SANEAMENTO BÁSICO - Introdução

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SANEAMENTO BSICO

INTRODUO

Profa.Elizabeth da Rocha Couto

Introduo
A importncia do saneamento e sua relevncia sade humana remontam s mais antigas
culturas. O desenvolvimento do saneamento sempre esteve ligado evoluo das
civilizaes, s vezes retrocedendo, outras renascendo com o aparecimento de outras. Essa
descontinuidade da evoluo do servio est ligada, em grande parte, aos poucos meios de
comunicao do passado. Avanos importantes alcanados em pocas distantes foram
esquecidos durante sculos porque no eram conhecidos pela populao. No Velho
Testamento existem diversas passagens vinculadas s prticas sanitrias do povo judeu
como, por exemplo, o uso da gua para limpeza: roupas sujas podem levar a doenas
como a escabiose. Assim, os poos para abastecimento eram mantidos tampados, limpos
e longe de possveis fontes de poluio.

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Caracterizao Global dos Sistemas de guas e Esgotos dos Prestadores de
Servios Participantes do SNIS em 2013, segundo informao selecionada

Fonte: SNIS (2014)

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Saneamento o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condies do meio
ambiente com a finalidade de prevenir doenas e promover a sade, melhorar a qualidade
de vida da populao e produtividade do indivduo e facilitar a atividade econmica.
No Brasil, o saneamento bsico um direito assegurado pela Constituio e definido pela
Lei n. 11.445/2007 como o conjunto dos servios, infraestrutura e instalaes operacionais
de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, limpeza urbana, drenagem urbana,
manejos de resduos slidos e de guas pluviais

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Investimentos Realizados em 2013, de acordo com as informaes
dos prestadores de servios participantes do SNIS, segundo regio
geogrfica e destino de aplicao dos recursos

Fonte: SNIS (2014)


Profa.Elizabeth Couto

Introduo

Um dos princpios da Lei n. 11.445/2007 a universalizao dos servios


de saneamento bsico, para que todos tenham acesso ao abastecimento
de gua de qualidade e em quantidade suficientes s suas necessidades,
coleta e tratamento adequado do esgoto e do lixo, e ao manejo correto
das guas das chuvas.

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Poltica de saneamento bsico A lei 11.445/07 tambm estabelece diretrizes
para a Poltica Federal de Saneamento, determinando que a Unio elabore o
Plano Nacional de Saneamento Bsico (PLANSAB) e a partir disso, oriente as
aes e investimentos do Governo Federal Entretanto, para ter acesso a esses
recursos todos os municpios devem elaborar seus planos municipais
definindo seus horizontes de universalizao da prestao de servios

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
A lei n. 11.445/2007 estabelece a elaborao do Plano Municipal de
Saneamento Bsico como instrumento de planejamento para a prestao dos
servios pblicos de saneamento bsico, e ainda determina os princpios dessa
prestao de servios; as obrigaes do titular, as condies para delegao dos
servios, as regras para as relaes entre o titular e os prestadores de servios, e
as condies para a retomada dos servios.

Ainda trata da prestao regionalizada; institui a obrigatoriedade de planejar e


regular os servios; abrange os aspectos econmicos, sociais e tcnicos da
prestao dos servios, assim como institui a participao e o controle social.

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo

Representao Espacial
do ndice Mdio de
Atendimento Urbano
por Rede Coletora de
Esgoto nos Estados do
Brasil em 2013

Fonte: SNIS (2014)

Profa.Elizabeth Couto

Introduo

Representao Espacial
do ndice Mdio de
Atendimento Urbano
por Rede Coletora de
Esgoto nos Municpios
do Brasil em 2013

Fonte: SNIS (2014)

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Alm disso, os municpios, como titulares, tm a obrigao de:

1) Decidir sobre a forma de prestao dos servios (direta ou delegada) e os


procedimentos de sua atuao.
2) Adotar parmetros para a garantia do atendimento essencial sade pblica,
quanto quantidade, regularidade e qualidade da gua potvel.
3) Definir o rgo responsvel pela sua regulao e fiscalizao.
4) Fixar os direitos e deveres dos usurios.
5) Estabelecer os mecanismos de participao e controle social.
6) Construir um sistema de informaes sobre os servios.
7) Definir casos e condies, previstos em lei e nos contratos, para interveno e
retomada da prestao dos servios.
8) Definir as condies para a prestao dos servios, envolvendo a sua
sustentabilidade e viabilidade tcnica, econmica e financeira.
9) Definir o sistema de cobrana, composio de taxas e tarifas e poltica de
subsdios.
Fonte: Terra Brasil (2015)
Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Plano de Saneamento Bsico
O plano de saneamento bsico o instrumento indispensvel da poltica pblica de
saneamento e obrigatrio para a contratao ou concesso desses servios.
A poltica e o plano devem ser elaborados pelos municpios individualmente ou
organizados em consrcio, e essa responsabilidade no pode ser delegada.

O Plano, a ser revisado a cada quatro anos, deve ter os objetivos e metas nacionais e
regionalizadas e ainda os programas e aes para o alcance dessas metas.

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Ele deve expressar o compromisso coletivo da sociedade em relao forma de
construir o saneamento. Deve partir da anlise da realidade e traar os objetivos e
estratgias para transform-la positivamente e, assim, definir como cada segmento ir
se comportar para atingir as metas traadas.
Ele formulado sob a coordenao do poder pblico, com a participao de todos que
atuam no
saneamento num determinado territrio e pela sua populao,
independente dela ter acesso ou no ao servio.
grande a interdependncia das aes de saneamento com as de sade, habitao,
meio ambiente, recursos hdricos e outras. Por isso, os planos, os programas e as
aes nestes temas devem ser compatveis com o Plano Diretor do municpio e com
planos das bacias hidrogrficas em que esto inseridos.
Fonte: Terra Brasil (2015)
Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
grande a interdependncia das aes de saneamento com as de sade, habitao,
meio ambiente, recursos hdricos e outras. Por isso, os planos, os programas e as
aes nestes temas devem ser compatveis com o Plano Diretor do municpio e com
planos das bacias hidrogrficas em que esto inseridos.

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
O papel de cada um

A Constituio determina como competncia comum da Unio, dos estados, do


Distrito Federal e dos municpios a promoo de programas de melhoria das
condies de saneamento bsico. Assim essas responsabilidades so
compartilhadas entre as trs esferas de governo, sendo necessria e desejvel a
ao conjunta para que os servios atendam a toda a populao.
Governo federal
A Unio institui as polticas nacionais e responsvel por garantir a maior parte dos
investimentos em saneamento bsico, por meio de recursos do Oramento Geral da
Unio (OGU), do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) e do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT).
Fonte: Terra Brasil (2015)
Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Vrios ministrios atuam no saneamento de forma coordenada com uma diviso de responsabilidades:
1) Ministrio das Cidades apia os municpios com mais de 50 mil habitantes, os integrantes de regies
metropolitanas e as regies integradas de desenvolvimento.
2) Ministrio da Sade define os padres de qualidade da gua para consumo humano e, por meio da Fundao
Nacional da Sade (FUNASA) responsvel pela assistncia aos municpios com populao de at 50 mil
habitantes, aos assentamentos rurais, s reas indgenas, quilombolas e de outras populaes tradicionais.
3) Ministrio do Meio Ambiente coordena o Programa Nacional de Resduos Slidos Urbanos e, com apoio da
Agncia Nacional de guas (ANA), atua na gesto do uso das guas.
4) Ministrio da Integrao Nacional atua principalmente na regio do semirido e nas bacias dos rios So
Francisco e Parnaba, em programas que visam aumentar a oferta de gua para os seus diversos usos, em
especial, para o consumo humano.
5) Ministrio do Desenvolvimento Social coordena o programa para instalao de um milho de cisternas no
semirido.
6) Ministrio do Trabalho coordena o programa de cooperativas de catadores de materiais reciclveis.
7) Caixa Econmica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES) so os principais
agentes financeiros e responsveis pela execuo dos programas, repassando recursos e acompanhando as
aes contratadas.
Fonte: Terra Brasil (2015)
Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Governos Estaduais
Os estados atuam predominantemente na prestao dos servios de abastecimento de
gua e coleta e tratamento dos esgotos gerados, por meio de suas companhias.

Governos Municipais
As prefeituras so as responsveis pela elaborao do Plano Municipal de Saneamento
Bsico e pelo envolver a comunidade em sua discusso. O plano municipal essencial na
regulamentao da concesso dos servios de abastecimento de gua e coleta e
tratamento de esgotos sanitrios, e na elaborao de diagnsticos que
ajudam os municpios na obteno de emprstimos para obras de saneamento junto ao
governo federal e instituies financeiras.

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Outros atores
Atuam tambm na rea de saneamento, os rgos e entidades reguladoras, sejam estaduais, municipais ou
interfederativos, quando assim institudo por um consrcio pblico. O Ministrio Pblico participa na articulao
com o rgo de defesa do consumidor e do meio ambiente. E ainda os Comits de Bacia Hidrogrfica, que um
rgo colegiado da gesto de recursos hdricos, com atribuies de carter normativo, consultivo e deliberativo. Os
Comits devem integrar as aes de todos os Governos, seja no mbito dos Municpios, do Estado ou da Unio;
fomentar o respeito aos ecossistemas; promover a conservao e recuperao dos corpos dgua e garantir a
utilizao racional e sustentvel dos recursos hdricos.
Sociedade
O controle social um conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem sociedade informaes,
representaes tcnicas e participaes nos processos de formulao de polticas, de planejamento e de avaliao
relacionados aos servios pblicos de saneamento bsico.

O ConCidades recomenda a criao de Conselhos Municipais e Estaduais das Cidades para fiscalizar e monitorar a
prestao dos servios de saneamento. Esses fruns permanentes de discusso so muito importantes para
estimularem o debate, de forma integrada, das polticas de desenvolvimento urbano, habitao, saneamento, meio
ambiente, transporte e mobilidade urbana, regularizao fundiria, dentre outras. E fortalecem a participao da
sociedade.
Fonte: Terra Brasil (2015)
Manual do Saneamento
Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Santos (SP) atinge quase 100% de coleta de esgoto em cinco anos

Santos, situado no litoral sul de So Paulo, um dos maiores municpios brasileiros


que apresentam dados de saneamento satisfatrios por anos. Desde o incio da
elaborao do Ranking do Instituto Trata Brasil, em 2009, a cidade do litoral paulista
figura nas primeiras posies. Nas primeiras edies, Santos chegou a estar na 1
colocao; com o passar dos anos e a evoluo de outros municpios brasileiros, a
cidade no ficou mais entre as 3 primeiras, mas ainda um caso a ser exaltado por
manter indicadores altos de saneamento bsico.

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Indicador de atendimento total de
gua (%)

Indicador de atendimento total de


esgoto (%)

Indicador de Esgoto Tratado por gua


consumida (%)

2008

100

99

76

2009

100

99

77

2010

100

100

76,76

2011

100

100

76,87

2012

100

100

100

2013

99,97

98,50

76,84

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Curitiba (PR) melhor capital do pas em Saneamento Bsico

Curitiba, no Paran, tem os melhores ndices de coleta de esgoto e abastecimento de gua


dentre as capitais do pas. Desde 2010, 100% de sua populao tem atendimento de gua.
No ranking de 2015, a cidade ficou na 5 posio.
Os indicadores de Curitiba melhoram ano aps ano. Em 2013, 95,51% de seu esgoto era
coletado. Atualmente, este ndice de 99%. O tratamento de esgoto chega a 88,44%.
O ndice de perdas na distribuio de gua de Curitiba de 39,29%, relativamente alto, mas
que vem diminuindo. Segundo dados de 2011, o ndice era de 39,75%.
A Companhia de Saneamento do Paran (Sanepar) a responsvel pelo saneamento bsico
do municpio, e, em junho deste ano, o ltimo dado de investimento do municpio para
servios de gua e esgoto (2013) foi de R$ 27,6 milhes.
Fonte: Terra Brasil (2015)
Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

Introduo
Indicador de atendimento total de
gua (%)

Indicador de atendimento total de


esgoto (%)

Indicador de Esgoto Tratado por gua


consumida (%)

2008

99

85

78

2009

99

87

83

2010

100

93,03

86,27

2011

100

95,51

87,18

2012

100

98,48

88,26

2013

100

99,10

88,44

Fonte: Terra Brasil (2015)


Manual do Saneamento

Profa.Elizabeth Couto

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