos dois terminais de linha
que no esto sob ensaio, os quais podem estar ligados juntos.
Para limitar o valor da tenso de polaridade oposta a aproximadamente 50 % da tenso aplicada, recomendado
conectar resistores de amortecimento de alto valor (10 k f l a 20 kfl) para terra nos terminais dos enrolamentos
no ensaiados.
Centelhadores de buchas ou outros meios para limitar sobretenses devem ser tratados como para impulso
atmosfrico (ver 13.1).
Observaes adicionais durante o ensaio (sons anormais etc.) podem ser usadas para confirmar os registros,
mas no constituem por si s evidncia de falha.
16 Espaamentos externos no ar
16.1 Geral
Entende-se como espaamento no ar a distncia onde o campo eletrosttico est livre de perturbaes causadas
por corpos isoladores. Esta Norma no trata dos requisitos para a distncia disruptiva e distncia de escoamento
ao longo de isoladores de buchas, nem considera o risco da entrada de pssaros ou outros animais.
Durante a definio dos requisitos desta Norma para as classes de tenses mais altas, foi assumido que
os terminais das buchas possuem eletrodos de formas arredondadas.
Os requisitos de espaamento so vlidos entre tais eletrodos arredondados. Assume-se que os conectores com
suas respectivas blindagens so adequadamente projetados, de modo a no reduzirem a tenso disruptiva.
Assume-se tambm que os arranjos dos condutores no reduzem os espaamentos estabelecidos pelo prprio
transformador.
NOTA Se o comprador pretender conectar o transformador de modo que os espaamentos venham a ser reduzidos,
necessrio que esta condio seja mencionada no pedido.
NOTA 1 A suportabilidade do isolamento externo a impulso depende da polaridade, ao contrrio do que definido para
o isolamento interno. Os ensaios definidos para o isolamento interno de um transformador no verificam, automaticamente, se
o isolamento externo adequado. Os espaamentos recomendados so dimensionados para a polaridade mais crtica
(positiva).
NOTA 2 Se um espaamento menor do que aquele estabelecido no pargrafo acima for definido no contrato, pode ser
necessrio um ensaio de tipo simulando um arranjo com espaamento real, ou no prprio transformador. Procedimentos
recomendados para tais ensaios esto contidos nesta parte da ABNT NBR 5356 (ver 16.2.2.3).
Se o transformador for especificado para operar em uma altitude maior do que 1 000 m, os requisitos
de espaamento devem ser aumentados de 1 % para cada I 0 0 m de altitude que exceda os 1 000 m.
- espaamento entre o terminal de linha do enrolamento de alta tenso e o terminal de linha do enrolamento
de baixa tenso.
Para todos os efeitos, os valores recomendados acima so os valores mnimos. Os espaamentos de projeto
devem ser informados nos desenhos de dimenses externas. Estes so valores nominais sujeitos as tolerncias
de fabricao e devem ser selecionados de maneira que os espaamentos reais sejam pelo menos iguais aos
valores especificados.
Estas informaes devem ser consideradas uma comprovao de que o transformador atende as recomendaes
desta Norma, ou atende aos valores acordados em um contrato especifico.
16.2 Requisitos para espaamentos das buchas determinados pelas tenses suportveis de
isolamento do transformador
A mesma distncia deve ser aplicada para os espaamentos fase-terra, fase-neutro, fase-fase e na direo
dos terminais do enrolamento de mais baixa tenso.
Os espaamentos mnimos recomendados so dados nas Tabelas 5 e 6 com referncia as tenses suportveis
indicadas nas Tabelas 2 e 3.
Se um ensaio de tipo para um espaamento reduzido tiver que ser realizado, este deve ser um ensaio de impulso
atmosfrico, a seco, com trs impulsos de polaridade positiva, com os valores de tenso constantes nas
Tabelas 5 ou 6, respectivamente.
NOTA Valores menores de tenso suportvel a impulso atmosfrico, como indicado na Tabela 2, podem ser especificados
de acordo com a ABNT NBR 6939. Uma verificao deve ser feita se esta condio requerer um maior espaamento fase-fase.
Para equipamentos com Um> 170 kV, onde um ensaio de impulso de manobra for especificado, os espaamentos
recomendados so dados na Tabela 7.
O isolamento interno verificado pelo ensaio de impulso de manobra com onda de polaridade negativa na fase
sob ensaio, e aproximadamente 1,5 vez a tenso de ensaio entre fases de um transformador trifsico
(ver ABNT NBR 6939).
Para o isolamento externo, a tenso suportvel fase-fase definida diferentemente. Um procedimento de ensaio
apropriado envolve impulsos de polaridade positiva para uma configurao fase-terra, e polaridades opostas para
espaamentos fase-fase (ver 16.2.2.3). Isto foi considerado para os espaamentos dados na Tabela 7.
O espaamento do topo da bucha de alta tenso para a terra (tanque, conservador, radiadores, estruturas do ptio
de manobras etc.) ou para o terminal de neutro determinado na coluna 4 da Tabela 7.
O espaamento entre o topo da bucha das diferentes fases determinado na coluna 5 da Tabela 7.
O espaamento entre terminais de diferentes enrolamentos de um transformador deve ser verificado com respeito
a ambas as condies de impulso atmosfrico e manobra.
O requisito de suportabilidade a impulso de manobra est baseado na diferena de tenso calculada que aparece
entre os dois terminais (ver Seo 15). Esta diferena de tenso determina o espaamento requerido com respeito
as condies de impulso de manobra. A Figura 6 usada para encontrar o espaamento recomendado se
os terminais receberem tenses de polaridade opostas e se a relao entre as tenses que aparecem for menor
ou igual a 2. Em outros casos, aplica-se a Figura 5.
NOTA Se as Figuras 5 e 6 forem comparadas, parece que os espaamentos fase-fase suportam uma maior diferena de
tenso que a mesma distncia suportaria numa configurao fase-terra. O motivo que na configurao fase-fase pressupe-
se que os dois terminais tm polaridades opostas e o gradiente dieletrico mximo em qualquer um deles (o qual determinado
principalmente pela tenso fase-terra) relativamente menor. Assume-se tambm que os eletrodos tenham forma arredondada.
O espaamento deve, contudo, tambm atender aos requisitos de suportabilidade para impulso atmosfrico,
o qual se pressupe que o terminal de enrolamento de baixa tenso esteja no potencial de terra quando
for aplicada a tenso suportvel a impulso atmosfrico no terminal de alta tenso. Os requisitos de distncia
na coluna 6 da Tabela 7 e a Figura 7, correspondentes a esta tenso nominal a impulso atmosfrico, tm por isso
que ser atendidos entre os dois terminais. O maior entre os dois espaamentos deve ser utilizado.
O ensaio de impulso de manobra em transformadores trifsicos induz tambm tenses entre fases nos outros
enrolamentos ligados em estrela. Deve ser verificado se esta condio requer um maior espaamento fase-fase
neste enrolamento do que o prescrito para este enrolamento sozinho como em 16.2.1.
Se um ensaio de tipo tiver que ser realizado para um espaamento reduzido, o procedimento de ensaio deve ser
como segue.
O ensaio na configurao fase-terra (ou fase-neutro, ou contra o terminal do enrolamento de baixa tenso) deve
consistir em um ensaio de impulso de manobra, a seco, de polaridade positiva no terminal de linha do enrolamento
(o de mais alta tenso). O outro eletrodo deve ser aterrado. Se o terminal de ensaio pertencer a um enrolamento
trifsico, os outros terminais de linha devem tambm ser aterrados.
NOTA Este ensaio no geralmente exequvel em transformadores trifsicos completos e pode, por isso, ter que ser
conduzido num modelo que simule as reais configuraes do transformador.
Ensaios dos espaamentos fase-fase de transformadores trifsicos devem consistir em ensaios de impulso
de manobra, a seco, com metade da tenso especificada, polaridade positiva, no terminal de linha, e a outra
metade, de polaridade negativa no outro terminal, com o terceiro terminal aterrado.
Quando as fases externas so montadas simetricamente com relao a fase do meio, suficiente realizar dois
ensaios separados, um ensaio com polaridade positiva na fase central e com polaridade negativa em uma fase
externa, e o outro ensaio com a fase central com polaridade negativa e a fase externa com polaridade positiva. Se
o arranjo dos terminais de linha for assimtrico, pode ser necessrio realizar mais de dois ensaios.
Cada ensaio consiste em 15 aplicaes da tenso de impulso com uma onda 250 ps x 2 500 ps de acordo com as
ABNT NBR 6936 e ABNT NBR 6937.
NOTA O procedimento de ensaio acima para espaamentos externos fase-fase difere sob vrios aspectos do
procedimento para o ensaio de impulsos de manobra especificado para o isolamento interno de transformadores
(ver Seo 14). Os dois procedimentos de ensaio no se substituem.
I kV (eficaz) I kV (crista)
Tabela 7 (concluso)
Figura 6 - Espaamento fase-fase baseado na tenso de impulso de manobra que aparece entre fases
Anexo A
(normativo)
A.1 Introduo
Descarga parcial (DP) uma descarga eltrica que rompe apenas parcialmente o isolamento entre condutores.
Em transformadores, esta descarga provoca uma mudana transitria na tenso para a terra em todos
os terminais externos do enrolamento.
Irnpedncias de medio so firmemente conectadas entre o tanque aterrado e os terminais, geralmente atravs
das derivaes capacitivas das buchas ou atravs de um capacitor de acoplamento, como detalhado em A.2.
A carga real transferida no local-fonte da descarga parcial no pode ser medida diretamente. Preferencialmente,
a medida da intensidade de descarga parcial a carga aparente q, como definida na IEC 60270.
A carga aparente q relacionada a qualquer terminal de medio determinada atravs de uma calibrao
adequada (ver A.2).
Uma descarga parcial particular d origem a diferentes valores de carga aparente em diferentes terminais
de um transformador. A comparao de indicaes coletadas simultaneamente nos diferentes terminais pode
fornecer informaes a respeito da localizao da fonte da descarga parcial dentro do transformador (ver A.5).
O critrio de aceitao para o ensaio especificado em 12.2, 12.3 e 12.4 baseado na medio da carga aparente
nos terminais de linha dos enrolamentos.
O equipamento de medio conectado aos terminais atravs de cabos coaxiais com impedncias casadas.
A impedncia de medio , na sua forma mais simplificada, a impedncia casada do cabo, que pode, por sua vez,
ser a impedncia de entrada dos instrumentos de medio.
Com a finalidade de melhorar a relao sinal-rudo do sistema completo de medio, pode ser conveniente fazer
uso de circuitos sintonizados, transformadores de pulsos e amplificadores entre os terminais do objeto sob ensaio
e o cabo coaxial.
O circuito deve representar uma resistncia razoavelmente constante, quando vista do lado dos terminais
do objeto sob ensaio, por toda a faixa de frequncia usada na medio das descargas parciais.
Durante a medio das descargas parciais entre o terminal de linha de um enrolamento e o tanque aterrado,
prefervel instalar a impedncia de medio Z,,, entre a derivao de ensaio de bucha com repartio capacitiva
e o flange aterrado (Figura A.l). Se a bucha no for provida de derivao para ensaio, tambm possvel isolar
o flange da bucha do tanque e utiliz-la como terminal de medida. As capacitncias equivalentes entre o condutor
central, o terminal de medio e a terra agem como atenuador para o sinal de descarga parcial. Isto , entretanto,
confirmado na calibrao que feita entre o terminal superior da bucha e a terra.
Figura A.1 - Circuito de calibrao para medio de descargas parciais quando for utilizada a derivao
de ensaio de bucha
Se as medies tiverem que ser feitas em terminais cujas buchas no sejam dotadas de derivaes capacitivas
(nem flanges isolados), as medies podem ser feitas atravs de um capacitor de acoplamento de alta tenso.
Um capacitor livre de descargas parciais deve ser usado e o valor de sua capacitncia deve ser suficientemente
grande em comparao com a capacitncia de calibrao do gerador Co. A impedncia de medio (com gap
de proteo) conectada entre o terminal de baixa tenso do capacitor e a terra, conforme mostrado
na Figura A.2.
A calibrao do circuito completo de medio feita atravs da injeo de uma carga conhecida entre os terminais
de calibrao. De acordo com a IEC 60270, o gerador de calibrao consiste em um gerador de pulsos de tenso
com pequeno tempo de frente e uma srie de pequenos capacitores de capacitncia conhecida Co. O tempo
de frente no deve ser maior do que 0 , l ps e C. deve estar entre 50 pF e 100 pF. Quando este gerador for
conectado entre os terminais de calibrao cuja capacitncia C seja muito maior do que Co, ento a carga injetada
pelo gerador de pulso :
conveniente que o gerador tenha uma frequncia de pulsos da ordem de 1 pulso por cada meio ciclo
da frequncia industrial usada durante o ensaio do transformador.
Se os terminais de calibrao forem muito separados, existe o risco de as capacitncias parasitas dos cabos
introduzirem erros. Um mtodo aplicvel para a calibrao entre a terra e outro terminal mostrado na Figura A.1.
O capacitor C. ento colocado no terminal de alta tenso e ligado ao gerador atravs de um cabo coaxial com
uma resistncia apropriada.
Se nenhum dos terminais de calibrao for aterrado, a capacitncia do gerador de pulsos pode ser uma fonte
de erro. O gerador deve preferencialmente ser alimentado por baterias e ter dimenses reduzidas.
As caractersticas dos instrumentos de medio devem estar de acordo com as especificadas na IEC 60270.
O monitoramento dos ensaios atravs de osciloscpios geralmente til, particularmente porque ele oferece
a possibilidade de diferenciar, em um transformador, uma descarga parcial real de certas formas de perturbaes
externas. Isto baseado na taxa de repetio, ponto da onda, diferenas de polaridade etc.
As leituras devem ser efetuadas continuamente ou a intervalos frequentes durante todo o perodo de ensaio.
O registro contnuo por oscilogramas ou fitas magnticas no obrigatrio.
Os sistemas de medio de descargas parciais so classificados como de banda estreita ou de banda larga.
Os sistemas de banda estreita operam com uma largura de banda de aproximadamente 10 kHz ou menos,
a certas frequncias de sintonia (por exemplo, medidores de rdio-rudo). Os sistemas de banda larga utilizam
faixas relativamente largas entre limites superior e inferior da banda de frequncia, como, por exemplo,
de 50 kHz a 150 kHz ou mesmo de 50 kHz a 400 kHz.
Quando se utilizam sistemas de banda estreita, interferncias provenientes de estaes de transmisso locais
podem ser evitadas pelo ajuste adequado da frequncia de meia banda, mas deve ser verificado se ressonncias
do enrolamento prximas a frequncia de medida no afetam significativamente a medio. Os instrumentos
de medio de banda estreita no devem operar a frequncias superiores a 500 kHz e preferencialmente menores
que 300 kHz. Existem dois motivos para isto. Primeiro, a transmisso de pulsos de descarga leva a uma alta
atenuao dos componentes de frequncias mais altas, e segundo, quando da aplicao do pulso de calibrao
no terminal de linha, este pulso provavelmente causa oscilaes locais no terminal ou prximas a ele,
e isto dificulta a calibrao quando forem usadas frequncias maiores do que 500 kHz.
Sistemas de banda larga so menos crticos quanto a atenuao e resposta a diferentes formas de pulsos, mas
so mais receptivos a perturbaes em locais de ensaio sem blindagem eletromagntica. Filtros podem ser
usados contra transmisses de rdio. A identificao das fontes de descargas parciais pela comparao da forma
e polaridade dos pulsos individuais pode ser possvel.
NOTA Os instrumentos de banda larga atuais diferem em suas formas de avaliao e nas caractersticas dos filtros
internos. O modo de transferncia de pulsos complexos dentro do enrolamento, aliado a uma resposta com espectro em
frequncia decrescente, leva cada instrumento a apresentar diferentes leituras de carga aparente, apesar de os procedimentos
de calibrao terem sido bem estabelecidos. A ltima reviso da IEC 60270 ressalta este problema, mas deixa de padronizar
instrumentos de medio de banda larga. Este problema no existe para medidores de banda estreita, com avaliao de
repetio de pulsos de acordo com CISPR 16-1.
Caso no ocorram descargas disruptivas, mas tenham sido verificadas descargas parciais num nvel
moderadamente acima do valor garantido (da ordem de uns poucos milhares de picocoulombs), o ensaio deve ser
considerado no destrutivo. Um critrio adicional de importncia que o nvel de descargas parciais no se
sustenta com tenses iguais ou inferiores a tenso nominal, aps disparo com a tenso de ensaio.
O objeto de ensaio no deve ser imediatamente rejeitado devido a tal resultado, mas investigaes devem ser
realizadas.
Inicialmente deve ser investigado o ambiente do ensaio para se detectar algum sinal evidente de fontes de
descargas parciais. Isto deve ser seguido de consultas entre o fabricante e o comprador para acordar ensaios
adicionais, outros procedimentos que determinem ainda a presena de alto nvel de descargas parciais ou que
o transformador esteja satisfatrio para a entrada em servio.
Seguem-se algumas sugestes que podem ser teis durante as investigaes a serem realizadas.
Investigar se as descargas parciais podem ter sido transmitidas pela fonte de alimentao. Filtros
passa-baixa nos cabos de alimentao para o transformador sob ensaio podem ser teis nestes casos.
Investigar a provvel localizao da fonte (ou fontes) baseada no diagrama eltrico do transformador.
Existem diversos mtodos conhecidos e publicados. Um deles baseado na correlao de leituras
e calibraes em diferentes pares de terminais (em adio as leituras obrigatrias entre terminais de linha
e terra). Este processo descrito em A.5. tambm possvel a identificao de formas de pulsos individuais
durante o ensaio com as correspondentes formas de onda obtidas na calibrao, caso tenham sido
utilizados registros provenientes do circuito de banda larga. Um caso particular a identificao
de descargas parciais no dieltrico de buchas condensivas (ver A.5).
Investigar atravs de detector acstico ou ultra-snico a localizao "geogrfica" da fonte ou fontes internas
ao tanque.
Determinar a provvel natureza fsica da fonte atravs de concluses obtidas pela variao do nvel de
tenso de ensaio, efeito histerese, forma do pulso ao longo da onda da tenso de ensaio etc.
Descargas parciais no sistema de isolamento podem ser causadas por secagem ou impregnao do leo
insuficientes. Um reprocessamento do transformador ou um perodo maior de repouso e uma subsequente
repetio do ensaio podem ser ento tentados.
E tambm bem conhecido que uma exposio limitada a uma descarga parcial relativamente elevada pode
conduzir a uma descarga disruptiva localizada no leo e temporariamente reduzir as tenses de extino
e reacendimento, mas as condies iniciais podem ser auto-restabelecidas e numa questo de horas.
Se as descargas parciais estiverem acima dos limites de aceitao, porm no sendo consideradas
de grande importncia, pode ser feito um acordo para a repetio do ensaio, possivelmente com extenso
do tempo da aplicao e, mesmo, com o nvel de tenso elevado. Variaes relativamente limitadas do nvel
de descargas parciais com o acrscimo da tenso e o no aumento do nvel de descargas parciais com
o tempo podem ser aceitos como evidncias de que o transformador est adequado para a operao.
Se existir uma correlao evidente entre o perfil das leituras do ensaio em diferentes pares terminais de medio
e o perfil obtido no mesmo terminal de medio para pulsos injetados em um determinado par de terminais
de calibrao, ento pode-se supor que a fonte real de descargas esteja fortemente associada com este par
de calibrao.
Isso significa que possvel chegar-se a uma concluso, bem como localizar a fonte de descargas parciais
atravs do diagrama eltrico do transformador. A localizao fsica possui um conceito diferente. Uma fonte de
descargas parciais, que esteja localizada eletricamente nas vizinhanas de um determinado terminal, pode estar
fisicamente localizada em qualquer lugar ao longo dos condutores terminais internos associados a este terminal ou
no final da estrutura do enrolamento correspondente. A localizao fsica da fonte de descargas parciais pode ser
determinada por tcnicas de localizao acstica.
Enquanto o gerador para calibrao ligado a um determinado par de terminais de calibrao, so observadas as
indicaes em todos os pares terminais de medio. O procedimento ento repetido para outros pares de
calibrao. As calibraes so efetuadas entre os terminais do enrolamento e a terra, mas podem tambm ser
aplicadas entre terminais de linha das buchas de alta tenso e suas derivaes capacitivas (simulando descargas
parciais no dieltrico da bucha), entre terminais de AT e neutro, e entre terminais dos enrolamentos de alta tenso
e baixa tenso.
Todas as combinaes de calibrao e pares de medio formam uma matriz de calibrao que fornece
a referncia de interpretao para as leituras no ensaio real.
Por exemplo, a Figura A.3 mostra um autotransformador monofsico de extra alta tenso com um enrolamento
tercirio de baixa tenso. As calibraes e ensaios foram efetuados tomando como referncia os terminais
conforme indicado na Tabela. A linha com o resultado do ensaio com 1,5 Um comparada com as diferentes
calibraes, sendo ento fcil notar, neste caso, que corresponde a melhor calibrao "Terminal 2.1 - terra".
Isto sugere que existem descargas parciais com carga aparente de 1 500 pC, associadas ao terminal 2.1,
e provavelmente das partes vivas para a terra. A localizao fsica pode estar em qualquer local ao longo dos
condutores de ligao entre os enrolamentos srie e comum, ou no final de enrolamentos adjacentes.
O mtodo como descrito bem-sucedido principalmente nos casos em que prevalece uma fonte distinta
de descargas parciais e o rudo de fundo baixo. Isto, certamente, no o caso mais comum.
Um caso particular de interesse determinar se as descargas parciais observadas podem ter sua origem
no dieltrico da bucha de AT. Isso pode ser investigado pela calibrao entre o terminal de linha da bucha e sua
derivao capacitiva.
Esta calibrao fornece a correlao mais prxima para o perfil das descargas parciais na bucha.
Canal de calibrao
1.1 1
2.1 12.2 1 3.1
Unidades arbitrrias
1.1- Terra 2 000 pC 50 20 5 I0
2.1- Terra 2 000 DC 5 50 30 8
2.2- Terra 2 000 DC 1 2 1 10 1 350 1 4 1
Ensaio I I
NOTA Para melhorar a eficincia, os terminais 2.2 e 3.2 tambm devem ser tratados como terminais de medio e
calibrao, particularmente quando buchas condensivas so usadas.
Anexo B
(informativo)
B.l Geral
O problema da sobretenso transferida tratado do ponto de vista do sistema no Anexo A da IEC 60071-2:1996.
A informao dada abaixo diz respeito apenas a problemas associados com o prprio transformador,
sob condies particulares de servio. As sobretenses transferidas a serem consideradas so surtos transitrios
ou sobretenses.
NOTA de responsabilidade do comprador definir a carga do enrolamento de baixa tenso. Se nenhuma informao
puder ser dada, o fornecedor prov informaes a respeito das tenses transferidas esperadas quando o enrolamento de baixa
tenso estiver em circuito aberto e a respeito dos valores dos resistores ou capacitores necessrios para manter as tenses
dentro dos limites aceitveis.
8.2.1 Geral
A transferncia capacitiva de sobretenso para um enrolamento de baixa tenso pode, numa primeira
aproximao, ser descrita como uma diviso de tenso capacitiva. O circuito equivalente mais simples, visto
do lado do enrolamento de baixa tenso, consiste em uma fonte de fora eletromotriz (fem) em srie com
uma capacitncia de transferncia Ct, como visto na Figura B.1.
A fora eletromotriz equivalente (fem) uma frao s do surto que entra no lado de alta tenso. Ct da ordem
de 1 0 - ~F; s e C, no so quantidades bem definidas, mas dependem da forma da frente de onda do surto.
Elas podem ser determinadas em conjunto por medies oscilogrficas. Clculos preliminares so imprecisos.
Um carregamento dos terminais secundrios com equipamentos de manobra, cabos curtos ou capacitores
(de poucos nanofarads), que agem como uma capacitncia de amortecimento C, diretamente nos terminais
(mesmo durante o primeiro microssegundo), reduz o pico da sobretenso transferida. Cabos mais longos
ou barramentos so representados por sua impedncia caracterstica. A forma da sobretenso secundria
resultante tem normalmente a caracterstica de um pico curto (microssegundo), correspondendo a frente do surto
de entrada.
A transferncia indutiva de surto de tenso depende do fluxo da corrente de surto no enrolamento de alta tenso.
Se nenhuma carga externa for aplicada ao enrolamento secundrio, a tenso transitria usualmente tem uma
oscilao amortecida e sobreposta, com uma frequncia determinada pela indutncia de disperso
e capacitncias do enrolamento.
A reduo da componente da sobretenso transferida indutivamente pode ser obtida pelo amortecimento resistivo
atravs de um pra-raios ou pela modificao da oscilao com uma carga capacitiva. Se forem usados
capacitores, o valor da capacitncia geralmente tem de ser da ordem de dezenas de microfarads. (Ele ir por isso,
automaticamente, eliminar a componente transferida capacitivarnente tanto quanto menor for a indutncia
do circuito).
Os parmetros do transformador que est envolvido na transferncia indutiva so melhores definidos e menos
dependentes da taxa de crescimento (ou frequncia) do que aqueles envolvidos na transferncia capacitiva.
Para mais informaes, ver a literatura a respeito deste assunto.
O risco obvio para enrolamentos monofsicos, mas tambm pode existir para enrolamentos trifsicos
se a tenso do enrolamento primrio tornar-se assimtrica, como ocorre durante faltas para a terra.
Nestas circunstncias particulares, podem aparecer condies de ressonncia.
Anexo C
(informativo)
- tenses suportveis nominais que constituem o nvel de isolamento para os terminais de linha
(ver Tabelas I,2, 3 e 4);
- se o enrolamento deve ter isolamento uniforme ou progressivo (no uniforme). No caso de isolamento
progressivo (no uniforme), deve ser informada a tenso suportvel a frequncia industrial para o terminal
de neutro;
- se uma tenso suportvel a impulso for especificada para o neutro, deve ser informado seu valor apropriado;
Para transformadores cujo enrolamento de alta tenso tem 170 kV < Um< 300 kV:
- se o ensaio de tenso induzida de curta durao for especificado, o procedimento para a execuo do ensaio
para isolamentos uniformes, de acordo com o 12.2, e isolamentos progressivos, de acordo com 12.3,
devem ser especificados.
Anexo D
(normativo)
Tabela D.1 - Tenso para ensaio de curta durao (CACD) em transformadores com isolamento uniforme
e Um> 72,5 kV de acordo com as Tabelas 2 e 4 e 12.2.2
Tenso mxima do Tenso induzida de Tenso de ensaio UI, Nvel de verificao Nvel de verificao
equipamento Um curta durao ou fase-fase de descargas de descargas
tenso suportvel a parciais, fase-terra, parciais, fase-fase,
kV (eficaz) kV (eficaz)
frequncia industrial, Uz = 1,3 um/ U2 = 1,3 Um
de acordo com as
kV (eficaz) kV (eficaz)
Tabelas 2 , 3 ou 4
kV (eficaz)
Para Um= 550 kV e parte de Um= 420 kV, o nvel de medio de descargas parciais deve ser reduzido para
UZ= 1,3 e UZ= 1,3 Um,respectivamente.
Tabela D.2 - Tenso para ensaio de curta durao (CACD) em transformadores com isolamento
progressivo e Um> 72,5 kV de acordo com as Tabelas 2 e 4 e 12.3
Tenso mxima do Tenso induzida de Tenso de ensaio Ug, Nvel de verificao Nvel de verificao
equipamento Um curta durao ou fase-terra, igual a de descargas de descargas
tenso suportvel a fase-fase parciais, fase-terra, parciais, fase-fase ,
kV (eficaz)
frequncia industrial, Uz = 1,s u,,,I,~ U2 = 1,3 Um
kV (eficaz)
de acordo com as kV (eficaz)
Tabelas 2 , 3 ou 4 kV (eficaz)
kV (eficaz)
- --
NOTA Para Um = 550 kV e parte de Um= 420 kV, o nvel de medio de descargas parciais deve ser reduzido para
U2 = 1,2 u ~ I eJU2~= 1,2 Um,respectivamente.