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ESCOLA SUPERIOR DE GESTO

CURSO FINANAS LABORAL

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESARIAL

DISCENTES:
SANDRA JUDITE NOGUEIRA SANTA MARINHA, 8468
SUSANA ISABEL MACEDO RALHA, 8892
DOCENTE: DR. MARIA DE LURDES SILVA

BARCELOS, JULHO DE 2015

ESCOLA SUPERIOR DE GESTO


CURSO FINANAS LABORAL

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESARIAL

Panfit Indstria de Po, Lda.

DISCENTES:
SANDRA JUDITE NOGUEIRA SANTA MARINHA, 8468
SUSANA ISABEL MACEDO RALHA, 8892
DOCENTE: DR. MARIA DE LURDES SILVA
TCNICA SUPERIOR: DR. MARIA JOS JESUS

BARCELOS, JULHO DE 2015

ndice
Lista de Abreviaturas e de Siglas ___________________________________________________ 1
Lista de Tabelas ________________________________________________________________ 3
Lista de Grficos ________________________________________________________________ 4
Lista de Quadros ________________________________________________________________ 5
Agradecimentos ________________________________________________________________ 7
Introduo ____________________________________________________________________ 11
PARTE I Atividades Desenvolvidas ________________________________________________ 13
1.

Identificao da Sociedade ___________________________________________________ 15

2.

Cumprimento dos requisitos da Ordem dos Tcnicos Oficiais de Contas ________________ 17

3.

Investigao desenvolvida no mbito da atividade da empresa________________________ 19


3.1 Instrumentos Financeiros - Contrato de Futuros sobre Commodities __________________ 19
3.2 Mtodo

de Equivalncia Patrimonial (MEP) ____________________________________ 27

PARTE II - Prestao de Contas da Sociedade ________________________________________ 39


1.

Relatrio de Gesto _________________________________________________________ 43

2.

Demonstraes Financeiras ___________________________________________________ 67


2.1 Balano _________________________________________________________________ 67
2.2 Demonstrao dos Resultados por Naturezas ____________________________________ 69
2.3 Demonstrao dos Fluxos de Caixa ___________________________________________ 71
2.4 Demonstrao das alteraes no Capital Prprio _________________________________ 73
2.5 Anexo s Demonstraes Financeiras _________________________________________ 75

3.

Ata da Assembleia Geral para Aprovao de Contas ______________________________ 119

Concluso ___________________________________________________________________ 121


Bibliografia __________________________________________________________________ 123
Anexos _____________________________________________________________________ 127
Anexo I Modelo 22 ________________________________________________________ 127
Anexo II - Notas explicativas ao preenchimento da declarao peridica de rendimentos ___ 135
Anexo III - Anexo D - Benefcios Fiscais ________________________________________ 147

Lista de Abreviaturas e de Siglas


AIB Aquisio Intracomunitria de bens
AF Autonomia Financeira
AFT Ativo Fixo Tangvel
AIPAN Associao dos Industriais de Panificao, Pastelaria e Similares do Norte
Al. Alnea
Art. Artigo
AT Autoridade Tributria e Aduaneira
BCB Banco Comercial de Barcelos
CAE Classificao Portuguesa de Atividades Econmicas
CIRC Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
CIVA Cdigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado
CMVMC Custo das Mercadorias Vendidas e Matrias Consumidas
CRCSPSS Cdigo dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurana Social
CSC Cdigo das Sociedades Comerciais
CT Cdigo do Trabalho
DL Decreto-Lei
DPIVA Declarao Peridica do IVA
EBF Estatuto dos Benefcios Fiscais
EMLP Endividamento a Mdio e Longo Prazo
FIFO First In, First Out
FIL Feira Internacional de Lisboa
FSE Fornecimentos e Servios Externos
IAS Indexante dos Apoios Sociais
IAS International Accouting Standard
ID Impostos Diferidos
IFRS International Financial Reporting Standard
INE Instituto Nacional de Estatstica
IPCA Instituto Politcnico do Cvado e do Ave
IRC Imposto sobre Rendimento das Pessoas Coletivas
IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado
JV Justo Valor
JVP Justo Valor da Participao
Lda. Limitada
LG Liquidez Geral
LI Liquidez Imediata
LR Liquidez Reduzida
MEP Mtodo de Equivalncia Patrimonial
MI Mercado Intracomunitrio
MN Mercado Nacional
N. - Nmero
NCRF Norma Contabilstica e de Relato Financeiro
NIF Nmero de Identificao Fiscal
NIPC Nmero de Identificao de Pessoa Coletiva
OM Outros Mercados
OTOC Ordem dos Tcnicos Oficiais de Contas
OVCP Outras Variaes no Capital Prprio
PSE Projeto em Simulao Empresarial

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

RA Rotao do Ativo
RAI Resultado Antes de Impostos
RCP Rendibilidade dos Capitais Prprios
RF Rotao Financeira
RH Recursos Humanos
RIT Rendibilidade do Investimento Total
RITI Regime do IVA nas Transaes Intracomunitrias
RJUE - Regime Jurdico da Urbanizao e Edificao
RV Rendibilidade das Vendas
SIR Sistema de Indstria Responsvel
SG Solvabilidade Geral
SNC Sistema de Normalizao Contabilstica
SS Segurana Social
TOC Tcnico Oficial de Contas
Tx. Taxa
UE Unio Europeia
% - Percentagem
- Euro
- Pargrafo

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Lista de Tabelas
Tabela 1 - Caractersticas do 1. contrato de futuros ........................................................................... 21
Tabela 2 - Caractersticas do 2 contrato de futuros ............................................................................ 24
Tabela 3 Constituio do Capital Prprio da Rebola Panaderos, SA data de aquisio ................ 29
Tabela 4 - Regimes laborais e os benefcios subsequentes atribudos Panfit, Lda. .......................... 46
Tabela 5 - Rcios de liquidez ............................................................................................................... 55
Tabela 6 - Rcios de Funcionamento ................................................................................................... 58
Tabela 7 - Rcios de Solvabilidade ...................................................................................................... 60
Tabela 8 - Rcios Econmicos ............................................................................................................. 62
Tabela 9 - Taxas de depreciao .......................................................................................................... 80
Tabela 10 - Fluxos de Caixa ................................................................................................................ 88
Tabela 11 - Influxos do perodo ........................................................................................................... 88
Tabela 12 - Exfluxos do perodo .......................................................................................................... 89
Tabela 13 - Quantia Escriturada dos Ativos Intangveis ..................................................................... 90
Tabela 14 - Quantia Escriturada dos Ativos Tangveis ....................................................................... 91
Tabela 15 - Quantia Escriturada do Equipamento Bsico ................................................................... 91
Tabela 16 - Quantia Escriturada do Equipamento de Transporte ........................................................ 92
Tabela 17 - Quantia Escriturada do Equipamento Administrativo ...................................................... 92
Tabela 18 - Locaes financeira e operacional .................................................................................... 93
Tabela 19 - Financiamento................................................................................................................... 94
Tabela 20 - Custos de financiamento ................................................................................................... 94
Tabela 21 - Quantia Escriturada das Propriedades de Investimento.................................................... 95
Tabela 22 - Rendas de Propriedades de Investimento ......................................................................... 95
Tabela 23 - Aplicao do Mtodo de Equivalncia Patrimonial ......................................................... 96
Tabela 24 - Ganhos/Perdas imputados de associadas .......................................................................... 96
Tabela 25 - Outros ativos financeiros .................................................................................................. 97
Tabela 26 - Ativos por impostos diferidos ........................................................................................... 97
Tabela 27 - Composio e consumo por unidade produzida ............................................................... 98
Tabela 28 - Apuramento do CMVMC ................................................................................................. 98
Tabela 29 - Quantidade de inventrios ................................................................................................ 99
Tabela 30 Valor dos Inventrios Totais ............................................................................................ 99
Tabela 31 - Conta corrente de clientes ................................................................................................. 99
Tabela 32 - Valor de IVA a recuperar ................................................................................................. 99

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Tabela 33 - Outras contas a receber ................................................................................................... 100


Tabela 34 - Diferimentos de Gastos................................................................................................... 100
Tabela 35 - Diferimentos de rendimentos .......................................................................................... 101
Tabela 36 - Ativos detidos para negociao ...................................................................................... 101
Tabela 37 - Aumentos/redues no JV .............................................................................................. 102
Tabela 38 - Financiamentos obtidos a curto, mdio e longo prazo ................................................... 102
Tabela 39 - Passivos por impostos diferidos...................................................................................... 102
Tabela 40 - Conta corrente de fornecedores ...................................................................................... 103
Tabela 41 - Estado e outros entes pblicos ........................................................................................ 103
Tabela 42 - Outras contas a pagar ...................................................................................................... 103
Tabela 43 - Rditos reconhecidos no perodo .................................................................................... 104
Tabela 44 - Proviso .......................................................................................................................... 104
Tabela 45 - Reconhecimento do Subsdio Explorao ................................................................... 106
Tabela 46 - Impostos sobre o Rendimento ........................................................................................ 108
Tabela 47 - Capital Social .................................................................................................................. 109
Tabela 48 - Ajustamentos em ativos financeiros ............................................................................... 109
Tabela 49 - Outras variaes do capital prprio ................................................................................ 110
Tabela 50 Ajustamentos no Justo valor em futuros ........................................................................ 111
Tabela 51 - Impostos Diferidos.......................................................................................................... 112
Tabela 52 - Pessoas ao servio e horas trabalhadas ........................................................................... 112
Tabela 53 - Gastos com Pessoal......................................................................................................... 113
Tabela 54 - Informao por Mercados Geogrficos .......................................................................... 114
Tabela 55 - Fornecimentos e Servios Externos ................................................................................ 114
Tabela 56 - Outros Rendimentos e Ganhos ....................................................................................... 115
Tabela 57 - Gastos de depreciao e amortizao ............................................................................. 115
Tabela 58 - Outros Gastos e Perdas ................................................................................................... 116

Lista de Grficos
Grfico 1 - Qualificao dos recursos humanos _________________________________________ 46
Grfico 2 - Repartio dos custos suportados com o pessoal _______________________________ 47
Grfico 3 - Evoluo mensal das Vendas ______________________________________________ 49
Grfico 4 - Repartio das Vendas por mercados geogrficos ______________________________ 49
Grfico 5 - Rcios da Panfit / Rcios da Mdia do Setor __________________________________ 61
Grfico 6 - Rcios Econmicos da Panfit / Rcios da Mdia do Setor________________________ 63

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Lista de Quadros
Quadro 1 - Entrega da margem inicial ________________________________________________ 21
Quadro 2 - Pagamento das comisses de abertura de contrato ______________________________ 22
Quadro 3 - Reconhecimento da perda _________________________________________________ 22
Quadro 4 - Reforo da conta de margem ______________________________________________ 23
Quadro 5 - Apuramento do payoff negativo ____________________________________________ 23
Quadro 6 - Restituio do saldo da conta de margem ____________________________________ 23
Quadro 7 - Reconhecimento da perda em capital prprio _________________________________ 25
Quadro 8 - Reforo da conta de margem ______________________________________________ 25
Quadro 9 - Ajustamento do justo valor do contrato data de relato _________________________ 26
Quadro 10 - Registo contabilstico da aquisio da participao ____________________________ 31
Quadro 11 - Registo contabilstico da doao na associada ________________________________ 31
Quadro 12 - Registo contabilstico do ajustamento positivo nos capitais prprios ______________ 32
Quadro 13 - Registo contabilstico pela aquisio de aes prprias na associada ______________ 32
Quadro 14 - Registo contabilstico do ajustamento negativo _______________________________ 33
Quadro 15 - Imputao dos resultados ________________________________________________ 34
Quadro 16 - Registo dos Impostos Diferidos derivados do MEP ____________________________ 35
Quadro 17 - Atribuio de dividendos pela Rebola Panaderos, SA __________________________ 36
Quadro 18 - Registo dos lucros no distribudos ________________________________________ 36
Quadro 19 - Colocao disposio e recebimento dos lucros distribudos ___________________ 36
Quadro 20 - Reconhecimento de Subsdio ao Investimento _______________________________ 106

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Agradecimentos
Na escolha da Unidade Curricular de Projeto em Simulao Empresarial (PSE), obtivemos o
indispensvel apoio e suporte que merecem o nosso mais sincero agradecimento. Este relatrio estaria
incompleto se no prestssemos o nosso reconhecimento a todos que caminharam connosco nesta etapa
to importante da nossa licenciatura.
Em primeiro lugar, queremos agradecer Dr. Lurdes Silva pela sua capacidade de incentivo,
pela sua disponibilidade, pelo seu carinho e humanidade, pelas suas sugestes e por todo o dedicado
acompanhamento.
Dr. Maria Jos Jesus e Mestre Vera Carvalho, pela prontido e pelas preciosas ajudas e
esclarecimentos que contriburam muito para a execuo deste projeto.
Ao Dr. Jorge Mota gostaramos de dar uma especial palavra de agradecimento porque, apesar
de nunca ter sido nosso docente, partilhou de bom grado conhecimentos essenciais para a elaborao
deste relatrio.
A todos os professores que nos ajudaram ao longo destes trs anos de licenciatura, pois merecem
o nosso reconhecimento pela dedicao e profissionalismo demonstrado.
Agradecemos a todos os nossos colegas e amigos por todo o apoio.
Os nossos agradecimentos finais vo para as pessoas maravilhosas da nossa famlia que nos
prestaram compreenso e motivao incondicional e que estiveram sempre do nosso lado.
Muito OBRIGADO a todos.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

Dedicamos este relatrio ao Dr. Antnio Martins (in memorian), nosso mestre e amigo que
nos honrou com a sua simplicidade e altrusmo e nos instruiu com conhecimentos nicos e essenciais.

Aqueles que passam por ns, no vo ss, no nos deixam ss. Deixam um pouco de si,

levam um pouco de ns.


Antoine Saint-Exupry

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Introduo
Na concretizao deste projeto foi-nos possvel pr prova todos os conhecimentos adquiridos
ao longo da nossa licenciatura.
Vamos descrever o nosso trabalho ao longo do semestre em trs fases; numa primeira fase
crimos um plano de negcio, onde definimos as estratgias a implementar para atingir as metas
propostas e onde podemos aplicar os conhecimentos adquiridos em unidades curriculares como direito,
gesto, finanas empresariais e outras. Foi uma fase aliciante, fez brotar o nosso lado empreendedor,
estava ao nosso alcance criar uma empresa do zero. Mesmo sendo em contexto simulado, fizemos
questo de desenvolver uma pesquisa baseada na atividade real da panificao. Podemos assumir que
todo o equipamento bsico baseado em oramentos reais, os nveis de produo so exequveis e at
as matrias-primas correspondem em valor e em quantidade ao que praticado no mercado.
Na segunda fase, colocamos em prtica todo esse plano em ambiente de simulao empresarial.
Tudo foi novo, desde o primeiro contacto com software Primavera at perceo dos momentos
temporais das obrigaes fiscais e contabilsticas.
Estamos agora na terceira fase, a elaborao deste relatrio, ou seja, a oportunidade que temos
de conseguir exprimir todo o trabalho de investigao e de concretizao desenvolvido ao longo do
semestre.
No que respeita estrutura do relatrio, comearemos a primeira parte com a apresentao da
entidade e todo o enquadramento legal, fiscal e contabilstico. Iremos tambm desenvolver as
operaes mais relevantes, que sero alvo de uma exposio mais extensa, e com os devidos
enquadramentos. Na segunda parte, teremos a prestao de contas da entidade, onde incluiremos o
relatrio de gesto que ir espelhar a sade da Panfit, Lda. seguido da apresentao de todas as
demonstraes financeiras, nomeadamente o balano, a demonstrao dos resultados, a demonstrao
dos fluxos de caixa, a demonstrao das alteraes no Capital Prprio e o anexo. Terminaremos este
relatrio com as concluses ao trabalho efetuado e apresentaremos em anexo a este a declarao
modelo 22 de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), assim como as notas
explicativas dos valores apresentados nessa declarao.

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11

PARTE I
Atividades Desenvolvidas

Identificao da Empresa
Cumprimento dos Requisitos da Ordem dos Tcnicos
Oficiais de Contas
Investigao desenvolvida no mbito da atividade da
empresa

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13

1. Identificao da Sociedade
A Panfit Indstria de Po, Lda. (doravante designada por Panfit, Lda.) uma entidade com fins
lucrativos que tem por objeto social o fabrico e distribuio de po congelado e enquadra-se na
Classificao Portuguesa de Atividade Econmica (CAE Rev.3) 10711 Panificao, de acordo com
o Decreto-Lei n. 381/2007 de 14 de novembro.
A entidade est sediada no complexo industrial da Vrzea na Rua D. Quixote, n. 1, Cdigo
Postal 4480-892, de Vila do Conde. Ao optarmos pelo arrendamento de um armazm em zona
industrial, assumimos que o referido espao tem todas as condies para iniciar de imediato a
atividade, tendo em conta que j foi dado integral e prvio cumprimento s obrigaes legais impostas
pelo Sistema da Indstria Responsvel (SIR) e pelo Regime Jurdico da Urbanizao e Edificao
(RJUE) que regulam o exerccio da atividade industrial pelo nosso senhorio Joo Antnio Gonalves
Silva.
Aps o pedido do Certificado de Admissibilidade da Firma e da confirmao da
inconfundibilidade do nome no Registo Nacional de Pessoas Coletivas, foi celebrado o Pacto Social
onde foram estipulados os estatutos da sociedade. Juridicamente considerada uma sociedade por
quotas, a Panfit, Lda. foi inicialmente constituda com um capital social de 300.000,00, respeitando
o disposto no artigo (art.) 201. do Cdigo das Sociedades Comerciais (CSC), repartido desigualmente
por duas scias.
A scia Sandra Judite Nogueira Santa Marinha detm 51% do capital, tendo realizado
integralmente 153.000,00 em dinheiro. Por seu lado, a scia Susana Isabel Macedo Ralha detm os
restantes 49%, tendo realizado na ntegra 47.000 e o restante da sua quota com uma entrada em
espcie de um terreno, avaliado por um Revisor Oficial de Contas no valor de 100.000,00, de acordo
com as exigncias do art. 28. do CSC.
Posteriormente foi efetuado um aumento de capital no valor de 100.000,00, onde cada scia
realizou um valor de 50.000,00, aumentando desta forma o capital social para 400.000,00.
Procedeu-se ao depsito em numerrio das entradas em dinheiro realizadas no Banco Comercial
de Barcelos (BCB) antes de celebrar o contrato, de acordo com o estipulado no art. 202. do CSC.
Ambas as scias exercem a funo de gerncia, de acordo com o art. 261. do CSC e no so
remuneradas pela entidade, conforme disposto na Ata de No Remunerao dos Gerentes1, uma vez
que exercem funes remuneradas noutra entidade.
Iniciou a sua atividade no dia 1 de julho de 2015, aps matrcula na Conservatria de Vila do
Conde com o Nmero de Identificao Fiscal (NIF) 509846890 e inscrio na Segurana Social (SS),
1

Consultar Arquivo Panfit - Indstria de Po, Lda./constituio da sociedade/ata de no remunerao dos gerentes

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15

de acordo com as imposies legais do art. 8. do Cdigo dos Regimes Contributivos do Sistema
Previdencial de Segurana Social (CRCSPSS) do com o nmero (n.) 15098468900.
A declarao de incio de atividade foi enviada 10 dias depois da matrcula, cumprindo os
requisitos do n. 2 do art. 31. do Cdigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA) bem como
a alnea (al.) a) do n.1 do art. 117. e do n.1 do art. 118. do Cdigo do Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Coletivas (CIRC). Assim, a Panfit, Lda. passa a ser um sujeito passivo de Imposto sobre
o Valor Acrescentado (IVA), nos termos do art. 2. do CIVA, e de IRC nos termos no art. 2. do CIRC.
Sendo que se espera inicialmente no ultrapassar os limites estabelecidos do art. 41. do CIVA,
a entidade est provisoriamente sujeita ao Regime Trimestral de IVA e fica, por isso, obrigada
apresentao da Declarao Peridica de IVA (DPIVA) at ao dia 15 do segundo ms seguinte ao
trimestre a que respeita o exerccio das diversas operaes.
As operaes efetuadas pela entidade esto sujeitas taxa reduzida de 6%, de acordo com a
verba 1.1.5. da Lista I anexa ao CIVA aprovada pelo DL n. 102/2008 de 20 de junho, uma vez a sua
atividade normal incide sobre o fabrico de um bem alimentar classificado como necessidade primria.
A nossa empresa constituda por cinco departamentos: administrativo, comercial, de produo,
de manuteno de mquinas e armazm. Para que a atividade industrial fosse desenvolvida com a
produtividade pretendida, foram admitidos e inscritos na SS sete trabalhadores para a realizao das
diversas funes, dando cumprimento ao art. 8. e ao n. 1 do art. 29. do CRCSPSS. Dos sete
funcionrios contratados, estabelecemos vnculo contratual com uma desempregada de longa durao,
um funcionrio em regime de estgio profissional de 1 emprego, uma pessoa portadora de deficincia,
um vendedor que recebe comisses em funo das vendas e os restantes com contrato a termo.
Foi efetuada a devida comunicao Autoridade para as Condies de Trabalho sobre toda a
informao exigida sobre a entidade.
A Panfit, Lda. pode ser contactada por via telefnica atravs do n. 252 654 654, por fax pelo n.
252 654 654 e por via eletrnica atravs do e-mail [email protected].

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2. Cumprimento dos requisitos da Ordem dos Tcnicos Oficiais de Contas


De modo a satisfazer o art. 9. do Regulamento de Inscrio, Estgio e Exame Profissionais,
decorrente do disposto no art. 24. do Estatuto da Ordem dos Tcnicos Oficiais de Contas (OTOC),
experienciamos uma grande variedade de procedimentos contabilsticos, burocrticos, legais e fiscais
no contexto do exerccio da atividade da Panfit, Lda., entre os quais:
Constituio da Sociedade e todo o processo de incio de abertura da empresa, englobando a
realizao do capital social, o preenchimento de declaraes afetas ao incio de atividade para a SS e
Autoridade Tributria (AT), a elaborao do Pacto Social, todas as formalidades legais de arranque
empresarial e o planeamento financeiro e estratgico da organizao;
Tratamento fiscal e contabilstico dos recursos humanos da sociedade, incluindo o
processamento de salrios em diferentes regimes laborais (portadora de deficincia, desempregado de
longa durao, primeiro emprego e regime geral), a entrega das respetivas declaraes de
remuneraes para a SS, do pagamento dos Fundos de Compensao e Garantia Salarial e ainda o
tratamento fiscal e contabilstico do desvinculo laboral por despedimento;
Organizao contabilstica luz do Sistema de Normalizao Contabilstica (SNC) desde a
receo dos documentos ao registo, arquivo e classificao de operaes relacionadas com transaes
afetas atividade normal da empresa. Perceo sobre as implicaes legais, fiscais e contabilsticas
que envolvem operaes realizadas com entidades residentes em pases pertencentes ao mercado
intracomunitrio e extra comunitrio; transformao de uma importao, numa operao assimilada a
uma AIB (aquisio intracomunitria de bens) para evitar que a empresa tenha que desembolsar o valor
de IVA associado operao, podendo desta forma diferir a sua liquidao; realizao de AIB e TIB
(transao intracomunitria de bens) e as vantagens fiscais associadas; realizao de uma operao
triangular, ao comprar mercadoria a um fornecedor com sede em Frana que estava destinada a um
cliente sediado em Espanha e as suas implicaes; realizao de importaes, exportaes e vrias
operaes de compra e venda em mercado nacional; requisio de vrios servios externos; aplicaes
de excedentes de tesouraria e outras operaes relacionadas com outros instrumentos financeiros, bem
como, a realizao de contratos de leasing e financiamento bancrio na realizao de investimento.
Apuramento de contribuies e de impostos decorrentes da atividade corrente da empresa e o
respetivo preenchimento de todas as declaraes legalmente impostas, nomeadamente a entrega da
Declarao Peridica do IVA (DPIVA) por trimestre, a Declarao Recapitulativa de Vendas e
Prestaes de Servios Comunitrios, a comunicao de faturas SAFT e a Declarao de Retenes na
Fonte apuradas mensalmente;

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

17

Contato com os servios relacionados com a profisso e com a entidade, nomeadamente com
as instituies financeiras e com os parceiros de negcios (associadas), acompanhando o desempenho
financeiro da entidade;
Elaborao de relatrios e anlise de gesto de acordo com a informao contabilstica, de
forma a dar cumprimento prestao de informao obrigatria aos stakeholders;
Prestao e Encerramento de Contas que engloba a preparao das demonstraes financeiras
(Balano, Demonstraes de Resultados, Demonstrao dos Fluxos de Caixa, Demonstrao de
Alteraes no Capital Prprio e Anexo s Demonstraes Financeiras), a aprovao de contas em
assembleia-geral e a elaborao do dossier fiscal da empresa, assim como a superviso de todos os
atos declarativos e de comunicao s entidades competentes legalmente exigidas, finalizando assim
com a elaborao da IES Informao Empresarial Simplificada.
Na elaborao deste relatrio, seguimos uma conduta tica e deontolgica associada ao exerccio
da profisso, respeitando o rigor e profissionalismo exigidos pelo Estatuto da OTOC e pelo Cdigo
Deontolgico em vigor. Na nossa empresa, foram aplicados mtodos de controlo interno de forma a
assegurar a veracidade e rigor exigveis.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

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3. Investigao desenvolvida no mbito da atividade da empresa


3.1 Instrumentos Financeiros - Contrato de Futuros sobre Commodities
Estrategicamente, a Panfit, Lda. assumiu uma posio longa em dois contratos de futuros sobre
milho no intuito de prevenir esse fornecimento no futuro, uma vez que se verificou uma grave falha na
oferta deste bem em anos anteriores.
luz do 9 da International Accounting Standard (IAS) 39 e do 5 da Norma Contabilstica e
de Relato Financeiro (NCRF 272), os futuros so instrumentos derivados financeiros negociados em
mercado regulamentado a curto prazo, atravs de contratos padronizados estabelecidos entre duas
partes, nos quais se define hoje um preo futuro sobre um ativo subjacente a ser transacionado numa
data determinada. A posio longa assume a obrigao de comprar esse ativo e a posio curta a
obrigao de o vender ao preo e na data fixada no contrato. Os termos do contrato so rigorosamente
definidos relativamente quantidade e qualidade do ativo a transacionar, ao preo futuro, data de
vencimento, forma de liquidao e, ainda, a margem inicial e a margem de manuteno necessrias
ao cumprimento contratual. Na data de vencimento, a perda de uma parte simetricamente o ganho da
outra parte.
A Panfit, Lda. est ciente de que os futuros acarretam um risco potencial devido sua
volatilidade. Por um lado, sabemos o risco em que incorremos dadas as potenciais flutuaes nos
preos de mercado a que esto sujeitos, tanto na valorizao dos contratos em mercado de bolsa como
no aumento do preo do milho que lhe est subjacente. Por outro, apesar de pouco significativo,
estamos sujeitos ao risco de liquidez associado liquidao dos contratos, que minimizado pela CME
Group onde se transacionam. Esta tem um papel intermedirio, denominando-se Cmara de
Compensao ou Clearing House, concretizando as ordens de compra e de venda entre as partes e
assumindo a posio de comprador face ao vendedor e de vendedor face ao comprador.

NCRF 27 5 - Derivado: um instrumento financeiro ou outro contrato com todas as trs caractersticas seguintes: a) o
seu valor altera-se em resposta alterao numa especificada taxa de juro, pelo instrumento financeiro, preo de
mercadoria, taxa de cmbio, ndice de preos ou de taxas, notao de crdito ou ndice de crdito, ou outra varivel, desde
que, no caso de uma varivel no financeira, a varivel no seja especificada de uma parte do contrato (por vezes
denominada subjacente); b) No requer qualquer investimento lquido inicial ou requer um investimento lquido inferior
ao que seria exigido para outros tipos de contratos que se esperaria que tivessem uma resposta semelhante s alteraes
dos fatores de mercado; c) liquidado numa data futura.
2

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19

Figura 1 - O papel da Cmara de Compensao

Fonte: Elaborao Prpria

Tendo em ateno o risco inerente aos contratos de futuros, a gerncia visiona nos contratos de
futuros uma oportunidade de potenciar os seus recursos. Dado que so instrumentos alavancados que
no envolvem grande disponibilidade de capital, sendo apenas cobrados pelo intermedirio financeiro
os custos de abertura de posio e consignada obrigatoriamente uma conta de margem inicial, que
serve como garantia do bom pagamento das variaes adversas do mercado, so muito apelativos
financeiramente.
As valorizaes e perdas resultantes da variao do preo so diariamente ajustadas na conta de
margem, aumentando-a ou reduzindo-a, cujo ajuste assegurado pela Cmara de Compensao. A
perda pelas oscilaes negativas apenas pode atingir determinado limite (fixado no contrato)
denominado de margem de manuteno. Se o valor da conta de margem for inferior a esta, a Panfit,
Lda. notificada pela entidade gestora para efetuar um reforo no saldo dessa conta.
O enquadramento contabilstico e fiscal depende do objetivo da Panfit, Lda. quando assume
posio contratual nos futuros. Por fora da dual inteno (especulao e cobertura de risco), so
analisados contabilisticamente os dois contratos de modo individual. Em ambos os casos, aplicada a
mensurao ao justo valor, sendo reconhecidos os ganhos e as perdas atravs dos resultados. Com a
exceo de que os contratos de futuros assumidos com inteno de cobertura de risco apenas so
levados a resultados quando se efetivar a compra ou venda do ativo subjacente.
3.1.1 Contrato de futuros com objetivo especulativo
No primeiro contrato, o intuito estratgico da Panfit, Lda. meramente especulativo com o
objetivo de alavancar os capitais da empresa. No momento em que adquire parte contratual, a sociedade
prev que o contrato se valorize, uma vez que se perspetiva um aumento de preo do milho (ativo
subjacente). A entidade gestora apresentou-nos as seguintes caractersticas:

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20

Tabela 1 - Caractersticas do 1. contrato de futuros


Contratos de futuros negociados na CBT
Ativo subjacente
Quantidade
Preo Futuro
Posio contratual
Data de abertura de posio
Data de vencimento
Valor do Contrato
Condies de liquidao
Data de fecho de posio
Margem Inicial
Margem de Manuteno
Objetivo estratgico

N 56932746
(1 Contrato)
Milho
5.000 Bushels
3,832 /Bu
Longa
5 de dezembro de 2015
31 de dezembro de 2015
19.160,00
Entrega fsica
15 de dezembro de 2015
3.000
2.000
Especulao
Fonte: Elaborao Prpria

Enquadramento contabilstico
Os contratos de futuros so mensurados pelo modelo de justo valor, de acordo com al. b) do
11 da NCRF 27.
Atendendo ao 6 da NCRF 273e ao 14 da IAS 39 e ao 3.1.1 da International Financial
Reporting Standard (IFRS) 9 o reconhecimento de um ativo financeiro na sua demonstrao financeira
deve ser efetuado no momento em que a entidade assume uma posio longa nas disposies
contratuais do instrumento financeiro derivado em causa. Nesse momento, a Panfit, Lda. teve de
constituir uma conta de margem no valor do montante da margem inicial, que imposta e definida
pela entidade gestora do mercado de bolsa. na entrega das margens que se consubstancia a tomada
de posio.
Quadro 1 - Entrega da margem inicial
Contas
1411
1201

Descrio
Derivados Potencialmente Favorveis
Depsitos Ordem

A dbito
3.000,00

A crdito
3.000,00
Fonte: Elaborao Prpria

NCRF 27 6 - Uma entidade deve reconhecer um ativo financeiro, um passivo financeiro ou um instrumento do capital
prprio apenas quando a entidade se torne uma parte das disposies contratuais do instrumento.

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21

De acordo com o 7 da NCRF 274, os custos incrementais relacionados com a tomada de posio
no concorrem para a mensurao inicial do instrumento financeiro, devendo ser considerado um
gasto, apesar de decorrerem dessa operao.
Quadro 2 - Pagamento das comisses de abertura de contrato
Contas
68861
24321132311
1201

Descrio
Perdas em Instrumentos Financeiros
IVA dedutvel a 100%
Depsitos Ordem

A dbito
9,00
2,07

A crdito

11,07
Fonte: Elaborao Prpria

Contrariamente s nossas expetativas, o preo do milho diminuiu e, por conseguinte, no dia 13


de dezembro, fruto das consecutivas oscilaes na conta de margem, a gerncia foi notificada pela
entidade gestora de forma a proceder ao reforo da conta de margem dado que, no dia anterior, tinha
ocorrido uma variao negativa que tinha conferido conta de margem um saldo inferior a 2.000
correspondente margem de manuteno. O supracitado montante de reforo apurado pela diferena
entre a margem inicial e o saldo da conta de margem nesse momento.
Na qualidade de instrumento de no cobertura, essas oscilaes so contabilizadas de acordo
com o disposto no 89 da IAS 395 e al. b) do 11 da NCRF 27 que define que os ganhos ou perdas de
um ativo financeiro classificado pelo justo valor devem ser reconhecido em resultados. Assim,
reconhecemos a perda em gastos e refletimos o reforo legalmente exigido na conta de margem.

Quadro 3 - Reconhecimento da perda


Contas
6614
1411

Descrio
Perdas por reduo do JV - Instrumentos
financeiros
Derivados - Potencialmente Favorveis

A dbito
1.045,00

A crdito

1.045,00
Fonte: Elaborao Prpria

Assumimos que essa perda deve ser reconhecida na conta 1411 - Derivados potencialmente
favorveis. Dado que, sempre que ocorrem variaes negativas de mercado, so feitos os ajustamentos
NCRF 27 7 - Uma entidade no deve incluir os custos de transao na mensurao inicial do ativo ou passivo financeiro
que seja mensurado ao justo valor com contrapartida de resultados.

IAS 39 89 - Um ganho ou perda de uma alterao no justo valor de um ativo financeiro ou passivo financeiro que no
faa parte de um relacionamento de cobertura deve ser reconhecido como se segue: a) um ganho ou perda resultante de um
ativo financeiro ou passivo financeiro classificado pelo justo valor atravs dos lucros ou prejuzos deve ser reconhecido
nos lucros ou prejuzos.

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22

na conta de margem (que se reflete tambm nesta conta), se estes resultarem num saldo inferior a
2.000,00 , somos obrigados a proceder a uma transferncia da conta corrente at margem inicial
(reforo da conta de margem). Logo, o saldo desta conta sempre positivo e reflete a mensurao ao
justo valor de forma clara.
Simultaneamente, transferimos o valor do reforo exigido da conta corrente para a conta de
margem.
Quadro 4 - Reforo da conta de margem
Contas
1411
1201

Descrio
Derivados - Potencialmente Favorveis
Depsitos Ordem - BCB

A dbito
1.045,00

A crdito
1.045,00
Fonte: Elaborao Prpria

Na prtica, so efetuados diariamente os ajustamentos referentes s variaes de mercado, que


se refletem no saldo dirio da conta de margem. No entanto, o impacto direto deles na contabilidade
resulta das transferncias da conta corrente para a conta de margem e o apuramento do payoff long6 na
data de fecho que se segue.
A Panfit, Lda. optou por fechar a posio a 15 de dezembro, antes da data de vencimento definida
pelo contrato. Neste sentido, apuramos uma perda no valor de 510,00.
Quadro 5 - Apuramento do payoff negativo
Contas
6614
1411

Descrio
Perdas por reduo do JV - Instrumentos
financeiros
Derivados - Potencialmente Favorveis

A dbito
510,00

A crdito

510,00
Fonte: Elaborao Prpria

Depois de encerrarmos a nossa posio, a entidade gestora procedeu restituio do montante


da conta de margem, transferindo-a para a conta corrente.
Quadro 6 - Restituio do saldo da conta de margem
Contas

Descrio

A dbito

A crdito

1201

Depsitos Ordem - BCB

2.490,00

1411

Derivados - Potencialmente Favorveis

2.490,00
Fonte: Elaborao Prpria

Payoff long - corresponde ao apuramento da diferena entre o preo unitrio no mercado vista e o preo futuro, tendo
em conta o nmero de contratos e a dimenso do contrato. Reflete o ganho ou a perda obtida pelo compromisso da posio
longa no contrato de futuros.

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23

Enquadramento fiscal
O regime geral legalmente definido no n. 9 do art. 18. do CIRC7 e abre uma exceo aos
instrumentos financeiros derivados na al. b). Assim, luz do n. 1 do art. 49. do CIRC, aceite o
modelo de justo valor quando os lucros e os prejuzos resultantes da deteno da posio nesse contrato
se refletem em resultados, concorrendo os ajustamentos negativos no valor de 510,00 para a formao
do lucro tributvel, no havendo quaisquer correes a efetuar no campo 743 do Quadro 07 do Modelo
22.
3.1.2 Contrato de futuros para cobertura de riscos
A gerncia prev introduzir em 2016 um novo produto no seu processo produtivo cuja matriaprima principal o milho. Como instrumento de cobertura8, a Panfit, Lda. adquiriu mesma data um
segundo contrato de futuros. Pretendendo fazer a cobertura de risco de forma a fixar o preo mximo
a pagar pelo milho, assume posio longa no seguinte contrato:
Tabela 2 - Caractersticas do 2 contrato de futuros
Contratos de futuros negociados na CBT
Ativo subjacente
Quantidade
Preo Futuro
Posio contratual
Data de abertura de posio
Data de vencimento
Valor do Contrato
Condies de liquidao
Data de fecho de posio
Margem Inicial
Margem de Manuteno
Objetivo estratgico

N 56932747
(2 Contrato)
Milho
5.000 Bushels
3,942 /Bu
Longa
5 de dezembro de 2015
31 de maro de 2016
19.710,00
Entrega fsica
31 de maro de 2016
3.000
2.000
Cobertura de Risco
Fonte: Elaborao Prpria

Art. 18. n. 9 do CIRC - Os ajustamentos decorrentes da aplicao do justo valor no concorrem para a formao do
lucro tributvel, sendo imputados como rendimentos ou gastos no perodo de tributao em que os elementos ou direitos
que lhes deram origem sejam alienados, exercidos, extintos, liquidados, exceto quando: b) Tal se encontre expressamente
previsto neste cdigo.
8
Instrumento de cobertura - luz do 5 da NCRF 27, um derivado designado ou () um ativo financeiro designado
() cujo justo valor ou fluxos de caixa se espera que compense as alteraes no justo valor ou fluxos de caixa de um item
coberto designado.
7

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24

Enquadramento contabilstico
O tratamento contabilstico do depsito da margem inicial no montante de 3.000,00 e o
pagamento de 11,07 de comisses cobradas pela entidade gestora processa-se da mesma forma que
o contrato anterior (ver Quadros 1 e 2).
Como operao de cobertura de risco do preo do milho, a Panfit, Lda. pretende manter a sua
posio at data de vencimento (maro de 2016), altura em que tenciona adquirir esse ativo. O ganho
ou a perda do contrato deve ajustar quantia escriturada do item coberto e deve ser reconhecido em
capital prprio, de acordo com o 429 da NCRF 27.
Quadro 7 - Reconhecimento da perda em capital prprio
Contas
595
1411

Descrio
Derivados Contrato de Futuros (cobertura)
Derivados Potencialmente Favorveis

A dbito
1.595,00

A crdito
1.595,00
Fonte: Elaborao Prpria

Tambm neste contrato, no dia 13 de dezembro, a Panfit, Lda. foi notificada para proceder ao
reforo da margem, uma vez que so contratos sobre o mesmo ativo subjacente e que variam em
correlao com o preo vista deste bem.
Quadro 8 - Reforo da conta de margem
Contas
1411
1201

Descrio
Derivados Potencialmente Favorveis
Depsitos Ordem - BCB

A dbito
1.595,00

A crdito
1.595,00

Fonte: Elaborao Prpria

Para efeitos de prestao de contas, fomos analisar o preo da cotao do futuro no mercado
regulamentado e efetuarmos o acerto do justo valor a 31 de dezembro de 2015. Denote-se que o preo
futuro fixado no contrato de 3,942/Bu e que o preo no mercado vista nesta data de 3,966/Bu.
Ou seja, pelo contrato de futuros podemos comprar mais barato (a 3,942/Bu) do que no mercado
vista. Estamos perante um ganho neste contrato data de relato.

NCRF 27 42 - Se as condies para a contabilizao de cobertura forem cumpridas e o risco coberto for () a exposio
a risco de preo num compromisso ou elevada probabilidade de transao futura (), a entidade deve reconhecer as
alteraes do justo valor do instrumento de cobertura diretamente no capital prprio. () O ganho e a perda reconhecido
no capital prprio deve ser reclassificado de capital prprio para a demonstrao dos resultados quando o item coberto seja
reconhecido na demonstrao dos resultados.

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25

Quadro 9 - Ajustamento do justo valor do contrato data de relato


Contas
1411
595

Descrio
Derivados - Potencialmente Favorveis
Derivados - Contrato de Futuros (cobertura)

A dbito
120,00

A crdito
120,00
Fonte: Elaborao Prpria

Como o presente contrato apenas tem efeitos em maro de 2016, respeitado o princpio
contabilstico da realizao. Nessa data, a Panfit, Lda. ter de registar na contabilidade a variao do
preo do contrato desde o momento inicial onde assume a posio longa at ao momento de
encerramento da sua posio. Tambm nessa data, proceder compra do ativo subjacente ao preo
futuro e dever transferir o valor das variaes (resultantes da diferena entre o preo vista e o preo
fixado no futuro) para rendimentos ou gastos. Ou seja, nesse momento os ganhos e as perdas refletidas
em capital prprio sero reconhecidas em resultados.

Enquadramento fiscal
Sendo apenas reconhecidas as oscilaes do valor do contrato em capital prprio, apenas
quando os rendimentos e gastos forem refletidos em resultados concorrero para a formao do lucro
tributvel. Logo no se aplica o disposto no art. 49. do CIRC, pelo que no h nada a inscrever no
campo 770 do Quadro 07 da Modelo 22.

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26

3.2 Mtodo de contabilizao da participao financeira na associada:


Mtodo de Equivalncia Patrimonial (MEP)10
O crescimento sustentado um dos pilares da estratgia da Panfit, Lda.. Mediante a conjuntura
atual, um investimento inicial inadequado poderia ditar rduas dificuldades nossa empresa, e, no
seguimento desta premissa, a Panfit, Lda. entra no mercado com uma postura cautelosa.
Inquestionavelmente, a Panfit, Lda. foi muito bem recebida no mercado, conseguindo atingir
os seus mximos de produo nos primeiros meses. Se por um lado, est patente a satisfao pelo
sucesso alcanado, por outro lado, existe a preocupao de procurar solues que permitam que a
Panfit, Lda. continue a crescer, sem que esta limitao fsica se torne um obstculo. Sabemos que
temos que aumentar as instalaes produtivas, mas no podemos ficar estagnados espera desse
aumento.
Ao analisarmos as opes ao nosso alcance, constatamos que o nosso cliente espanhol Rebola
Panaderos, SA tem aquilo que a Panfit, Lda. precisa para continuar a desenvolver a sua estratgia de
crescimento. A Rebola Panaderos, SA situa-se no mercado espanhol e tambm se dedica produo
de po congelado, mas a sua produo situa-se muito abaixo da sua capacidade e, aplicadas as tcnicas
de gesto da Panfit, Lda. temos a expetativa de que iremos conseguir o sucesso esperado.
Foi desta forma que a aquisio de 100.000 aes, correspondentes a uma participao de 25%
no capital social da Rebola Panaderos, SA se tornou um negcio apetecvel para a nossa empresa. Esta
empresa queria crescer e viu na nossa proposta uma mais-valia para atingir o pretendido. Ser uma
relao que trar benefcios s duas partes.

Enquadramento Contabilstico
Concretizado o negcio, passamos para a fase da contabilizao luz da NCRF 13 Interesses
em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas, do SNC que entrou em vigor em 1

10

MEP Mtodo de equivalncia patrimonial ( 4 da NCRF 15) um mtodo de contabilizao pelo qual o investimento
ou interesse inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado em funo de alteraes verificadas, aps a
aquisio, na quota-parte do investidor ou do empreendedor nos ativos lquidos da investida ou da entidade conjuntamente
controlada.

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27

de Janeiro de 2010, que tem por base as Normas Internacionais de Contabilidade: IAS 3111 e IAS 2812.
A Panfit, Lda. tem agora uma participao na Rebola Panaderos, SA e importa classific-la quanto
inteno da posse e quanto influncia ou controlo sobre a mesma.
Quanto nossa inteno da posse desta participao, importante referir que a Panfit, Lda. est
a assumir um compromisso de longo prazo, sendo esta uma participao permanente ou no corrente
( 15 da NCRF 1)13.
Importa agora identificar o tipo de influncia exercida, se, o controlo exclusivo14, o controlo
conjunto15 ou a influncia significativa. Ao analisar a NCRF 13 constatamos que a nossa participao
permite exercer influncia significativa. Segundo o 19, o investidor que detiver, direta ou
indiretamente 20% ou mais do poder de voto da investida assume influncia significativa, a menos que
o contrrio possa ser claramente demonstrado, sendo que no nosso caso esta ltima parte no releva.
Com a inteno e o tipo de influncia definidos falta classificar em que tipo de entidade a
Rebola Panaderos, SA se enquadra. A NCRF 13 subdivide as participaes em, subsidirias16,
associadas ou empreendimentos conjuntos17.
Ao analisar o 4 da NCRF 13 verificamos que a Rebola Panaderos, SA uma associada da
Panfit, Lda. ou seja, entende-se por associada uma entidade sobre a qual o investidor tenha influncia
significativa e que no seja nem uma subsidiria nem um interesse num empreendimento conjunto,
traduzindo-se esta influncia, no poder de participar nas decises das polticas financeira e operacional
da investida.

IAS 31 (Interesses em Empreendimentos Conjuntos) deve ser aplicada contabilizao de interesses em


empreendimentos conjuntos e no relato de ativos, passivos, rendimentos e gastos de empreendimentos conjuntos nas
demonstraes financeiras de empreendedores e investidores. No entanto, no se aplica a organizaes de capital de risco
ou de fundos mtuos, trusts e entidades semelhantes incluindo tambm os fundos de seguros ligados a investimentos.
12
IAS 28 (Investimentos em Associadas) aplica-se na contabilizao de investimentos em associadas. No entanto, no se
aplica a organizaes de capital de risco ou de fundos mtuos, trusts e entidades semelhantes incluindo tambm os fundos
de seguros ligados a investimentos.
11

13

NCRF 15 1 Esta Norma usa a expresso no corrente para incluir ativos tangveis, intangveis e financeiros cuja
natureza seja de longo prazo.

14

Controlo exclusivo o poder de gerir as polticas financeiras e operacionais de uma entidade ou de uma atividade
econmica a fim de obter benefcios da mesma.
15

Controlo conjunto a partilha do controlo, acordada contratualmente, de uma atividade econmica, e existe apenas
quando as decises estratgicas financeiras e operacionais relacionadas com a atividade exigem o consentimento unnime
das partes que partilham o controlo (os empreendedores).
Subsidiria uma entidade (aqui se incluindo entidades no constitudas em forma de sociedade, como, p.ex., as
parcerias) que controlada por uma outra entidade (designada por empresa-me).
16

17

Empreendimento conjunto uma atividade econmica empreendida por dois ou mais parceiros, sujeita a controlo
destes mediante um acordo contratual.

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28

Atendendo s normas de enquadramento do SNC quanto aos investimentos financeiros que


representam participaes de capital, os critrios de mensurao obedecem a determinados mtodos
impostos por este normativo. A nossa participao remete-nos para o 42 da NCRF 13, onde refere
que, um investimento numa associada deve ser contabilizado usando o MEP, exceto se existirem
restries severas e duradouras que prejudiquem significativamente a capacidade de transferncia de
fundos para a empresa detentora, caso em que deve ser usado o mtodo do custo.
Entende-se por MEP, a contabilizao pelo qual o investimento ou interesse inicialmente
reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado em funo das alteraes verificadas, aps a
aquisio, na quota-parte do investidor ou do empreendedor nos ativos lquidos da investida ou da
entidade conjuntamente controlada. Os resultados do investidor ou empreendedor incluem a parte que
lhes corresponda nos resultados da investida ou da entidade conjuntamente controlada ( 4 da NCRF
13), completa ainda o 58 da mesma norma que as distribuies recebidas de uma investida reduzem
a quantia escriturada do investimento, e que tambm podem ser necessrios ajustamentos na quantia
escriturada, para alteraes no interesse proporcional do investidor na investida resultante de alteraes
no capital prprio da investida que no tenham sido reconhecidos nos resultados da investida. Estas
alteraes incluem as resultantes da revalorizao de ativos fixos tangveis e das diferenas de
transposio de moeda estrangeira, e a parte do investidor nestas alteraes reconhecida diretamente
no seu capital prprio.
Definidos os conceitos subjacentes necessrios para procedermos contabilizao da aquisio
da nossa associada, passamos efetivamente para a fase da mensurao. Solicitamos nossa associada,
um balano e uma demonstrao dos resultados data de aquisio, para se calcular efetivamente o
Justo Valor da Participao (JVP)18, dos quais retiramos os seguintes valores:
Tabela 3 Constituio do Capital Prprio da Rebola Panaderos, SA data de aquisio
Rebola Panaderos, SA

31-07-2015

Capital Realizado
Reserva Legal
Resultados Transitados
Outros
Resultado Lquido do Perodo
Total

400.000,00
25.000,00
10.177,70
2.894,60
47.977,66
486.049,96
Fonte: Elaborao Prpria

18
Justo Valor (da Participao) a quantia pela qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras e dispostas a isso, numa transao em que no exista relacionamento entre elas, ajustada em funo da
percentagem de interesse.

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29

Numa primeira fase tivemos que verificar se existia alguma diferena entre o valor de
aquisio da participao e o valor da quota-parte adquirida da situao lquida da associada, podendo
dessa forma calcular o JVP. Foi ento efetuada uma avaliao aos ativos, passivos e passivos
contingentes da associada por uma entidade competente, respeitando os trmites legais, e constatou-se
a existncia de um terreno subavaliado em 24.000,00, facto que fez alterar o JVP.
JVP19 = (486.049,96 + 24.000,00) x 25% = 127.512,49
No passo seguinte confrontamos o valor de aquisio com o JVP, e verifica-se uma diferena
a favor da Panfit, Lda., ou seja, conseguimos comprar a participao por um valor inferior, diferena
essa que luz do SNC designada por negative goodwill20(na al. b) do 47 da NCRF 13).
Valor de aquisio - Justo Valor da Participao
100.000,00 - 127.512,49
Negative Goodwill = - 27.512,49
A IFRS 3 define o goodwill como um ativo que representa benefcios econmicos futuros, cujo
tratamento contabilstico consequente est previsto nas normas internacionais de contabilidade (al. a)
do n 23 da IAS 28 e n 51 a 55 da IFRS 3), e diz ainda que, o goodwill no amortizado devendo ser
registado como um ativo que deve ser sujeito a testes peridicos de imparidade anual.
Retirando da norma a informao que relevante para o nosso caso, podemos assumir que no
caso do negative goodwill, qualquer excesso da parte do investidor no justo valor lquido dos ativos,
passivos e passivos contingentes identificveis da associada acima do custo do investimento excludo
da quantia escriturada do investimento e includo como rendimento na determinao da parte do
investidor nos resultados da associada do perodo em que investimento adquirido (al. b) 47 da
NCRF 13).
Esclarecidos os pressupostos, procedemos ao registo dos movimentos na nossa contabilidade.

JVP = (valor contabilstico dos capitais prprios + diferenas de avaliao) x percentagem de aquisio
Negative Goodwill corresponde a qualquer excesso da parte do investidor no justo valor lquido dos ativos, passivos e
passivos contingentes identificveis da associada acima do custo do investimento.
19
20

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30

I. Registo da aquisio da participao na associada


Quadro 10 - Registo contabilstico da aquisio da participao
Conta

Descrio

Dbito

Crdito

4121

Investimento em Associadas Participaes de capital - MEP

127.512,49

7851

Rendimentos e ganhos em Associadas - Aplicao do MEP

27.512,49

1201

Depsitos Ordem - BCB

100.000,00
Fonte: Elaborao Prpria

A Panfit, Lda. adquiriu esta participao no ms de agosto, e diz-nos a norma que, todas as
alteraes no valor dos capitais prprios da investida, posteriores aquisio e, que no afetem os
resultados, devem ser reconhecidas na sua quota-parte diretamente nos capitais prprios do investidor
(58 da NCRF 13), um preceito que a nossa empresa teve que levar em conta por duas vezes at ao
final do exerccio. Faz parte da estratgia da nossa associada, a modernizao das suas instalaes de
fabrico, e em novembro, um dos acionistas concretizou uma doao de um terreno por um valor de
64.000,00, terreno esse que servir para construir as novas instalaes. J em dezembro, por fora
das circunstncias a nossa associada teve de adquirir 20.000 aes prprias.
sobre estas duas alteraes na nossa associada que a Panfit, Lda. teve que aplicar o que diz a
norma na sua contabilidade.
Os registos que iremos apresentar de seguida confrontaro as alteraes na contabilidade do
investidor com as alteraes na contabilidade da investida. Queremos apenas referir que ser utilizado
o plano de contas do SNC em equivalncia ao plano de contas utilizado em Espanha, para o registo
dos movimentos da investida.
II. Doao de Terreno (novembro)
a)

Variao nos Capitais Prprios da nossa associada

Quadro 11 - Registo contabilstico da doao na associada


Conta

Descrio

Dbito

431

Ativos Tangveis - Terrenos e recursos naturais

64.000,00

594

OVCP21 - Doaes

Crdito
64.000,00

Fonte: Elaborao Prpria

21

OVCP Outras variaes no capital prprio

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31

b)

Variao nos Capitais Prprios da Panfit, Lda.

Para procedermos contabilizao desta variao na nossa contabilidade foi necessrio calcular
a quota-parte respeitante ao valor do terreno.
Capital prprio = 64 000 00 * 25% = 16 000 00
Quadro 12 - Registo contabilstico do ajustamento positivo nos capitais prprios
Conta

Descrio

4121

Investimento em Associadas Particip. de capital - MEP

5713

Ajustamentos decorrentes de OVCP das participadas

Dbito

Crdito

16.000,00
16.000,00
Fonte: Elaborao Prpria

III. Aquisio de aes prprias (dezembro)


a) Variao nos Capitais Prprios da nossa associada
Cada ao da nossa associada tinha um valor nominal de 0.80, e as aes foram vendidas com
um prmio de 0.16, ou seja, o valor de aquisio de cada ao foi de 0.96. Foram adquiridas 20.000
aes prprias totalizando um valor de 19.200,00.

Quadro 13 - Registo contabilstico pela aquisio de aes prprias na associada


Conta

Descrio

Dbito

521

Aes Prprias - Valor Nominal

16.000,00

522

Aes Prprias - Prmio

3.200,00

1201

Depsitos ordem

Crdito

19.200,00
Fonte: Elaborao Prpria

Assumindo que a lei espanhola que regula as sociedades comerciais semelhante que vigora
em Portugal, a Rebola Panaderos, SA na aquisio destas aes teve em conta o previsto no art.os 316.
e 317. do CSC, que descrevem a forma de adquirir aes prprias licitamente. Teve ainda que
constituir uma reserva indisponvel do mesmo montante de aquisio das mesmas, sendo neste caso
de 19.200,00, que se manter durante o tempo em que estas pertenam sociedade, conforme a al. b)
do n. 1 do art. 324. do CSC. ainda relevante referir que todos os direitos inerentes a estas aes
ficaro suspensos, com exceo do direito previsto na al. a) do mesmo artigo (receber novas aes no
caso de aumento de capital por incorporao de reservas).

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

32

b) Variao nos Capitais Prprios da Panfit, Lda.


importante referir que a diminuio dos direitos da nossa empresa em consequncia da
aquisio das aes prprias na investida, no ps em causa a influncia significativa que exercemos
sobre esta. Neste momento esta participao representa 20% das aes sem restries aos direitos
associados.
O ajustamento efetuado na nossa associada teve um efeito negativo nos seus capitais prprios
e, consequentemente, a nossa participao proporcionalmente sofrer o mesmo efeito.
Capital prprio = - 19.200,00 * 25% = - 4.800,00
Quadro 14 - Registo contabilstico do ajustamento negativo
Conta

Descrio

4121

Investimento em Associadas Particip. de capital - MEP

5713

Ajustamentos decorrentes de OVCP das participadas

Dbito

Crdito
4.800,00

4.800,00

Na relao com a nossa associada no exerccio de 2015, resta-nos apenas proceder imputao
de resultados em 31 de dezembro de 2015 e, nessa data, chegou-nos a certeza de que fizemos um bom
investimento pois os resultados da nossa associada superaram as nossas expetativas. Na data de
aquisio o resultado da nossa associada refletia 47.977,66, valor que ascendeu aos 246.750,74
data de relato. Este resultado fruto da concretizao das vrias medidas de gesto por ns aplicadas
no curto prazo, ficando tambm a certeza de que as medidas de mdio e longo prazo implementadas
daro frutos posteriormente.

IV. Imputao de Resultados a 31-12-2015


a) Imputao
Resultado na data de aquisio =
Resultado a 31/12

47.977,66

= 246.750,74

Resultado a Imputar = (246.750,74 - 47.977,66) * 25% = 49.693,27

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

33

Quadro 15 - Imputao dos resultados


Conta

Descrio

4121

Investimento em Associadas Particip. de capital - MEP

7851

Rendimentos e ganhos em Associadas - Aplicao do MEP

Dbito

Crdito

49.693,27
49.693,27
Fonte: Elaborao Prpria

data de relato, temos ainda que abordar o tratamento contabilstico dos impostos sobre o
rendimento previsto na NCRF 2522, mais concretamente no que refere s diferenas temporrias23 que
possam eventualmente verificar-se e que podero originar a contabilizao de impostos diferidos.
Entendemos que nesta matria a norma deixa espao a alguma incerteza, dando lugar a muitas
divergncias de opinio, muito relacionadas com o goodwill. Perante tudo isto decidimos seguir aquele
que foi o nosso entendimento.
Temos trs situaes a desenvolver, o valor do negative goodwill, uma variao positiva e uma
variao negativa, todas relacionadas com a nossa associada. Se h momentos em que a norma
perentria e coloca o negative goodwill fora do mbito dos impostos diferidos (15 ao 24), porque
considera que se trata de uma diferena permanente24, outros h em que temos uma interpretao
diferente (35 ao 42). Se o que distingue uma diferena temporria de uma permanente a
possibilidade de reverso, custa-nos a entender o porqu da excluso do negative goodwill pelo 15 da
NCRF, dado que nada obsta que o investidor aliene a participao e recupere o valor do mesmo,
contribuindo nesse momento para a determinao do lucro tributvel. Sendo este o motivo pelo qual
resolvemos considerar que esta diferena d origem a um passivo por impostos diferidos. Neste caso
e de acordo com o 52 o reconhecimento deste passivo por impostos diferidos ser efetuado numa
conta de resultados. Queremos ainda referir que no que respeita mensurao e respeitando o contedo
dos 51 a 60, o reconhecimento dos impostos diferidos deve ser feito em contas de rendimentos ou de
gastos quando estes estejam relacionados de resultados, ou caso contrrio, diretamente nos capitais
prprios.

22

NCRF 25 esta norma trata da contabilizao das diferenas temporrias que possam surgir de () investimentos.
Diferenas temporrias so diferenas temporrias entre a quantia escriturada e a base de tributao de um ativo ou
passivo.
24
Diferenas permanentes so diferenas permanentes entre a quantia escriturada e a base de tributao de um ativo ou
passivo.
23

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

34

Resta-nos ento expor mais trs operaes relacionadas com a participao adquirida que
originaram impostos diferidos. Tivemos um ajustamento positivo e um negativo, que deram origem a
um passivo, e a um ativo por impostos diferidos respetivamente. No final do exerccio houve a
imputao dos resultados da nossa associada facto que tambm deu origem a um passivo por impostos
diferidos que est relacionado com o n.8 do art. 18. do CIRC, relativo periodizao do lucro
tributvel, que define que os lucros atribudos s sero tributados no perodo em que o direito
adquirido.
Verificadas as taxas25 em vigor a aplicar no clculo dos impostos diferidos e realizamos os
seguintes movimentos relativos s variaes processadas, referidas anteriormente. Tambm
poderamos agregar todos os valores e comparar a quantia escriturada com a base tributvel, onde
concluiramos se haveria lugar ao reconhecimento de um ativo ou um passivo por impostos diferidos,
at porque o que releva o saldo da conta 8122 Impostos Diferidos. Neste caso resolvemos lanar
em separado por uma questo de melhor compreenso dos valores que compem esta rubrica.
Quadro 16 - Registo dos Impostos Diferidos derivados do MEP
Contas

Descrio

Clculo

Valor

8122/2742

Passivo p/ impostos diferidos - goodwill

27.512,49 *(21%+1,5%)

6.190,31

592/2742

Passivo p/ impostos diferidos - Variao (+) 16.000,00*(21%+1,5%)

3.600,00

2741/592

Ativo p/ impostos diferidos - Variao (-)

4.800,00*(21%+1,5%)

1.080,00

Passivo p/ impostos diferidos - Resultados

49.693,27*(21%+1,5%)

11.180,99

8122/2742

Fonte: Elaborao Prpria

Enquadramento Fiscal
Relativamente periodizao do lucro tributvel assumimos perante o n. 8 do art. 18. do
CIRC que os rendimentos e gastos, assim como quaisquer outras variaes patrimoniais, relevados em
consequncia da utilizao do MEP no concorrem para a determinao do lucro tributvel.
Transportando o referido para o preenchimento do Quadro 07 da Modelo 22, implica terem de ser
acrescidos ou deduzidos, nos campos 712 e 758 (anulao dos efeitos do MEP) consoante estejamos
perante perdas ou ganhos. Sendo desta forma, retirada a sua relevncia sobre as consequncias fiscais,
no resultando nenhuma tributao prtica.
J no que respeita aos rendimentos provenientes dos lucros distribudos, o mesmo art. refere
que estes devem ser imputados ao perodo de tributao em que se adquire o direito aos mesmos, e
25

Taxas 21% IRC + 1,5% derrama municipal praticada em Vila do Conde.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

35

esse direito s surge na ata de aprovao de contas que se realiza no incio de 2016, qualquer resultado
distribudo s ser expresso no balano desse perodo (2016).

b) Simulao da distribuio e recebimento dos lucros


Conscientes de que a fase de distribuio e recebimento dos lucros no tem lugar neste
exerccio, achamos por bem simular um possvel cenrio desta fase apenas para enriquecimento do
trabalho desenvolvido sobre o tema. Partimos do pressuposto que foi deliberado em Assembleia Geral
a distribuio de 60% do resultado lquido do exerccio, o que iria originar os seguintes movimentos
na nossa contabilidade.
Lucros distribudos = 246.750,74 * 60% * 25% (participao) = 37.012,61
Quadro 17 - Atribuio de dividendos pela Rebola Panaderos, SA
Conta
4121
264

Descrio

Dbito

Crdito
37.012,61

Investimento em Associadas Particip. de capital - MEP


37.012,61

Resultados atribudos

Fonte: Elaborao Prpria

Lucros no distribudos26 = 49.693,27 * 40% = 19.877,31


Quadro 18 - Registo dos lucros no distribudos
Conta

Descrio

5712

Lucros no atribudos

56

Resultados Transitados

Dbito

Crdito
19.877,31

19.877,31
Fonte: Elaborao Prpria

Colocao disposio e recebimento dos lucros


Quadro 19 - Colocao disposio e recebimento dos lucros distribudos
Conta

Descrio

264

Resultados atribudos

265

Lucros disponveis

265

Lucros disponveis

1201

Depsitos ordem - BCB

Dbito

Crdito
37.012,61

37.012,61
37.012,61
37.012,61
Fonte: Elaborao Prpria

26

Lucros no distribudos = (lucros imputados a 31 de Dezembro * percentagem de lucros no distribudos)

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

36

Enquadramento Fiscal
Como a Panfit, Lda. recebeu a sua parte dos resultados da associada em 2016, chegada a hora
de sujeitar esses resultados a tributao, acrescendo-os no campo 712 da Modelo 22.
Paralelamente a isso surge a questo da reteno na fonte, e a questo da dupla tributao de
rendimentos. Relativamente a estas questes tivemos que ter em conta que a nossa associada tem sede
num outro Estado Membro, pertencente Unio Europeia, um facto que redireciona a nossa pesquisa,
no s para a legislao portuguesa, mas tambm para a Diretiva 2011/96/UE27 e para a Conveno
entre a Portugal e Espanha28.
O recurso Diretiva 2011/96/UE permitiu-nos esclarecer a parte da exigncia ou no, de
reteno na fonte aos rendimentos decorrentes da atribuio de dividendos por parte da nossa
associada. luz do art. 2. do normativo, a Panfit, Lda. e a Rebola Panaderos, SA so sociedades de
um Estado Membro, logo, pelo seu art. 3. n. 1 al. a), a nossa participao de 25% qualifica-nos como
sociedade-me. Considerando o referido, so aplicveis as disposies dos art.os 5. e 6. que releva
a iseno de reteno na fonte aos lucros distribudos por uma sociedade afiliada (Rebola Panaderos,
SA) sua sociedade-me (Panfit, Lda.), e que o Estado Portugus no pode aplicar reteno na fonte
sobre os lucros que a sociedade-me recebe da sua afiliada, respetivamente.
Resta-nos esclarecer a possibilidade de eliminar a dupla tributao dos dividendos distribudos
pela nossa associada, o que conseguimos efetivamente fazer, ao assumir os preceitos ditados pelo art.
51.

29

do CIRC conjugado com o contedo enunciado na Conveno existente entre o Estado

Portugus e o Reino de Espanha. Mesmo que a Panfit, Lda. no cumpra ainda o que definido pela al.
b) do n. 1 do art.51. (CIRC), essa a nossa inteno, no esquecendo que caso isso no se verifique
teremos a exigncia do n. 2 do art. 1.-A30 (CIRC) e, preenchidos todos os requisitos de prova impostos
pelo art. 52.-B31 do CIRC, conseguimos ter acesso eliminao da dupla tributao dos lucros

27

Diretiva 2011/96/UE, do Concelho, de 30de novembro de 2011, relativa ao regime fiscal comum aplicvel s sociedades
mes e sociedades afiliadas de Estados-Membros diferentes
28

Conveno entre Portugal e Espanha para evitar a Dupla Tributao e Prevenir a Evaso Fiscal em matria de Impostos
sobre o Rendimento
29
Art. 51. (CIRC) () no concorrem para a determinao do lucro tributvel, desde que se verifiquem cumulativamente
os seguintes requisitos: a) detenha direta ou indiretamente, uma participao no inferior a 5% do capital social ;
b) tenha sido detida, de modo ininterrupto, durante 24 meses ; c) o sujeito passivo no seja abrangido pelo regime de
transparncia fiscal ; d) ; e) a entidade que distribui os lucros no tenha residnciasujeito a regime fiscal mais
favorvel constante da lista aprovada por portaria
30

Art. 51.-A (CIRC) sedeixar de se verificar antes de completado o perodo de 24 meses, deve corrigir-se a deduo
que tenha sido efetuada
31

Art. 52.-B (CIRC) a prova do cumprimento dos requisitos previstos no art. 51. deve ser efetuada atravs de declaraes
ou documentos confirmados e autenticados pelas autoridades pblicas competentes do Estadoonde a entidade que
distribui os lucros tenha a sua sede

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

37

auferidos pela nossa sociedade derivados dessa participao. O que em termos de preenchimento da
Modelo 22 implicar o preenchimento do campo 771. No geral consideramos bastante positivos estes
dois benefcios, com certeza que vo contribuir para o sucesso da relao empresarial que a Panfit,
Lda. tem com a Rebola Panaderos, SA.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

38

PARTE II -

Prestao de Contas da Sociedade

Relatrio de Gesto
Demonstraes Financeiras
Ata da Assembleia Geral de Aprovao de Contas

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

39

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

41

1. Relatrio de Gesto
1.1 Nota Introdutria
O presente Relatrio de Gesto apresenta os contedos de informao econmica e financeira de
maior interesse para os scios e todos aqueles que possuem relaes comerciais com a empresa, dando
a conhecer aspetos relacionados com a viabilidade e sustentabilidade deste nosso projeto Panfit Indstria de Po, Lda. indo de encontro aos pressupostos legais estabelecidos pelos art.os 65. e 66.
do CSC. Deste modo, a Gerncia aprecia e consubstancia neste Relatrio todos os documentos de
prestao de contas do perodo econmico de 2015, bem como a anlise dos principais rcios
financeiros e das perspetivas estratgicas efetuadas ao longo do exerccio da atividade.

1.2 Enquadramento macroeconmico geral do mercado


A envolvente macroeconmica detm uma influncia significativa nos mercados. Os fatores
externos so incontrolveis pelas empresas sendo necessrio identificar as foras e as fraquezas que
temos para detetar potenciais ameaas e oportunidades no mercado onde atuamos.
Em 2013, aps a visita da Troika, Portugal foi obrigado a aplicar medidas de restrio aos apoios
s empresas e de controlo de despesas pblicas e realou a elevada taxa de desemprego existente.
Desde essa altura, a economia portuguesa encontra-se condicionada pelos ajustamentos e exigncias
europeias em matria de consolidao oramental.
Em 2015, o panorama econmico traduz uma recuperao gradual no nosso pas: o crescimento
do PIB esperado de 1.7%; a procura interna encontra-se condicionada pelo exigido controlo dos
nveis elevados de endividamento privado mas apresenta algum crescimento; a taxa de desemprego
apresenta uma diminuio progressiva; e prev-se que a taxa de inflao se mantenha baixa. A
preocupao visvel do Governo com a conjuntura econmica e o seu empenho em voltar aos mercados
esto a despertar novamente o interesse dos investidores.
O esforo do Governo intensifica-se pela criao de novos benefcios fiscais para auxiliar as
empresas, em adio aos existentes. Mantm-se os subsdios ao investimento e explorao. Por outro
lado, a criao do Pacto para o Emprego fornece preciosos incentivos ao empreendedorismo e criao
de novas empresas. So boas notcias para quem pretende constituir uma empresa, aps um longo
percurso de descredibilidade dos agentes econmicos, de estagnao e de reduo de investimento.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

43

1.3 Posio da Panfit, Lda. no mercado


Neste contexto econmico mais otimista, surge a Panfit, Lda. Inserindo-se no setor das indstrias
transforadoras de panificao, esta sociedade dedica-se essencialmente ao fabrico e distribuio de Po
Tradicional Portugus congelado.
A entidade apresenta-se no mercado com a misso de garantir a qualidade no consumo de po
congelado, bem to imprescindvel na alimentao da populao em geral. Acompanhando as
mudanas de hbitos alimentares e de uma forte procura de alimentos semi-preparados, a Panfit, Lda.
aposta na mais-valia que este produto pode ter para o consumidor. Neste sentido, os consumidores
particulares podero encontrar facilmente o produto num supermercado e confecion-lo apenas quando
necessitem, evitando o dispndio de tempo e o transtorno da locomoo todas as manhs, obtendo o
po fresco diariamente que tanto desejam.
Tambm as comercializadoras de po (padarias) beneficiaro em adquirir o nosso produto. Para
alm de garantir os stocks, apenas precisaro de cinco minutos de preparao e tero po quente para
venda da maior qualidade de forma rpida e fcil. No s pouparo recursos, como asseguraro a
satisfao dos seus clientes.
A entidade pretende ainda divulgar a nossa cultura gastronmica e o autntico sabor do Po
Tradicional Portugus. Sendo Portugal uma referncia nesta rea, a Panfit, Lda. aproveita essa
vantagem na procura contnua de oportunidades de expanso para os mercados internacionais.
A escolha pela diferenciao do produto por esta via confere Panfit, Lda. inmeras vantagens
competitivas. Dadas as caractersticas inovadoras no fornecimento de po e da racionalizao mxima
dos recursos de que dispe, desde logo a Panfit, Lda. destaca-se de forma positiva e de imediato
conquista a preferncia do cliente.
No desenvolvimento da sua atividade, a Panfit, Lda. tem como valores os mais elevados padres
de tica e de responsabilidade para com a sociedade e meio ambiente envolvente. A sua conduta preza
pela excelncia, pela integridade, pelo respeito e pela transparncia em todos os aspetos. S assim
considera possvel a sustentabilidade econmica, social e ambiental.
Para obteno de informaes relevantes do setor onde se insere e de proteo de interesses
econmicos, a Panfit, Lda tornou-se um scio membro da AIPAN - Associao dos Industriais de
Panificao, Pastelaria e Similares do Norte.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

44

1.4 Estrutura Social da Panfit, Lda.


Para que fosse possvel desenvolver a atividade produtiva, a Panfit, Lda. teve de recorrer a
recursos humanos, financeiros e de capital. O organograma que se segue representa de forma clara a
estrutura organizacional da nossa empresa.
Figura 2 - Organograma da Panfit - Indstria de Po, Lda.

Gerncia

Produo

Encarregado
de fabrico

Operador
especializado
de mquinas

Qualidade

Assistente de
fabrico

Comercial

Expedio

Tcnica de
Controlo de
Qualidade

Encarregado
de expedio

Tcnico de
Vendas

Fonte: Elaborao Prpria

As duas scias desempenham as funes de gerncia. Com um vasto conhecimento no setor da


panificao e em gesto de empresas transformadoras, as scias complementam-se e trabalham em
equipa. O Pacto Social definiu que as scias no so remuneradas pela Panfit, Lda. uma vez que so
remuneradas por outras entidades pelos servios de gesto que prestam.
A Panfit, Lda. constituda por quatro departamentos para os quais procedemos contratao
de pessoal. Importa salientar que inicialmente contratamos sete funcionrios mas despedimos um
funcionrio do departamento de expedio por fora da sua conduta imprpria em mbito laboral.
A seleo teve por base um planeamento estratgico, a anlise de talentos e as caractersticas da
fora de trabalho, previamente definidos pelas scias. A aposta na formao contnua e o
estabelecimento de procedimentos de controlo interno surgem com o intuito de alinhar todos os
membros da Panfit, Lda. aos objetivos estratgicos dos rgos de gesto. Neste sentido, tivemos em
conta as seguintes habilitaes literrias dos seis funcionrios:

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45

Grfico 1 - Qualificao dos recursos humanos

Habilitaes Literrias dos Funcionrios

Ensino tcnico

Licenciatura

Bacharelato

Curso de Escolas Profissionais

Ensino Secundrio

Fonte: Elaborao Prpria

Assim, cumprindo com os requisitos formais e legais de inscrio na SS, na AT, nos Fundos de
Compensao e com o relatrio mdico de aptido fsica, procedemos contratao. nossa conduta
informar todos os membros das condies e polticas de funcionamento inerentes ao exerccio da
atividade, dando conhecimento dos regimes laborais e da sua situao fiscal atravs da facultao de
todos os respetivos comprovativos e respeita o art. 106. do Cdigo do Trabalho (CT).
A Panfit, Lda. decidiu usufruir dos benefcios legalmente definidos pelo Pacto para o Emprego,
que apresentamos no quadro seguinte.

Tabela 4 - Regimes laborais e os benefcios subsequentes atribudos Panfit, Lda.


Funcionrio
Eva
Jos Pedro
Joana
Andr
Alfredo
Filipe

Regime Laboral
Pessoa com deficincia
superior a 80%
Regime Geral
Desempregado de longa
durao
Primeiro emprego
Regime geral
Estgio profissional

Benefcio
Reduo da taxa
contributiva
No aplicvel
Majorao de 150% dos
custos com encargos para
apuramento do lucro
tributvel
Iseno da taxa contributiva
No aplicvel
Comparticipao do IEFP
em 80% dos encargos com
remuneraes

Funo
Tcnica Superior de
Controlo de Qualidade
Encarregado de Fabrico
Assistente de produo
Encarregado de Expedio
Comercial
Operador especializado de
mquinas
Fonte: Elaborao Prpria

Tendo em conta que os custos com pessoal atingiram o montante de 51.066,02 , os benefcios
refletiram uma poupana para a empresa de quase 15% em gastos desta natureza no final do exerccio.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

46

Durante os seis meses de laborao, tentamos remunerar adequadamente os nossos funcionrios.


Assim, os custos com remuneraes distriburam-se da seguinte forma:

Grfico 2 - Repartio dos custos suportados com o pessoal

Custos suportados com recursos humanos


Prmios
2,15%

Ajudas de custo
0,69%
Subsdios de
Frias e de Natal
9,45%
Encargos SS
15,92%

Vencimentos
61,77%

Subsdio de
Alimentao
7,87%
Outros
0,57%

Seguros
1,58%

Fonte: Elaborao Prpria

A Panfit, Lda. labora todos os dias das 8h00 s 17h00, estabelecendo um perodo de almoo
compreendido das 12h00 s 13h00 e encerra semanalmente aos domingos. exceo da gerncia,
todos os funcionrios garantem o respeito pelo horrio de funcionamento, sem prejuzo do art. 203.
do Cdigo do Trabalho (CT) que define o limite mximo de trabalho de 8 horas dirias e 40 horas
semanais.

1.5 Evoluo da atividade da empresa


Nos ltimos seis meses do ano de 2015, a Panfit, Lda, dedicou-se exclusivamente produo de
po congelado e sua distribuio pelos mercados. Fornece um nico produto: o verdadeiro Po
Tradicional Portugus congelado.
A estratgia da empresa visou a oferta de um produto diferenciado no mercado, pelo
aproveitamento mximo da capacidade instalada e pela otimizao de todos os recursos de que dispe.
Recorreu, por isso, s melhores tcnicas produtivas e ao investimento dos mais rpidos e eficientes
equipamentos de produo e similares.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

47

Como qualquer entidade com fins lucrativos, o nosso foco a satisfao do nosso cliente a todos
os nveis. Desde a qualidade do produto entrega atempada na respetiva sede, primamos por uma
relao de confiana e amizade com todos os nossos clientes, procurando ajustar toda a nossa
organizao nesse sentido.
Acreditamos que a aposta na valorizao profissional e na motivao dos seus recursos humanos
contribui muito para alcanar os objetivos estratgicos, pelo que nos preocupamos em facultar toda a
formao aos nossos empregos de forma contnua.
1.5.1

As fontes externas de financiamento


A 1 de julho, a Panfit, Lda. recorreu a um emprstimo bancrio no montante de 370.000,00

para aquisio da linha de produo. Assim, comprometeu-se a pagar prestaes no valor de 16.873,91
e um juro calculado sobre esse montante taxa Euribor a 3 meses mais um spread de 4,75% durante
96 meses.
Nesta data, tambm celebrou um contrato de leasing com o BCB para a aquisio de uma viatura
comercial destinada distribuio e mobilidade do nosso vendedor, considerada por isso essencial para
o funcionamento normal da Panfit, Lda. A viatura foi adquirida pelo valor de 18.000,00 e que
corresponde ao valor do contrato.
Em dezembro, a Panfit, Lda. constatou a necessidade de adquirir uma segunda linha de produo
para dar resposta forte procura de po congelado no valor de 80.000,00. Na sequncia da candidatura
aos incentivos financeiros s empresas que o Governo concede, foi-nos atribudo um subsdio ao
investimento a fundo perdido de 70%, perfazendo o montante total de 56.000,00 repartido em duas
parcelas iguais.
1.5.2

A evoluo do volume de negcios


As vendas de Po Tradicional Portugus congelado ocorreram entre julho e dezembro. Por cada

unidade de 55gr, fixamos um preo de venda unitrio de 0,10.


No incio do ms de julho, j tnhamos efetivado um contrato de fornecimento regular de
1.100.000 pes congelados com o cliente nacional Vansia Panificao, Lda. A originalidade do
nosso produto foi imediatamente reconhecida e no final do ms tnhamos conquistado mais um cliente:
a espanhola Rebola Panaderos,SA.
Em agosto, atravs do nosso comercial, conseguimos mais um fornecimento de grandes
quantidades para um cliente suo: a Voil Supermercados.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

48

Tambm neste ms, estabelecemos relaes especiais com a Rebola Panaderos, SA atravs da
aquisio de uma participao social. Passamos ento a fornecer-lhe uma maior quantidade de po mas
a um preo relativamente inferior de 0,08/unidade.
Grfico 3 - Evoluo mensal das Vendas

Evoluo mensal das Vendas


250.000,00

Valor de Vendas

200.000,00
150.000,00
100.000,00
50.000,00
0,00
Julho

Meses
Vendas

Agosto

Julho
Agosto
210.000 206.000

Setembro

Setembro
180.000

Outubro

Outubro
206.000

Novembro
196.000

Novembro

Dezembro
238.000

Dezembro

Total
1.236.000

Fonte: Elaborao Prpria

Ao longo dos meses, podemos observar um crescimento gradual das vendas. Os contratos com
os clientes garantem-nos o escoamento do produto, que acompanha o ciclo de produo. Este facto
traz-nos mais confiana para o futuro: no s conseguimos conquistar uma quota no mercado nacional
como tambm chegamos aos mercados intracomunitrios e externos, como mostra o seguinte grfico.
Grfico 4 - Repartio das Vendas por mercados geogrficos

Repartio das vendas por mercados

57%

35%
8%

Mercado Nacional

Mercado Intracomunitrio

Mercado Externo

Fonte: Elaborao Prpria

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

49

O reforo das parcerias comerciais com o nosso cliente espanhol trouxe muitos frutos. Neste
momento, a Rebola Panaderos, SA contribui quase 50% para o volume de negcios e tem efetuado
encomendas cada vez maiores. A participao significativa no seu capital social e a transmisso dos
nossos conhecimentos estratgicos est a provocar um crescimento exponencial em ambas as
empresas.
1.5.3

Os investimentos em ativos
Os investimentos em ativos ascenderam ao montante de 742.317,20 , sendo que os ativos fixos

tangveis assumem um peso significativo de 85% desse montante.


O nosso maior investimento incidiu sobre uma linha de produo automatizada que inclui uma
misturadora, um amassador, um forno de pr-cozedura, o refrigerador instantneo e um embalador. De
forma mecnica e automatizada, a linha de produo mistura a farinha e os restantes ingredientes,
trabalha a mistura, faz a pr-cozedura e finaliza a produo, congelando, cortando e embalando o po.
o equipamento de vanguarda neste setor que permite produzir grandes quantidades em tempo record
e evitar quaisquer desperdcios de matria-prima, pela sua ligao direta por tneis aos silos de
armazenamento e s cmaras frigorficas.
Optamos por arrendar o espao de laborao, escolhendo estrategicamente um armazm situado
em zona industrial com todas as licenas necessrias para exercermos a nossa atividade com todo o
respeito pela legislao ambiental incidente nas indstrias transformadoras. Paralelamente,
transformamos o terreno detido pela Panfit, Lda. em propriedade de investimento, arrendando-o a um
stand de automveis por um valor de 500,00.
1.5.4

Os investimentos financeiros
Em agosto, a Panfit, Lda. adquiriu uma participao social de 20% nas aes da empresa Rebola

Panaderos, SA pelo montante de 100.000,00. Apesar da conjuntura econmica instvel, este


investimento estratgico toma especial importncia no crescimento da nossa empresa e na conquista
do mercado espanhol, tendo proporcionado um aumento geral das vendas.
A nossa entidade destaca-se tambm pela inovao financeira. Para rentabilizar o montante
elevado de disponibilidades, optou por realizar a aplicao do excedente de tesouraria em alguns
produtos financeiros no ms de dezembro. Na qualidade de investidora moderada, a Panfit, Lda.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

50

aplicou o valor de 50.000,00 na aquisio de aes em bolsa, de obrigaes de taxa fixa e de taxa
varivel e na constituio de uma conta de depsito a prazo.
1.5.5

A responsabilidade social
Para a Panfit, Lda. importante fazer uma diferena positiva na comunidade. Assim, preza pelo

cumprimento de todos os requisitos ambientais, sociais e formais na sua atuao no mercado. Por outro
lado, apoia financeiramente as causas que considera nobres, como as prosseguidas pela APAV
Associao de Apoio Vtima e pela Fundao Champalimaud.

1.6 Anlise econmico-financeira da situao da empresa


1.6.1 Anlise SWOT
A Anlise SWOT apresenta-se como uma ferramenta simples que traduz a posio estratgica
da nossa empresa no mercado e serve como base de orientao das decises de gesto e de planeamento
estratgico da empresa. Esta anlise ajuda a gerncia a definir estratgias para o futuro,
correlacionando foras, fraquezas, oportunidades e ameaas. Por outras palavras, identifica os aspetos
onde a empresa forte no exerccio da sua atividade que maximizam as oportunidades no mercado
envolvente e permite refletir sobre as ameaas envolventes, que so potenciadas pelos pontos fracos
da empresa. Esta anlise o ponto de partida em matria de conduo de estratgias e de planeamento
econmico.
Figura 3 - Anlise SWOT
Foras (Strenghts)

Fraquezas (Weaknesses)

Expanso Internacional

Pequeno segmento de mercado

Diferenciao do produto

Dimenso reduzida

Capacidade de inovao e adaptao

Incio recente da atividade econmica

Otimizao dos recursos

Linha de produtos reduzida

Oportunidades (Opportunities)

Ameaas (Threats)

Abertura a mercados estrangeiros

Concorrncia desleal

Propostas de parcerias comerciais

Possvel imitao do conceito de negcio

Mudanas nos hbitos populacionais

Barreiras ao comrcio fora da UE

Rpido crescimento no mercado

Novas estratgias da concorrncia

Fonte: Elaborao Prpria

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

51

A anlise interna contnua fornece-nos informaes extremamente relevantes no seio da


organizao. Por um lado, permite-nos identificar os pontos fortes que temos, expressando as nossas
vantagens competitivas. A gerncia da Panfit, Lda. desenvolve todos os esforos ininterruptamente
para garantir que a produo atinge a capacidade instalada, que os seus funcionrios participem nas
decises e se mostrem cada vez mais motivados e produtivos. As caractersticas diferenciadoras do
produto que fornecemos conquistam novos clientes e mercados quase de imediato. E, se por um lado
procuramos sempre inovar nos processos produtivos e na racionalizao dos recursos fsicos e
humanos, por outro apresentamo-nos como investidores experientes em matria de inovao financeira
e na potenciao dos capitais prprios da empresa.
No entanto, tambm identificamos alguns pontos fracos. A nossa empresa tem pouco tempo de
atuao no mercado e ainda se encontra no processo de introduo, detendo apenas uma pequena
segmentao no mercado. Embora aproveite todos os seus recursos de forma eficiente, dispe de
instalaes de dimenses relativamente reduzidas comparativamente aos setores de indstria
transformadora onde se insere, limitando a sua resposta s necessidades de mercado crescentes.
Gradualmente, a Panfit, Lda. procura minimizar o impacto destas fraquezas na sua atuao, adquirindo
em dezembro de 2015 uma nova linha de produo e desenvolvendo um projeto de investimento para
o aumento da capacidade instalada e para oferta de um novo produto.
A anlise externa permite-nos avaliar a envolvente da organizao de forma a identificar
atempadamente as oportunidades de crescimento que surgem e as ameaas com que nos defrontamos.
Devido aos nossos esforos de divulgao do produto, estamos a conseguir levar este produto
aos mercados internacionais e, por isso, a crescer rapidamente. Temos tido uma resposta externa muito
positiva nesse aspeto. Surgiu a oportunidade em adquirirmos uma participao social no nosso cliente
Rebola Panaderos, SA da qual tiramos o maior proveito. Simultaneamente, a gerncia foi presenteada
com outras propostas, nomeadamente do nosso cliente suo Voil Supermercados, que se encontram
em anlise pela gerncia. Por outro lado, o aumento do consumo de produtos alimentares congelados
acompanha a procura significativa do nosso produto no mercado que intensifica a necessidade de
aumentar a capacidade instalada da Panfit, Lda..
No entanto, tambm identificamos algumas ameaas externas. O facto de apenas fornecermos
um nico produto limita a escolha perante o consumidor e qualquer alterao na procura, altera
significativamente o volume de vendas. Tambm temos conhecimento de que h empresas que esto
de igual forma a apostar num conceito de negcio semelhante, com intuito de fornecer tambm
produtos de pastelaria congelados, para alm do po, a um preo relativamente reduzido, embora
detenhamos uma patente do conceito de negcio. A melhor forma de combatermos as novas estratgias

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

52

da concorrncia e da concorrncia desleal passa pela oferta de novos produtos e de implementao de


tecnologia automatizada.
1.6.2 Anlise dos rcios financeiros
At data de abertura, as scias elaboraram todo um plano financeiro a nvel da estrutura
financeira e das decises de financiamento externo, de forma a potenciar uma rpida criao de valor
para a empresa.
O grfico seguinte mostra a estrutura de capitais da Panfit, Lda..
Figura 4 - Estrutura financeira da Panfit, Lda.

Estrutura financeira da Panfit


Fornecedores
29,77%
Capitais
Prprios
53,87%

Capitais
Alheios
46,13%

Emprstimos
obtidos
41,85%

Estado
26,40%

Outros credores
1,98%

Fonte: Elaborao Prpria

Face ao cenrio macroeconmico, as scias usaram das suas disponibilidades para financiar a
maior parte do ciclo produtivo com os seus prprios capitais, j que dispunham de capital para investir.
Com o objetivo de alavancar financeiramente a empresa e de atingir um equilbrio financeiro, optaram
posteriormente por recorrer a um emprstimo bancrio para o financiamento da linha de produo, que
constitui uma parte considervel do passivo que a Panfit, Lda. detm data de relato. Todas estas
decises foram meticulosamente pensadas, de acordo com o perfil de investidoras moderadas com que
as scias se identificam.
A gerncia negociou tambm todos os prazos de pagamento com os fornecedores e com os
clientes, assegurando o equilbrio de tesouraria, e as condies de emprstimos e de seguros com as
entidades bancrias e seguradoras.
Para medir a atratividade e sustentabilidade do negcio, procedemos agora anlise dos
principais rcios financeiros e econmicos de liquidez, funcionamento e solvabilidade. Esta anlise

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

53

apresenta-se como uma perspetiva diferente da realidade financeira no processo de gesto, uma vez
que permite um esclarecimento sobre a situao da empresa por meios relativos, em alternativa aos
valores absolutos das demonstraes financeiras. Importa previamente salientar que no possvel
fazer uma anlise concisa, uma vez que a Panfit, Lda. apenas iniciou a sua atividade em julho de 2015,
no sendo possvel fazer a comparao temporal dos exerccios econmicos anteriores. Mesmo assim,
conseguimos fazer uma comparao da situao financeira da nossa empresa com a mdia do setor de
atividade onde se insere, que ser exposto no ponto 1.6.4.
1.6.2.1 Rcios de liquidez
Os rcios de liquidez fornecem informaes importantes sobre o equilbrio financeiro e
estabelecem a relao entre os valores realizveis e disponveis e o passivo exigvel a curto prazo. A
adequao da velocidade a que o ativo se transforma em liquidez e a velocidade a que o passivo se
torna exigvel traduz o grande desafio da Panfit, Lda. que, cuidadosamente, foi previamente definida
e negociada pela gerncia.
1.6.2.1.1

Liquidez Geral

Este rcio estabelece a relao entre o ativo corrente e o passivo corrente, fornecendo-nos
informaes relevantes sobre a capacidade que a empresa tem em responder aos seus compromissos
de curto prazo, ou seja, a pagar em 12 meses.
 


,

Liquidez Geral =   


 = . = 1.75

Ter uma liquidez geral de 1,75 que significa que a Panfit, Lda. apresenta uma margem de
segurana de 75%, tendo por isso 75% mais direitos a receber de que obrigaes a pagar. Tendo em
conta que o valor de referncia apropriado para este rcio compreende valores iguais ou superiores a
1,25, apresentamos um excelente nvel de liquidez geral.
1.6.2.1.2

Liquidez Reduzida

O rcio de liquidez reduzida assemelha-se ao de liquidez geral dado que, de igual forma, traduz
a resposta da empresa aos seus compromissos a curto prazo. No entanto, mais exigente porque no
inclui a rubrica dos inventrios, assumindo que estes tm uma maior dificuldade em se transformarem
em meios financeiros lquidos da empresa. Tem como valor de referncia um intervalo compreendido
entre 0,9 e 1,1.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

54

Liquidez Reduzida =

( 
 

 )
  


..
.

= 1.41

Relacionando a liquidez geral e a liquidez reduzida, podemos concluir que os inventrios tm


um peso de 35% no total do ativo corrente. Analisando em concreto a liquidez reduzida, podemos
concluir que a resposta da empresa ao cumprimento dos seus compromissos no depende muito dos
inventrios, pelo que a Panfit, Lda. tem uma margem de segurana de 41% em disponibilidades caso
seja necessrio. Por outro lado, o eficiente processo produtivo inclui a facilidade de escoao do po
congelado que produzimos. Temos uma boa liquidez reduzida.
1.6.2.1.3

Liquidez Imediata

Este rcio apresenta uma exigncia especial. Parte do pressuposto que se amanh tivermos que
responder a algum compromisso, a Panfit, Lda consegue faz-lo. Assim sendo, considera apenas as
disponibilidades em caixa e depsitos bancrios para fazer face ao passivo corrente. Tem como valores
de referncia os compreendidos entre 0,2 e 0.4.
 
 

.

Liquidez Imediata =   


 = . = 0.21
Comparando com o valor de referncia, a Panfit, Lda. apresenta-se estvel neste aspeto. Apesar
de apenas cobrir 21% de todo o passivo corrente, estamos a falar de liquidez em caixa. Um excedente
de tesouraria muito elevado levar-nos-ia a concluir que o capital da empresa no est a ser
eficientemente alavancado. Uma tesouraria ativa no permitiria Panfit, Lda. cumprir com os seus
objetivos de otimizao dos recursos financeiros.
Mais importante que comparar o nvel de liquidez com o valor de referncia geral, a
comparao entre o desempenho da Panfit, Lda. e a mdia apurada para o setor da panificao onde se
insere:
Tabela 5 - Rcios de liquidez
Rcios de Liquidez

Panfit

Mdia da CAE 10711

Liquidez Geral

1,75

1,69

Liquidez Reduzida

1,41

Liquidez Imediata

0.21

1,36
Sem referncia
Fonte: Elaborao Prpria

A Panfit, Lda. conseguiu obter nveis de liquidez ligeiramente superiores, apresentando uma
melhor gesto de inventrios e de tesouraria do que a mdia da CAE Panificao.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

55

1.6.2.2 Rcios de funcionamento


Os rcios de funcionamento permitem-nos quantificar a eficincia operacional e comercial da
empresa, interrelacionando as polticas de crdito aos clientes, os prazos de pagamento aos
fornecedores e a gesto dos stocks com a gesto de tesouraria.
1.6.2.2.1

Prazo mdio de recebimentos

Este rcio traduz o tempo mdio que os clientes demoram a fazer o pagamento do produto
vendido pela empresa. Assim, no caso da Panfit, Lda.:
 


Prazo mdio de recebimentos = 




"#

.

x 180 dias= . x 180 = 64 dias

No se aplicam valores de referncia, apenas lido no sentido de que deve ser o mais baixo
possvel. Na qualidade de fornecedores de outrem, tivemos de negociar este tempo para no por em
causa o volume de vendas ou a fidelizao dos clientes.
1.6.2.2.2

Prazo mdio de pagamentos

Este prazo traduz o tempo mdio que a empresa tem para pagar as matrias-primas aos
fornecedores. Deve ser o mais alto possvel, uma vez que, em ciclo de explorar, importa empresa
pagar mais tarde.
$
 

Prazo mdio de pagamentos = % 

"#

.

x 180= . x 180 = 79 dias

No temos em conta um valor de referncia para estes dois prazos. Apenas precisamos garantir
que o prazo mdio de recebimentos inferior ao prazo mdio de pagamentos, para que os fornecedores
financiem por mais tempo o ciclo de explorao, no comprometendo o fornecimento das matriasprimas ou alterar o processo produtivo nem tendo de imobilizar capital para o fundo de maneio. A
Panfit, Lda. cumpre plenamente esta regra de ouro da gesto financeira.
1.6.2.2.3 Prazo mdio de existncias
Este prazo mostra-nos o tempo de permanncia das existncias em armazm. Ter um tempo
mdio muito alto significa que o produto tem dificuldades no escoamento e na realizao de liquidez
para a empresa. No havendo um referencial definido, deve ser o mais baixo possvel.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

56

Prazo mdio de existncias =




#  %  


x 180=

.
.

x 180 = 73 dias

A Panfit, Lda. apresenta um prazo mdio de existncias de 73 dias que se justifica pela aquisio
de matria-prima em grandes quantidades destinada ao fornecimento dos dois meses seguintes, at
capacidade instalada dos silos e recipientes de armazenamento. Apesar de acarretarem custos de
armazenagem, permite-nos garantir o fornecimento contnuo para fazer face s necessidades do
departamento da produo. Recorde-se que os inventrios assumem um tero no total do ativo e este
valor sugere que a gerncia deva optar por polticas de comprar mais tarde e tentar vender mais cedo
ou por mtodos de compra fracionada, indo de encontro ao melhor equilbrio possvel neste aspeto.
1.6.2.2.3

Rotao de Clientes

A rotao de clientes apurada pelo quociente entre a rubrica de vendas e a rubrica de clientes,
consistindo no nmero mdio de vezes que os clientes efetuam as suas compras empresa ao longo
do exerccio econmico. Traduz tambm a velocidade em que o valor a crdito da rubrica de clientes
se concretiza em funo das vendas.



Rotao de Clientes = 




.


= 2,81

Este indicador est diretamente ligado com o prazo mdio de recebimentos, evoluindo
inversamente. Por outras palavras, quanto maior for o prazo de recebimentos, menor ser a rotao de
clientes.
A Panfit, Lda. apresenta uma rotao de clientes reduzida. No entanto, salienta-se o facto de que
no saldo da rubrica de clientes apenas est presente o montante a pagar por um nico cliente. Todos os
nossos clientes efetuam as respetivas compras a pronto pagamento, mas h uma exceo: a Rebola
Panaderos, SA. Este cliente usufrui de condies especiais de pagamento e de preo, dado que detemos
uma participao social na sua empresa. Assim, este assume o saldo total da rubrica de clientes e peso
absoluto neste clculo. Mas apesar disso, este indicador sugere gerncia que devem ser negociadas
algumas alteraes s condies de pagamento por parte do cliente, para que este traduza a realidade
econmica da nossa empresa.
1.6.2.2.4

Rotao de Fornecedores

Este rcio explicita o nmero mdio de vezes que a nossa empresa efetua compras em sede de
fornecedores ao longo do seu exerccio econmico. No tem referencial definido mas funciona em

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57

relao inversa ao prazo mdio de pagamentos. Ou seja, quanto maior for o prazo de pagamentos, que
benfico para a empresa, menor ser a rotao de fornecedores. A Panfit, Lda. apresenta uma rotao
de fornecedores relativamente reduzida, apurada da seguinte forma:
Rotao de Fornecedores =

% 
$
 

.
.

= 0.23

1.6.2.2.6 Rotao do Ativo


Este indicador fornece-nos informaes relevantes sobre a rapidez com que o ativo (ativo
corrente e ativo no corrente) se transforma em meios monetrios para a empresa, seja pelas respetivas
vendas ou pelas amortizaes. Se este rcio igualar a unidade, significa que todo o ativo se transforma
em dinheiro num exerccio econmico.
Rotao do Ativo =



 

.
.

= 0,65

A Panfit, Lda. apresenta uma rotao do ativo ligeiramente inferior ao que espervamos, mas
temos de ter em ateno que apenas laborou por um perodo reduzido e que este valor das vendas
apenas se refere aos 6 meses. Ou seja, os nossos ativos apresentam uma liquidez aceitvel que pode
ser melhorada.
Comparativamente com o setor da panificao, obtivemos os seguintes dados:
Tabela 6 - Rcios de Funcionamento
Rcios de Funcionamento
Prazo mdio de recebimentos em dias
Prazo mdio de pagamentos em dias
Prazo mdio de existncias em dias
Rotao do Ativo em %

Panfit, Lda.
64
79
73
0,65

Mdia da CAE 10711


14
51
51
1,57
Fonte: Elaborao Prpria

Podemos observar que estamos em posicionados abaixo da mdia do setor. A diferena entre o
prazo mdio de recebimentos e o prazo mdio de pagamentos relativamente mais reduzida como
tambm rotao do ativo. Apesar destas diferenas resultarem na originalidade do conceito de negcio
da Panfit, Lda. sugerem-nos alguns ajustamentos para tirarmos o maior proveito da nossa vantagem
competitiva.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

58

1.6.2.3 Rcios de solvabilidade


Estes rcios fornecem informao concreta sobre a capacidade de solvncia da Panfit, Lda. a
mdio e longo prazo que, pela simples anlise dos valores absolutos presentes nas demonstraes
financeiras no conseguimos obter.
1.6.2.3.1

Solvabilidade Geral

Este indicador mede a relao entre os capitais prprios e os capitais alheios a nvel da estrutura
financeira, traduzindo a capacidade que a empresa tem para responder s suas obrigaes a mdio e
longo prazo.
Solvabilidade Geral =

   
  

.
.

= 1.17

Comparando com o valor de referncia de 0,5, a Panfit, Lda. apresenta uma excelente
solvabilidade geral para o futuro. Significa que a empresa tem uma boa capacidade de pagar todas as
suas dvidas a 12 meses aps a data de relato e que tem mais capital prprio que capital alheio.
1.6.2.3.2

Endividamento a Mdio e Longo Prazo

Como o prprio nome indica, este rcio expressa a capacidade da empresa a nvel de
endividamento a mdio e longo prazo, retirando por isso o peso do passivo no corrente ao rcio
anterior.
   

Endividamento a Mdio e Longo Prazo =  


 
 =

.
.

= 2.95

Como a Panfit, Lda. financiada maioritariamente por capitais prprios, pode endividar-se sem
comprometer o equilbrio financeiro da empresa. Atravs deste resultado, muito superior ao referencial
de 1, podemos concluir que o maior peso de obrigaes se refere essencialmente ao passivo corrente.
1.6.2.3.3

Autonomia Financeira

O rcio de autonomia financeira permite-nos saber a percentagem de ativo que financiado pelos
capitais da empresa.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

59

Autonomia Financeira =

   
 

.

.

= 0.54

Na Panfit, Lda. 54% do ativo total financiado pelos capitais prprios e transparece,
semelhana dos rcios anteriores, a grande autonomia da empresa perante os seus credores e o
financiamento prprio da sua atividade econmica.
1.6.2.3.4

Cobertura de Imobilizado

Para sabermos se as aplicaes de fundos que efetuamos a mdio e longo esto cobertas pelas
origens de fundo nesse horizonte temporal, recorremos ao rcio de cobertura de imobilizado.

Cobertura de Imobilizado =

  %



 


.(.
.

= 1.41

Perante este resultado, pode-se garantir que o ativo no corrente efetivamente coberto pelos
capitais permanentes (capital prprio + passivo no corrente) da Panfit, Lda..
Nesta anlise da evoluo da Panfit, Lda. a mdio e longo prazo, podemos concluir que uma
empresa sustentvel e financeiramente equilibrada. No entanto, implicitamente sugerem que podemos
rentabilizar a criao de valor para as scias, uma vez que fizeram um grande sacrifcio financeiro
inicial que esperam ser bem recompensado.
Obtivemos os seguintes rcios referentes mdia do setor:
Tabela 7 - Rcios de Solvabilidade
RCIOS DE SOLVABILIDADE
Solvabilidade Geral em %
Endividamento a M/L Prazo em %
Autonomia Financeira em %
Cobertura de Imobilizado

Panfit, Lda.
117
295
54
1,41

Mdia do setor
66,46
35,79
3,09
1,46
Fonte: Elaborao Prpria

O panorama geral da Panfit, Lda. mostra-se muito positivo, sendo muito competitivo em matria
de solvncia dos seus compromissos a longo prazo.

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60

Grfico 5 - Rcios da Panfit / Rcios da Mdia do Setor

Rcios Financeiros
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
SG

EMLP

AF
Panfit

CI

LG

LR

Mdia do setor

Fonte: Elaborao Prpria

Em suma, manifesta um equilbrio cuidado entre curto e o mdio e longo prazo, ao contrrio da
mdia da sua CAE, o que posiciona a Panfit, Lda. no timo caminho de crescimento.

1.6.3

Anlise dos rcios econmicos

1.6.3.1 Rcios de rentabilidade


Os rcios de rentabilidade traduzem a aptido da empresa em produzir resultados financeiros
positivos para a empresa, relacionando o lucro com os capitais que o segregaram. Como apresentamos
um resultado lquido do perodo muito positivo, faz todo o sentido fazer esta anlise.
1.6.3.1.1

Rentabilidade dos capitais prprios

Este rcio estabelece o nvel de remunerao dos capitais investidos na empresa. Interessa, por
isso, ser o mais elevado possvel.
Rentabilidade
 #  "#  

dos capitais prprios =  

 
 
 #
 

.

=
x 100%= 117%
.

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

61

A nossa sociedade tem uma rentabilidade de capitais prprios de 117% que traduz um ganho de
117,00 por cada 100 investidos pelas scias. um excelente ponto atrativo para novos investidores
que podero rentabilizar o seu capital se adquirirem parte contratual na sociedade. A taxa de retorno
do capital investido dado pela rendibilidade do capital prprio foi muito elevada e apenas temos 6
meses de laborao.
1.6.3.1.2 Rentabilidade do investimento total
Neste rcio estabelece-se a rendibilidade que os ativos da empresa geram e de que forma isso
afeta os resultados.
Rentabilidade
do investimento total =

 (
) $

 


.(.

.

x 100%=29,5%

Na Panfit, Lda. por cada 100,00 aplicados no ativo total, foi gerado um lucro de 29,50.
1.6.3.1.3 Rentabilidade das vendas
Estabelece a relao percentual entre as vendas lquidas e o resultado lquido, apurando o
contributo das vendas para a criao de valor na empresa. A rentabilidade das vendas determinada
do seguinte modo:
Rentabilidade das vendas =

RLP



x 100% =

.
,

= 44,67%

Por cada 100,00 de vendas efetuadas pela Panfit, Lda. foi gerado um lucro de 44,67 . Esperase que aumente de ano para ano porque a entidade se encontra em expanso de mercado, sendo tambm
um indicador de sucesso no exerccio econmico que se segue.
Atendendo ao desempenho do setor onde a Panfit, Lda. se insere, apuramos o seguinte:
Tabela 8 - Rcios Econmicos
Rcios Econmicos (%)

Panfit, Lda.

Mdia do setor

Rentabilidade dos Capitais Prprios

117

8,16

Rentabilidade do Investimento Total

29,5

Rentabilidade das Vendas

44,67

5,38
4,5
Fonte: Elaborao Prpria

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62

Grfico 6 - Rcios Econmicos da Panfit / Rcios da Mdia do Setor

Rcios econmicos
140
120
100
80
60
40
20
0
Rentabilidade dos Capitais
Prprios

Rentabilidade do
Investimento Total
Panfit

Rentabilidade das Vendas

Mdia do setor

Fonte: Elaborao Prpria

Podemos concluir que a Panfit, Lda. est a crescer rapidamente relativamente s empresas do
seu setor, dado que estamos a recorrer em larga escala a capitais prprios.
A empresa apresenta uma exemplar solidez financeira, uma vez que as receitas suplantam as
despesas, sem recorrer aos seus ativos para saldar os seus compromissos. A empresa apresenta uma
boa autonomia financeira face a terceiros e depende maioritariamente dos seus recursos para gerar
rendimento. Mantendo as condies atuais, podemos perspetivar o crescimento dos resultados
financeiros e operacionais: a empresa conseguiu rentabilizar muito satisfatoriamente todos os
investimentos.
Como j nos foi possvel observar anteriormente, o setor da panificao em geral recorre muito
a financiamento alheio para fazer face s suas necessidades operacionais. A Panfit, Lda. est
claramente em vantagem neste aspeto.

1.7.

Metas e estratgias para o futuro

As expetativas iniciais da gerncia foram largamente superadas. A aderncia do mercado ao


nosso produto e o crescente nmero de oportunidades de crescimento fazem a gerncia ser mais
ambiciosa. Denote-se que, embora laboremos apenas h 6 meses, j conseguimos fidelizar os nossos
clientes e implantar este produto de modo muito satisfatrio.

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63

Admitimos que durante o prximo ano, a tendncia o crescimento da procura do nosso produto
e que ser de tal forma significativo, que no apenas obteremos o retorno do investimento inicial como
teremos condies para investir sem comprometer o equilbrio financeiro da nossa empresa.
Os rgos de gesto pretendem ento dar continuidade produo deste produto e expanso
da cultura gastronmica portuguesa. Assim, o prximo passo ser alargar o nosso leque de oferta de
produtos, de forma a chegar a mercados mais diversificados, nomeadamente pela oferta de broa de
milho do Alentejo.
Por outro lado, as sugestes que nos chegam dos clientes levam-nos a refletir sobre alargar o
conceito do nosso negcio tambm para produtos de pastelaria. Encontramo-nos em fase de estudos
de mercados e anlise do projeto de investimento subjacente a esta nova ideia porque temos
conscincia que o facto de fornecermos um nico produto nos torna vulnerveis.
Estamos a ponderar ainda a sugesto dos rgos de gesto de alterarmos a natureza jurdica da
Panfit, Lda de sociedade por quotas para sociedade annima.
O ano de 2016 que se avizinha um ano de crescimento. O reforo das parcerias comerciais a
prioridade da gerncia. A excelncia o foco da Panfit, Lda.

1.8.

Factos relevantes aps o termo do exerccio

No foram observados quaisquer acontecimentos subsequentes ao termo do exerccio


econmico de 2015.

1.9.

Situao financeira perante entidades pblicas

A Panfit, Lda. apresenta uma situao regularizada relativamente AT e SS.

1.10. Proposta de aplicao de resultados


O resultado lquido apurado atingiu o montante de 552 120,32. Atendendo ao facto de que a
gerncia apenas remunerada por outras entidades, foi decidido em assembleia geral a seguinte
aplicao do resultado lquido relativo ao exerccio econmico de 2015:
- 5% para a constituio da reserva legal, em cumprimento pelo art. 218. e 296. do CSC.
- 20% para distribuio de dividendos para cada scio, respeitando o preceito do art. 219. do
CSC.
- o valor remanescente para reservas livres, atendendo ao art. 217. do CSC.

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64

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65

2. Demonstraes Financeiras
2.1 Balano
BALANO em 31 de dezembro de 2015
Rubricas

Notas

31/12/2015

ACTIVO
Activo no corrente
Activos fixos tangveis

6,0

630 233,87

Propriedades de Investimento

9,0

110 000,00

Activos Intangveis

5,0

2 083,33

Participaes financeiras (mtodo de equivalncia patrimonial)

10,0

188 405,76

Outros activos financeiros

11,0

30 260,30

Activos por impostos diferidos

12,0

11 315,65
972 298,91

Subtotal
Activo corrente
Inventrios

13,3

182 327,27

Clientes

14,0

440 000,00

Estado e outros entes pblicos

15,0

140 460,38

Outras contas a receber

16,0

1 073,03

Diferimentos

17,0

3 851,11

Activos financeiros detidos para negociao

18,0

11 295,00

4,1

111 484,93

Caixa e depsitos bancrios


Subtotal

890 491,72

Total do activo

1 862 790,63

C A P I T A L P ROP RI O E P A S S I V O
Capital Prprio
Capital realizado

29,1

400 000,00

Ajustamentos em activos financeiros


Outras variaes de capital prprio

29,2
29,3

11 200,00
60 963,33

Subtotal

472 163,33

Total do capital prprio

1 024 283,65

552 120,32

Resultado liquido do exercicio


Passivo
Passivo no corrente
Provises

25,0

1 850,00

Financiamentos obtidos

19,0

323 937,90

Passivo por impostos diferidos

20,0

21 803,26
347 591,16

Subtotal
Passivo corrente
Fornecedores

21,0

261 083,42

Estado e outros entes publicos

22,0

171 271,68

Financiamentos obtidos

19,0

43 069,75

Outras contas a pagar

23,0

14 490,97

Diferimentos

17,0

1 000,00

Subtotal

490 915,82

Total do Passivo

838 506,98

Total do capital prprio e do passivo

1 862 790,63

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A Gerncia Susana Isabel Macedo Ralha

Sandra Judite Nogueira Santa Marinha

O Tcnico oficial de contas

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67

2.2 Demonstrao dos Resultados por Naturezas

Demonstrao dos Resultados por Naturezas em 31 de dezembro 2015


Conta
Pos

Rendimentos e Gastos

71/72

Vendas e servios prestados

75
785+792

Notas

31/12/2015

Neg
Subsdios explorao
685

24,1

1 236 000,00

26

3 936,00

Ganhos/Perdas imputados de subsidirias, associadas e empreendimentos conjuntos


10,1

73

Variao de Inventrios na produo

74

Trabalhos para a prpria entidade

77 205,76

13,3

1 985,00

13,2

-451 174,73

34

-23 074,14

30,2

-51 066,02

0,00

61

Custo das mercadorias vendidas e das matrias consumidas

62

Fornecimentos e servios externos

63

Gastos com pessoal

7622

652

Imparidades de inventrios (perdas/reverses)

0,00

7621

651

Imparidade de dvidas a receber (perdas/reverses)

0,00

67

Provises (aumentos/redues)

763
7623;7627/8
77

25

653;657/8 Imparidade de Investimentos no depreciveis / amortizveis (perdas/reverses)


66

78...+791

Aumentos / Redues de justo valor

18,1

Outros rendimentos e ganhos


69-685+69...Outros gastos e perdas

761

64
654/6

Gastos / reverses de depreciao e de amortizao

35

3 281,80
-14 122,93
780 241,64

36

Imparidade de activos depreciveis / amortizveis (perdas/reverses)

0,00

Juros e rendimentos similares obtidos

0,00

6911/21/81 Juros e gastos similares suportados

Impostos sobre o rendimento do periodo

-8 712,28
739 531,19

Resultado antes de impostos


812

-31 998,17
748 243,47

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)


7915

0,00
-880,00

37

Resultado antes de depreciaes, gastos de financiamento e impostos

7624/6

-1 850,00

28,1
Resultado liquido do periodo

-187 410,87
552 120,32

Resultado das actividades descontinuadas (liquido de impostos)


inc. no resultado liquido do periodo
Resultado liquido do periodo atribuvel: (*)
Detentores do capital da casa me
Interesses minoritrios
Subtotal
Resultado por aco bsico
Contabilidade - (c) Primavera BSS
(*) esta informao apenas ser fornecida no caso de contas consolidadas

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Susana Isabel Macedo Ralha

Sandra Judite Nogueira Santa Marinha


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2.3 Demonstrao dos Fluxos de Caixa

Demonstrao dos Fluxos de Caixa (Mtodo Directo)


RUBRICAS

NOTAS

31/12/2015

Fluxos de caixa de actividades operacionais - Mtodo directo


Recebimentos de Clientes

4,2

821 800,00

Pagamentos a Fornecedores

4,3

-423 843,32

Pagamentos ao Pessoal

4,3

-34 669,59
363 287,09

Caixa geradas pelas operaes


Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento

4,3

Outros Recebimentos/Pagamentos relativos actividade operacional

4,3

-1 345,50
-43 405,37
318 536,22

Fluxos das actividades operacionais (1)


Fluxos de caixa das actividades de investim ento
Pagam entos respeitantes a:
Activos fixos tangveis

4,3

Activos Intangveis

4,3

-3 075,00

Investimentos financeiros

4,3

-150 011,07

Outros Activos

-759 172,51

0,00

Recebim entos provenientes de:


Activos fixos tangveis
Activos Intangveis

0,00

Investimentos financeiros

4,2

9 750,00

Outros Activos

4,2

12 500,00

Subsdios ao investimento

4,2

56 000,00

Juros e rendimentos similares

4,2

675,00

Dividendos

0,00
-833 333,58

Fluxos das actividades de investim ento (2)


Fluxos de caixa das actividades de financiam ento
Recebim entos provenientes de
Financiamentos obtidos

4,2

369 665,44

Realizaes de capital e de outros instrumentos de capital prprio

4,2

300 000,00

Cobertura de prejuzos

0,00

Doaes

0,00

Outras operaes de financiamento

0,00

Pagam entos respeitantes a:


Financiamentos obtidos

4,3

-30 408,15

Juros e gastos similares

0,00

Dividendos

0,00

Redues de capital e outros instrumentos de capital prprio


Outras operaes de financiamento
Fluxos de actividades de financiam ento (3)
Variao de caixa e seus equivalentes (1 + 2 + 3)
Efeitos das diferenas de cmbio
Caixa e seus equivalentes no incio do perodo
Caixa e seus equivalentes no fim do perodo

0,00
4,3

-1 680,00
637 577,29
122 779,93
0,00
0,00
111 484,93

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Susana Isabel Macedo Ralha


Sandra Judite Nogueira Santa Marinha
O Tcnico oficial de contas Tt T|t Vt|
A Gerncia

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2.4 Demonstrao das alteraes no Capital Prprio

Demonstrao das Alteraes no Capital Prprio no Perodo 2015


Descrio

notas

Posio no nicio do periodo N-1


1
Alteraes no perodo
28
Alterao de polticas contabilisticas
Diferenas de converso de demonstraes financeiras
Realizao do excedente de reval. de ativos fixos tangveis e intangveis
Excedentes de revalorizao de activos fixos tangveis e intangveis e respetivas variaes
Ajustamentos por impostos diferidos
Outra alteraes reconhecidas no capital prprio
28
2
Resultado lquido do perodo
Resultado extensivo

Capital
realizado
0,00
400 000,00

Outras
variaes
CP
0,00
11 200,00

Resultado
liquido do
Perodo

Total do
Capital
Prprio
0,00
411 200,00
0,00

400 000,00

0,00
60 963,33
72 163,33

0,00
60 963,33
472 163,33

552 120,32

4=2+3

552 120,32

472 163,33

Operaes com detentores de capital no perodo


Realizaes de capital
Realizaes de prmios de emisso
Distribuies
Entradas para a cobertura de perdas
Outras operaes

Posio no fim do perodo

0,00

0,00

6=1+2+3+5

400 000,00

72 163,33

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552 120,32
1 024 283,65
Contabilidade - Primavera BSS

73

2.5 Anexo s Demonstraes Financeiras para o perodo findo em 31 de


dezembro de 2015
1. Caracterizao da entidade
A Panfit, Lda., uma sociedade por quotas com sede social em Vila do Conde, na Rua D.
Quixote, Zona Industrial da Vrzea, n 1. Iniciou a sua atividade em 2015, com o NIF 509846890,
sendo a seu Capital Social de 400.000,00 (quatrocentos mil euros).
A Panfit, Lda. uma unidade industrial que dedica a sua atividade ao fabrico e distribuio de
po congelado, estando enquadrada no CAE 10711, respeitando todos os processos de licenciamento
e cumprindo todas as condies de instalao impostos pela entidade licenciadora.
opinio do rgo de gesto que estas Demonstraes Financeiras refletem de forma
verdadeira e apropriada as operaes realizadas, bem como a sua posio e performance financeira e
fluxos de caixa.

2. Referencial contabilstico de preparao das demonstraes financeiras


2.1. Base de Preparao
As demonstraes financeiras referentes ao perodo de 2015 foram preparadas de acordo com
o normativo contabilstico aplicvel, o SNC regulado pelos seguintes diplomas:
1) Decreto-Lei N 158/2009 de 13 de julho SNC, retificado pela Declarao de Retificao n.
67-B/2009 de 11 de Setembro e com as alteraes introduzidas pela Lei n. 20/2010 de 23
de agosto, e finalmente pelo art. 257. da Lei n. 66-B/2012 de 31 de dezembro;
2) Portaria n. 986/2009, de 7 de setembro (Modelo de demonstraes Financeiras);
3) Aviso n. 15652/2009, de 7 de setembro (Estrutura Conceptual);
4) Aviso n. 15655/2009, de 7 de setembro (NCRF);
5) Aviso n. 15653/2009, de 7 de setembro de 2009
6) Portaria n. 1011/2009, de 9 de setembro (Cdigo de Contas).
A preparao das demonstraes financeiras, em conformidade com o SNC, requer o uso de
estimativas, pressupostos e julgamentos crticos no processo da determinao das polticas
contabilsticas a adotar pela Panfit, Lda. com impacto significativo no valor contabilstico dos ativos
e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do perodo a reportar. Apesar de estas estimativas
serem baseadas na melhor experincia da gerncia e nas suas melhores expetativas

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

75

em relao aos eventos e aes correntes e futuras, os resultados atuais e futuros podem diferir destas
estimativas.
Os valores apresentados so expressos em Euros (moeda em curso legal em Portugal no ano de
2015).

2.2. Indicao e justificao de disposies do SNC que, em casos excecionais


tenham sido derrogadas
No foram derrogadas quaisquer disposies do SNC relativamente ao perodo econmico de
2015 que produzissem efeitos materialmente relevantes ou pudessem pr em causa a imagem
verdadeira e apropriada da empresa.

2.3. Adoo pela primeira vez da NCRF


A Panfit, Lda. adotou o regime da normalizao contabilstica em 2015, ano da sua
constituio.

3. Principais polticas contabilsticas


As demonstraes financeiras foram preparadas de acordo com todas as normas que integram
o SNC, as quais contemplam as Bases para a Apresentao de Demonstraes Financeiras, os Modelos
de Demonstraes Financeiras, o Cdigo de Contas e as NCRF.
Na preparao das demonstraes financeiras tomou-se como base os seguintes pressupostos e
caractersticas qualitativas:
Pressuposto da continuidade: as demonstraes financeiras foram preparadas no pressuposto
da continuidade das operaes e a partir dos livros e registos contabilsticos da entidade, os quais so
mantidos de acordo com os princpios contabilsticos geralmente aceites em Portugal.
Regime da periodizao econmica (acrscimo): a entidade reconhece os rendimentos e ganhos
medida que so gerados, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. As
quantias de rendimentos atribuveis ao perodo e ainda no recebidos ou liquidados so reconhecidas
em Devedores por acrscimos de rendimento; por sua vez, as quantias de gastos atribuveis ao
perodo e ainda no pagos ou liquidados so reconhecidas Credores por acrscimos de gastos. ( 22
da Estrutura Conceptual do SNC).

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76

Materialidade e agregao: as linhas de itens que no sejam materialmente relevantes so


agregadas a outros itens das demonstraes financeiras. A entidade no definiu qualquer critrio de
materialidade para efeito de apresentao das demonstraes financeiras ( 29-30 da Estrutura
Conceptual do SNC).
Compensao: Os ativos, os passivos, os rendimentos e os gastos foram relatados
separadamente nos respetivos itens de balano e da demonstrao dos resultados, pelo que nenhum
ativo foi compensado por qualquer passivo, nem nenhum gasto por qualquer rendimento e vice-versa.
Comparabilidade: como a entidade deu incio sua atividade no ano de 2015, as polticas
contabilsticas e os critrios de mensurao esto a ser adotados pela primeira vez no havendo lugar
a comparao com anos anteriores.
Compreensibilidade: existe um esforo por parte da entidade de que toda a informao presente
nas demonstraes financeiras seja facilmente compreensvel pelos seus utilizadores.
Relevncia: a informao contida nas demonstraes financeiras essencial e relevante para as
eventuais avaliaes e tomadas de deciso dos seus utilizadores.
Fiabilidade e neutralidade: a entidade assume a responsabilidade pela fiabilidade e
neutralidade da informao que consta das suas demonstraes financeiras.
Plenitude e representao fidedigna: toda a informao representa fidedignamente as
transaes e todos os acontecimentos ocorridos, no havendo lugar a qualquer tipo de omisso que
comprometa a tomada de deciso dos seus utilizadores.
Substncia sobre a forma: a entidade tem a conscincia que deve ter em conta a substncia e a
realidade econmica da informao disponibilizada, independentemente da sua forma legal.
Prudncia: na preparao das suas demonstraes financeiras, conta-se com a prudncia
necessria no exerccio de juzos de valor sobre matrias envoltas de incerteza.

3.1. Bases de mensurao dos elementos das demonstraes financeiras


Para reconhecer os elementos que constam nas demonstraes financeiras podem ser utilizadas
diferentes bases de mensurao, tais como:

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77

Custo histrico: os ativos so registados pela quantia de caixa, ou equivalentes de caixa


paga ou pelo justo valor da retribuio dada para os adquirir no momento de aquisio. Os passivos
so registados pela quantia dos proveitos recebidos em troca da obrigao, ou em certas circunstncias,
pelas quantias de caixa, ou de equivalentes de caixa, que se espera que venham a ser pagas para
satisfazer o passivo no decurso normal dos negcios ( 98 al. a) da Estrutura Conceptual do SNC).
Custo corrente: o registo dos ativos efetuado pela quantia de caixa ou de equivalentes
de caixa que teria de ser paga se o mesmo ou um ativo equivalente fosse correntemente adquirido. Nos
passivos o registo feito pela quantia no descontada de caixa, ou equivalentes de caixa, que seria
necessria para liquidar correntemente a obrigao ( 98 al. b) da Estrutura Conceptual do SNC).
Valor realizvel: os ativos so registados pela quantia de caixa, ou equivalentes de
caixa, que posa ser correntemente obtida ao vender o ativo numa alienao ordenada. Os passivos so
reconhecidos pelos seus valores de liquidao, sendo estes as quantias no descontadas de caixa ou
equivalentes de caixa que se espera que sejam pagas para satisfazer os passivos no decurso normal dos
negcios ( 98 al. c) da Estrutura Conceptual do SNC).
Valor presente: os ativos so mensurados pelo valor presente descontado de futuros
influxos lquidos de caixa que se espera que o item gere no decurso normal dos negcios. Os passivos
so escriturados pelo valor presente descontado dos futuros exfluxos lquidos de caixa que se espera
que sejam necessrios para liquidar os passivos no decurso normal dos negcios ( 98 al. d) da
Estrutura Conceptual do SNC).
Justo Valor: quantia pela qual um ativo poderia ser trocado ou um passivo liquidado,
entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transao em que no exista relacionamento entre
elas ( 98 al. e) da Estrutura Conceptual do SNC).

3.1.1. Fornecedores e outras contas a pagar


As contas a pagar a fornecedores e outros credores referem-se aos saldos a pagar s vrias
entidades com quem a entidade se relaciona, no que respeita sua atividade. Essas contas so
registadas pelo seu valor nominal, que substancialmente equivalente ao seu justo valor (acrescidos,
caso aplicvel, a taxa de IVA em vigor).
So contas que no vencem juros, salvo se data de vencimento, se verificar uma situao de
incumprimento, passando a dvida a estar sujeita a juros comerciais at data da sua regularizao
(art.os 804. e 559. do Cdigo Civil e do art. 102., n. 316 do Cdigo Comercial).

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78

Durante o exerccio, a empresa no entrou em incumprimento perante nenhum dos seus


credores.

3.1.2. Financiamentos bancrios/custos dos emprstimos obtidos


Os emprstimos so classificados como passivos correntes, a no ser que a empresa tenha o
direito incondicional para diferir a liquidao do passivo por mais de 12 meses aps a data de relato.
Os emprstimos so registados no passivo pelo mtodo do custo. Segundo a NCRF 10 - Custos de
emprstimos obtidos, os custos com emprstimos obtidos so reconhecidos como gasto na
demonstrao dos resultados do exerccio de acordo com o pressuposto do acrscimo, exceto quando
estes sejam diretamente atribuveis aquisio, construo ou produo de uma ativo que se qualifica,
ou seja, leva um perodo substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para
venda, e neste caso permitida a capitalizao desses custos.

3.1.3.Ativos fixos tangveis


Os ativos fixos tangveis encontram-se valorizados ao custo deduzido das depreciaes
acumuladas. Este custo inclui o custo de aquisio tanto data de transio como aps aquela data.
O custo de aquisio inclui o preo de compra do ativo lquido de descontos e abatimentos, as
despesas diretamente imputveis sua aquisio e os encargos suportados com a preparao do ativo
para que se encontre na sua condio de utilizao ( 16 e 17 da NCRF 7 Ativos Fixos Tangveis).
Os custos subsequentes incorridos com renovaes e grandes reparaes, que faam aumentar a vida
til, ou a capacidade produtiva dos ativos so reconhecidos no custo do ativo.
Os encargos com reparaes e manuteno de natureza corrente so reconhecidos como um
gasto do perodo em que so incorridos ( 13 da NCRF 7).
O mtodo de depreciao o mtodo da linha reta, e as depreciaes so processadas por
duodcimos, calculadas s taxas adequadas para que o valor dos ativos seja reintegrado durante a sua
vida til estimada ( 50 da NCRF 7). No plano fiscal, as taxas utilizadas so as que constam no Decreto
Regulamentar n. 25/2009 de 14 de Setembro, atualizado pela Lei n. 64-B/2011, de 30 de dezembro.
As vidas teis dos ativos so revistas em cada data de relato financeiro, para que as depreciaes
praticadas estejam em conformidade com os padres de consumo dos ativos ( 51 da NCRF 7). As
alteraes s vidas teis so tratadas como uma alterao de estimativa contabilstica e so aplicadas
prospectivamente.

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79

Os ganhos ou perdas na alienao dos ativos so determinados pela diferena entre o valor de
realizao e o valor contabilstico do ativo, sendo reconhecidos na demonstrao dos resultados ( 66
e 70 da NCRF 7).
As taxas de depreciao aplicadas globalidade dos ativos fixos tangveis resumem-se como
se segue:
Tabela 9 - Taxas de depreciao
Classe de bens
Edifcios e Outras Construes
Equipamento Bsico
Equipamento de Transporte
Equipamento Administrativo

Anos de Vida til


20 a 50
5 a 12
4 a 10
3 a 16

3.1.4. Ativos intangveis


Os ativos intangveis encontram-se valorizados ao custo, deduzido das amortizaes
acumuladas e das perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos s so reconhecidos se for provvel
que deles advenham benefcios econmicos futuros para a empresa, sejam controlveis pela empresa
e se possa medir razoavelmente o seu valor (NCRF 6 Ativos Intangveis).
O custo de aquisio inclui o preo de compra do ativo lquido de descontos e abatimentos, das
despesas diretamente imputveis sua aquisio e dos encargos suportados com a preparao do ativo
para que se encontre na sua condio de utilizao.
Estes ativos s so reconhecidos desde que se tratem de ativos no monetrios e sem substncia
fsica dos quais se espere uma utilizao que ultrapasse mais do que um perodo econmico.
Os ativos intangveis so desreconhecidos quando alienados, totalmente amortizados ou
quando dele no se esperem benefcios econmicos pelo seu uso.
A Panfit, Lda. avalia a vida til dos seus ativos intangveis e classifica-os em ativos com vida
til finita ou indefinida.
3.1.4.1. Ativos intangveis com vida til finita
Para estes ativos, o mtodo de amortizao o mtodo da linha reta, a taxas so calculadas de
forma que o valor dos ativos seja amortizado durante a sua vida til estimada.
As amortizaes so efetuadas por duodcimos. As vidas teis dos ativos so revistas em cada
data de relato financeiro, para que as amortizaes praticadas estejam em conformidade com os

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80

padres de consumo dos ativos. A amortizao de um ativo com vida til finita cessa no momento do
seu desreconhecimento.
Alteraes s vidas teis so tratadas como uma alterao de estimativa contabilstica e so
aplicadas prospectivamente. Os ativos intangveis detidos pela Panfit, Lda. e includos nesta categoria
referem-se exclusivamente a licenas de software e so amortizados em 3 anos.
3.1.4.2. Ativos intangveis com vida til indefinida
Estes ativos no so amortizados ( 97 da NCRF 6). A vida til destes ativos revista em cada
perodo econmico para determinao dos acontecimentos e circunstncias que continuam a apoiar
uma avaliao de vida til indefinida. A eventual alterao da decorrente tratada como uma alterao
de estimativa e aplicada prospectivamente. Os ganhos ou perdas na alienao dos ativos so
determinados pela diferena entre o valor de realizao e o valor contabilstico do ativo, sendo
reconhecidos na demonstrao dos resultados.

3.1.5 Locaes
Locaes na tica do locatrio
Locaes de ativos fixos tangveis, relativamente s quais a Panfit, Lda. detenha
substancialmente todos os riscos e benefcios inerentes propriedade do ativo so classificados como
locaes financeiras. So igualmente classificadas como locaes financeiras os acordos em que a
anlise de uma ou mais situaes particulares do contrato aponte para tal natureza.
A classificao das locaes em financeiras ou operacionais depende da substncia da transao
e no da forma do contrato.
As locaes financeiras so capitalizadas no incio da locao pelo valor presente dos
pagamentos mnimos da locao, cada um determinado no incio da locao. Os encargos diretos
iniciais so adicionados ao valor dos ativos. A dvida resultante de um contrato de locao financeira
registada lquida de encargos financeiros, na rubrica de Emprstimos. Os encargos financeiros
includos na renda e a depreciao dos ativos locados so reconhecidos na demonstrao dos
resultados, no perodo a que dizem respeito. A empresa detm um contrato de locao financeira ( 20
da NCRF 9 Locaes).
Os ativos tangveis adquiridos atravs de locaes financeiras so depreciados pelo menor entre
o valor do perodo de vida til do ativo e o do perodo da locao, quando no tem opo de compra

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81

no final do contrato, ou pelo perodo de vida til estimado quando a Panfit, Lda. tem a inteno de
adquirir os ativos no final do contrato.
Nas locaes consideradas operacionais, as rendas a pagar so reconhecidas como custo na
demonstrao dos resultados numa base linear, durante o perodo da locao. A Panfit, Lda. detm
apenas um contrato de locao, classificado como operacional ( 8 e 30 da NCRF 9).

3.1.6. Rdito
O Rdito mensurado pela quantia da contraprestao acordada e contratada entre a Panfit,
Lda. e o seu cliente, tomando em considerao a quantia de quaisquer descontos comerciais ou de
quantidade concedidos de acordo comas condies estabelecidas na NCRF 20 Rdito.
3.1.6.1. Venda de bens
O rdito proveniente da venda de bens reconhecido pelo valor da contraprestao ( 9 e 10
da NCRF 20) quando, em simultneo se verificam as condies seguintes:
a) So transferidos para o comprador, os riscos e vantagens decorrentes da propriedade dos bens;
b) No haja envolvimento de gesto com grau geralmente associado posse nem ao controlo
efetivo dos bens vendidos;
c) A quantia envolvida mensurada com fiabilidade;
d) provvel que os benefcios econmicos associados fluam para a empresa;
e) Os custos incorridos ou a serem incorridos relacionados com a transao, so fiavelmente
mensurados.
3.1.6.3. Juros
Os juros recebidos so mensurados atravs do mtodo do juro efetivo ( 29 e 30 da NCRF 20).
A empresa efetuou aplicaes em obrigaes de taxa fixa e varivel e seja detentora de um depsito a
prazo.

3.1.7. Provises
As provises so reconhecidas apenas quando a entidade tem uma obrigao presente (legal ou
construtiva) resultante de acontecimentos passados em que provvel que para a liquidao dessa
obrigao ocorra uma sada de recursos e que o montante dessa obrigao possa ser razoavelmente

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82

estimado. As provises so revistas na data de relato e so ajustadas de modo a refletirem a melhor


estimativa nessa data (NCRF 21 - Provises, passivos Contingentes e Ativos Contingentes).

3.1.8. Imposto sobre o rendimento


O imposto sobre rendimento do perodo compreende os impostos correntes e impostos diferidos
(NCRF 25 - Impostos Sobre o Rendimentos).
O valor de imposto corrente a pagar, determinado com base no resultado antes de impostos,
ajustado de acordo com as regras fiscais em vigor. A taxa de imposto aplicada e que se encontra em
vigor para o ano de 2015 de 21%, conforme est definida no n. 1 do art. 87. do CIRC. No entanto,
nos termos previstos no anexo ao Decreto de Lei n. 372/2007, de 6 de novembro, a taxa de IRC
aplicvel aos primeiros 15.000,00 de matria coletvel de 17%. Haver tambm lugar ao acrscimo
da taxa da Derrama praticada pelo Concelho, que no caso de Vila do Conde de 1,5%.
Tambm se procede ao registo de impostos diferidos, provenientes das diferenas temporrias
entre a quantia escriturada dos ativos ou passivos e a correspondente base fiscal, e conforme o disposto
na NCRF 25, sempre que seja provvel que sejam gerados lucros fiscais futuros contra os quais as
diferenas temporrias possam ser utilizadas.
De acordo com a legislao em vigor, as declaraes fiscais esto sujeitas a reviso e correo
por parte das autoridades fiscais durante um perodo de quatro anos (cinco anos para a SS), exceto
quando tenha havido prejuzos fiscais, tenham sido concedidos benefcios fiscais, ou estejam em curso
inspees, reclamaes ou impugnaes, casos em que, dependendo das circunstncias, os prazos so
prolongados ou suspensos.
Consequentemente, as declaraes fiscais da empresa do exerccio de 2015 podero vir ainda
a ser sujeitas a reviso. O rgo de gesto entende que as eventuais correes resultantes de
revises/inspees por parte das autoridades fiscais quelas declaraes de impostos no tero um
efeito significativo nas demonstraes financeiras em 31 de Dezembro de 2014. Tambm de acordo
com a legislao fiscal em vigor, os prejuzos fiscais so reportveis durante um perodo de seis anos
aps a sua ocorrncia e suscetveis de deduo a lucros fiscais gerados durante esse perodo.

3.1.9. Ativos e passivos financeiros


Os ativos e passivos financeiros aqui tratados referem-se aos decorrentes de relacionamentos
contratuais de aquisio e venda de bens e servios e de outros direitos e obrigaes relacionados com
a atividade econmica da empresa, designadamente clientes, fornecedores, financiamentos concedidos

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83

e obtidos, participaes de capital, locaes, seguros e outras contas a receber e a pagar relativas sua
atividade corrente, de financiamento e de investimento.
A Panfit, Lda. classifica e mensura os seus ativos e passivos financeiros ao custo, entendido
este como a quantia nominal dos direitos e obrigaes contratuais envolvidos na data do
reconhecimento inicial de acordo com o 11 a) e 12 a) da NCRF 27 - Instrumentos Financeiros.
Os ativos financeiros podem ser mensurados ao custo ou custo amortizado menos qualquer
perda por imparidade. Enquadram-se aqui aqueles que em termos de prazo sejam vista ou tenham
maturidade definida, aqueles cujo retorno seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa varivel
correspondente a um indexante de mercado e aqueles que no possuam nenhuma clusula contratual
da qual possa resultar a perda do valor nominal e do juro acumulado. Para os ativos registados ao custo
amortizado, os juros obtidos a reconhecer em cada perodo so determinados de acordo com o mtodo
da taxa de juro efetiva, que corresponde taxa que desconta exatamente os recebimentos de caixa
futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro. So registados ao custo ou custo
amortizado os ativos financeiros que constituem emprstimos concedidos, contas a receber (clientes,
outros devedores, etc.) e instrumentos de capital prprio bem como quaisquer contratos derivados
associados, que no sejam negociados em mercado ativo ou cujo justo valor no possa ser determinado
de forma fivel.
A empresa classifica e mensura ao justo valor os ativos financeiros que no cumpram com as
condies para ser mensurados ao custo ou custo amortizado, conforme descrito acima. So registados
ao justo valor, os ativos financeiros que constituem instrumentos de capital prprio cotados em
mercado ativo, contratos derivados e ativos financeiros detidos para negociao. As variaes de justo
valor so registadas nos resultados do exerccio, exceto no que se refere aos instrumentos financeiros
derivados que qualifiquem como relao de cobertura de fluxos de caixa.
A Panfit, Lda. avalia, a cada data de relato financeiro, a existncia de indicadores de perda de
valor para os ativos financeiros que no sejam mensurados ao justo valor atravs de resultados. Se
existir uma evidncia objetiva de imparidade, a empresa reconhece uma perda por imparidade na
demonstrao dos resultados. Os ativos financeiros so desreconhecidos quando os direitos ao
recebimento dos fluxos monetrios originados por esses investimentos expiram ou so transferidos,
assim como todos os riscos e benefcios associados sua posse.

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84

3.1.10. Inventrios
Os inventrios so reconhecidos como gastos, no momento da realizao do respetivo rdito
ou no momento do seu consumo e ainda pelo reconhecimento quer de ajustamentos para o valor
realizvel lquido quer de quaisquer outros ajustamentos ou perdas (NCRF 18 Inventrios).
A Panfit, Lda. utiliza o sistema de inventrio peridico e, o mtodo de custeio das sadas
utilizado o custo mdio ponderado ( 25 e 27 da NCRF 18).
No final do exerccio apurado o seu valor realizvel lquido para aferir da existncia de
eventuais imparidades e proceder ao seu registo ( 28 da NCRF 18).
3.1.10.1 Mercadorias e matrias-primas
As mercadorias e as matrias-primas so mensuradas ao menor entre o custo e o valor realizvel
lquido. O custo inclui todas os gastos de compra e outros custos incorridos para colocar os inventrios
no seu local em condies de serem negociados ( 10 da NCRF 18). O valor realizvel lquido
corresponde ao valor de venda expectvel dos inventrios, deduzido de todos os custos para a
realizao dessa mesma venda ou, no caso das matrias-primas, o custo de reposio.
O mtodo de custeio utilizado para as sadas o custo mdio ponderado.
3.1.10.2. Produtos acabados e em curso
Os produtos acabados e em curso so valorizados ao custo de converso, que incluem os custos
diretamente relacionados com as unidades de produo e os gastos gerais de produo fixos e variveis
que sejam incorridos ao converter as matrias em produtos acabados, ou ao valor realizvel lquido,
no caso de este ser inferior. A imputao dos gastos gerais de fabrico baseada na capacidade normal
instalada.
A Panfit, Lda. como indstria transformadora de po, utiliza artigos compostos de forma a
conseguir calcular o CMVMC com mais fiabilidade.

3.1.11. Benefcios aos empregados


A Panfit, Lda. no tem qualquer responsabilidade contratual com o pagamento de
complementos de penses de reforma aos seus ex-trabalhadores. Estando a entidade dispensada de
aplicar a NCRF 28 Benefcios dos empregados.

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85

3.1.12. Pessoal ao servio da empresa


Em 31 de Dezembro de 2015, a Panfit, Lda. tm ao seu servio seis colaboradores, para alm
dos seus gerentes.

3.1.13. Rendimentos e Gastos


Os rendimentos e gastos so registados no perodo a que se referem, independentemente do seu
pagamento ou recebimento, de acordo com o princpio contabilstico da especializao dos exerccios
( 22 da Estrutura Conceptual).
As diferenas entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rditos e gastos so
reconhecidas como ativos ou passivos, se qualificarem como tal.

3.1.14. Principais estimativas e julgamentos apresentados


As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstraes financeiras da Panfit, Lda. so
continuamente avaliados, representando data de cada relato a melhor estimativa da Gerncia tendo
em conta o desempenho histrico, a experincia acumulada e as expetativas sobre eventos futuros que,
nas circunstncias em causa, se acreditam serem razoveis.
A natureza intrnseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situaes que haviam
sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados.
As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento
material no valor contabilstico de ativos e passivos no decurso do exerccio seguinte so as que
seguem:
3.1.14.1. Estimativas contabilsticas relevantes
Provises
A Panfit, Lda. analisa de forma peridica eventuais obrigaes que resultem de eventos
passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgao (NCRF 18 - Provises, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes).
A subjetividade inerente determinao da probabilidade e montante de recursos internos
necessrios para o pagamento das obrigaes poder conduzir a ajustamentos significativos, quer por
variao dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provises anteriormente
divulgadas como passivos contingentes.

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86

data de relato, a Panfit, Lda. registou uma proviso no valor de 1.850,00 relativa a um
processo judicial ao qual expectvel que a empresa no ganhe e tenha que efetuar o pagamento do
referido valor.
Ativos tangveis e intangveis
A determinao das vidas teis dos ativos, bem como o mtodo de depreciao e amortizao a
aplicar, essencial para determinar o montante dos gastos desta natureza a reconhecer na demonstrao
dos resultados de cada exerccio. Estes dois parmetros so definidos de acordo com o melhor
julgamento da gerncia para os ativos e negcios em questo, considerando tambm as prticas
adotadas por empresas do setor ao nvel internacional, tendo em considerao o carter de
reversibilidade de determinadas classes de ativos.
Imparidade
A determinao de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrncia
de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influncia da Panfit, Lda. tais como: a
disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital, bem como por quaisquer outras alteraes,
quer internas quer externas, empresa.
A identificao dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a
determinao do justo valor de ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte da gerncia
no que respeita identificao e avaliao dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa
esperados, taxas de desconto aplicveis, vidas teis e valores residuais.
A NCRF 12 Imparidade de Ativos estabelece as regras segundo as quais se orientam os
procedimentos de reconhecimento de quaisquer perdas por imparidade que sejam detetadas.

3.1.15 Associadas e Empreendimentos Conjuntos


considerada como empresa associada a empresa onde a Panfit, Lda. tem uma influncia
significativa mas no o controlo da gesto. A influncia significativa acontece normalmente nas
empresas em que a participao se igual ou superior a 20% ( 19 a 22 da NCRF 13 - Interesses em
empreendimentos conjuntos e investimentos em associadas). Os investimentos em associadas so
mensurados pelo mtodo de equivalncia patrimonial. A parte da empresa nos ganhos ou perdas psaquisio das empresas associadas reconhecida na demonstrao dos resultados e a parte dos
movimentos em Capital ps-aquisio so reconhecidos em Capital. Os movimentos acumulados ps-

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87

aquisio so ajustados contra o valor escriturado do Investimento na Associada. Caso existam


restries severas e duradouras que prejudiquem significativamente a capacidade de transferncia de
fundos para a empresa detentora ou, as partes de capital sejam adquiridas e detidas exclusivamente
com a finalidade de venda num futuro prximo utilizado o mtodo do custo.

4. Fluxos de Caixa
4.1. Quantia escriturada e movimentos do perodo
Durante este perodo a empresa efetuou os seguintes movimentos:
Tabela 10 - Fluxos de Caixa
Descrio

Dbitos

Caixa
Depsitos ordem
Outros depsitos bancrios
Total de caixa e depsitos bancrios

Crditos

Saldo Final

0,00

0,00

0,00

1.457.594,44

1.556.579,37

98.984,93

0,00

12.500,00

12.500,00

1.457.594,44

1.569.079,37

111.484,93

4.2. Influxos do perodo


A tabela seguinte descrimina todos os influxos realizados no perodo.
Tabela 11 - Influxos do perodo
Influxos

1.Influxos das atividades operacionais


I. Recebimentos de Clientes

Crdito

821.800,00
821.800,00

Rebola Panaderos SA

372.000,00

Vansia Panificao, Lda.

349.800,00

Supermarch Voil, SA

100.000,00

2.Influxos das atividades de investimento


II. Investimentos Financeiros

78.925,00
9.750,00

Rendas de Propriedade de Investimento

2.250,00

Aplicao Aes do BCB

7.500,00

III. Outros Ativos


Aplicao Depsito a Prazo

IV. Subsdios ao Investimento


V. Juros e rendimentos similares
3.Influxos das atividades de financiamento
IV. Financiamentos obtidos
V. Realizaes de capital e de outros instrumentos de capital prprio

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12.500,00
12.500,00

56.000,00
675,00
669.665,44
369.665.44
300.000,00

88

Realizao da quota da scia Judite Marinha


Realizao da quota da scia Susana Ralha
Realizao de aumento de capital

153.000,00
47.000,00
100.000,00

4.3. Exfluxos do perodo


Na prxima tabela esto descriminados todos os exfluxos realizados no perodo.
Tabela 12 - Exfluxos do perodo
Exfluxos

Exfluxos das atividades operacionais


I. Pagamento a Fornecedores (1+2+3+4+5+6+7)
1. Ceres, SA
2. Antnio Santos Unipessoal, Lda.

Dbito

503.263,69
423.843,32
193.534,80
2.108,34

3. Cartonagem Neves, Lda

46.740,00

4. Fermat,SA

91.100,00

5. Porme, SL

7.670,00

6. Plasnor, SA

79.950,00

7. Outros

II. Pagamento ao Pessoal


Colaboradores

III. Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento


Pagamento de Retenes

2.740,09

34.669,59
34.669,59

1.345,50
1.345,50

IV. Outros Pagamentos/Recebimentos relativos atividade operacional


Outros

Exfluxos das atividades de investimento


V. Pagamentos respeitantes a ativos tangveis (1+2+3+4+5+6)
1. Silgal
2. Staples

43.405,37

912.258,58
759.172,51
589.540,45
4.530,09

3. Makitec

103.210,00

4. Tugacar

50.264,92

5. Construes Torres

10.000,00

6. Outros

1.627,05

VI. Ativos Intangveis

3.075,00

Primavera Software

3.075,00

VII. Investimentos Financeiros (1+2+3+4+5+6)

150.011,07

1. Depsito a prazo

12.500,00

2. Obrigaes de Taxa Fixa

17.500,00

3. Obrigaes de Taxa Varivel

12.500,00

4. Aquisio de aes do BCB

7.500.00

5. Aquisio de participao

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100.000,00

89

6. Outros

11,07

Exfluxos das atividades de financiamento


VIII. Financiamentos Obtidos (1+2)

30.408,16
30.408,16

1. Pagamento de prestaes de financiamento

28.006,50

2. Pagamento Renda de Leasing

2.401.66

IX. Outras Operaes de Financiamento

1.680,00

Encargos de Subsdio

1.680,00

5. Ativos intangveis
Na rubrica dos ativos intangveis consta um software Primavera destinado contabilidade da
empresa. Este ativo classificado pela empresa como intangvel luz da NCRF 6 Ativos Intangveis,
um ativo sem substncia fsica e cumpre os critrios de reconhecimento, ou seja, traz benefcios
econmicos futuros para a empresa e fiavelmente mensurado. A entidade avaliou uma vida til finita
de trs anos e o seu reconhecimento inicial foi escriturado pelo custo sendo sujeito a amortizaes
durante a sua vida til definida. Dado que se trata de um software que partida est sujeito a constantes
mudanas, a vida til definida relativamente curta e o seu valor residual zero, porque existe a
conscincia da necessidade de constante adaptao s novas evolues a esse nvel na atualidade.
O movimento ocorrido na quantia escriturada deste ativo intangvel, bem como as respetivas
amortizaes acumuladas, foi o seguinte:
Tabela 13 - Quantia Escriturada dos Ativos Intangveis
Com vida til finita:

Programa de computador

1.Quantia escriturada (total de adies de perodo)


2.Amortizaes
3.Perdas por imparidade
Quantia lquida escriturada final (1-2-3)

2.500,00
416,67
--2.083,33

6. Ativos fixos tangveis


O movimento ocorrido na quantia escriturada dos ativos fixos tangveis, bem como nas
respetivas depreciaes acumuladas, foi o seguinte:

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90

Tabela 14 - Quantia Escriturada dos Ativos Tangveis


Descrio

Equipamento
bsico
586.826,51

Equipamento de
transporte
72.264,92

Equipamento
administrativo
3.683,00

662.774,43

27.685,37

3.605,52

290,61

31.581,50

Perdas por imparidade

---

---

---

---

Abates

---

---

(959,06)

(959,06)

559.141,14

68.659,40

2.433,33

630.233,87

Quantia bruta escriturada


Depreciaes

Quantia escriturada final

Total

Todos os equipamentos bsicos so depreciados pelo mtodo da linha reta com as taxas
definidas na tabela seguinte. Essas depreciaes so reconhecidas por duodcimos, resultando no final
do exerccio na quantia escriturada abaixo descriminada. Todos os equipamentos foram mensurados
ao custo e existem alguns pormenores a acrescentar no que respeita a um equipamento.
A aquisio e montagem do sistema Avac Frescura 200 foi efetuada em dois momentos, julho
e agosto respetivamente. Em julho criou-se a ficha do ativo pelo custo somado das despesas de
importao, e como o equipamento ainda no estava a uso, no houve lugar a qualquer depreciao
nesse ms. Em agosto foram acrescentados ao valor do ativo os custos de instalao e, estando este
apto para a sua funo ficou sujeito a partir desta data s respetivas depreciaes mensais. A aquisio
da linha de produo PRO 3000 foi realizada atravs de um financiamento por um prazo de 10 anos
com rendas trimestrais.
Tabela 15 - Quantia Escriturada do Equipamento Bsico
Descrio

Valor
Contabilstico

Valor
Residual

10.250,00

Tanque de gua TX 210


Silo de Sal OP 110

Silo de Farinha A5

Linha Produo PRO


3000
Linha Produo J. 1500
Camara de Frio L2015
Camara Cong. Gelo
5000
AVAC Frescura 200
Mquina Etiquetagem

Depreciao
mensal

Depreciao
Acumulada

500,00

Taxa de
depreciao
anual
10%

81,25

487,50

9.762,50

2.025,00

---

20%

33,75

202,50

1.822,50

4.150,00

---

10%

34,58

207,50

3.942,50

300.813,01

5.000,00

10%

2.465,11

14.790,65

286.022,36

80.000,00

---

12,5%

833,34

1.666,67

78.333,33

9.990,00

500,00

12,5%

98,85

593,12

9.396,88

71.000,00

2.000,00

12,5%

718,75

4.312,50

66.687,50

103.210,00

2.500,00

12,5%

1.049,06

5.245,31

97.964,69

5.388,50

---

20%

89,81

179,62

5.208,88

Total

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Quantia
Escriturada

559.141,14

91

No que respeita aos equipamentos de transporte constam duas viaturas. A viatura Peugeot 208
foi adquirida atravs de um contrato de leasing32 por um perodo de 4 anos, com rendas trimestrais,
destinada prospeo de mercado por parte do comercial da empresa. A viatura Jaguar XE 2015 foi
adquirida em dezembro com o propsito de servir as longas viagens que se efetuam entre a Panfit, Lda.
e a sua associada em Espanha, nesta ltima, ao seu custo de aquisio foram acrescentados todos os
custos necessrios sua legalizao, entre eles o Imposto nico de Circulao, o Imposto Automvel
e o seguro. Por ltimo consta um empilhador necessrio para as deslocaes do nosso produto nas
vrias fases de produo.
Tabela 16 - Quantia Escriturada do Equipamento de Transporte
Descrio

Valor
Contabilstico
50.264,92

Valor
Residual
---

Taxa de
depreciao
25%

Depreciao
mensal
1.047,19

Depreciao
Acumulada
1.047,19

Quantia
Escriturada
49.217,73

Empilhador Turbo5

4.000,00

---

16,67%

55,55

333,33

3.666,67

Viatura Peugeot 208

18.000,00

200,00

25%

370,83

2.225,00

15.775,00

Viatura Jaguar XE 2015

Total

68.659,40

O equipamento administrativo est todo mensurado ao custo, com as depreciaes a serem


efetuadas em duodcimos, e temos ainda a acrescentar que um computador ASUS PRO foi sujeito a
um abate devido a uma descarga eltrica, um incidente que estava includo nas coberturas do nosso
seguro multirriscos. data do abate a quantia escriturada era de 959,06 e tinha 63,94 de
depreciaes acumuladas.
Tabela 17 - Quantia Escriturada do Equipamento Administrativo
Descrio

Valor
Contabilstico
560,00

Valor
Residual
---

Taxa de
depreciao
25%

Depreciao
mensal
11,67

Depreciao
Acumulada
70,00

Quantia
Escriturada
490,00

Secretria Vogue

450,00

10,00

12,50%

4,58

27,50

422,50

Cadeiras BOSS

400,00

---

12,50%

4,17

25,00

375,00

1.250,00

---

33,33%

34,73

104,17

1.145,83

Impressora HP

Computador ASUS 3000

Total

2.433,33

32

Leasing - ou locao, um contrato atravs do qual o locador (a empresa que se dedica explorao de leasing) adquire um bem
escolhido pelo seu cliente (locatrio) para, em seguida, alug-lo a este ltimo, por um prazo determinado.

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92

7. Locaes
A Panfit, Lda. no perodo inicial da sua atividade subscreveu um leasing para a aquisio de
uma viatura comercial. O registo destas locaes foram efetuados luz das imposies da NCRF 9
Locaes. Este leasing est classificado como sendo uma locao financeira que transfere
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes ao veculo, j o ttulo de propriedade apenas
ser transferido no final do contrato aquando do pagamento do valor residual, conforme o contratado
entre a empresa e a entidade bancria. No entendimento da gerncia os custos incorridos com a abertura
do contrato de leasing foram classificados como gasto do perodo, dado que estamos perante um ativo
cuja propriedade no ainda da empresa. As rendas desta locao so reconhecidas como um gasto
durante o perodo contratado.
A Panfit, Lda no decorrer deste perodo tambm tomou o lugar de locador no arrendamento de
um terreno que consta dos seus ativos. Este terreno foi arrendado para a abertura de um stand33 de
automveis. Estamos perante uma locao operacional, um terreno com uma vida til indefinida e a
empresa no vai abrir mo da propriedade deste ativo no final do contrato. Este ativo est classificado
como propriedade de investimento no balano e as rendas da advindas so reconhecidas como um
rendimento.
A estrutura destas operaes apresenta a seguinte forma:
Tabela 18 - Locaes financeira e operacional
Descrio
Locao Financeira

Valor
18.000,00

Locao Operacional

Prazo
4 anos

Periodicidade
Trimestral

2 anos

Mensal

Taxa Juro
4.75% +
Euribor 1 ms

Renda
1.200,82
500,00

8. Custo dos emprstimos obtidos


A NCRF 10 permite dois tratamentos contabilsticos para os custos de emprstimos obtidos:
- Tratamento de referncia: os custos dos emprstimos obtidos so reconhecidos como gasto no perodo
em que so incorridos;
- Os custos de emprstimos obtidos que sejam diretamente atribuveis aquisio, construo
ou produo de um ativo que se qualifica, so capitalizados como parte do custo desse ativo quando
seja provvel que dele resultaro benefcios econmicos futuros para a entidade e tais custos possam
ser mensurados com fiabilidade.
33

Stand - recinto reservado para exposio e venda de automveis.

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93

-Os custos que no satisfaam as condies de capitalizao so reconhecidos como gasto do


perodo em que so incorridos. Um ativo que se qualifica um ativo que carece necessariamente de
um perodo substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para venda.
A Panfit, Lda recorreu a um financiamento para uma linha de produo no montante de
370.000,00 e, uma das condies acordadas entre a Panfit, Lda e o BCB passou pela inexistncia de
despesas de abertura neste financiamento, no resultando da qualquer acrscimo aquisio do ativo.
J no que respeita aos custos incorridos durante a amortizao do emprstimo, sendo estes, os
juros e o imposto de selo so reconhecidos como gastos do perodo em que so incorridos. A estrutura
do financiamento a seguinte:
Tabela 19 - Financiamento
Descrio

Valor

Prazo

Periodicidade

Taxa Juro

Financiamento

370.000,00

10 anos

Trimestral

4.771%

Tabela 20 - Custos de financiamento


Rendas

Data

1.
2.
Total

01/08/2015
01/11/2015

Amortizao
9.563,94
9.678,01
19.241,95

Juros
Imposto Selo
suportados
4.413,18
26,48
4.299,10
25,79
8.712,28
52,27

Total Renda
14.003,60
14.002,90
28.006,50

Os juros suportados em financiamentos neste perodo foram de 8.712,28.

9. Propriedades de Investimento
A Panfit, Lda. no decorrer do exerccio transferiu um terreno que estava classificado como
ativos fixo tangvel, para propriedade de investimento fazendo-o passar primeiro por propriedade de
investimento em curso. Nessa passagem foram realizadas obras no valor de 10 000 00 necessrias
para preparar o terreno para o contrato de locao a que seria sujeito. Surgiu interesse por parte de um
terceiro em alugar esse ativo, sendo esse o motivo da reclassificao do terreno como propriedade de
investimento. O terreno estava inicialmente reconhecido pelo justo valor, validado por uma entidade
competente e, na sua passagem a propriedade de investimento em curso foi utilizado o mesmo mtodo,
fase em que foram efetuadas as obras. Finalmente o mtodo utilizado para a transferncia de
propriedade de investimento em curso a propriedade de investimento foi o do justo valor ( 59 a 67 da
NCRF 11 Propriedades de Investimento).

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94

Tabela 21 - Quantia Escriturada das Propriedades de Investimento


Modelo do custo
Quantia bruta escriturada
Amortizaes
Perdas por Imparidade
Quantia Lquida escriturada final (1-2-3)

Terreno e Recursos Naturais


110.000,00
0,00
0,00
110.000,00

Durante o perodo a empresa no papel de locador reconheceu mensalmente um rendimento


derivado de rendas no valor de 500,00, valor ainda sujeito a reteno na fonte por parte do locatrio.
Tabela 22 - Rendas de Propriedades de Investimento
Quantias reconhecidas nos resultados:
Rendas e outros rendimentos em propriedades de investimento

Valor
2.000,00

10. Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas


No exerccio de 2015 foi adquirida uma participao de 25% a uma empresa sediada em
Espanha. Na tabela abaixo podemos esclarecer todas as operaes que ocorreram durante o exerccio
de 2015 relativamente participao financeira. As motivaes que levaram a Panfit, Lda. a adquirir
esta participao esto expressas na Parte I deste relatrio, onde lhe dedicado o captulo 3.2.
O reconhecimento inicial desta participao foi efetuado pelo mtodo de equivalncia
patrimonial, pois no se verifica a existncia de restries severas e duradouras que prejudiquem
significativamente a capacidade de transferncia de fundos para os acionistas. A utilizao deste
mtodo implica que inicialmente o investimento seja reconhecido pelo custo e que posteriormente seja
ajustado sempre que se verifiquem alteraes. Esses ajustamentos so reconhecidos no valor da quotaparte da Panfit, Lda. Alm do reconhecimento do valor de aquisio, a empresa teve que reconhecer
trs ajustamentos neste perodo, o primeiro relacionado com uma doao, o segundo fruto da aquisio
de aes prprias e o terceiro est relacionado com a imputao dos resultados.
Na aquisio ao confrontar o valor de aquisio com o justo valor da participao, a empresa
teve que reconhecer um negative goodwill de 27.512,49, que foi acrescentado ao valor da
participao, por contrapartida de uma conta de rendimentos. A doao de um ativo nossa associada
por parte de um acionista deu origem a um ajustamento positivo proporcional nossa participao no
valor de 16.000,00. Por outro lado a aquisio de aes prprias por parte da nossa associada
provocou um ajustamento negativo no valor da nossa participao de 4.800,00. No final do perodo

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95

a nossa associada comunicou o valor dos seus resultados, originando um aumento ao valor da
participao no valor da nossa quota-parte (20%), mais concretamente 49.693,27.
Tabela 23 - Aplicao do Mtodo de Equivalncia Patrimonial
Designao
1.Valor de aquisio
2.Negative Goodwill
3.Ajustamento variao positiva
4.Ajustamento variao negativa
5.Imputao de resultados
Quantia Escriturada Final (1+2+3-4+5)

Valor
100.000,00
27.512,49
16.000,00
4.800,00
49.693,27
188.405,76

10.1 Ganhos/Perdas imputados de associadas


Neste perodo apenas foram imputados ganhos da nossa associada relativos ao negative
goodwill na aquisio e aos resultados positivos apresentados.
Tabela 24 - Ganhos/Perdas imputados de associadas
Discrio
Negative Goodwill
Proporo nos resultados do perodo da associada
Total

Valor
27.512,49
49.693,27
77.205,76

11. Outros ativos financeiros


Nesta rubrica constam duas aplicaes financeiras em obrigaes por um prazo de um ano. A
primeira no valor de 17.500,00 em obrigaes de taxa fixa e a segunda de 12.500,00 em obrigaes
de taxa varivel. Constam tambm os valores respeitantes aos fundos de compensao dos funcionrios
no valor de 259,14 e a respetiva valorizao de 1,16.

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96

Tabela 25 - Outros ativos financeiros


Descrio
Obrigaes de taxa fixa
Obrigaes de taxa varivel
Fundos de Compensao = (1+2+3+4+5+6+7)

Valor
17.500,00
12.500,00
259,14

1. Alfredo Terrosa Pinheiro

33,30

2. Jos Pedro Almeida

39,96

3. Joana Oliveira Pereira

33,90

4. Manuel Antnio Ferraz

19,14

5. Andr Pimenta Garret

32,46

6. Filipe Lopes Sousa

56,88

7. Eva Faria Pinto

43,50

Valorizao dos fundos


Total

1,16
30.260,30

12. Ativos por impostos diferidos


Os valores que constam nesta rubrica so discriminados na seguinte tabela.
Tabela 26 - Ativos por impostos diferidos
Descrio
Ativo por impostos diferidos derivado da aplicao do MEP aes prprias
Ativo por impostos diferidos derivado de diferenas nas taxas de depreciao
Ativo por impostos diferidos derivado do art. 41. - A do EBF
Total

Valor
1.080,00
110,65
10.125,00
11.315,65

13. Inventrios
Nesta nota so apresentadas as divulgaes exigidas pela NCRF 18, no contemplando as
divulgaes de inventrios das seguintes naturezas:
- Produo em curso proveniente de contratos de construo, incluindo contratos de servios
diretamente relacionados;- Instrumentos financeiros;
- Ativos biolgicos relacionados com atividade agrcola e produto agrcola na altura da colheita.
Os inventrios da Panfit, Lda. so mensurados ao custo, incluindo todos os custos incorridos
na sua aquisio. Normalmente a empresa no incorre nestes custos de compra com os seus
fornecedores habituais, no entanto, neste perodo houve lugar a estes custos de compra numa aquisio
de matria-prima (farinha) China.

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97

13.1. Composio e consumo por unidade produzida


Como indstria de transformao a Panfit, Lda. tem a necessidade de trabalhar com produtos
compostos, para assim conseguir um melhor controlo dos consumos, a tabela seguinte mostra a
composio e o consumo de cada unidade produzida.
Tabela 27 - Composio e consumo por unidade produzida
Matrias-primas

Quantidade por unidade produzida


46gr
1,38gr
0,83gr
0,23gr
45%
1un

Farinha Tipo 65
Fermento Cresce 2000
Sal Aveirinho
Melhorante Xispo
gua
Micro saco perfurado ECO

13.2. Apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matrias consumidas


No clculo do CMVMC teve-se em conta a no existncia de inventrios transitados, dado que
a empresa iniciou a sua atividade neste perodo.
Tabela 28 - Apuramento do CMVMC
Descrio
Inventrios iniciais
Compras
Reclassificao e regularizao de
inventrios
Inventrios finais
CMVMC (1+2+3-4)

Mercadorias
0,00
5.500,00
0,00

Matrias-primas
0,00
588.017,00
0,00

0,00
5.500,00

142.342,27
445.674,73

Total
0,00
593.517,00
0,00
142.342,27
451.174,73

13.3. Produtos acabados e existncias


O investimento que a Panfit, Lda. realizou na linha de produo tem por base a busca de um
processo produtivo eficiente, que no leve a desperdcios de matria-prima e que consiga um elevado
nvel de produo com reduzida mo-de-obra. O objetivo foi alcanado, todo o processo
automatizado, permitindo desta forma que a empresa estruture as entregas aos seus clientes de forma
a que o produto acabado no acumule nos armazns, sendo este o motivo para que a quantidade de
produtos acabados seja quase residual comparada com a produo mensal. A tabela seguinte traduz as
existncias de produtos acabados, de matrias-primas e materiais diversos.

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98

Tabela 29 - Quantidade de inventrios


Descrio

Quantidade

Farinha Tipo 65
Fermento Cresce 2000
Sal Aveirinho
Melhorante Xispo
Micro saco Perfurado ECO
Caixa 40x40
Produto acabado (po tradicional portugus)

399.100 Kg
1.000 Kg
450 Kg
418 Kg
50.000 un
380.000un
50.000 un

Tabela 30 Valor dos Inventrios Totais


Descrio

Valor

Matria-Prima
Materiais diversos
Embalagens
Produto acabado
Valor dos Inventrios Totais

141.727,27
38.000,00
615,00
1.985,00
182.327,27

14. Clientes
No final do exerccio constavam na conta de clientes os valores discriminados na tabela.
Tabela 31 - Conta corrente de clientes
Descrio
Vansia Panificao, Lda.
Rebola Panaderos SA
Total

Valor
106.000,00
334.000,00
440.000,00

15. Estado e outros entes pblicos


Esta rubrica apresenta o valor de IVA que a empresa pode recuperar. Como a Panfit, Lda.
liquida IVA taxa reduzida e deduz taxa normal e, acrescentando o facto de este ser um momento
de grandes investimentos, originou o montante descrito na tabela seguinte. Por deciso da gerncia
ainda no se solicitou o reembolso deste imposto.
Tabela 32 - Valor de IVA a recuperar
Descrio
Valor de IVA a recuperar

Valor
140.460,38

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99

16. Outras contas a receber


Em dezembro foram realizadas algumas aplicaes de capital, que incluem depsitos a prazo e
subscrio de obrigaes de taxa fixa e varivel que conduziram ao reconhecimento de um acrscimo
de rendimentos dos juros correspondentes ao ms de dezembro. Foi aplicada a taxa de juro
correspondente a cada operao e calculada a parte proporcional do juro do ms de dezembro.
Nesta rubrica tambm consta o valor da indemnizao que a empresa vai receber da seguradora
BCB pelo sinistro que envolveu um dos nossos ativos (computador).
Tabela 33 - Outras contas a receber
Designao

Valor

Juros obtidos de depsito a prazo

23,44

Juros obtidos de outras aplicaes - obrigaes de taxa fixa

36,46

Juros obtidos de outras aplicaes obrigaes de taxa varivel

23,13

BCB - indemnizao

990,00

Total

1.073,03

17. Diferimentos
Foram reconhecidos no final do perodo os diferimentos de gastos e rendimentos para garantir
o respeito pelo princpio da periodizao econmica.

Tabela 34 - Diferimentos de Gastos


Descrio
MHST Medicina, Higiene e Segurana no Trabalho
Seguro de acidentes de trabalho
Seguro automvel viatura comercial
Seguro multirriscos
Seguro sade
Seguro automvel viatura ligeira
Total

Valor
292,50
807,94
426,98
860,87
478,02
984,80
3.851,11

No contrato de arrendamento elaborado consta que o locatrio entrega dois meses de renda
adiantados, tendo a Panfit, Lda. que deferir a renda de janeiro e fevereiro no final do perodo.

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100

Tabela 35 - Diferimentos de rendimentos


Descrio
Rendas de propriedade de investimento

Valor
1.000,00

18. Ativos detidos para negociao


data de relato a Panfit, Lda detinha para negociao aes do BCB e um contrato de futuros.
O valor de aes subscritas foi de 7.500,00 na data de aquisio e no final do perodo o seu justo
valor aumentou em 675,00. Nesta data o contrato de futuros j tinha sofrido duas alteraes ao justo
valor, a primeira foi uma reduo no valor de 1.595,00, tendo este valor que ser restitudo pela
empresa respetiva conta de margem e o segundo foi um aumento de 120,00.
Tabela 36 - Ativos detidos para negociao
Descrio
Contrato de futuros
Aes do BCB
Total

Valor
3.120,00
8.175,00
11.295,00

18.1. Aumentos / Redues de Justo Valor


A Panfit, Lda. assumiu uma posio longa em dois contratos de futuros, o primeiro com a
inteno de cobrir o risco da subida de preo do seu ativo subjacente, o segundo com intenes
meramente especulativas e, sobre este que vai recair a nossa ateno nesta rubrica. Aplicando o 7
da NCRF 27 - Instrumentos Financeiros a Panfit, Lda. reconhece este instrumento pelo mtodo do
JV e reconhece as suas variaes positivas ou negativas em resultados. Depois de realizado o depsito
para a conta de margem o contrato sofreu uma perda no JV de 1.045,00 que foi devidamente registada
na contabilidade numa conta de gastos, reduzindo desta forma o JV do mesmo. No entanto, a empresa
decide fechar a sua posio em 15 de dezembro e nesta data o contrato ainda estava a assumir uma
perda do JV em 510,00, tambm esta reconhecida na respetiva conta de gastos e a contribuir para os
resultados.
Temos ainda mais um valor reconhecido nesta rubrica que respeita a um aumento do JV relativo
s aes do BCB subscritas pela empresa, tambm estas reconhecidas nos mesmos termos e sujeita aos
aumentos e redues na data da sua alienao e como o nosso caso na data do fecho do perodo.

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101

Tabela 37 - Aumentos/redues no JV
Descrio

Valor

675,00
510,00
1.045,00

1. Aumento do JV nas aes do BCB


2. Reduo do JV no contrato de futuros
3. Reduo do JV no contrato de futuros
Total (1-2-3)

-880,00

19. Financiamento obtidos


No incio da sua atividade, a Panfit, Lda. recorreu a financiamento para a aquisio de uma
linha de produo e a um leasing para a aquisio de uma viatura.
Tabela 38 - Financiamentos obtidos a curto, mdio e longo prazo
Descrio
Financiamento
Leasing
Total

Curto prazo
39.880,23
3.189,52
43.069,75

Longo Prazo
310.877,82
13.060,08
323.937,90

20. Passivos por impostos diferidos


A tabela seguinte esclarece os valores que constam nesta rubrica.
Tabela 39 - Passivos por impostos diferidos
Descrio
Passivos por impostos diferidos derivados da aplicao do MEP (1+2+3)

Valor
20.971,30

1. Negative Goodwill

6.190,31

2. Variao patrimonial positiva doao de terreno na associada

3.600,00

3. Variao patrimonial positiva imputao dos resultados da associada

Diferenas nas depreciaes


Total

11.180,99

831,96
21.803,26

21. Fornecedores
A 31 de dezembro a conta corrente de clientes rondava os seguintes valores.

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102

Tabela 40 - Conta corrente de fornecedores


Descrio
Plasnor, SA
Combuscelos, Lda.
Ana Apolnia Carrio
Fermat, SA
La Maison de Pain
Fengchu
Total

Valor
83.640,00
146,62
646,80
91.150,00
5.500,00
80.000,00
261.083,42

22. Estado e outros entes pblicos


Nesta rubrica consta o valor de IRC a pagar relativo a este perodo e as obrigaes que a
empresa tem perante a SS.
Tabela 41 - Estado e outros entes pblicos

Descrio
IRC a pagar
Contribuies para a SS
Total

Valor
169.318,26
1.899,42
171.217,68

23. Outras contas a pagar


Esto associados a esta rubrica contas a pagar a fornecedores de investimento relativas a
equipamentos adquiridos e aos acrscimos de gastos a imputar ao perodo respeitantes a Fornecimentos
e Servios Externos (FSE) e aos proporcionais de frias dos funcionrios, incluindo as contribuies
para a SS.
Tabela 42 - Outras contas a pagar

Descrio

Valor

Fornecedores de investimento
Cisco Tecnologies, AS
Silgal, SA

5.000,00
3.600,00

Credores por acrscimos de gastos


Acrscimos de gastos relativos a FSEs (gua, eletricidade, comunicaes)
Acrscimos dos proporcionais de frias e SS

Total

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1.291,89
4.599,08
14.490,97

103

24. Rdito
24.1. Quantias dos rditos reconhecidas no perodo
Os rditos obtidos neste perodo advm apenas das vendas efetuadas e so mensurados ao justo
valor tendo em considerao os eventuais descontos comerciais e de quantidade. A Panfit, Lda. tem
uma pequena carteira de clientes, que abrange o mercado nacional, o mercado intracomunitrio, que
se vem tornando o mais significativo, e por fim o mercado extracomunitrio. Est ainda na estratgia
da empresa iniciar um plano de formao a entidades exteriores sobre as etapas de produo de po
congelado, resultando esta iniciativa no futuro em rditos provenientes da prestao de servios como
refere o 20 a 28 da NCRF 20 - Rdito.
Tabela 43 - Rditos reconhecidos no perodo
Descrio

Rditos reconhecidos no perodo

Rebola Panaderos SA Mercado Intracomunitrio

706.000,00

Vansia Panificao, Lda. Mercado Nacional

430.000,00

Supermarch Voil, SA Mercado Extracomunitrio

100.000,00

Total de vendas

1.236.000,00

25. Provises, passivos contingentes e ativos contingentes


data de 31 de dezembro, a Panfit, Lda. mensurou na sua contabilidade uma proviso pela
melhor estimativa referente a um processo judicial interposto pelo nosso ex-funcionrio Manuel
Antnio Ferraz que tem por base o seu despedimento por justa causa, qual expetvel que a empresa
perca o processo e tenha que efetuar um pagamento desse valor. O seu despedimento teve por base a
observncia de comportamentos imprprios, semelhantes aos associados a alcoolemia, colocando
claramente em causa o seu desempenho, facto que levou a gerncia a desvincular o funcionrio com
justa causa. Para surpresa da gerncia, o senhor Manuel Antnio contesta essa deciso nos meios
judiciais alegando que o comportamento detetado advinha da administrao de medicamentos
antidepressivos, apresentando provas do sucedido. Segundo a opinio do nosso advogado, existe uma
baixa probabilidade de a empresa ganhar este processo, o que contabilisticamente nos transporta para
o reconhecimento da proviso.
Tabela 44 - Proviso
Descrio

Valor

Proviso

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1.850,00

104

26. Subsdios do Governo e apoios do Governo


Identificada a necessidade de investimento para aumentar a produo, surge a oportunidade da
Panfit, Lda. beneficiar dos incentivos governamentais nesta rea. A empresa candidata-se e o resultado
deferido com uma percentagem de 70% do investimento a fundo perdido.
A candidatura ao subsdio foi efetuada e deferida em novembro e nesse mesmo ms a Panfit,
Lda. adquiriu o equipamento tendo efetuado o seu pagamento no incio do ms de seguinte. Ainda no
ms de dezembro a empresa recebeu do IAPMEI a devida transferncia do valor do subsdio. Este
subsdio como no reembolsvel foi reconhecido nos capitais prprios e, como respeita a um ativo
fixo tangvel com uma vida til definida ir ser imputado numa base sistemtica como rendimento
durante o perodo de vida til definido.
Como o ativo foi adquirido e colocado em funcionamento em novembro, comeando a ser
depreciado nesse mesmo ms, foi necessrio no ms de dezembro, quando o subsdio foi deferido,
reconhecer um rendimento correspondente a dois meses de depreciao.
No final do perodo o valor do subsdio que consta no balano est subtrado deste valor,
perfazendo 54.833,33.
Aquando das contrataes dos nossos funcionrios foi admitido o jovem Filipe Lopes Sousa
recentemente licenciado e, um dos seus objetivos era fazer o seu estgio profissional na Panfit, Lda.,
ao que a gerncia acedeu. Nestes casos especficos existem programas de apoio concedidos pelo
governo que suportam parte dos encargos com estes trabalhadores, tendo a empresa solicitado esse
apoio e, sendo este deferido entretanto. O objetivo destes apoios passa por proporcionar experincias
de formao prtica em contexto de trabalho e promovem a insero profissional dos seus
beneficirios. um estagirio com qualificao nvel 6 e a sua bolsa de estgio comtempla um apoio
equivalente a 1,65 do IAS (Indexante dos Apoios Sociais) com direito a subsdio de alimentao e
seguro de trabalho.
Este subsdio classificado como explorao e, foi reconhecido luz da NCRF 22
Contabilizao dos Subsdios do Governo e Divulgao de Apoios do Governo. A durao do
estgio foi de seis meses e, o Instituto do Emprego e Formao Profissional (IEFP) realizou a
transferncia do respetivo montante global em dezembro. Na contabilidade, os 18 e 20 da NCRF 22
esclarecem que este tipo de subsdios que tm a natureza de compensao de gastos j incorridos,
devem ser reconhecidos como um rendimento no perodo em for recebido, de forma a evidenciar o seu
efeito na demonstrao de resultados. Tendo sido esse o procedimento da Panfit, Lda.

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105

Tabela 45 - Reconhecimento do Subsdio Explorao

Descrio

Valor

Subsdio explorao Transferncia da IEFP

3.936,00

Quadro 20 - Reconhecimento de Subsdio ao Investimento


Descrio
Comunicao do subsdio - novembro
Encargos do processo
Recebimento do Subsdio dezembro
Imputao do subsdio (56.000 * 12.5% * 2)
novembro e dezembro
Valor do subsdio nos Capitais Prprios (1-2)

1.

Contas
Dbito/Crdito
27811 / 5931
6988 / 278811
1201 / 27811
5931 / 7883

Valor
56.000,00
1.680,00
56.000,00
1.166,67

2.
54.833,33

27. Acontecimentos aps a data do balano


Entre a data do balano e a data da autorizao para emisso das demonstraes financeiras
no foram recebidas quaisquer informaes acerca de condies que existiam data de Balano, pelo
que no foram efetuados ajustamentos das quantias reconhecidas nas presentes demonstraes
financeiras ( luz da NCRF 2434).

28. Impostos sobre o rendimento


Esta rubrica compreende o valor dos impostos correntes e diferidos relativos ao perodo. A
NCRF 25 Impostos Sobre o Rendimento a base para justificar os itens contidos na tabela. Diznos a Norma que sempre que uma entidade tenha reconhecido um ativo ou um passivo, que no futuro
espere recuperar ou liquidar a sua quantia escriturada, e que sendo isso provvel, possa fazer com que
a entidade no futuro pague mais ou menos impostos, esta deve reconhecer ativos por impostos diferidos
ou passivos por impostos diferidos (com as excees previstas na Norma).
Todos os ativos tm uma base fiscal, ou seja, a quantia que ser dedutvel para finalidades
fiscais, no entanto, quando essa base fiscal no for imediatamente evidente, considera-se o princpio
fundamental desta NCRF, o reconhecimento de impostos diferidos.

34 NCRF 24 - O objetivo desta NCRF o de estabelecer: a) quando uma entidade deve ajustar as suas demonstraes
financeiras quanto a acontecimentos aps a data de balano.

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106

Na tabela seguinte consta um passivo por impostos diferidos que nos transporta para o 36 da
mesma norma, que revela a importncia de o reconhecer sempre que se verifiquem diferenas
temporrias, o que o caso. A base fiscal que consta da aquisio da participao de 100.000,00,
mas a sua quantia escriturada de 127.512,49 (o valor que excede relativo ao goodwill) e, ao criar
um paralelo com os normativos fiscais, mais especificamente o art. 18. n. 8 do CIRC, constata-se que
estes 27.512,49 no concorrem para a determinao do lucro tributvel at que estes sejam
recuperados. No entanto, certo que a empresa conseguiu adquirir uma participao por um valor
abaixo do seu verdadeiro valor, resultando num ganho que ser recuperado caso a empresa resolva
vender essa participao. Fazendo este enquadramento com a questo em causa, faz sentido reconhecer
um passivo por impostos diferidos, porque a Panfit, Lda. pela ausncia deste valor na determinao do
lucro tributvel est hoje a pagar menos impostos, mas estes podero vir a existir num futuro prximo,
contribuindo este reconhecimento para a transmisso de uma imagem verdadeira e apropriada da
empresa. Aplica-se o mesmo procedimento imputao dos resultados da associada, reconhece-se um
passivo por impostos diferidos porque fiscalmente estes apenas contribuem para a determinao do
lucro tributvel quando a associada os distribuir, o que normalmente acontece no perodo seguinte,
mas na contabilidade est reconhecido um rendimento sobre o qual vo existir impostos.
Temos ainda um passivo por impostos diferidos que resulta das diferenas entre as taxas de
depreciao utilizadas na contabilidade e na fiscalidade, ou seja, a Panfit, Lda. tem na sua lista de
ativos alguns equipamentos que esto a ser depreciados mais rapidamente na contabilidade. Na prtica,
como as taxas que esto a ser utilizadas nestes ativos esto acima da taxa mnima de depreciao fiscal,
so dedutveis na determinao do lucro tributvel, contribuindo para que a empresa pague menos
impostos. No entanto, quando terminarem as depreciaes destes ativos na contabilidade, estes ainda
vo estar a ser depreciados fiscalmente, tendo a empresa nesse momento que corrigir esses valores
excluindo-os das dedues ao lucro tributvel e consequentemente o valor dos impostos ser superior
nessa altura, da a necessidade de reconhecer este passivo por impostos diferidos.
Por ltimo temos um ativo por impostos diferidos que tambm resulta da diferena entre as
taxas de depreciao, s que neste caso a taxa de depreciao contabilstica inferior taxa de
depreciao fiscal, tendo desta forma um comportamento contrrio ao referido no ltimo pargrafo. A
empresa est hoje a reconhecer um gasto inferior ao que fiscalmente lhe permitido, contribuindo em
menor grau para a diminuio do lucro tributvel e pagando mais impostos. Neste caso, o ativo
depreciado totalmente na fiscalidade mas a contabilidade continua a depreciar, sendo necessrio
reconhecer este ativo por impostos diferidos na contabilidade. Para determinar os impostos diferidos

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107

foi necessrio aplicar a taxa de imposto em vigor (21%) acrescida da taxa da derrama municipal
aplicada no concelho em que a empresa est sediada (Vila do Conde = 1.5%).
28.1. Impostos sobre o rendimento
Tabela 46 - Impostos sobre o Rendimento
Descrio

Valor

1.Imposto estimado do perodo

169.318,26

Impostos diferidos
2.Passivo por impostos diferidos derivados do Negative Goodwill

6.190,31

3.Passivo por impostos diferidos derivados da aplicao de resultados da associada

11.180,99

4.Passivo por impostos diferidos derivados das diferenas nas taxas de depreciao

831,96

5.Ativo por impostos diferidos derivados das diferenas nas taxas de depreciao

110,65

Total de impostos sobre o rendimento do perodo (1+2+3+4-5)

187.410,87

29. Instrumentos financeiros


Nesta nota so apresentadas as divulgaes exigidas pela NCRF 27, no contemplando as
divulgaes relativas aos seguintes instrumentos financeiros:
- Investimentos em subsidirias, associadas e empreendimentos conjuntos;
- Direitos e obrigaes no mbito de um plano de benefcios a empregados
- Direitos no mbito de um contrato de seguro ou no mbito de contratos de locaes, a no ser
que estes contratos resultem numa perda para qualquer das partes em resultado dos termos contratuais
que se relacionem com:
(I) alteraes no risco segurado/alteraes no preo do bem locado,
(II) alteraes na taxa de cmbio ou,
(III) entrada em incumprimento de uma das partes.

29.1 Capital Prprio

Aquando da constituio da empresa o capital social ascendia a 300.000,00, realizado na sua


totalidade nessa data pelas duas scias. A scia Sandra Judite Santa Marinha realizou o valor da sua
quota com uma entrada em dinheiro de 153.000,00 e a scia Susana Isabel Macedo Ralha por sua vez

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108

realizou o valor da sua quota com uma entrada em dinheiro de 47.000,00 e uma entrada em espcie,
um terreno avaliado por uma entidade competente em 100.000,00.
No decorrer da sua atividade surge a oportunidade de adquirir uma parte daquela que hoje a
associada da Panfit, Lda. e, embora a empresa apresentasse liquidez suficiente para assumir o
investimento, as scias acharam por bem realizar um aumento de capital no valor de 50.000,00 cada
uma. Na data da aquisio j estava em movimento um projeto de investimento para aumentar a
capacidade produtiva, estando os excedentes de tesouraria destinados a esse projeto. Com este aumento
passa a constar no capital social o valor de 400.000,00.
Tabela 47 - Capital Social
Designao
Susana Isabel Macedo Ralha
Sandra Judite Nogueira Santa Marinha
Total do Capital Social

Valor
197.000,00
203.000,00
400.000,00

29.2. Ajustamentos em ativos financeiros


Os ajustamentos que constam nesta rubrica respeitam relao com a nossa associada, fruto da
aplicao do MEP. Foi-nos comunicado pela Rebola Panaderos, SA que estes foram recetores de uma
doao de um terreno no valor de 80.000,00 e que procederam aquisio de aes prpria no valor
de 24.000,00, factos que vieram influenciar os nossos capitais prprios na proporo da nossa
participao.
Tabela 48 - Ajustamentos em ativos financeiros
Descrio
1.Doao de Terreno
2.Aquisio de aes prprias
Total dos ajustamentos (1-2)

Proporo
80.000,00 * 20%
24.000,00 * 20%

Valor
16.000,00
4.800,00
11.200,00

29.3. Outras Variaes no Capital Prprio


Constam desta rubrica ajustamentos no justo valor de instrumentos financeiros derivados,
impostos diferidos e um subsdio do governo.

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109

Tabela 49 - Outras variaes do capital prprio


Descrio
1. Subsdio ao investimento
2. Ajustamentos ao justo valor - Futuros
3. Impostos diferidos
Total (1-2+3)

Valor
54.833,33
1.475,00
7.605,00
60.963,33

29.3.1. Contrato de Futuros para cobertura de risco


No incio do ano de 2016, a Panfit, Lda. vai comear a produzir um novo produto que ter como
matria-prima principal a farinha de milho. Em dezembro de 2015, a empresa j tem compromissos
assumidos com clientes relativamente ao preo de venda que vai vigorar e ao prazo de entrega do
produto. Ao analisar o mercado do milho, a gerncia achou prudente assumir uma posio longa num
contrato de futuros que tem o milho como ativo subjacente, permitindo desta forma fixar nesse
momento o preo que a empresa vai pagar pelo milho em maro de 2016, data de vencimento do
contrato e da compra da matria-prima.
A NCRF 27 Instrumentos Financeiros no seu 16 determina que a base de mensurao a
aplicar a do justo valor e como o objetivo deste contrato a cobertura de risco, a norma transportanos para o 34 e seguintes. Numa primeira fase este contrato qualifica-se como contabilizao de
cobertura porque preenche as condies impostas pelo 35, ou seja, a empresa precisa de adquirir
milho. O contrato que assumiu recai sobre esse ativo subjacente e, o risco que a empresa pretende
cobrir est implcito no 36 na al. c), a exposio ao risco de que o preo do milho aumente, colocando
em causa as rendibilidades esperadas na produo do novo produto.
Em continuao da anlise da norma e qualificado o contrato, passamos ao seu reconhecimento
e, segundo o 37 este instrumento de cobertura deve ser reconhecido como um ativo ou passivo data
do balano e as alteraes no justo valor na demonstrao dos resultados. Por fim, quando se efetuar
o fecho da posio e a compra do ativo subjacente (milho) essas alteraes no justo valor relacionadas
com o item coberto vo ajustar sua quantia escriturada.
Na prtica sendo este um contrato de cobertura de risco de preo, estes movimentos permitem
que os ajustamentos positivos ou negativos a reconhecer na contabilidade no afetem os resultados
antes que se verifique a compra do milho. O preo est definido na abertura do contrato, levando a que
seja qual for o comportamento do preo do milho at data do fecho e aquisio do mesmo haver
sempre um balanceamento, no se verificando ganhos ou perdas a registar.

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110

As caractersticas deste contrato esto explcitas no captulo 3.1. da primeira parte deste
relatrio: depois da constituio da conta de margem, verificou-se um ajustamento negativo ao justo
valor em 1.595,00 e, aquando da verificao do justo valor a 31 de dezembro, procedemos a um
ajustamento positivo de 120,00. No final do perodo estes movimentos originaram um valor negativo
nos nossos capitais prprios de 1.475,00.
Tabela 50 Ajustamentos no Justo valor em futuros
Designao
1. Ajustamento negativo no justo valor - Futuros
2. Ajustamento positivo no justo valor - Futuros
Total dos ajustamentos (1+2)

Valor
-1.595,00
120,00
-1.475,00

29.3.2. Impostos Diferidos


Esta nota justifica dois valores que respeitam ao reconhecimento de impostos diferidos em
contas de resultados. O princpio o mesmo, se existirem diferenas temporrias dedutveis ou
tributveis h lugar ao reconhecimento de impostos diferidos e devem afetar as contas a que digam
respeito.
Nesta rubrica consta um passivo por impostos diferidos no valor de 3.600,00 resultante da
variao patrimonial positiva a que os capitais da empresa foram sujeitos derivada da aplicao do
MEP (doao de terreno nossa associada). O valor da participao financeira aumentou em
16.000,00 e esta variao apenas afetou contas de capitais prprios, sendo por isso necessrio
reconhecer estes impostos diferidos tambm em capitais prprios.
Temos tambm um ativo por impostos diferidos no valor de 1.080,00 fruto da variao
patrimonial negativa derivada da aplicao do MEP (aquisio de aes prprias por parte da nossa
associada) em 4.800,00.
Por fim consta um ativo por impostos diferidos no valor de 10.125,00 que deriva da
remunerao convencional do capital social, um benefcio fiscal concedido s empresas pelo art. 41.
- A do EBF. Nas entradas em numerrio para o capital social a empresa tem o benefcio de deduzir ao
lucro tributvel 5% desse valor durante quatro anos, o que perfaz 15.000,00 por ano. Neste perodo a
empresa deduziu os primeiros 15.000,00 e reconheceu um ativo por impostos diferidos sobre os
45.000,00 que vo ser deduzidos nos prximos 3 anos.
Os efeitos destes impostos diferidos j foram referidos anteriormente e o calculo utilizado
tambm foi o mesmo, ou seja, aplica-se a taxa de imposto somada da taxa da derrama municipal
(21%+1,5%).

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111

Tabela 51 - Impostos Diferidos


Descrio
1.Ativo p/ impostos diferidos MEP (aes prprias)
2.Ativo p/ impostos diferidos art. 41. - A EBF
3.Passivo p/ impostos diferidos MEP (doao)
Total (1+2-3)

Frmula
4.800,00*(21%+1,5%)
15.000.00*3*(21%+1,5%
16.000,00*(21%+1,5%)

Valor
1.080,00
10.125,00
3.600,00
7.605,00

30. Benefcios dos empregados


A NCRF 28 Benefcios dos Empregados tem como objetivo prescrever a contabilizao e
a divulgao dos benefcios dos empregados a curto e a longo prazo. Neste exerccio, os benefcios
dos nossos colaboradores incidem mais no curto prazo, ou seja, em salrios e em contribuies para a
SS, contando ainda com um seguro de sade concedido pela empresa e que abrange todos os
funcionrios.
30.1. Pessoas ao servio e horas trabalhadas
Tabela 52 - Pessoas ao servio e horas trabalhadas
Descrio
Pessoas ao servio da empresa, remuneradas, e no remuneradas:
- Pessoas REMUNERADAS ao servio da empresa
- Pessoas NO REMUNERADAS ao servio da empresa
Pessoas ao servio da empresa, por tipo de horrio:
- Pessoas ao servio da empresa a TEMPO COMPLETO
- Pessoas ao servio da empresa a TEMPO PARCIAL
Pessoas ao servio da empresa, por sexo:
- Homens
- Mulheres

Nmero mdio de
pessoas
8
6
2
6
2
4
4

Nas suas contrataes, a Panfit, Lda. esforou-se por preencher os cargos disponveis, tendo
em ateno o cenrio social deste perodo. Esse esforo traduziu-se na contratao de:
- um desempregado de longa durao;
- um portador de deficincia (85%);
- um primeiro emprego, suportando todas as despesas de formao para o cargo;
- e um estagirio profissional.

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112

Fica desta forma preenchido o nosso quadro de pessoal, com pessoas competentes que muito
tm contribudo para o sucesso da organizao.
Sendo a Panfit, Lda. um projeto recente, as duas gerentes entenderam que no haveria lugar a
remunerao pelo servio prestado, sendo que j so remuneradas numa outra entidade, no estando
desta forma financeiramente dependentes da Panfit, Lda. At porque entendem que, sendo tambm
scias da entidade, faz mais sentido canalizarem os seus esforos para que esta prospere com resultados
crescentes.
30.2. Gastos com Pessoal
Tabela 53 - Gastos com Pessoal
Descrio
Remuneraes de pessoal
Encargos sobre remuneraes
Seguros de acidentes de trabalho e doenas profissionais
MHST Medicina, higiene e segurana no trabalho
Seguro de sade
Total de Gastos com o pessoal

Em 2015
41.837,54
8.128,04
807,94
292,50
956,40
51.066,02

31. Divulgaes exigidas por outros diplomas legais


A gerncia da Panfit, Lda. informa que a empresa no apresenta dvidas ao Estado em situao
de mora, nos termos do DL n. 534/80, de 7/11. Dando cumprimentos ao estipulado no DL n. 411/91
de 17/10, a gerncia informa que a situao da empresa perante a SS se encontra regularizada, dentro
dos prazos estipulados.
Para efeitos da al. d) do n. 5 do art. 66. do CSC, durante o exerccio de 2015 a empresa no
efetuou transaes prprias, sendo nulo o n. de aes prprias detidas em 31-12-2015.
No foram concedidas quaisquer alteraes nos termos do art. 397. do CSC, pelo que nada h
a indicar para efeitos do n. 5, al. e) do art. 66. do CSC que regula as autorizaes concedidas a
negcios entre a sociedade e os seus administradores, nos termos do art. 397..
Eventos subsequentes:
No so conhecidos data quaisquer eventos subsequentes, com impacto nas Demonstraes
Financeiras de 31 de dezembro 2015. Aps o encerramento do exerccio, e at elaborao do presente
relatrio, no se verificaram outros factos suscetveis de modificar a situao relevada nas contas, para
os efeitos do disposto na al. b) do n. 5 do art. 66. do CSC.

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113

32. Informao por atividades econmicas


A Panfit, Lda. tem apenas um ramo de atividade, estando toda a atividade relacionada com o
mesmo CAE 10711 Panificao.

33. Informao por mercados geogrficos


A Panfit, Lda. direciona grande parte da sua produo para o mercado intracomunitrio, por
isso torna-se relevante evidenciar essa diviso. Mesmo ao nvel dos fornecedores de matria-prima e
de imobilizado as compras esto divididas entre mercado interno, intracomunitrio e at outros
mercados.
Tabela 54 - Informao por Mercados Geogrficos
Descrio

Interno

Vendas
Compras
Fornecimentos e servios externos
Aquisies de ativos fixos tangveis
Aquisies de propriedades de
investimento
Aquisies de ativos intangveis

Intracomunitrio

430.000,00
317.569,00
23.074,14
521.635,37
110.000,00

706.000,00
195.420 00
---103.210,00
----

Outros
Mercados
100.000,00
80.528,00
---5.388,50
----

2.500,00

----

----

Total
1.236.000,00
593.517,00
23.074,14
630.233,87
110.000,00
2.500,00

34. Fornecimentos e Servios Externos


Relativamente ao ano de 2015, a sociedade incorreu nos seguintes gastos relativamente a
FSEs:
Tabela 55 - Fornecimentos e Servios Externos
Designao

Valor

Servios Especializados
Materiais
Energia e Fludos
Deslocaes, estadas e transportes
Servios diversos
Total

5.503,00
22,00
8.650,00
600,00
8.299,14
23.074,14

A Panfit, Lda. tem a conscincia que, muitas vezes, este tipo de gastos ganha dimenses no
esperadas, da a nossa especial ateno ao seu comportamento. Podemos pegar no exemplo das

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114

entregas aos nossos clientes, sendo que neste momento a empresa no detm viaturas para o efeito, ou
seja, apenas requisita transporte quando necessrio, no incorrendo desta forma em custos fixos com
mo-de-obra e com a aquisio de viatura prpria para o efeito, incluindo todos os gastos associados.

35. Outros Rendimentos e Ganhos


Analisando a rubrica Outros Rendimentos e Ganhos, verificamos que dela constam os juros
obtidos nas aplicaes financeiras concretizadas pela empresa. Consta um rendimento de 30,94
proveniente da diferena entre a quantia escriturada desse ativo e o valor coberto pelo seguro. Tambm
so aqui reconhecidas as rendas recebidas pela locao operacional onde a empresa assume o papel de
locador. Por fim apresenta-se o valor do subsdio imputado em funo das depreciaes efetuadas.
Tabela 56 - Outros Rendimentos e Ganhos
Designao

Valor

Juros obtidos
23,44
59,59

Depsitos
Outras aplicaes de meios financeiros lquidos

Rendimentos e ganhos em investimentos no financeiros


30,94
2.000,00
1,16

Sinistros
Rendas e outros rendimentos em propriedades de investimento

Rendimentos e ganhos em ativos no financeiros


Outros

1.166,67
3.281,80

Imputao de subsdio ao investimento

Total

36. Gastos de depreciao e amortizao


Os gastos com depreciaes e amortizaes do exerccio constam da seguinte tabela.
Tabela 57 - Gastos de depreciao e amortizao
Designao
Ativos fixos tangveis
Equipamento bsico
Equipamento transporte
Equipamento administrativo
Ativos fixos intangveis
Total

Valor

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

27.685,37
3.605,52
290,61
416,67
31.998,17

115

37. Outros gastos e perdas


Desta classe de gastos constam dois donativos, um dirigido APAV (Associao Portuguesa
de Apoio Vtima) no valor de 2.000,00 e o segundo dirigido Fundao Champalimaud no valor
de 8.000,00. As multas fiscais tiveram origem no atraso de envio do SAFT e de uma Declarao de
Retenes AT e as multas no fiscais respeitam a uma coima por excesso de velocidade por parte de
um dos nossos colaboradores. A despesa no devidamente documentada est na origem de uma compra
em que a fatura emitida apresenta um NIF invlido. J a despesa no documentada respeita a um
cheque que foi emitido sem identificao do portador e que, at ao momento do fecho do exerccio, a
empresa no conseguiu identificar o destinatrio de tal despesa, tendo esta que ser classificada nestes
termos. Em outros, encontramos uma despesa que por fora das circunstncias foi classificada como
ilcita. Na origem desta despesa est uma gratificao a um agente da autoridade para ignorar uma
infrao grave cometida pelo nosso comercial. Os restantes gastos respeitam a comisses bancrias
diversas.
Tabela 58 - Outros Gastos e Perdas
Designao
Impostos indiretos
Donativo mecenato social
Comisses em instrumentos financeiros - Derivados
Outras comisses bancrias
Despesas no documentadas
Despesas no devidamente documentadas
Multas fiscais
Multas no fiscais
Despesa ilcita
Encargos com o processo do subsdio
Despesas com o leasing (juros)
Total de Outros Gastos e Perdas

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

Valor
53,77
10.000,00
18,00
9,00
1.000,00
355,00
155,00
150,00
500,00
1.680,00
202,16
14.122,93

116

38. Aprovao das Demonstraes Financeiras


Estas Demonstraes Financeiras foram aprovadas pela gerncia em trinta e um de maro de
dois mil e dezasseis.

Sandra Judite Nogueira Santa Marinha

Susana Isabel Macedo Ralha


(31-03-2016)

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117

3. Ata da Assembleia Geral para Aprovao de Contas


-------------------------------------------------------Ata nmero

4-----------------------------------------------------------------------

Aos trinta e um dias do ms de maro de dois mil e dezasseis, pelas dezanove horas, reuniram-se em
sede social sita na Rua D. Quixote, n 1, em Vila do Conde, os scios da Panfit- Indstria de Po,
Lda., sociedade por quotas. Estando presente a totalidade do capital social, representado: pela scia
Sandra Judite Nogueira Santa Marinha com o contribuinte n. 254438393, titular de uma quota no
valor nominal de duzentos e quatro mil euros (51% do capital social) e pela scia Susana Isabel
Macedo Ralha com o contribuinte n. 213499061, titular de uma quota no valor nominal de cento e
noventa e seis mil euros (49% do capital social).---------------------------------------------------------------Renem-se em Assembleia Geral, conforme o permite o nmero um do artigo cinquenta e quatro do
Cdigo das Sociedades Comerciais, para deliberarem sobre a seguinte Ordem de Trabalhos:----------a) Deliberar sobre a aprovao do Relatrio de Gesto, do Balano, da Demonstrao dos Resultados
e dos respetivos anexos relativos ao exerccio econmico findo a 31 de dezembro de 2015;--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------b) Deliberar sobre a proposta de aplicao de Resultados;--------------------------------------------------A scia Sandra Judite Nogueira Santa Marinha deu por aberta a sesso. Entrou-se no ponto primeiro
da ordem de trabalhos, tendo a supracitada scia-gerente eleita como Presidente de Mesa da
Assembleia Geral, de acordo com o artigo duzentos e quarenta e oito do Cdigo das Sociedades
Comerciais, apresentado os dossiers relativos prestao de contas, procedendo leitura da Ordem de
Trabalhos e exposio da atividade desenvolvida durante o exerccio de 2015. Apresentada
aprovao o Balano, a Demonstrao dos Resultados e o Relatrio de Gesto relativos ao exerccio
findo em 2015, foram votados favorvel e unanimemente aprovados pelas duas scias, concluindo
desta forma o primeiro ponto.-------------------------------------------------------------------------------------Deu-se incio anlise do segundo ponto, deliberar sobre a aplicao dos resultados. O resultado
lquido do exerccio de 2015 foi de 552.120,32 (quinhentos e cinquenta e dois mil, cento e vinte euros
e trinta e dois cntimos), ficando aprovada a seguinte distribuio:-----------------------------------------I. Cinco por cento para a constituio da reserva legal, ou seja, 27.606,00 (vinte e sete mil, seiscentos
e seis euros).---------------------------------------------------------------------------------------------------------II. Vinte por cento para distribuio de dividendos para cada scia, sendo um valor de 110.424,00
(cento e dez mil, quatrocentos e vinte e quatro euros) a repartir por scia.----------------------------------

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119

III. O restante valor de 303.666,32 (trezentos e trs mil, seiscentos e sessenta e seis euros e trinta e
dois cntimos) permanecer em reservas livres.----------------------------------------------------------------Ficando desta forma aprovado e concludo o segundo ponto da ordem de trabalhos.---------------------Sem demais assunto, o Presidente da Mesa props o encerramento da sesso, que aconteceu pelas
21.00h, sendo lavrada a presente ata que, depois de lida em voz alta e aprovada, foi assinada pelas duas
scias.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Assim o disseram e outorgaram.

Vila do Conde, 31 de Maro de 2016

Assinaturas

Sandra Judite Nogueira Santa Marinha

Susana Isabel Macedo Ralha

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Concluso
Todo este relatrio representa uma anlise retrospetiva atividade desenvolvida pela Panfit,
Lda. neste perodo, e para nossa satisfao o ano de 2015 fica marcado positivamente, apresentando
resultados extraordinrios. Mesmo com a conscincia de que o investimento inicial foi significativo e
com um certo nvel de risco, porque o conceito de po congelado est ainda pouco divulgado,
resolvemos assumi-lo. Para atenuar esse risco a gerncia primou na implementao de procedimentos
de produo de vanguarda e para sua surpresa conseguiu desta forma atingir o seu limite de produo
ainda no primeiro ano de atividade. Tambm no podemos de forma alguma esquecer os nossos
colaboradores que muito contriburam para esse sucesso. J com o projeto de ampliamento da rea de
produo a decorrer para conseguir diminuir algumas fraquezas detetadas na anlise swot, s podemos
esperar um futuro muito prspero para a empresa. A Panfit, Lda. o resultado da dedicao e do
esprito empreendedor das scias Judite e Susana, que ambicionam fazer chegar os seus produtos aos
quatro cantos do mundo, mas cientes que esse crescimento seja consistente e sustentvel.
Mesmo sabendo que estamos num contexto simulado gratificante olhar para o percurso da
Panfit, Lda. e perceber que este modelo poderia realmente ser colocado em prtica e, temos a certeza
que com alguma perseverana esta chegaria longe, ficamos cientes do que a operacionalidade de uma
empresa na atualidade ao nvel da contabilidade e da fiscalidade.
Realizar o projeto em simulao empresarial foi para ns um desafio gratificante que nos
permitiu perceber a eficcia dos conhecimentos adquiridos ao longo da nossa licenciatura.
A escolha desta unidade curricular no foi por acaso, tnhamos a conscincia de que iria ser um
caminho trabalhoso mas, tambm tnhamos a certeza de que sairamos muito bem preparadas para o
mercado de trabalho. Todas as etapas foram especialmente apreciadas, desde a fase da conceo da
empresa, muito envolta de pesquisa e planeamento, passando pela fase prtica e colmatando com a
fase de elaborao do relatrio.
No podemos ainda esquecer o que ganhamos neste projeto ao nvel humano e afetivo. Como
alunas do curso de Finanas, somos uma minoria em sala de aula, no entanto, fomos muito bem
recebidas pelos alunos dos cursos de Contabilidade e de Fiscalidade e existiu sempre um clima de
partilha e entreajuda. Trabalhmos num ambiente muito saudvel, do qual j sentimos saudades.
com um enorme sentimento de realizao e orgulho que escrevemos estas ltimas palavras
pois representam o culminar deste desafio. Conseguimos cumprir todas as metas a que nos
propusemos, umas mais complexas que outras mas todas bem-sucedidas. Estivemos sempre rodeadas
das melhores pessoas, que muito contriburam para o nosso sucesso e a quem, mais uma vez, queremos
expressar o nosso muito obrigada.

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122

Bibliografia
Legislao
Cdigo das Sociedades Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n 262/86, de 2 de Setembro,
republicado no Decreto-Lei n 76-A/2006, de 29 de Maro e atualizado pelo Decreto-Lei n. 98/2015
de 2 de junho;
Cdigo do Imposto de Selo, atualizado pelo Decreto-Lei n. 66/2015 e 67/2015 de 29 de abril;
Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, Republicado pelo Decreto-Lei n
159/2009, de 13 de Julho, atualizado pela Leis n 82-B/2014, 82-C/2014 e 82-D/2014, de 31 de
Dezembro;
Cdigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado, republicado pelo Decreto-Lei n 102/2008 de 20 de
Junho, atualizado pelas Leis n 82-B/2014 e 82-D/2014 de 31 de Dezembro;
Cdigo do Imposto nico de Circulao, atualizado pela Lei n 82-B/2014 de 31 de dezembro;
Cdigo do Trabalho, aprovado pela Lei n. 7/2009, de 12 fevereiro, e alterado pelas Leis n. 105/2009,
de 14 de setembro, 53/2011, de 14 de outubro, 23/2012 de 25 de junho, 47/2012, de 29 de agosto,
69/2013, de 30 de agosto, 27/2014, de 8 de maio, 55/2014, de 25 de agosto e 28/2015 de 14 de abril;
Constituio da Repblica Portuguesa, atualizada pela Lei n. 1/2005, de 12 de agosto;
Estatuto dos Benefcios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n. 108/2008 de 26 de junho e atualizado
pelas leis 82-B/2014, 82-D/2014 e 82-E/2014 de 31de dezembro e ainda pelo Decreto-Lei n. 7/2015
de 13 de janeiro;
Lei Geral Tributria, atualizada pela Lei n. 82-B/2014 e 82-E/2014 de 31 de dezembro
Regime do IVA nas Transaes Intracomunitrias, republicado pelo Decreto-Lei n 102/2008 de 20 de
Junho, atualizado pelo Decreto-Lei n 197/2012, de 24 de agosto;
SNC Sistema de Normalizao Contabilstica, aprovado pelo Decreto-Lei n. 158/2009 de 13 de
julho
Livros

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123

Donnelly, James H., Jr.; Gibson, James L. E Ivancevich, John M. (2000) - Administrao Princpios
de Gesto Empresarial. 10 Edio, Mc Graw Hill
Ferreira, Domingos (2011) Instrumentos financeiros, 1 Edio, Rei dos Livros, 2011.
Higgins, Robert C. (2007) - Anlise para Administrao Financeira. 8 Edio, Mc Graw Hill
Lopes, C. Rosa; Oliveira, D,: Pires, Joo Rui; Malaquias, Rui; Covane, Samuel; Rabaa, Brasiliano
Manual de Contabilidade. Escolar Editora. 2013
Silva, Eduardo S (2013) Anlise de fluxos financeiros. 5 edio, Vida Econmica
Silva, Eduardo S (2014) Instrumentos financeiros Abordagem Contabilstica. Vida econmica,
2014
Silva, Eduardo S E Martins, Carlos Quelhas (2014) Classe 4 Investimentos. Vida econmica 2014.
Sebentas
Ribeiro, Alexandrino (2013); Sebenta de apoio unidade curricular de Gesto Financeira, ano
letivo de 2013/2014, IPCA, Barcelos
Referncias Bibliogrficas Eletrnicas
http://www.aipan.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015
http://www.act.gov.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015
http://www.bportugal.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015
http://www.iapmei.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015
http://www.iefp.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015
http://www.ine.pt

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Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015


http://www.oroc.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015
http://www.otoc.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015
http://www.portaldaempresa.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015
http://www.portaldasfinancas.gov.pt
Acedido durante o decorrer do projeto, entre 11/02/2015 e 27/06/2015

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Anexos

Anexo I Modelo 22
Anexo II Notas explicativas declarao peridica de rendimentos
Anexo III Anexo D - Benefcios Fiscais

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127

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APURAMENTO DO LUCRO TRIBUTVEL

07
RESULTADO LQUIDO DO PERODO

701

552 120,32

Varia es patrimo niais po sitivas no refletidas no resultado lquido do pero do (art. 21.) e quo ta-parte do subsdio
respeitante a ativo s no co rrentes, no depreciveis/no amo rtizveis [art. 22. n. 1, al. b) a al. d)]

702

16 000,00

Variaes patrimoniais positivas (regime transitrio previsto no art.o 5.o, n.s 1, 5 e 6 do DL


703
159/2009, de 13/7)
Variaes patrimoniais negativas no reflectidas no resultado lquido do perodo (art.o 24.o)

704

4 800,00

Variaes patrimoniais negativas (regime transitrio previsto no art.o 5.o, n.s 1, 5 e 6 do DL


705
159/2009, de 13/7)
Alterao do regime fiscal dos contratos de construo (correes positivas)

706

Alterao do regime fiscal dos contratos de construo (correes negativas)

707

SOMA (campos 701 + 702 + 703 - 704 - 705 + 706 - 707)

708

Matria colectvel / lucro tributvel imputado por sociedades transparentes, ACE ou AEIE (art.o 6.o)

709

Correes relativas a perodos de tributao anteriores (art.o 18.o, n.o 2)

710

Vendas e prestaes de servios com pagamento diferido: diferena entre a quantia nominal da
711
contraprestao e o justo valor (art.o 18.o, n.o 5)
Gastos referentes a inventrios e a fornecimentos e servios externos com pagamento diferido:
782
gastos de juros (art. 18., n. 5)
Anulao dos efeitos do mtodo da equivalncia patrimonial do mtodo de consolidao proporcional
712
no caso de empreendimentos conjuntos que sejam sujeitos passivos de IRC(art.o 18.o, n.o 8)
Ajustamentos no dedutveis decorrentes da aplicao do justo valor (art.o 18.o, n.o 9)

713

Pagamentos com base em aes (art.o 18., n. 11)

714

4 800,00

Gastos de benefcios de cessao de emprego, benefcios de reforma e outros benefcios ps emprego


ou a longo prazo dos empregados (art.o 18., n. 12)
Gastos suportados com a transmisso onerosa de partes sociais (ex-art. 23., n.s 3, 4 e 1. parte
do n. 5)
Provises no dedutveis ou para alm dos limites legais (art.o s 19., n. 4 e 39.) e perdas por
imparidade fiscalmente no dedutveis de activos financeiros
IRC e outros impostos que directa ou indirectamente incidam sobre os lucros [art.o 23.-A, n.o 1, al.
a)]
Impostos diferidos [art. 23.-A, n.o 1, al. a)]

724

169 318,26

725

18 092,61

Despesas no documentadas [art. 23. -A, n. 1, al. b)]

716

1 000,00

Encargos evidenciados em documentos emitidos por sujeitos passivos com NIF inexistente ou invlido
726
ou por sujeitos passivos cessados oficiosamente [art. 23.-A., n. 1, al. c)]

105,00

Despesas ilcitas [art. 23. -A, n. 1, al. d)]

500,00

715
717
721

783

Multas, coimas, juros compensatrios e demais encargos pela prtica de infraes [art. 23.-A, n.
728
1, al. e)]
Impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros que o sujeito passivo no esteja
727
legalmente autorizado a suportar [art. 23. -A, n. 1 , al. f)]
Indemnizaes por eventos segurveis [art. 23., n. 1, al. g)]

A ACRESCER

572 920,32

729

Ajudas de custo e encargos com compensao pela deslocao em viatura prpria do trabalhador
730
[art. 23.-A, n. 1, al. h)]
Encargos no devidamente documentados [art.o 23.-A, n. 1, al. c)]

305,00

350,00

731

Encargos com o aluguer de viaturas sem condutor [art. 23.-A, n.o 1, al. i)]

732

Encargos com combustveis [art. 23-A, n.o 1, al. j)]

733

Encargos relativos a barcos de recreio e aeronaves de passageiros [art. 23. -A, n. 1, al. k)]

784

Juros de suprimentos [art. 23.-A, n.o 1, al. m)]

734

Gastos no dedutveis relativos participao nos lucros por membros dos orgos sociais [art.23.735
A, n.o 1, al. o)]
Contribuio sobre o setor bancrio [art.23-A,n.1, al. p)]

780

Contribuio extraordinria sobre o setor energtico [art. 23.-A, n. 1, al. q)]

785

Importncias pagas ou devidas a entidades no residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado


[art. 23. -A, n. 1, al. r) e n. 7]
50% de outras perdas relativas a partes de capital ou outras componentes de capital prprio (exart. 45., n. 3, parte final)
Outras perdas relativas a instrumentos de capital prprio e gastos suportados com a transmisso
onerosa de instrumentos de capital prprio de entidades no residentes sujeitas a um regime fiscal
privilegiado (art. 23. -A, n.s 2 e 3)
Perdas por imparidade em inventrios para alm dos limites legais (art. 28.) e em crditos no
fiscalmente dedutveis ou para alm dos limites legais (art.s 28. -A a 28. -C)
Perdas por imparidade de ativos no correntes (art. 31. -B) e depreciaes e amortizaes (art.
34. , n. 1), no aceites como gastos
40% do aumento das depreciaes dos ativos fixos tangveis em resultado de reavaliao fiscal (art.
15., n. 2 do DR 25/2009, de 14/9)
Crditos incobrveis no aceites como gastos (art. 41.)

746
737
786
718
719

520,84

720
722

Realizaes de utilidade social no dedutveis (art. 43.)

723

Menos-valias contabilsticas

736

Mais-valia fiscal resultante de mudanas no modelo de valorizao [art. 46., n. 5, al. b)]
738
Diferena positiva entre as mais-valias e as menos-valias fiscais sem inteno de reinvestimento (art.
739
46.)
50% da diferena positiva entre as mais-valias e as menos-valias fiscais com inteno expressa de
reinvestimento (art. 48., n. 1)

740

Acrscimos por no reinvestimento ou pela no manuteno dos ativos na titularidade do adquirente


741
(art. 48., n. 6)

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130

APURAMENTO DO LUCRO TRIBUTVEL (CONT.)

07

Mais-valias fiscais - regime transitrio [art. 7, n. 7, al. b) da Lei n. 30-G/2000, de 29 de Dezembro e art. 32., n. 8 da
Lei n. 109-B/2001, de 27 de Dezembro]

742

Correes relativas a instrumentos financeiros derivados (art.o 49.)

743

Prejuzos de estabelecimentos estveis situados fora do territrio portugus (art. 54. -A)

787

Correes relativas a preos de transferncia (art.o 63., n. 8)

744

Diferena positiva entre o valor patrimonial tributrio definitivo do imvel e o valor constante do contrato [art.o 64.o, n.o 3
al. a)]
Imputao de lucros de sociedades no residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado (art.o 66.)

92 000,00

745
747

Limitao dedutibilidade de gastos de financiamento lquidos (art. 67.)

748

Correes nos casos de crdito de imposto por dupla tributao jurdica internacional (art. 68., n. 1)

749

Correes nos casos de crdito de imposto por dupla tributao econmica internacional (art. 68., n. 3)

788

Correes resultantes da opo pelo regime especial aplicvel s fuses, cises, entradas de activos e permutas de partes
sociais (art.os 74. , 76.o e 77.o)

750

Transferncia de residncia, afetao de elementos patrimoniais a estabelecimento estvel situado fora do territrio
portugus, cessao da atividade ou transferncia de elementos patrimoniais de estabelecimento estvel situado em
territrio portugus: saldo positivo referente aos elementos patrimoniais transferidos para outro Estado membro da UE ou do
EEE ou afetos a estabelecimento estvel a situado (art.s 83., 84. e 54.-A, n. 11)

789

Transferncia de residncia, afetao de elementos patrimoniais a estabelecimento estvel situado fora do territrio
portugus, cessao da atividade ou transferncia de elementos patrimoniais de estabelecimento estvel situado em
territrio portugus: saldo positivo referente aos elementos patrimoniais transferidos para pases fora da UE ou do EEE ou
afetos a estabelecimento estvel a situado (art.s 83., 84. e 54.-A, n. 11)

790

Donativos no previstos ou alm dos limites legais (art.s 62. e 62.-A do EBF)

751

Encargos financeiros no dedutveis (ex-art. 32., n. 2 do EBF)

779

584,00

752
SOMA (campos 708 a 752)

753

Despesas ou encargos de projeo econmica plurianual contabilizados como gasto na vigncia do POC e ainda no aceites
fiscalmente [art.o 22.o al. f) do D.R 25/2009, de 14/9]

754

Prejuzo fiscal imputado por ACE ou AEIE (art.o 6.o)

755

Correes relativas a perodos de tributao anteriores (art. 18., n. 2)

756

Vendas e prestaes de servios com pagamento diferido: rdito de juros (art. 18., n.o 5)

757

Gastos referentes a inventrios e a fornecimentos e servios externos com pagamento diferido: diferena entre a quantia
nominal da contraprestao e o justo valor (art. 18., n. 5)
Anulao dos efeitos do mtodo da equivalncia patrimonial (art.o 18.o, n.o 8)

A DEDUZIR

791
758

Ajustamentos no tributveis decorrentes da aplicao do justo valor (art. 18., n.o 9)

759

Pagamentos com base em aes (art.o 18.o, n.o 11)

760

Pagamento ou colocao disposio dos beneficirios de benefcios de cessao de emprego, benefcios de reforma e
outros benefcios ps emprego ou a longo prazo dos empregados (art.o 18.o, n.o 12)
Reverso de ajustamentos em inventrios tributados (art.o 28.o, n.o 3) e de perdas por imparidade tributadas (art.o 28.-A,
n. 3)

762

Depreciaes e amortizaes tributadas em perodos de tributao anteriores (art. 20. do DR 25/2009, de 14/9)

763
781

Reverso de provises tributadas (art.s 19., n. 4 e 39., n. 4)

764

Restituio de Impostos no dedutveis e excesso da estimativa para impostos

765

Impostos diferidos [art. 23-A, n. 1, al. a)]

766

Gasto fiscal relativo a ativos intangveis, propriedades de investimento e ativos biolgicos no consumveis (art. 45. -A)

792

Mais-valias contabilsticas

767

50% da menos-valia fiscal resultante de mudanas no modelo de valorizao [art. 46., n. 5., al. b) e ex-art. 45., n. 3,
parte final] e 50% da diferena negativa entre as mais e as menos-valias fiscais de partes de capital ou outras componentes
do capital prprio (ex-art. 45., n. 3, 1. parte)

768

Diferena negativa entre as mais-valias e as menos-valias fiscais (art.o 46.o)

769

Correes relativas a instrumentos financeiros derivados (art.o 49.o)

770

50% dos rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial (art. 50. -A)

793

Eliminao da dupla tributao econmica dos lucros distribudos (art.s 51. e 51. -D)

771

Lucros de estabelecimentos estveis situados fora do territrio portugus (art. 54. -A)

794

Correo pelo adquirente do imvel quando adota o valor patrimonial tributrio definitivo para a determinao do resultado
tributvel na respetiva transmisso [art. 64., n. 3, al. b)]

772

Reporte dos gastos de financiamento lquidos de perodos de tributao anteriores (art. 67.)

795

Benefcios Fiscais

93 205,76

761

Perdas por imparidade tributadas em periodos de tributao anteriores (art.s 28., 28. -A, n. 1 e 31. -B, n. 7)

Correes resultantes da opo pelo regime especial aplicvel s fuses, cises, entradas de ativos e permutas das partes
sociais (art.s 74., 76. e 77.)
Transferncia de residncia, afetao de elementos patrimoniais a estabelecimento estvel situado fora do territrio
portugus, cessao da atividade ou transferncia de elementos patrimoniais de estabelecimento estvel situado em
territrio portugus: saldo negativo referente aos elementos patrimoniais transferidos para fora do territrio portugus ou
afetos a estabelecimento estvel a situado (art.s 83., 84. e 54.-A, n. 11)

860 496,03

30,94

773

796

774

20 212,56

775
SOMA (campos 754 a 775)

776

PREJUZO PARA EFEITOS FISCAIS (Se 776 > 753)

777

LUCRO TRIBUTVEL (Se 753 >= 776)

778

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

113 449,26

747 046,77

131

REGIMES DE TAXA

08
08.1

A SSI N LA R C OM X

REGIMES DE REDUO DE TAXA

T A X A S D E T R I B U T A O

Estabelecimentos de ensino particular (art. 54 do EBF)

242

Benefcios relativos interioridade (art. 43. do EBF)

245

10% / 15%

Estatuto Fiscal Cooperativo (art. 7., n. 3 da Lei n. 85/98, de 16 de Dezembro)

248

20%

Entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira (art. 35. do EBF)

260

3%

Entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira (art. 36. do EBF)

265

5%

20%

247
08.2

A SSI N LA R C OM X

REGIMES GERAL

T A X A S D E T R I B U T A O

Regio Autonoma dos Aores (Dec. Leg. Regional n 2/ 99 / A, de 20 de Janeiro)

246

Regio Autnoma Madeira (Dec. Leg. Regional n. 2/2001/M, 20 Fev)

249

17% / 23%

Rendimentos prediais de entidades no residentes sem estabelecimento estvel [art. 87., n. 4)]

262

25%

Mais-valias imobilirias/incrementos patrimoniais obtidos por entidades no residentes sem


estabelecimento estvel (87., n.4)

263

25%

Mais-valias mobilirias obtidos por entidades no residentes sem estabelecimento estvel (87., n.4)

266

25%

Outros rendimentos obtidos por entidades no residentes sem estabelecimento estvel

264

13,6% / 18,4%

APURAMENTO DA MATRIA COLETVEL

09
(transporte do Q.07)

Cd.

Regime geral

301

1. PREJUZO FISCAL
2. LUCRO TRIBUTVEL

302

747 046,77

Cd.

Com reduo de
taxa

Cd.

312

323

313

324

Com iseno

Cd.

Regime
simplificado (e
m vigo r at
2010)

400

Regime Especial dos Grupos de Sociedades


Soma algbrica dos Resultados Fiscais

Lucros distribudos (art. 70, n. 2)

380

Valor Lquido

381

382

Prejuzos individuais deduzidos, verificados em perodos


anteriores ao incio da aplicao do regime

396

NIF

Quotas-partes dos prejuzos fiscais deduzidos em casos de


aquisio de grupos de sociedades (art71.,ns.4 e 5)

398

NIF

Prejuzos fiscais dedutveis

303

314

325

401

386

389

392

387

390

393

385

388

391

394

309

320

331

407

310

321

332

408

322

333

409

Prejuzos fiscais com


383
autorizados/transmitidos
(art. 75, ns. 1 e 3)
Prejuzos fiscais com
384
autorizados/transmitidos
[art. 15, n. 1, alnia c) e art.75. N.5]
Prejuzos fiscais no dedutveis
(art. 52., n. 8)
3.

DEDUES:
Prejuzos fiscais deduzidos
Benefcios Fiscais

4.

MATRIA COLETVEL:

311

(2 - 3)

747 046,77

COLETIVIDADES DESPORTIVAS-Deduo das importncias


investidas at 50% da matria coletvel (art.54.,n.2
do EBF)

399

Existindo prejuizos fiscais com transmisso autorizada, indique:


Total do valor utilizado no periodo (397-A + 397-B)

397

Valor utilizado no periodo [(art.15.,n.1 al.c) e art.75.,n.5]397-A

NIF

397-B

NIF

Valor utilizado no periodo (art.75., ns. 1 e 3

MATRIA COLETVEL NO ISENTA ((311 - 399) + 322) ou 409 ou campo 42 do anexo E

346

RELATRIO DE PROJETO EM SIMULAO EMPRESIAL | Judite Marinha e Susana Ralha

747 046,77

132

C LCULO DO IMPOSTO

10

Imposto taxa normal (art. 87., n. 2, 1s 15.000,00 de matria


coletvel das PME) (c. 311 do q.09 da m22 ou c.42 do anexo E) x 17%)

347-A

Imposto taxa normal (art.87., n.1) (c. 311 do q.09 da m22 ou c. 42


do anexo E) x 21%

347-B

Imposto a outras taxas

2 550,00
153 729,82

349

348

Imposto imputvel Regio Autnoma dos Aores

350

Imposto imputvel Regio Autnoma da Madeira

370

COLETA (347-A + 347-B + 349 + 350 + 370)


Derrama estadual (art. 87. - A)

351

156 279,82

378

156 279,82

373

COLETA TOTAL (351 + 373)


Dupla tributao jurdica internacional (DTJI - art. 91)

353

Dupla tributao econmica internacional (art. 91-A)

375

Benefcios fiscais

355

Pagamento especial por conta (art. 93)

356

TOTAL DAS DEDUES (353 + 375 + 355 + 356) <= 378

357

TOTAL DO IRC LIQUIDADO (378-357)0

358

Resultado da liquidao (art. 92)

371

Retenes na Fonte

359

Pagamentos por conta (art. 105)

360

750,00

374

Pagamentos adicionais por conta (art. 105-A)


IRC A PAGAR (358 + 371 - 359 - 360 - 374) > 0

361

IRC A RECUPERAR (358 + 371 - 359 - 360 - 374) < 0

362

IRC de exerccios anteriores

363

Reposio de benefcios fiscais

372

Derrama municipal

364

Dupla tributao jurdica internacional (art. 91.) - Pases com CDT e


quando DTJI > 378

379

Tributaes autnomas

365

Juros compensatrios

366

Juros de mora

369

1 561,35

367

TOTAL A RECUPERAR [( - 362) + 363 +372 + 364 - 379 + 365 + 366 + 369] < 0

368

10-A

155 529,82

11 477,09

TOTAL A PAGAR [361 ou ( - 362) + 363 + 372 + 364 - 379 + 365 + 366 + 369] > 0

168 568,26

JUROS COMPENSATRIOS

Discriminao do valor indicado no campo 366 do Quadro 10:


Juros compensatrios
366-A
declarados por atraso na
10-B

156 279,82

Juros compensatrios declarados


por outros motivos

366-B

TRANSFERNCIA DE RESIDNCIA/CESSAO DA ATIVIDADE DE ESTABELECIMENTO ESTVEL/AFETAO DE ELEMENTOS


PATRIMONIAIS (arts. 83., 84., e 54.-A, n.11)

Modalidade de pagamento do imposto correspondente (art.83., n.2)


1

imediato (al.a))

Valo r do pagamento diferido o u fracio nado

diferido (al.b))

IRC + Derrama estadual


377-A

fracionado (al.c))
Derrama municipal

377-B
377

Total dos pagamentos diferidos ou fracionados (377-A + 377-B)

430

TOTAL A PAGAR (367 - 377) >0

431

TOTAL A RECUPERAR ( ( - 368) + 377) < 0

OUTRA S INFORMA ES

11
Total de rendimentos do perodo

Volume de negcios do
perodo

410

411

Diferena positiva entre o valor considerado para efeitos de liquidao do IMT e o valor constante do
contrato, nos casos em que houve recurso ao procedimento previsto no art. 139.

416

Data em que ocorreu a transmisso das partes sociais (art. 51, n. 9 e art. 88 n. 11)

418

Tratando-se de microentidade, indique se opta pela aplicao das normas contabilsticas previstas no
Decreto-Lei n. 158/2009, de 13 de Julho (art. 5. da Lei n. 35/2010, de 2 de Setembro)

423

1 236 000,00

Ano

Dia

Sim?

RETENES NA FONTE

12

N. IDENTIFICAO FISCAL (NIF) 1

Ms

253 658 785

RETENO NA FONTE

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750,00

133

13

TRIBUTAES AUTNOMAS

Despesas de representao (art. 88., n. 7)

414

Indemnizaes por cessao de funes de gestor,


administrador ou gerente [art. 88., n. 13, al. a)]

422

Encargos com viaturas (ex-art. 88., n. 4) (regime em


vigor at 31/12/2013)

421

Encargos com viaturas (antiga redao do art. 88., n.


3) (regime

420

Encargos dedutveis com ajudas de custo e de


compensao pela deslocao em viatura prpria do
trabalhador (art. 88., n. 9)

415

Encargos com viaturas - Se CA < 25.000,00 [art. 88. ,


n. 3, al. a)]

426

Encargos no dedutveis nos termos da al. h) do n. 1 do


artigo 23.-A suportados pelos sujeitos passivos que

425

Encargos com viaturas - Se CA 25.000,00 e


<35.000,00 [art. 88., n. 3, al. b)]

427

Lucros distribudos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos


passivos+ que beneficiem de iseno total ou parcial
(art. 88., n. 11)

417

Gastos ou encargos relativos a bnus e outras


remuneraes variveis pagas a gestores,
administradores ou gerentes [art. 88., n. 13, al. b)]

424

14
1

Tipo de
rendimentos

Encargos com viaturas - Se CA 35.000,00 [art. 88.,


n. 3, al. c)]

CRDITO DE IMPOSTO POR DUPLA TRIBUTAO JURDICA INTERNACIONAL (CIDTJI)


Apuramento no perodo
4

Cdigo do Pas

350,00

Saldo no
deduzido

Imposto pago
no
estrangeiro

6
Frao do imposto relativa a rendimentos obtidos no
estrangeiro
[art. 91., n. 1, al. b)]

Crdito de imposto
do perodo

428

2268,14

Deduo efetuada
Saldo que transita
no perodo

TOTAL do CIDTJI com CDT


TOTAL do CIDTJI sem CDT
TOTAL do CIDTJI

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134

Anexo II - Notas explicativas ao preenchimento da declarao peridica de


rendimentos
A Panfit, Lda. uma entidade residente, que exerce a ttulo principal uma atividade de natureza
industrial, fazendo por isso parte das suas obrigaes declarativas a apresentao da Modelo 22, no
sentido de apurar o imposto associado ao exerccio de 2015 (art. 2., n.1 al. a) e art. 3., n. 1 al. a)).
Esta obrigao imposta pelo n. 1 al. b) do art. 117. do CIRC, nos termos presentes no art.
120. do mesmo normativo.
At ao momento foi apurado na contabilidade o resultado do exerccio de acordo com as bases
de mensurao impostas pelo SNC, sendo certo que existe uma relao de dependncia parcial entre a
contabilidade e a fiscalidade. Esse resultado vai servir de base para o apuramento do resultado fiscal,
considerando as diferenas que existem entre as duas realidades (fiscal e contabilstica), e efetuando
todos os ajustamentos positivos e/ou negativos necessrios para chegar ao lucro tributvel em IRC.

Quadro 07
Campo 701 Resultado Lquido do Perodo
Estando a contabilidade da Panfit, Lda. organizada de acordo com a normalizao
contabilstica, com todas as disposies legais em vigor para o setor da panificao e todas as operaes
realizadas so claramente distinguveis conforme as al. a) e b) do n. 3 do art. 17. do CIRC, o valor a
inscrever neste campo corresponde ao resultado lquido do perodo apurado na contabilidade. No
exerccio de 2015 esse valor de 552.120,32, que reflete todos os gastos e rendimentos incorridos no
perodo de tributao, lquidos de variaes patrimoniais positivas e negativas apuradas e no refletidas
naquele resultados.
Campo 702 - Variaes patrimoniais positivas no refletidas no resultado lquido do perodo
(art. 21.) e quota-parte do subsdio respeitante a ativos no correntes, no depreciveis/no
amortizveis [art. 22. n. 1, al. b) a al. d)].
Consta na contabilidade da Panfit, Lda. uma variao patrimonial positiva pela aplicao do
MEP no valor de 16.000,00, fruto da deteno de uma participao de 25% dos capitais da Rebola
Panaderos, SA. Quando as variaes patrimoniais, neste caso positivas, afetem o valor da participao,
a empresa deve-as ajustar sua quantia escriturada em contas de capitais prprios, no contribuindo
para os resultados.

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135

Na esfera fiscal analisando o art. 21. do CIRC constata-se que as variaes patrimoniais
positivas tm que concorrer para a formao do lucro tributvel quando no se classifiquem nas
excees previstas no seu n. 1. No sentido de regularizar esta situao torna-se necessrio refletir os
16.000,00 acrescendo-os neste campo de forma a corrigir a sua no reflexo.
Campo 704 - Variaes patrimoniais negativas no refletidas no resultado lquido do perodo
(art. 24 do CIRC)
O valor acrescentado neste campo est ainda relacionado com a exposio anterior, mas neste
caso com uma variao patrimonial negativa de 4.800,00 derivada da aquisio de aes prprias
pela nossa associada como mesmo enquadramento contabilstico. Neste caso corrige-se esta no
reflexo acrescendo os 4.800,00 neste campo conforme o preceituado no art. 24. do CIRC, quando
esta, como o caso no est prevista nas excees prevista pelo mesmo art..
Campo 712 - Anulao dos efeitos do mtodo da equivalncia patrimonial do mtodo de
consolidao proporcional no caso de empreendimentos conjuntos que sejam sujeitos passivos
de IRC (art. 18., n. 8 do CIRC)
O art. 24. do CIRC determina que as variaes patrimoniais negativas (que no se enquadrem
nas excees) concorrem para a determinao do lucro tributvel, o que justifica o acrscimo no campo
704. Mas, ao confrontar esse artigo com o art. 18. do CIRC relativo periodizao do lucro tributvel,
mais propriamente no seu n. 8 conclumos que as variaes patrimoniais reconhecidas em
consequncia da aplicao do MEP no concorrem para a determinao do lucro tributvel. Estas s
devero ser consideradas no perodo de tributao em que a empresa assuma a perda inerente a essa
variao patrimonial. Na prtica se temos uma variao negativa no valor de 4.800,00 acrescida no
campo 704, temos agora que anular esse efeito deduzindo o mesmo valor neste campo.
Campo 724 - IRC e outros impostos que direta ou indiretamente incidam sobre os lucros [art.
23.-A, n. 1, al. a)].
O art. 23.-A, n. 1 al. a) determina que o IRC e outros impostos que direta ou indiretamente
incidam sobre os lucros no so dedutveis, sendo sujeitos a correo na modelo 22.
Desta forma tem de ser acrescido neste campo o valor correspondente estimativa do IRC no
valor de 169.318,26, em resultado da soma do total do IRC liquidado (156.279,82) com o valor da
derrama municipal praticada no concelho de Vila do Conde onde est sediada a Panfit, Lda.

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136

(11.477,09) e, por fim, com valor total das tributaes autnomas aplicadas neste exerccio
(1.561,35).
Campo 725 - Impostos diferidos [art. 23..-A, n. 1, al. a)]
Os impostos diferidos so aplicveis quando existem diferenas temporrias entre as normas
contabilsticas e as normas fiscais. Tm como objetivo uma correta especializao do imposto sobre o
rendimento do perodo, ou seja, reconhecer no mesmo perodo das transaes o imposto sobre o
rendimento com que estas se relacionam.
Foram reconhecidos ativos e passivos por impostos diferidos em vrias operaes realizadas
durante o exerccio:
Passivos por impostos diferidos
Descrio

Clculo

Total

Negative Goodwill

27.512,49*(21%+1,5%)

6.190,31

Resultados da associada

49.693,27*(21%+1,5%)

11.180,99

3.697,66*(21%+1,5%)

831,96

Diferenas nas depreciaes

Ativos por impostos diferidos


Descrio

Clculo

Total

Diferenas nas depreciaes

491,77*(21%+1,5%)

110,65

Os impostos diferidos tambm se enquadram nas mesmas exigncias impostas no campo


anterior, ou seja, no so dedutveis para efeitos da determinao do lucro tributvel, tendo que ser
acrescidos no campo 725 ou deduzidos no campo 766 conforme esteja o saldo da conta 8122 Impostos Diferidos devedor ou credor respetivamente.
No exerccio de 2015, a Panfit, Lda apresenta nesta conta um saldo devedor de 18.092,61,
tendo este valor que ser acrescido no campo 725, para que seja acrescido ao resultado, anulando desta
forma o seu efeito ao nvel fiscal.
Campo 716 - Despesas no documentadas [art. 23.-A, n. 1, al. b)]
.

data de 31/11/2015 consta na contabilidade um cheque (n.19) do BCB no montante de

1.000,00 sem a identificao do respetivo portador, nem qualquer documento que justifique esta
despesa, podendo eventualmente estar associada ao pagamento de alguma despesa pessoal de algum
scio. A no apresentao de justificao faz recair esta despesa no art. 23.-A do CIRC, que define

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137

estes encargos como no dedutveis para efeitos fiscais, enquadrando-se no n. 1 al. b). Este gasto ser
ainda sujeito a tributao autnoma em 50%, conforme regula o art. n. 1 do 88. do CIRC. Desta forma
est acrescido neste campo o valor de 1.000,00 para corrigir a indevida deduo

e passar a concorrer

para a determinao do lucro tributvel.


Campo 726 - Encargos evidenciados em documentos emitidos por sujeitos passivos com NIF
inexistente ou invlido ou por sujeitos passivos cessados oficiosamente [art. 23..-A., n. 1, al. c)]
Na poca natalcia a nossa funcionria Eva Faria Pinto adquiriu em nome da empresa material
de decorao para elaborar a rvore de natal no valor de 105,00 numa loja com o nome Sol Azul,
situada na Avenida Joo Praa em Braga. Partindo do princpio que tudo estava dentro dos parmetros
legais, a fatura que justificava a respetiva compra foi enviada para a contabilidade quando,
posteriormente se veio a verificar que o documento emitido pela entidade vendedora no era detentor
de um NIF vlido. Na tentativa de regularizar a situao e depois de realizada alguma pesquisa sobre
a entidade vendedora, confirma-se que esta operava ilegalmente no nosso mercado.
Embora esta despesa esteja comprovada documentalmente como requerido no n. 3 do art.
23. do CIRC, e cumpra a imposio da al. b) do n. 4 do mesmo artigo, que obriga a que esse
documento contenha a identificao fiscal do fornecedor, esta ltima no sendo vlida recai na al. c)
do n. 1 do art. 23.- A do mesmo normativo, implicando a sua classificao como encargo evidenciado
em documento emitido com NIF invlido.
Deste modo a empresa no pde considerar este valor como gasto fiscal, tendo que acrescer os
105,00 neste campo.
Campo 783 - Despesas ilcitas [art. 23. -A, n. 1, al. d)]
Na contabilidade da Panfit, Lda. consta um gasto no montante de 500,00 que foi classificado
conforme a al. d) do n. 1 do art. 23., ou seja, enquadra-se nas despesas ilcitas. No ms de dezembro
o comercial externo da empresa foi sujeito a uma paragem compulsiva por parte de um agente policial,
estando na sua origem uma infrao por excesso de velocidade. Interessava empresa que o referido
funcionrio no ficasse inibido de conduzir e o agente, por sua vez, mostrou vontade de beneficiar
pessoalmente da situao recebendo 500,00 em troca de no emitir qualquer penalizao. O
pagamento foi efetuado com o cheque n. 27 do BCB datado de 15/12/2015.
Fiscalmente esta despesa no dedutvel logo temos que acrescer no campo 783.

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138

Campo 728 - Multas, coimas, juros compensatrios e demais encargos pela prtica de infraes
[art. 23.-A, n. 1, al. e)]
No dia 30 de novembro, a empresa reconhece uma coima de trnsito por conduo em excesso
de velocidade na Rua das Andorinhas no Porto, passada pela Polcia de Segurana Pblica (PSP),
sendo o autor da infrao o nosso comercial externo Alfredo Terrosa Pinheiro.
Reconhece ainda duas coimas enviadas pela AT, uma referente ao atraso no envio da
Declarao Peridica das Retenes na Fonte do ms de julho e outra pelo atraso no envio do SAFT
relativo tambm ao ms de julho de 2015.
Estando estas coimas classificadas na al. e) do n. 1 do art. 23.-A no so dedutveis
fiscalmente logo do lugar a um acrscimo neste campo 728.
A tabela abaixo descrimina os valores que compem o campo.
Coima trnsito

150,00

Coima da AT Saft

80,00

Coima da AT Retenes

75,00

Total

305,00

Campo 730 - Ajudas de custo e encargos com compensao pela deslocao em viatura prpria
do trabalhador [art. 23.-A, n. 1, al. h)]
Nos meses de julho e setembro, a empresa efetuou o reconhecimento e pagamento de valores
com a natureza de ajudas de custo a dois dos seus colaboradores. O Alfredo Terrosa Pinheiro recebeu
100,00 em cada um desses meses, pelas despesas inerentes a grandes deslocaes provenientes do
programa de prospeo de mercado definido pela empresa. A Eva Faria Pinto recebeu 150,00 no ms
de julho para cobrir os custos suportados na sua deslocao Feira Alimentaria & HOREXPO Salo
Internacional da Alimentao, Hotelaria e Tecnologia para a Indstria Alimentar que ocorreu na Feira
Internacional de Lisboa (FIL).
Na altura a gerncia no solicitou aos funcionrios em questo o preenchimento dos mapas
com as especificaes exigidas na al. h) do n. 1 do art. 23.-A do CIRC, colocando em causa o seu
reconhecimento para efeitos de deduo ao lucro tributvel.
Com a ausncia destes mapas estas despesas no podem ser consideradas fiscalmente, tendo
que ser acrescidas no campo 730 no valor de 350,00.

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139

Campo 719 - Perdas por imparidade de ativos no correntes (art. 31. -B) e depreciaes e
amortizaes (art. 34. , n. 1), no aceites como gastos
Em dezembro, a Panfit, Lda. adquiriu uma viatura ligeira de marca Jaguar, modelo XE 2015,
com a matrcula 20-SJ-04, no valor de 50.000,00.
Os 520,84 acrescidos neste campo respeitam s depreciaes que se enquadram no imposto
pela al. e) do n. 1 do art. 34., respeitando os limites impostos pela ltima alterao presente no art.
24. da Lei n. 82-D / 2014 com entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2015, Portaria 467/2010 de 7
de Julho no seu art. 1., n. 4 al. d). Esta alterao determina que o limite de depreciaes aceites
fiscalmente respeita a veculos com valor at 25.000,00, tendo que se acrescer as depreciaes do
valor que exceder este limite, sendo ento necessrio efetuar os seguintes clculos:
Depreciaes na contabilidade

(50.000,00*25%)/12meses

1.041,67

Limite imposto

(25.000,00*25%)/12 meses

520,84

Valor excedente

520,84

Campo 744 - Correes relativas a preos de transferncia (art. 63., n. 8)


No exerccio de 2015, a Panfit, Lda teve que acrescer neste campo um valor de 92.000,00
devido ao que ser explicado de seguida.
Segundo o art. 63., n. 1 do CIRC, se existem relaes especiais entre duas entidades que
realizem operaes comerciais entre si, as condies acordadas devem ser idnticas s que
normalmente seriam contratadas se no existisse essa relao especial. No n. 4 do mesmo artigo
explcita que existe relaes especiais, quando uma das entidades exerce direta ou indiretamente
influncia significativa nas decises de gesto da outra entidade. Ainda na leitura do n. 8 do art 63.,
verificamos que, se as regras enunciadas no n. 1 no forem observadas e forem relativas a operaes
com entidades no residentes, a entidade deve efetuar as correes necessrias para determinar o lucro
tributvel. Para esclarecer esta matria, somos transportados para a Portaria N. 1446-C/2001, de 21
de dezembro que regula o regime dos preos de transferncia. Este regime tem como paradigma o
princpio de plena concorrncia, se por um lado permite estabelecer uma paridade no tratamento fiscal
entre empresas por outro lado permite neutralizar algumas prticas de evaso fiscal.
Torna-se necessrio perceber o porqu da Panfit, Lda. ter algumas das suas operaes
enquadradas nestas imposies. Antes de a empresa adquirir 20% da sua associada Rebola Panaderos,
SA esta j era sua cliente, com a qual era praticado um preo de venda unitrio de 0,10. Quando se
concretizou a aquisio, a Panfit, Lda. resolveu descer esse preo de venda unitrio para 0,08, um
preo que foi praticado nas operaes comerciais que aconteceram entre agosto e novembro de 2015.

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140

Em dezembro, a Dr. Ana Apolnia, tcnica oficial de contas da Panfit, Lda. apercebe-se do sucedido
e adverte a gerncia para os procedimentos a adotar nestas circunstncias.
Depois do enquadramento desta atuao nos art.os 1., 2. e 3. da Portaria atrs referida,
preciso escolher o mtodo mais apropriado entre os previstos no art. 4. para a determinao dos preos
de transferncia de acordo com o princpio de plena concorrncia. Analisados os mtodos, decidiu-se
adotar o mtodo do preo comparvel de mercado desenvolvido no art. 6.. Embora este mtodo
requeira um grau mais elevado de comparabilidade, achou-se que seria o mais indicado, dado que
existem transaes entre as entidades com o preo praticado antes de existir essa relao especial e,
existem tambm transaes posteriores com o preo corrigido, permitindo desta forma essa
comparabilidade.
ainda importante referir que a Panfit, Lda. est consciente das obrigaes acessrias a que
estar obrigada nos art.os 13. a 15. da referida portaria se o valor anual lquido de vendas e outros
proveitos exceder os 3.000.000,00. Limite este que, mediante as projees de crescimento ser
excedido ainda no ano de 2016, estando desta forma j a elaborar o Dossier de Preos de Transferncia
para dar cumprimento ao exigido pelo respetivo normativo.
Campo 751 - Donativos no previstos ou alm dos limites legais (art.os 62. e 62.-A do EBF)
Em dezembro surgiu a oportunidade da empresa poder contribuir para um programa que a
Fundao Champalimaud quer desenvolver, relacionado com a investigao dos comportamentos e o
desenvolvimento de doenas oncolgicas.
A Panfit, Lda. est ciente da sua responsabilidade social e quer ter uma postura ativa a esse
nvel e, neste caso f-lo atravs de donativo no valor de 8.000,00. Mas, este donativo ultrapassa o
limite aceite para deduo fiscal de 6/1000 do volume de vendas efetuado no perodo previsto no art.
62., n. 6 al. a) do EBF. Para corrigir esta situao foram efetuados os seguintes clculos e verificouse que o valor que excede o limite de 584.00, tendo este que ser acrescido neste campo para
concorrer para a determinao do lucro tributvel.
1.236.000,00*(6/1000) = 7.416,00

Valor aceite para deduo fiscal

8.000,00 - 7.416,00 = 584,00

Valor no aceite para deduo fiscal

Campo 758 - Anulao dos efeitos do mtodo da equivalncia patrimonial (art. 18., n. 8)
Com a aquisio de uma participao de 25% nos capitais da empresa Rebola Panaderos, SA
com a qual a Panfit, Lda. obteve influncia significativa sobre as polticas financeira e operacional da

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141

investida surgiram reconhecimentos contabilsticos relevantes para a esfera fiscal. Uma delas foi a
aplicao do MEP para reconhecer contabilisticamente a relao especial existente entre as duas
entidades. E, em resultado dessa aplicao a empresa tem reconhecido na contabilidade o valor do
negative goodwill gerado pela diferena entre o valor de aquisio da participao e o seu justo valor,
resultando num ganho para a Panfit, Lda.. Tem tambm um ganho reconhecido resultante da imputao
dos resultados da associada respeitantes ao perodo.
Estes ganhos tero de ser deduzidos neste campo porque segundo o n. 8 do art. 18. do CIRC
em respeito pela periodizao do lucro tributvel, s contribuem para a determinao deste no perodo
em que a Panfit, Lda. adquira esses direitos.
O mesmo acontece com as variao patrimonial positiva acrescida no campo 702 que tem agora
que ser deduzida para respeitar esta imposio, anulando o seu efeito para efeitos fiscais neste perodo.
Os valores de cada item esto especificados a seguir.
Negative Goodwill

27.512,49

Variao patrimonial positiva

16.000,00

Imputao de resultados da associada

49.693,27

Total da correo no campo 758

93.205,76

Campo 767 - Mais-valias contabilsticas


No decorrer do exerccio de 2015, os equipamentos eletrnicos do escritrio da Panfit, Lda.
foram alvo de uma descarga eltrica, tendo atingido de forma irremedivel o computador de servio
da marca ASUS, com a referncia PRO 3000 adquirido por 1.250,00 na Staples em julho de 2015.
Felizmente a empresa proactivamente subscreveu um seguro multirriscos do BCB no incio da sua
atividade, j para prevenir incidentes deste gnero. O seguro foi acionado para cobrir o prejuzo e, a
seguradora cobriu um valor superior em 30,94 ao que o ativo estava escriturado na contabilidade.
Valor de aquisio

1.023,00

Amortizaes acumuladas

63,94

Indemnizao valor de realizao


Mais-valia contabilstica

990,00
990,00 - (1.023,00 63,94) = 30,94

Esta mais-valia enquadra-se na al. a), do n. 1 do art. 46. do CIRC, e como a seguradora ainda
no transferiu o montante referente cobertura do incidente, temos que deduzir o valor da mais-valia
neste campo, dado que ainda no est realizada [art. 20., n. 1 al. h)].

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142

Campo 774 - Benefcios Fiscais


Neste campo constam benefcios fiscais advindos de trs matrias: donativos, criao de
emprego e benefcios fiscais capitalizao das empresas.
Donativos art. 62. do EBF
A Panfit, Lda. realizou dois donativos em dezembro dirigidos ao mecenato social, um de
2.000,00 a favor da APAV (Apoio Vitima) e outro de 8.000,00 a favor da Fundao
Champalimaud. Alm destes donativos serem dedutveis fiscalmente quando cumprem os requisitos
previstos no art. 62. do EBF, ainda podem beneficiar de taxas de majorao que aumentam o valor
dedutvel. Aplicando essas taxas podemos deduzir mais 2.483,20, ou seja, seja estavam a ser
deduzidos na contabilidade donativos no valor de 9.416,00, ainda podemos beneficiar de mais este
valor (2.483,20).
Donativo APAV

Majorao 150%

(2.000,00*150%)-2.000,00= 1.000,00

Donativo F. Champalimaud

Majorao 120%

(7.416,00*120%)-7.416,00 = 1.483,20

Art. 62., n. 6 al. a)

art. 62., n. 7 al. a)

Art. 62., n. 5 al. a)

Valor a deduzir

2.483,20

Benefcios criao de emprego art. 19., n. 2 al. b) e c) do EBF


Na altura de recrutamento de pessoal, a Panfit, Lda, contratou a funcionria Joana Oliveira
Pereira para aprendiz de produo, identificada como desempregada de longa durao.
Como incentivo contratao de pessoas que estejam assim classificadas, o legislador d o
benefcio entidade de considerar 150% de todos os encargos com remuneraes fixas e das
contribuies SS. Desta forma, deduzimos neste campo o valor de 2.729,36 descriminado no quadro
abaixo.
Encargos com remuneraes
Encargos com a SS

(4.424,20*150%) 4.424,20 = 2.212,10


(1.034,51*150%) 1.034,51 = 517,26

Valor a deduzir

2.729,36

Benefcios capitalizao das empresas art. 41.-A do EBF


A Panfit, Lda. uma sociedade por quotas com um capital social data do balano de
400.000,00, mas apenas 300.000,00 desse valor corresponde a entradas em dinheiro. Na data da sua

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143

constituio a scia Sandra Judite Nogueira Santa Marinha realizou 100% da sua quota no valor de
153.000,00 em numerrio e a scia Susana Isabel Macedo Ralha realizou 100% da sua quota com
uma entrada em numerrio de 47.000,00 e a restante com uma entrada em espcie, um terreno no
valor de 100.000,00. Em agosto procedeu-se a um aumento de capital de 100.000,00 realizado na
sua totalidade em numerrio. Com o referido no art. 41.-A do EBF, a Panfit, Lda. pode deduzir 5%
do seu capital social, respeitante a entradas em dinheiro, incluindo o aumento do capital social de que
foi alvo em agosto no perodo de tributao em que as entradas ocorrem e, repete-se nos trs perodos
de tributao seguintes. Desta forma podemos deduzir neste campo o valor de 15.000,00.
Entradas em dinheiro

300.000,00*5% = 15.000,00

Valor a deduzir

15.000,00

O montante total a deduzir no campo 774 de 20.212,56 (15.000.00+ 2.729,36+2.483,20).

Quadro 10
Campo 347 A - Imposto taxa normal (art. 87., n. 2, 1s 15.000,00 de matria coletvel das
PME)
O referido artigo menciona que os sujeitos passivos que exeram, diretamente e a ttulo
principal, uma atividade econmica de natureza comercial ou industrial, que sejam qualificados como
pequena ou mdia empresa, nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n. 372/2007, de 6 de
novembro, a taxa de IRC aplicvel aos primeiros 15.000,00 de matria coletvel de 17%.
Clculo do Imposto: 15.000,00 X 17% = 2.550,00
Campo 347 B - Imposto taxa normal (art. 87., n.1)
Depois de aplicada a taxa de 17% aos primeiros 15.000,00, temos que calcular o restante
imposto, sendo que agora a taxa a aplicar de 21%, definida pelo n. 1 do art. 87. do CIRC.
(747.046,77 - 15.000,00) * 21% = 153.729,82

Campo 359 Retenes na fonte


deduzido ao valor do IRC liquidado o valor relativo a retenes sofridas. inscrito neste
campo o montante de 750,00 (referente ao arrendamento da nossa propriedade de investimento).

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144

Campo 364 Derrama Municipal


O lucro coletvel tambm est sujeita derrama municipal. Esta taxa definida pelos
municpios at um limite mximo de 1,5%.
A Panfit, Lda. est sediada no conselho de Vila do Conde e a taxa definida a mxima (1,5%),
ou seja, aplicando esta taxa ao lucro tributvel resulta num valor de 11.477,09.
Campo 365 Tributaes autnomas
Neste campo temos o somatrio de todos os encargos que, perante o estipulado no art. 88. do
CIRC, esto sujeitos a tributao autnoma.
Encargos
Despesa no documentada
Encargos c/ viatura ligeira
Ajudas de custo
Despesa ilcita

Encargo
1.000,00
2.268,14
350,00
500,00

Taxa
50%
35%
5%
50%

Valor da Tributao autnoma


500,00
793,85
17,50
250,00

Quadro 11
Campo 410 - Total de rendimentos do perodo
inscrito neste campo o somatrio de todos os rendimentos obtidos no perodo, ou seja, a
totalidade dos valores que constam na classe 7 na contabilidade: 1.321.099,46.
Campo 411 - Volume de negcios do perodo
O volume de negcios constatado na nossa empresa foi de 1.236.000,00.

Quadro 13
Campo 415 Encargos dedutveis com ajudas de custo e de compensao pela deslocao em
viatura prpria do trabalhador (art. 88., n. 9)
Consta neste campo um total de 350,00 referente a ajudas de custo, sobre o qual recai a taxa
de tributao autnoma a que est sujeito (ver campo 365).
Campo 428 - Encargos com viaturas - Se CA 35.000,00 [art. 88., n. 3, al. c)]

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145

Consta neste campo um total de 2.268,14 referente a encargos com uma viatura ligeira que
excede o limite de 35.000,00 definido pelo art. 88., n. 3 al. c) sobre o qual recai a taxa de tributao
autnoma a que est sujeito (ver campo 365).

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146

Anexo III - Anexo D - Benefcios Fiscais

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147

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149

04-A

Campo 410 - Outras dedues ao rendimento


Cdigo do benefcio

041

Montante

TRASMISSO DE BENEFCIOS FISCAIS DA SOCIEDADE FUNDIDA OU CINDIDA OU DA SOCIEDADE CONTRIBUIDORA (ART. 75.-A DO CIRC)
Cdigo do benefcio
NIF soc. Fundida,cindida ou contribuidora

11

DEDUES MATRIA COLETVEL (a deduzir no campo 399 do quadro 09 da declarao)

111

COLETIVIDADES DESPORTIVAS ( ART. 54., N.2 DO EBF)


Saldo no deduzido no perodo anterior

Deduo no perodo

1111

Saldo que transita para perodo(s) seguinte(s)

Deduo no perodo

1112

05

1113

1114

SOC. GESTORAS DE PARTCIPAES SOCIAIS (SGPS), SOC. DE CAPITAL DE RISCO (SCR) E INVESTIDORES DE CAPITAL DE RISCO (ICR)

MAIS-VALIAS FISCAIS NO TRIBUTADAS (ART. 32., N. 2 DO EBF)

501

MENOS-VALIAS FISCAIS NO DEDUTIVES (ART. 32., N. 2 DO EBF)

502
ENTIDADES LICENCIADAS NA ZONA FRANCA DA MADEIRA

06
DATA DO LICENCIAMENTO

601

NUMERO POSTOS DE TRABALHO CRIADOS NOS PRIMEIROS SEIS MESES DE ATIVIDADE E MANTIDOS NO PERIODO

602

INVESTIMENTO EFETUADO NA AQUISIAO DE ATIVOS FIXOS TANGIVEIS E INTANGIVEIS , NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DE ATIVIDADE

603

07
071

SALDO NO DEDUZIDO NO PERIODO


ANTERIOR

Dia

DEDUO DO PERIODO

703

SALDO QUE TRANSITA PARA PERIODO(S)


SEGUINTE(S)

704

PROJETOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONALIZAO (ART. 41., N. 4 DO EBF)

705

DOTAO DO PERIODO

DEDUO DO PERIODO

706

707

SALDO QUE TRANSITA

708

SIFIDE - SISTEMA DE INCENTIVOS FISCIAS EM INVESTIGAO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL (LEI N. 40/2005, DE 3/8) E SIFIDE II (ART. 133. DA LEI 55-A/2010, DE
31/12, ART.s 33 a 40 do CFI (revogado) r arts 35. A 42. Do CFI aprovado pelo Dec.-Lei n. 162/2014 de 31/10)

SALDO NO DEDUZIDO NO PERIODO ANTERIOR

709

DOTAO DO PERIODO

DEDUO DO PERIODO

710

711

SALDO QUE TRANSITA

712

REGIME FISCAL DE APOIO AO INVESTIMENTO (LEI N. 10/2009, DE 10/03 (sucessivamente prorrogada)arts. 26. a 32. do CFI (revogado) e art.s 22. A 26. Do CFI aprovado
pleo Dec.-Lei n. 162/2014, de 31/10

SALDO NO DEDUZIDO NO PERIODO ANTERIOR

713

DOTAO DO PERIODO

DEDUO DO PERIODO

714

076

715

SALDO QUE TRANSITA

716

CRDITO FISCAL EXTRAORDINRIO AO INVESTIMENTO (Lei n. 49/2014, de 16/7)

SALDO NO DEDUZIDO NO PERIODO ANTERIOR

722

DOTAO DO PERIODO

702

SALDO NO DEDUZIDO NO PERIODO ANTERIOR

074

Ms

GRANDES PROJETOS DE INVESTIMENTO (ex-art. 41., n. 1 do EBF, arts. 15. E 21. Do CFI (revogado) e art.s 2. A 21. Do CFI aprovado pelo Dec.-Lei n. 162/2014 de 31/10)

701

073

Ano

DEDUES COLETA (a deduzir no campo 355 do quadro 10 da declarao)

DIPLOMA

072

Montante

DOTAO DO PERIODO

DEDUO DO PERIODO

723

724

075

SALDO QUE TRANSITA

725

OUTRAS DEDUES COLETA


NORMATIVO LEGAL

DEDUO EFETUADA

INCENTIVOS FISCAIS AOS LUCROS REINVESTIDOS NA REGIO AUTNOMA DA MADEIRA (DEC. LEG. REGIONAL N. 2 /2009/M, DE 22 DE JANEIRO)

717

INCENTIVOS FISCAIS AOS LUCROS REINVESTIDOS NA REGIO AUTNOMA DOS AORES (art. 6. Do DEC. LEG. REGIONAL N. 2 /99/A, DE 20/01)

726

ENTIDADES LICENCIADAS NA ZONA FRANCA DA MADEIRA (ART. 35. , N. 5 DO EBF)

718

SOC. DE CAPITAL DE RISCO (SCR) E INVESTIDORES DE CAPITAL DE RISCO (ICR) (ART. 32., N. 4 DO EBF)

719

DEDUO POR LUCROS RETIDOS E REINVESTIDOS PELAS PME (art.s 27. A 34. Do CFI)

727
720

TOTAL DE DEDUES (703+707+711+715+724+717+726+718+719+727+720)


041

721

TRASMISSO DE BENEFCIOS FISCAIS DA SOCIEDADE FUNDIDA OU CINDIDA OU DA SOCIEDADE CONTRIBUIDORA (ART. 75.-A DO CIRC)
Cdigo do benefcio
NIF soc. Fundida,cindida ou contribuidora

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Montante

150

08

DONATIVOS (ART. 62. E 62.- A DO EBF)


TIPO DE DONATIVO

NIF DA ENTIDADE DONATRIA

VALOR DO DONATIVO

801

12 - Mecenato familiar (n. 5 do artigo 62)

802

803

2 000,00

804

13 - Mecenato Cultural (n. 6 e 7 do artigo 62)

805

806

7 416,00

807

808

809

810

811

812

813

814

815

816

817

818

819

820

821

822

823

824

825

826

827

828

829

830

831

832

833

834

835

836

837

838

839

840

841

842

843

844

845

846

847

848

849

850

851

852

853

854

855

856

857

858

859

860
863

861

862

864

865

866

867

868

869

09

INCENTIVOS FISCAIS SUJEITOS REGRA DE MINIMIS


TOTAL DOS INCENTIVOS DE ANOS ANTERIORES (DE NATUREZA FISCAL E NO FISCAL)
N-2

N-1

901

902

INCENTIVOS DO ANO
Incentivos de natureza no fiscal

903

Incentivos de natureza fiscal


904-A

Remunerao convencional do capital social (Lei n.55-A/2010, de 31/12 e art. 41.-A do EBF)xtaxa do IRC

15000,00

Reduo da taxa do IRC aplicvel s PME, aos primeiros 15.000,00 de matria coletavel (art.87., n.2 do CIRC) 904-B

600,00

Reduo da taxa - benefcios interioridade (ex-art. 43. Do EBF)


904-C
Despesas com projeto de investimento produtivo (art. 18.,n.1 al.)b) e n. 5 do CFI, revogadao pelo Dec.-Lei n.
904-D
162/2014, de 31/10)x taxa do KIRC
TOTAL DOS INCENTIVOS DO ANO DE NATUREZA FISCAL (904-A + 904-B + 904-C + 904-D)

904

TOTAL DOS INCENTIVOS DO TRIENIO (901 + 902 + 903 + 904)

905

IRC A REGULARIZAR ( a indicar no campo 372 do quadro 10 da declarao)

15600,00

906

Identificao das empresas associadas ( conceito de empresa nica para efeitos do limite minimis

907

NIF

INCENTIVOS FISCAIS INTERIORIDADE LIGADOS A INVESTIMENTOS SUJEITOS S TAXAS MXIMAS DE AUXILIOS REGIONAIS (ART. 43. DO EBF)
10
(a indicar no campo 372 do quadro 10 da declarao)
PEQUENA E MDIA EMPRESA

SIM

NO

TANGIVEL

INTANGIVEL

TOTAL

INVESTIMENTOS ILEGIVEIS
1001

1002

1003

AUXLIOS AO INVESTIMENTO
REDUO DOS ENCARGOS COM A SEGURANA SOCIAL X(1 - TAXA IRC)

1004
MAJORAO

TAXA IRC

VALOR DO AUXILIO

MAJORAO DAS DEPRECIAES


1005

1006
MAJORAO

1007

TAXA IRC

VALOR DO AUXILIO

MAJORAO DOS ENCARGOS COM SEGURANA SOCIAL


1008

1009

1010

MAJORAO DO CREDITO FISCAL AO INVESTIMENTO

1011

OUTROS

1012

TOTAL AUXILIOS

1013

TAXAS DE AUXILIO

1014

TAXA MINIMA LEGAL A APLICAVEL

1015

EXCESSO A REGULARIZAR

1016

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151

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