1.principios Basicos PDF
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1. PRINCPIOS BSICOS
1.1. Breve Histrico
Obras hidrulicas de certa importncia remontam antiguidade: na Mesopotmia
existiam canais de irrigao construdos na plancie situada entre os rios Tigre e
Eufrates e em Nipur (Babilnia) existiam, coletores de esgotos desde 3750 A.C.
Os egpcios, no perodo da XII dinastia (2000-1785 A.C.) realizaram importantes obras
hidrulicas, inclusive o lago artificial Meris, destinado a regularizar as guas do baixo
Nilo.
Alguns princpios da Hidrosttica foram enunciados por Arquimedes1 no seu tratado
sobre corpos flutuantes (250 A.C.).
A bomba de pisto foi concebida pelo fsico grego Ctesibius e inventada pelo seu
discpulo Hero, 200 anos antes da era Crist.
Grandes aquedutos romanos foram construdos em varias partes do mundo, a partir de
150 A.C.
No sculo XVI a ateno dos filsofos voltou-se para os problemas encontrados nos
projetos de chafarizes e fontes monumentais, to em moda na Itlia. Assim foi que
Leonardo da Vinci2 apercebeu-se da importncia de observaes nesse setor. Um novo
tratado publicado em 1586 por Stevin3 e as contribuies de Galileu4, Torricelli5 e
Daniel Bernoulli6 constituram a base para o novo ramo cientfico.
Devem-se a Euler7 as primeiras equaes gerais para o movimento dos fluidos. No seu
tempo os conhecimentos que hoje constituem a Mecnica dos Fluidos apresentavam-se
separados em dois campos distintos: A Hidrodinmica terica que estudava os fluidos
perfeitos e a Hidrulica emprica, em que cada problema era investigado
isoladamente. Infelizmente os seus estudos foram feitos separadamente nesses dois
sentidos.
A associao desses dois ramos iniciais, constituindo a Mecnica dos Fluidos, deve-se
principalmente Aerodinmica.
Se tratti di acqua anteponi lesperienza alta teoria.
[Leonardo da Vinci]
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01 de agosto de 2013
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Convm ainda mencionar que a Hidrulica sempre constituiu frtil campo para as
investigaes e anlises matemticas tendo dado lugar a estudos tericos que
frequentemente se afastaram dos resultados experimentais. Vrias expresses assim
deduzidas tiveram de ser corrigidas por coeficientes prticos, o que contribuiu para que
a Hidrulica fosse cognominada a cincia dos coeficientes. As investigaes
experimentais tornaram famosos vrios fsicos da Escola Italiana, entre estes Venturi8,
Bidone e outros.
Apenas no sculo XIX, com o desenvolvimento da produo de tubos de ferro fundido,
capazes de resistir a presses internas relativamente elevadas, com o crescimento das
cidades e importncia cada vez maior dos servios de abastecimento de gua e ainda em
conseqncia do emprego de novas mquinas hidrulicas que a Hidrulica teve um
progresso rpido e acentuado.
As investigaes de Reynolds, os trabalhos de Rayleigh e as experincias de Froude
constituram a base cientfica para esse progresso.
As usinas hidroeltricas comearam a ser construdas no fim do sculo passado.
Aos laboratrios de hidrulica devem ser atribudos os desenvolvimentos mais recentes.
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Rural
- Sistemas de drenagem
- Sistemas de irrigao
- Sistemas de gua potvel e esgotos
Instalaes prediais:
- Industriais
- Comerciais
- Residenciais
- Pblicas
Lazer e paisagismo
Estradas (drenagem)
Defesa contra inundaes
Gerao de Energia
Navegao e Obras Martimas e Fluviais
Definio Fluido: um fluido uma substncia que se deforma continuamente sob a aplicao de
uma tenso de cisalhamento (tangencial), no importa quo pequena ela possa ser. Ou
seja, so denominados fluidos as substncias que oferecem pequena resistncia
deformao e que tomam a forma dos corpos com os quais esto em contato. Sob a ao
de esforos tangenciais os fluidos deformam-se continuamente.
Assim, os fluidos compreendem as fases lquida e gasosa (ou de vapor) das formas
fsicas nas quais a matria existe. A distino entre um fluido e o estado slido da
matria clara quando voc compara os seus comportamentos. Um slido deforma-se
quando uma tenso de cisalhamento lhe aplicada, mas no continuamente.
Na Figura (1.1), os comportamentos de um slido (Fig. 1.1a) e de um fluido (Fig 1.1b),
sob a ao de uma fora de cisalhamento constante, so comparados. Na Figura (1.1a), a
fora de cisalhamento aplicada sobre o slido atravs da placa superior qual ele est
ligado. Quando a fora cisalhante aplicada na placa superior, o bloco deforma-se
conforme mostrado. Do estudo da mecnica, sabemos que, desde que o limite elstico
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=
kg
S.I.: 3
m
M
V
massa
volume
g
Absoluto: 3
cm
M
L3
(1.1)
slug
Ingls: 3
pe
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por base: no caso de lquidos esta substncia a gua; tratando-se de gases geralmente
se adota o ar.
d=
[adimensional]
H O
(1.2)
d=
fluido ou slido
padro
N
S.I.: 3
m
= g
peso
volume
dyna
Absoluto:
3
cm
F
3
L
(1.3)
lbf
Ingls: 3
pe
a) MLtT
O SI, que a abreviatura oficial em todas as lnguas do Systme International dUnits,9
uma extenso e refinamento do sistema mtrico tradicional. Mais de 30 pases
declararam o SI como nico sistema legalmente aceito.
No sistema de unidades SI, a unidade de massa o quilograma (kg), a unidade de
comprimento, o metro (m), a unidade de tempo, o segundo (s), e a unidade de
temperatura, o kelvin (K). A fora uma dimenso secundria, e a sua unidade, o
newton N), definida da segunda lei de Newton como
F = m a
( F ) = [m]
[ L]
t 2
(1.4)
American Society for Testing and Materials, ASTM Standard for Metric Practice, E380-97.
Conshohocken, PA: ASTM, 1997.
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1 kg
Newton
1 m s2
[ N] :
1 N 1 kg
1m
m
1 kg 2
2
s
s
1 cm s2
dina:
1 dyn 1 g
1 dyn 1 g
cm
s2
= 1 10 kg
-3
(10
1 cm
cm
1 g 2
2
s
s
m
1 dyn = 10-5 kg 2 N
s
1 dyn = 10-5 N
b) FLtT
No sistema de unidades Gravitacional britnico, a unidade de fora a libra fora (lbf),
a unidade de comprimento o p (p), a de tempo, o segundo (s), e a de temperatura, o
Rankine (R). Como a massa uma dimenso secundria, a sua unidade, o slug,
definida em termos da segunda lei de Newton como
1 utm
1 m s2
kgf:
1m
s2
1 utm = 9,8 kg .
1m
1 kgf = ( 9,8 kg ) 2
s
m
1 kgf = 1 kg 9,8 2
s
1 kgf = 1 utm
1 kgf = 9,8 kg
m
N
s2
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1 kgf = 9,8 N
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slug:
lbf s 2
pe
1 slug 32,2 lbm
1 p = 0,305 m
m
p
a = 9,8 2 = 32,2 2
s
s
1 slug 1
lbf
= psi = pound per square inch
pol 2
1 p = 12 pol
1 lbf = 4,45 N
c) FMLtT
No sistema de unidades ingls Tcnico ou de Engenharia, a unidade de fora a libra
fora (lbf), a unidade de massa, a libra massa (lbm), a unidade de comprimento, o p, a
unidade de tempo, o segundo, e a de temperatura, o Rankine. Uma vez que tanto a fora
quanto a massa so escolhidas como unidades primrias, a segunda lei de Newton
escrita como
ma
F=
gc
(1.5)
Uma libra fora (1 lbf) a fora que imprime massa de uma libra massa (1 lbm) uma
acelerao igual acelerao padro da gravidade na Terra, 32,2 p/s2. Da segunda lei
de Newton, conclumos que
1 lbm
ou
1 lbm 32,2 ps s 2
gc
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(M )
( L)
Temperatura (T )
Fora
(F )
Sistemas de unidades.
Sistema Internacional
Sistema absoluto
Sistema tcnico
Sistema ingls
(SI)
SI
metro
Absoluto
centmetro
Tcnico
metro
Ingls Eng.
p
Ingls Tc.
p
Massa
quilograma
grama
unidade tcnica
slug
libra-massa
( L)
(M )
[m ]
[kg ]
[cm ]
[g ]
[m ]
de massa
[utm ]
[ft ]
[ft ]
[lbm ]
Tempo
segundo
segundo
segundo
segundo
segundo
Temperatura
kelvin
kelvin
kelvin
Rankine
Rankine
o R
libra-fora
libra-fora
(t )
(T )
Fora
(F )
[s ]
[K ]
Newton
[N]
[s ]
[K ]
Dina
[dyn ]
[s ]
[K ]
quilograma
fora
[kgf ]
[s ]
o
[lbf ]
[s ]
[lbf ]
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Figura 1.2.
Chamemos de
- o peso especfico do lquido (constante)
V1 a velocidade mdia na seo A;
V2 a velocidade mdia na seo B.
Temos
dP ' = S1 V1 dt = S 2 V2 dt
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sendo dP ' o peso lquido escoado atravs de cada seo. Como dt o mesmo nos dois
termos e as sees podem ser quaisquer, desde que normais direo da velocidade,
podemos escrever
P = S V = constante
(1.6)
S V = costante
(1.7)
e
Q = S V = constante
(1.8)
ea
Unidades de descarga:
m3 s 1 ; l s ; m3/h; galo/min; p cbico por segundo ( cfs ) 1 cfs = 28,321 s 1 .
um
Lquido
em
Consideremos a veia lquida limitada por paredes de material qualquer ou pelo prprio
lquido em movimento, uma vez que, no se podendo interpenetrar, as trajetrias que
envolvem a veia se constituem em uma parede.
Nesta veia (Figura 1.3), imaginemos que as sees inicial a0b0 e final a1b1 sejam
planas e inclinadas em relao linha mdia. A resultante do sistema de foras que o
lquido, escoando da seo inicial final, exerce sobre as paredes da veia dada pela
Eq. (1.9), conforme se demonstra em Hidrodinmica.
F = P + p0 S0 + p1 S1 + m V0 m V1
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(1.9)
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Figura 1.3.
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Tomemos desta veia (Figura 1.4) um elemento limitado pelas faces planas ab e ab que
formam com o plano normal linha mdia um ngulo .
Sejam:
o peso especfico do lquido;
p0 a presso reinante na face a0b0;
p1 a presso reinante na face a1b1;
h0 a cota do centro de gravidade da seo de entrada a0b0, contada a partir de
um plano tomado como referncia;
h1 a da seo de sada a1b1;
g a acelerao da gravidade.
P V2
P V 2
T = Q t h0 + 0 + 0 h1 + 1 + 1 = P H
2g
2g
(1.10)
onde
P t = Q t
o peso do lquido escoado no temo t, e H representa a grandeza entre colchetes,
diferena entre dois trinmios cujas parcelas tm um significado prprio e de grande
importncia.
H = h0 +
P0
V0 2
P V2
h1 + 1 + 1
2g
2g
(1.11)
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H = h+
P V2
+
= cte
2g
(1.12)
Energia de presso
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=h+
pb
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M LT 2 M LT 2
=
= [ L]
L2
L3
p
= h + Hb
(1.13)
c) Energia cintica
O termo P V 2 2 g representa o trabalho que o peso P de lquido, dotado de velocidade
inicial V, capaz de realizar, elevando-se no vcuo a uma altura igual a V 2 2 g acima
do plano de referncia.
A essa capacidade denomina-se energia cintica ou energia de velocidade.
O termo V 2 2 g homogneo de um comprimento denominado altura representativa
da velocidade, altura de presso dinmica, energia atual ou taquicarga. Ele representa
tambm a altura a que se elevaria, no vcuo, um corpo pesado que fosse lanado
verticalmente com velocidade inicial V.
2
1
V 2 LT
=
= [ L]
2 g LT 2
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P0 V0 2
T
P1 V12
= H = h0 + +
h1 + +
P
2g
2g
(1.14)
Figura 1.6 Representao das linhas energtica e piezomtrica entre dois pontos de uma veia lquida.
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= 10,332 m.c.a. = H b
= 760 mm de Hg (mercrio) = 14,969 psi = 29,22 in Hg
= 1,013 milibar
= 1,033 kgf cm 2 = 101,325 kN m 2
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h( m.c. lquida ) =
(
)
( kgfm )
p kgfm -2
-3
144
w
sendo
p
p
= Hb
pos. abs.
medida com os manmetros, e por isso denominada presso manomtrica.
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20
p
p
= Hb
neg .
abs.
medida com os vacumetros.
Presso absoluta positiva a soma da presso relativa positiva lida no manmetro com
a presso atmosfrica.
p
p
= + Hb
abs. pos.
Presso absoluta negativa a diferena entre a presso atmosfrica e a presso no
ponto considerado.
p
p
= Hb
abs.
neg .
Para obter seu valor, tem-se de subtrair do valor da presso atmosfrica o valor da
leitura obtida com o vacumetro.
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21
2, 31 62,3 144
=
W
W
H ( ps ) = psi
2, 31
S
1.14. Exerccio
Uma tubulao de recalque de bombeamento tem 50,8 cm de dimetro (20) e uma
curva de 90. O lquido bombeado leo de densidade 0,850, e a descarga de
0, 203 m 3 s 1 . A perda de carga na curva de 0,6 metro de coluna de leo. A presso na
entrada 1 de 30 lb/pol.2. ( 30 0, 07 = 2,1 kgf cm 2 ). Desprezando o peso de leo,
determinar a fora resultante exercida pelo leo sobre a curva (Figura 1.10).
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