Creatina O Guia Definitivo
Creatina O Guia Definitivo
Creatina O Guia Definitivo
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
1 Edio
2016
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
SUMRIO
SOBRE O AUTOR ............................................................................................................. 3
INTRODUO .................................................................................................................. 5
MECANISMOS DA CREATINA ........................................................................................ 10
EFEITOS ERGOGNICOS DA CREATINA ........................................................................... 14
SEGURAA E EFEITOS COLATERAIS DA CREATINA........................................................... 17
DOSAGEM ADEQUADA DE CREATINA E MOMENTO PARA CONSUMO .............................. 22
POSICIONAMENTO DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE NUTRIO ESPORTIVA .............. 26
CONCLUSO E RECOMENDAO ................................................................................... 28
REFERNCIAS ................................................................................................................31
2
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
SOBRE O AUTOR
Renato Marques Bianchini
Graduou-se em Educao Fsica
pela Universidade Federal de Juiz
de Fora e estudou Cincia do
Exerccio
na
Universidade
de
treinamento
para
promoo
de
sade,
3
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
INTRODUO
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
INTRODUO
de
dvidas.
Alm
disso,
existem
estudos
5
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
ESTUDO EM FOCO
SUPLEMENTOS E CNCER?
O estudo de Li e colaboradores (2015) citado foi uma
pesquisa epidemiolgica que teve como concluso uma
associao do uso de suplementos alimentares com o risco
de cncer em homens. Entretanto, existem diversas
limitaes com esta pesquisa:
No houve uma definio precisa de suplementos
alimentares (dando possibilidades de alguns
participantes considerarem certas substncias
imprprias como suplementos).
No houve controle da qualidade dos suplementos
consumidos, portanto a adulterao da frmula de
suplementos comercializados (e a possvel adio de
agentes cancergenos) pode ser um fator que
contribuiu para o resultado.
Estudos epidemiolgicos tambm podem estar
associados a questes comportamentais, por
exemplo, pessoas que consumem suplementos em
excesso tendem a consumir substncias imprprias e
cancergenas que possam auxiliar no ganho de massa
muscular, o que no final no atribuiria a culpa aos
suplementos alimentares.
6
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
Entre os diferentes tipos de suplemento, um que chama
muita ateno a creatina. Isso se faz por conta de seus
efeitos promissores relacionados a performance. No incio da
dcada de 90, a popularizao da creatina aumentou entre os
atletas e as pessoas fisicamente ativas que focavam a
melhoria da performance. Naquele tempo, a mdia com o
auxlio de pessoas leigas condenaram o seu uso, e em alguns
casos ainda a associaram equivocadamente a um tipo de
esteride anablico.
Diversos estudos cientficos a respeito dessa amina
nitrogenada foram publicados desde 1990, o que faz com que
a creatina seja considerada um dos suplementos mais
estudados da literatura cientfica (Buford et al, 2007). Os
artigos publicados fornecem dados suficientes para atestar a
eficcia e efeitos ergognicos reais na performance de atletas
que a utilizam. Diante da grande notoriedade e informaes
acerca desse composto seja ele em p, capsulas ou
manipulado o objetivo deste livro analisar os mecanismos
fisiolgicos da creatina no corpo, seus efeitos ergognicos,
7
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
segurana e eficcia quanto ao uso, dosagem adequada, tipos
de exerccios fsicos contemplados pelo uso e o momento
adequado para sua ingesto.
8
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
MECANISMOS DA CREATINA
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
MECANISMOS DA CREATINA
10
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
A produo endgena de creatina por nosso corpo da
ordem de 2 gramas por dia, contudo a suplementao com
creatina uma das poucas estratgias nutricionais que
comprovadamente so capazes de otimizar a performance
atltica. Com um grande estoque de creatina no msculo, o
atleta pode manter uma alta intensidade de exerccio por um
perodo um pouco mais longo. A concentrao de creatina no
msculo cerca de 120mmol/kg e a saturao de creatina por
via oral pode subir at 20% desses estoques, atingindo sua
capacidade mxima (Powers, 2008). Essa concentrao ento
pode ser mantida atravs do consumo suplementar de 35g/dia de creatina monoidratada.
FIQUE LIGADO
O mecanismo de aumento de
performance da creatina INDIRETO. Por
exemplo, um levantador de peso pode ser
beneficiado pelo consumo de creatina porque
ser capaz de manter uma intensidade maior e
mais duradoura de treino e consequentemente
aumentar seus ganhos de fora muscular.
11
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
A creatina est associada a ativao de inmeras
cascatas metablicas, o que fez cientistas mdicos tentarem
achar aplicaes para seu uso em diversas populaes e
situaes sejam elas teraputicas ou atlticas. Outro exemplo
bem reconhecido, so os efeitos nos ganhos de massa
muscular, que esto mais associados a reteno hdrica do
que sntese proteica e tambm na efetividade da recuperao
muscular ps-exerccio fsico atravs da melhora da
sinalizao das reaes bioqumicas envolvidas na ressntese
de glicognio muscular (Powers, 2008).
12
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
14
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
envolvam trabalhos de potncia anaerbica e sprints (tiros),
como a corrida de 100m e o nado de 50m, j que a
performance muscular durante o exerccio resistido de alta
intensidade aumentado com o consumo dos sistemas
energticos compostos predominantemente por creatina
(Volek et al. 1997).
POTNCIA MUSCULAR
CAPACIDADE DE SPRINT
MASSA MUSCULAR
SPRINTS REPETITIVOS
5% a 15%
1% a 5%
2 X MAIOR
10% a 15%
15
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
xistem
estudos
em
modelo
animal
que
17
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
mostra capaz de provocar efeitos lesivos a sade (Solis et al.,
2015). Adicionalmente, em estudos de longo prazo tambm
no foram vistos efeitos colaterais. Um deles, feito com
jogadores de basquete da Liga Espanhola, mostrou que aps
3 temporadas de uso consecutivo de suplementao de
creatina, os atletas no demonstraram nenhum distrbio nos
marcadores sanguneos e nem prejuzos de sade, tampouco
responsivos (Schrder, Terrados, & Tramullas, 2005).
Investigando o uso de creatina em atletas colegiais e a
percepo
de
efeito
colaterais,
alguns
resultados
18
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
ESTUDO EM FOCO
CREATINA E FUNO RENAL
Sem dvida, esta a questo mais discutida quando o
assunto creatina.
Um estudo de reviso de Kim e
colaboradores (2011) procurou investigar afundo sobre este e
outros possveis efeitos deletrio que a suplementao de
creatina pode causar.
A literatura cientfica neste assunto extremamente vasta,
o que possibilita anlises bem precisas. A concluso foi que O
CONSUMO DE CREATINA NO EST ASSOCIADO A DANOS NA
FUNO RENAL, mesmo quando consumida cronicamente (5
anos ou mais). Os nicos estudos que indicam (no comprovaram
devido a diversas limitaes) possveis efeitos deletrios aos rins
com o consumo de creatina, so em modelo animal ou estudos
de caso, o que gera muito vis do ponto de vista cientfico.
Apesar disso, muito importante seguir uma conduta
cautelosa, e avaliar uma condio renal falha preexistente ou
potencias para um futuro desenvolvimento, pois este so os
cenrios onde NO SE DEVE FAZER o uso deste suplemento.
esportiva,
ao
periodicamente
qual
incentiva
acompanhados
que
por
atletas
sejam
nutricionistas
19
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
muitos dos efeitos colaterais so gerados pela extrapolao
da dosagem recomendada (LaBotz & Smith, 1999).
20
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
22
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
serem comprovadamente maiores com o consumo da
creatina sozinha. Paralelamente, importante ressaltar que
o grau de reteno hdrica muscular na qual o consumo de
creatina proporciona, est intimamente associada a
quantidade de carboidratos ingerida, o que pode ser
prejudicial para modalidades que dependem do controle do
peso corporal, como lutas e fisiculturismo.
SATURAO
CONSUMO DIRIO
PS TREINO
5 DIAS 0,3g/KG/DIA
3g a 5g/DIA
(opcional)
23
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
(Cribb & Hayes, 2006). Quando comparando pr e ps treino,
o consumo no ps treino parece superar os resultados,
apesar de no haver um consenso ou evidncia slida para tal
afirmao (Antonio & Ciccone, 2013)
24
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
POSICIONAMENTO DA SOCIEDADE
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
POSICIONAMENTO DA SOCIEDADE
INTERNACIONAL DE NUTRIO ESPORTIVA
26
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CONCLUSO E RECOMENDAO
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
CONCLUSO E RECOMENDAO
tambm
para
exerccios
fsicos
esportes
28
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
contnuos do exerccio fsico sejam de intensidades altas e de
durao menor que 3 minutos. O efeito ergognico
comprovadamente
se
faz,
independentemente
das
29
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
REFERNCIAS
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
REFERNCIAS
Antonio, J., & Ciccone, V. (2013). The effects of pre versus post
workout supplementation of creatine monohydrate on body composition
and strength. J Int Soc Sports Nutr, 10(1), 36.
Bailey, R. L., Gahche, J. J., Miller, P. E., Thomas, P. R., & Dwyer, J. T.
(2013). Why US adults use dietary supplements. JAMA internal
medicine,173(5), 355-361.
Buford, T. W., Kreider, R. B., Stout, J. R., Greenwood, M., Campbell,
B., Spano, M. & Antonio, J. (2007). Journal of the International Society of
Sports Nutrition. Journal of the International Society of Sports Nutrition,
4(6), 6.
Cribb, P. J., & Hayes, A. (2006). Effects of supplement-timing and
resistance exercise on skeletal muscle hypertrophy. Medicine & Science in
Sports & Exercise, 38(11), 1918-1925.
Edmunds, J. W., Jayapalan, S., DiMarco, N. M., Saboorian, H., &
Aukema, H. M. (2001). Creatine supplementation increases renal disease
progression in Han: SPRD-cy rats. American Journal of Kidney Diseases,
37(1), 73-78.
Gahche, J., Bailey, R., Burt, V., Hughes, J., Yetley, E., Dwyer, J., ... &
Sempos, C. (2011). Dietary supplement use among US adults has increased
since NHANES III (1988-1994). NCHS data brief, (61), 1-8.
31
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
Huang, S. H. S., Johnson, K., & Pipe, A. L. (2006). The use of dietary
supplements and medications by Canadian athletes at the Atlanta and
Sydney Olympic Games. Clinical Journal of Sport Medicine, 16(1), 27-33.
Juhn, M., O'kane, J. W., & Vinci, D. M. (1999). Oral Creatine
Supplementation in Mate Collegiate Athletes: A Survey of Dosing Habits and
Side Effects. Journal of the American Dietetic Association, 99(5), 593-595.
Kreider, R. B. (2003). Effects of creatine supplementation on
performance and training adaptations. Molecular and cellular biochemistry,
244(1-2), 89-94.
Kim, H. J., Kim, C. K., Carpentier, A., & Poortmans, J. R. (2011). Studies
on the safety of creatine supplementation. Amino acids, 40(5), 1409-1418.
LaBotz, M., & Smith, B. W. (1999). Creatine supplement use in an
NCAA Division I athletic program. Clinical Journal of Sport Medicine, 9(3),
167-169.
Lanhers, C., Pereira, B., Naughton, G., Trousselard, M., Lesage, F.
X., Dutheil, F. Creatine Supplementation and Upper Limb Strength
Performance: A Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Med. 2016
Jun 21.
Li, N., Hauser, R., Holford, T., Zhu, Y., Zhang, Y., Bassig, B. A., & Zheng,
T. (2015). Muscle-building supplement use and increased risk of testicular
germ cell cancer in men from Connecticut and Massachusetts. British
journal of cancer, 112(7), 1247-1250.
32
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
Nissen, S. L., & Sharp, R. L. (2003). Effect of dietary supplements on
lean mass and strength gains with resistance exercise: a meta-analysis.
Journal of Applied Physiology, 94(2), 651-659.
Powers, S. (2008). Exercise Physiology: Theory And Application To
Fitness And Performance Author: Scott Powers, Edward Howley, Publisher:
McG.
Schrder, H., Terrados, N., & Tramullas, A. (2005). Risk assessment of
the potential side effects of longterm creatine supplementation in team
sport athletes. European journal of nutrition, 44(4), 255-261.
Solis, M. Y., Hayashi, A. P., Artioli, G. G., Roschel, H., Sapienza, M. T.,
Otaduy, M. C. G., & Gualano, B. (2015). Efficacy and safety of creatine
supplementation in juvenile dermatomyositis: A randomized doubleblind
placebocontrolled crossover trial. Muscle & Nerve.
Taes, Y. E., Delanghe, J. R., Wuyts, B., Van de Voorde, J., & Lameire,
N. H. (2003). Creatine supplementation does not affect kidney function in
an animal model with preexisting renal failure. Nephrology Dialysis
Transplantation, 18(2), 258-264.
Volek, J. S., Kraemer, W. J., Bush, J. A., Boetes, M., Incledon, T., Clark,
K. L., & Lynch, J. M. (1997). Creatine supplementation enhances muscular
performance during high-intensity resistance exercise. Journal of the
American Dietetic Association, 97(7), 765-770.
33
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
Howard Fast
34
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
CREATINA
O GUIA DEFINITIVO
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
/CitiusConsultoriaEsportiva
/citius_consultoria_esportiva
35
WWW.CITIUSCONSULTORIA.COM
EQUIPE CITIUS
Renato Bianchini
Santiago Paes
Vitor Mendona