Supervisão em Acp
Supervisão em Acp
Supervisão em Acp
Psicloga, mestre em Estudos de Famlia pela Purdue University, Indiana, EUA, professora adjunta e supervisora de estgio
clnico no Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Cear, psicodramatista pela FEPS do Brasil, psicoterapeuta
de casal e famlia.
Endereo para correspondncia: Rua Leonardo Mota, 2815 - 103, 60170-041, Fortaleza-CE. E-mail: [email protected]
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Tavora
O PSICODRAMA
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interacional
e
desestimular,
no
meio
psicodramtico, estudos baseados em inferncias
sobre os atributos intrapsquicos de indivduos.
Denominou Moreno de papis psicodramticos
manifestao particular, individualizada, de um
determinado papel social. Este conceito, fortemente
influenciado pela experincia em teatro de seu
criador, no s expressa a posio que uma
determinada pessoa ocupa em relao aos outros
componentes de um grupo social, como tambm
permite avaliar os atributos pessoais dos indivduos
em interao.
Costa (1996) desenvolveu um trabalho meticuloso
de sistematizao da teoria moreniana, dando
organizao obra e possibilitando uma compreenso
da prtica psicodramtica mais abrangente e inserida
no contexto filosfico e terico da cincia
socionmica. Esta autora compreende a socionomia
como a cincia que estuda as leis que regem os
sistemas sociais com suas foras naturais autoorganizadoras e auto-integrativas, que podem ser
utilizadas para promover mudana e crescimento.
Desta forma, um trabalho de relaes norteado pela
proposta moreniana deve desenvolver-se no grupo sem
perder de vista sua insero no sistema social mais
amplo e sua capacidade transformadora da sociedade.
A utilizao da socionomia no trabalho em grupo
com objetivo de aprendizagem e superviso foi
desenvolvida por Costa (2000). O processo de
aprendizagem deve privilegiar, segundo esta autora, o
homem espontneo e criativo em seu contexto
interacional. O aprendiz colaborador de um processo
de criao conjunta que promove a adequao pessoal
e social. A superviso em grupo , pois, mais do que
um intercmbio de experincias que objetiva trabalhar
as vivncias de cada treinando com seus clientes; visa
tambm formao de vnculos dentro do prprio
grupo, entre os novos terapeutas, que, longe de serem
meras telas de projeo das relaes particulares de
cada participante, so produtores de vnculos vivos e
atuais, liberadores da espontaneidade e validadores do
crescimento mtuo.
Neste processo, cada participante promotor de
seu prprio crescimento e dos demais. A proposta de
transformao
socionmica
objetiva
uma
aprendizagem que se d atravs da liberao de
espontaneidade e do reconhecimento, por cada
indivduo, de seu potencial transformador de si e do
grupo. Neste sentido, cada novo terapeuta um agente
de transformao social como ser criativo e criador,
colaborador de um processo de crescimento coletivo
onde tem como parceiro e co-participante o seu
supervisor.
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A matriz de identidade
Tavora
A ESTRUTURA DO ESTGIO
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Tavora
O PROCESSO DE SUPERVISO:
DESENVOLVIMENTO DA MATRIZ
DE IDENTIDADE PROFISSIONAL
lndiferenciao
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Reconhecimento do Tu
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Tavora
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Tavora
A FINALIZAO DO ESTGIO
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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humanista centrada na pessoa. So Paulo: Summus.
Costa, W. G. (1996). Socionomia com expresso de vida: um
modelo de sistematizao da teoria de Moreno. Fortaleza:
Fundao de Estudos e Pesquisas Socionmicas do Brasil.
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psicodrama teraputica. Revista Brasileira de Psicodrama, 8
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Erthal, T. C. (1995). Treinamento em psicoterapia vivencial.
Petrpolis, RJ: Vozes.
Miranda, M. L. (1993). Construindo a relao de ajuda: guia do
treinador. Belo Horizonte: Crescer.
Moreno, J. L. (1997). Psicodrama. So Paulo: Cultrix.
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Trad.) So Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado
em 1977)
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& Y.S. Patto Trad.) So Paulo: EPU.
Tavora, M. T. (2001). Treinamento em psicoterapia individual, de
grupo e de casal: um guia para supervisores e terapeutas
iniciantes. Fortaleza: Programa Editorial Casa de Jos de Alencar.
Recebido em 07/11/2002
Revisado em 15/04/2002
Aceito em 26/04/2002
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