A Importância Da Santa Ceia

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A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA

Texto Áureo: “Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes este cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1Co 11.26).

Verdade Prática: A Santa Ceia não é um mero símbolo; é um memorial da morte


redentora de Cristo por nós e um alerta quanto a sua vinda.

INTRODUÇÃO
A Ceia do Senhor é um ato de suma importância, em si mesmo e na vida do
crente. Ela não é um mero símbolo, mas sim uma das verdades centrais da nossa fé. A
Santa Ceia lembra a paixão e morte de Cristo em nosso lugar, bem como Sua segunda
vinda. Tendo em vista suas verdades bíblico-teológicas, cabe-nos tomar assento à mesa
do Senhor com solenidade e redobrada reverência.

I. O QUE É SANTA CEIA


A Santa Ceia não é apenas um ato celebrado pela Igreja, mas também uma
proeminente doutrina bíblica. Em geral, todos sabem como proceder, todavia, poucos
conhecem a doutrina, pois depende do estudo da Palavra.
A Bíblia afirma que Paulo recebeu o ensino da Santa Ceia diretamente do
Senhor: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei” (1Co 11.23).
Provavelmente ele o tenha recebido durante os três anos em que estivera a sós com
Deus na Arábia, sobre os quais as Escrituras silenciam (Gl 1.11,12,15-17).
São duas as ordenanças da Igreja Cristã originadas do ministério terreno de
Nosso Senhor Jesus Cristo: o Batismo e a Santa Ceia. Com o seu batismo, no rio Jordão,
Ele iniciou Seu glorioso ministério (Mt 3.13-16), encerrando-o com a instituição da
Santa Ceia, Sua paixão e morte redentora (Mt 26.26-30). Enquanto o batismo fala da
nossa fé em Cristo e só ocorre apenas uma vez na vida do crente (Mc 16.16), a Ceia do
Senhor diz respeito a nossa comunhão com Ele, e deve ser sempre renovada (Lc
22.14,15).
1. Definição e designações
A Santa Ceia é uma ordenança da Igreja, instituída por Jesus na noite em que Ele
foi traído. Na Bíblia, ela é chamada de “Ceia do Senhor” (1Co 11.20) e “comunhão do
corpo e do sangue de Cristo” (1Co 10.16).
2. Ordenança ou Sacramento
A Ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como ordenança, por
constituir-se numa ordem dada por Cristo aos santos apóstolos.
Os católicos romanos e certas áreas do protestantismo costumam denominá-la de
sacramento.

II. OS ELEMENTOS DA SANTA CEIA


São elementos da Santa Ceia o pão e o vinho por representarem, o corpo e o
sangue do Senhor Jesus.
1. O pão
Por ser este alimento o símbolo da vida, Jesus assim identificou-se ao seu
discípulo: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em
mim nunca terá sede” (Jo 6.35). Por conseguinte, quando o pão é partido, na celebração
da Ceia, vem-nos à memória o sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou
sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. O vinho
Identificado na Bíblia como “fruto da vide” e “cálice do Senhor” (Mt 26.29; 1Co
11.27), o vinho na Ceia lembra-nos o sangue de Cristo vertido na cruz para redimir a
todos os filhos de Adão: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes
dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado
e incontaminado” (1Pe 1.18,19). Portanto, o pão e o vinho são, biblicamente, o
memorial do Calvário; representam o corpo e o sangue de Cristo, oferecidos por Ele
como sacrifício expiatório para redimir-nos de nossos pecados. É a explícita, profunda e
confortadora simbologia das Sagradas Escrituras.

III. LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DA SANTA CEIA


Vejamos algumas das lições ou ensinamentos doutrinários de Ceia do Senhor até
a volta de Jesus.
1. A Santa Ceia é um mandamento do Senhor
Ele ordenou por duas vezes: “fazei isto em memória de mim” (Vv 24,25).
2. É um memorial divino
“Em memória de mim” (VV 24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de
Deus em nosso lugar (1Pe 1.18,19; Jo 1.29). Como tal, a Santa Ceia comemora algo já
realizado (Lc 22.19).
Assim como a sociedade, o governo, o povo, as instituições particulares têm seus
memoriais, aos quais estimam, honram e preservam, nós temos muito mais razão, dever,
direito e prazer de sempre participar da Ceia do Senhor.
3. É uma profecia a respeito da volta de Jesus
“Anunciais a morte do Senhor até que venha” (Vv 26). A Igreja ao celebrar a
Ceia do Senhor, está também anunciando a todos a Sua vinda. “E digo-vos que, desde
agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco
no reino de meu Pai” (Mt 26.29).
4. Deve ser precedida de auto-exame do participante (Vv
25)
Trata-se do auto-julgamento do cristão diante de Deus, quanto ao seu estado
espiritual (Vv 31). Esse auto-exame deve ser feito com o auxílio do Espírito Santo e
tendo a nossa consciência alinhada às Escrituras.
5. A Ceia do Senhor e o discernimento espiritual do
crente
Participar da Ceia sem discernir “o corpo do Senhor” (Vv 29), é ter os santos
elementos da Ceia como coisas comuns, e não como emblemas do corpo e do sangue de
Cristo.
6. É uma ocasião propícia ao recebimento de bênçãos
“O cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O
pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?” (1Co 10.16).
Portanto, Deus pode derramar copiosas bênçãos no momento da Ceia. Houve milagres
na preparação da primeira Ceia (Lc 22.10-13).
7. A Santa Ceia é um momento de gratidão a Deus
Na Ceia do Senhor todo crente deve ser agradecido. “E tendo dado graças” (Vv
24). Em todos os registros da Ceia vemos ação de graças a Deus (1Co 11.24; Mt 26.27;
Mc 14.23; Lc 22.19).
8. A Santa Ceia é para os discípulos do Senhor
Conforme Lc 22.14, Jesus levou apenas os Doze para a mesa da Páscoa, seguida
da Ceia do Senhor. Se a Ceia fosse para qualquer um, Ele teria chamado a todos sem
distinção. A Santa Ceia é para os santos em Cristo Jesus.
9. É um momento de profunda e solene devoção e louvor
a Deus
“E tendo cantado um hino” (Mt 26.30). Como Jesus cantou à sombra da Sua
cruz, não podemos compreender, nem explicar!
10. A Santa Ceia é alimento espiritual
Toda ceia destina-se a alimentar. Devemos participar desse Santo Memorial
convictos, pela fé e esperança de que seremos novamente alimentados espiritualmente.
11. A Ceia do Senhor condena a duplicidade religiosa
“Não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1Co
10.21). A Santa Ceia é incompatível com a duplicidade da vida espiritual do cristão (Sl
119.113; Mt 6.24; 2Co 6.14).

CONCLUSÃO
Tendo em mente o exposto, devemos sentar-nos à mesa do Senhor, com
discernimento, temor de Deus e humildade. Concientizemo-nos, pois, de que, ali, não
estão meros símbolos, mas o sublime memorial da paixão e morte de Nosso senhor
Jesus Cristo. Caso contrário, seremos contados como réus diante de Deus. Que o Senhor
nos guarde a todos, por Sua graça.

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