Livro de Química Inor Teórica
Livro de Química Inor Teórica
Livro de Química Inor Teórica
APRESENTAO
Este texto foi elaborado com o objetivo de proporcionar ao aluno de
Educao a Distncia uma melhor compreenso dos assuntos referentes a cada
captulo constante do programa da disciplina Qumica Inorgnica Terica.
A Qumica Inorgnica uma cincia que se ocupa da investigao
experimental e interpretao terica das propriedades e reaes de todos os
elementos e seus compostos exceto os hidrocarbonetos e muitos de seus
derivados.
Para garantir o domnio e a abrangncia do assunto, este texto est focado
nas tendncias em reatividade, estrutura e propriedades dos elementos e seus
compostos em relao sua posio na tabela peridica. Essas tendncias
peridicas gerais so base do entendimento inicial.
Os compostos inorgnicos variam dos slidos inicos, que podem ser
descritos pelas aplicaes simples da eletrosttica clssica, aos compostos
covalentes e aos metais, que so mais bem descritos pelos modelos que tm sua
origem na mecnica quntica. Para a racionalizao e a interpretao da maioria
das propriedades inorgnicas, usamos os modelos qualitativos baseados na
mecnica quntica, como as propriedades dos orbitais atmicos e seu uso para
formar orbitais moleculares.
Dois tipos de reaes fundamentais ajudam a sistematizar a qumica
inorgnica. As reaes de cidos e bases resultantes da transferncia de um
prton ou compartilhamento de pares de eltrons e aquela que ocorre pela
oxidao e pela reduo.
Os complexos metlicos, nos quais um nico tomo central metlico ou on
est rodeado por vrios tomos ou ons, tm um papel importante em qumica
inorgnica, especialmente para os elementos do bloco d.
No final de cada capitulo voc encontrar uma lista de exerccios, os quais
servem para consolidar o seu entendimento. Procure o seu Tutor local para
dvidas e esclarecimentos.
Finalizando esta apresentao vejamos o que Shriver e Atkins (2003)
relatam sobre o desenvolvimento da qumica inorgnica.
SUMRIO
APRESENTAO
1
ESTRUTURA DO TOMO
1.1 Origem dos Elementos
1.2 tomos Hidrogenides
1.3 tomos Poliatmicos
1.4 Parmetros Atmicos
1.5 Exerccios
2
LIGAES QUMICAS E ESTRUTURAS
2.1 Teoria da Ligao de Valncia
2.2 Teoria do Orbital Molecular
2.3 Propriedades das Ligaes
2.4 Exerccios
3
SLIDOS INORGNICOS SIMPLES
3.1 O modelo de Empacotamento de esferas
3.2 Metais
3.3 Slidos Inicos
3.4 Exerccios
4
CIDOS E BASES
4.1 O conceito de Arrhenius
4.2 O conceito de Bronsted Lowry
4.3 O conceito de Lewis
4.4 cidos e bases duros e moles
4.5 Solventes cidos e bsicos
4.6 Alguns solventes no aquosos
4.7 Exerccios
5
OXIDAO E REDUO EM SISTEMAS INORGNICOS
5.1 Conceitos Fundamentais
5.2 Obteno de Elementos
5.3 Semi-reaes Redox
5.4 Potenciais Padro
5.5 Fatores Cinticos
5.6 Estabilidade Redox em gua
5.7 Diagramas de Representao dos Potenciais
5.8 Exerccios
6
INTRODUO A COMPOSTOS DE COORDENAO
6.1 Nmero de Coordenao e Geometria
6.2 Isomeria em Compostos de Coordenao
6.3 Formulao e Nomenclatura de Complexos
6.4 Ligao Qumica em Compostos de Coordenao
6.5 Exerccios
7
INTRODUO A ORGANOMETLICOS
7.1 Introduo
7.2 Definio, Formulao e Nomenclatura
7.3 Ligao Qumica em Organometlicos
7.4 O Ligante CO
7.5 Exerccios
REFERNCIAS
ANEXO 1: A Tabela Peridica
5
6
19
32
40
53
57
67
71
81
84
86
86
94
101
115
117
117
118
133
136
140
142
146
149
149
150
152
153
162
163
169
178
180
193
200
208
211
225
228
228
230
232
236
243
244
245
246
247
H H
+
-4
Psitron
e
5,486x10
0
+1
Partcula
Ncleo
de
4
+2
4
2+
2He
Partcula
e- expulso do
0
-1
ncleo
Radiao
0
0
Fton
eletromagntica
do ncleo
Spin
12
6C
Esta equao representa a reao nuclear na qual uma partcula (alfa) se funde
com um ncleo de carbono 12 para originar um ncleo de oxignio 16 e um fton
de raios (gama)
Note que, numa equao nuclear balanceada,
2He
+
8
4Be +
4
2He
4
2He
4Be
12
6C
( estvel )
13
7N
13
6C
1
1p
14
7N
14
7N
1
1p
15
8O
15
8O
15
7N
157N + e+
+ 11p 126C +
1
1p
13
7N
12
6C
+ e+ +
13
6C
4
2
4 11p
4
2
+ 2e+ 2
+ 3
12
6C
24
6C
12
6C
23
6C
12
6C
20
12
12
6C
12Mg
11Na
10Ne
1p
E a queima do oxignio
16
8O
16
8O
31
16S
0n
16
8O
16
8O
31
15P
1p
7N
0n
14
6C
1
1p
Esta reao ainda continua em nossa atmosfera como resultado do impacto dos
raios csmicos e contribuem para estabelecer o estado de concentrao do C-14.
H processos de queima de outros elementos leves, alm do C e O, porm,
ocorrem somente a temperaturas mais elevadas e assim na fase final da evoluo
estrelar, seguindo este processo para formar elementos com Z at 26.
Assim, podemos concluir que:
Os elementos mais leves originaram-se de reaes nucleares nas
estrelas, formadas de hidrognio e Helio primitivos.
Os elementos mais pesados so produzidos por uma variedade de
processos que consomem energia. Esses processos incluem a captura de
nutrons livres, e emisso de eltrons formando ncleos dos elementos com
Z>26.
68
30Zn
69
31Ga
0n
0n
69
30Zn
70
31Ga
69
31Ga
70
32Ge
+ e- (
-)
+ e- (
-)
Aps isso, a temperatura torna-se to alta que ncleos estveis podem dissociarse em muitas partculas:
56
26Fe
+ h
28
14Si
+ 6 42He + 4 10n
Isto produz uma reao em cadeia muito rpida, com liberao de energia
e elementos mais leves dentro da estrela, criando uma supernova (a exploso de
uma estrela). Em seu interior, devido ao fantstico fluxo de nutrons, pode ocorrer
a captura de vrios nutrons por um nico ncleo, antes que um decaimento
beta (emisso de eltrons do ncleo) possa ocorrer. Este um processo rpido
que aumenta o nmero atmico dos ncleos conforme nutrons so
10
11
repulso
entre
os
prtons.
Assim
relao
N/P
aumenta
12
0n
11p + +
ZZ+1
Exemplo:
14
6C
14
7N
+ +
87
36Kr,
87
36Kr
8636Kr +
1
0n
1p
10n + e+ +
Z Z-1
Exemplo:
19
10Ne
19
9F
+ e+ +
13
1p
+ e-10n +
7
4
Be + e - 73Li +
238
92U
23490Th + 42
m = mncleons mncleo
A perda de massa est relacionada energia de ligao, que mantm
unidos no ncleo os prtons e nutrons.
Energia de ligao: energia equivalente a perda de massa proveniente da
sntese de qualquer ncleo a partir de suas partculas componentes.
Um ncleo estvel deve ter menos energia que as partculas constituintes,
caso contrrio ele no se formaria. Quanto maior for a energia liberada para
formar um ncleo, menor ser o contedo de energia do ncleo e, portanto, maior
ser sua estabilidade (Figura 1.2).
Haver liberao de energia quando:
Os ncleos mais pesados se cindirem;
Os ncleos mais leves se fundirem.
Energia e massa se relacionam entre si pela equao de Einstein, E = mc2,
onde, E a energia liberada, m a massa e c a velocidade de luz (3 x 108 m s-1).
14
Eligao = 931
m
15
Nas Estrelas
O Sol constitudo de 80% de H2, 19% de He e 1% de outros.
As demais estrelas so constitudas predominantemente de H2 e He. Se
formam tambm grandes quantidades de C, N, Ne, Mg, Si e Fe, conjuntamente
com quantidades menores de outros elementos.
Na Terra
De todas as hipteses sobre o comeo da Terra, a mais certa postula uma
poca quando sua substncia era uma massa homognea de matria csmica. A
origem desta matria tem duas hipteses:
16
ELEMENTO
Oxignio (O)
Silcio (Si)
Alumnio (Al)
Ferro (Fe)
Clcio (Ca)
Sdio (Na)
Potssio (K)
Magnsio (Mg)
Total
%
46,6
27,7
8,1
5,0
3,6
2,8
2,6
2,1
98,5
VOLUME
91,77
0,80
0,76
0,68
1,48
1,60
2,14
0,56
99,87
17
capturaK
40
18Ar
No Corpo Humano
Os seres vivos se encontram na biosfera de forma organizada, em que das
clulas formaram-se os tecidos; destes tecidos formaram-se os organismos e os
indivduos.
Neste
mosaico,
os
elementos
qumicos
esto
presentes
como:
18
em:
Macronutrientes:
assim
chamados
pela
necessidade
de
grandes
19
ELEMENTO
Oxignio
Carbono
Hidrognio
Nitrognio
Clcio
Fsforo
Traos outros elementos
%PESO
65
18
10
3
2
1
1
ELEMENTO
Nitrognio
Fsforo
Potssio
Sdio
Enxofre
Clcio
Ferro
Zinco
Iodo
FUNO
Faz parte da composio protica e de outros compostos
como a uria.
Faz parte da composio de cidos nuclicos (ADN e RNA)
ATP (Adenosina Trifosfato), e tambm fornecedor de
energia ao processo metablico.
Fundamental na descarga energtica das clulas nervosas e
cardacas. abundante no interior das clulas (metabolismo).
Participante na manuteno do equilbrio hdrico do SER e no
processo de despolarizao da clula nervosa e cardaca.
Algumas protenas e vitaminas o tm nas suas composies
Influencia na permeabilidade da membrana celular.
Presente na hemoglobina - muito importante no carregamento
do oxignio no sangue.
Necessrio para sntese de substncias, para o crescimento
(sua ao no nvel de Sistema Nervoso Central).
Compe os hormnios tireodianos.
20
21
2d = 1
Esta expresso simplesmente exprime que a probabilidade total de encontrar o
eltron em algum lugar deve ser 1.
Figura 1.3. A interpretao de Born
da funo de onda que seu
quadrado uma densidade de
probabilidade. H densidade de
probabilidade zero no ndulo. Na
parte inferior da ilustrao, a
densidade de probabilidade
indicada pela densidade da
sombra.
Fonte:Qumica Inorgnica Shriver
e Atkins 3 Ed.
22
tomos esto prximos o suficiente para formar uma ligao, pode haver um
significativo aumento da probabilidade de encontrar as partculas naquela regio.
Interferncia destrutiva ocorre quando uma regio positiva de uma funo de
onda pode ser cancelada por uma regio negativa de uma segunda funo de
onda. Este tipo de interferncia reduz muito a probabilidade de uma partcula ser
encontrada naquela regio (Figura 1.4b).
A interferncia de funes de onda de grande importncia na explicao
das ligaes qumicas.
Orbitais Atmicos so as funes de onda de um eltron em um tomo
hidrogenide. So fundamentais para a maioria das interpretaes da qumica
inorgnica e vamos nos deter na descrio de suas formas e significado.
A funo de onda para uma partcula encontrada resolvendo-se a
equao de Schrdinger, uma equao diferencial parcial proposta por Ervin
Schrdinger em 1926.
A equao de Schrdinger, para sistema tridimensional :
-(h2/2me)(
2/
x2 + 2/
y2 + 2/
z2)
+ V
= E
Quando esta equao resolvida para uma partcula livre, descobre-se que
no h restries em energia, assim, ela pode existir com todas as energias
possveis. Entretanto, quando a equao resolvida para uma partcula que est
confinada a uma regio pequena do espao ou est ligada a um centro atrativo,
igual um eltron em um tomo, solues aceitveis podem ser obtidas somente
para determinadas energias. Falamos de energia como sendo quantizada,
significando que est confinada a valores discretos. Esta quantizao da maior
importncia em qumica no que se refere aos tomos e molculas, e
determina as ligaes que podem formar.
As funes de onda obtidas pela resoluo da equao de Schrdinger para
tomos hidrogenides
nmeros,
23
24
25
26
nm = Rn(r)Ym (,)
Que expressa a idia simples de que o orbital hidrogenide pode ser escrito como
produto de uma funo R do raio e a funo Y das coordenadas angulares.
A funo de onda radial, R, determina a variao do orbital com a
distncia do ncleo e tem a forma:
Rn(r) = f(r) (Z/ao)3/2 e-/2
Onde ao o raio de Bohn (0,53) e = 2Zr/nao.
27
28
Desse modo, h uma distncia na qual o eltron pode ser mais facilmente
encontrado. Em geral esta distncia decresce medida que a carga nuclear
aumenta (porque o eltron atrado mais firmemente para o ncleo) e aumenta
com o aumento em n porque, sendo a energia maior, mais facilmente o eltron
ser encontrado longe do ncleo.
A distncia mais provvel de um eltron estar do ncleo no estado de menor
energia de um tomo hidrogenide no ponto onde P mnimo. Para um
eltron1s, num tomo hidrogenide de nmero atmico Z, este mximo ocorre
em:
rmax = ao/Z
Percebemos que a distncia mais provvel de um eltron 1s decresce com o
aumento do nmero atmico.
29
Diagramas de superfcie-limite
Superfcie-limite de um orbital indica a regio dentro da qual o eltron
mais facilmente encontrado; orbitais com nmeros qunticos possuem
planos nodais.
Provavelmente o meio mais usado para a representao grfica dos
orbitais.
30
31
32
Aproximao Orbital
Utilizada pelos qumicos inorgnicos
inorgnicos para explicar as formas aproximadas
dos tomos polieletrnicos.
33
sero
marcadamente
diferentes
daquelas
dos
tomos
Valores com clculos mais precisos do que os obtidos por Slater esto
colocados na tabela 5, abaixo.
Tabela 1.5. Carga nuclear efetiva Zef de alguns elementos da tabela peridica.
Z
1s
Z
1s
2s
2p
Z
1s
2s
2p
3s
3p
H
1
1,00
He
2
1,69
Li
3
2,69
1,28
Be
4
3,68
1,91
B
5
4,68
2,58
2,42
C
6
5,67
3,22
3,14
N
7
6,66
3,85
3,83
O
8
7,66
4,49
4,45
F
9
8,65
5,13
5,10
Ne
10
9,64
5,76
5,76
Na
11
10,63
6,57
6,80
2,51
Mg
12
11,61
7,39
7,83
3,31
Al
13
12,59
8,21
8,96
4,12
4,07
Si
14
13,57
9,02
9,94
4,90
4,29
P
15
14,56
9,82
10,96
5,64
4,89
S
16
15,54
10,63
11,98
6,37
5,48
Cl
17
16,52
11,43
12,99
7,07
6,12
Ar
18
17,51
12,23
14,01
7,76
6,76
34
Nota-se que atravs de cada perodo a carga nuclear efetiva dos eltrons
de Valncia aumenta com o aumento do nmero atmico.
O princpio de Pauli
No mximo dois (2) eltrons podem ocupar um nico orbital e, se os
dois ocupam o mesmo orbital, seus spins devem estar emparelhados.
Na notao usual emparelhado significa que um eltron deve ter spin ,
o outro e o par .
Outra forma de expressar este princpio vem da observao de que:
Um eltron em um tomo descrito por quatro (4) nmeros qunticos
e, assim, dois (2) eltrons no podem possuir os quatro nmeros qunticos
iguais.
Configurao do estado fundamental de um tomo: a seqncia de
ocupao dos orbitais por seus eltrons no estado fundamental.
Estado Fundamental: estado de menor energia.
Podemos investigar, agora, a questo da configurao eletrnica dos
tomos de cada elemento no estado fundamental. O que se faz sistematicamente,
organizando as configuraes na ordem crescentes dos nmeros atmicos.
Nessa construo deve-se respeitar o princpio da excluso, e cada eltron deve
ir para o orbital de mais baixa energia que no estiver ainda ocupado. Assim, o
segundo eltron do hlio pode ir para o orbital 1s, dando 1s2. Isto porque, de
acordo com a aproximao orbital, supe-se que ambos os eltrons ocupam um
orbital atmico que teria a mesma forma esfrica do orbital hidrogenide 1s,
porm com uma forma radial mais compacta: a carga nuclear efetiva + 1, 69, e
35
Penetrao e Blindagem
Para um determinado eltron em um tomo, quanto mais prximo do
ncleo ele puder penetrar, maior ser o valor da Zef que ele sentir.
No caso do Li, se considerarmos o eltron 2s externo a dois eltrons 1s
de uma camada interna, ele (o eltron) experimentaria uma carga nuclear
centrossimtrica lquida de 3e - 2e = +e; isto , Zef seria igual a 1. Mas, a Zef do
eltron 2s de 1,28 , o que sugere que o eltron 2s no permanece totalmente
fora da camada dos eltrons 1s.
Podemos observar atravs da figura1.17, que existe uma probabilidade maior que
zero de o eltron 2s penetrar a camada 1s, e experimente a carga nuclear total.
Um eltron 2p no penetra na camada interna to efetivamente porque ele possui
um plano nodal no ncleo; deste modo, est mais blindado a partir do ncleo
pelos eltrons mais internos.
36
Podemos concluir que um eltron 2s tem uma energia menor (esta ligado
mais firmemente) do que o eltron 2p, e desse modo configurao eletrnica do
estado fundamental do Li : 1s2 2s1.
Como resultado do efeito de penetrao e blindagem, a ordem de energia para
tomos polieletrnicos normalmente:
ns<np<nd<nf.
A variao da energia dos orbitais atravs da Tabela Peridica est
mostrada na figura 1.18.
Como pode ser observado, os efeitos so bastante sutis e a ordem de energia
dos orbitais depende muito do nmero de eltrons presentes no tomo.
37
38
Explicao:
Exemplo: Para o Li. Camada interna: 1. Orbital interno: 1s. Como a camada
interna do Li tem configurao 1s2, a mesma do He, ela algumas vezes referida
como [He]
A configurao do Li pode ser escrita: [He] 2s1. Este tipo de representao
abreviada, usando-se o caroo (cerne) do gs inerte mais prximo, chamado de
configurao espectroscpica simplificada.
39
dos
estados
fundamentais
(juntamente
com
clculos
40
N de e- de valncia
s, d
G -10
ns
Elementos do grupo
Bloco p
ns2, np
principal
Bloco d
(n-1)d, ns2
Metais de transio
Bloco f
(n-2)f, (n-1)do,ns2
41
Raio relativo
1,00
0,97
0,96
0,88
42
Be
1,12
Mg
1,60
Ca
1,97
Sr
2,15
Ba
2,24
Sc
1,64
Y
1,82
Lu
1,72
Ti
1,47
Zr
1,60
Hf
1,59
V
1,35
Nb
1,47
Ta
1,47
Cr
1,29
Mo
1,40
W
1,41
Mn
1,27
Tc
1,35
Re
1,37
Fe
1,26
Ru
1,34
Os
1,35
Co
1,25
Rh
1,34
Ir
1,36
Ni
1,25
Pd
1,37
Pt
1.39
Cu
1,28
Ag
1,44
Au
1,44
Zn
1,37
Cd
1,52
Hg
1,55
B
0,88
Al
1,43
Ga
1,53
In
1,67
Tl
1,71
C
0,77
Si
1,18
Ge
1,22
Sn
1,58
Pb
1,75
N
0,74
P
1,10
As
1,21
Sb
1,41
Bi
1,82
O
0,66
S
1,04
Se
1,04
Te
1,37
F
0,64
Cl
1,14
Br
1,14
I
1,33
43
esperar
com
base
no
fato
do
nmero
de
eltrons
ser
consideravelmente maior.
Exemplo: Mo raio metlico = 1,40
W raio metlico = 1.41
A reduo do raio chama-se contrao lantandica.
Explicao:
44
separao
internuclear
de
ons
45
46
47
H
0,754
Li
0,618
Be
-0,5
B
0,277
C
1,263
N
-0,07
Na
0,548
Mg
-0,4
Al
0,441
Si
1,385
P
0,747
K
0,502
Rb
0,486
Ca
-0,3
Sr
-0,3
Ga
0,30
In
0,3
Ge
1,2
Sn
1,2
As
0,81
Sb
1,07
O
1,461
-8,75
S
2,077
-5,51
Se
2,021
Te
1,971
F
3,399
He
-0,5
Ne
-1,2
Cl
3,617
Ar
-1,0
Br
3,365
I
3,059
Kr
-1,0
Xe
-0,8
48
Assim:
49
50
Eletronegatividade de Mulliken (
M )
Mulliken props esta definio usando dados obtidos do espectro atmico,
e a definiu como a mdia de energia de ionizao e afinidade eletrnica de um
elemento.
M = (I + Ae)
Se ambos I e Ae so elevados, ento a eletronegatividade alta, se ambos
so baixos a eletronegatividade baixa.
Converso entre a eletronegatividade de Pauling e Mulliken:
P = 1,35 1,37
A variao da eletronegatividade na tabela peridica se encontra na figura 1.21,
abaixo.
Polarizabilidade ()
a habilidade de um tomo ou on (mais geralmente, um nion) de ser
distorcido por um campo eltrico.
Um tomo ou on polarizvel aquele com orbitais de fronteira que possuem
energias prximas; tomos e ons grandes, pesados, tendem a ser altamente
polarizveis.
Propriedades ticas
Cor
A cor surge porque a energia absorvida ou emitida nas transies
eletrnicas corresponde aos comprimentos de onda da regio da luz visvel.
51
Propriedades Magnticas
Quando uma substncia colocada num campo magntico de intensidade
H, a intensidade do campo magntico na substncia poder ser maior ou menor
que H.
Se o campo na substncia for maior que H, a substncia paramagntica.
O paramagnetismo surge como uma conseqncia de spins de eltrons
desemparelhados do tomo.
52
compostos
diamagnticos
todos
os
spins
eletrnicos
esto
emparelhados.
Quando os elementos do grupo dos metais alcalinos formam compostos todos
os eltrons so emparelhados. Por causa disso, seus compostos so
diamagnticos.
53
1.5 Exerccios.
1. Quais so os subnveis associados ao nvel n = 5? Correlacione as letras
simbolizando os subnveis aos valores correspondentes do nmero quntico do
momentum angular.
2. Quais so os smbolos dos orbitais compreendidos:
a) no nvel n = 1, subnvel l = 0 ?
b) no nvel n = 3, subnvel l = 2 ?
c) no nvel n = 2 ?
3. Qual o valor de para r = no orbital 1s ?
4. Explique por que um tomo de um determinado elemento qumico ao emitir
uma partcula beta origina um tomo de outro elemento qumico?
5. Determine o defeito de massa na reao
dados:Massa de
4
2He
4
2He
1
1p
3
2He
1
on
a partir dos
1
on
1,0086654 u.
6. Determine a energia de ligao em Mev no ncleo de Deutrio cuja massa
molar de 2,01355 g.
Dados: massa molar do H = 1,0078252 g ; massa de 1 mol de 1on = 1,0086654 g ;
1 u. = 931,4 Mev.
7. Escreva as equaes que representam cada um dos seguintes processos
nucleares:
a) emisso de psitron pelo 12051Sb.
b) emisso beta pelo 3516S.
c) emisso alfa pelo 22688Ra.
d) captura de eltrons K pelo 74Be.
8. Utilize o principio da edificao para escrever as configuraes eletrnicas de
elementos de nmeros atmicos 7, 18, 29, 42, 52, 74, 78 e 92. Use a notao
espectroscpica simplificada.
9. He+ e H so isoeletrnicos, ou seja, tm a mesma estrutura eletrnica, e seus
espectros so semelhantes. A transio de n = 1 para n = em He+ envolve
maior ou menor energia do que a transio correspondente em H? Explique.
10. Considere as designaes 4f, 3s, 3dz2, 4p, 3d e 3px. Quantos orbitais h em
cada uma delas?
54
b) n = 3, l = 1 ;
e) n = 2, l = 2, ml = 0 ;
c) n = 5, l = 1;
d) n = 3, l = 1, ml = 1 ;
f) n = 2, ms = 1/2.
b) 3s,3px.
c) 3px, 3py.
d) 3py, 3dz2.
e) 3dz2, 4p.
18
e 1 J -----107 erg.
16. Quantos prtons h no on X3+ de configurao 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d10?
17. A distribuio eletrnica do tomo de molibdnio, Mo, : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
3d10 4s2 4p6 4d5 5s1. O conjunto de nmeros qunticos: n, l, ml e ms para o 5o
eltron de 2p6 dado por: 2,1,0,-1/2. Fornea, segundo esse modelo, o conjunto
dos nmeros qunticos para o 8o eltron do 3d10.
18. A qual das seguintes espcies aplica-se a teoria de Bohr? a) H; b) H+ ; c) He;
d) He+ e) Li; f) Li+ ; g) Li2+ ; h) Be; i) Be+; j) Be2+ ; l) Be3+ .
19. D o nome e o smbolo para cada um dos tomos que tm no estado
fundamental a seguinte configurao eletrnica no nvel mais externo.
a) 2s2 ; b) 3s2 3p5 ; c) 3s2 3p6 4s2 ; d) 3s2 3p6 3d6 4s2 ; e) 5s2 5p2 ; f) 5s2 5p6 .
20. Escreva equaes balanceadas para as seguintes reaes nucleares (mostre
as emisses do excesso de energia como um fton de radiao eletromagntica,
): a) 14N + 4He para produzir 17O ; b) 12C + p para produzir 13N ; c) 14N + n para
produzir 3H e
12
superior).
21. Uma possvel fonte de nutrons no processo de captura de nutrons a
reao do
22
25
Mg e nutrons. Escreva a
55
b) K ou Cu.
K+
Cl-
Al3+
Te2-
1a
2a
3a
Li
520
7298
11815
Mg
720
1451
7733
Al
578
1817
2745
Pede-se:
a) Qual desses elementos tem tendncia para formar um ction + 1?
56
1a Ae (Kjmol-1)
Li
- 59,8
Be
- 27
- 122,3
- 141,1
- 328
57
capitulo 3.
Como definido acima, uma ligao covalente resulta do compartilhamento
de um par de eltrons entre os tomos. A fora de ligao resulta da atrao
entre estes eltrons compartilhados e os ncleos positivos dos tomos que
participam da ligao. Neste sentido, os eltrons servem como uma espcie de
cola que liga os tomos entre si. A estabilidade desta ligao provm de um
decrscimo da energia do par de tomos que se ligam. A anlise da variao
dessa energia complicada. e ser discutida mais adiante, ainda neste capitulo.
A ligao covalente mais simples que podemos examinar ocorre entre
tomos de hidrognio (H) na molcula de H2. Cada tomo de H completa sua
camada de valncia adquirindo uma frao de um eltron de outro tomo.
Podemos indicar a formao da molcula do H2, usando smbolos de Lewis, como
H+ H H H
58
Regra do octeto
Diz que, cada tomo em um composto covalente tende a
adquirir octeto atravs do compartilhamento de eltrons.
Octeto: significa o nvel de valncia com a configurao s2p6, que a
configurao estvel caracterstica dos gases nobres. Uma exceo o tomo de
hidrognio, que preenche sua camada de valncia, o orbital 1s, com dois
eltrons.
Um nico par de eltrons compartilhados simbolizado por AB; ligaes
duplas (A=B) consistem de dois pares de eltrons compartilhados; ligaes
triplas (AB) consistem de trs pares de eltrons compartilhados.
Pares de eltrons de valncia no compartilhados em tomos so chamados de
pares no ligantes ou pares solitrios.
A regra do octeto fornece uma maneira simples de construir uma estrutura
de Lewis.
Estrutura de Lewis: um diagrama que mostra o padro de ligaes e pares
solitrios em uma molcula.
Etapas a serem seguidas para representar uma estrutura de Lewis:
1. Calcular o nmero total de eltrons de valncia disponveis em todos
os tomos, na molcula ou on. Cada carga negativa sobre um on
corresponde a um eltron adicional; cada carga positiva corresponde
perda de um eltron.
2. Colocar os smbolos dos elementos prximos. O de menor
eletronegatividade normalmente o central, como em CO2 e SO42-,
mas h um grande nmero de excees bem conhecidas (H2O e NH3,
entre elas).
59
60
Deve ser entendida como uma mistura de estrutura, e no como uma alternncia
entre elas. A estrutura mista de duas ou mais estruturas de Lewis chamada de
hbrido de ressonncia.
61
62
muito improvvel que a menor energia ser alcanada com uma carga
positiva sobre o tomo de F (regra 4) ou sobre um tomo de N (regra 3); assim,
as duas estruturas com ligao N=O devero predominar na ressonncia.
Hipervalncia
Estado adquirido por certas espcies de molculas que demandam a
presena de mais do que um octeto de eltrons ao redor de um tomo.
Exemplos: Espcies como ClF3,PCl5, AsF6-, SF6, IF7 e inmeros compostos de
metais de transio.
Espcies para as quais a estrutura de ressonncia inclui octeto expandido,
mas no necessariamente possuem mais do que oito eltrons de valncia, no
so consideradas hipervalentes: ento o SO42- no hipervalente, muito embora
algumas estruturas de Lewis tm 12 eltrons na camada de valncia do enxofre.
A explicao tradicional de Hipervalncia (para o SF6, por exemplo) e da
expanso do octeto em geral (para certas estruturas de Lewis do SO42-, por
exemplo) invoca a disponibilidade de orbitais d parcialmente preenchidos, que
podem acomodar os eltrons adicionais.
O modelo RPECV
O modelo de repulso de pares eletrnicos da camada de valncia da
forma molecular uma simples extenso das idias de Lewis e muito til para
prever a forma de molculas poliatmicas.
63
1
( n de e - da 1 etapa n de e - da 2 etapa)
2
64
Arranjos dos
NCT tomos + pares
e- isolados.
2
Linear
Linear
Geometria
Trigonal planar
Angular( AX2E)
Tetradrica (AX4)
4
Tetradrica
Piramidal trigonal (AX3E)
Angular (AX2E2)
Bipiramide
trigonal
Octadrica (AX6)
Octadrica
Pirmide quadrada (AX5E)
65
Molcula BF3
1 passo: 3(e- boro) +3 x 7(e- flor) = 24
2 passo: 3 x 8 = 24
3 passo:
1
(24 24) = 0
2
4 passo: 3 + 0 = 3
5 passo: Trigonal plano
6 passo: Trigonal planar.
Molcula do on hidrnio, H3O+
1 passo: 6(e- oxignio) + 3 x 1(e- hidrognio) 1(carga positiva) = 8
2 passo: 3 x 2 = 6
3 passo:
1
( 8 -6) = 1
2
4 passo: 3 + 1 = 4
5 passo: Tetraedro
6 passo: Piramidal trigonal
1
(34 32) = 1
2
4 passo: 4 + 1 = 5
5 passo: Bipiramide trigonal
6 passo: Tetradrica distorcida
Na geometria octadrica, os pares solitrios tendem a ocupar posies
opostas.
66
1
(36 32) = 2
2
4 passo: 4 + 2 = 6
5 passo: Octadrica
6 passo: Quadrtica plana.
Modificaes da forma bsica
Como o nmero de pares de eltrons tem sido usado para identificar a
forma bsica de uma molcula, ajustes so feitos levando em conta as diferenas
na repulso eletrosttica entre regies ligadas e pares solitrios.
Geralmente, as repulses encontram-se na ordem:
Par solitrio / par solitrio > par solitrio / regio ligante > regio ligante /
regio ligante.
Em consideraes elementares, o maior efeito de repulso de um par solitrio
explicado supondo-se que o par solitrio est em mdia mais prximo do ncleo
do que um par ligante e deste modo repele mais fortemente outros pares de
eltrons.
A presena de pares de eltrons isolados nas molculas de H2O e NH3, por
causa de sua exigncia de maior espao, tende a repelir os pares de eltrons das
ligaes e assim reduzir o ngulo de ligao para pouco menos que 109. ngulo
de ligao da H2O 104,5 e do NH 3 de 107.
Molculas com ligaes : todos os eltrons em uma ligao seguem a
mesma direo no espao que os eltrons da ligao sigma ().
Ligaes no influenciam na forma da molcula.
A representao mais simples de uma ligao covalente, como par de
pontos compartilhados entre dois tomos no suficiente para justificar a
estrutura molecular. Assim examinaremos algumas das teorias desenvolvidas
para justificar a ligao covalente e a forma da molcula. Devemos lembrar
67
sempre, nessa discusso, que cada teoria representa uma tentativa de descrever
o mesmo fenmeno fsico.
Nenhuma das teorias perfeita assim, basta levar em considerao apenas
uma delas. Cada teoria tem seu ponto forte e seu ponto fraco.
Existem duas abordagens importantes para a ligao qumica, que so
baseadas nos resultados da mecnica quntica:
68
69
ligao
em
pelo
ligaes.
A configurao do estado fundamental do C
2s2 2px1 2py1, que sugere que um tomo de C
seria capaz de formar somente duas ligaes e
no quatro.
70
Hibridizao
A descrio da ligao em molculas AB4 do grupo 14 est incompleta
porque parece implicar a presena de trs ligaes de um tipo (formado dos
orbitais B e A2p) e uma quarta ligao de caracterstica diferente(formado
dos orbitais B e A2s), enquanto que todas as evidncias (comprimento de
ligao, fora e forma) apontam para a equivalncia das quatro ligaes A B.
Este problema superado imaginando que a distribuio da densidade
eletrnica no tomo promovido equivalente densidade eletrnica na qual cada
eltron ocupa um orbital hbrido formado pela interferncia entre os orbitais A2s
e A2p.
Orbitais hbridos: formados pela associao de dois ou mais orbitais atmicos,
possuindo propriedades direcionais diferentes das dos orbitais atmicos dos quais
eles foram formados.
As combinaes lineares especficas que originam os quatros orbitais hbridos
equivalentes so:
h1 = s + px + py + pz
h2 = s px py + pz
h3 = s px + py pz
h4 = s + px py - pz
71
NC
2
3
4
5
6
Orbitais
hbridos
sp
sp2
sp3
dsp3
d2sp3
geometria
linear
Trigonal plana
tetradrica
Bipiramidal trigonal
octadrica
ngulo de
ligao
180
120
109,5
120 e 90
90
exemplos
CO 2, BeH2
NO 3-, O3
H 2O, ClO3PCl 5, ICl2BrF 5, XeF4
72
73
Tem maior energia que os orbitais que lhe deram origem, e por isso
chamado antiligante.
74
75
moleculares.
Obtidos
atravs
de
medidas
experimentais
76
77
Figura
2.10.
Ordenamento
alternativo das energias dos orbitais
em
molculas
diatmicas
homonucleares do Li2 ao N2.
Fonte: Qumica Inorgnica Shriver
e Atkins 3 Ed.
Para
molculas
diatmicas
homonucleares,
conveniente
78
79
80
O orbital 2
em grande parte antiligante e confinado principalmente
ao tomo de F e praticamente no contribui para a ligao.
81
O orbital 3
antiligante e tem principalmente o carter H1s: o orbital 1s
tem uma energia relativamente alta (comparada com os orbitais do F) e desta
forma contribui predominantemente para um orbital molecular antiligante de alta
energia.
Dois dos oito eltrons entram no orbital 1, formando uma ligao entre os dois
tomos.
Os outros seis entram nos orbitais 2 e 1; estes dois orbitais so em grande
parte antiligantes e confinados principalmente no tomo de F.
Assim, a configurao da molcula do HF 1
2 2
2 1
4.
Uma caracterstica importante de observar que todos os eltrons ocupam os
orbitais que so predominantemente do tomo de F.
2.3 Propriedades das ligaes
(a) Ordem de ligao, OL, avalia o nmero de ligaes totais entre dois tomos
no formalismo do orbital molecular. definida como:
OL = 1 (n n*) onde,
2
1 (2
2
+ 4 + 2 2) = 3.
Uma OL = 3 corresponde a uma molcula com uma ligao tripla, que est em
concordncia com a estrutura de Lewis :N
N:. A ordem de ligao alta refletida
na entalpia de ligao alta da molcula (+946 KJ mol-1), uma das mais altas para
qualquer molcula.
2) Determinar a ordem de ligao do on molecular N2+?
Resposta: A perda de um eltron do N2 conduz formao da espcie N2+ cuja
configurao :
N2+: 1
g2 1
u21
u42
g1, e a OL =
1 (2
2
+ 4 + 1 2) = 2,5.
82
1 (2
2
+ 4 + 2 2 ) = 3.
83
que uma ligao simples CC. Esta diferena tem profundas conseqncias em
qumica orgnica, particularmente para as reaes de compostos insaturados.
J para as ligaes NN, uma dupla ligao N=N (409 KJ mol-1) mais do
que duas vezes mais forte do que uma ligao simples NN (163 KJ mol-1), e
uma ligao tripla NN (945 KJ mol-1) mais do que cinco vezes mais fortes.
por causa desta tendncia que os compostos NN conectados por ligaes
mltiplas so estveis em relao aos polmeros ou compostos tridimensionais,
tendo somente ligaes simples.
Assim, para um dado par de elementos, a entalpia de ligao aumenta
medida que o comprimento da ligao decresce.
O comprimento da ligao tambm diminui medida que a carga positiva
aumenta.
Exemplos:
O2
OL = 2
comp./pm = 120,7
O2-
OL = 1,5
comp./pm = 126
OL = 3
comp./pm = 109,8
N2+
OL = 2,5
comp./pm = 111,6
84
2.4 Exerccios.
1. Dados os elementos abaixo, dizer qual o tipo de ligao provvel, quando de
sua unio:
a) alcalino 1A + halognio 7A
b) alcalino 1A + alcalino 1A
c) calcognio 6A + calcognio 6A.
2. Os elementos A, B e C tm nmeros atmicos respectivamente 9, 17 e 19. Que
tipos de ligaes existem entre os compostos AC e AB?
3. Utilizando frmulas eletrnicas, mostre quais dentre as seguintes molculas
poderiam atuar como receptoras de par eletrnico: CH4, NI3, BF3, AlCl3 e N2.
4. Descreva os tipos de ligaes em cada uma das seguintes espcies: NaCl, CH4,
NH4+ e H2O.
5. Quantos pares de eltrons ligantes e solitrios h nas molculas H2, F2, CH4 e
PCl3.
6. A tabela abaixo relaciona comprimentos e entalpias da ligao carbono-oxignio
nas molculas de CO2 e CH3OH. Discuta as tendncias observadas.
CO2
CH3OH
805
336
Comprimento de ligao/ pm
116
143
85
Figura 1
86
87
Algumas
propriedades
Alguns exemplos
Molecular
Molculas
ou
tomos
Inico
ons positivos e
negativos
Covalente
tomos
Metlico
ons positivos
Foras
de
London, dipolodipolo, ponte de
hidrognio
Atrao
eletrosttica entre
ons + e
Ligaes
covalentes
Macios,
geralmente com
baixo ponto de
fuso,
maus
condutores.
Duros,
quebradios,
altos pontos de
fuso,
maus
condutores (mas
condutores,
quando fundidos)
NaCl (sal)
CaCO3 (calcreo:
giz)
MgSO4 (sal de
Epsom)
Muito
duros,
pontos de fuso
altos,
maus
condutores.
Atrao
eletrosttica
entre
ons
positivos e o
mar de eltrons
Duros a moles,
de baixo a altos
pontos de fuso,
grande
brilho,
bons condutores.
SiC (carborundo)
C (diamante)
WC (carbeto de
tungstnio, usado
em ferramentas
de corte)
Clula unitria
Podemos imaginar uma rede se estendendo ao infinito em todas as
direes. Todavia, em princpio, para a descrio completa da rede ou de
88
89
Clula unitria primitiva (ou simples) tem um ponto de rede em cada vrtice e
em nenhuma outra parte.
Alm da clula simples, tambm possvel haver clula de corpo centrado, de
faces centradas e de bases centradas (Figura 3.3).
(b)
(a)
(c)
(d)
Figura 3.3. Os quatro tipos de clula unitria. (a) cbica. (b) Cbica de corpo
centrado. (c) Cbica de faces centradas. (d) Ortorrmbica de bases centradas.
cbico,
tetragonal,
ortorrmbico,
monoclnico,
triclnico,
rombodrico e hexagonal.
A clula unitria para cada rede pode ser descrita especificando-se as
quantidades a, b e c, que correspondem aos comprimentos das arestas da clula,
e os ngulos , e , que so os ngulos segundo os quais estas arestas se
interceptam umas com as outras, figura 3.4.
90
Sistema
Comprimento de Aresta
ngulos
Cbico
a=b=c
= = = 90
Tetragonal
a=bc
= = = 90
Ortorrmbico
abc
= = = 90
Monoclnico
abc
= = 90
Triclnico
abc
Rombodrico
a=b=c
= = 90
Hexagonal
a=bc
= = 90; = 120
91
92
93
A figura 3.8 tambm mostra que o buraco tem uma simetria octadrica
local, pois est rodeada por seis esferas vizinhas mais prximas, com seis centros
no vrtice de um octaedro. Se cada esfera rgida tem raio r, mostramos no
exemplo a seguir que cada buraco octadrico pode acomodar outra esfera dura
com um raio no superior a 0,414r.
Exemplo. Calcule o raio mximo de uma esfera que pode ser acomodada, em um
buraco octadrico, em um slido empacotado compacto composto de esfera de
raio r.
Resposta: A estrutura de um buraco octadrico, com o topo das esferas
removido, mostrada na figura 3.9.
94
Figura
3.10:
Buraco
tetradrico.
Fonte: Qumica Inorgnica
Shriver e Atkins 3 Ed.
95
Estrutura cristalina
Empacotada densa hexagonal(ech)
Empacotada densa cbica(cfc)
Cbica de corpo centrado(ccc)
Elementos
Be,Cd, Co, Mg, Ti, Zn
Ag, Al, Au, Ca, Cu, Ni, Pb, Pt
Ba, Cr, Fe, W, metais
alcalinos
Cbica primitiva (cbica P)
Po
Fonte: Qumica Inorgnica Shriver e Atkins 3 Ed.
Poltipos
Uma estrutura empacotada compacta no necessita ser de um dos tipos
comuns ABAB... ou ABCABC....Uma variao infinita de poltipos pode de fato
ocorrer, as camadas empacotadas compactas podem se empilharem de uma
maneira mais complexa.
96
Exemplo: O Co. Acima de 500 oC, cfc, mas sofre uma transio quando
resfriado. A estrutura que resulta uma srie de empilhamentos ao acaso de
camadas empacotadas compactas (ABACBA- BABC....).
Polimorfismo
a habilidade que alguns tomos metlicos possuem de adotar
diferentes formas cristalinas, sob diferentes condies de presso e
temperatura.
Geralmente so classificados como , , , ... com o aumento da temperatura.
Exemplo: O ferro polimrfico: -Fe que ccc, ocorre at 906 oC; -Fe, que
cfc, ocorre at 1401oC; e assim -Fe ocorre novamente at o ponto de fuso a
1530 oC. -Fe, que ech, formado a altas presses.
Uma substncia adota tipicamente um arranjo mais denso a altas presses
porque a energia de Gibbs da fase mais compacta menor que aquela da fase
menos densa, e a transio para a fase compacta torna-se espontnea.
A estrutura ccc comum a altas temperaturas para metais com
empacotamento compacto a baixas temperaturas, porque o aumento da
amplitude das vibraes atmicas no slido mais aquecido demanda uma
estrutura empacotada menos densa.
Para muitos metais como clcio, titnio e mangans, a temperatura de
transio esta acima da temperatura ambiente. Para outros como ltio e sdio, a
temperatura de transio est abaixo da temperatura ambiente.
A estrutura ccc favorecida por um nmero pequeno de eltrons de
valncia por orbital. Esta observao sugere que um mar de eltrons denso
necessrio para atrair ctions para o interior do arranjo empacotado compacto e
que os metais alcalinos no possuem eltrons de valncia suficientes para
alcanar tais empacotamentos compactos.
Ligas
uma mistura de metais preparada por meio da fuso de
componentes, logo depois resfriada.
Podem ser:
97
98
atmicos dos tomos metlicos hospedeiros devem ter no menos do que 0,90 ,
1,95 , 1,88 ou 1,80 , respectivamente.
Exemplo: os metais do perodo 4 prximo ao nquel( os quais tm raios atmicos
prximos a 2,3 ) forma uma srie extensiva de solues intersticiais com B, C e
N.
de brilho,
boa condutividade
eltrica e
trmica, e
sua
maleabilidade.
99
moleculares.
O orbital de mais baixa energia no tem ns entre os tomos vizinhos. O
orbital de mais alta energia tem um n entre cada par de vizinhos
A largura total da banda, a qual permanece finita mesmo com N
aproximando do infinito, depende da fora de interao entre os tomos vizinhos.
Quanto maior a fora de interao (quanto maior o grau de sobreposio entre os
vizinhos), maior a energia de separao dos orbitais com nenhum ndulo e os
orbitais que possuem ndulo.
Entretanto, qualquer que seja o nmero de orbitais atmicos usados para
formar os orbitais moleculares, h somente uma expanso finita das energias dos
orbitais (Figura 3.15).
100
Assim, a separao em energia entre os orbitais vizinhos deve aproximarse de zero medida que N aproxima-se do infinito; caso contrrio, o intervalo das
energias dos orbitais no seria finito. Isto :
Uma banda consiste de um nmero contvel mais prximo a um contnuo de
nveis de energia.
A banda acima, construda a partir de orbitais s, chamada de banda s.
Se h orbitais p disponveis, uma banda p pode ser construda de sua
sobreposio. Pelo fato de os orbitais p encontrarem-se em maior energia do que
os orbitais s da mesma camada de valncia, h freqentemente uma gap de
energia entre a banda s e a banda p (Figura 3.16). Entretanto, se as bandas
derivam de um amplo intervalo de energia e as energias atmicas s e p so
similares (como freqentemente o caso), ento as duas bandas se sobrepem.
A banda d similarmente construda da sobreposio dos orbitais d.
Devido ao fato de a ligao metlica depender da perda de eltrons, ela
caracterstica de elementos com baixa energia de ionizao, aqueles localizados
esquerda da tabela peridica, ao longo do bloco d e para uma parte dos
elementos do bloco p que se localizam prximos ao bloco d.
No muito mais complexa do que a ligao metlica a ligao inica,
presente nos slidos inicos que discutiremos no tpico seguinte.
101
102
Estruturas Comuns
(a) A estrutura do sal-gema (NaCl)
baseada em um arranjo cfc de nions volumosos no qual os ctions
ocupam todos os buracos octadricos (Figura 3.17).
O nmero de coordenao de cada tipo de on , 6; assim, diz-se que a
estrutura tem coordenao (6,6). Nesta notao, o primeiro nmero entre
parntese o de coordenao do ction, e o segundo o de coordenao do
nion.
Para visualizar o ambiente local de um on na estrutura do sal-gema, observamos
que os seis vizinhos mais prximos do on central da clula mostrada na figura
3.17 encontram-se nos centros das faces das clulas e formam um octaedro ao
redor do on central. Todos os seis vizinhos possuem uma carga que oposta
aquela do on central.
Os 12 segundos vizinhos mais prximos do on central esto no centro
das arestas da clula, e todos tm a mesma carga como o on central. Os oitos
terceiros vizinhos mais prximos esto nos vrtices da clula unitria, e possuem
uma carga oposta quela do on central.
103
conta como
conta como
Total
conta como
conta como
Total
104
105
A relao de raio (
).
a razo dos raios do menor on (r<) e do maior on (r>):
= r</r>
Esta razo d uma indicao do nmero de coordenao provvel (NC)
de um composto: quanto mais alto o raio, maior o nmero de coordenao.
Em muitos casos, r< o raio do ction e r> o raio do nion. A razo
mnima de raio que pode tolerar um dado nmero de coordenao ento
calculada considerando o problema geomtrico de empacotamento de esferas de
106
107
132
=
= 111
,
119
=
119
= 0,90
132
Desde que h duas vezes mais ons fluoretos que ons estrncios, o nmero de
coordenao do on estrncio deve ser duas vezes maior que o do fluoreto.
Nmeros de coordenao 8 (Sr2+) e 4 (F-) so compatveis com o nmero de
coordenao mximo permitido e com a estequiometria do cristal. Fluoreto de
Estrncio cristaliza com a estrutura fluorita.
Um segundo exemplo o Sn2O:
rSn4 +
rO 2
rO 2
rSn4 +
83
4+
= 0,66 Nmero de coordenao mximo do Sn = 6
126
126
= 1,52
83
108
152
= 1,21
126
126
= 0,83
152
109
HL
110
termos
energticos
envolvidos
na
desconhecido
do
ciclo
Etapa
Sublimao do K(s)
Ionizao do K(g)
Dissociao do Cl2(g)
Ganho do eltron pelo Cl(g)
Formao do KCl(s)
+89
+425
+244
-355
-438
K(s) + 1/2Cl2(g)
dH = +438 KJ mol-1
Para um elemento slido, a entalpia-padro de atomizao, atomH , a entalpiapadro de sublimao, subH ,como em:
111
K(s) K(g)
X = U, logo,
719 + U = 0
Deste modo, U (energia reticular) = -719 KJ mol-1 e a entalpia de rede
HL = 719 KJ mol-1
Conseqncia da entalpia reticular
Consideraremos aqui trs conseqncias de entalpia de rede e sua
correlao com o parmetro eletrosttico ((xi) = z2/r)
(a) Estabilidade trmica de slidos inicos
O aspecto particular que consideraremos aqui a temperatura necessria
para causar a decomposio trmica dos carbonatos.
MO(s) + CO2(g)
112
113
114
ons:
115
3.4 Exerccios.
1 Conte os ons na clula unitria do cloreto de csio mostrada na figura que esta
no fim do texto.
2 Qual o nmero de coordenao do tomo de Ti no rutilo? ( a figura. esta no fim
do texto)
3 Calcule a entalpia de rede(HL) e a energia reticular(U) do brometo de
magnsio a partir dos seguintes dados:
Etapas
Sublimao do Mg(s)
8Ionizao do Mg(g) ao Mg+2(g)
Vaporizao do Br2(l)
Dissociao do Br2(g)
Ganho do eltron pelo Br(g)
Formao do MgBr2(s)
H (KJ mol-1)
+148
+2187
+31
+193
-331
-524
116
Estrutura do salgema
Estrutura do rutilo
Estruturado cloreto
de csio
117
118
2O
NaOH ( s ) H
Na(+aq ) + OH (aq )
Outros exemplos de base incluem substncias como NH3 e N2H4, que reagem
com gua para produzir OH :
NH3(g) + H2O(l) NH4+(aq) + OH(aq)
N2H4 + H2O(l) N2H5+(aq) + OH(aq)
4.2 O Conceitos de Brnsted-Lowry
A definio de cidos e bases, em termos de ons hidroxnio e hidroxila em
gua, muito restrita, porque limita a discusso do fenmeno cido-base apenas
em soluo aquosa.
Johannes Brnsted, na Dinamarca e Thomas Lowry, na Inglaterra,
propuseram, em 1923, que a caracterstica essencial de uma reao cido-base
a transferncia de um prton de uma espcie a outra. Neste contexto, um
prton um on hidrognio, H+.
Eles sugeriram que:
cido: toda a espcie qumica (molcula ou on) capaz de ceder (doar) prtons.
Base: toda a espcie qumica (molcula ou on) capaz de receber prtons.
As definies no se referem ao ambiente no qual a transferncia de
prton ocorre; elas se aplicam ao comportamento da transferncia do prton em
qualquer solvente, e mesmo em nenhum solvente.
Um exemplo de um cido de Brnsted o fluoreto de hidrognio, HF, que
pode doar um prton a outra molcula, tal como a gua, quando ele se dissolve
em gua:
HF(g) + H2O(l) H3O+ + F(aq)
Um exemplo de uma base de Brnsted a amnia, NH3, que pode aceitar um
prton de um doador de prton:
NH3(g) + H2O(l) NH4+(aq) + OH(aq)
Como pudemos observar, a gua um exemplo de uma substncia anfiprtica,
uma substncia que pode atuar tanto como cido quanto como base de Brnsted.
Como as reaes de transferncia de prtons ocorrem em ambas s
direes, o comportamento de cidos e bases mais adequadamente
representado como um equilbrio dinmico.
119
H 2 O(l ) + NH 3( aq ) NH 4( aq ) + OH ( aq )
120
hidrnio
em
gua
mais
bem
Nenhuma
H
estrutura
mostra
como
H3O+
H3O+(aq)
F-(aq)
[ H 3O + ][ F ]
Ka =
[ HF ]
121
[ NH 4+ ][ OH ]
[ NH 3 ]
Kw = [H3O+][OH-]
Quanto mais forte for a base, mais fraco ser seu cido conjugado.
122
pH = -log[H3O+]
pK = -logK
onde K pode ser qualquer uma das constantes que introduzimos. A 25C, por
exemplo, pKw = 14. Assim,
pKa + pKb = pKw
cidos e bases fortes e fracos
Uma substncia classificada como cido forte se o equilbrio de
transferncia de prton encontra-se fortemente a favor da doao para a gua.
Ento,
uma substncia com pKa < 0 (correspondendo a Ka > 1 e normalmente a Ka
>> 1) um cido forte.
Exemplo:
Ka
pKa
HCl
HBr
1 x 107
1 x 109
-7
-9
HCN
HF
4,9 x 10-10
9,31
3,5 x 10-4
3,45
Uma base forte uma espcie que est totalmente protonada em gua.
Um exemplo o on xido, O2-, o qual imediatamente convertido em ons OHem gua.
Uma base fraca est apenas parcialmente protonada em gua. Um
exemplo NH3, que est presente quase que totalmente como molculas de NH3
em gua, com uma pequena proporo de ons NH4+.
A base conjugada de qualquer cido forte uma base fraca, pois
termodinamicamente desfavorvel para tal base aceitar prton.
cidos poliprticos
uma substncia que pode doar mais do que um prton. Um exemplo
o sulfeto de hidrognio, H2S, um cido diprtico.
123
HS-(aq)
+ H2O(l)
S2-(aq)
H3O+(aq)
K a1 =
Ka2
[ H 3 O + ][ HS ]
[H 2 S ]
[ H 3O + ][S 2 ]
=
10-19
[ HS ]
pKa2 = 19
Normalmente Ka1 > Ka2, isto porque, prton deve ser removido de uma espcie
que contm uma carga negativa a mais que a espcie anterior, prendendo-o mais
facilmente.
X = Br, I.
124
125
Figura
4.1:
Intervalo
de
diferenciao cidobase de uma
variedade de solventes. Em cada
caso, a largura da janela
proporcional constante de
autoprotlise, pK, do solvente.
on hexaquoferro(III)
Comuns para tomos centrais com baixo nmero de oxidao dos metais do
bloco s e d e os da esquerda do bloco p.
2. Hidroxo-cido: o prton cido est em um grupo hidroxlico sem um grupo
oxo vizinho (=O).
Exemplos: Si(OH)4, HOCl, B(OH)3.
126
2H
H2O E OH2
HO E OH2- H
HO E = O3-
Aquo-cido
Hidroxo-cido
Oxo-cido
Aquo-cidos
Tendncia peridica na fora dos aquo-cidos
A fora dos aquo-cidos aumenta com o aumento da carga positiva sobre o
tomo central e com a diminuio de seu raio.
Esta variao pode ser racionalizada em alguma extenso em termos de um
modelo inico.
Modelo inico: quanto maior a relao Z2/r, mais forte o aquo-cido.
ons aquo de elementos que formam slidos inicos (principalmente
aqueles do bloco s) possuem valores de pKa que se correlacionam bem com o
modelo inico.
Vrios ons do bloco d (tais como Fe2+ e Cr3+) apresentam valores de pKa
razoavelmente prximos dos apresentados pelo modelo inico, mas muitos ons
(particularmente aqueles com pKa baixo, correspondendo a uma fora cida
elevada) desviam marcadamente do modelo.
Este desvio indica que o on metlico repele o prton mais fortemente do que o
previsto pelo modelo inico.
127
128
129
maior.
Como
resultado,
cido
ao
pela
ligao
Esta
130
Eles localizam-se na
fronteira entre os xidos cidos e os bsicos, e desta forma servem como um guia
importante para o carter metlico e no-metlico de um elemento.
O incio do anfoterismo correlaciona-se com um grau significativo de
carter covalente nas ligaes formadas pelos elementos, seja porque o on
metlico fortemente polarizante (como para o Be) seja porque o metal est
polarizado pelo tomo de oxignio ligado a ele (como para o Sb).
Um assunto importante no bloco d o nmero de oxidao necessrio para
o anfoterismo. A figura 4.3 mostra o nmero de oxidao para que um elemento
localizado na primeira linha do bloco d tenha um xido anftero. Vemos que,
esquerda do bloco, do titnio ao mangans e talvez ao ferro, o estado de
oxidao +4 anftero. direita do bloco, o anfoterismo ocorre em nmeros de
oxidao mais baixos: os estados de oxidao +3 para o cobalto e o nquel e + 2
para o cobre e o zinco so completamente anftero. Em resumo:
A fronteira entre os metais e os no metais na tabela peridica se
caracteriza pela formao de xidos anfteros; o anfoterismo tambm varia
de acordo com o estado de oxidao do elemento.
Exemplo: Em um sistema tradicional de anlise qualitativa, uma soluo de ons
metlicos oxidada e ento amnia aquosa adicionada para elevar o pH. Os
ons Fe3+, Ce3+, Al3+ Cr3+ e V3+ precipitam-se como xidos hidratados. A adio de
H2O2 e NaOH torna a dissolver os xidos de Al, Cr e de V. Discuta estas etapas
em relao acidez dos xidos.
131
132
pH > 4
133
134
135
So bases de Lewis:
1. Todos os nions. Exemplos: F-, Cl-, etc...
2. Todos os compostos cujo tomo central possua um ou mais pares de
eltrons no compartilhados. Exemplo: H2O, NH3, PCl3, ...
Exemplo: Identifique os cidos e as bases de Lewis nas reaes:
(a) BrF3 + F- [BrF4]- ;
Resposta: (a) o cido BrF3 adiciona a base :F-. (b) o complexo hidreto inico KH
fornece a base H- para deslocar o cido H+ da gua e originar H2 e KOH, onde a
base OH- est combinada com um cido fraco K+.
Reaes cidobase de Lewis
cidos e bases de Lewis sofrem uma variedade de reaes caractersticas.
Vamos aqui revisar algumas destas reaes.
1. Formao de complexo: reao cido-base mais simples que ocorre em
fase gasosa ou em solvente no-coordenantes.
A + :B
Exemplo:
AB
Neste caso, o NH3 funciona como base e o BF3, como cido. Quando a
neutralizao ocorre, formada uma ligao covalente coordenada.
(deslocamento base/base)
136
(cido/cido)
137
Classe a (duros)
Classe b (moles)
Estas classes se diferenciam pela ordem oposta das foras pelas quais elas
formam complexos com ons haletos atuando como base. A fora ser medida
pela constante de equilbrio, Kf, para a formao do composto. Assim,
138
Kf:
139
Duros
Fronteira
Moles
H+,Li+,Na+,K+
Be2+,Mg2+,Ca2+
SO3, BF3
140
141
Solventes bsicos
So comuns; eles podem formar complexos com o soluto e participar nas
reaes de deslocamento.
A maioria dos solventes polares bem conhecidos, incluindo a gua, o lcool, o
ter, as aminas, o dimetilssulfxido (DMSO, (CH3)2SO), a dimetilformamita
(DMF, (CH3)NCHO), e a acetonitrila (CH3CN), so bases duras de Lewis.
Exemplo: O DMSO um solvente bidentado, que duro quando o tomo
doador o oxignio e mole se o tomo doador o enxofre. Reaes
cido-base neste solvente so geralmente de deslocamento:
O2SOS(CH3)2 + :NH3 O2SNH3 + OS(CH3)2
Solventes cidos e neutros
A ligao de hidrognio pode ser considerada um exemplo da formao de
complexo. A reao entre AH (o cido de Lewis) e :B (a base de Lewis)
originando o complexo convencionalmente simbolizado por AHB.
Conseqentemente, muitos solutos que formam ligaes do tipo hidrognio com
um solvente podem ser dissolvidos em virtude da formao de complexos. Como
conseqncia, uma molcula cida do solvente deslocada quando a
transferncia de prtons ocorre:
HOHNH3 + H3O+ NH4+ + 2H2O
AB
AB
AB
AB
SO2 lquido um bom solvente cido mole, til para dissolver a base mole
benzeno.
142
143
K = 10-10.
fluoretos:
CH3COOH + HF CH3COOH2F CH3COOH2+ + F3) Substituio qumica do anion pelo on F-, como em:
KCN + HF KF + HCN
4) Reaes qumicas implicando mais do que simples substituio,
tal como:
H2SO4 + 2HF HOSO2F + H3O+ + F-
144
Existem poucas substncias que agem como cido frente ao HF, isto ,
que atuam como aceitadores de ons F- e que provocam aumento da
concentrao de H2F+.
K = 1,7 x 10-4
145
146
4.7 Exerccios.
1. Escreva a equao inica resultante da neutralizao de um cido e uma base
em soluo aquosa.
2. Qual a definio de Brnsted-Lowry de cidos e de base?
3. Empregando a terminologia de Brnsted-Lowry, defina os termos abaixo. De
um exemplo para cada um deles.
(a) cido conjugado; (b) base conjugada; (c) par conjugado cido-base.
4. O que significa autoionizao? Esta pode ser encarada como uma reao
cido-base?
5. Escreva as reaes de autoionizao para:
(a) H2O;
(b) NH3;
(c) HCN.
H2CN+ + HSO4-
(b) HSO4 -
(c) CH3OH
(f) HS-.
(e) Si(OH)4
(b) HPO42-
(c) O2-
(d) CH3COOH
(e) [Co(CO)4]-
(f) CN-.
12. Liste as bases HS-, F-, I- e NH2 - em ordem crescente de afinidade por prton.
13. Qual dos seguintes pares o cido mais forte? D razes para sua escolha.
(a) [Fe(OH2)]3+ ou [Fe(OH2)6]2+
147
14. Arranje os xidos Al2O3, B2O3, BaO, CO2, Cl2O7, SO3 na ordem de mais
cido, anftero e mais bsico.
15. Escreva equaes de cido-base de Brnsted balanceada para solues dos
seguintes compostos no HF lquido.
(a) CH3CH2OH + HF
(b) NH3 + HF
Ka = 4,5 x 10-4
Ka = 7,2 x 10-10
(b) I- + I2 I3 - ;
148
149
Ca + O 2 CaO
CaO + H2 Ca + H2O
150
O carbono
151
152
3S + 2H2O
(1)
Esse um processo espontneo, ou seja, ocorre por conta prpria, indicando que
os produtos so termodinamicamente mais estveis do que os reagentes.
A eq. 1 exemplo de uma reao redox e pode ainda ser subdividida em
equaes parciais chamadas semi-reaes.
Em uma semi-reao de reduo, uma substncia ganha eltrons como em
153
154
E(H+,H2) = 0
155
A srie eletroqumica
Lista contendo alguns valores de E a 25C (tabela 5.1) e organizada da
seguinte maneira:
O par Ox/Red com valor de E fortemente positivo [Ox fortemente
oxidante]
O par Ox/Red com valor de E fortemente negativo [Red fortemente
redutor]
Uma importante caracterstica da srie eletroqumica que o membro reduzido
de um par tem uma tendncia termodinmica a reduzir membro oxidado de
qualquer par que se encontra acima na srie. Em outras palavras:
1. Espcies oxidadas com potencial padro altamente positivo so
agentes oxidantes fortes.
2. Espcies reduzidas com potenciais altamente negativo so fortes
agentes redutores.
Nos dois casos, a classificao refere-se ao aspecto termodinmico da reao,
isto , sua espontaneidade e no a sua velocidade.
156
E/ V
+3,05
+1,76
+1,51
+1,36
+1,23
+0,87
+0,77
+0,76
+ 0,54
+ 0,36
+ 0,22
0
- 0,15
- 0,44
- 0,76
- 1,68
- 2,87
- 3,04
Par
F2(g) + 2e- 2F-(aq)
Ce4+(aq) + e- Ce3+(aq)
MnO4-(aq) + 8H+(aq) + 5e- Mn2+(aq) + 4H2O(i)
Cl2(g) + 2e- 2Cl-(aq)
O2(g) + 4H+(aq) + 4e- 2H2O(l)
[IrCl6]2-(aq) + e- [IrCl6]3-(aq)
Fe3+(aq) + e- Fe2+(aq)
[PtCl4]2-(aq) + 2e- Pt(s) + 4Cl-(aq)
I3-(aq) + 2e- 3I-(aq)
[Fe(CN)6]3-(aq) + e- [Fe(CN)6]4-(aq)
AgCl(s) + e- Ag(s) + Cl-(aq)
2H+(aq) + 2e- H2(g)
AgI(s) + e- Ag(s) + I-(aq)
Fe2+(aq) + 2e- Fe(s)
Zn2+(aq) + 2e- Zn(s)
Al3+(aq) + 3e- Al(s)
Ca2+(aq) + 2e- Ca(s)
Li+(aq) + e- Li(s)
A equao de Nernst
Para julgar a tendncia de uma reao ocorrer em uma direo especfica,
fora das condies padro, ns necessitamos conhecer o sinal e o valor de rG
sob as condies em questo. Para se ter esta informao, utiliza-se o resultado
termodinmico que
rG = rG + RT lnQ
Q=
157
RT
ln Q
nF
O termo
2,303RT
logQ
nF
E = E -
Logo temos:
2,303RT
= 0,059 25C. Portanto 25C a equao de Nernst torna-se:
F
E = E -
0,059V
logQ
n
0,059
[Co 2 + ]
log
.
2
[ Ni 2 + ]
As concentraes de [Ni] e [Co] no participam da expresso de Q, porque as
E = 0,03 -
E = 0,03 -
0,059
0,1
0,059
= 0,03 log
(1) = 0,03 + 0,0295 = 0,06 V.
2
1
2
158
Para uma reao redox que envolva n eltrons valem a expresso: rG = -nFE
Para as condies de estado padro: rG = -nFE.
Considerando que n e F so valores positivos, conclui-se que o sinal de E ser
oposto ao de rG. Portanto, reaes espontneas tm E > 0.
Exemplo: Ocorrer a reao entre a prata metlica e o sulfato de cobre? Em
outras palavras o sulfato de cobre dissolver a prata?
Dados: Ag+(aq) + e- Ag(s)
E = 0,80 V (1)
E = 0,35 V (2)
E = 0,35 V
E = -0,80 V
----------------E = -0,45 V
159
Exemplo: Atravs dos potenciais das semi-equaes (3) e (4), deseja-se calcular
o potencial da semi-equao (5).
E = -0,44 V
(3)
Fe3+(aq) + e- Fe2+(aq) ;
E = 0,77 V
(4)
E =
(5)
Poderamos somar os potenciais de (3) e (4) para obter o potencial da semiequao (5)?
Resposta: No, o potencial de uma semi-reao uma propriedade intensiva e,
como tal, no aditiva.
A variao de rG uma propriedade extensiva e, desse modo, podemos obter
o potencial da semi-reao (5) a partir da soma das energias livres das semireaes (3) e (4).
Para as equaes (3) : rG = -nFE = -2F(-0,44) = 0,88F
(4) : rG = -nFE = -1F(0,77) = -0,77F
----------------------------------------------(5) : rG = -nFE = -3F(E) = 0,11F
E(5) = 0,11F/ -3F = -0,037 V
logo,
E(5)
160
E = E -
0,059
Re d
log
n
Ox
(6)
0,059
p
0,059
1
0,059
log H+ 2 2 = 0,0 log + 2 = 2 pH = - 0,059pH
2
2
[H ]
2
[H ]
E = -0,059 x 1,09 = - 0,064 V
E = E -
nE / 0 , 059
(7)
E = 0,22 V
(8)
161
Ag(s) Ag+(aq) + e-
E = -0,80 V
nE / 0 , 059
= 10
1 x ( 0 , 58 ) / 0, 059
= 1,6 x 10
10
(9)
E = 0,80 V
pN 2 O 4
0,059
0,059
0,059
1
log
4 pH
log
=
0,80
=
0,80
2
[ NO3 ]2 [ H + ]4
2
[ H + ]4
2
162
163
E=0-
se a 1 mol L-1) e a pH = 7 :
Fe2+(aq) + 2e- Fe(s) ; E = - 0,44V
E = -0,44 -
0,059
1
log
= - 0,44V.
2
[ Fe 2+ ]
A diferena entre os potenciais dos pares : 0,44 0,41 = 0,03 V. Este valor
menor do que 0.6 V, tipicamente requerida para uma velocidade de evoluo de
hidrognio significativa, sugerindo que a reao dever ser lenta.
164
1 H (g)
2
2
Vrios outros metais sofrem reaes similares, mas com diferentes nmeros de
eltrons transferidos. Um exemplo do Grupo 3
2Sc(s) + 6H+(aq) 2Sc3+(aq) + 3H2(g)
Embora as reaes de magnsio e alumnio com a umidade do ar sejam
espontneas, ambos os metais podem ser usados por anos na presena de gua
e oxignio. Eles sobrevivem porque so passivados, ou protegidos contra
reao, por um filme de xido inerte. O xido de magnsio e o xido de alumnio
formam uma camada protetora sobre o metal. Uma passivao similar ocorre com
ferro, cobre e zinco.
165
E = + 1,23 V
E = +0,59 V
166
E = +1,23 V e n =4
0,059
1
log
4
pO 2 [ H + ]4
pela semi-reao:
2H+(aq) + 2e- H2(g) ; E = 0,0 V e
n=2
Segue que: E = 0 -
0,059
p
log H+ 2 2
2
[H ]
Qualquer espcie com potencial de reduo menor que este valor pode
reduzir H+ a H2. Esta expresso define o limite inferior do campo.
Pares que so termodinamicamente estveis em gua esto entre os limites
definidos pelas linhas inclinadas dadas na figura.5.2. O par que est fora
167
E = +0,52 V
E = +0,16 V
0 , 36 / 0 , 059
= 1,3 x 106.
168
Exemplo:
que
ons
manganatos
(VI)
so
instveis
em
relao
ao
E = +1,63 V
E = +0,90 V
169
E = +1,23V (0,059)pH
Fe3+(aq) + e- Fe2+(aq)
E = +0,77 V
E = +1,23V (0,059)pH
E = +0,34 V
diversos
diagramas
teis
que
resumem
estabilidade
Diagrama de Latimer
170
1, 20
1,18
1, 65
1, 63
1, 36
ClO 4 +
ClO 3 +
HClO 2 +
HClO +
Cl 2 +
Cl
+7
+5
+3
+1
-1
+1, 20
ClO3 significa
A notao ClO4
E = +1,20 V
1, 63
HClO +
Cl 2
E = +1,63 V
balanceamento
dos
elementos,
pela
incluso
das
espcies
+0,20
ClO3-
ClO2ClO4-
+7
+5
+3
0, 68
+
+0 , 42
Cl2
ClO-
+1
0
1, 35
+
Cl-
-1
0,89
Observe que o valor para o par Cl2/Cl- o mesmo que na soluo cida, porque
esta semi-reao no envolve a transferncia de prtons.
171
Cl2 significa,
Exemplo: A notao ClO-
2ClO-(aq) + 2H2O(l) + 2e- Cl2(g) + OH-(aq)
E = 0,42 V
E = +0,42 V
E = +1,35 V
(b) Som-las,
2ClO-(aq) + 2H2O(l) + 4e- 2Cl-(aq) + 4OH-(aq)
E =
E =
reao.
172
+1, 07
Br-
H2O2
+1, 77
H2O
Reaes espontneas tem E > 0. Est claro, portanto, que a oxidao do Brser espontnea, uma vez que o E correspondente e maior do que zero:
E = 1,77 + (-1,07) = 0,70 V
0 , 70
+
H2O2
1, 76
+
H2O
E = +1,76 V
E = +0,70 V
E da diferena temos:
2H2O2(aq) 2H2O(l) + O2(g)
E = +1,06 V
173
reao
de
desproporcionamento
ou
contrrio
de
E = +1,5 V.
4,5 0
= 1,5V
30
0 1,9
= 1,9V
0 ( 1)
174
Nmero de oxidao
Exemplos: (a) Com relao reduo a NO, o on NO3- bom agente oxidante
apenas em meio cido.
(b) A espcie mais estvel de nitrognio em meio bsico N2, ao passo que, em
meio cido, o on NH4+.
Para interpretar as informaes qualitativas contidas em um diagrama de Frost,
ser til considerar os aspectos a seguir:
corresponde
espcie
que
se
175
espcies
comproporcionamento
tendero
em
uma
ao
espcie
176
Exemplo: o nitrognio no NH4NO3 tem dois ons com nmeros de oxidao 3(NH4+) e +5(NO3-). Como N2O, contm o nitrognio com nmero de oxidao que
a mdia destes dois valores, +1, encontra-se abaixo da linha que une NH4+ a
NO3-, seu comproporcionamento espontneo (figura. 5.3):
NH4+(aq) + NO3-(aq) N2O(g) + 2H2O(l)
A reao cineticamente inibida em soluo e dificilmente acontece. Entretanto
ela ocorre no estado slido, quando pode ser explosivamente rpida: de fato,
nitrato de amnio freqentemente usado no lugar de dinamite para explodir
rochas.
Quando os pontos para as trs substncias encontram-se aproximadamente
sobre a linha, nenhuma espcie ser o produto exclusivo.
Exemplo: As trs reaes
NO(g) + NO2(g) + H2O(l) 2HNO2(aq)
(rpida)
normalmente
determinante da velocidade)
Todas elas so importantes na sntese industrial do cido ntrico pela oxidao de
amnia.
Como podemos observar os diagramas de Latimer e de Frost podem ser
construdos para outras condies alm daquela a pH =0. A linha em azul na
figura.5.3 uma representao dos valores dos potenciais de reduo para o
nitrognio em pH = 14( correspondendo a pOH = 0). Os diagramas de Frost
expressos dessa maneira so chamados de diagrama bsicos de Frost.
Na figura 5.3 a diferena importante do comportamento do nitrognio em soluo
cida a estabilidade do NO2- em funo do desproporcionamento: seu ponto no
diagrama bsico de Frost (linha em azul) se encontra abaixo da linha que conecta
seus vizinhos, mas no muito distante. O resultado prtico que nitretos
metlicos podem ser isolados, enquanto que HNO2 no pode.
Existem casos, em que as diferenas de comportamento em meio cido e bsico
so muito marcantes, como por exemplo, para os oxo-nions de fsforo:
H3PO4
0,50
0,51
0,06
0,28
H3PO2
P
PH3 (meio cido)
H3PO3
177
PO43-
1,12
HPO32-
1,56
2,05
0,89
HPO2-
P
PH3 ( meio bsico)
+1, 76
H2O2
H2O
O2
0
-1
-2
+1,23
Resposta: Para uma mudana do nmero de oxidao de 0 a -1 (O2 a H2O2), E
= +0,70 V e N = -1: assim, NE = -0,70 V. Como o nmero de oxidao de O em
H2O -2, N = -2, e E para a formao da gua 1,23 V, NE = -2,46 V. Estes
resultados podem ser organizados em uma tabela e plotados como no grfico da
figura 5.4.
O2
O2 a H2O2
O2 a H2O
N
0
-1
-2
NE
0
-1 x 0,70= -0,70V
-2 x 1,23= -2,46V
178
5.8.Exerccios.
1. Entre as equaes abaixo, indique quais correspondem a reaes de redox:
a) CuS(s) + O2(g) Cu(s) + SO2(g)
b) Ag+(aq) + Cl-(aq) AgCl(s)
c) CaO(s) + H2O(l) Ca(OH)2(s)
d) Al(OH)3(s) + OH-(aq) Al(OH)4-(aq)
e) Fe2+(aq) + Ag+(aq)
Fe3+(aq) + Ag(s)
Eo = 1,80 V
b) Mn2+(aq) Mn3+(aq) + e-
Eo = -1,51 V
c) Pb(s)
Pb2+ + 2e-
Eo = -0,13 V
d) Na+(aq) + e- Na(s)
Eo = -2,71 V
Eo = -0,12 V
Eo = 0,94 V
179
, 25
1
0 , 34
Tl+
Tl
0,72
180
Comport. magntico
cor
atividade
cataltica
geometria
nmero
coordenao
aplicaes
mdicas
Estado oxidao
181
Rubi
Corundum
Al2O3 com traos de Cr3+
Safira
Corundum
Al2O3 com traos deFe2+ and Ti4+
Esmeraldo
Berilo
AlSiO3 contendo Be com tros de Cr3+
Figura 6.2 - Ilustrao de algumas gemas e relao de sua colorao com a presena de
metais em interstcios (espaos octadricos).
182
N
H O2C
N
Fe
Nmero de coordenao = 6
N
NR
H O2C
Figura 6.3 - Representao da hemoglobina com nfase para o stio ativo para transporte do
oxignio molecular.
complexo,
como
se
descobriu
depois
ajudava
combater
183
Cis-platina
[PtCl2(NH3)2]
Note que usamos, por exemplo, termos como esfera de coordenao que
deve ser novo para voc. Assim, para que possamos ganhar entendimento de
algumas caractersticas de tais compostos, necessrio que se conhea a
definio de alguns termos.
Portanto, para o estudo deste assunto, vamos inicialmente apresentar o
significado de termos que fazem parte do linguajar da rea, como por exemplo,
nmero de coordenao, esfera de coordenao, etc. Vamos posteriormente
fazer uma viagem analisando exemplos de complexos com vrios nmeros de
coordenao e suas geometrias mais comuns. Finalizaremos este tpico com
algumas informaes bsicas sobre como dar nome e escrever as frmulas
qumicas de compostos de coordenao (tambm chamados de complexos).
Uma definio de complexo est na Figura 6.5, que mostra um ction
metlico coordenado (ligado) a uma srie de ligantes.
184
Cln
on metlico (Co3+)
Contra-ion
185
3+
Base de Lewis
+
Co3+
cido de Lewis
[Co(NH3)6]3+
Figura 6.6 - Representao da reao cido base de Lewis para a formao
de um complexo.
coordenados
ao
metal,
como
por
exemplo,
no
complexo
186
187
Como exemplo, compare o complexo da Figura 6.4 com o da Figura 6.6. Entre
outras diferenas, est a diferena no nmero de coordenao destes complexos
(4 para o complexo de platina e 6 para o de Co). Realmente, podemos ter
nmeros de coordenao que podem variar de 2 a 9, ou at nmeros de
coordenao maiores. Muitos fatores contribuem para isto. Porm, vamos
inicialmente analisar a questo de uma perspectiva geral, ou seja, olhando
caractersticas que favorecem a formao de nmeros de coordenao mais
elevados e a que favorecem a formao de nmeros de coordenao menores.
Um resumo destas caractersticas gerais est colocado na Figura 6.9. Vamos
188
Nmero de coordenao
comum para alguns ons
metlicos
Dependem:
189
Vamos usar estas idias de forma simplificada para explicar como eles favorecem
a formao de complexos de metais do bloco d com nmeros de coordenao
elevados ou baixos.
Veja, como destacado na Figura 6.9, que nmeros de coordenao
elevados so favorecidos para elementos esquerda de um perodo, para os
elementos mais pesados de um grupo ou ainda por ligantes pouco volumosos.
Vamos analisar cada uma destas tendncias.
Inicialmente lembre-se como varia o raio atmico (ou para ctions com
mesmo nmero de oxidao) ao longo de um perodo: o raio diminui da esquerda
para a direita na tabela peridica (isto uma conseqncia do aumento da carga
nuclear efetiva ao longo do perodo), ou seja, elementos da esquerda do perodo
so maiores que os da direita. Assim, um ction pode apresentar uma esfera de
coordenao mais volumosa o que permitiria acomodar um nmero maior de
ligantes a uma distncia adequada (a distncia suficiente para que ocorra a
formao da ligao qumica). Veja uma representao simplificada deste efeito
na Figura 6.10.
190
pares de eltrons disponveis para serem compartilhado com o metal e este por
sua vez deve ter orbitais vazios (de energia baixa o suficiente) para receber tais
pares de eltrons para que se forme a ligao metal ligante. Os orbitais de
menor energia so os orbitais do ltimo sub-nvel de valncia (normalmente
orbitais d para os ctions de metais de transio). Os elementos que apresentam
orbitais vazios em maior quantidade so justamente os elementos da esquerda de
um perodo (j que eles tm poucos eltrons de valncia). Relacionado a isso
est o fato de que se o ligante se ligar ao metal somente atravs de uma ligao
simples, tipo sigma, um maior nmero de ligaes pode ser teoricamente atingido.
Fatores opostos aos mencionados acima, logicamente favorecem nmeros
de coordenao menores. Assim, metais menores ( direita de um perodo, ou os
mais leves de um grupo); um nmero maior de eltrons de valncia e por
conseqncia um nmero menor de orbitais de valncia vazios (ocorre tambm
para os elementos da direita de um perodo!); ligantes volumosos e ligantes que
formam ligaes com carter de dupla ligao com o metal (utilizam um orbital
para a ligao sigma e um para a ligao pi) favorecem nmeros de coordenao
menores.
Finalmente devemos ressaltar que isto so tendncias gerais, e que
existem muitas formas de forar a obteno de complexos com nmeros de
coordenao que esto em sentido oposto a estas tendncias. Porm isso est
fora do objetivo deste material.
Como se nota, muitas vezes j nos referimos aos ligantes e at j
produzimos uma definio para os mesmos. Mas quais so as espcies que
podem atuar como ligantes? Respondendo: existem muitas e variadas
possibilidades. Na Tabela 6.1 apresentamos algumas muito comuns. Em alguns
casos, juntamente com a frmula qumica apresentamos a frmula estrutural
destas espcies. Tambm para alguns casos esto apresentadas abreviaes
comumente utilizadas quando se refere a um determinado tipo de ligante. Por
exemplo, en representa etilenodiamina. Por fim, na ltima coluna esto colocada
uma classificao em termos do nmero de tomos doadores. A letra M
apresenta significa que um ligante tem apena um tomo doador ( um ligante
monodentado). A letra B uma espcie que tem dois tomos doadores, a letra T
trs destes tomos, as letras TT quatro. Aps cada uma destas letras, entre
191
Frmula
(CH3COCHCOCH3)
Abreviatura Classificao*
-
acetilacetonato
acac
B(O)
Amina
NH3
M(N)
Aqua
OH2
M(O)
N
2,2 bipiridina
Bromo
bipy
Br-
B(N)
M(Br)
2-
Carbonato
CO3
Carbonil
CO
M(C)
M(Cl)
M(C)
Cloro
Ciano
Etilenodiamina
Hidreto
M(O) ou B(O)
Cl
CNH2NCH2CH2NH2
en
H-
B(N)
M
-
Hidroxo
OH
M(O)
Oxo
O2-
Oxalato
C2O42-
ox
B(O)
Nitrito
NO2-
M(O)
Nitro
NO2-
M(N)
192
Tiocianato
SCN-
M(S)
Isotiocianato
NCS-
M(N)
Azido
Dietilenotriamina
N3-
M ou B (N)
H2C NH CH2
H2C
CH2
NH2 H2N
H3C
8-hidroxiquinolinato
Tris(2aminoetil)amina
eteno
dmg
B(N)
oxinato
B(N,O)
profirino
TT(N)
phen
B(N)
tren
TT(N)
O N
N O
N
O
porfirino
1,10-fenantrolina
T(N)
CH3
C
Dimetilglioximato
dien
H2C N CH2
H2C CH2 CH2
NH2CH2 NH2
NH2
H2C=CH2 eltrons em
lig. Mltiplas podem se
comportar como par de
eltrons
M(C=C)
193
Nmero de Coordenao 2
Este nmero de coordenao mais comum para ons de elementos grupos
11 e 12 como Cu(I), Ag(I), Au(I), Hg(II). Alguns exemplos de complexos com
estes ions: [AgCl2]- , [Hg(CH3)2] e [CuCl2]- .
Todos estes complexos tem forma (no se pode falar em geometria neste
caso) linear, com o metal no centro, como est representado na figura 6.11.
194
Nmero de Coordenao 3
Este um nmero de coordenao pouco comum, ou seja existem poucos
complexos com este nmero de coordenao. Da mesma forma que o caso
anterior, este NC tambm mais comum para os mesmos ons d10 dos grupos
11 e 12: Cu(I), Ag(I), Hg(II), Au(I).
Alguns exemplos: [Cu(CN)3]2-; [Ag(PPh3)3]+; [Pt(P(Ph3)3], etc.
A geometria de todos esses complexos chamada de trigonal plana, ou seja,
os tomos doadores esto dispostos em cada um dos vrtices de um
tringulo.
Na Figura 6.12 est mostrada a geometria trigonal plana ao redor do on Cu(I).
Ela enfatizada pelas linhas pontilhadas. Neste momento vale fazer duas
observaes:
1. As linhas pontilhadas no representam ligaes qumicas. Elas esto
representadas apenas para destacar a posio dos tomos doadores
dos ligantes formando um tringulo ao redor do on cobre.
2. Como j comentamos na introduo deste assunto, nem sempre a
frmula qumica deixa claro como est a esfera de coordenao do
metal. Este um exemplo: em uma primeira observao considerandose somente tal frmula, K[Cu(CN)2], poderia se imaginar que o nmero
de coordenao seria de dois. Porm um dos ligantes CN- forma ponte
entre os centro metlicos (representada neste caso por uma seta para
evidenciar a formao da ponte), resultando no referido nmero de
coordenao.
N
C
Cu
*
*
N
C
N
C
Cu
C
N
195
Nmero de Coordenao 4
Para este nmero de coordenao duas geometrias so comuns: a
Tetradrica (Td) e a Quadrada Plana (QP) (Figura 6.13). Dentre elas, a mais
comum a Td para ons cujo metal central tem configurao d0, d1, d2, d5 a d10
(exceto d8). No se conhecem com d3; para d4 somente com ligantes
volumosos.
Alguns exemplos de complexos com geometria Td.: [MnO4]- (d0); [RuO4]- (d1);
[FeO4]2- (d2); [MnCl4]2- (d5); [FeI4]2- (d6); [CoCl4]2- (d7); [NiBr4]2- (d8); [CuCl4]2-,
distorcido (d9); [Zn(OH)4]2- (d10).
Quando o metal tem configurao d8, como no caso de Rh(I), Ir(I), Pd(II), Pt(II),
Au(III) a geometria mais comum a quadrado plana. Isto uma questo da
energia
de
estabilizao
de
campo
ligante,
como
ser
discutido
Nmero de Coordenao 5
Para este nmero de coordenao duas geometrias so comuns: Bipirmide
Trigonal (BPT) e Pirmide de Base Quadrada (PBQ). Na figura 6.14 esto
representadas as estruturas de dois compostos: [CdCl5]3- (BPT) e [VO(acac)2]
(PBQ).
196
197
tem
Nmero de Coordenao 6
Dentre todos os nmeros de coordenao conhecidos, nmero de
coordenao seis o mais comum. Alm disso, a partir dele voc pode
construir geometrias como a PBQ e a QP. Por isso, que muitos exemplos
nos diversos livros disponveis trazem compostos com este nmero de
coordenao.
Duas geometrias surgem para este NC: a octadrica (Oh) e a prisma trigonal
(PT). Indiscutivelmente, a octadrica mais comum. Como estamos falando
da geometria mais comum para o NC mais comum, a geometria octadrica a
mais comum entre os compostos simples.
Veja apenas alguns exemplos de espcies com geometria Oh: [M(OH2)6]n+,
para ons d1 a d10; [Co(CN)6]3-,
198
H
S
C
H
Re
C
S
C
H
C
S
199
F
F
Nb
F
F
C
C
C
C
C
C
Mo
C
C
200
Dentro de cada uma destas classes, vrios tipos de isomeria podem estar
presentes. Na Figura 6.21 esto resumidos alguns destes tipos de isomerias que
so comuns em compostos de coordenao.
201
Isomeria Estrutural
Estereoisomeria
(Ligaes diferentes)
Isomeria Geomtrica
Isomeria tica
Isomeria de Ionizao
Isomeria de Hidratao
Isomeria de
Coordenao
Figura 6.21: Esquema resumindo alguns dos principais tipos de isomeria que ocorrem em
compostos de coordenao.
[NH4]Br, NH3, O2
[Co(NH3)5(OH2)]Br3
[CoBr(NH3)5]Br2
Ag2SO4
[CoBr(NH3)5]SO4
H2SO4 Conc.
[Co(SO4)(NH3)5][HSO4]
BaBr2
(Cor:
[Co(SO4)(NH3)5]Br
(Cor:
202
[Co(NH3)6][Cr(CN)6]
b) [Cr(NH3)6][Cr(NCS)6]
[Cr(NCS)2(NH3)4][Cr(NCS)4(NH3)2]
203
CrO3
HCl a quente
dissolvido em gua
[CrCl(OH2)5]Cl2.H2O (azul esverdeado)
depois de algum tempo
[Cr(OH2)6]Cl3 (violeta)
no
infravermelho.
Para
complexo
com
204
[CoCl(NH3)5]Cl2
(Prpur
a)
NH3(aq) diluido
NaNO2
[Co(NH3)5(OH2)]Cl3
NaNO2, HCl conc.
HCl a quente ou
expontaneamente
[Co(ONO)(NH3)5]Cl2
(vermelho)
2+
UV
Co(NO2)(NH3)5]Cl2
(amarelo)
2+
205
[MA3B3].
Compostos
com
frmula
qumica
com
esta
206
207
apresentaro atividade
tica
208
cis-[CoCl(NO2)(NH3)4]NO2; trans-[CoCl(NO2)(NH3)4]NO2;
cis-[CoCl(ONO)(NH3)4]NO2; trans-[CoCl(ONO)(NH3)4]NO2;
209
Formulao
8....
Prefixo:
bi (ou di)
tri
Prefixo
bis
tris
tetraquis
pentaquis
em ordem alfabtica
210
Para complexos que tem carga negativa, o nome do metal deve levar o
sufixo ato.
[Mn(OH2)6]SO4
Sulfato de hexa(aqua)mangans(II) ou
Sulfato de hexaquamangans(II) ou
hexa
Sulfato de hexaquamangans(2+)
aqua
As vrias possibilidades esto corretas. A diferena da primeira para a
segunda possibilidade que se o parntese no colocado, recomendvel
contrair o aa.
Se estivesse representando somente o complexo, e no o sal, como
comum
de
se
fazer,
[Mn(OH2)6]2+,
poderamos
escrever
ion
hexa(aqua)mangans(II).
K[Cu(CN)2]
Vejamos:
Dicianocuprato(I) de potssio. Observe que se adicionou o
di ou bi
sufixo ato raiz do nome do metal.
ciano
[Cr(en)3][Ni(CN)5]
Outro
exemplo:
Pentacianoniquelato(II)
de
tris
penta tris(etilenodiamina)cromo(III)
etilenodiamina ciano
Nitrito de cis-tetra(amina)cloronitrocobalto(II).
momento
comentamos,
expusemos
explicamos
vrias
211
212
213
Figura 6.29 Orientao relativa dos orbitais d no centro de uma distribuio octadrica
de ligantes (cargas pontuais negativas)
Voc pode notar da Figura 6.29 que devido orientao dos orbitais d e a
disposio dos ligantes, h interaes que so mais diretas e outras que so
menos diretas entre os orbitais e os ligantes. Como conseqncia disso, o modelo
prev que aqueles orbitais que sofrem uma interao mais direta com os ligantes
(dx2-y2 e dz2) sentiro uma repulso maior (sua energia ser aumentada) em
relao hipottica distribuio esfrica de cargas negativas, enquanto para
aqueles orbitais que sofrem menor interao (dxy, dxz e dyz) tero sua energia
diminuda em relao distribuio esfrica de cargas.
Assim, o modelo diz que os orbitais de valncia do metal em um ambiente
octadrico se desdobraro em dois grupos, um de maior energia contendo dois
orbitais e um de menor energia contendo trs orbitais (Figura 6.30). A srie de
maior energia denominada eg e a de menor energia t2g (estas designaes
originam-se da teoria dos grupos relacionada com a simetria dos orbitais d em
ambientes octadricos e no ser discutido aqui).
214
Energia
dx2-y2
0,6O
d z2
eg
0,4O
Oribitais d de um ction
metlico isolado (sem
influncia externa).
Oribitais d de um ction
metlico isolado sob
influncia de um campo
externo esfrico de
cargas negativas.
dxz
dxy
dyz
t2g
Oribitais d de um ction
metlico sob influncia
de uma distribuio Oh
de cargas negativas.
215
Energia
dx2-y2
dz 2
c
E = h__
dxz
eg
O
dxy
t
dyz 2g
Desdobramento dos
oribais d do complexo
[Ti(OH2)6]3+.
3 10
6,626 10
493 10!
4,032 10"!
242726,4
242,7
,&
/
,&
216
217
218
destes orbitais tambm ter sua energia aumentada ou diminuda. A EECC para
um complexo octadrico pode ser calculada a partir da equao 6.1:
EECC = (- 0,4x + 0,6y)O
Eq. 6.1
dx2-y2
e
dz2 g
e
dz2 g
dx2-y2
Energia
dx2-y2
dxz
dxy
t
dyz 2g
dxy
t
dyz 2g
dxz
dxy
x
x
Figura 6.32. EECC para complexos octadricos com metais com configurao d1 a d3.
t
dyz 2g
d3
EECC = (-0,4 3 + 0,6 0) O
EECC = -1,2 O
x
x
x
d2
EECC = (-0,4 1 + 0,6 0) O
EECC = -0,8 O
x
x
x
d1
EECC = (-0,4 1 + 0,6 0) O
EECC = -0,4 O
dxz
219
eg
Energia
d z2
cam po forte
spin baixo
(
O > P)
d x 2- y 2
ou
d xz
d xy
d yz
dz2
eg
energia de
em parelham ento (P)
t 2g
d xz
d xy
d yz
t 2g
x
d4
x
77 |1,6 5 | 9
Eq. 6.2
220
Energia
dxz
dxy
dyz
0,4 T
0,6 T
dx2-y2
t2
dz2
221
Eq. 6.3
Energia
dxz
dxy
dx2-y2
dz2
dyz
t2
222
223
D E#E > 2-
Eq. 6.4
onde,
Energia
dx2-y2
eg
campo forte
spin baixo
(
O > P)
dx2-y2
dz2
dxz
dxy
eg
ou
dxz
dxy
t
dyz 2g
t
dyz 2g
O momento magntico medido para este complexo foi de 5,3 B. Este valor
corresponde a um complexo de spin alto ou spin baixo. Para responder a isso,
basta substituirmos o nmero de eltrons desemparelhados na equao 6.4 para
224
D E#E > 2-
D E#E > 2-
D 5#5 > 2-
D 1#1 > 2-
D 5,9 DG
D 1,7 DG
225
6.5 Exerccios
1. Determine o no de oxidao da espcie central em cada um dos seguintes
complexos:
a) [Pt(NH3)4]2+
d) [Ag(CN)2]
b) [HgCl4]2-
c) [PF6]-
e) [Cr(H2O)6]3+
f) [Al(OH)(H2O)5]2+
a) [PtCl4]2-
c) [Al(OH)4]-
d) [Co(dipy)2Cl2].
3. Escreva os nomes das seguintes espcies:
[CuCl2]-
[Ag(NH3)2]+
[AuCl2]-
[HgCl2]
[BF4]-
[AlCl4]-
[Li(H2O)4]+
[Ni(CO)4]
[Zn(NH3)4]2+
[UF7]3+
[Ce(NO3)6]2-.
b) [Mn(ox)3]3- .
226
9. Considere a reao:
Mn3+ + 6H2O [Mn(H2O)6]3+
Para o complexo formado, o = 250 Kjmol-1. Para Mn3+ gasoso, P = 300 Kjmol-1,
suponha que, no complexo, seu valor seja 20% menor.
a) O complexo de campo forte ou fraco?
b) De acordo com a TCC, desenhe um diagrama de nveis de energia
mostrando os orbitais ddo on Mn3+ antes e depois da complexao. Faa as
respectivas distribuies eletrnicas.
c) Calcule, em Kjmol-1, a EECC envolvida na formao do complexo.
10. Considere os complexos [Co(NH3)6]3+ e [CoF6]3-. Um deles paramagntico e
o outro diamagntico.
a) Segundo a TCC, a que se deve a diferena entre seus comportamentos
magnticos?
b) Calcule, em unidades o, as EECCS de cada um desses complexos.
11. Racionalize, pela TCC, os aumentos de o de acordo com as seqncias
abaixo:
a) [CrCl6]3- < [Cr(NH3)6]3+ < [Cr(CN)6]3b) [Co(H2O)6]2+ < [Co(H2O)6]3+ < [Rh(H2O)6]3+ .
12. Por que se pode considerar que os orbitais dz2 e dx2-y2 so mais adequados
para serem utilizados na hibridizao d2sp3 ou sp3d2 que os orbitais dxz, dxy e
dyz?
13. Descrever claramente o que o. Como ele pode ser medido
experimentalmente? De que forma ele est relacionado com a srie
espectroqumica?
14. Com base na srie espectroqumica, determine se os ons complexos abaixo
so de spin alto ou de spin baixo.
a) [Cu(OH2)6]2+;
b) {MnF6]3;
c) [Co(CN)6]3.
15. Escrever a distribuio eletrnica nos orbitais t2g e eg para os ons, sob a
influncia de campos octadricos, dados a seguir.
227
ons metlicos
2+
Fraco
2+
Fraco
Fe3+
Forte
Ru3+
forte
Mn
o (cm-1)
[Co(NH3)6]3+
22.900
[Cu(OH2)6]2+
13.000
228
229
1827
W.C.
Zeise,
sintetizou
o
primeiro
organometlico (contem ligao M C) do
bloco d.
1868
Anos
1930
1951
1973
CO
I
CO
Cr
CO
C
CO
Me
Me
Me
1984
Me
Me
O
Ree
O
O
Desenvolvimento do ansa-metalocenos
ansa
e sua
1990 aplicao como catalisador na sntese de um
1994
tipo especial de polipropileno.
230
231
Mo
CO
CO
Exemplo: [Mo(6-C6H6)(CO)3]
Benzenomolibdniotricarbonil ou benzeno(tricarbonil)molibdnio(0)
CO
232
Ti
5-Cp
3-Cp
3-allil
1-allil
Trihapto
trihapto
monohapto
Pentahapto
[Ti(1-C5H5)2(5-C5H5)2]
Ordem crescente x
Quando se tem ligantes com hapticidades diferentes, comum organizlos na formulao em ordem crescente do valor de x. Na Figura 7.2, de forma
simples, poderamos dizer que da esquerda para a direita, temos metal e ligantes
ligados por, respectivamente, cinco, trs, trs, uma e uma e cinco ligaes.
Especificando, no 3-Cp podemos dizer que o ligante ciclopentadienil, (C5H5)-,
est ligado (ou interagindo simultaneamente com ou ainda dentro da distncia de
ligao) ao metal atravs de trs tomos de carbono. Cuidado isso no uma
ligao tripla, e sim trs ligaes.
A maneira como cada ligante est interagindo com o metal tem relao
direta com a estrutura e as ligaes formadas. Um entendimento mais detalhado
das ligaes envolvidas comumente leva a utilizao da Teoria dos Orbitais
Moleculares, e muitas vezes, surgem diagramas mais complexos. Porm, no
incio comum se utilizar outros modelos simplificados, mas teis. Vamos discutir
idias que envolvem contagem de eltrons.
7. 3 Ligao em Organometlicos
Um dos primeiros modelos de ligao envolvia a contagem de eltrons
para racionalizar as estruturas conhecidas. Voc j conhece isso. Por exemplo, a
idia utilizada quando se est aplicando a Regra do Octeto na formulao das
estruturas de Lewis de molculas simples.
233
234
Primeiros metais
Transio
Metais de Transio
centrais
Geometrias com NC
= a 6 so comuns
ltimos Metais de
transio
Configuraes com
16 e menos que 16 eso comuns
Geometrias com NC
< = 5 so comuns
Muitos ligantes, como por exemplo, o CO, capaz de formar ligaes com
carter de dupla com o metal. Quando este tipo de ligao chamado de retroretro
doao acontece,
tece, no h nenhuma alterao em relao contagem dos
eltrons.
Vamos analisar outro exemplo para ilustrar o mtodo.
Pd
1 x Pd
= 10 e- (e- de valncia do tomo neutro)
2 x C3H5
= 6 e- (ligante radical, neutro)
Total............ = 16 e-
235
Hapticidade
-CH
CH CH R
Ligante
-CH CH R
Metila Alquila
-CH3 CH2R
Alquilideno
(Carbeno)
Alceno
H2C=CH2
Alila
C3H5
Alquilidino
(Carbino)
CR
1,3-Butadieno
C4H6
Ciclobutadieno
C4H4
Ciclopentadienila
C5H5 (Cp)
Benzeno
C6H6
Cicloheptatrienila
(tropilio)
C7H7
Cicloheptatrieno
C7H8
Ciclooctetraenila
C8H8 (cot)
Estrutura metal-ligante
metal
-CH CH R
236
contendo
CO
como
ligante foram
importantssimos
no
237
Grupo
Frmula
e- Valncia
Estruturas
238
seus pares de eltrons bastante disponveis (com maior energia) e podem ser
protonados inclusive pela gua.
O segundo fato importante que o CO tem orbitais * (pi antiligante)
vazios de energia suficientemente baixa para ser capaz de se sobrepor de forma
muito eficiente com orbitais d do metal (ricos em eltrons). Essa sobreposio
permite ao metal livrar-se do excesso de densidade eletrnica enviando-a para o
ligante. Isso ficou conhecido como retrodoao (Figura 7.5).
239
Esta troca est representada na Figura 7.7. Observe que em alguns casos
a ordem de ligao carbono oxignio aumenta e em outros casos ela diminui.
Como pode ser visto no DOM do CO, os orbitais de fronteira so
predominantemente antiligantes (indicado pelo sinal *). Assim, conforme a doao
sigma CO M ocorre, diminui a densidade eletrnica deste orbital e, portanto a
ligao C - O tende a ficar mais forte (h um aumento na ordem de ligao). De
forma oposta, quando ocorre a retrodoao M CO, a densidade eletrnica do
orbital pi antiligante ser aumentada e portanto isso acarretar uma diminuio na
ordem de ligao C O ( tal ligao se enfraquecer).
Estes dois efeitos opostos no se cancelam porque no tem a mesma
magnitude, pois o orbital HOMO sigma (*) s fracamente antiligante, enquanto
o orbital LUMO (*) fortemente antiligante e assim sua ocupao por eltrons
provoca um enfraquecimento da ligao C O mais intenso.
Em conseqncia do exposto, a ordem (a fora) de ligao carbono
oxignio no CO em complexos organometlicos sempre menor do que no
240
2. retro doao
M() CO(p*)
Ordem ligao M C
Aumenta
Aumenta
Ordem ligao C O
Aumenta
Diminui
Estiramento C O
(cm-1)
Aumenta
Diminui
fortes
bandas
de
absoro
quando
submetido
radiao
infravermelha.
Voc deve se recordar que ligaes qumicas entre tomos so parecidas
com uma mola unindo dois objetos. Assim, com base neste pensamento super
simplificado, voc pode imaginar que possvel estirar ou comprimir a mola,
deslocando um objeto em relao ao outro.
Quando radiao infravermelha incide sobre um material qualquer, o que
ela provoca so justamente movimentos vibracionais, ou seja, um tomo ou grupo
de tomos se desloca em relao aos outros, semelhante mola do nosso
modelo.
Tambm possvel imaginar que quanto mais rgida a mola, mas energia
necessria para que ela sofra estiramento ou compresso. O mesmo acontece
com as ligaes qumicas: quanto mais forte a ligao mais energia necessrio
para que ela sofra esses movimentos (compresso, estiramento, entre outros).
A radiao no infravermelho uma radiao eletromagntica e assim pode
ter sua energia dada pela equao VII.1, como j mencionado.
H
I
"
J
J
3
I
241
2143
[Mn(CO)6]
113
2090
[Cr(CO)6]
[V(CO)6]-
2000
1860
[Ti(CO)6]2-
1750
116
242
243
7.5 Exerccios
1. Quais das espcies a seguir so consideradas Organometlicos:
(a) Ni(CO)4 ;
(b) [Co(en)3]3+;
(c) [Fe(CN)6]4;
(d) [PtCl3(C2H4)]
2. Nomeie as espcies:
(a) Fe(CO)5; (b) Ni(CO)4; (c) Mo(CO)6; (d) Mn2(CO)10; (e) V(CO)6; (f) [PtCl3(C2H4)]
3. Escreva s frmulas qumicas das seguintes espcies:
(a) Bis(6-ciclopentadienil)ferro;
(b) (4-ciclobutadieno)(5-ciclopentadienil)cobalto;
(c) on tetracarbonilferro;
(d) (5-ciclopentadienil)(6-benzeno)cromo(0);
(e) Octocarbonildicobalto(0).
4. Atribua nmero de oxidao ao tomo metlico em:
(a) [Fe(5-C5H5)2][BF4};
(b) Fe(CO)5;
(c) [Fe(CO)4]2;
(d) Co2(CO)8.
(b) Mo(CO)7,
(c) Mn2(CO)10.
(b) Rh(5-C5H5)(CO)n,
(c) V(CO)n.
244
REFERNCIAS
BARROS, H. L.C. Qumica Inorgnica; Uma Introduo. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 1992.
BRADY, J.E.; HUMISTON, G.E. Qumica Geral. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e
Cientficos Editora S.A., 1981.
245
Anexo 1
246
Anexo 2
Configuraes dos elementos e algumas propriedades eletrnicas
247
ANEXO 3
RESPOSTAS DOS EXERCCIOS
Capitulo 1
1. 5s( l = 0), 5p( l = 1), 5d( l = 2), 5f( l = 3), 5g( l = 4)
.2. a) 1s; b) 3dxy, 3dxz, 3dzy, 3dx2-y2, 3dz2; c) 2s, 2px, 2py, 2pz.
3. = 0. Pois para qualquer orbital, no infinito, 2 = 0
4. Porque a emisso de partcula beta pelo ncleo de um tomo aumenta seu
nmero atmico de uma unidade ( Z = Z + 1). Isto s possvel para ncleo cuja
relao nutron/prton seja alta, ou seja, n/p .> 1.
5. 0,0301812 u
6. 2,73 Mev
7. a) No ocorre devido ao fato deste ncleo j apresentar excesso de nutrons.
+ 3517Cl
b)
35
16S
c)
226
88Ra
d)
7
4Be
42 + 22286Rn
+ e 73Li.
8. Z = 7 [He]2s2 2p3
Z = 18 [Ne]3s2 3p6
Z = 29 [Ar]3d10 4s1
Z = 42 [Kr]4d5 5s1
Z = 52 [Kr]4d10 5s2 5p4
Z = 74 [Xe]4f14 5d4 6s2
Z = 78 [Xe]4f14 5d9 6s1
Z = 92 [Rn]5f3 6d1 7s2
9. Maior, pois o He+ apresenta maior carga nuclear efetiva (Zef).
10. 7, 1, 1, 3, 5 e 1 respectivamente.
11. uma regio para a qual = 0. Logo, 2 = 0
12. Regies do espao que podem ser ocupas pelos eltrons, cujas energias so
determinadas pelo nmero quntico principal. 2 chamada de densidade de
probabilidade.
13. a) 2; b) 6; c) 6; d) 2; e) 0; f) 4.
14. a) 2s; b) 3s; c) iguais; d) 3py; 3dz2.
248
adicional deve ser colocado em um orbital que j est ocupado por um eltron,
resultando, em ambos os casos em uma quantidade endotrmica de energia.
249
K+ [Ar]
Al3+ [Ne]
c) Cl Cl2+ + 2e-
Cl2+[Ne]2s2 3p3.
Capitulo 2
1. a) ligao inica.
b) ligao metlica.
c) ligao covalente.
2. No composto AC inica e no composto AB covalente.
3. As molculas do BF3 e AlCl3 podem atuar como receptoras de par eletrnico,
uma vez que estas molculas so deficientes em eltrons.
4. NaCl apresenta ligaes inicas, CH4, NH4+ e H2O.apresentam ligaes
covalentes.
5. H2 : 1 par ligante; F2 : 1 par ligante e 6 pares solitrios; CH4 : 4 pares ligantes;
PCl3 : 3 pares ligantes e 1 par solitrio.
6. Para o CO2: OL = 2. Para o CH3OH: OL = 1. Comparando-se os valores das
ordens de ligao, da energia de ligao e do comprimento de ligao observa-se
250
No NO3- a OL = 1,33.
251
1
. Portanto, sua estabilidade deve ser menor do que a do tomo
2
isolado.
Capitulo 3
1. A clula unitria mostrada na figura no final do texto cbica de corpo centrado
(ccc) onde o nmero total de ons igual a 2, isto , um ction e um nion.
2. A estrutura do rutilo tem coordenao (6,3), logo o NC do Ti4+ 6.
3. A soma das mudanas da entalpia para o ciclo igual a zero; assim,
524 + 148 + 31 + 193+ 2187 662 + X = 0
X = U, logo,
2421 + U = 0
Deste modo, U (energia reticular) = -2421 KJ mol-1 e a entalpia de rede
252
HL = 2421 KJ mol-1
4. Devido ao fato do on Li+ ser pequeno resulta em Li2O, tendo uma entalpia de
rede mais favorvel do que o Na2O.
A reao de decomposio M2O2(s) M2O(s) + O2(g) termodinamicamente
mais favorvel para o Li2O2 do que para o Na2O2.
5. MgSO4 < CaSO4 < SrSO4 < BaSO4.
6. MgCO3 > CaCO3 > SrCO3 > BaCO3 > RaCO3.
7. O sal NaClO4 .
8. Os esquemas (c) e (f).
9. (a) Um polimorfo uma forma cristalina particular de uma substncia, que
estvel em certas condies de temperatura e presso. Por outro lado, um
poltipo uma estrutura slida que difere de outro poltipo somente na 3
dimenso. Entretanto, 2 poltipos podem ter a mesma estrutura em duas
dimenses.
(b) Polimorfos so: diamante e grafite. O exemplo mais caracterstico de poltipos
o par de redes de empacotamento compacto ech e ecc.
10. Desde que tomos de W so consideravelmente maiores do que tomos de
C e que o composto tem a estrutura do sal gema, a estrutura do WC descrita
como um arranjo de empacotamento compacto cbico de tomos de W com os
tomos de C ocupando todos os buracos octadricos.
11. (a) NC igual a 6 e 8 respectivamente. (b) Na estrutura do CsCl.
12.
Os ons Re6+ so as esferas escuras nos vrtices do
cubo e os ons O2 so as esferas transparentes nas
arestas do cubo. Cada on O2 est prximo de 2 ons
Re6+. Assim, o NC do O2 2. Como a estequiometria do
composto 1:3 o NC do Re6+ 6.
13. (a) NC (6,6). b) Cada on Na+ tem 12 segundos vizinhos mais prximos e
eles so de ons sdios (um ao longo de cada aresta da clula unitria cbica).
14. (a) O NC para cada tipo de on oito. (b) seis segundos vizinhos mais
prximos, um no centro de cada clula unitria vizinha.
253
Capitulo 4
1. H3O+(aq) + OH(aq) 2H2O(l)
2. cido: toda a espcie qumica (molcula ou on) capaz de ceder (doar)
prtons. Base: toda a espcie qumica (molcula ou on) capaz de receber
prtons.
3. O cido conjugado de uma base a espcie formada quando um prton
ganho. Ex. o H3O+ o cido conjugado de H2O.
A base conjugada de um cido a espcie gerada aps a perda de um prton.
Ex. o F- a base conjugada de HF
O par cido-base conjugado expressa a simetria de cada uma das reaes
direta e inversa, que dependem da transferncia de prton de um cido para uma
base. Ex.:
4. (a) Significa que uma determinada substncia reage com ela mesma gerando
na soluo espcies cidas e bsicas. Quando ocorre a transferncia de prtons
de uma molcula para outra em um determinado solvente a reao se chama de
autoprotlise. (b) Sim, j que surgem na soluo espcies cidas e bsicas.
254
ba
ac conj.
ba conj.
ac
ac conj.
ba conj.
ac
d) HCN + H2SO4
ba
9.
ac conj.
ba conj.
H2CN+ + HSO4-
ac
ac conj.
ba conj.
(b) H2PO4
(c) OH
(d) CH3COOH2+
(e) H[Co(CO)4]
(f) HCN.
12. A lista em ordem crescente de afinidade por prtons I < F < HS < NH2 .
13. a) O [Fe(OH2)]3+ o cido mais forte em virtude de sua maior carga.
b) O [Al(OH2)6]3+ o cido mais forte em virtude de seu menor tamanho inico.
c) O Si(OH)4 o cido mais forte em virtude de sue menor tamanho inico.
d) O HClO4 o cido mais forte por apresentar o cloro em maior estado de
oxidao (7).
e) O HMnO4 o mais cido pelo fato do Mn apresentar-se em maior estado de
oxidao (7)
255
CH3COOH2+ + ClO4
H2SO4
256
23. Na equao (a) a constante de equilbrio (K) menor que 1. Na equao (b)
a constante de equilbrio maior do que 1.
24. O [Ag(OH2)6]+ um cido mais forte que o [Na(OH2)6]+.
Capitulo 5
1. As equaes referentes aos itens (a) e (e).
2. A ordem : d<b<c<a.
3. Em (a) a espcie oxidante mais forte o Mn3+ Em (b) o redutor mais forte o
Br-(aq)
4. Al Al3+ + 3e
5. a) 2 NO3-(aq) + CH2O(aq) + 2H+(aq) 2HNO2(aq) + CO2(g) + H2O(l); E = 1,06 V
b) Sim, pois E > 0.
6. a) K = 10 nE
/ 0 , 059
257
Espcie
NE
Tl
Tl+
1 1 x (-0,34)=-0,34
3+
Tl
3 3 x 0,72 =
2,16
a) +2 ;
b) +2 ;
c) +5 ;
d) +1; e) +3;
f) +3
2. a) 4 ; b) 2; c) 4; d) 6.
3. [CuCl2]- on diclorocuprato(I)
[Ag(NH3)2]+ on diaminaprata(I)
[AuCl2]- on dicloroaurato((I)
[HgCl2] Dicloromercrio(II)
[BF4]- on tetrafluoroborato(III)
[AlCl4]- on tetracloroaluminato(III)
[Li(H2O)4]+ on tra(aqua)ltio(I)
[Ni(CO)4] Tetracarbonilnquel(0)
258
b) cis-[CoClNH3(en)2](NO3)2
8.
259
260
261
N ( N + 2) = 4( 4 + 2) = 4 x6 = 24 = 4,9 B (magnton
de
Bohr).
Capitulo 7
1. As espcies (a) e (d) so consideradas organometlicas, pois apresentam
ligao MC.
2.(a) Pentacarbonilferro(0);
(b) Tetracarbonilniquel(0);
(c) Hexacarbonilmolibdnio(0);
(d) Decacarbonildimangans(0);
(e) Hexacarbonilvanadio(0);
(f) on tricloroetilenoplatinato(II).
3. (a) [Fe(6-C5H5)2];
(b) [Co(4-C4H4)(5-C5H5)];
(c) [Fe(CO)4]2;
(e) Co2(CO)8.
262
263