BRASIL, 2004 - DNIT - Custos Acidentes PDF
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CUSTOS DE ACIDENTES
DE TRNSITO NAS RODOVIAS
FEDERAIS
SUMRIO EXECUTIVO
2004
CUSTOS DE ACIDENTES
DE TRNSITO NAS
RODOVIAS FEDERAIS
SUMRIO EXECUTIVO
Equipe Tcnica:
Md Carlos Braga Mostrio
(CONTCNICA)
Eng Dirceu Calani
(CONTCNICA)
Econ Marcelo Gomes Ramos
(CONTCNICA)
Estat Sandra Maria Serpa Cunningham
(CONTCNICA)
CUSTOS DE ACIDENTES
DE TRNSITO
NAS RODOVIAS FEDERAIS
SUMRIO EXECUTIVO
RIO DE JANEIRO
2004
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS
Rodovia Presidente Dutra, km 163 Vigrio Geral
21240-000 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (0 XX 21) 3545-4756
Fax.: (0 XX 21) 3545-4600
SUMRIO EXECUTIVO
SUMRIO
1 CONSIDERAES INICIAIS............................................................................... 7
2 INTRODUO ...................................................................................................... 8
3 EXTENSO DO PROBLEMA DA SEGURANA DE TRNSITO ....................... 9
4 RELEVNCIA DO ESTUDO ............................................................................... 12
5 OBJETIVO DO ESTUDO .................................................................................... 13
6 - ASPECTOS METODOLGICOS ....................................................................... 14
6.1 CUSTOS RELATIVOS A DANOS PESSOAIS .......................................... 16
7 RESULTADOS .................................................................................................... 28
8 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................ 32
1- CONSIDERAES INICIAIS
Entre 1976 e 1994, o extinto DNER teve a seu cargo conduzir o nico Programa de
Segurana de Trnsito colocado em prtica para as rodovias federais, financiado
pelo Banco Mundial, como um piloto com o propsito de estender as aes deste
programa aos departamentos estaduais.
Deste mesmo programa resultaram metodologias diversas, entre elas a da
identificao, com base no ndice de acidentes por trecho e classe de rodovia, dos
segmentos crticos na malha rodoviria federal , seguida pela anlise das causas
dos acidentes ocorridos em cada local crtico e a proposio de melhorias
corretivas de engenharia para a eliminao desses acidentes, tendo-se gerado,
para fins dos estudos ento realizados, um banco de dados de acidentes com
base no documento de coleta ainda hoje utilizado pelo Departamento de Polcia
Rodoviria Federal.
Neste contexto, a valorao monetria dos custos de acidentes era instrumento
indispensvel para a anlise econmica e priorizao obras corretivas naqueles
segmentos crticos.
O valor desses custos era publicado em relatrios anuais, obrigando-se assim a
uma atualizao da metodologia de seu clculo, a cada ano, em razo das
necessidades do DNER para o planejamento e priorizao de projetos de
Manuteno e Segurana Viria.
Inicialmente estimavam-se apenas os custos totais e pela gravidade dos acidentes,
adotando-se como fatais somente os acidentes com mortes no local da ocorrncia.
A partir de 1987, adicionaram-se metodologia os custos mdico-hospitalares e,
no clculo das perdas de rendimentos futuros, os casos de morte e invalidez, aps
a remoo da vtima, conforme computado em pesquisa amostral realizada em
treze hospitais do Estado do Rio de Janeiro.
O IPR, responsvel pela amostra, recomendava que ela se fizesse a cada cinco
anos, prximo do prazo adotado em programas de monitoramento de outros
pases, em particular pela Federal Highway Administration dos Estados Unidos, e
que fosse estratificada pelas cinco regies do Brasil, considerando-se a variao
dos custos em reas com marcantes diferenas scio-econmicas.
A descontinuidade do Programa de Segurana de Trnsito, eventualmente
substitudo pelo programa PARE, do Ministrio dos Transportes, acarretou que os
custos de acidentes parassem de ser estimados na dcada de 90.
Em 2002, o Instituto de Pesquisas Rodovirias retomou os estudos para estimativa
dos custos de acidentes, dentro de um objetivo mais amplo de quantificar os custos
de acidentes para anlises de Benefcio/Custo em projetos no s corretivos, mas
tambm preventivos, conforme se viessem a implantar melhores rodovias com
normas atualizadas de projeto e operao rodoviria.
Sempre em consonncia com a prtica de estudos anteriores e ampliao
continuada da metodologia, esta pesquisa teve mbito nacional, compondo-se
cada elemento do custo no s pela gravidade do acidente, mas tambm por tipo
do acidente e classe da rodovia, por cada regio geogrfica do pas.
MT/DNIIT/DIREX/IPR
2 INTRODUO
O sumrio aqui apresentado deve ser antes entendido como um instrumento de
auxlio formulao de polticas pblicas, a partir do momento em que se
reconhea, nos acidentes de trnsito, um dos mais graves problemas de
desperdcio de recursos materiais, econmicos, e sobretudo humanos, com que se
defrontam as sociedades modernas, ceifando anualmente mais de um milho de
vidas, no mundo inteiro e, segundo o Departamento Nacional de Trnsito
(DENATRAN), em torno de 25 mil pessoas s no Brasil, em 2004, o que faz deles
um trgico desafio a ser enfrentado principalmente pelas nossas autoridades de
trnsito.
Considerados desta forma, os acidentes de trnsito passam a representar um srio
problema de sade pblica e, como tal, devem ser enfrentados de forma
responsvel e continuada, caso se deseje que nosso pas deixe de figurar na
lamentvel dianteira que hoje ocupa, quando se trata de situ-lo no ranking
mundial da mortalidade no trnsito.
Segundo o Banco Mundial, os acidentes de trnsito representam ainda,
anualmente, de 1 a 3% do produto nacional bruto de um pas. No Brasil, caso fosse
estimado em 1,0 % do PIB Nacional, o custo dos acidentes de trnsito estaria
orado acima de 20 bilhes de reais, em 2004, ocasio em que se concluiu este
estudo.
Portanto, uma perda econmica que o Brasil no se pode permitir. Mas para se ter
idia da real dimenso do problema, necessrio dispor-se de um sistema
metodolgico confivel, que permita quantificar inclusive custos at aqui
considerados intangveis, como os acarretados pela dor, pesar e sofrimento
impostos a familiares e amigos, principalmente das vtimas graves ou fatais.
Na verdade, a maioria dos nmeros apresentados em pesquisas de custo de
acidentes eram, at a ocasio do estudo, quantitativos com base muitas vezes em
estatsticas internacionais. Alis, o pas continua no se dando conta de quantos
vitimados exatamente morrem, ou ficam permanente invlidos, aps sua remoo
do local do acidente para o hospital, e conseqentemente no se tem uma
quantificao mais precisa, em escala nacional, das perdas de rendimento futuro e
dos custos sociais da decorrentes.
MT/DNIIT/DIREX/IPR
12%
11%
44%
Oriente Mdio,Africa
Setentrional
Amrica (N),Europa Ocidental
14%
6%
frica Subsahariana
13%
Europa Central, Leste Europeu
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Grfico 2
Or.Mdio,Africa(N)
Amrica Latina,Caribe
20%
frica Subsahariana
0%
1980
1985
1990
1995
sia e Pacfico
-20%
-40%
10
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Ano
N. de Acidentes
Ano
N. de Acidentes
1993
68.781
1997
124.372
1994
77.986
1998
120.442
1995
1996
95.514
115.169
1999
2000
115.429
108.597
Ano
Feridos
Mortos
Ano
Feridos
Mortos
1993
43.083
6.209
1997
65.678
7.530
1994
48.523
6.696
1998
60.886
6.711
1995
56.342
63.253
6.967
1999
7.847
2000
61.709
60.316
6.435
6.339
1996
11
MT/DNIIT/DIREX/IPR
4 RELEVNCIA DO ESTUDO
A valorao monetria dos custos de acidentes nas rodovias federais permite
acompanhar os resultados e estimar os benefcios sociais trazidos pelas medidas
de Segurana de Trnsito, particularmente as de controle de velocidade, pesagem,
melhorias operacionais e tambm as corretivas em locais crticos, tendo-se o
propsito sempre de se alcanar uma acentuada reduo da ocorrncia e
gravidade dos acidentes de trnsito, dos impactos ambientais, atrasos de viagem e
nos custos operacionais dos transportes.
Pode-se, sem medo de errar, garantir que os acidentes seriam significativamente
reduzidos, e por conseqncia seus custos, caso fosse adotado um conjunto de
aes possveis envolvendo melhorias infra-estruturais e no meio ambiente, na
atitude e comportamento dos usurios da malha nacional, no gerenciamento do
trfego e dos transportes, alm de se produzirem veculos cada vez mais seguros.
Para tanto, impe-se a necessidade priorizar e efetivamente implantar, no mbito
do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes, projetos integrados
de melhorias afins com a Segurana de Trnsito, o que significa dizer estimativas
acuradas dos custos de acidentes, com o objetivo de se monitorar, avaliar o
desempenho do sistema rodovirio e integrar todas as atividades concebidas para
tornar o trnsito mais seguro.
O Instituto de Pesquisas Rodovirias realizou estudo para estimativa dos custos
de acidentes de trnsito na malha rodoviria federal, com base em tendo para tanto
desenvolvido metodologia de clculo convertida em programa especfico para se
quantificarem monetariamente os impactos desses acidentes, particularmente em
locais crticos, a partir da coleta de informaes na cena de sua ocorrncia.
Esta quantificao foi o principal objetivo da pesquisa, tendo-se individualizado os
custos de acidentes por tipo de rodovia, por tipo de acidente, por tipo de veculo, e
principalmente pela sua gravidade. Hoje de posse de metodologia para estimativa
desses custos e correspondente rotina informatizada de clculo, pode o
Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes sistematizar a
quantificao monetria dos benefcios trazidos por obras corretivas de engenharia
em locais crticos, ou ainda os custos sociais evitados por projetos operacionais de
atendimento, controle e fiscalizao.
O estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Rodovirias de imensa valia
para a programao futura do Departamento Nacional de Infra-estrutura de
Transporte, tendo em vista que a anlise de custo de acidente, do ponto de vista
econmico, passo indispensvel para administrao pblica implementar seus
projetos.
12
MT/DNIIT/DIREX/IPR
5 OBJETIVO DO ESTUDO
O estudo para a estimativa de Custos de Acidentes de Trnsito teve por finalidade
estabelecer, em mbito nacional, uma valorao monetria para os acidentes
ocorridos nas rodovias federais, de forma a subsidiar estudos, projetos, programas
e polticas de segurana viria.
A partir da determinao desses custos, o DNIT passa a quantificar
monetariamente os benefcios trazidos por obras corretivas de engenharia em
locais crticos, ou ainda os custos sociais evitados por projetos operacionais de
atendimento, controle e fiscalizao, ou ainda pela efetividade de programas e
campanhas educativas, quanto diminuio da quantidade e gravidade dos
acidentes.
Equivale a dizer que, ao IPR, interessa a real quantificao dos custos dos
acidentes no conjunto da malha federal, exatamente o que o IPR se prope a fazer
a partir dos elementos de dados colhidos no ano base de 2005, expandindo os
resultados para o qinqnio 2005-2010.
Em termos gerais, a pesquisa apurou, em mbito nacional, a incidncia de
acidentes nas rodovias federais, incorporando metodologia para clculo dos custos
envolvidos, fornecendo subsdios para as operaes de interveno e
melhoramento nas rodovias.
A quantificao monetria dos custos de acidentes, ocorridos nas rodovias
federais, o principal objetivo do trabalho com que o INSTITUTO DE PESQUISAS
RODOVIRIAS busca atualizar. Assim, promovem-se os clculos dos custos de
acidentes individualizados por tipo de rodovia, por tipo de acidente, e
principalmente pela sua gravidade. Nesse sentido, o IPR criou um novo paradigma
quanto metodologia aplicada para apurar os custos de acidentes rodovirios nas
rodovias federais brasileiras.
13
MT/DNIIT/DIREX/IPR
6 ASPECTOS METODOLGICOS
O trabalho do IPR d continuidade ao do extinto DNER, consistindo numa real
gesto de custo de acidentes, semelhana da que se fazia no Programa de
Segurana de Trnsito, prevendo inclusive o acompanhamento de obras corretivas
de segmentos crticos, razo pela qual o IPR se empenha tanto numa atualizao
sistemtica da metodologia quanto na sua abrangncia para toda rede rodoviria
federal do pas e estima, de fato, cada um dos itens componentes do custo, por
regio geogrfica. O estudo voltado mais para a questo metodolgica enquanto
instrumento para a formulao de polticas pblicas de Segurana de Trnsito.
O estudo do IPR enquadra-se na tica do custo amplo, s que acrescentando sete
novos componentes do custo, que iam desde itens de congestionamento e da
operao de sistemas de atendimento at os custos administrativos da gesto de
seguros e de processos judiciais, passando pelos subjetivos de valorao do
pesar, dor e sofrimento.
O estudo desenvolveu metodologias para obteno de componentes de custos de
acidentes, envolvendo: custos de danos a veculos e cargas, custos mdicohospitalares, perdas de produo e consumo, perdas de rendimento futuro (nos
casos de morte ou invalidez), valor do tempo despendido em reteno de trfego
causada pelo acidente, custo do aumento de combustvel gasto e da emisso de
poluentes em congestionamentos provocados por acidentes, custos operacionais
de atendimento aos acidentes, custos legais, custos de administrao de seguros,
custos de danos ao patrimnio de terceiros e despesas de funerais.
Estes custos foram agregados ainda por regio geogrfica, tipo e gravidade dos
acidentes, e classe de projeto da rodovia, sendo a metodologia formalizada a partir
das informaes registradas no Boletim de Ocorrncias do Departamento de
Polcia Rodoviria Federal (DPRF), na cena de cada ocorrncia, pelos policiais
encarregados do atendimento ao acidente e resgate de eventuais vtimas.
Foram processadas as fichas de acidentes para o ano base de 2000, adequada a
codificao dos veculos e das rodovias abrangidas pela rea do estudo, com a
gerao de um cadastro com mais de 37.000 acidentes de trnsito.
Na verdade, estes 37.000 acidentes representam uma amostra estratificada por
regio, num universo de 108.597 acidentes ocorridos em 2000, nas rodovias
federais, visto que no se poder contar com informaes sobre as caractersticas
da via, dados sobre os ocupantes, marca, modelo, e reas danificadas dos
veculos, durao e tipo de congestionamento, pela simples consulta s tabulaes
do Anurio Estatstico de Acidentes do DNIT/DPRF.
Paralelamente, foram realizadas pesquisas amostrais para estatsticas que no so
passveis de se obterem no momento da ocorrncia, como a proporo de mortos
e invlidos, aps a remoo, a evoluo da gravidade das vtimas, at 30 dias aps
a ocorrncia. Os custos mdico-hospitalares tiveram de ser apurados por esta
mesma pesquisa e as perdas de rendimento futuro, para mortos e invlidos, dela
igualmente extradas, conforme descrito na metodologia.
14
MT/DNIIT/DIREX/IPR
15
MT/DNIIT/DIREX/IPR
16
MT/DNIIT/DIREX/IPR
DRF-Estado
N de Feridos
01 / AC/AM/RO/RR
1.233
02 / AP/PA
1.198
03 / CE
1.476
04 / PE
2.335
05 / BA
3.761
06 / MG
07 / RJ
12.755
4.783
08 / SP
4.356
09 / PR
4.001
10 / RS
4.389
11 / MT
1.260
12 / DF/GO/TO
3.728
13 / PB
14 / RN
1.200
1.091
15 / MA
982
16 / SC
6.279
17 / ES
2.254
18 / PI
690
19 / MS
1.629
828
20 / AL
658
21 / SE
60.886
Brasil
Fonte: Anurio Estatstico de Acidentes de Trnsito DNIT/PRF - 1998
17
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Diagnstico na admisso;
Gravidade real das leses;
Natureza do atendimento;
Classe da gravidade na Escala Abreviada das Leses ;
Diagnstico final;
Existncia de bito na remoo;
Data e condies de alta;
Tempo provvel de recuperao;
Custos de:
Remoo;
Consulta;
Exames;
Pequena cirurgia;
Curativos;
Internao;
Honorrios mdicos;
Cirurgia;
Acompanhamento ambulatorial.
18
MT/DNIIT/DIREX/IPR
CIDADE
Foz do Iguau
Cascavel
Foz do Iguau
So Miguel do Iguau
Medianeira
Matelndia
PARAN
Cascavel
PARAN
Laranjeiras do Sul
PARAN
PARAN
Ibema
Guaraniau
PARAN
Guarapuava
PARAN
Curitiba
PARAN
PARAN
PARAN
PARAN
PARAN
PARAN
PARAN
PARAN
Ponta Grossa
PARAN
Irati
MINAS GERAIS
Uberlndia
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
Patrocnio
Prata
Ituiutaba
Monte Alegre de Minas
Hospital Margarida
MINAS GERAIS
Belo Horizonte
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
MINAS GERAIS
PERNAMBUCO
PERNAMBUCO
Betim
Caet
Par de Minas
Nova Era
Sete Logoas
Ipatinga
Prazeres - dos Guararapes
Bezerros
PERNAMBUCO
Recife
PERNAMBUCO
Gravat
PERNAMBUCO
Caruaru
GOIS
Gois
GOIS
GOIS
Goinia
Abadias de Gois
GOIS
Anpolis
GOIS
Alexnia
DISTRITO FEDERAL
DISTRITO FEDERAL
DISTRITO FEDERAL
DISTRITO FEDERAL
DISTRITO FEDERAL
DISTRITO FEDERAL
Brasilia
Taguatinga
Gama
Luzini
Planaltina
Sobradinho
HOSPITAL
Hospital Ministro Costa Cavalcanti
Hospital Santa Catarina
Hospital Santa Casa Monsenhor Guilherme
Hospital So Miguel do Iguau
Hospital So Carlos
Hospital Padre Tezza
Hospital Nossa Senhora da Salete
Hospital Universitrio de Cascavel (Antigo Hospital Regional
Hospital So Lucas
Hospital So Lucas
Hospital So Jos
Hospital de Ibema
Hospital Nossa Senhora de Ftima
Hospital Santa Teresa
Hospital de Caridade So Vicente de Paulo
Hospital Vita
Hospital Cajuru
Hospital Clnica de Fraturas e Ortopedia XV
Hospital Evanglico
Hospital do Trabalhador
Pronto Socorro de So Jos dos Pinhais
Hospital Bom Jesus
Santa Casa de Paranagu
Hospital Angelina Caron
Hospital de Mandirituba
Hospital So Joo da Santa Cruz
Santa Casa de Prudentpolis
Pronto Socorro Municipal de Ponta Grossa
Hospital Bom Jesus
Hospital Regional de Irati
Hospital Santa Marta
Pronto Socorro do Hospital da Universidade de Uberlndia
U.A.I. da Pampulha
Hospital Santa Catarina
Santa casa de Patrocnio
Hospital Nossa Senhora do Carmo
Hospital So Jos
Santa Casa de Monte Alegre de Minas
Hospital Margarida
Hospital Municipal Odilon Behrens
Hospital Pronto Socorro Joo XXIII
Hospital Regional de Betim
Santa Casa de Caet
Hospital Nossa Senhora da Conceio
Hospital So Jos
Hospital Monsenhor Flvio D'Amato
Hospital Mrcio Cunha
Hospital Santa Elisa
Hospital Jesus Pequenino
Hospital Getlio Vargas
Hospital da Restaurao
Real Hospital Portugus
Hospital Virgnia Guerra
Casa de Sade Santa Efignia
Hospital Regional do Agreste
H.U.G.O. Hospital de Urgncia de Goinia
Instituto Ortopdico de Goinia
Hospital Francisco de Assis
Hospital Santa Rosa
Hospital Evanglico Goiano
Santa Casa de Anpolis
Hospital Anchieta
Hospital de Alexnia
Hospital de Base de Braslia
Hospital Regional de Taguatinga
Hospital Regional do Gama
Hospital Regional de Luzinia
Hospital Regional de Planaltina
Hospital Regional de Sobradinho
19
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Trax. 11%
Abdmen. 5%
Figura 1
20
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Dentro de 24 horas
91,3
Dentro de 36 horas
2,2
Dentro de 48 horas
4,3
2,2
Total
100
Figura 2
24 horas
36 horas
48 horas
120 horas
Curado
59,5
Tratamento Ambulatorial
bito
22,2
2,1
16,2
100
Outros
Total
Curado
Figura 3
Tratamento
Ambularorial
Obitos
Outros
21
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Ilesos
13,2
Leves
48
Moderados
16
Graves
16,6
Mortos
4,4
Invlidos
1,8
Figura 4
Ilesos
Leves
Moderados
Graves
Mortos
Invalidos
22
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Figura 5
58,9
P
E
R
C
E
N
T
U
A
L
58,3
49,4
46,2
34,6
5,3 5,6
Leso
medular
24,5
21,8
19,5
15,1
4,2
1,1
Leso
cerebral
33,4
20,7
15,4
8,3
5,4
3,8
Leso
ortopdica
Motocicleta
Leso
neurolgica
Bicicleta
A p
Outras
Leses
23
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Gravidade
Ilesos Leves Moderados Graves Mortos
11
39
9
11
1
5
22
2
3
2
6 Coliso Traseira
27
7 Abalroamento(mesmo sentido) 11
8 Coliso Frontal
7
9 Abalroamento(sentido oposto) 6
10 Abalroamento Traseiro
12
11 Tombamento
7
12 Sada da Pista
51
13 Outros
1
Total
140
Total
71
32
6,7
3
21
13
25
67
6,3
85
42
55
22
57
29
134
2
508
34
8
14
7
29
10
39
4
169
21
12
26
12
22
3
55
5
195
6
1
9
7
3
12
1
46
173
74
111
54
120
52
291
13
1058
16,4
7
10,5
5,1
11,3
5
27,5
1,2
100
24
MT/DNIIT/DIREX/IPR
figura 6
Composio Geral dos Acidentes de Trnsito nas Rodovias Federais
25
MT/DNIIT/DIREX/IPR
domiclio das pessoas de 20 anos e mais. A partir desses atributos foi possvel a
elaborao de tabela de rendimentos, por regio geogrfica.
O clculo das perdas de rendimentos futuros se fez ento por regio geogrfica,
para cada acidentado includo na amostra da pesquisa mdico-hospitalar, com
base na renda mensal do acidentado, obtida em funo do seu grau de instruo,
domiclio e sexo, de acordo com as tabelas do IBGE, no fator de capitalizao dos
rendimentos, por faixa etria, e na percentagem de reduo da capacidade
laborativa do acidentado.
c) Custos de Funerais
O procedimento de clculo para a determinao do Custo Funeral consistir no
somatrio dos valores bsicos por morto, descontados, levando-se em conta a sua
idade, a perspectiva de vida mdia e o custo de oportunidade de capital.
Para a determinao dos valores bsicos de cada indivduo, utilizaram-se as
seguintes fontes de consulta:
Fichas de acidentes
Cadastro de acidentes
Pesquisa mdica
Planos Funerrios
Pesquisa Nacional de Amostras por Domiclio (PNAD).
b) Custos Relativos a Danos Materiais:
Foram aqui computados os custos de recuperao ou reposio dos veculos
danificados em acidentes de trnsito, os custos de danos carga e o de danos ao
patrimnio do DNIT.
Em funo dos componentes de custos considerados, foi efetuada uma anlise
estatstica voltada para a determinao do tamanho da amostra do nmero de
boletins de ocorrncia a serem selecionados, em um nvel aceitvel de
confiabilidade, para a compilao de dados a serem utilizados nas estimativas dos
custos de danos a veculos, danos propriedade, danos carga e ainda dos
custos de congestionamentos, Todos estes custos foram estratificados em relao
aos acidentes com mortos, com feridos e aos acidentes sem vtimas.
Entre as informaes que foram coletadas na amostra para o clculo dos custos
citados acima, destacam-se:
Identificao da marca, modelo e o ano de fabricao do veculo envolvido no
acidente;
Existncia de danos a terceiros;
Identificao das reas danificadas no veculo devido ao acidente;
Existncia de danos carga;
Tipo de carga;
Valor da nota fiscal da carga transportada pelo veculo acidentado;
Hora da ocorrncia do acidente;
26
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Todos estes custos foram estratificados em relao aos acidentes com mortos,
com feridos e aos acidentes sem vtimas. Assim sendo, dentre as tcnicas de
amostragem por estratificao, optou-se pela estratificao tima de Neymann
para a determinao do tamanho da amostra selecionada nos boletins de
ocorrncia.
Foram tambm realizados levantamentos complementares s informaes do BO,
para se quantificarem os danos materiais, ou para se obter o valor do tempo
perdido pelos envolvidos em retenes provocadas por acidentes, quando se fez
recurso Pesquisa Nacional de Amostra de Domiclios (PNAD) do IBGE, ou ao
custo adicional de combustvel gasto nessas mesmas retenes, quando se contou
com o banco de dados de associaes de empresas transportadoras.
No caso dos danos materiais, recorreu-se s fontes suplementares, abaixo
descritas.
Danos materiais a veculos:
Revistas especializadas;
Companhias de seguros;
Cdigos de veculos do IPVA;
Classificao de veculos de carga do DNIT;
Bancos de dados de associaes de empresas transportadoras.
Danos a propriedades do DNIT:
Distritos Rodovirios Federais
Departamento de Polcia Rodoviria Federal
Avaliao de Custos Rodovirios (SICRO) do DNIT.
Quanto aos custos de congestionamento, consultou-se adicionalmente:
Custo operacional de veculos (HDM, SICRO);
Custo do tempo de condutores e passageiros (HDM);
IBGE (PNAD);
Planilhas de Custo Operacional de Veculos de Transporte de Carga e de
Passageiros e de Carga da Revista Transporte Moderno e da Associao Nacional
dos Transportadores de Carga (NTC);
AHS Manual de Anlise Custo-Benefcio (Modelo de Avaliao ABCD), Instituto
de Pesquisas de Obras Pblicas, Ministrio de Construo, Japo.
A propsito do tempo de congestionamento, teve que ser desenvolvido um modelo
matemtico capaz de estimar o tempo de reteno para diferentes tipos de
veculos, em situaes de congestionamento parcial ou total, assim como os nveis
de emisso de poluentes em razo da diminuio da velocidade de operao.
A metodologia completa para a estimativa dos custos relativos aos danos
materiais, e ainda, aos demais custos produzidos a partir dos efeitos do acidente
27
MT/DNIIT/DIREX/IPR
28
MT/DNIIT/DIREX/IPR
BRASIL
COMPONENTES DO CUSTO
Com mortos
Com feridos
Sem vtimas
(R$)
(R$)
944.724.273
205.695.272
63.327.842
235.418.813
Custos Mdico-Hospitalares
67.874.169
1.836.137.787
Administrao de Seguros
15.209.557
9.566.242
4.769.035
29.544.833
12.851.093
71.314.823
124.068.464
208.234.381
4867
32.347
87.732
124945,9052
Despesas de Funerais
9.198.678
9.198.678
28.782.211
28.782.211
Custos de Congestionamento
22.386.989
312.106.772
45.202.295
379.696.056
Subtotal
1.164.359.680
2.670.272.055
359.611.018
4.194.242.753
442.456.678
213.621.764
Valor Total(R$/US$)
Nmero de Acidentes(estimado)
Custo por Acidente(R$/US$)
(R$)
185.483.491
484.231.146
1.904.011.955
656.078.443
29
MT/DNIIT/DIREX/IPR
IA ou superior
Urbano
249.814.967
43.658
1B ou inferior
231.822.624
42.575
Urbano
IA ou superior
207.056.995
46.405
472.402.311
47.641
CLASSE
Rural
1B ou inferior
Rural
Figura 7
30
MT/DNIIT/DIREX/IPR
BRASIL
Com morots
Qde.
Capotagem
Atropelamento
4 Atropelamento de Animal
5
Choque c/ Veculo
Estacionado
Coliso Traseira
Abalroamento
Lateral(mesmo sentido)
Coliso Frontal
Abalroamento
Lateral(Sentido Oposto)
10 abalroamento Transversal
11
Tombamento
12
Sada de Pista
13
Outros Tipos
Com feridos
Custo(R$x1000)
Qde.
Custo(R$x1000)
Custo(R$x1000)
Total
Qde.
Custo(R$x1000)
219
54.450.408
2467
172.704.802
6.727
26.120.941
9.413
323.534.223
26.907
8764
205
76.836.255
2271
206.161.380
6188
38.291.344
8664
446.265.312
38468
12654
175
43.510.600
1668
116.770.008
1759
6.830.197
3602
123.804.342
46394
15112
120
44.977.320
955
86.694.900
1066
6.596.408
2141
110.278.628
66837
21985
1.860
462.455.520
5.283
369.841.698
68
264.044
7.211
247.849.281
115.457
37608
1678
628.932.858
6219
564.560.820
24
148.512
7921
407.994.868
154539
50835
28
6.961.696
510
35.703.063
3448
13.388.584
4024
138.308.904
13930
4537
17
6.371.787
473
42.938.940
3224
19.950.112
3714
191.300.712
19396
6380
745.896
35
2.450.210
477
1.852.191
515
17.701.065
13930
3193
544.680
212
1.311.858
218
11.228.744
19396
2891
335
83.291.720
4385
306.976.310
22.677
88.054.791
27397
941.662.287
9.803
5686
280
104.947.080
4690
425.758.200
16985
105.103.180
21955
1.130.858.140
8789
9906
167
41.521.544
2061
144.282.366
10.484
40.709.372
12.712
436.924.152
17819
5804
228
85.456.908
2428
220.413.840
7114
44.021.432
9770
503.233.160
30116
12214
743
184.733.576
1488
104.168.928
758
2.943.314
2989
102.734.919
17819
31804
503
188.529.933
1082
98.223.960
559
3.459.092
2144
110.433.152
137869
45351
409
101.690.488
1760
123.210.560
3.055
11.862.565
5224
179.554.104
45.322
14762
263
98.575.293
1204
109.299.120
1734
10.729.992
3201
164.877.108
70.212
23095
238
59.174.416
2891
202.387.346
4.501
17.477.383
7.630
262.250.730
36571
11912
256
95.951.616
2850
258.723.000
3486
21.571.368
6592
339.540.736
59269
19496
100
24.863.200
1472
103.048.832
1.910
7.416.530
3482
119.679.822
38865
12659
184
68.965.224
2061
187.097.580
1749
10.822.812
3994
205.722.952
69411
22832
602
149.676.464
6897
482.831.382
11.930
46.324.190
19429
667.794.159
34939
11380
523
196.026.153
6829
619.936.620
11352
70.246.176
18704
963.405.632
49.255
16202
79
19.641.928
811
56.774.866
4.079
15.838.757
4.969
170.789.499
18.566
30
11.244.330
700
63.546.000
4418
27.440.198
5148
265.163.184
20626
31
6785
MT/DNIIT/DIREX/IPR
8 CONSIDERAES FINAIS
A partir da determinao dos custos de acidentes de trnsito nas rodovias federais,
o DNIT passa a quantificar monetariamente os benefcios trazidos por obras
corretivas de engenharia em locais crticos, ou ainda os custos sociais evitados por
projetos operacionais de atendimento, controle e fiscalizao, ou ainda pela
efetividade de programas e campanhas educativas, quanto diminuio da
quantidade e gravidade dos acidentes analisados.
Reitere-se que a atualizao contnua do banco de dados de acidentes, montado
no IPR/DNIT indispensvel como base para a estimativa dos custos de acidentes
nos anos vindouros, alm de fornecer uma viso ampla da situao da Segurana
de Trnsito nas rodovias federais do pas, e permitir o exame de tendncias e a
formao de prognsticos quanto ocorrncia em geral de acidentes.
Relembre-se, por outro lado, que o estudo anterior do IPR/DNIT (2) acentuou o
caso dos atropelamentos, tipo de acidente que, na maioria das vezes, colhe a
vtima indefesa, provocando leses de alta gravidade, com freqentes
traumatismos de crnio e mltiplas fraturas sseas.
No caso dos atropelamentos, h que se levar em conta a questo das travessias
urbanas, s quais convm prestar particular ateno, visto conterem um tero de
locais crticos a serem tratados pelo DNIT, alm de comumente reunirem, no seu
interior, intersees, pontes estreitas e curvas acentuadas, as condies de projeto
que mais contribuem para a formao de locais crticos.
Considerando ainda que aquele mesmo estudo acentuava que os acidentes do tipo
8, coliso frontal, e as sadas de pista com choque, eram responsveis por 46%
das vtimas graves,e por metade das leses na cabea entre essas vtimas
graves, e ainda que o presente estudo indica que 51% das leses esto na
cabea ( figura 1), com os custos mais caros sendo exatamente os de
atropelamento e coliso frontal, recomenda-se o exame das caractersticas da via
e sua interao com a operao dos diversos tipos de veculos, particularmente os
de carga, e das contribuio dos condutores para a ocorrncia desses tipos de
acidentes.
Na verdade, um primeiro passo seria a retomada, pelo DNIT, de seu Programa de
Segurana Rodoviria, interrompido nos anos 90, em que alm se todas as aes
possveis para a melhorar a infra-estrutura do sistema virio, seriam consideradas
mudanas nas atitudes e comportamento dos usurios dessas vias, e um
adequado gerenciamento do trfego e dos transportes.
Para tanto, caberia ao IPR coordenar racionalmente medidas e estudos de
Segurana de Trnsito, que tambm regulamentassem o trfego e a aplicao das
leis de trnsito, particularmente em corredores urbanos das rodovias federais.
Considerando ainda que 93% dos removidos faleceram nas primeiras 24 horas,
boa parte deles no caminho entre o local do acidente e o hospital, o DNIT bem
poderia levar em conta questes como:
32
MT/DNIIT/DIREX/IPR
Por fim, manter uma apurao peridica dos custos de acidentes de trnsito,
estimados em R$4,8 bilhes nas rodovias federais, para o ano de 2004, porque
tudo leva a crer que continue a se elevar o valor desta interminvel sangria de
recursos materiais e vidas perdidas, de todo modo inaceitvel.
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MT/DNIIT/DIREX/IPR