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Quara-feira, 4 de Dezembro de 2013

I SRIE Nmero 97

BOLETIM DA REPBLICA
PUBLICAO OFICIAL DA REPBLICA DE MOAMBIQUE
IMPRENSA NACIONAL DE MOAMBIQUE, E.P.
AVISO

A matria a publicar no Boletim da Repblica deve


ser remetida em cpia devidamente autenticada, uma
por cada assunto, donde conste, alm das indicaes
necessrias para esse efeito, o averbamento seguinte,
assinado e autenticado: Para publicao no Boletim
da Repblica.

SUMRIO
Conselho de Ministros:
Decreto n. 62/2013:

Regulamento que Estabelece o Regime


Jurdico de Acidentes de Trabalho
e Doenas Prossionais
CAPTULO I
Disposies gerais

ARTIGO 1
Objecto

1. O presente Regulamento estabelece o regime jurdico


de acidentes de trabalho e doenas prossionais.
2. s doenas profissionais aplicam-se, com as devidas
adaptaes, as normas relativas aos acidentes de trabalho.
ARTIGO 2

Aprova o Regulamento que estabelece o Regime Jurdico


de Acidentes de Trabalho e Doenas Prossionais e revoga
o Diploma Legislativo n. 1706, de 19 de Outubro de 1957.

Ministrio da Funo Pblica:


Diploma ministerial n. 205/2013:

Aprova o Quadro de Pessoal do Instituto Nacional de Estatstica.

mbito de aplicao

1. Este Regulamento aplica-se aos trabalhadores, nacionais


e estrangeiros, por conta de outrem, bem como aos administradores,
directores, gerentes ou equiparados.
2. O presente Regulamento no se aplica aos funcionrios
e agentes do Estado e das Autarquias Locais.
ARTIGO 3

CONSELHO DE MINISTROS
Decreto n. 62/2013
de 4 de Dezembro

Havendo necessidade de actualizar o Regime Jurdico


de Acidentes de Trabalho e Doenas Profissionais,
ao abrigo do disposto na alnea f) do n. 1 do artigo 204
da Constituio da Repblica e do artigo 269 conjugado com o n. 5
do artigo 233, ambos da Lei n. 23/2007, de 1 de Agosto,
o Conselho de Ministros decreta:
Artigo 1. aprovado o Regulamento que estabelece o Regime
Jurdico de Acidentes de Trabalho e Doenas Prossionais,
em anexo, que parte integrante do presente Decreto.
Art. 2. revogado o Diploma Legislativo n. 1706, de 19
de Outubro de 1957 e toda a legislao que contrarie o presente
Decreto.
Art. 3. O presente Decreto entra em vigor 90 dias aps a sua
publicao.
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 18 de Junho
de 2013.
Publique-se.
O Primeiro-Ministro, Alberto Clementino Antnio Vaquina.

Denies

As denies constam do glossrio em anexo, que parte


integrante do presente Regulamento.
ARTIGO 4
Trabalhadores por conta de outrem

Para efeitos do presente Regulamento, trabalhadores por


conta de outrem, so todos aqueles que se encontram vinculados
a um empregador por contrato individual e colectivo de trabalho,
ou equiparados e os praticantes, aprendizes, estagirios assim
como os que, considerando-se na dependncia econmica
e jurdica da pessoa servida, lhe prestem em conjunto
ou individualmente, determinado servio.
ARTIGO 5
Preveno de acidentes de trabalho e doenas prossionais

O empregador deve adoptar as medidas prescritas nas leis


e regulamentos relativos preveno dos acidentes de trabalho
e doenas prossionais, devendo, entre outras medidas, formar
os trabalhadores sobre as normas de preveno de riscos
prossionais.

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ARTIGO 6

CAPTULO II

Proibio de descontos na remunerao

Acidentes de trabalho e doenas prossionais

vedado ao empregador o desconto de qualquer quantia


sobre a remunerao dos trabalhadores ao seu servio a ttulo
de compensao pelos encargos resultantes da aplicao deste
regulamento, sendo nulos os acordos celebrados com esse
objectivo.

SECO I

ARTIGO 7
Sistema e unidade de seguro

1. Os empregadores so obrigados a transferir a responsabilidade


para a cobertura dos respectivos acidentes de trabalho e doenas
prossionais para entidades seguradoras legalmente autorizadas
na Repblica de Moambique.
2. As entidades empregadoras podem celebrar seguros
complementares mais favorveis.
3. Na data da admisso ao trabalho, o empregador deve possuir
um seguro colectivo que abrange o trabalhador, para cobertura dos
respectivos acidentes de trabalho e doenas prossionais.
4. Vericando-se alguma das situaes referidas no artigo 57
deste regulamento, a responsabilidade nele prevista recai sobre
o empregador, sendo a entidade seguradora apenas subsidiariamente
responsvel pelas prestaes normais.
5. Quando a remunerao declarada para efeito do prmio
de seguro for inferior real, a entidade seguradora s
responsvel em relao quela remunerao, sendo que
o empregador responde, neste caso, pela diferena e pelas
despesas efectuadas com a assistncia mdica, medicamentosa
e transporte, na respectiva proporo.
6. A declarao de remuneraes inferiores ao real para
efeitos de pagamento de aplice constitui violao do presente
Regulamento e passvel de sanes.
7. Para cumprimento integral dos nmeros anteriores deste
artigo, a entidade a quem cabe a superviso de seguros em
Moambique adopta providncias de modo a evitar fraudes,
omisses ou insucincias nas declaraes quanto ao pessoal
e remunerao.
ARTIGO 8
Aplice uniforme

1. A aplice uniforme do seguro de acidentes de trabalho


e doenas profissionais adequada s diferentes profisses
e actividades, de harmonia com os princpios estabelecidos
neste regulamento, aprovada pela entidade a quem cabe
a superviso de seguros em Moambique, ouvidas as associaes
representativas das empresas de seguros.
2. A aplice uniforme deve obedecer ao princpio da graduao
dos prmios de seguro em funo do grau de risco de acidente
e doena prossional, considerando a natureza da actividade
e as condies de preveno nos locais de trabalho.
3. prevista na aplice uniforme a reviso do valor do prmio,
por iniciativa da seguradora ou a pedido do empregador, com base
na modicao efectiva das condies de preveno de acidentes
nos locais de trabalho e de doenas prossionais.
4. So nulas as clusulas que contrariem os direitos ou garantias
estabelecidos na aplice uniforme prevista neste artigo.

Acidentes de trabalho

ARTIGO 9
Conceito de acidente de trabalho

1. Acidente de trabalho o sinistro que se verica, no local


e durante o tempo do trabalho, desde que produza, directa ou
indirectamente, no trabalhador por conta de outrem leso corporal,
perturbao funcional ou doena de que resulte a morte ou reduo
na capacidade de trabalho ou de ganho.
2. Considera-se ainda acidente de trabalho o que ocorra:
a) Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado
meio de transporte fornecido pelo empregador ou
quando o acidente seja consequncia de particular
perigo do percurso normal ou de outras circunstncias
que tenham agravado o risco do mesmo percurso;
b) Antes ou depois da prestao do trabalho, desde que
directamente relacionado com a preparao ou termo
dessa prestao;
c) Por ocasio da prestao do trabalho fora do local e
tempo do trabalho normal, se vericar enquanto o
trabalhador executa ordens ou realiza servios sob
direco e autoridade do empregador;
d) Na execuo de servios, ainda que no prossionais, fora
do local e tempo de trabalho, prestados espontaneamente
pelo trabalhador ao empregador de que possa resultar
proveito econmico para este;
e) No local onde ao trabalhador deve ser prestado qualquer
forma de assistncia ou tratamento por virtude de
anterior acidente e enquanto a permanecer para esses
ns.
ARTIGO 10
Prova de origem da leso

1. A leso contrada nas circunstncias referidas no artigo


anterior presume-se at prova em contrrio, consequncia
de acidente de trabalho.
2. Se a leso resultante do acidente de trabalho no tiver
manifestao imediata, compete ao sinistrado ou aos seus
benecirios legais provar que foi consequncia dele.
3. Para o efeito do estabelecido no nmero anterior
o trabalhador deve ser referido Junta Nacional de Sade pela
Inspeco-Geral do Trabalho.
ARTIGO 11
Descaracterizao de acidente de trabalho

1. O empregador no est obrigado a indemnizar o acidente


que:
a) For intencionalmente provocado pelo prprio
sinistrado;
b) Resultar de negligncia indesculpvel do sinistrado,
por acto ou omisso de ordens expressas, recebidas
de pessoas a quem estiver profissionalmente
subordinado;
c) Resultar dos actos da vtima que diminuam as condies
de segurana estabelecidas pelo empregador ou
exigidas pela natureza particular do trabalho;
d) For consequncia de ofensas corporais voluntrias,
excepto se estas tiverem relao imediata com outro
acidente ou a vtima as tiver sofrido devido natureza
das funes que desempenhe;

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e) Advier da privao do uso da razo do sinistrado,
permanente ou ocasional, excepto se a privao derivar
da prpria prestao do trabalho, ou se o empregador,
conhecendo o estado do sinistrado consentir
na prestao;
f) Provier de caso de fora maior, salvo se constituir risco
normal da prosso ou se produzir durante a execuo
de servio expressamente ordenado pelo empregador,
em condies de perigo manifesto.
2. A vericao das circunstncias previstas no presente
artigo no dispensa aos empregadores a obrigao da prestao
dos primeiros socorros aos trabalhadores sinistrados e do seu
transporte para uma unidade sanitria.
ARTIGO 12
Predisposio patolgica e incapacidade

1. A predisposio patolgica da vtima do acidente no exclui


o direito reparao integral, salvo quando esta tiver sido ocultada
no momento da sua admisso.
2. Quando a leso ou doena for agravada por leso ou doena
anterior, ou quando esta for agravada por acidente, a incapacidade
avaliar-se- como se tudo dele resultasse, a no ser que pela leso
ou doena anterior o sinistrado j esteja a receber penso ou tenha
recebido um capital nos termos do artigo 52 deste regulamento.
3. No caso de o sinistrado estar afectado por incapacidade
permanente anterior ao acidente, a reparao ser apenas
a correspondente diferena entre a incapacidade anterior e a que
for calculada como se tudo fosse imputado ao acidente.
4. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, quando
do acidente resulte a inutilizao ou danicao dos aparelhos
de prtese de que o sinistrado j era portador, o mesmo ter direito
sua reparao ou substituio.
5. O sinistrado tem igualmente direito reparao da leso
ou doena que se manifeste durante o tratamento da leso
ou doena resultante de um acidente de trabalho e que seja
consequncia de erros mdicos.
ARTIGO 13
Incapacidade para o trabalho

1. Os acidentes de trabalho podem determinar incapacidade


temporria ou permanente para o trabalho.
2. A incapacidade temporria ou permanente pode ser parcial
ou absoluta.
ARTIGO 14
Entidade responsvel pelas penses e indemnizaes

As entidades responsveis pelas penses, indemnizaes


e demais encargos provenientes de acidentes de trabalho so:
a) As pessoas singulares e as colectivas de direito privado
ou direito pblico, no abrangidas por legislao
especial, e que beneciam do trabalho do sinistrado;
b) A entidade contratada ou subcontratada, quando se obriga
respectivamente para com a entidade contratante ou com
a contratada a prestar servios e no esteja sob
a direco efectiva destas.
ARTIGO 15
Direito a assistncia

Todos os trabalhadores por conta de outrem tm direito


assistncia mdica e medicamentosa imediata em caso
de acidente de trabalho ou doena prossional.

ARTIGO 16
Direito reparao

1. Todo o trabalhador por conta de outrem tem direito


reparao, em caso de acidente de trabalho e doena prossional,
salvo quando resulte de embriagues, de estado de drogado
ou de intoxicao voluntria da vtima.
2. O direito reparao por virtude de acidente de trabalho ou
doena prossional, pressupe um esforo do empregador para
ocupar o trabalhador sinistrado num posto de trabalho compatvel
com a sua capacidade residual.
3. Na impossibilidade de enquadrar o trabalhador nos termos
descritos no nmero anterior, o empregador pode rescindir
o contrato, devendo neste caso indemnizar o trabalhador segundo
o regime da resciso com justa causa por parte do trabalhador,
nos termos estabelecidos na Lei do Trabalho.
ARTIGO 17
Despedimento durante a incapacidade temporria

O despedimento sem justa causa do trabalhador temporariamente


incapacitado em resultado de acidente de trabalho confere quele,
sem prejuzo de outros direitos consagrados na lei, caso opte pela
no reintegrao, o direito a uma indemnizao igual prevista
no n. 3 do artigo anterior.
ARTIGO 18
Acidente originado por outro trabalhador ou terceiros

1. Quando o acidente for causado por outro trabalhador


ou terceiro, o direito reparao no prejudica o direito de aco
contra aquele, nos termos da lei geral.
2. Se o sinistrado receber de outro trabalhador ou de terceiros,
indemnizao superior devida pela entidade responsvel, esta
considera-se desonerada da respectiva obrigao e tem direito
a ser reembolsada pelo sinistrado das quantias que tiver pago
ou despendido.
3. Se a indemnizao arbitrada ao trabalhador ou terceiro a favor
do sinistrado for inferior ao valor total dos benefcios conferidos
em consequncia do acidente ou da doena, a desonerao
da responsabilidade ser limitada quele valor, devendo a entidade
responsvel assumir o valor respeitante diferena.
4. A entidade responsvel que houver pago a indemnizao
pelo acidente tem o direito de regresso contra os indivduos
referidos no nmero 1 deste artigo, se o sinistrado no lhes houver
exigido judicialmente a indemnizao no prazo de um ano a contar
da data do acidente.
5. O empregador e a seguradora so titulares do direito
de intervir como parte principal no processo em que o sinistrado
exigir aos responsveis pelo acidente, a indemnizao a que se
refere este artigo.
6. Em qualquer dos casos no permitido receber duas
indemnizaes pelo mesmo acidente.
ARTIGO 19
Tipo de prestaes

1. As prestaes para reparao por acidentes de trabalho


e doenas prossionais, podem ser em espcie e em dinheiro.
2. As prestaes em espcie so de natureza mdica, cirrgica,
farmacutica, hospitalar ou quaisquer outras, seja qual for a sua
forma, desde que necessrias e adequadas ao restabelecimento
do estado de sade e da capacidade de trabalho ou de ganho
do sinistrado e sua recuperao para a vida activa.
3. As prestaes em dinheiro so as que se destinam:
a) A indemnizao por incapacidade temporria absoluta
ou parcial para o trabalho;

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b) A indemnizao em capital ou penso vitalcia
correspondente reduo na capacidade de trabalho
ou de ganho, em caso de incapacidade permanente
absoluta ou parcial;
c) A penso de sobrevivncia para os familiares
do sinistrado;
d) Ao subsdio de funeral;
e) Ao subsdio por morte;
f) Ao suplemento de indemnizao.
SECO II
Doenas prossionais

ARTIGO 20
Conceito de doena prossional

1. Para efeitos do presente regulamento, considera-se


doena prossional toda a situao clnica que surge localizada
ou generalizada no organismo, de natureza qumica, biolgica,
fsica e psquica que resulte de actividade profissional
e directamente relacionada com ela.
2. So consideradas doenas profissionais, entre outras
constantes da Lista Nacional de Doenas Profissionais,
nomeadamente, as resultantes de:
a) Intoxicao por chumbo, suas ligas ou compostos, com
consequncias directas dessa intoxicao;
b) Intoxicao por mercrio, suas amlgamas ou compostos,
com as consequncias directas dessa intoxicao;
c) Intoxicao pela aco de pesticidas, herbicidas, corantes
e dissolventes nocivos;
d) Intoxicao pela aco das poeiras, gases e vapores
industriais sendo como tais considerados, os gases
de combusto interna das mquinas frigorcas;
e) Exposio de fibras ou poeiras de amianto no ar
ou poeiras de produtos contendo amianto;
f) Intoxicao pela aco dos raios X ou substncias
radioactivas;
g) Infeces carbunculosas;
h) Dermatoses prossionais.
3. Se a doena de que padece o trabalhador no constar
da Lista Nacional das Doenas Prossionais, mas havendo uma
relao entre ela e o ambiente laboral, o mdico assistente deve
comprovar a existncia dessa relao, constituindo-se assim
o trabalhador no direito reparao, nos termos denidos neste
Regulamento.
4. As indstrias ou prosses com maior propenso de provocar
doenas prossionais constam de regulamentao especca.
ARTIGO 21
Actualizao da lista de doenas prossionais

A lista de doenas prossionais referida no n. 2 do artigo


anterior ser revista e actualizada, sempre que se mostrar
necessrio, por diploma do Ministro que superintende a rea
da Sade.
ARTIGO 22
Comisso Tcnica Conjunta

Para os efeitos estabelecidos no artigo anterior, os Ministros


que superintendem as reas do Trabalho e da Sade criaro
por Diploma Ministerial conjunto, uma comisso composta por
tcnicos dos dois Ministrios para proceder estudos e anlise
das matrias relativas a higiene, segurana e sade no trabalho,
acidentes de trabalho e doenas prossionais.

ARTIGO 23
Prova das doenas prossionais

1. Para o trabalhador beneficiar das disposies deste


regulamento relativamente s doenas profissionais, ter
de provar:
a) Que portador de uma das doenas constantes da Lista
Nacional de Doenas Prossionais, devendo apresentar
um mapa passado pela Junta Nacional de Sade,
elaborado em triplicado destinando-se um empresa,
outro ao trabalhador e ao arquivo na Junta Provincial
de Sade;
b) Que trabalha habitualmente em alguma das actividades
susceptveis de provocar doenas prossionais ou que
esteve sujeito ao risco dessa doena por virtude da sua
actividade prossional.
2. A prova destes factos constitui presuno de que a doena
de que padece o trabalhador est relacionada com o trabalho
prestado.
ARTIGO 24
Interveno da Inspeco Geral do Trabalho e do Ministrio
Pblico

1. Para efeitos de obteno da prova referida no n. 1 do artigo


anterior, o trabalhador deve solicitar ao seu empregador a emisso
de guia para se apresentar Junta Provincial de Sade para efeitos
de exames mdicos.
2. Em caso de o empregador se recusar a fornecer ao trabalhador
a guia referida no nmero anterior, este pode recorrer Inspeco
do Trabalho local que noticar a empresa para, no prazo de trs
dias, se apresentar munida do processo individual do trabalhador
e da guia devidamente preenchida.
3. Expirado o prazo referido no nmero anterior sem que
o empregador se tenha apresentado, a Inspeco Geral
do Trabalho, ociosamente, fornece ao trabalhador a guia para
se apresentar Junta Provincial de Sade e autua imediatamente
o faltoso, nos termos estabelecidos na Lei do Trabalho.
4. Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores,
o Ministrio Pblico pode, em face de uma participao, referir
o trabalhador Junta Provincial de Sade para efeitos de exames
mdicos.
5. As despesas feitas pelo trabalhador com as deslocaes
referidas nos nmeros anteriores correm a conta do empregador,
quer directamente, quer a ttulo de direito de regresso.
ARTIGO 25
Doena prossional manifestada aps a cessao do contrato
de trabalho

1. Se a doena prossional manifestar-se depois da cessao


do contrato de trabalho, o trabalhador conserva o direito
de assistncia e indemnizao.
2. Cabe ao trabalhador o nus de prova do nexo de causalidade
entre o trabalho prestado e a doena de que padece.
3. Se a doena profissional contrada numa empresa for
agravada noutra com mesmo ramo de actividade haver partilha
proporcional de responsabilidades.
4. Para o efeito do estabelecido no nmero anterior
o trabalhador deve ser referido Junta Nacional de Sade pela
Inspeco-Geral do Trabalho.
5. Na circunstncia em que a doena prossional detectada
aps a falncia ou encerramento da empresa, e no havendo
seguro constitudo ou este seja insuciente, a responsabilidade
pelo sinistrado ser, excepcionalmente, assumida pelo Instituto
Nacional de Segurana Social, desde que o mesmo preencha os
requisitos para se beneciar da prestao nos termos da respectiva
legislao.

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ARTIGO 26

em incapacidade permanente absoluta ou parcial e, imediatamente


logo que tiverem conhecimento, aqueles que tenham resultado
em morte.
ARTIGO 30

Participao do acidente de trabalho e doena prossional

Faculdade de participao

1. A ocorrncia de qualquer acidente de trabalho ou diagnstico


de uma doena prossional, bem como as suas consequncias,
deve ser participada ao empregador ou seu representante legal,
verbalmente ou por escrito, nas quarenta e oito horas seguintes,
pelo trabalhador sinistrado ou interposta pessoa, salvo se estes
o presenciaram ou dele vieram a ter conhecimento no mesmo
perodo.
2. Se o estado do sinistrado ou outra circunstncia impeditiva
no permitir o cumprimento do disposto no nmero anterior,
o prazo contar-se- a partir da data da cessao do impedimento.
3. Se a leso se revelar ou for reconhecida em data posterior
do acidente, o prazo contar-se- a partir da data da revelao
ou do reconhecimento.
4. Quando o sinistrado no participar o acidente tempestivamente
e por tal motivo tiver sido impossvel ao empregador ou ao seu
represente legal prestar-lhe a assistncia necessria, a incapacidade
judicialmente reconhecida como consequncia daquela falta no
confere direito s prestaes previstas no presente regulamento,
na medida em que dela tenha resultado.

Nos prazos referidos nos artigos anteriores, a participao


do acidente de trabalho ou doena prossional ao Ministrio
Pblico junto do Tribunal do Trabalho, pode tambm ser feita:
a) Pelo sinistrado, directamente ou por interposta pessoa;
b) Pela autoridade que tenha tomado conhecimento
do acidente de trabalho, quando o sinistrado seja
incapaz;
c) Pelo director do estabelecimento hospitalar, aco social
ou prisional onde o sinistrado se encontrava, tendo
o acidente ocorrido ao servio de outra entidade.

CAPTULO III
Participao do acidente de trabalho e doena prossional

ARTIGO 27
Comunicao da entidade empregadora

1. O empregador deve comunicar os acidentes de trabalho


e doenas prossionais Inspeco Geral do Trabalho nos termos
estabelecidos na Lei do Trabalho e no Regulamento da Inspeco
Geral do Trabalho, bem como ao Ministrio que tutela o sector
em que se insere a empresa.
2. O empregador que tenha feito o seguro dos seus
trabalhadores deve participar, por escrito, entidade seguradora,
no prazo estabelecido pela respectiva aplice.
3. O empregador que no tenha transferido a sua responsabilidade
deve comunicar por escrito ao Ministrio Pblico junto
do Tribunal do Trabalho, a ocorrncia de acidente de trabalho
ou diagnstico de doena profissional, independentemente
das consequncias dele resultantes e de qualquer apreciao
das condies legais de reparao, no prazo de oito dias contados
a partir da data da participao a que se refere o artigo anterior
ou data do conhecimento do acidente, quando o sinistrado tenha
estado impossibilitado de fazer ou mandar fazer essa participao
no prazo legal.
ARTIGO 28
Trabalho a bordo de embarcaes

1. Se o sinistrado for inscrito martimo, a participao dever


ser feita pelo capito do barco ao capito do porto onde ocorreu
o acidente ou onde o barco primeiro atracar se aquele tiver
ocorrido no mar, contando-se o prazo desde a data do acidente
ou da chegada.
2. Na hiptese do nmero anterior o capito do porto far
imediata remessa da participao para o Ministrio Pblico junto
do Tribunal do Trabalho.
ARTIGO 29
Participao das empresas de seguros

As empresas de seguros devem participar ao Ministrio Pblico


junto do Tribunal do Trabalho, por escrito, no prazo de trs dias
a contar da alta, os acidentes de trabalho que tenham resultado

ARTIGO 31
Participao obrigatria em caso de morte

Todas as instituies sanitrias so obrigadas a participar


ao Ministrio Pblico junto do Tribunal do Trabalho e Inspeco
Geral do Trabalho, o falecimento de qualquer trabalhador
sinistrado e, da mesma forma, participar pessoa ao cuidado
de quem ele esteve.
ARTIGO 32
Formalidades de participao

A participao do acidente de trabalho ou doena prossional


ao Ministrio Pblico junto do Tribunal do Trabalho deve
obedecer aos procedimentos estabelecidos nas normas processuais
e no caso de morte, a participao deve ser acompanhada
de certido de bito.
CAPTULO IV
Socorros aos sinistrados e seu tratamento

ARTIGO 33
Socorro e assistncia do sinistrado

1. O empregador ou seu representante legal so obrigados


a prestar ao sinistrado assistncia mdica e medicamentosa,
assegurar-lhe o transporte e estadia em condies impostas pela
natureza da leso ou doena.
2. O internamento e os tratamentos devem ser feitos
em estabelecimentos hospitalares adequados ao restabelecimento
e reabilitao do sinistrado.
3. O fornecimento ou pagamento de transporte e a estadia
abrangem as deslocaes e permanncia necessrias observao
e tratamento e s exigidas para comparncia a actos judiciais.
4. O direito a transporte e estadia ser extensivo a pessoa que
acompanhar o sinistrado quando a natureza da leso ou doena
o exigirem.
ARTIGO 34
Local da assistncia mdica

1. A assistncia mdica e medicamentosa deve ser prestada


na unidade sanitria da localidade onde se realizavam
os trabalhos em que se deu o sinistro ou na unidade sanitria
do local de residncia do sinistrado, dependendo de onde se
oferea assistncia mais adequada.
2. A assistncia mdica e medicamentosa referida no nmero
anterior poder, no entanto, ser prestada em qualquer outro local
por falta de condies adequadas no local do sinistro ou mediante
acordo entre o sinistrado e a entidade responsvel.

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I SRIE NMERO 97
ARTIGO 35

ARTIGO 39

Observncia de prescries mdicas e cirrgicas

Substituio legal do mdico assistente

1. Os sinistrados devem submeter-se ao tratamento e observar


as prescries mdicas necessrias cura da leso ou recuperao
da capacidade para o trabalho, feitas pelo mdico designado.
2. No confere direito s prestaes estabelecidas neste
Regulamento a incapacidade judicialmente reconhecida como
consequncia de injusticada recusa ou falta de observncia
das prescries mdicas.
3. Considera-se sempre justicada a recusa de interveno
cirrgica quando, pela sua natureza ou pelo estado do sinistrado,
ponha em risco a vida deste, desde que devidamente fundamentado
pelo parecer do mdico assistente.

Durante o internamento hospitalar, o mdico assistente ser


substitudo nas suas funes por um mdico do mesmo hospital,
embora o mesmo conserve o direito de acompanhar a evoluo
clnica do sinistrado em coordenao com o mdico substituto.

ARTIGO 36

ARTIGO 41

Despesas com hospitalizao

Soluo de divergncias

As despesas com a hospitalizao de qualquer sinistrado


no trabalho so pagas pela entidade responsvel, que deve, para
esse efeito, assinar termo de responsabilidade acompanhado
de um depsito de garantia, ou apresentar outro tipo de garantia.

1. Quaisquer divergncias entre o sinistrado e o mdico


assistente ou substituto legal deste, so referidos ao director
clnico da instituio.
2. No se sentindo satisfeito com a resoluo do director
clnico, o sinistrado pode recorrer ao colgio de especialidade
na Ordem dos Mdicos de Moambique.
3. As resolues referidas nos nmeros anteriores devem
constar de documento escrito e delas podem os interessados
reclamar, mediante requerimento fundamentado, para
o Magistrado do Ministrio Pblico na fase conciliatria e para
o Juiz, na fase contenciosa, que decidir denitivamente.
4. Nos casos previstos nos n.s 1 e 2 do presente artigo, se
vier a ter lugar um processo emergente de acidente de trabalho,
aquele apenso a este.

ARTIGO 37
Termo de responsabilidade

1. No caso de a entidade responsvel se recusar a assinar


o termo de responsabilidade, o mdico assistente deve assistir
o sinistrado e referir a ocorrncia ao director da unidade sanitria que
enviar, de imediato, a participao Inspeco-Geral do Trabalho
e ao Ministrio Pblico para procedimentos subsequentes.
2. O Ministrio Pblico desencadear todo o processo com
vista ao cumprimento do estipulado por lei referente ao direito
de assistncia ao trabalhador sinistrado.
3. Para o efeito de pagamento das despesas pela entidade
responsvel o director da unidade sanitria deve requerer ao
Ministrio Pblico, no prazo prescricional de trinta dias, a juno
ao respectivo processo das notas dos honorrios clnicos e das
despesas efectuadas com a hospitalizao.
ARTIGO 38
Assistncia mdica

1. A entidade responsvel tem o direito de designar o mdico


assistente do sinistrado.
2. O sinistrado poder, no entanto, recorrer a qualquer mdico
nos seguintes casos:
a) Se a entidade responsvel ou quem a represente no
nomear mdico assistente ou enquanto o no zer;
b) Se a entidade responsvel ou quem a represente no se
encontrar no local do acidente e houver urgncia na
prestao dos primeiros socorros;
c) Se a entidade responsvel renunciar ao direito de escolher
o mdico assistente;
d) Quando lhe for dada alta sem melhoria clnica, o sinistrado
deve requerer ao director clnico da respectiva unidade
sanitria, uma nova avaliao para a conrmao
do seu estado.
3. Enquanto no houver mdico assistente designado, ser
como tal considerado, para todos os efeitos legais, o mdico que
tratar o sinistrado.
4. Quando no satisfeito com o atendimento do director clnico
o sinistrado pode interpor recursos hierrquicos, contenciosos,
bem como Ordem dos Mdicos de Moambique.

ARTIGO 40
Contestao das resolues do mdico assistente

O sinistrado ou a entidade responsvel tm o direito de no se


conformar com as resolues do mdico assistente ou de quem
legalmente o substituir.

ARTIGO 42
Boletim de exame ou de alta

1. No acto de admisso do sinistrado, o mdico assistente


deve emitir um boletim de exame, em que descrever as doenas
ou leses que encontrar, a sintomatologia apresentada,
os tratamentos efectuados e o tempo previsto para a cura
clnica.
2. Quando terminar o tratamento do sinistrado e este estiver
em condies de trabalhar ou apresentar estado de cronicidade,
o mdico assistente emitir um boletim de alta.
3. A entidade responsvel deve remeter o boletim de alta
Junta Provincial de Sade para efeitos de avaliao do grau
de incapacidade do sinistrado.
4. Os resultados da avaliao referida no nmero anterior
devem ser remetidos ao Ministrio Pblico junto do Tribunal
do Trabalho competente, pela entidade responsvel no prazo
de trs dias, a contar da sua recepo.
5. O preenchimento de atestados mdicos e dos boletins
de exame e da alta respeitante a sinistrados do trabalho bem como
os dirios de assistncia prestada obrigatrio e ser custeado
pela entidade responsvel.
ARTIGO 43
Dever de assistncia

Nenhum mdico pode negar a prestar a assistncia


aos sinistrados do trabalho quando sejam solicitados pela entidade
responsvel ou pelos prprios sinistrados, nos casos em que lhes
permitida a escolha do mdico assistente.

981

4 DE DEZEMBRO DE 2013
ARTIGO 44

ARTIGO 46

Requisio pelo Ministrio Pblico junto do Tribunal

Acumulao e rateio das penses por morte

A entidade responsvel, os hospitais e estabelecimentos


anlogos so obrigados a fornecer ao Ministrio Pblico junto
do Tribunal do Trabalho, logo que lhes sejam requisitados, todos
os esclarecimentos e documentos relativos a assistncia mdica,
medicamentosa e exames complementares de diagnsticos
relacionados com os acidentes de trabalho ou doenas
prossionais.

1. As penses referidas no artigo anterior so acumulveis,


mas o seu total no poder exceder 80% da remunerao
do sinistrado.
2. Se as penses referidas na alnea d) do n. 1 do artigo anterior
adicionadas s previstas nas alneas a), b) e c) excederem 80%
da remunerao anual do sinistrado, sero as prestaes sujeitas
a rateio, enquanto esse montante se mostrar excedido.
3. Se o cnjuge sobrevivo falecer durante o perodo em que
a penso devida aos lhos, ser esta aumentada, nos termos
da parte nal da alnea c) do n. 1 do artigo anterior.
4. As penses dos lhos do sinistrado sero, em cada ms,
as correspondentes ao nmero dos que, com direito a penso,
estiverem vivos nesse ms.
5. As penses comeam a vencer no dia seguinte ao da morte.

CAPTULO V
Penses e indemnizaes
SECO III
Prestaes por morte

ARTIGO 45
Penso de sobrevivncia

1. Se do acidente resultar a morte, as penses anuais sero as


seguintes:
a) 60% da remunerao anual do sinistrado para o cnjuge
ou a pessoa em unio de facto;
b) 60% da remunerao anual do sinistrado para o cnjuge
judicialmente separado data do acidente e com direito
a alimentos at ao limite do montante dos alimentos
xados judicialmente;
c) 25% da remunerao anual para os lhos, incluindo
os nascituros e adoptados data do acidente,
at perfazerem 18, 21 ou 25 anos, se estiverem
a frequentar o ensino bsico, secundrio ou superior
respectivamente ou sem limite de idade quando
afectados de doena fsica ou mental que os torne
absolutamente incapazes para o trabalho; 30%
da remunerao anual do sinistrado se for apenas um,
50% se forem dois ou mais, recebendo o dobro destes
montantes, at ao limite de 80% da remunerao anual
do sinistrado, se forem rfos de pai e me;
d) Aos descendentes e quaisquer parentes sucessveis data
do acidente at perfazerem 18, 21 ou 25 anos, enquanto
frequentarem, respectivamente, o ensino bsico,
secundrio ou curso equiparado ou o ensino superior,
ou sem limite de idade quando afectados de doena
fsica ou mental que os torne absolutamente incapazes
para o trabalho, desde que o sinistrado contribusse
com regularidade para o seu sustento: a cada, 15% da
remunerao anual do sinistrado, no podendo o total
das penses exceder 80% desta.
2. Se no houver cnjuge, pessoa em unio de facto
ou lhos com direito a penso, os parentes includos na alnea d)
do nmero anterior e nas condies nele referidas recebero,
cada um, 15% da remunerao do sinistrado, no podendo o total
das penses exceder 80% da remunerao do sinistrado, para
o que se proceder a rateio, se necessrio.
3. Qualquer das pessoas referidas nas alneas a) e b) do n. 1
que contraia casamento ou unio de facto receber, por uma s vez,
o dobro do valor da penso anual e extingue o direito respectiva
penso, excepto se j tiver ocorrido a remio total da penso.
4. Se por morte do sinistrado houver concorrncia entre os
benecirios referidos nas alneas a) e b) do n. 1, a penso
repartida na proporo dos respectivos direitos.
5. So equiparados aos lhos para efeito do disposto na alnea c)
do n. 1 os enteados do sinistrado, desde que este estivesse obrigado
prestao de alimentos, nos termos da legislao aplicvel.

ARTIGO 47
Subsdio por morte

1. O subsdio por morte igual a seis vezes a remunerao


mensal do sinistrado, sendo atribudo:
a) Metade ao cnjuge ou pessoa em unio de facto e metade
aos lhos;
b) Por inteiro ao cnjuge ou pessoa em unio de facto,
no havendo lhos ou aos lhos no havendo cnjuge
sobrevivo ou pessoa em unio de facto.
2. Se o sinistrado no deixar benecirios referidos no nmero
anterior, o subsdio por morte repartido em partes iguais pelos
ascendentes.
ARTIGO 48
Subsdio de funeral

1. O subsdio de funeral igual a duas vezes o salrio mnimo


do sector da actividade da empresa do sinistrado, pago de uma
nica vez ao cnjuge sobrevivo ou a quem provar ter suportado
as despesas com o funeral.
2. Se o falecimento ocorrer quando o trabalhador encontrar-se
na situao de transferido para fora da sua habitual residncia,
as despesas inerentes a transladao correm por conta da entidade
responsvel.
ARTIGO 49
Reviso da penso

1. Quando se verique modicao da capacidade de ganho


do sinistrado proveniente de agravamento, recidiva, recada
ou melhoria da leso ou doena que deu origem reparao,
ou de interveno clnica ou aplicao de prtese ou ainda
de formao ou reconverso prossional, as prestaes podero
ser revistas e aumentadas, reduzidas ou extintas, de harmonia
com a alterao vericada.
2. Qualquer interessado poder requerer a reviso da penso
por incapacidade permanente, alegando modificao nessa
incapacidade, desde que, sobre a data da xao da penso
ou da ltima reviso, tenham decorrido mais de seis meses
e menos de cinco anos, mediante a apresentao do mapa
de Junta Nacional de Sade.
3. Nos casos de doenas prossionais de carcter evolutivo no
aplicvel o disposto no nmero anterior, podendo requerer-se
a reviso em qualquer tempo.

982

I SRIE NMERO 97
ARTIGO 50

ARTIGO 53

Clculo das prestaes

Indemnizaes

1. As indemnizaes por incapacidade temporria absoluta


ou parcial so calculadas com base na remunerao diria,
auferida data do acidente, quando esta represente remunerao
normalmente recebida pelo sinistrado.
2. As penses por morte e por incapacidade permanente,
absoluta ou parcial, so calculadas com base na remunerao
anual ilquida normalmente recebida pelo sinistrado.

Se o acidente ocasionar incapacidade de trabalho temporria


ao sinistrado, este ter direito s seguintes prestaes:
d) Na incapacidade temporria absoluta indemnizao
diria igual a 70% da remunerao;
e) Na incapacidade temporria parcial indemnizao
diria igual a 70% da reduo sofrida na capacidade
geral de ganho.

ARTIGO 51

ARTIGO 54

Remunerao

Remunerao do dia do acidente e vencimento das prestaes

1. Considera-se remunerao mensal o que, nos termos


do contrato individual ou colectivo ou dos usos, o trabalhador
tem direito como contrapartida do seu trabalho.
2. A remunerao compreende o salrio e todas as prestaes
regulares e peridicas feitas, directa ou indirectamente, em
dinheiro ou em espcie.
3. Entende-se por remunerao anual o produto de doze vezes
a remunerao mensal a que o sinistrado tenha direito com
carcter de regularidade.
4. Se a remunerao correspondente ao dia do acidente no
representar a remunerao regular, ser esta calculada pela
mdia tomada com base nos dias de trabalho e correspondente
a retribuies auferidas pelo sinistrado no perodo de um ano
anterior ao acidente. Na falta destes elementos, o clculo far-se-
segundo a prudente ponderao do Magistrado do Ministrio
Pblico, tendo em ateno a natureza do trabalho prestado,
a categoria prossional do sinistrado e os usos da prosso.
5. Na reparao emergente de doenas profissionais,
as indemnizaes e penses sero calculadas com base na
remunerao da categoria do doente na data do diagnstico nal
da doena.
6. Se o sinistrado for aprendiz ou estagirio, a penso a que
este tem direito ter por base a remunerao anual mdia ilquida
de um trabalhador da mesma empresa ou empresa similar
e categoria prossional correspondente formao, aprendizagem
ou estgio.
7. Em nenhum caso a remunerao pode ser inferior que
resulte da lei ou de instrumento de regulamentao colectiva
de trabalho.
8. O disposto no n. 1 deste artigo aplicvel ao trabalho no
regular e aos trabalhadores a tempo parcial.
9. A ausncia ao trabalho para efectuar quaisquer exames
com o m de caracterizar o acidente ou a doena, ou para o seu
tratamento, ou ainda para a aquisio, substituio ou arranjo
de prteses, no determina perda de remunerao.

1. A remunerao correspondente ao dia do acidente paga


pelo empregador.
2. As indemnizaes por incapacidade temporria absoluta
ou parcial comeam a vencer-se no dia seguinte ao do acidente
e as penses por incapacidade permanente absoluta ou parcial,
no dia seguinte ao da alta.
3. A xao das penses e indemnizaes por incapacidade
no prejudica o direito do sinistrado assistncia mdica
e medicamentosa necessria para a sua completa recuperao.

SECO IV
Prestaes por incapacidade

ARTIGO 55
Modo de xao da penso provisria

1. Nos casos de incapacidade permanente ser estabelecida


uma penso provisria entre o dia seguinte ao da alta e o momento
da xao da penso denitiva.
2. Sem prejuzo do disposto no cdigo do processo de trabalho
a penso provisria por incapacidade permanente igual ou
superior a 30% atribuda pela entidade responsvel e calculada
nos termos do artigo anterior do presente regulamento com base
na desvalorizao denida pela Junta Nacional de Sade.
3. A penso provisria por incapacidade permanente inferior
a 30% atribuda pela entidade responsvel e calculada
nos termos do artigo anterior do presente regulamento com base
no coeciente da desvalorizao denida pela Junta Nacional
de Sade.
4. Os montantes pagos nos termos dos nmeros anteriores so
considerados aquando da xao nal da penso ou indemnizao,
devendo haver correco de eventuais diferenas entre a penso
provisria e denitiva.
ARTIGO 56
Actualizao das penses

1. As penses previstas neste regulamento sero actualizadas


periodicamente pela entidade responsvel sempre que se registar
variao do salrio mnimo nacional.
2. Para os efeitos do nmero anterior a actualizao no pode
ser inferior a 60% do salrio mnimo nacional aplicvel no ramo
de atividade a que pertencia o sinistrado.

ARTIGO 52
ARTIGO 57
Penses

Se o acidente ocasionar incapacidade de trabalho permanente


ao sinistrado, este ter direito as seguintes prestaes:
a) Na incapacidade permanente absoluta penso anual
e vitalcia igual a 90% da remunerao anual;
b) Na incapacidade permanente parcial igual ou superior
a 30% penso anual e vitalcia correspondente a 70%
da reduo sofrida na capacidade geral de ganho;
c) Na incapacidade permanente parcial inferior
a 30% capital de remio de uma penso anual
e vitalcia correspondente a 70% da reduo sofrida
na capacidade geral de ganho.

Casos especiais de reparao

1. Quando o acidente tiver sido provocado dolosamente pelo


empregador ou seu representante, ou resultar de falta de condies
de segurana no trabalho, as prestaes so assumidas pelo
empregador e xam-se segundo as regras seguintes:
a) Nos casos de incapacidade temporria, absoluta
ou parcial, e de morte sero iguais remunerao
do sinistrado;
b) Nos casos de incapacidade permanente absoluta
ou parcial tero por base a reduo de capacidade
resultante do acidente.

983

4 DE DEZEMBRO DE 2013
2. Se tiver sido transferida a responsabilidade, a entidade
seguradora responder apenas subsidiariamente pelos encargos
normais provenientes do acidente, depois de excutidos os bens
da entidade empregadora, tomando-se por base a remunerao
declarada.
3. O disposto no nmero anterior no prejudica a responsabilidade por danos morais nos termos da lei geral nem
a responsabilidade criminal em que o empregador ou o seu
representante, tenha incorrido.
4. Se o empregador satiszer as prestaes por acidente
provocado pelo seu representante, tem direito de regresso contra
este.
ARTIGO 58
Fornecimento de prteses

O sinistrado tem direito ao fornecimento e renovao normal,


por conta do empregador dos aparelhos de prtese necessrios
para seu uso, ou a uma indemnizao suplementar respectiva
do seu custo.
ARTIGO 59
Acordo entre o empregador e o sinistrado

1. O empregador pode celebrar acordo com o sinistrado


ou com os seus sucessores no respectivo direito quanto
a assistncia mdica, medicamentosa, penses e indemnizaes
legais.
2. O Ministrio Pblico remeter ao Tribunal do Trabalho
o acordo juntamente com a participao, nos dez dias seguintes
remessa dela, e deve ser acompanhado do boletim de exame, se
ainda no tiver sido enviado e o de alta, se esta tiver sido dada,
assim como o Mapa de avaliao da incapacidade passado pela
Junta Nacional de Sade.
ARTIGO 60
Obrigao de prestar cauo

1. Os empregadores so obrigados a caucionar o pagamento


das penses de acidentes de trabalho em que tenham sido
condenadas, ou a que se tenham obrigado por acordo homologado,
quando no haja ou seja insuciente o seguro, salvo se celebrarem
junto de uma empresa de seguros um contrato especfico
de seguro de penses.
2. A cauo pode ser feita por depsito em numerrio,
ttulos da dvida pblica, por afectao ou hipoteca de imveis
ou garantia bancria.
3. A cauo feita ordem do Tribunal do Trabalho competente
nos prazos xados pelo juiz da causa.
4. Os ttulos da dvida pblica so avaliados, para efeitos
de cauo, pela ltima cotao na bolsa e os imveis
e emprstimos hipotecrios pelo valor matricial corrigidos
dos respectivos prdios, competindo ao Ministrio Pblico apreciar
e emitir parecer sobre a idoneidade dos caucionamentos.
5. Sero obrigatoriamente seguros contra incndio os imveis
sujeitos a este risco.
6. Sempre que se vericar que a cauo prestada insuciente,
deve ser reforada observando-se as regras xadas nos nmeros
anteriores do presente artigo.

2. Compete igualmente entidade referida no nmero


anterior emitir parecer sobre a transferncia da responsabilidade
das penses de acidentes de trabalho para as empresas
de seguros.
3. O valor da cauo das penses ser calculado de acordo
com as tabelas prticas a que se refere o artigo 66, acrescidas
de 10%.
ARTIGO 62
Determinao da incapacidade

A determinao da incapacidade efectuada de acordo com


a Tabela Nacional de Incapacidades por Acidentes de Trabalho
e Doenas Prossionais, que ser revista e actualizada por uma
comisso cuja composio, competncia e modo de funcionamento
so xados por diploma do Ministro que superintende a rea
da Sade.
ARTIGO 63
Formulrios obrigatrios

1. As participaes, os boletins de exame e alta e os outros


formulrios referidos neste regulamento, que podem ser impressos
por meios informticos, obedecem aos modelos aprovados
ocialmente, devendo ser rigorosa e integralmente preenchidos
e assinados, de forma indelvel e facilmente legvel.
2. Todos os documentos necessrios ao cumprimento deste
diploma so devidos ao imposto de selo nos termos do respectivo
Cdigo bem como os emolumentos, custas ou taxas, passados em
qualquer repartio pblica.
CAPTULO VI
Remio e reviso

ARTIGO 64
Condies de remio

1. So obrigatoriamente remidas as penses anuais:


a) Devidas a sinistrados e benecirios legais de penses
vitalcias que no sejam superiores a dez vezes
o salrio mnimo nacional mais elevado data
da xao da penso;
b) Devidas a sinistrados, independentemente do valor
da penso anual, por incapacidade permanente e parcial
inferior a 30%.
2. Podem ser parcialmente remidas, a requerimento
dos pensionistas ou das entidades responsveis e com
autorizao do tribunal competente, as penses anuais vitalcias
correspondentes a incapacidade igual ou superior a 30%
ou as penses anuais vitalcias de benecirios em caso de morte,
desde que cumulativamente respeitem os seguintes limites:
a) A penso sobrante no pode ser inferior a seis vezes
o salrio mnimo nacional mais elevado;
b) O capital da remio no pode ser superior ao que
resultaria de uma penso calculada com base numa
incapacidade de 30%.
ARTIGO 65

ARTIGO 61
Interveno da entidade responsvel pela superviso de seguros

1. Compete entidade responsvel pela superviso de seguros


determinar o valor da cauo das penses, quando no exista ou
seja insuciente o seguro das responsabilidades das entidades
empregadoras.

Formalidades para remio

1. O sinistrado ou os interessados na remio de qualquer


penso devem requer-la, se no for obrigatria, ao juiz
do respectivo processo, que se a autorizar, designa o dia para
o sinistrado ou seu procurador bastante receber, por termo nos
autos, o capital da remio.

984

I SRIE NMERO 97

2. Do termo constar o nome do sinistrado, a quantia que


anualmente recebia como penso e o nome ou rma da entidade
responsvel.
3. A remio pode tambm ser efectuada por acordo
extrajudicial feito em triplicado, sempre sujeito homologao
do juiz do respectivo processo.
ARTIGO 66
Clculo do capital

As bases tcnicas aplicveis ao clculo do capital


de remio das penses bem como as tabelas prticas de clculo
dos capitais de remio, sero xados por despacho do ministro
que superintende a rea das nanas.
ARTIGO 67

3. Os autos de notcia servem de corpo de delito e fazem f


em juzo salvo prova em contrrio.
ARTIGO 70
Destino das multas

1. O produto das multas aplicadas e cobradas no decurso


de processos iniciados com levantamento de autos de notcia pela
Inspeco-Geral do Trabalho distribudo pela forma seguinte:
a) 40% para o Tesouro Pblico;
b) 60% para o fundo de promoo e melhoria de servios
da Inspeco-Geral do Trabalho.
2. As regras de execuo do disposto nos nmeros anteriores
constaro de diploma especco a aprovar pelo Ministro que
superintende a rea de Trabalho.
ARTIGO 71

Direitos no afectados pela remio

A remio no prejudica:
a) O direito as prestaes em espcie;
b) O direito de o sinistrado requerer a reviso da sua
penso;
c) Os direitos atribudos aos beneficirios legais
do sinistrado, se este vier a falecer em consequncia
do acidente;
d) A actualizao da penso remanescente no caso
da remio parcial ou resultante da reviso
da penso.
CAPTULO VII
Prescrio de direitos

Entrega do produto das multas

O produto das multas deve ser entregue, atravs de Guia


modelo B geral, pela entidade autuante na Direco da rea
Fiscal competente.
ARTIGO 72
Sanes

A violao do disposto nos artigos 5, 6, n. 1 do artigo 7;


artigo 15; n. 3 do artigo 16 e artigo 33 do presente Regulamento,
punida com multa de cinco a dez salrios mnimos do sector
de actividade a que a empresa integra-se, por cada trabalhador
abrangido.

ARTIGO 68

CAPTULO IX

Prescrio do direito s prestaes

Disposies nais e transitrias

1. O direito s prestaes fixadas neste Regulamento


prescreve, se no for exigido, no prazo de um ano a contar da data
da alta clnica formalmente comunicada ao sinistrado, ou da data
do acidente, se este ocasionar morte ou determinar incapacidade
permanente absoluta ou parcial.
2. As prestaes estabelecidas por deciso judicial, ou por
acordo das partes, quer vencidas, quer vincendas, prescrevem no
prazo de trs anos, a partir da data do seu vencimento. Se no tiver
sido feito qualquer pagamento, o prazo conta-se do trnsito em
julgado da sentena ou da homologao do acordo das partes.
3. O prazo de prescrio no comea nem corre se
o empregador, no tendo transferido a sua responsabilidade para
uma companhia seguradora, conservar ao seu servio o sinistrado
depois do acidente e enquanto o conservar.
4. Interrompe-se a prescrio se o sinistrado aceitar da entidade
responsvel qualquer prestao em dinheiro ou em espcie, a troco
do que legalmente lhe foi devido.

ARTIGO 73

CAPTULO VIII
Fiscalizao e sanes

ARTIGO 69
Competncia

1. A fiscalizao do cumprimento das disposies deste


Regulamento compete Inspeco Geral do Trabalho bem como
entidade responsvel pela superviso de seguros na parte que
lhe diga respeito.
2. Compete exclusivamente Inspeco Geral de Trabalho
levantar autos de notcia, por infraco s disposies do presente
Regulamento.

Regime transitrio

As penses xadas antes da entrada em vigor do presente


regulamento devero ser actualizadas at pelo menos 60%
do salrio mnimo mais baixo.
ARTIGO 74
Nulidades

1. So nulos todos os contratos ou acordos realizados entre


empregador ou entidades seguradoras para quem haja transferido
a sua responsabilidade e os trabalhadores, que tenham por objecto
a renncia ou reduo das penses e indemnizaes xadas neste
Regulamento.
2. So igualmente nulos os contratos simulados celebrados
por entidade responsvel por penses e indemnizaes devidas,
em virtude de acidente de trabalho ou doena prossional com
o m de lesar os sinistrados.
3. Presumem-se realizados com o fim de lesar o direito
de reparao dos sinistrados ou dos seus familiares, todos
os actos do empregador, praticados aps a data do acidente ou do
diagnstico inequvoco da doena prossional ou da resultante
do acidente do trabalho, que envolvam diminuio da garantia
patrimonial da empresa.
Anexo
Glossrio
Para efeitos do presente regulamento, entende-se por:
Alta Autorizao para sair do hospital.

985

4 DE DEZEMBRO DE 2013
Clnica Actividade mdica no corpo do doente.
Caso de fora maior o que, sendo devido a foras
inevitveis da natureza, independentes de interveno
humana, no constitua risco normal da profisso
nem se produza ao executar servio expressamente
ordenado pelo empregador em condies de perigo
evidente.
Cura Restabelecimento da sade.
Crnico Permanente.
Cronicidade Estado do que crnico.
Incapacidade para o trabalho Inaptido para prestao
do servio por doena ou ferimento.
Incapacidade temporria a situao de incapacidade
para o trabalho durante um lapso de tempo devido
a uma doena prossional ou acidente do trabalho.
parcial, se a incapacidade for por um tempo inferior a
um dia completo de trabalho; e absoluta, se o tempo
de incapacidade for de, pelo menos, um dia completo
para alm do dia em que ocorreu o acidente.
Incapacidade permanente a situao de incapacidade
para o trabalho, com carcter denitivo devido a
uma doena prossional ou acidente do trabalho.
Diz-se parcial, se a possibilidade de recuperao dos
danos fsicos ou psquicos sofridos, for parcialmente;
absoluta, se a recuperao for remota ou impossvel.
Entidade responsvel Entidade qual imputvel
a responsabilidade pelo acidente ou pela sua
reparao.
Leso Leso, perturbao funcional ou doena
consequente a acidente de trabalho.
Ofensas corporais voluntrias So leses corporais
intencionalmente causadas ao trabalhador, por outro
trabalhador, pelo empregador ou por terceiro.

Predisposio patolgica aptido do organismo


do trabalhador para contrair certas doenas.
Rateio da penso distribuio proporcional da quantia
da penso entre os vrios benecirios existentes.
Recada Reaparecimento dos sintomas de uma doena
da qual se julgava quase curada.
Recidiva reaparecimento dos sintomas de uma doena
que j tinha sido debelada.
Referir Encaminhar.
Remio da penso pagamento do valor total da penso
vitalcia, de uma nica vez.
Sinistrado o trabalhador que sofreu acidente de trabalho
ou doena prossional.

MINISTRIO DA FUNO PBLICA


Diploma Ministerial n. 205/2013
de 4 de Dezembro

Havendo necessidade de se aprovar o Quadro de Pessoal


do Instituto Nacional de Estatstica, criado pelo Decreto
Presidencial n. 9/96, de 28 de Agosto, ao abrigo do disposto na
alnea g) do n. 1 do artigo 4 do Decreto Presidencial n. 13/2007,
de 16 de Outubro, a Ministra da Funo Pblica determina:
Artigo 1. aprovado o Quadro de Pessoal do Instituto Nacional
de Estatstica e que faz parte integrante do presente Diploma
Ministerial.
Art. 2. O preenchimento do Quadro de Pessoal fica
condicionado existncia de disponibilidade oramental.
Art. 3. O presente Diploma Ministerial entre em vigor na data
da sua publicao.
Aprovado pelo Ministrio da Funo Pblica, aos 27
de Maio de 2013.
Publique-se.
A Ministra, Vitria Dias Diogo.

Quadro de Pessoal Central do Instituto Nacional de Estatstica


Unidades Orgnicas
Funes e Carreiras

Total

GAB.
PINE

DARH

DICRE

DCNIG

DESE

DCI

DEMOVIS

Presidente

Vice-Presidente

Director Nacional

Director Nacional Adjunto

Chefe de Departamento Central

17

Chefe de Repartio Central

35

Chefe de Seco Central

Chefe de Secretaria Central

Assessor

Chefe de Gabinete

1. Funes de direco, chea e conana

Administrador de Instalaes
Secretrio Particular

Secretrio de Relaes Pblicas

Secretrio Executivo

16

15

14

10

10

83

Subtotal

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