Reconstruindo o Sorriso
Reconstruindo o Sorriso
Reconstruindo o Sorriso
materiais restauradores
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AUTOR
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Nos primrdios, devido ao fato de os trabalhos serem executados apenas para pr-
oferecia reteno nem estabilidade para uma prtese total mucossuportada, fi-
para evitar a rotao da coroa em relao ao pilar. Um dos problemas clnicos mais
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Selamento adquirido no uso de conexo cnica (Fonte: M. De Wild, Switzerland).
as condies para uma boa reconstruo esto presentes, d-se incio a novos desa-
Depois, investir certo tempo na modelagem da arquitetura gengival atravs da compresso ou no dada pelo design impresso no perfil do provisrio, passa-se para a
tcnica de moldagem que parte de suma importncia para transferir a morfologia
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adquirida no tecido mole e, por fim, a confeco de um pilar definitivo que respeite
todos os passos anteriores, morfologicamente fiel ao provisrio, mecanicamente confivel, biologicamente inerte e estvel e esteticamente agradvel.
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B
02 A,B
Posicionamento ideal do implante e boa quantidade de tecido.
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Condicionamento de tecido mole atravs da modelagem do pilar-coroa provisria) (cortesia Dr. Sidney Kina e Lucio Kanashiro) (A,B).
Moldagem para a obteno de um modelo fiel ao tecido mole e posicionamento do implante: moldagem do provisrio unido a um anlogo
com pesado de silicone de adio (C,D); espao correspondente ao perfil de emergncia (E); preenchimento com resina fluida (F,G);
modelo vazado, com gengiva artificial (H).
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Note que com esse procedimento de individualizao do transferente de moldaque se aplicarmos a tcnica de individualizao realizada em boca na tentativa de
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Pilares protticos
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B
05 A,B
Modelo de gesso no momento da escolha de um pilar atravs de um kit de seleo demonstra espao entre o
perfil padro de um pilar pr-fabricado em relao ao perfil adquirido atravs de condicionamento gengival (A).
Halo acizentado devido a presena de metal por baixo de uma gengiva fina (B).
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BIOTIPO
FINO
B
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Deslocamento da margem cermica para subgengival (A). Aumento no risco biolgico devido invaso do espao biolgico pela microfenda presente entre o pilar e a reconstruo prottica: Coroa parafusada com microfenda ativa (B). Evitar cimentao na boca com
margem profunda, dificuldade na remoo de excesso do cimento (C).
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Aumento do risco biolgico: Evitar cimentao intra-oral com bordo mais profundo.
BIOTIPO
ESPESSO
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Outra alternativa para a queixa esttica gengival quando se usam pilares metlicos
nao de uma base metlica que confere resistncia associa-se com um munho
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metal-free que confere melhor resultado esttico. Sobre o link metlico, a poro
espessura, variando de 1,5, 2,0 a 3,0 mm. O titnio foi quem apresentou maior
Com o tempo, fraturas na poro mais apical em pilares base de zircnia foram
deu-se atravs do surgimento dos pilares metal-free, e quem debutou esta tendn-
foro mecnico nessa regio12. Com o objetivo de solucionar tal problema, optou-se
pelo emprego de um link metlico, justamente na poro apical, e assim corrigiu-se
corrosivo e boa radiopacidade21. Sendo assim, essa cermica tem propriedades mecnicas que a deixam no mesmo nvel que o metal e com isso apresentam ampla
indicao na rea de reabilitao8, com alto ndice de sucesso13,20.
Inicialmente, lanaram-se pilares de zircnia em peas nicas e pr-fabricados. Revises sistemticas tm revelado uma taxa de sobrevida, aps 5 anos, ligeiramente
inferior para os sistemas metal-free (91,2%) em comparao com os sistemas metalocermicos (95,4%)26. As taxas de sobrevida esperadas podem diminuir quando
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C
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cionado em boca, se o modelo for rgido (Fig. 05A). Com isso, o resultado
final adquire maior previsibilidade e
esttica de excelncia.
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Vistas frontal, oblqua e lateral de pilar personalizado de zircnia (A-C). Individualizao do transferente de moldagem. Aplicao de adesivo para politer no transferente (D); preenchimento com politer (E); modelo de gesso sem gengiva artificial
onde pode ser realizado escaneamento (F). Perfil de emergncia adquirido no pilar, fiel ao definido no provisrio, demonstrado pela sobreposio das imagens dos mesmos (G).
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como o leitor ptico intrabucal, outras tcnicas podem ser realizadas a fim de
se obter um modelo para a personalizao de pilares como: o escaneamento
direto em boca ou do perfil da prpria prtese provisria que foi utilizada para
condicionamento tecidual.
o de pilares personalizados de zircnia e uma taxa de sucesso de 96,3% para pilares e 90,7% para coroas foi verificado, o que reitera a indicao desse tipo de pilar.
Devido aos bons resultados demonstrados por pilares de zircnia em estudos
previamente citados, esse material continua sendo o de primeira escolha por
parte dos TPD.
No entanto, esses sistemas computadorizados (CAD/CAM) esto invadindo os consultrios odontolgicos nos ltimos anos, chamados de tratamento chair side, em
que o clnico tem a sua disposio um leitor ptico intrabucal e uma unidade fresadora que viabiliza a confeco de pilares com elementos restauradores quase que
instantaneamente, porm, nesse ambiente normalmente no h todo o arsenal
necessrio para sinterizar a zircnia, mas h suficiente para trabalhar com outros
materiais que vm conquistando espao nas bocas de nossos pacientes pelo fato de
estarem se mostrando esteticamente aceitveis e mecanicamente confiveis para
confeco de fragmentos (inlay, onlays) e coroas totais5,14.
No Brasil, a aplicao do CAD/CAM ainda est no incio, mas, na Europa, no IDS
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O sistema CAD/CAM mais comercializado no Brasil que transita no ambiente laboratorial e tambm no consultrio clnico o CEREC da Sirona Dental Systems
(Na Tab. 01, seguem todos os materiais que podem ser utilizados no processo de
fresagem desse sistema).
C
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Sirona
(fabricados
pela VITA)
Cermica feldsptica com meia-lua no centro com translucidez, simulando esmalte e dentina.
inCoris ZI
inCoris TZI
inCoris CC
Mark II
TriLuxe
RealLife
Enamic
In-Ceram YZ
Celtra CAD
Centra Duo
Dissilicato de ltio, HT e L.
NPM pr-sinterizada
3m espe
Lava Ultimate
gc
Cerasmart
Cermica nano-hbrida
Metal no precioso.
Metal precioso.
Titnio.
Telio CAD
artBloc Temp
Tab. 01
Crypton
IPS AcrylCAD
misc
Suprinity FC
merz
Dissilicato de ltio enriquecido com 10% de zircnia; excelente resistncia, translucidez, opalescncia e fluorescncia.
Necessita de cristalizao no forno.
Suprinity
CAD-Temp Multicolor
dentsply
Cerec Blocs C In
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CAD-Waxx
Ivoclar
vivadent
Cerec Blocs PC
TriLuxe Forte
VITA
D
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Pilar fresado em E-max, ainda na fase de monossilicato de ltio (A,B). Aps a cristalizao (C,D).
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estresse no osso
. Portanto, um efei-
mente promissora.
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34,35
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to de relao implante-restaurao, na
restaurao.
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12 A-H
Pilar de dissilicato com caracterizao rosa na zona crtica (subgengival) e adequao de matiz na harmonizao do substrato do munho (A,B). Aplicao de pigmento para a adequao da matiz do munho e
harmonizao com o substrato dos elementos adjascentes ao pilar (C,D). Aplicao de pigmento rosa na
zona crtica para a queima (E,F). Pilar hbrido de dissilicato de ltio caracterizado (G,H).
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Crditos: Equipe ImplanTeam (Diogo Kawata, Gianfranco Marques, Lvia Lamunier Camargo, Lucio Hirokuni
Kanashiro, Luiz Otvio Camargo, Marcel Massuro Matsushita, Raphael Silva Dantas, Srgio da Cunha Ribeiro
e Suelen Cella). TPD: Marcos Celestrino.
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Concluso
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natural e do saudvel.
Referncias
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characteristics. Int J Oral Maxillofac Implants v.23, p.
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practice. Quintessence Int 2009; 40(7):573-9.
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Goyat FR. Indications, marginal adaptation and clinical
longevity of ceramic systems for metal free: a review of
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