Anotações Lefébvre Lógica Formal - Lógica Dialética
Anotações Lefébvre Lógica Formal - Lógica Dialética
Anotações Lefébvre Lógica Formal - Lógica Dialética
. escrito entre 1946-1947 Henri Lefebvre (de 1901 - 1991) foi um filsofo marxista e socilogo francs.
Estudou filosofia na Universidade de Paris, onde se graduou em 1920.
Lefebvre tinha a inteno de publicar oito livros (um Tratado de Materialismo
Dialtico), saiu apenas este.
Fica clara a posio do autor; critica o positivismo, sua crtica recai separao
do trabalho intelectual, da teoria e da prtica, e do cientista e do ser social.
Prope como superao destas limitaes a lgica concreta ou dialtica. Tal
lgica considera no somente a realidade social em toda a sua dimenso
histrica, mas a prpria histria do conhecimento, a prpria teoria do
conhecimento como histria da prtica social. Segundo o autor, tal lgica o
resultado vivo... de toda a experincia humana, em sua forma mais elaborada,
vinculada a uma concepo cientfica (racional) da histria.
Defende o pensamento verdadeiro, considerado o prprio conhecimento, de
maneira que todo pensamento movimento projetado para o devir.
Acerca do objeto do conhecimento, aparecem duas noes fundamentais na
obra: a verdade absoluta e a verdade relativa. Henri Lefebvre destaca que todo
esforo verdadeiro do pensar chegar sempre a verdades relativas, e estas,
quanto mais profundas e densas, mais prximas da verdade absoluta.
Princpio essencial da contradio
O princpio essencial da contradio concebido de forma otimista, ou seja,
como inspirador ao progresso do pensamento. Ao passo que a contradio
pode ser percebida enquanto erro, se se pensar na construo de uma verdade
slida e intocvel, a dialtica v a prpria contradio que tambm uma
negao como caminho de anlise. Negar uma coisa promover movimento, e
a coisa negada incluir todo o princpio que fundamentava a existncia da
coisa anterior, s que o resultado a coisa pensada, refletida, avanada. E
dessa forma que se d o progresso cientifico, a tentativa de aproximar da
verdade absoluta, o estar em movimento, o esforo verdadeiro do pensamento.
Citao p. 178 final
atravs
de
um
conhecido
momentneo.
Admite-se
necessrio de pensamento.
Crtica a Lgica Formal:
Lefebvre se volta para o problema do conhecimento gerado pela metafsica,
quando esta, por meio da anlise, separa os elementos do conhecimento
(sujeito e objeto) e toma a realidade a partir de um deles. Neste materialismo
metafsico, a conscincia confundida com mero reflexo de fatos objetivos
(mecnicos);
Em Lefebvre, a lgica formal antecede a lgica concreta como um dos
momentos da razo. O autor assinala os elementos basilares deste sistema de
pensamento: forma, formalismo, princpio da identidade, termo, esttica e
dinmica do conceito, os juzos analticos e sintticos, raciocnio, inferncia,
silogismo, o ser e a ideia; pela lgica formal h reduo estrita do contedo,
que resulta num entendimento metafsico de formas sem suas qualidades e
isolando o entendimento da realidade em fragmentos; J pela lgica dialtica
h apenas uma eliminao momentnea do contedo, que o autor considera
como negao dialtica e que permite captar suas qualidades captando-as
em sua totalidade.
Resulta que a lgica formal gera um saber tautolgico, que no aceita a
contradio e a imperfeio, alm de reduzir aspectos da realidade em partes,
num movimento abstrato, que no possui eficcia de retorno ao todo, enquanto
que a lgica dialtica no elimina parte do pensamento, apenas nega-a
momentaneamente, retomando a sua totalidade pelo enlace entre forma e
contedo.
Revela toda fragilidade da lgica formal; mostra que a ausncia do movimento
no permite ao pensamento se libertar do imediato, das sensaes e dos
limites internos do contedo: este pensamento ao descrever no explica, fecha
e isola os conceitos. Fragilidade da Lgica Formal Falta de Movimento